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Glossário

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Introdução
Touro Ápis A
Touro Mnévis Aah — Divindade lunar representada por um homem barbado usando um disco
Touro Buchis e o crescente lunar na cabeça.
Babuíno Aapep ou Apep — Nome que os egípcios davam à terrível serpente Apófis.
Chacal Abertura da boca — Cerimônia muito antiga praticada em uma estátua ou em
Lobo um morto, que consistia em reanimar a função vital desse órgão. A estátua ou o
Íbis morto se tornavam assim aptos a receber as oferendas alimentares necessárias à
Leoa sua subsistência.
Gata Abido — Cidade do Alto Egito onde os reis da I dinastia (c. 2920 a 2770 a.C.)
Falcão construíram suas tumbas. A localidade atraia numerosos peregrinos, pois se
acreditava que ali estivesse enterrada a cabeça do deus Osíris. Veja: Abido.
Sol no Horizonte Aha — Nome que os egípcios davam aos peixes do gênero "latus niloticus" por
eles adorados em Esna. Veja: Os Peixes Sagrados.
Hórus de Edfu Ahi — Divindade representada por um menino usando a coroa dupla do faraó e
Hórus Antigo o cabelo em mechas. Quase sempre carrega um sistro. Filho de Hátor de
Hórus Menino Dendera e de Hórus de Edfu.
Aker — Deus guardião dos portões do além-túmulo pelos quais o deus-Sol Rá
Hórus, Filho passava diariamente ao nascer e se pôr. Representado por dois leões sentados e
de Ísis voltados para lados opostos. Às vezes os leões têm cabeças humanas. Veja: O
Guardião dos Horizontes.
Olho de Hórus Akhet — Nome egípcio do símbolo que representa o horizonte: um disco solar
Filhos de Hórus apoiado entre os dois cumes de uma montanha.
Deus da Guerra Akhetaton — Cidade cujo nome significa "Horizonte de Aton" e que foi a
Leão capital efêmera do Egito e residência real durante grande parte do reinado do
Escaravelho faraó Akhenaton (c. 1353 a 1335 a.C.). Veja: Tell el-Amarna.
Alto Egito — Região do antigo Egito que abrangia desde a zona ao sul de
Carneiro de Amon Mênfis até Assuão e era formada por 22 nomos ou divisões administrativas.
Veja: Os Nomos.
Carneiro de Am-akhu — Uma das serpentes habitantes do mundo subterrâneo, moradora da
Khnum sexta região. Veja: As Serpentes do Inferno.
Amarna — Veja Tell el-Amarna.
Rã Amentet — O mundo subterrâneo.
Escorpião Ammut — Monstro que devorava a alma dos mortos que não passassem pela
Deus Terra prova da pesagem do coração no tribunal de Osíris. Era representada como uma
combinação de crocodilo, leão e hipopótamo.
Guardião dos Amon — Grande deus de Tebas de origem incerta. Originariamente talvez
Horizontes tenha sido uma divindade do ar e do vento. No Império Médio (c. 2040 a 1640
a.C.) ganhou importância e se tornou patrono da monarquia. Deus nacional do
Pássaro Alma Egito a partir do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.). Com sua esposa Mut e
Fênix seu filho Khons formava a tríade tebana. Identificado com Rá como Amon-Rá.
Bode Seus animais sagrados eram o carneiro e o ganso. Veja: O Carneiro do Deus
Crocodilo Amon.

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Hipopótamo Amon-Rá — Deidade resultante da identificação do deus Amon com o deus Rá.
Vaca Este último transmitiu seu aspecto solar a Amon, que assim se tornou uma
Peixes divindade com funções universais, passando a deus nacional do Egito. Veja: O
Abutre Carneiro do Deus Amon.
Ampet — Capital do 16.º nomo do Baixo Egito na época greco-romana, quando
Naja da Colheita recebeu o nome de Thmuis.
Anhert — Deus do céu, quase sempre identificado a Shu. Representado como
Naja do Cume do um homem de barba, com uma ou ambas as mãos erguidas para o alto,
Ocidente segurando uma lança. Na cabeça usa quatro longas plumas.
Ankh — Signo da vida representado por um cordel atado que adota a forma de
Serpente Uraeus uma cruz ansata. Esse símbolo é muitas vezes carregado pelas divindades sob a
forma de um amuleto que simboliza o sopro da vida.
Serpente Apófis Anpu — Nome que os egípcios davam ao deus Anúbis.
Anqet — Deusa da região da catarata de Assuão. Esposa de Khnum e mãe de
Serpente Satis, formava com eles a tríade das divindades daquela região. Acreditava-se
Defensora que ela distribuia a água fresca e potável. Seu animal sagrado era a gazela.
Representada por uma mulher usando um adorno de cabeça feito de longas
Serpentes do penas.
Inferno Anta — Divindade representada por uma mulher brandindo armas. Versão
egípcia da deusa asiática da guerra. Era tida como filha de Rá.
Glossário Antinoópolis — Cidade fundada pelo imperador Adriano, em 130 d.C., em
memória de seu favorito Antinous, que se afogou nesse local.
Antropomorfo — Que tem forma humana.
Anúbis — Divindade funerária, sob a forma de um chacal protegia as tumbas e
era o patrono dos embalsamadores. Veja: Anúbis, o Chacal.
Apedemak — Deus leão da Núbia que pode ter originado, por assimilação, o
deus egípcio Maahes.
Apet — Divindade representada por uma mulher, ou então com aparência
idêntica à de Tuéris. Na cabeça usa o disco solar e chifres de vaca semelhantes
aos de Hátor. Seu centro de culto era Tebas.
Ápis — Touro sagrado menfita considerado uma das manifestações dos deuses
Ptah e Osíris. Representado como um touro usando entre os chifres o disco
solar e uma serpente uraeus. Veja: O Touro Ápis.
Apófis — Terrível serpente que habitava o além-túmulo e perseguia a barca de
Rá em sua viagem noturna, tentando fazê-la soçobrar. Essa serpente gigantesca
simbolizava o caos ameaçando a ordem divina. Sempre derrotada mas sempre
renascendo, é representada neutralizada, amarrada ou cravada de golpes de faca.
Veja: A Serpente Apófis.
Apolinópolis Magna — Nome dado pelos gregos à cidade que os egípcios
chamavam de Mesen e que atualmente é conhecida como Edfu.
Apolinópolis Parva — Nome dado pelos gregos à cidade que os egípcios
chamavam de Gesa ou Gesy. Cidade localizada na região setentrional do Alto
Egito que, a julgar por seus cemitérios, deve ter sido importante no início da
história egípcia, pois servia de ponto de partida às expedições que se dirigiam
para as pedreiras e o Mar Vermelho.
Apuat — Outra grafia do nome do deus Wepwawet. Veja: O Abridor dos
Caminhos.
Armant — Nome moderno da cidade que os gregos chamaram de Hermôntis.
Assuão — Cidade localizada na ilha de Elefantina. Vivia do comércio e de ser
uma guarnição militar. O significado vulgar da palavra egípcia antiga "swenet",
da qual derivou o nome Assuão, é comércio.

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Astarte — Divindade representada por uma mulher sobre o dorso de um
cavalo, usando a coroa ritual e brandindo armas. Versão egípcia de uma
divindade asiática, mas somente enquanto deusa da guerra. Introduzida no Egito
durante a XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.). Considerada filha de Rá, ou de
Ptah.
Astartéia — Divindade dos povos semíticos, deusa do céu por excelência.
Protetora, sob diferentes nomes (Istar, Atar, etc.), de várias cidades. Várias
vezes honrada com sacrifícios humanos.
Atef — Nome egípcio da Coroa Ritual.
Aton — Nome dado ao disco do Sol. Durante o reinado de Akhenaton (c. 1353
a 1335 a.C.), era representado como um disco do qual se projetavam vários
raios que terminavam em mãos humanas, as quais lançavam símbolos da vida
sobre as figuras representadas abaixo dele. Adorado como o grande e único
deus criador durante o reinado daquele faraó. Centro de culto em Akhetaton
(Tell el-Amarna).
Atum — Divindade cujo centro de culto era Heliópolis, no Baixo Egito, onde,
como demiurgo, foi assimilado ao deus Rá. Segundo a cosmogonia, ele teria
dado à luz ao casal divino Shu e Tefnut, expectorando ou se masturbando.
Auf — Divindade representada por um homem com cabeça de carneiro e um
disco solar entre os chifres. Forma assumida pelo deus-Sol em sua jornada
noturna pelo inferno.
Ausaas — Divindade representada por uma mulher usando o disco solar e os
chifres de Hátor. Seu centro de culto era Heliópolis.
Ave Benu — Nome dado pelos antigos egípcios ao pássaro Fênix. Veja: A
Fênix ou Ave Benu.

B
Ba — Um dos elementos que, segundo os egípcios, formavam o ser humano. A
palavra pode ser traduzida por "sublime", "nobre", "poderoso" e sua idéia se
assemelha ao nosso conceito de alma. Veja: O Pássaro Alma.
Baal — Divindade dos fenícios, assírios e babilônios.
Baaq — Um tipo de bolo de pão feito de farinha fina.
Bahariya — Oásis do deserto líbio, um dos centros de culto do deus Maahes.
Baixo Egito — Região do antigo Egito que compreendia todo o delta do Nilo
até a cidade de Mênfis, inclusive, e era formada por 20 nomos ou divisões
administrativas. Veja: Os Nomos.
Bakhu — Nome que os egípcios davam à montanha da aurora, ou seja, a
montanha por trás da qual o Sol surgia todas as manhãs.
Ba-neb-tetet — Divindade representada por um carneiro ou cabrito sagrado
com o disco solar e a serpente Uraeus entre os chifres. Considerada encarnação
de Osíris e Rá. Seu centro de culto era a a cidade de Ampet.
Banimento de Apófis — Ritual executado anualmente pelos sacerdotes de Rá.
Visava afastar os malefícios da terrível serpente Apófis os quais, sendo cíclicos,
retornariam no ano seguinte. Veja: A Serpente Apófis.
Bas — Palavra que identifica um jarro de ungüento para cerimônias funerárias.
Esse termo entra na composição do nome da deusa Bastet, cujo significado é
"deusa do bas".
Bastet — Deusa que representava os poderes benéficos do Sol. Muitas vezes
ela aparece fundida a Sekhmet e outras vezes é identificada a Mut. Tem a
aparência de uma mulher com cabeça de gata segurando um sistro, ou

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simplesmente a de uma gata. Veja: A Deusa Gata.
Bastões de Ápis — Nome que recebiam os sacerdotes especiais encarregados
dos cuidados dispensados ao boi Ápis.
Batalha de Kadesh — A mais antiga batalha da história da humanidade cujo
desenrolar pode ser reconstituído em pormenor. Ela ocorreu perto da cidade de
Kadesh, junto ao rio Orontes, em 1285 a.C. Os combatentes eram o faraó
Ramsés II e o rei hitita Muwatallis e estava em jogo o controle da Síria. Veja: A
Batalha de Kadesh
Behdet — Cidade situada na região ocidental do delta nilótico. Centro de culto
da divindade conhecida como Hórus de Edfu ou Hórus de Behdet. O nome atual
da cidade é Damnhour.
Bekh — Nome dado pelos antigos egípcios à câmara subterrânea na qual eram
enterrados os touros sagrados Buchis.
Benben — Na ótica heliopolitana, pedra sagrada semelhante a um pequeno
obelisco que simbolizava o monte primevo da criação.
Bes — Divindade popular e doméstica na forma de um anão patrono da música
e dos divertimentos. Protegia contra as cobras e outros perigos. Ajudava as
mulheres na hora do parto. Veja: O Protetor da Família.
Biblos — Antiga cidade da Fenícia, atual Gebel na República do Líbano. Foi lá
que Ísis encontrou o corpo do deus Osíris assassinado por seu irmão Seth.
Bubastis — Cidade da região central do delta e principal centro de culto da
deusa Bastet. No início da história egípcia tinha importância estratégica, pois
controlava as rotas de Mênfis para o Sinai e para a Ásia. Foi capital do 18.º
nomo do Baixo Egito durante o Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.). Veja:
Bubastis.
Bucheum — Nome latino da câmara subterrânea na qual eram enterrados os
touros sagrados Buchis.
Buchis — Touro sagrado adorado em Hermôntis, simbolizava o poder da
fertilidade, estando ligado aos cultos de Rá e Osíris. Era ainda um dos animais
relacionados com o culto do deus Montu. Representado como um touro usando
entre os chifres o disco solar e duas plumas. Veja: O Touro Buchis.
Buto — Capital do 5.º nomo do Baixo Egito, localidade tida como a terra natal
da deusa-serpente Wadjit, deusa tutelar daquela região. A palavra também pode
designar a própria divindade.

C
Capela do Nascimento — Veja mammisi.
Cenotáfio — Monumento fúnebre erigido à memória de um morto, sem que
este esteja nele sepultado.
Cinocéfalo — Gênero de macacos de cabeça semelhante à do cão.
Coroa Branca — Coroa correspondente ao Alto Egito, era formada por um
ornamento alto, confeccionado com linho ou feltro, terminando em forma
arredondada. Seu nome egípcio era Hedjet. Veja: As Vestimentas dos Faraós.
Coroa Dupla — Coroa resultante da fusão da Coroa Branca com a Coroa
Vermelha, aparecendo a primeira embutida dentro da segunda. Seu nome
egípcio era Pschent. Depois que as duas terras foram unificadas, essa coroa
passou a simbolizar o poderio do rei sobre o Alto Egito e o Baixo Egito e o fato
dele governar as duas regiões como se fosse uma só. Veja: As Vestimentas dos
Faraós.
Coroa Ritual — Coroa composta por uma mitra central com raios verticais

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coloridos, encimada por um disco solar e ladeada por duas plumas de avestruz.
Um disco solar na base e outro no centro da mitra, bem como dois cornos
horizontais de carneiro, completam por vezes este toucado. Seu nome egípcio
era Atef. Veja: As Vestimentas dos Faraós.
Coroa Vermelha — Coroa correspondente ao Baixo Egito, era formada por um
barrete achatado, prolongando-se na parte posterior por um apêndice alto e com
uma tira metálica enrolada na ponta e voltada para a parte frontal da coroa. Seu
nome egípcio era Decheret. Veja: As Vestimentas dos Faraós.
Cosmogonia — Estudo da origem e evolução do Universo.
Crocodilópolis — Cidade que foi capital da região do Fayum, centro de culto
do deus Sebek.
Crótalo — Instrumento musical formado por duas placas iguais, geralmente de
marfim ou de madeira, apresentando um formato curvo como se fossem aspas.
Batendo-se as duas metades entre si produzia-se o som.

D
Damnhour — Denominação atual da região onde se situava a cidade de
Behdet. O nome deriva da antiga palavra egípcia dmi-Hor e significa "Cidade
de Hórus".
Decheret — Nome egípicio da Coroa Vermelha. Veja: As Vestimentas dos
Faraós.
Deir el-Bahari — Sítio do Alto Egito, na margem esquerda do Nilo, onde
Mentuhotepe II, da XI dinastia, e depois a rainha Hatshepsut, da XVIII dinastia,
ergueram seus templos funerários.
Deir el-Medina — Sítio do Alto Egito, na margem esquerda do Nilo, onde
viveram e se fizeram enterrar os artistas e artesãos que trabalharam na
escavação e na decoração das tumbas do Vale dos Reis. Suas sepulturas
revelaram diversos testemunhos do seu cotidiano.
Demiurgo — Segundo Platão, o Deus que cria o Universo, organizando a
matéria preexistente.
Dendera — Sítio do Alto Egito no qual, desde o Império Antigo (c. 2575 a
2134 a.C.), um santuário fora dedicado à deusa Hátor. Os vestígios lá existentes
hoje em dia são de um templo do Período Greco-Romano (332 a.C. a 395 d.C.).
Dja — Cidade localizada na região do Fayum, na qual existiu um complexo de
um templo da deusa Renenutet.
Djedet — Segundo nome que recebeu a cidade de Ampet e que foi capital do
16.º nomo do Baixo Egito na época greco-romana, quando recebeu o nome de
Thmuis.
Dmi-Hor — Antiga palavra egípcia da qual se derivou o nome Damnhour,
denominação atual da região onde se situava a cidade de Behdet.
Duamutef — Um dos quatro filhos de Hórus. Protegia o estômago do morto, o
qual, depois de embalsamado, era colocado em um dos vasos canopos.
Representado por uma figura mumiforme com cabeça de cão ou de chacal.
Veja: Os Filhos de Hórus e os Vasos Canopos.
Duat — Palavra com a qual os antigos egípcios designavam o local onde os
seres humanos viviam após a morte. Também o chamavam de Terra dos
Deuses.
Duas damas — Deusas tutelares do Alto Egito e do Baixo Egito,
respectivamente Nekhbet e Wadjit. Essas duas divindades aparecem
frequentemente ao lado do soberano nas cenas de evocação do poder real.

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Duau — Nome de um dos leões que simbolizavam o deus Aker. A palavra
significa "amanhã".

E
Edfu — Nome moderno da capital do segundo nomo do Alto Egito. Seu nome
egípcio era Mesen. O deus Hórus era venerado ali desde o Império Antigo (c.
2575 a 2134 a.C.). O templo que atualmente subsiste no local data do Período
Greco-Romano (332 a.C. a 395 d.C.).
Edjo — Outro nome da deusa Wadjit.
Eileithya — Deusa grega que os gregos associaram à deusa egípcia Nekhbet,
pois ambas tinham a característica de ajudar nos nascimentos reais e divinos.
Eileithiyáspolis — Nome que os gregos deram à cidade egípcia de Nekheb, por
terem associado a deusa local, Nekhbet, com a deusa grega Eileithya.
Elefantina — Ilha próxima à primeira catarata do Nilo, foi a capital do
primeiro nomo do Alto Egito. Sua divindade principal era Khnum.
el-Kab — Nome atual do sítio onde se situava a antiga cidade egípcia chamada
Nekheb.
Embalsamamento — Ato ou efeito de embalsamar.
Embalsamar — Introduzir em um cadáver substâncias que o isentem de
decomposição.
Enéade — Grupo de nove divindades formado por Amon-Rá, considerado
como demiurgo do qual nasceram os deuses Shu e Tefnut, pais de Geb e Nut,
dos quais, por sua vez, nasceram Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Esse era o mais
importante grupo de divindades do panteão egípcio.
Epagômenos — Diz-se dos cinco dias que os egípcios acrescentaram ao seu
calendário de 12 meses de 30 dias para que ele coincidisse com o ano solar.
Nestes dias nasceram Osíris, Haroéris, Seth, Ísis e Néftis.
Epiphi — Mês do calendário egípcio correspondente aproximadamente à
segunda quinzena de maio e primeira quinzena de junho do nosso calendário.
Ermont — Nome em copta da atual localidade de Armant.
Ernutet — Outro nome da deusa Renenutet.
Escaravelho-coração — Amuleto de pedra dura que era depositado no lugar
do coração, no peito da múmia. Muitas vezes o escaravelho está incrustado
numa moldura retangular. Tais amuletos foram encontrados também no tórax de
certos animais sagrados. Veja: O Escaravelho Sagrado.
Escriba — Veja: Os Escribas.
Esfinge — Estátua composta por uma cabeça de rei e um corpo de leão deitado.
Durante toda a história do Egito a esfinge simbolizou o poder e a majestade
reais. No Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) alguns deuses foram
representados como esfinges sob os traços de seus animais, como é o caso, por
exemplo, do carneiro de Amon em Karnak. Veja: A Esfinge.
Esna — Cidade do Alto Egito na qual foram encontradas múmias de peixes do
gênero "latus niloticus", o que levou os gregos a darem o nome de Latópolis à
localidade.
Estela — Laje vertical de pedra ou, por vezes, de madeira, com textos, relevos
ou pinturas. Elas podiam ser usadas como marcadoras de limite, para celebrar
uma vitória, para homenagear os deuses, etc. Frequentemente eram usadas
como equipamento funerário. Nesse caso o defunto era mostrado na presença
dos deuses e uma lista de provisões e oferendas era inscrita para prover
alimentação na vida após a morte. As inscrições nas estelas dos faraós

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geralmente falavam sobre suas façanhas. Um dos temas habituais era a
habilidade superior do faraó em tomar decisões sábias. As narrativas contam
como os faraós pediam conselhos aos seus cortesãos e, depois, rejeitava as
sugestões recebidas em favor de seus próprios planos, obviamente mais
inteligentes. As estelas comemorativas ou votivas estão colocadas em templos;
as estelas tumulares funcionam dentro da decoração das tumbas.
Estela da Carestia ou Estela da Fome — Inscrições em pedra do período de
Ptolomeu V Epifânio (205 a 180 a.C.) narrando a lenda dos sete anos de
carestia ocorridos durante o reinado de Djoser (c. 2630 a 2611 a.C.). Veja:
Djoser.
Estela da Vitória — Inscrições em pedra do faraó Tutmósis III (c. 1479 a 1425
a.C.) falando de suas vitórias contra os inimigos do Egito.
Estela dos 400 Anos — Pedra comemorativa erigida por Ramsés II (c. 1290 a
1224 a.C.) no 34.º ano de seu reinado, na qual proclama a veneração de Seth
pelos ancestrais imediatos do rei e marca os 400 anos do reinado da divindade
no delta oriental.
Ex-voto — Objeto que um fiel dedica a uma divindade em seu templo.

F
Falsa-porta — Simulacro de porta que se construia nas tumbas e pela qual se
acreditava que o morto pudesse circular entre o mundo dos vivos e o dos
mortos.
Faraó — Palavra oriunda do egípcio per-â, que significa "casa grande", ela na
verdade designa o palácio do rei, mas acabou por nomear o seu ocupante. Note-
se que tal palavra só foi usada a partir do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.).
Veja: Os Faraós no Antigo Egito.
Fayum — Região do Egito formada por uma vasta depressão, extremamente
fértil, com cerca de 65 quilômetros de leste a oeste e um grande lago, chamado
Moeris, que na antiguidade fervilhava de vida selvagem e tinha abundante
vegetação em suas margens. Veja: O Faium.
Fenekh — Nome que os egípcios davam ao animal mítico, parecido com um
cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, que representava o deus
Seth.
Fênix — Na ótica heliopolitana, pássaro de luz que no princípio dos tempos
pousou sobre um topo de pirâmide dando início à criação do Universo. Veja: A
Fênix ou Ave Benu.
Filhos de Hórus — Quatro divindades guardiãs dos vasos canopos. Veja: Os
Filhos de Hórus e os Vasos Canopos.

G
Gárgula — Final esculpido, quase sempre representando figuras grotescas, que
escoa as águas das calhas para longe das paredes.
Geb — O deus-Terra, filho de Shu e Tefnut, irmão e marido de Nut e pai de
Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Membro da enéade de Heliópolis, a mais importante
congregação de deuses do panteão egípcio. Seu animal sagrado era o ganso.
Representado como um homem barbado com um ganso sobre a cabeça, ou
simplesmente como um ganso. Veja: O Deus Terra.
Gebb — Outra grafia do nome do deus Geb.

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Gesa — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Apollinopolis
Parva.
Gesy — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Apollinopolis
Parva.
Gizé — Sítio próximo ao Cairo no qual se encontram as três maiores pirâmides
egípcias: Kéops, Kéfren e Miquerinos. Ali se localizam túmulos particulares,
sobretudo do Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) e a Grande Esfinge.
Administrativamente, fazia parte do 2.º nomo do Baixo Egito.
Grande Esfinge — Imenso monumento em pedra representando um leão
deitado com cabeça humana, situado ao sul do complexo da pirâmide de Kéops,
em Gizé. Veja: A Esfinge.
Grande Ovo — Ovo produzido pelas divindades Geb e Nut e do qual se
originou o deus-Sol na forma de um pássaro conhecido pelos egípcios como
Ave Benu e pelos gregos como Fênix.

H
Hapi — Divindade representada por um homem barbado, com seios de mulher
e barriga avantajada, usando na cabeça plantas aquáticas, segurando uma
bandeja com alimentos ou despejando água de jarros. Considerado o deus do
Nilo. Veja: O Deus Hapi.
Hapi — Um dos quatro filhos de Hórus. Protegia os pulmões do morto, os
quais, depois de embalsamados, eram colocados em um dos vasos canopos.
Representado por uma figura mumiforme com cabeça de mono cinocéfalo.
Veja: Os Filhos de Hórus e os Vasos Canopos.
Harakhti — Essa divindade, cujo nome significa "Hórus no Horizonte", era a
manifestação do Sol ao surgir e se pôr. Muitas vezes identificado a Rá, quando
passava a se chamar Rá-Harakhti. Representado como um homem com cabeça
de falcão, ou simplesmente como um falcão.Veja: O Sol no Horizonte.
Harém — Veja: O Harém Real.
Harmakhis — Divindade na forma de leão com cabeça humana; esse nome foi
dado tardiamente à Esfinge. Veja: A Esfinge.
Haroéris — Uma das formas do Hórus solar. O nome significa Hórus, "o
antigo", "o velho", ou "o primogênito". Identificado com o deus-falcão e,
particularmente, o protetor do rei. Representado como um homem com cabeça
de falcão, ou simplesmente como um falcão. Veja: Hórus, o Antigo.
Harpócrates — Uma das formas do Hórus solar. Seu nome significa Hórus, "o
menino". Trata-se de uma forma tardia de Hórus no seu aspecto de ser o filho
de Ísis e Osíris quando criança. Pertencia à enéade de Heliópolis. Também
identificado com o deus-Sol, que renascia a cada manhã, sendo mostrado a
emergir de uma flor de lótus que flutua sobre as águas celestiais. Representado
como uma criança nua, usando a Coroa Dupla do faraó ou um penteado infantil
com tranças e chupando o dedo. Muitas vezes é representado sendo
amamentado por Ísis ou por Hátor. Veja: Hórus, o Menino.
Harsiese — Uma das formas do Hórus solar. Especificamente designado como
filho de Ísis. Vingador de Osíris e protótipo do filho obediente. Representado
como um homem com cabeça de falcão, usando a Coroa Dupla do faraó. Veja:
Hórus, Filho de Ísis.
Harsomtus — Deus menino considerado como filho de Hórus de Edfu e de
Hátor, com os quais formava a tríade daquela cidade. Seu nome significa
"Hórus unificador das duas terras". Representado como uma criança usando a

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Coroa Dupla do faraó, ou como uma serpente em pé sobre a cauda usando a
mesma coroa. Às vezes identificado com Harpócrates.
Hat-Hor — Nome egípcio da deusa Hátor. Significa "A Morada de Hórus".
Hat-mehyt — Divindade em forma de peixe venerada na cidade de Ampet.
Veja: Os Peixes Sagrados.
Hátor — Deusa do céu e das árvores, além de muitas outras associações.
Identificada a Ísis e ama de leite do rei. Protetora do amor, das mulheres, da
necrópole e também da região mineradora do Sinai. Representada por uma
mulher usando na cabeça o disco solar entre chifres de vaca, ou uma mulher
com cabeça de vaca. Também representada por uma vaca usando o disco solar e
duas plumas entre os chifres. Seu nome significa "A Morada de Hórus". Veja: A
Deusa do Amor.
Heb-Sed — Veja: O Festival Heb-Sed.
Hedjet — Nome egípcio da Coroa Branca.
Heliópolis — Nome que os gregos deram à cidade egípcia de On, significando
"cidade do Sol". Situava-se ao nordeste do atual Cairo, era o feudo do deus Rá e
a capital espiritual do Egito. Ela abrigou um grande conjunto de nove
divindades (enéade), formado por Amon-Rá, considerado como demiurgo do
qual nasceram os deuses: Shu e Tefnut, pais de Geb e Nut, dos quais, por sua
vez, nasceram Osíris, Ísis, Seth e Néftis.
Hep — Nome que os egípcios davam ao touro Ápis.
Heqa — Pequeno bastão com uma das extremidades formando um gancho que
os relevos mostram, frequentemente, empunhado pelos reis egípcios. Veja: As
Vestimentas dos Faraós.
Heqet — Deusa primordial venerada como uma das oito divindades principais
de Hermópolis. Em Antinoópolis, esposa de Khnum. Associada à criação e ao
nascimento. Ajudava as mulheres na hora do parto. Representada por uma
mulher com cabeça de rã. Veja: A Deusa Rã.
Heracleópolis — Cidade que era a capital do 20º nomo do Alto Egito.
Desempenhou importante papel durante o Primeiro Período Intermediário (c.
2134 a 2040 a.C.), quando reinavam os soberanos da IX e X dinastias,
chamadas de heracleopolitanas.
Herishef — Divindade representada por um homem com cabeça de carneiro.
Seu nome significa "aquele que está no seu lago". Tornou-se importante durante
o Primeiro Período Intermediário (c. 2134 a 2040 a.C.), quando Heracleópolis
era a capital norte do Egito. Intimamente ligado a Rá, Osíris e Amon.
Hermôntis — Nome dado pelos gregos à cidade egípcia de Iuny. Cidade
situada na margem ocidental do Nilo, no quarto nomo do Alto Egito, era um dos
mais importantes locais de culto ao deus da guerra, Montu, e capital de todo o
nomo, incluindo Tebas, até o princípio da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.).
Hermópolis — Nome dado pelos gregos à cidade egípcia de Khmun. O nome
egípcio significa "cidade de oito", referindo-se ao grupo de oito divindades que
representava o mundo antes da criação. O nome grego significa "cidade de
Hermes", referindo-se ao deus Thoth que os gregos associaram ao seu deus
Hermes. Era capital do 15.º nomo do Alto Egito, conceituada pela prudência e
sabedoria de seu clero e protegida pelo deus Thoth que ali era venerado como
um demiurgo.
Heru-Behdety — Nome que os egípcios davam ao deus conhecido como
Hórus de Behdet.
Heru-pa-khret — Nome que os egípcios davam ao deus que os gregos
chamaram de Harpócrates.

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Her-wer — Localidade na qual se erguia um templo dedicado à deusa-rã Heqet,
ainda não encontrado pelos egiptólogos.
Hesat — Divindade tida como a mãe mítica da criança real e encarregada de
alimentá-la com seu leite nutritivo, chamado de "a cerveja de Hesat". Em certas
regiões do Alto Egito é considerada mãe do touro Mnévis e de Anúbis. Em
Heliópolis é esposa de Ápis, ou sua mãe, segundo outros textos. Era uma forma
de Ísis e de Hátor. Representada por uma mulher com cabeça de vaca, ou
simplesmente como uma vaca branca.
Hicsos — Povo estrangeiro que dominou o Egito aproximadamente entre 1640
e 1532 a.C. A palavra "Hicsos" é a forma grega de uma frase egípcia que
significa "governante de terras estrangeiras". Veja: Os Hicsos.
Hieracômpolis — Esta cidade muito antiga do sul do Alto Egito era
denominada Nekhen na antiguidade e atualmente chama-se Kom el-Ahmar.
Tinha como divindade principal um falcão com toucado de duas plumas altas,
que foi rapidamente assimilado a Hórus. Veja: Hieracômpolis.
Hieróglifo — Sinal da escrita egípcia. Quem deu o nome de "hieroglífica" para
a escrita egípcia foram os gregos. O termo é junção das palavras gregas
"glyphein", que significa inscrever, gravar e "hieros", que significa sagrado.
Inscrições sagradas, portanto, porque os gregos achavam, erroneamente, que se
tratava de uma escrita meramente religiosa. Os hieróglifos devem ter surgido
por volta de 4000 anos a.C. e é um dos mais antigos métodos de escrita que
conhecemos. Veja: Os Hieróglifos.
Hipostila — Nome que se dá a uma sala cujo teto é sustentado por colunas
como, por exemplo, as salas hipostilas dos grandes templos de Luxor e Karnak.
Hiquê — Nome dado pelos antigos egípcios à essência vital.
Hino Canibal — Trecho dos Textos das Pirâmides que se refere ao fato do rei
devorar os deuses para assimilar seus poderes.
Hititas — Povo da antiguidade que fundou um poderoso império na Ásia
Menor. Em Kadesh, junto ao Orontes, o rei hitita lutou contra o famoso Ramsés
II (c. 1290 a 1224 a.C.). Veja: Tratado entre Ramsés II e os Hititas.
Horjenti Irti — Um dos nomes que os egípcios davam ao deus que os gregos
chamaram de Haroéris.
Hor Merti — Um dos nomes que os egípcios davam ao deus que os gregos
chamaram de Haroéris.
Hor Nubti — Um dos nomes que os egípcios davam ao deus que os gregos
chamaram de Haroéris.
Hor Ur — Um dos nomes que os egípcios davam ao deus que os gregos
chamaram de Haroéris.
Hórus — Deus solar identificado com o rei durante toda a sua vida. É o mais
antigo deus estatal do Egito. Também venerado como o filho de Osíris e de Ísis,
tendo se tornado o vingador da morte de seu pai. Membro do conjunto dos nove
deuses (enéade) de Heliópolis, o mais importante grupo de deuses do panteão
egípcio. Frequentemente assimilado a outros deuses. Representado como um
homem com cabeça de falcão usando, às vezes, o disco solar e o uraeus. Muitas
vezes aparece usando a Coroa Dupla. Também representado simplesmente
como um falcão. Veja: Falcão, o deus Solar.
Horu-sa-Aset — Nome que os egípcios davam ao deus que os gregos
chamaram de Harsiese.
Hórus de Behdet — Outro nome do deus Hórus de Edfu.
Hórus de Edfu — Uma das formas do Hórus solar. Representado como um
homem com cabeça de falcão, ou simplesmente como um falcão. Também

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representado na forma de um disco solar provido de um grande par de asas de
falcão e desta maneira talhado nas portas de muitos templos. Veja: Hórus de
Edfu.
Hu — Divindade representada por um homem de barba; seu nome significa
"voz autorizada". Faz parte da tripulação de deuses que acompanha Rá na barca
solar durante sua viagem noturna.

I
Ilha de Fogo — Uma terra mágica e distante da qual a essência vital, chamada
de Hiquê, era trazida. Esse era um lugar além dos limites do mundo, onde os
deuses nasciam ou reviviam e de onde eram enviados ao nosso mundo.
Imhotep — Arquiteto e conselheiro do rei Djoser, da III dinastia, e contrutor
da pirâmide de degraus de Saqqara. Geralmente era representado sentado com
um rolo de papiro aberto sobre os joelhos. Foi considerado filho do deus Ptah e
de uma mulher de nome Khreduankh. Tendo fama de possuir grande sabedoria
e poderes mágicos, foi posteriormente deificado. Patrono das ciências,
especialmente da medicina. Identificado pelos gregos com Asclépio. Seu centro
de culto era Mênfis. Veja: Imhotep.
Imset — Um dos quatro filhos de Hórus. Protegia o fígado do morto, o qual,
depois de embalsamado, era colocado em um dos vasos canopos. Representado
por uma figura mumiforme com cabeça de um homem barbado. Veja: Os Filhos
de Hórus e os Vasos Canopos.
Ísis — Divindade irmã e esposa de Osíris e mãe de Hórus. Representada por
uma mulher usando na cabeça o hieróglifo do seu nome. Considerada a esposa e
a mãe ideal, ela é antes de mais nada uma deusa protetora. Uma das quatro
divindades guardiãs de ataúdes e vasos canopos.
Iti-tauí — Cidade fundada pelo faraó Amenemhet I (1991 a 1962 a.C.) no
início do seu reinado. Veja: Iti-tauí.
Iuny — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Hermôntis.
Iuny-Montu — Palavra egípcia da qual se derivou o nome da atual localidade
de Armant.

K
Ka — Um dos elementos que, segundo os egípcios, formavam o ser humano.
Ligado ao corpo de alguma forma, era uma individualidade ou personalidade
abstrata que possuia existência independente. Tinha liberdade para mover-se de
um lugar a outro da terra, à sua vontade, e podia entrar no céu e conversar com
os deuses. As oferendas feitas nos túmulos visavam alimentá-lo, pois era capaz,
segundo se supunha, de comer, beber e apreciar o cheiro do incenso. Veja: As
Crenças Funerárias.
Kadesh — Veja Batalha de Kadesh.
Karnak — Essa palavra deriva do nome de uma aldeia moderna das
proximidades (el-Karnak) e é utilizada para designar um imenso complexo
cultural da cidade de Tebas, cujo templo principal era dedicado ao deus Amon.
Outras divindades eram também veneradas ali, como sua esposa Mut e seu filho
Khons, além dos deuses Montu e Ptah. Veja: Tebas.
Kat — Palavra com a qual, de acordo com as crenças funerárias, os antigos
egípcios denominavam o corpo físico do indivíduo . Veja: As Crenças

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Funerárias.
Keb — Outra grafia do nome do deus Geb.
Kebb — Outra grafia do nome do deus Geb.
Khentamentiu — Deus da necrópole em Abido que se apresenta sob a forma
de um cão preto. Durante a XII dinastia (1991 a 1783 a.C.), foi substituído pelo
próprio Osíris.
Khepra — O deus escaravelho, identificado com Rá como o deus criador.
Forma que o deus-Sol assume pela manhã. Representado como um homem com
um escaravelho no lugar da cabeça, ou simplesmente como um escaravelho.
Frequentemente é representado como um escaravelho dentro do disco solar.
Veja: O Escaravelho Sagrado.
Kherep Selket — Nome que os egípcios davam aos sacerdotes da deusa Selkis
e que significa "aquele que tem poder sobre a deusa escorpião".
Khéti — Uma das serpentes habitantes do mundo subterrâneo, moradora da
oitava região. Veja: As Serpentes do Inferno.
Khmun — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Hermópolis.
Khnum — Deus da região da primeira catarata (Assuão), de onde sua ligação
com a inundação. Juntamente com Anqet, sua esposa, e Satis, sua filha, formava
a tríade das divindades daquela região. Reverenciado como um antigo deus
criador, em função dos poderes procriadores do carneiro, foi ele quem modelou
os corpos dos deuses e dos homens em seu torno de oleiro. Representado como
um homem com cabeça de carneiro, ou simplesmente como um carneiro. Veja:
O Criador da Raça Humana.
Khnum-Rá — Divindade resultante da associação das características dos
deuses Khnum e Rá. Representado como um homem com cabeça de carneiro
tendo um disco solar e um uraeus na cabeça. Veja: O Criador da Raça Humana.
Khons — Deus da Lua. Com seu pai Amon e sua mãe Mut formava a tríade
tebana. Representado como um jovem príncipe usando um penteado infantil
com tranças, o disco lunar e o crescente, frequentemente mumiforme. Também
representado como um homem com cabeça de falcão e idêntico penteado.
Khu — Nome que os egípcios davam a um dos elementos que, segundo eles,
formavam o ser humano. Tratava-se do espírito ou inteligência espiritual, e
entendido como uma forma brilhante, luminosa e intangível do corpo. Veja: As
Crenças Funerárias.
Kohl — Uma mistura de galena (sulfureto natural de chumbo), enxofre e
gordura animal que era usada como maquiagem dos olhos. Também servia para
protegê-los do clarão do sol e aliviar inflamações oculares.
Koiak — Mês do calendário egípcio correspondente aproximadamente à
segunda quinzena de outubro e primeira quinzena de novembro do nosso
calendário.
Kom el-Ahmar — Nome atual da região onde se situava Hieracômpolis.
Kom Ombo — Sítio do Alto Egito que foi muito importante no Período
Ptolomaico (304 a 30 a.C.). Ali se situava um belíssimo templo dedicado ao
deus Sebek.

L
Latópolis — Nome dado pelos gregos à cidade de Esna, pois ali foram
encontradas múmias de peixes do gênero "latus niloticus".
Leontópolis — Nome grego da cidade que era a capital do 11.º nomo do Baixo
Egito durante o Período Ptolomaico (304 a 30 a.C.). Centro de culto do deus

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Maahes. O autor grego Estrabão escreveu sobre uma "Cidade dos Leões",
referindo-se provavelmente a essa localidade.
Letópolis — Nome grego da cidade que era a capital do segundo nomo do
Baixo Egito, situada uns 13 quilômetros a noroeste do Cairo. Centro de culto do
deus Haroéris.
Livro das Portas — Uma narração sobre a viagem do deus-Sol pelo mundo
noturno surgida no começo da XIX dinastia (c. 1307 a 1196 a.C.). O espaço
noturno foi balizado por 12 portas que indicavam as 12 horas da noite.
Livro de Apófis — Conjunto de textos mágicos e rituais destinados a combater
os efeitos da terrível serpente Apófis no mundo. Essa coleção de feitiços data
do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.). São fórmulas destinadas a derrotar o
monstro, fornecendo proteção contra os seus poderes maléficos e também
contra as cobras, vistas como manifestações perigosas da deidade, ainda que
secundárias. Veja: A Serpente Apófis.
Livro de Him no Inferno — Composições mistas de figuras e textos inscritos
nas tumbas que descrevem a passagem do deus-Sol pelo mundo dos mortos.
Livro dos Mortos — Coletânea de fórmulas, na realidade chamada pelos
egípcios de Livro para Sair à Luz do Dia, que a partir do Império Novo (c.
1550 a 1070 a.C.) era colocada ao lado do morto para ajudá-lo a superar os
obstáculos que ele encontraria no além-túmulo. Tais fórmulas, aos poucos
enriquecidas e completadas, foram extraídas dos Textos dos Sarcófagos, os
quais, por sua vez, foram inspirados nos Textos das Pirâmides. Veja: O Livro
dos Mortos.
Livro para Sair à Luz do Dia — Nome que os egípcios davam ao que
conhecemos hoje como Livro dos Mortos.
Luxor — Essa palavra designa uma povoação construída no lugar ocupado
outrora por Tebas. Ali estão as ruínas do grande templo dedicado ao deus Amon.
Seu comprimento é de quase 260 metros. Estava ligado ao templo de Karnak
por uma avenida ladeada de esfinges com cabeças de carneiros. Veja: Tebas

M
Mahes — Outra grafia do nome do deus Maahes.
Maahes — Deus filho de Rá e Bastet. Identificado muitas vezes a Shu e
Nefertem. Representado como um homem com cabeça de leão empunhando
uma faca ou uma espada, ou simplesmente como um leão. Veja: O Leão
Guerreiro.
Maat — Divindade feminina que encarna a ordem na terra e no universo. Seu
papel é o de manter o equilíbrio do mundo tal como ele foi criado, saído do
caos. Ela é filha de Rá e esposa de Thoth. Representada por uma mulher alta,
usando uma pena de avestruz na cabeça ou, simplesmente, por uma pluma de
avestruz.
Mammisi — Tipo especial de pequeno templo anexo aos templos principais
dos Períodos Tardio (c. 712 a 332 a.C.) e Greco-romano (332 a.C. a 395 d.C.).
Tratava-se de uma capela do nascimento. Era ali que o deus do templo principal
nascia ou, se o templo fosse consagrado a uma deusa, o local onde esta dava à
luz o seu filho. Também ali era celebrado o nascimento do faraó como
personificação de filho da divindade.
Mangual — Artefato destinado ao trabalho de malhar grãos. Empunhado pelo
faraó ilustrava seu poder sobre toda a produção do reino. Essa peça tornou-se
bastante conhecida por sua presença no sarcófago de Tutankhamon (c. 1333 a

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1323 a.C.). Veja: As Vestimentas dos Faraós.
Manjet — Nome da barca na qual o deus-Sol, Rá, cruzava os céus durante o
dia.
Manu — Nome que os egípcios davam à montanha do poente, ou seja, a
montanha por trás da qual o Sol se punha todas as tardes.
Mastaba — Veja: As Mastabas.
Mechir — Mês do calendário egípcio equivalente à segunda quinzena de
dezembro e primeira quinzena de janeiro do nosso calendário.
Medinet Madi — Nome atual do sítio onde se situava a antiga cidade egípcia
chamada Dja.
Megido — Veja: A Batalha em Megido.
Mehen — Demônio em forma de serpente que protege o deus-Sol quando este
viaja em sua barca. Representado como um homem com cabeça de serpente,
empunhando uma lança, ou simplesmente como uma serpente. Seu nome
significa "O Enrolado". Veja: A Defensora do Barco Solar.
Mehturt — Divindade representada por uma vaca com o disco solar entre os
chifres. Deusa do céu quando este é concebido como uma enorme vaca. Muitas
vezes identificada com Hátor.
Mekhenti-en-irty — Um dos nomes que os egípcios davam ao deus que os
gregos chamaram de Haroéris.
Mênfis — Cidade situada ao sul do Cairo, na ponta do delta do Nilo. Sua
divindade principal era Ptah, considerado um deus demiurgo. Ela foi durante o
Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) a capital do Egito e tornou-se depois a
sede da administração do país. É famosa pelo seu Serapeum e sua imponente
necrópole, cujos cemitérios mais famosos são os de Gizé e de Saqqara. Veja:
Mênfis.
Menthu — Outra grafia do nome do deus Montu.
Mêntu — Outra grafia do nome do deus Montu.
Menwer — Nome que os egípcios davam ao touro sagrado que os gregos
chamaram de Mnévis.
Meretseger — Divindade protetora da necrópole tebana. Representada por uma
enorme serpente uraeus com cabeça de mulher, ou simplesmente como uma
naja. Veja: A Naja do Cume do Ocidente.
Mesektet — Nome da barca na qual o deus-Sol, Rá, realizava sua viagem
noturna, jornada que o levava pelas regiões do inferno.
Mesen — Nome egípcio do sítio conhecido atualmente como Edfu.
Meskhent — Divindade representada por uma mulher usando plumagens na
cabeça. Também representada como um tijolo ao qual está amarrada uma
cabeça de mulher. Protetora dos partos, sendo identificada com o tijolo sobre o
qual a mãe se sentava ao dar à luz.
Mesore — Mês do calendário egípcio correspondente aproximadamente à
segunda quinzena de junho e primeira quinzena de julho do nosso calendário.
Min — Divindade representada por um homem barbado, mumiforme, com o
membro sexual ereto, usando na cabeça touca com uma fita e encimada por
duas longas plumas. Ergue um chicote na mão direita. Deus primevo da cidade
de Koptos, mais tarde reverenciado como deus da fertilidade, da virilidade e da
reprodução sexual. Alfaces eram oferecidas cerimonialmente a ele e comidas a
seguir, na esperança da busca da virilidade. Posteriormente foi cultuado como
esposo da deusa Quetesh, divindade do amor e da feminilidade. Patrono do
deserto oriental. Considerado uma das formas de Amon. Seus centros de culto
eram Panópolis (Akhmin) e Koptos.

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Mistérios de Osíris — Festividades durante as quais se fazia uma
reconstituição ritual da morte e ressurreição do deus Osíris.
Mithos — Nome dado pelos gregos ao deus egípcio Maahes.
Miysis — Nome dado pelos gregos ao deus egípcio Maahes.
Mnévis — Touro sagrado venerado como a manifestação terrena do deus Rá.
Nas ilustrações era representado como um touro usando o disco solar e a
serpente uraeus entre os chifres. Veja: O Touro Mnévis.
Moeris — Nome dado pelos escritores clássicos ao lago da região do Fayum.
Mont — Outra grafia do nome do deus Montu.
Montu — Originalmente era a divindade local de Hermôntis, ao sul de Tebas.
Estava ligado a Buchis, o boi sagrado adorado naquela cidade. Foi o principal
deus tebano antes do crescimento do culto de Amon. Posteriormente tornou-se o
deus da guerra. Representado como um homem com uma cabeça de falcão
encimada por um disco solar, uma serpente uraeus e duas longas plumas. Veja:
O Deus da Guerra.
Montu-Rá — Deidade resultante da identificação do deus Montu com Rá.
Mumificação — Depois de extraírem o cérebro e as vísceras do morto, os
sacerdotes enchiam o corpo de tampões embebidos em substâncias aromáticas.
A seguir o cadáver era desidratado no sal de natrão durante 60 dias.
Finalmente, era envolvido em finas faixas de linho entre as quais eram inseridos
amuletos, encarregados de assegurar a proteção do morto. Toda essa operação
era acompanhada de recitação de fórmulas religiosas. Veja: A Mumificação.
Mut — Essa deusa era a divina esposa de Amon. Juntamente com ele e seu
filho Khons formava a tríade tebana. Representada por uma mulher usando a
Coroa Branca ou a Coroa Dupla do faraó ou, então, um adorno de cabeça em
forma de abutre. Às vezes representada com cabeça de leoa. Também podia ser
mostrada simplesmente como um abutre.
Myw — Nome que os egípcios davam ao gato, correspondendo ao som que o
bicho emite, ou seja, o nosso conhecido "miau", palavra onomatopaica que
passou para outros idiomas, inclusive o português, indicando o miado daquele
animal.

N
Narmouthis — Nome que os gregos deram à cidade egípcia chamada Dja.
Natrão — Essa substância, que é o carbonato hidratado de sódio natural, era
empregada pelos egípcios para desidratar os cadáveres no processo de
mumificação. A palavra egípica que o designava era ntrj.
Nebty — Um dos cinco nomes que o faraó recebia era o seu "nome nebty", o
qual se relacionava com as deusas tutelares do Egito conhecidas como duas
damas. Veja: Os Nomes dos Faraós.
Nechbet — Outra grafia do nome da deusa Nekhbet.
Necrópole — Palavra grega que significa cemitério. Designa, normalmente,
importantes e vastas áreas de sepulturas que foram utilizadas durante longos
períodos.
Neebca — Um dos 42 juízes do tribunal de Osíris que fazia a pesagem do
coração do falecido.
Nefertem — Deus do lótus e dos unguentos, associado ao Sol nascente. O
jovem filho de Ptah e de Sekhmet, com os quais formava a tríade menfita.
Representado como um homem barbado usando na cabeça uma flor de lótus, da
qual se projetam duas longas plumas. Também representado como uma criança

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coroada com ou sentada sobre uma flor de lótus.
Néftis — Divindade irmã de Ísis, Osíris e de Seth, do qual também era esposa.
Auxiliou Ísis a velar Osíris e reanimá-lo. Representada por uma mulher
trazendo na cabeça o hieróglifo do seu nome, que significa "senhora do
castelo". Uma das quatro divindades guardiãs de ataúdes e vasos canopos.
Nehebkau — Divindade masculina sob a forma de uma das perigosas serpentes
do inferno. Também aparecia em uma versão benéfica, como servidor de Rá e
provedor de alimentos para os mortos. Esposo da deusa Selkis, ou seu filho,
segundo outras versões da lenda. Representado como uma serpente com cabeça,
pernas e braços humanos, ou, mais raramente, com um corpo de homem e
segurando o olho de Hórus. Veja: As Serpentes do Inferno.
Neith — Deusa da guerra e da caça bastante antiga, cultuada no delta do Nilo.
Seu emblema é um escudo com flechas cruzadas sobre ele. Reverenciada como
deusa da sabedoria. Posteriormente considerada irmã de Ísis, Néftis e Selkis.
Uma das quatro divindades guardiãs de ataúdes e vasos canopos. Representada
como uma mulher usando a Coroa Vermelha do Baixo Egito e segurando um
arco e uma flecha.
Nekhbet — Deusa abutre protetora do Alto Egito. Aparece, às vezes, no
diadema real ao lado da serpente Wadjit, protetora do Baixo Egito. Uma das
divindades que ajudava nos nascimentos reais e divinos. Representada como
uma mulher usando a Coroa Branca do Alto Egito, ou como um abutre usando
o mesmo toucado. Seu nome significa "Aquela de Nekheb". Veja: A Deusa
Abutre.
Nekheb — Povoação existente desde o período pré-dinástico, situada na
margem oriental do Nilo, foi centro de culto da deusa-abutre Nekhbet. Pelo
menos desde o início da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.) a cidade serviu de
capital do 3.º nomo do Alto Egito.
Nekhebet — Outra grafia do nome da deusa Nekhbet.
Nekhen — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de
Hieracômpolis.
Nomarca — Nome dado pelos gregos ao chefe administrativo que governava
cada um dos nomos egípcios.
Nomo — Nome que os gregos deram às regiões administrativas que
compunham o Egito. Cada nomo tinha uma capital de onde o nomarca
governava a região. Veja: Os Nomos.
Ntrj — Nome egício do natrão.
Núbia — Região ao sul da primeira catarata que foi, desde os primórdios,
considerada como pertencente de direito aos egípcios. Por ali entravam os
produtos exóticos africanos. Era importante fonte não apenas de ouro, minerais
e madeira, mas também de recrutas para o exército e a polícia egípcia.
Nun — Divindade que personificava as águas primordiais que envolviam o
mundo antes da criação e das quais surgiram todas as formas de vida.
Representado como um homem com barba.
Nut — Deusa do céu. Filha de Shu e Tefnut; irmã e esposa de Geb, o deus-
Terra; mãe de Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Ela alternadamente devora e lança ao
mundo o Sol e as estrelas, seguindo o ciclo diurno ou noturno. Pertencia à
enéade de Heliópolis, a mais importante congregação de deuses do panteão
egípcio. Sua imagem está pintada no interior dos sarcófagos, onde ela vela o
morto e reconstitui o universo ao redor dele. Representada como uma mulher
com asas, abertas ou fechadas junto ao corpo, e ostentando na cabeça o
hieróglifo do seu nome. Também representada como uma mulher nua, de corpo

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alongado, com pele azul e o corpo coberto de estrelas, inclinada para a frente,
com as mãos tocando o chão, de molde a formar a curvatura da abóbada celeste,
e debruçada sobre seu marido, representando o céu arqueado sobre a terra.

O
Oceano Primordial — Segundo a cosmogonia de Heliópolis, grande massa
aquosa existente desde o início dos tempos da qual saiu o deus Atum sob a
forma de uma grande colina.
Ofois — Nome dado pelos gregos ao deus egípcio Wepwawet.
Olho de Hórus — Veja Uedjat.
Olho Uedjat — Veja Uedjat.
Ombos — Veja Kom Ombo
On — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Heliópolis.
Orontes — Rio da Síria que nasce na cordilheira chamada Antilíbano, passa
pela cidade turca de Antioquia e desagua no Mediterrâneo.
Osíris — Filho de Geb e de Nut, marido de sua irmã Ísis, era ogirinalmente o
deus da fertilidade. Representado como um homem barbado, em forma de
múmia, usando a Coroa Atef. Suas mãos projetam-se para fora das bandagens,
segurando o bastão e o chicote, símbolos da realeza. Sua pele é, muitas vezes,
pintada de verde ou de preto. Osíris, depois de ter sido assassinado por seu
irmão Seth e trazido de volta à vida por Ísis, tornou-se uma divindade funerária
que reina no mundo subterrâneo. Veja: Hórus, o Menino.
Oxyrhynchus — Nome dado pelos gregos à cidade que os egípcios chamavam
de Per-medjed.
Oxyrinco — Peixe venerado pelos egípcios no 19.º nomo do Alto Egito. Veja:
Os Peixes Sagrados.

P
Pakhet — Divindade representada por uma mulher com cabeça de leão. Deusa-
leoa local de Beni Hasam.
Paleta — Placa geralmente de ardósia e oval com uma cavidade central.
Inicialmente pequenas e destinadas a conter cosméticos, passaram a ser objetos
votivos com tamanho de pequenos escudos e simbolizando combates e
conquistas de cidades. Veja: As Paletas e A Paleta de Narmer.
Papiro — Planta com cujo caule os antigos egípcios preparavam as folhas
sobre as quais escreviam. Veja: O Papiro.
Pa-Sebek — Antigo nome egípcio de Kom Ombo, significando "A Casa de
Sebek".
Payni — Mês do calendário egípcio correspondente aproximadamente à
segunda quinzena de abril e primeira quinzena de maio do nosso calendário.
Per-â — Palavra egípcia que é a origem da palavra faraó.
Per-Bastet — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Bubastis.
Significa "Casa de Bastet".
Per-Medjed — Capital do 19.º nomo do Alto Egito. A cidade tornou-se
importante no Período Greco-Romano (332 a.C. a 395 d.C.), quando passou a
se chamar Oxyrhynchus.
Pert — Estação do calendário egípcio correspondente ao tempo da semeadura e
que se estendia aproximadamente entre a segunda quinzena de novembro e a

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primeira quinzena de março do nosso calendário.
Per-Wadjit — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Buto.
Significa "Casa de Wadjit".
Pet — Nome egípcio do símbolo que representa o céu: uma espécie de
plataforma desenhada na parte superior das imagens.
Philae — Ilha situada ao sul do Egito, na primeira catarata. Aí foi edificado, no
Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.), um complexo divino consagrado à deusa
Ísis. Com a construção da barragem de Assuão, a ilha ficou submersa e seus
templos foram transferidos para a vizinha ilha de Agilkia.
Pilone — Construção maciça, com quatro faces, que forma a portada de um
monumento egípcio. Trata-se de uma enorme parede inclinada marcando a
entrada dos templos. Era constituído por duas torres volumosas de forma
trapezoidal que flanqueavam o portal. No Templo de Karnak, uma série de
pilones marcam a entrada de numerosos templos, os quais foram acrescentados
ao local por sucessivos faraós.
Pschent — Nome egípcio da Coroa Dupla.
Ptah — Divindade principal de Mênfis, onde era considerado o deus criador
desde cerca de 3000 anos a.C. Para criar todas as coisas do mundo, havia
pronunciado os seus nomes, fazendo-as existir. Com Sekhmet, sua esposa, e
Nefertem, seu filho, formava a tríade menfita. Sendo o artífice divino, era tido
como patrono dos artesãos, das artes e dos ofícios. Seu animal sagrado era o boi
Ápis. Representado como um homem barbado, mumiforme, com os cabelos
cortados bem rente e portando um cetro. Veja: O Homem com Cabeça de Íbis.
Ptah-Seker-Osíris — Uma divindade compósita, incorporando os deuses
principais da criação, da morte e do além-túmulo: Ptah, Seker e Osíris.
Representado como um anão de pernas tortas e barba bem cortada, às vezes
com um escaravelho na cabeça. Também podia ser representado como uma
figura barbada em forma de múmia, usando na cabeça duas penas, o disco solar
e chifres de carneiro. Seu centro de culto era Mênfis.

Q
Qaby — Uma das serpentes habitantes do mundo subterrâneo. Ela ficava
postada no portal da terceira região. Veja: As Serpentes do Inferno.
Qeb — Outra grafia do nome do deus Geb.
Qebehsenuf — Um dos quatro filhos de Hórus. Protegia os intestinos do morto,
os quais, depois de embalsamados, eram colocados em um dos vasos canopos.
Representado por uma figura mumiforme com cabeça de falcão. Veja: Os Filhos
de Hórus e os Vasos Canopos.
Quetesh — Divindade representada por uma linda mulher nua, em pé sobre um
leão, ou cavalgando-o, e segurando flores, um espelho ou serpentes. Divindade
de origem asiática, identificada pelos egípcios com Hátor enquanto deusa do
amor e da beleza. Foi cultuada também como esposa do deus Min.
Qus — Nome moderno da localidade que os gregos chamaram de Apollinopolis
Parva.

R
Rá — Esse deus que encarna o Sol é originário de Heliópolis, no Baixo Egito.
Venerado em todo o país como juiz supremo e criador dos homens, encabeçava

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o conjunto dos nove deuses (enéade) de Heliópolis, o mais importante grupo de
deuses do panteão egípcio. Representado como um falcão, ou como um homem
com cabeça de falcão que percorre o céu em sua barca. Veja: Falcão, o Deus
Solar.
Rá-Harakhti — Divindade formada pela identificação do deus Harakhti com
Rá, era uma das formas que o deus-Sol assumia. O nome significa "Hórus no
Horizonte". Era representado como um falcão ou como um homem com cabeça
de falcão e entendido como manifestação do Sol ao surgir e se pôr. Veja: O Sol
no Horizonte.
Ra-Heru-akhty — Nome que os egípcios davam ao deus Rá-Harakhti.
Ra-Tem — Uma forma de Rá e o símbolo do Sol noturno.
Renenet — Outra grafia do nome da deusa Renenutet.
Renenutet — Deusa da fertilidade e das colheitas, bem como enfermeira
divina. Representada por uma mulher, às vezes com cabeça de uma serpente
uraeus. Também podia ser mostrada como uma enorme serpente uraeus com o
disco solar e chifres de vaca na cabeça. Seu principal centro de culto situava-se
no delta nilótico, no local onde hoje fica a moderna cidade de Tarrana e onde se
localizava a Terenuthis clássica. Veja: A Deusa da Colheita.
Reshpu — Divindade representada por um homem barbado portando várias
armas. Usa uma coroa semelhante à coroa branca do Alto Egito, de cujo topo
pende uma serpentina. Da coroa, mais ou menos acima da testa, projeta-se a
cabeça ou os chifres de uma gazela. Deus da guerra e do trovão, originário da
Síria.
Rostau — Antigo nome da localidade de Gizé.

S
Saa — Divindade representada por um homem barbado. Assistente de Rá na
barca solar. Seu nome significa "inteligência".
Sacerdote Leitor — Sacerdote cuja função era a de declamar os textos rituais
do culto funerário ou do templo.
Saguão das Duas Verdades — Grande salão no qual se realizava o julgamento
dos mortos e no qual ficava uma grande balança destinada a pesar o coração do
falecido.
Saqqara — Sítio do Baixo Egito contendo os cemitérios da antiga cidade de
Mênfis. Cobre uma área de mais de seis quilômetros de comprimento e mede
mais de um quilômetro e meio em sua maior largura.
Sarcófago — Urna funerária de madeira ou pedra. Palavra de origem grega que
de início significava "comedor de carne". Veja: Os Sarcófagos.
Satis — Deusa da região da catarata de Assuão. Filha de Khnum e Anqet,
formava com eles a tríade das divindades daquela região. Representada por
uma mulher usando a Coroa Branca do Alto Egito e chifres de gazela.
Seb — Outra grafia do nome do deus Geb.
Sebek — Deus-crocodilo, filho da deusa Neith e aliado do implacável deus
Seth. Representado como um homem com cabeça de crocodilo, ou
simplesmente como um crocodilo. Veja: O Crocodilo Domesticado.
Sef — Nome de um dos leões que simbolizavam o deus Aker. A palavra
significa "ontem".
Sehel — Ilha situada três quilômetros ao sul de Elefantina que apresenta
interessantes grafitos antigos comemorando expedições para extração de pedra.
Ali foi encontrada a chamada Estela da Carestia.

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Seker — Deus das necrópoles, protegia o espírito do morto em sua passagem
pelo mundo subterrâneo em direção ao além-túmulo. Muitas vezes identificado
a Osíris e Ptah quando, então, recebia o nome de Ptah-Seker-Osíris.
Representado por uma figura mumiforme com cabeça de falcão e usando a
Coroa Atef, ou por um ídolo primitivo em forma de falcão. Seu centro de culto
era Mênfis.
Sekhmet — Deusa que simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Respeitada
como aquela que traz a destruição para os inimigos de Rá. Esposa de Ptah,
juntamente com ele e com Nefertem, seu filho, formava a tríade menfita. Às
vezes fundida a Bastet e muitas vezes identificada a Mut. Representada por uma
mulher com cabeça de leoa, encimada pelo disco solar e por uma serpente
uraeus. Seu nome significa "A Poderosa". Veja: A Leoa Sanguinária.
Selchis — Outra grafia do nome da deusa Selkis.
Selket — Outra grafia do nome da deusa Selkis.
Selkis — Deusa-escorpião, identificada com o calor abrasador do Sol.
Representada como uma linda mulher com um escorpião na cabeça, ou
simplesmente como um escorpião. Esposa de Nehebkau. Graça a seus
ensinamentos, os mágicos curavam as picadas dos escorpiões. Uma das quatro
divindades guardiãs de ataúdes e vasos canopos. Seu nome significa "Aquela
que Faz a Garganta Respirar". Veja: A Deusa Escorpião.
Selkit — Outra grafia do nome da deusa Selkis.
Selqet — Outro nome da deusa Selkis.
Semna — Localidade núbia no limite sul da segunda catarata que se tornou o
extremo meridional do Egito no reinado de Sesóstris III (c. 1878 a 1841 a.C.), o
qual lá estabeleceu novas fortalezas e ampliou outras já existentes.
Serapeum — Uma catacumba precedida por uma avenida de esfinges,
mandada construir por Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.), destinada a sepultar os
bois Ápis. O nome é derivado da palavra grega Serápis.
Serápis — Nome de divindade criada por Ptolomeu I (304 a 284 a.C.) ao
assumir o controle do Egito, numa tentativa de unificar os gregos e os egípcios
estabelecendo um deus que fosse familiar às duas culturas. Combinava
características dos deuses gregos Zeus, Asclépio e Dionísio com as do deus
egípcio Osíris e as do culto do sagrado touro Ápis. Era representado por um
homem barbado, de cabelos encaracolados, usando uma espécie de cesto ou de
vaso de flores na cabeça. Serápis (Osíris-Ápis) tornou-se o deus nacional do
Egito durante o Período Ptolomaico (304 a 30 a.C.).
Serdab — Câmara existente na estrutura das mastabas, sem comunicação com
o exterior a não ser por uma estreita fenda, e destinada a receber a estátua do
morto. Podia conter ainda o tesouro e objetos necessários à existência material
do ka.
Serket — Outro nome da deusa Selkis.
Serqet — Outro nome da deusa Selkis.
Serket-Heru — Nome egípico da deusa Selkis.
Seshat — Divindade representada por uma mulher usando na cabeça o
hieróglifo do seu nome e segurando numa das mãos uma pena de escrever e na
outra um tinteiro de escriba, ou uma folha de palmeira. Era deusa da escrita,
guardiã divina dos anais reais e associada às medições. Registrava os números
dos prisioneiros de guerra e a quantidade de bens pilhados nas batalhas.
Seth — Deus dos trovões, das tempestades, dos desertos, da desordem e da
violência. Membro da enéade de Heliópolis, o mais importante grupo de deuses
do panteão egípcio. Irmão de Osíris e seu assassino. Irmão de Ísis e de Néftis,

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de quem também era esposo. Rival de Hórus. Representado como um homem
com a cabeça de um animal de tipo indefinido, ou simplesmente como esse tipo
indefinido de animal, sentado ou deitado. Às vezes parecido com um bode;
outras com um cão de longo focinho, orelhas compridas e cauda ereta.
Divindade popular no delta oriental por sua semelhança com o deus sírio Baal.
Veja: O Deus do Mal.
Shai — Um tipo de bolo de pão feito de farinha fina.
Shedet — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Crocodilópolis.
Shedshed — Antigas bandeiras transportadas adiante do rei nas celebrações de
triunfos militares e já mostradas em peças tão antigas quanto, por exemplo, a
famosa paleta do rei Narmer (c. 3000 a.C.).
Shen — Símbolo religioso que é o emblema da eternidade. Formado por uma
corda em círculo com as pontas amarradas.
Shu — Deus do ar, dos ventos secos e da luz, personificava a atmosfera. Filho
de Rá, com Tefnut, sua esposa e irmã, formava o primeiro par de divindades da
enéade de Heliópolis. Pai de Nut (o céu) e de Geb (a Terra), é mostrado com
frequência como um homem separando os dois. Representado como um homem
barbado usando na cabeça uma pena simples ou quatro longas plumas de
avestruz, também pode aparecer como um leão.
Sinuhe — Veja: O Conto de Sinuhe.
Sistro — Espécie de matraca que era o símbolo da função protetora da deusa
Hátor e seu instrumento musical sagrado. Havia dois tipos: um formado por
uma pequena caixa em forma de naos que continha os elementos que produziam
o barulho e outro constituído por um arco metálico atravessado por peças
também de metal que originavam o som. Veja: Instrumentos Musicais.
Siwa — Oásis do deserto líbio, um dos centros de culto do deus Maahes.
Sopd — Divindade representada por um homem barbado usando na cabeça
duas longas plumas e, às vezes, com feições asiáticas. Também podia aparecer
como um falcão usando na cabeça duas longas plumas. Deus guerreiro, protetor
da fronteira oriental do Egito. Adorado como "castigador dos asiáticos". Seu
centro de culto era Saft el-Hinna, no delta nilótico.
Sôpdit — Divindade representada por uma mulher com uma estrela na cabeça.
Tratava-se da estrela Sirius deificada.
Sunu — Nome que os egípcios davam às pessoas que prescreviam remédios
médicos ou mágicos.
Sutekh — Nome pelo qual o deus Seth passou a ser conhecido quando foi
assimilado ao deus dos hicsos, Baal.

T
Tanis — Cidade situada na parte nordeste do delta do Nilo foi residência real e
local de sepultamento dos faraós da XXI (c. 1070 a 945 a.C.) e XXII (c. 945 a
712 a.C.) dinastias. No Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.) foi capital do 19.º
nomo do Baixo Egito. Veja: Tanis.
Tarrana — Nome atual da localidade que os gregos chamavam de Terenuthis.
Tathenen — Divindade representada por um homem barbado usando na cabeça
o disco solar, duas penas e chifres de carneiro. O deus-Terra primevo da cidade
de Mênfis. Posteriormente identificado com Ptah.
Tebas — A Waset dos egípcios foi chamada pelos gregos de "Thebai", mas não
se sabe por que razão. Essa cidade do Alto Egito tomou impulso no fim do
Primeiro Período Intermediário (c. 2134 a 2040 a.C.), quando seus governantes

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reunificaram o país. No início do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) ela se
tornou a capital do Egito. Nela foram edificados os dois grandes templos que
hoje conhecemos com os nomes de Karnak e Luxor, enquanto que na margem
ocidental do Nilo a necrópole tebana abrigava os túmulos dos reis, das rainhas e
dos nobres do reino. A cidade permaneceu uma capital religiosa até o fim do
Terceiro Período Intermediário (c. 1070 a 712 a.C.). Veja: Tebas.
Tefnut — Deusa que personificava a umidade e as nuvens. Filha de Rá. Irmã e
esposa de Shu, formava com ele o primeiro par de divindades da enéade de
Heliópolis. Mãe de Geb e Nut e avó de Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Representada
por uma mulher, às vezes com cabeça de leoa, usando na cabeça o disco solar e
a serpente uraeus. Também podia ser representada simplesmente por uma leoa.
Tehuti — Nome que os egípcios davam ao deus Thoth.
Tekhait — Uma deusa-serpente do fogo, bebedora de sangue, era esposa do
deus-leão Maahes.
Tell el-Amarna — Nome atual do local onde se erguia Akhetaton, a capital
efêmera do faraó Akhenaton (c. 1353 a 1335 a.C.). Veja: Tell el-Amarna.
Tell el-Timai — Nome atual do local onde se erguia a cidade de Ampet.
Terenuthis — Nome grego da cidade situada na extremidade ocidental do delta
nilótico, cerca de 70 km a noroeste do Cairo, que era o principal centro de culto
da deusa Renenutet.
Termuthis — Outro nome da deusa Renenutet.
Tetun — Divindade representada por um homem barbado, ou por um falcão
empoleirado num objeto em forma de crescente. Deus de origem núbia,
adorado na região da segunda catarata. Seu centro de culto era Semna.
Textos das Pirâmides — Textos religiosos descobertos na pirâmide do rei
Wenis (c. 2356 a 2323 a.C.) e que se acredita terem origem muito mais remota.
Eles descrevem a peregrinação do rei morto no além-túmulo e eram recitados
no funeral do faraó. Veja: Os Textos das Pirâmides.
Textos dos Sarcófagos — Textos escritos dentro dos caixões do Império Médio
(c. 2040 a 1640 a.C.) destinados a ajudar o morto na sua passagem para o outro
mundo. Tais textos seguem e desenvolvem a tradição dos Textos das Pirâmides,
mas são usados por particulares. São conhecidas mais de 100 fórmulas mágicas.
Veja: Os Textos dos Sarcófagos.
Thmuis — Nome que os gregos deram à cidade egípcia de Ampet.
Thoth — Divindade de Hermópolis, capital do 15.º nomo do Alto Egito,
considerado inventor da escrita sagrada, ou seja, dos hieróglifos, e patrono dos
escribas e das atividades intelectuais. Seus animais são o macaco e o íbis e ele
também aparece como um homem com cabeça de íbis. Veja: O Babuíno do
Deus da Escrita e O Homem com Cabeça de Íbis.
Thuthi — Mês do calendário egípcio correspondente aproximadamente à
segunda quinzena de julho e primeira quinzena de agosto do nosso calendário.
Tífon — Deus grego com o qual aquele povo identificou o deus egípcio Seth.
Tilapia Nilotica — Espécie de peixe que tinha conotação religiosa para os
antigos egípcios. Veja: Os Peixes Sagrados.
Tot ou Tout — Nome que os egípcios davam ao deus Thoth.
Tríade — Grupo de três divindades que constituem uma "família" de deuses,
composta de um deus pai, uma deusa mãe e um deus filho, ou de um deus
acompanhado por duas deusas. A tríade tebana, por exemplo, era formada pelos
deuses Amon, Mut e Khons.
Tuéris — Deusa-hipopótamo, divindade doméstica que protegia as mulheres
grávidas e os nascimentos. Assegurava fertilidade e partos sem perigo.

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Representada como um hipopótamo fêmea com patas de leão, mamas pendentes
e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo. Veja: A Padroeira
das Mulheres Grávidas.
Tuna el-Gebel — Sítio com cerca de três quilômetros de extensão próximo de
Hermópolis e no qual foi encontrada uma estela que marcava os limites entre
Akhetaton e o seu interior agrícola.
Tura — Localidade onde se encontravam as pedreiras do calcário de melhor
qualidade, utilizado nos relevos e revestimentos de paredes.

U
Uadjet — Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
Uajit — Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
Uajyt — Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
Uatchet — Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
Uazet — Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
Uedjat — Amuleto protetor que simbolizava o olho direito de Hórus, perdido
durante sua luta contra Seth e restaurado por Ísis. Veja: O Olho de Hórus.
Upuaut — Outra grafia do nome do deus Wepwawet.
Uraei — Plural da palavra uraeus.
Uraeus — Símbolo mais representativo da realeza, o uraeus tem a forma de
uma cobra que os faraós portavam sobre a fronte ou na coroa, em lembrança de
uma lenda referente ao deus Rá. É um agente de destruição e proteção do faraó,
cuspindo fogo. Veja: A Serpente Uraeus.
Uronart — Nome sob o qual o deus Montu era venerado na Núbia.
Uto — Outro nome da deusa Wadjit.

V
Vaca Celeste — Grande divindade cósmica que gerou o universo e tudo que ele
contém e que atravessa o firmamento em uma barca e põe no mundo o Sol entre
seus chifres.
Vale dos Reis — Necrópole da montanha tebana que acolheu as tumbas dos
soberanos a partir do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.). A rainha Hatshepsut
(c. 1473 a 1458 a.C.) inaugurou este sítio na XVIII dinastia (c. 1150 a 1307
a.C.) ao enterrar ali seu pai Tutmósis I (c. 1504 a 1492 a.C.). Veja: O Vale dos
Reis.
Vasos Canopos — Conjunto de quatro recipientes destinados a guardar o
fígado, os pulmões, o estômago e os instestinos do morto. Veja: Os Filhos de
Hórus e os Vasos Canopos.

W
Wadjet — Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
Wadjit — Deusa-serpente da cidade de Buto, no delta nilótico. Era a divindade
tutelar do Baixo Egito e aparecia na coroa real, protegendo o faraó. Seu nome
significa "Aquela do Papiro". Veja: A Serpente Uraeus.
Wadjyt — Outra grafia do nome da deusa Wadjit.
Was — Cetro de origem bem antiga, símbolo de domínio mais na esfera divina

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do que na terrena. Seu nome significa "estabilidade", que é o que os egípcios
esperavam dos faraós. Consistia de uma fina lança com um dos extremos
terminado em dois dentes de garfo e o outro na forma de uma cabeça de cão.
Sua origem parece datar da época pré-dinástica. Como símbolo de poder, o was
era empunhado tanto pelos faraós quanto pelas divindades. Veja: As
Vestimentas dos Faraós.
Waset — Nome egípcio da cidade que os gregos chamaram de Tebas.
Wepwawet — Divindade que exercia o papel de guia protetor do falecido pelos
caminhos do além-túmulo. Veja: O Abridor dos Caminhos.

Z
Zoolatria — Adoração dos animais.
Zoomorfo — Que tem forma de animal.

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