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A HISTÓRIA DO

ANTIGO EGIPTO

História da Arte – Universidade


Sénior de Esmoriz
PA R T E
INTRODUTÓRIA

• O Território

• A Sociedade Egípcia

• A Religião

• Arte Religiosa no Antigo Egipto


1- O TERRITÓRIO

• A civilização do Antigo Egipto conseguiu o seu


profícuo desenvolvimento ao longo do rio Nilo.

• A era do Antigo Egipto iniciou-se em 3100 a. C.,


com a unificação política do Alto e Baixo Egito,
sob o primeiro faraó (Narmer), e estendeu-se até
30 a. C., altura em que Cléopatra, faraó egípcia,
e Marco António, seu aliado, perdem na batalha
de Alexandria, e cometem posteriormente
suicídio, fazendo com que o Egipto fosse
anexado pelo Império Romano.
1- O TERRITÓRIO

• Principais Cidades: Tebas, Heracleópolis, Mênfis, Gizé, Heliópolis, Damieta, Tinis, Abidos

• Nos tempos áureos, chegou também a dominar as regiões da Líbia Oriental, Síria, Sinai,
Canãa e Palestina

• Inicialmente, a civilização egípcia era constituída por 2 milhões de habitantes, mas viria a
aumentar, contando com cerca de 4 milhões na era do Império Novo (1550 a. C. até 1069
a. C.). No fim da sua existência, já seriam cerca de 7 milhões de pessoas.
2- A Sociedade Egípcia
A SOCIEDADE EGÍPCIA

• A Sociedade Egípcia era naturalmente estratificada. No topo, tínhamos o faraó, o senhor que
governava o território com um poder absoluto.

• Os nobres comandavam as províncias e eram também uma classe privilegiada. E ocupavam


também altos cargos militares e administrativos.

• Os sacerdotes presidiam a diversas cerimónias religiosas e zelavam pela gestão dos bens do
templo.

• Seguiam-se depois os escribas, funcionários públicos que redigiam os actos públicos,


cobravam impostos e organizavam as leis. Também eram, de certa forma, uma classe com
A SOCIEDADE EGÍPCIA

• Temos ainda os comerciantes que integrariam uma classe média. Muitos trabalhavam
a partir do Mar Mediterrâneo, exportavam/vendiam grãos, ouro, linho, papiro e
produtos acabados, como objetos de vidro e pedra.

• Os artesãos eram trabalhadores urbanos que desempenhavam diversas tarefas.


Tivemos alfaiates, carpinteiros, tintureiros, tecelões, ourives, sapateiros, oleiros,
cordoeiros, ceramistas, ferreiros, pintores, escultores, pedreiros…
A SOCIEDADE EGÍPCIA

• Os camponeses, criadores de gado e a mão-de-obra generalizada para os trabalhos públicos


integravam as classes mais desfavorecidas. Constituíam a larga maioria da população e
viviam na miséria. Eles plantavam, nas margens do rio Nilo, principalmente cereais como o
trigo duro e a cevada. Mas também cultivavam tâmaras, ervilhas, linho, algodão, papiro,
mamona, lótus (planta aquática de sementes comestíveis), figos, uvas e rabanetes

• Enfrentavam a adversidade das cheias do rio Nilo e das temperaturas secas do deserto.

• Escravos: presos de guerra, trabalhavam nos serviços mais pesados como as pedreiras.
Viviam precariamente.
3- A RELIGIÃO EGÍPCIA
A RELIGIÃO NO ANTIGO EGIPTO

• Os egípcios acreditavam em vários deuses (politeístas) bem como na vida além da


morte.

• Os seus deuses poderiam ser representados de forma:

- Antropomórfica: forma humana.

- Zoomórfica: forma animal.

- Antropozoomórfica: forma humana e animal ao mesmo tempo.


A RELIGIÃO NO ANTIGO EGIPTO

• maat – conceito que definia a necessidade de os egípcios levarem uma vida correta e
honesta.

• heka – crença na energia sobrenatural e no poder mágico que os deuses possuíam.

• Os principais deuses do Antigo Egipto eram: Hórus, Rá, Anúbis, Ísis, Osíris, Maat,
Seth e Bastet
HÓRUS

HÓRUS
HÓRUS

• Deus egípcio retratado com uma cabeça de falcão num corpo de homem. Os seus olhos
representavam o sol e a lua.

• Deus dos céus, do Firmamento e dos vivos

• Era filho de Osíris e Isis. Na mitologia egípcia, Hórus derrotou Seth para assumir o
comando supremo do Egipto e tornar-se senhor dos vivos.
Deus Rá

• Rá foi representado de várias formas. A forma mais comum era um homem com a cabeça
de um falcão e um disco solar no topo e uma serpente enrolada ao redor do disco

• Deus do Sol

• Em dinastias posteriores Rá foi fundido com o deus Hórus e acreditava-se que era
soberano de todas as partes do mundo criado (o céu, a terra e o mundo inferior.
Anúbis
ANÚBIS

• Anúbis é o deus egípcio protetor, guardião e guia dos mortos no submundo, embora tenha
perdido o protagonismo de Deus dos Mortos para Osíris, nalguns períodos posteriores do
Antigo Egipto.

• Anúbis era sempre representado com cabeça de chacal

• Assumia outras funções como o preparo do corpo e embalsamento dos mortos, sendo
ainda o protetor do processo de mumificação.
ÍSIS
ÍSIS

• Ísis da fertilidade, da maternidade, da cura, da magia e da família.

• É representada com um rosto de uma mulher.

• Ela é a filha primogénita do deus da Terra, Geb, e da divindade que rege o Cosmos,
Nut. Seu irmão Osíris se torna no seu marido, com o qual ela concebe Hórus.
OSÍRIS
OSÍRIS

• Osíris é o Deus dos mortos, além de ser a divindade da vegetação, do julgamento e do


além.

• Marido de Ísis e pai de Hórus, era ele quem julgava os mortos na "Sala das Duas
Verdades", onde se procedia à pesagem do coração. Foi traído pelo seu irmão Seth que o
assassinou.

• A sua representação mais comum correspondia ao de um homem mumificado com uma


barba postiça, com braços que emergem do corpo cruzados sob o peito. Transportava
consigo um gancho e malho.
Osíris e Isis
A LENDA/MITO DE AMOR ENTRE OSÍRIS E IRIS

“A lenda conta que Osíris era um rei maravilhoso e amado no país e teve seu trono
usurpado por seu irmão Set. Osíris foi assassinado e teve seu corpo esquartejado, mas sua
esposa – a rainha Isis – o amava muito para aceitar a sua partida.

Algumas lendas contam que o Rio Nilo nasceu de suas lágrimas e que os deuses, vendo a
dor de Isis, ajudaram a rainha a reconstruir o corpo do seu amado marido.Ela então parte
em uma jornada para conseguir o corpo de seu amado de volta e, após várias investidas,
ajudada pelos deuses, consegue gerar um filho de seu falecido marido.

Mesmo após a morte de Osíris, o amor de Isis e a sua busca pelo amado é tão forte que
consegue gerar Hórus, “o guerreiro da Luz” que vai libertar o povo das trevas causadas
por seu tio Set” (Site – Descobriregipto.com)
MAAT
M A AT

• Maat, deusa egípcia da justiça, da verdade e da ordem cósmica, é representada com a


aparência de uma mulher, por vezes alada, com uma pena de avestruz na cabeça.

• Filha do deus Ré, Ma'at é associada na mitologia egípcia a Thot (deus da sabedoria).

• Assume um papel decisivo no julgamento dos mortos.


• “Maat pesava as almas de todos que
chegassem ao Salão de Julgamento
subterrâneo com a pena da verdade.
Colocava a pluma na balança, e no
prato oposto o coração do falecido.
Se os pratos ficassem em equilíbrio,
M A AT o morto podia festejar com as
divindades e os espíritos dos
mortos. Entretanto, se o coração
fosse mais pesado, ele era
prontamente devorado pela besta
híbrida Ammit para ser devorado”
Seth
SETH

• Seth ou Set é o deus egípcio do caos, da seca, da guerra e o senhor da terra vermelha
(deserto). Mestre de trovões, relâmpagos e tempestades. Representa as forças
destrutivas.

• Seth assassinou seu irmão Osíris, e tentou enfrentar o filho deste – Hórus, mas desta
vez, a confusão que semeava teve o efeito contrário, acabou ele mesmo por ser morto
por Hórus.
TOTH

• Thoth era o Deus Egípcio do Conhecimento e da Sabedoria

• O deus da sabedoria, escrita e magia era frequentemente retratado como um homem


com cabeça de íbis ou de babuíno

• Era o escriba do submundo, mestre das leis físicas e divinas. Tinha conhecimento dos
segredos do Universo e era a divindade mais instruída em História Antiga.
Sekhmet
SEKHMET

• Sekhmet é a Deusa da Guerra para os egípcios. Ficou conhecida como “A Poderosa”,


que destruiu os inimigos de Rá e ajudava os faraós contra seus oponentes terrenos.

• .Era, por esta razão, representada como uma leoa, símbolo da violência e da
brutalidade, ou com corpo humano e cabeça de leoa.
AMMIT
AMMIT

• Ammit (ou Ammut) é uma criatura com a cabeça de um crocodilo, os quartos


dianteiros de um leão ou um leopardo e os quartéis traseiros de um hipopótamo.

• No julgamento final, ela faz jus ao seu estatuto de deusa devoradora dos mortos.

• Ela devorava as almas e os corações daqueles que se acham indignos nas escalas de
justiça de Maat.
Amón
AMÓN

• Amón era o Deus do Vento e da Atmosfera. Era considerado omnipresente, apesar de invisível. Amon. Encontrava-
se representado por um carneiro ou um humano de pele azul com cabeça de carneiro com cornos curvos

• Tornou-se posteriormente, na 11.ª Dinastia (2133 a 2000 a. C.), bastante venerado em Tebas, a capital desta altura.

• O culto cresceu - Foi-lhe dado o nome de Amon-Rá (deus do Sol) e acabou por se tornar um dos mais importantes
deus es do panteão egípcio e protetor dos faraós, em quem encarnava.

• Seria substituído pelo culto de Atón, no reinado de Aquenáton.


C O M O E R A O A L É M PA R A O S E G Í P C I O S ?

• Após a morte o defunto passava pela sala da justiça onde se pesava o coração, e só a partir daí se decidia se o morto tinha ou
não cometido pecados. O tribunal divino situava-se, acreditavam os Antigos Egípcios, na Sala das Duas Justiças, ou Duas
Verdades, ponto de contacto entre o submundo dos mortos e o Além. Ali, numa grande balança, vigiada por Anúbis (deus dos
Mortos) e Tot (deus escriba),, o coração era colocado num dos pratos, com o outro a ser ocupado por uma pena, ou pluma,
símbolo da Maet (ou Maat, a Ordem Divina, digamos). Se houvesse equilíbrio, estava absolvido o defunto, se o coração
pesasse mais, era a condenação, o aniquilamento total, a morte absoluta sem esperança de ressurreição na Eternidade. A
Grande Devoradora (Ammut), besta híbrida de crocodilo e hipopótamo era quem supliciava logo ali todos os que tivessem um
"coração" mais pesado. O coração era o centro da personalidade do indivíduo em vida, da sua razão, vontade e consciência
moral. Por isso, os Antigo Egípcios levavam os livros nas suas múmias, colocados entre os pés, com fórmulas protetoras e
salvíficas perante a desgraça da Pesagem das Almas. O defunto só passava para os destinos da felicidade se estivesse
inocente” (INFOPÉDIA)
C O M O E R A O A L É M PA R A O S E G Í P C I O S ?

• A conduta moral dos mortos era valorizada, sendo que para os deuses egípcios de nada
valeriam as condições sociais e as riquezas acumuladas em vida pelos falecidos.

• O Papiro de Ani é a versão mais conhecida do Livro dos Mortos. Estima-se que foi
escrito durante a XVIII dinastia egípcia até ao ano de 1300 a.C..

• Ver vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=UvSOtbqh2S8


ARTE RELIGIOSA – ANTIGO
EGIPTO
Templo de Luxor

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