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A ECONOMIA

AGRICULTURA
Numa primeira fase, as
margens do Nilo eram
muito pantanosas e, para as
tornar cultiváveis, foi
necessário fazer obras de
drenagem, bem como de
regularização e distribuição
das águas, através da
construção de diques e
canais.
É graças ao Nilo que a
agricultura é uma atividade
tão importante, ocupando
cerca de 90% da sua
população.
O COMÉRCIO

Apresentação e registo do gado


(Fazia-se comércio no interior do Egito e não só…)
O ARTESANATO

A ourivesaria Construção de um muro de um templo

A maior parte dos trabalhos artesanais são executados por


homens livres. Os proprietários das grandes terras procuravam
ter ao seu serviço trabalhadores de quase todas as profissões:
cervejeiros, padeiros, carpinteiros, sapateiros, fundidores,
oleiros, marceneiros, etc..
As grandes obras públicas eram realizadas pelos camponeses na
época das cheias.
O ARTESANATO

As fiandeiras conseguem
manusear dois fusos ao
mesmo tempo. As
tecedeiras dispõem de um
tear rudimentar colocado
horizontalmente.

Este gigantesco molde


destina-se a fazer uma
porta de um templo. Os
fundidores introduzem o
metal em fusão ( cobre).
A CAÇA E A PESCA

Pescava-se, mas também se caçava no Nilo e nas


suas margens.
A PECUÁRIA

Os egípcios eram grandes criadores de gado. Para além do


gado bovino, criavam burros, carneiros, etc..
QUADRO SÍNTESE
Agricultura Pecuária Artesanato Comércio
Trigo Bovino Ourivesaria Exportavam
Centeio Caprino Tecelagem artesanato e
Cevada Asinino Cestaria excedentes
Linho agrícolas e
Vidro
Vinha importavam
Construção cedro, ouro e
Frutos naval cobre.
Legumes
(Papiro)
A SOCIEDADE
A SOCIEDADE
 A sociedade egípcia dividia-se essencialmente em
dois grandes grupos:
1.Privilegiados
2.Não-privilegiados
 Na sociedade egípcia, não eram todos iguais; pelo
contrário, havia uma sociedade diferenciada ou
estratificada.
 Vamos encontrar diferentes grupos sociais que se
distinguiam pela atividade, riqueza e poder.
A SOCIEDADE EGÍPCIA
 Em primeiro lugar, encontramos o faraó, o senhor supremo
de todo o Egito, seguido da sua família.
 Imediatamente a seguir, os grupos mais importantes e que
tinham mais direitos eram os nobres e os altos funcionários,
os sacerdotes e os escribas. O poder destes últimos vinha do
domínio da religião e escrita.
 Seguiam-se os artesãos , os comerciantes e os camponeses.
 Os camponeses tinham uma vida muito dura, tendo que
entregar quase tudo o que produziam aos proprietários das
terras.
 Na base da sociedade, estão os escravos, normalmente
prisioneiros de guerra e, por isso, pouco frequentes nesta
civilização que raramente se envolveu em guerras.
PIRÂMIDE HIERÁRQUICA
OS PRIVILEGIADOS
O faraó governava o Egito
por intermédio de altos
funcionários ( os vizires e os
governadores de províncias).
Por sua vez, estes dispunham
de numerosos escribas que
desempenhavam importantes
funções, como cobrar
impostos, assegurar a justiça,
comandar a polícia, recrutar
soldados, vigiar o trabalho nos
campos e o serviço nos
templos. Os escribas eram
educados nas escolas dos
templos e do palácio,
estudando, durante longos
anos, todos os recursos da
escrita egípcia.
OS NÃO-PRIVILEGIADOS

Os camponeses e os escravos levavam


uma vida muito difícil.
O FARAÓ
O FARAÓ : UM DEUS NA TERRA
Tudo o que acontecia no
Egito era comandada por
uma pessoa que era
considerada pelos egípcios
o seu rei e deus (teocracia).
O seu poder era sacralizado.
O faraó tinha o poder
total sobre o Egito, porque,
sendo considerado superior
aos homens, saberia mais
do que eles e, portanto,
deveria decidir tudo. Tinha
um poder absoluto.
O FARAÓ : UM DEUS NA TERRA

A educação do faraó começa desde a mais tenra idade. Mestres


experientes ensinam-lhe toda a espécie de desportos violentos,
como a caça, uma atividade nobre. O faraó terá de ser um campeão
de tiro ao arco, para, mais tarde, poder perseguir, no seu carro, as
gazelas do deserto ou combater os inimigos do Egito.
OS PODERES DO FARAÓ
Os poderes do faraó são variados:
A base do seu poder reside no poder
religioso, uma vez que é adorado
como um deus. É seu dever assegurar
as oferendas aos deuses e prestar
culto aos deuses. Além disso, como é
considerado um deus vivo, possui os
símbolos do seu poder sobrenatural: o
pequeno báculo ( heka ), o chicote
(nekhekh ) e a imagem da serpente
sagrada.
É o senhor do Egito, governa o
território com a ajuda dos
governadores das províncias escolhidos
por ele (poder político), e decide da
paz e da guerra, sendo também o chefe
do exército (poder militar). A nível
económico, distribui as terras, ordena
os trabalhos agrícolas e a cobrança de
impostos.
O PALÁCIO DO FARAÓ
O faraó comanda as suas tropas, possuindo a coroa de guerra
(Kheprech).
Depois de uma
vitória, procede-se à
contagem dos
inimigos mortos,
cortando-se a mão
direita dos cadáveres.
Repara na importante
função dos escribas.
RELIGIÃO
A RELIGIÃO
 Os egípcios são
considerados os mais
religiosos dos homens.
 Eram politeístas, isto é,
acreditavam em muitos
deuses .
 Os deuses podiam ter forma
animal, humana ou mesmo
forma mista, humana e
animal.
PRINCIPAIS DEUSES EGÍPCIOS
Ámon-Rá
Deus-sol. Era Ísis
venerado em Protetora das
todo o Egito crianças e da
fecundidade.
Mulher de Osíris

Osíris
Deus das Terras. É
perante ele que os
mortos se
apresentam
PRINCIPAIS DEUSES EGÍPCIOS

Tot Hathor
Maet
Deus da sabedoria Deusa do amor
Deusa da verdade
e da escrita e da fertilidade
e da justiça
A VIDA ETERNA
Os egípcios acreditavam
na imortalidade da alma
e na reencarnação.
Como acreditavam na vida
para além da morte, era
necessário preparar os corpos
devidamente para poderem viver
na outra vida.
Essa crença obrigou-os a
aperfeiçoar a técnica de
embalsamento dos mortos.
A PREPARAÇÃO DO CORPO
1.CARPIDEIRAS
Membros da família rodeiam a
cama do morto. Embora a família
esteja presente, são contratadas
também carpideiras profissionais
para seguirem o cortejo, a fim de
mostrar respeito da família pelo
seu parente falecido.
2. EMBALSAMAMENTO
Os embalsamadores retiram o
cérebro e os órgãos internos do
morto e colocam-nos de lado.
Depois, cobrem o corpo com um sal
chamado matro, para secar o corpo
e preservá-lo para a vida após a morte.
A PREPARAÇÃO DO CORPO
3. MUMIFICAÇÃO
De seguida, enrolam o corpo em muitos
metros de linho. À medida que vão
enrolando o corpo, põem joias e
amuletos entre as faixas do tecido e
rezam pela alma do morto.

4. MÁSCARAS DOS DEUSES


Na múmia, colocam uma máscara que é
um retrato do homem morto. Todo este
processo demora setenta dias e,
durante este tempo, os embalsa-
madores usam máscaras de animais e
fazem o papel de deuses.
A PREPARAÇÃO DO CORPO

5. O CORTEJO
No dia do funeral, um cortejo de parentes e criados, carregando
os bens do morto, vai desde sua casa até à oficina do
embalsamador. Aí, juntam-se ao sacerdote e às carpideiras. A
múmia está agora dentro do seu caixão, em cima de um trenó, e
atrás vem o vaso canópico que contém os órgãos internos.
A PREPARAÇÃO DO CORPO

6. APAGAR AS PEGADAS
Levam o sarcófago, que tem a forma de um corpo,
para a pirâmide e colocam-no numa urna rectangular
e selam a tampa da urna. Um sacerdote varre a
câmara onde fica a urna e afasta qualquer traço de
vida humana e, assim, mantém o mal afastado do
túmulo.
O QUE ACONTECIA AOS MAIS
POBRES?
Os pobres são
enterrados num
buraco na areia e
cobertos por uma
esteira. O corpo do
defunto é deitado
de lado, como se
estivesse a dormir.
O local é depois
protegido por
grandes pedras,
para evitar que os
chacais
desenterrem o
corpo, perturbando
o seu sono eterno.
O JULGAMENTO DE OSÍRIS

A alma do morto irá ser julgada. Anúbis conduz a alma ao local do


julgamento, presidido por Osíris. O coração do morto é colocado numa
balança, em comparação com uma pena de avestruz ( pena de Maet,
deusa da verdade e da justiça). Ele teve uma vida exemplar e, por isso, o
coração foi mais leve e a sua recompensa é uma vida eterna cheia de paz.
Amut, monstro do Nilo (com cabeça de crocodilo), devora os mortos cujo
coração pese mais do que a pena de avestruz - por terem sido maus na
vida terrena.
A ARTE
AS GRANDES
CONSTRUÇÕES

As pirâmides são túmulos


gigantescos construídos pelos
egípcios para abrigar o corpo dos
faraós e prestar-lhes culto após a
morte. No Egito, existem cerca de
60 pirâmides.
AS PIRÂMIDES
São necessários milhões
de toneladas de pedras
que é preciso extrair de
pedreiras distantes. A
pirâmide de Keóps tem
147 metros de altura e
227 metros de largura na
base. Os grandes blocos
de pedra já estiveram
revestidos de calcário e
granito, tendo um aspeto
liso.
PIRÂMIDES

Foram construídas graças ao emprego de rampas de tijolos


humedecidos, sobre as quais deslizavam os materiais. Para tal,
foi necessário utilizar uma mão de obra numerosa.
PIRÂMIDES
As pirâmides têm um
conjunto de câmaras
funerárias ventiladas por
condutas de arejamento.
Nestas câmaras, eram
depositados os sarcófagos
reais. A entrada que
conduzia ao sarcófago
real mantinha-se secreta
desde a sua construção.
Na ausência de qualquer
máquina elevatória, a
construção das pirâmides
exigia muita mão de obra,
constituída principalmente por
camponeses que as cheias
deixavam desocupados.
O INTERIOR DAS PIRÂMIDES
AS MASTABAS

Os ricos mandavam construir


grandes túmulos feitos com
tijolos secos ao sol: as
mastabas. O corpo é colocado
num compartimento
subterrâneo, no fundo de um
poço.
OS HIPOGEUS
São monumentos
funerários
enormes cavados
na rocha. Eram
compostos por
grandes conjuntos
de salas e por
corredores cheios
de pinturas. A
câmara funerária,
onde se encontra o
sarcófago, situa-se
no final do
conjunto
subterrâneo.
AS ESCULTURAS

As esculturas eram utilizadas


como base decorativa no interior e
exterior das construções. As
estátuas maiores eram feitas em
pedra de vários tipos, desde o
granito ao mármore.
A PINTURA
A representação da figura humana
obedecia à lei da frontalidade.
Assim, a cabeça, as pernas e os pés
eram representados de perfil e os
olhos e tronco de frente, com os
ombros rigorosamente iguais.

O tamanho das figuras


representadas correspondia à
sua importância social. Daí o
faraó ser sempre representado
com dimensões maiores que
qualquer outra personagem.
A ESCRITA
EGÍPCIA
A ESCRITA

A escrita egípcia é uma das mais antigas do mundo,


tendo passado por fases distintas, ao longo da sua história.
A ESCRITA

A maioria dos textos são de


origem religiosa ou administrativa
e ficaram registados em papiros,
nos túmulos e em alguns objetos.
A escrita hieroglífica só foi
decifrada no século XIX.
O PAPIRO
Os papiros
cresciam nos Retirava-se-lhes o
densos bosques caule para cortar
das margens do em pequenas
Nilo e no Delta. lâminas de
tamanho idêntico.

Essas lâminas
eram justapostas e
cobertas por uma 2ª
camada de lâminas
perpendicular . A sua
seiva funcionaria
como cola…
O PAPIRO
As duas camadas Por último, a
sobrepostas eram, superfície era
em seguida, alisada. Depois de
batidas com um secar, obtinha-se
maço para que se uma folha
interpenetrassem. castanho-clara.

As folhas eram
esticadas para se
obterem rolos
utilizáveis
horizontal ou
verticalmente.
AS CIÊNCIAS
AS CIÊNCIAS
Quanto à Geometria
e à Matemática,
sabe-se que usavam
a subtração e a
adição, realizavam a
multiplicação a partir
da soma, conheciam
a raiz quadrada e as
frações. Tinham
medidas de
comprimento, de
peso, de volume e de
superfície.
Calcularam a área do
círculo.
AS CIÊNCIAS
 A Medicina foi uma das ciências estudadas e
desenvolvidas pelos Egípcios, devido aos
conhecimentos de anatomia que lhes advinham
do embalsamamento dos corpos. Os médicos
egípcios eram famosos em todo o Próximo
Oriente e deslocavam-se a outros territórios para
tratarem os doentes. Sabiam fazer operações
cirúrgicas.
 Na Astronomia, o calendário era solar, dividindo o
ano em 365 dias, o dia em 24 horas e a hora em
60 minutos. Estudavam a posição dos astros para
prever a época das cheias do Nilo.

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