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TUTORIA 1 – SISTEMA NERVOSO

1. COMPREENDER O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL


(ENCÉFALO E MEDULA) E PERIFÉRICO.
 
SISTEMA NERVOSO (SN) → Consiste em 3 regiões principais:
✘ SNC → Formado pelo encéfalo + medula espinhal → protegido pelo crânio e coluna vertebral.
✘ SNP → Inclui os neurônios fora do SNC + nervos cranianos e os nervos espinhais (e gânglios associados) →
conectam o encéfalo e a medula espinhal com as estruturas periféricas.
✘ SNA → Possui partes no SNC e no SNP. Formado por neurônios que inervam o músculo liso, o músculo
cardíaco, o epitélio glandular e a combinação desses tecidos.
 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO
 1ªs indicações do desenvolvimento do SN aparecem durante a 3ª semana.
 PLACA NEURAL e o SULCO NEURAL → Se desenvolvem no aspecto posterior do embrião trilaminar.
 NOTOCORDA e o MESÊNQUIMA PARAXIAL → Induzem o ectoderma subjacente a se diferenciar na
PLACA NEURAL.

Placa Neural se dobra para formar o tubo neural.


A: Embrião de aprox. 17 dias.
B: Embrião mostra a placa neural e o desenvolvimento precoce do sulco neural e das pregas neurais.
C: Embrião de aprox. 22 dias mostra que as pregas neurais se fundiram na altura do 4º ao 6º somito, mas estão
afastadas em ambas as extremidades.
D-F: Formação do tubo neural e seu destacamento da superfície do ectoderma.

TUBO NEURAL SE DIFERENCIA NO SNC


 CRISTA NEURAL → Origina as células que formam a maior parte de SNP e SNA.
 NEURULAÇÃO → Formação da placa neural e do tubo neural.
o Começa durante a 4ª semana (22-23 dias) na região do 4º ao 6º pares de somitos.
o Nesse estágio → 2/3 CRANIAIS da placa e do tubo neural até o 4º par de somitos → representam
o futuro ENCÉFALO.
o TERÇO CAUDAL → da placa e do tubo → representa a futura MEDULA ESPINHAL.
 Fusão das pregas neurais + formação do tubo neural começa no 5º somito → prossegue nas direções
cranial e caudal até que somente pequenas áreas do tubo permaneçam abertas em ambas as
extremidades.
 Lúmen do tubo neural se torna → CANAL NEURAL → Se comunica livremente com a cavidade amniótica.

A: Vista dorsal de um embrião de aprox. 23 dias mostra a fusão das pregas neurais → formam o tubo neural.
B: Vista lateral de um embrião de aprox. 24 dias mostra a proeminência do prosencéfalo e fechamento do
neuroporo rostral.

C: Embrião aos 23 dias mostra a comunicação transitória do canal neural com a cavidade amniótica (setas).
D: Vista lateral de um embrião de aproximadamente 27 dias, note que
os neuroporos mostrados em B estão fechados.

✔ Abertura Cranial → NEUROPORO ROSTRAL → se fecha aproximadamente no 25° dia.


✔ Abertura Caudal → NEUROPORO CAUDAL → se fecha aproximadamente no 27° dia.
 Fechamento dos Neuroporos coincide com o estabelecimento da circulação vascular para o TUBO
NEURAL.
 CÉLULAS NEUROPROGENITORAS da parede do tubo neural → se espessam para formar o ENCÉFALO e a
MEDULA ESPINHAL.
 CANAL NEURAL → forma o sistema ventricular do encéfalo e o canal central da medula espinhal.

A, Vista lateral de um embrião de aprox. 28 dias


mostra as 3 vesículas encefálicas primárias:
prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Duas
flexuras demarcam as divisões primárias do
encéfalo. B, Secção transversa do embrião mostra
o tubo neural
que se desenvolverá na medula espinhal nessa
região. Os gânglios espinhais derivados da crista
neural também são mostrados.
C, Esquema da vista lateral do SNC de um
embrião de 6 semanas mostra as vesículas
encefálicas secundárias e a flexura pontina que
ocorre conforme o encéfalo cresce rapidamente.

DESENVOLVIMENTO DA MEDULA ESPINHAL


 MEDULA ESPINHAL PRIMORDIAL → se desenvolve da parte caudal da PLACA NEURAL e da EMINÊNCIA
CAUDAL.
 O tubo neural caudal ao 4º par de somitos se desenvolve na medula espinhal.
 Paredes laterais do tubo neural se espessam → reduzindo o tamanho do CANAL NEURAL até somente um
minúsculo canal central da medula espinhal existir na 9ª à 10ª semanas.
 A sinalização do ÁCIDO RETINOICO → essencial no desenvolvimento da medula espinhal desde a
padronização inicial até a neurogênese.

A, Secção transversal do tubo neural de um embrião de aprox. 23 dias.


B e C, Secções similares na 6ª e na 9ª semana.
D, Secção da parede do tubo neural mostrada em A.
E, Secção da parede da medula espinhal em desenvolvimento mostra suas 3 zonas.
medula espinhal em desenvolvimento mostra suas 3 zonas.
Notar que o canal neural do tubo neural se converte no canal central da medula espinhal (A-C)
 
 Inicialmente → PAREDE DO TUBO NEURAL → composta por um Neuroepitélio Espesso, Colunar e
Pseudoestratificado.
 CÉLULAS NEUROEPITELIAIS → constituem a zona ventricular (camada ependimária).
o Origina todos os neurônios + células macrogliais (macróglia) da medula espinhal.
 CÉLULAS MACROGLIAIS → estão em maior nº na família das CÉLULAS NEUROGLIAIS → incluem
ASTRÓCITOS e OLIGODENDRÓCITOS.
 ZONA MARGINAL → composta pelas partes externas das células neuroepiteliais se torna reconhecível.
o Se torna gradualmente a SUBSTÂNCIA BRANCA da medula espinhal → conforme os axônios se
desenvolvem dos corpos das células nervosas da medula espinhal, dos gânglios espinhal e do
encéfalo.
 Algumas células neuroepiteliais em divisão na ZONA VENTRICULAR → se diferenciam nos NEURÔNIOS
PRIMORDIAIS → NEUROBLASTOS.
o Essas células embrionárias formam uma ZONA INTERMEDIÁRIA (camada do manto) entre as
zonas ventricular e marginal.
 NEUROBLASTOS se tornam NEURÔNIOS conforme desenvolvem processos citoplasmáticos.
 
 Células de suporte do SNC → GLIOBLASTOS (ESPONGIOBLASTOS) → diferenciam-se das células
neuroepiteliais.
o Migram da zona ventricular para as zonas intermediária e marginal.
o Alguns se tornam ASTROBLASTOS e posteriormente ASTRÓCITOS.
o Outros se tornam OLIGODENDROBLASTOS e finalmente OLIGODENDRÓCITOS.
 
 Quando as células neuroepiteliais cessam a produção de neuroblastos e glioblastos → diferenciam-se em
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS.
o Formam o EPÊNDIMA → Epitélio Ependimário → recobre o canal central da medula espinhal.
 MICROGLIA → Células Microgliais → está disseminada por toda a SUBSTÂNCIA BRANCA E CINZENTA da
medula espinhal.
o Pequenas células derivadas das células mesenquimais.
o Invade o SNC mais tarde no período fetal após os vasos sanguíneos entrarem no SNC.
o Se origina na Medula Óssea → faz parte da população de células fagocíticas mononucleares.
 
 A proliferação e a diferenciação das células neuroepiteliais no desenvolvimento da Medula Espinhal
produzem o espessamento das paredes e o adelgaçamento das placas do teto e do assoalho.
 O espessamento nas paredes laterais da medula espinhal produz um sulco longitudinal de cada lado →
SULCO LIMITANTE.
o Esse sulco separa a parte dorsal (PLACA ALAR) da parte ventral (PLACA BASAL).
 
PLACAS ALAR E BASAL → produzem protuberâncias longitudinais que se estendem na maior parte do
comprimento da medula espinhal em desenvolvimento.
o Essa separação regional é importante porque as placas alar e basal posteriormente estarão associadas
às funções aferente e eferente.
o CORPOS CELULARES nas placas alares → formam as colunas dorsais cinzentas → se estendem no
comprimento da medula espinhal.
o Nas secções transversais da medula → essas colunas são → Cornos Cinzentos Dorsais.
o Os neurônios nessas colunas constituem os NÚCLEOS AFERENTES e os grupos deles formam as
Colunas Cinzentas Dorsais.
o Conforme as placas alares aumentam, formam-se → SEPTOS MEDIANOS DORSAIS.
 
o CORPOS CELULARES nas placas basais → formam as colunas cinzentas ventrais e laterais.
o Nas secções transversais → essas colunas são os Cornos Cinzentos Ventrais e os Cornos Cinzentos
Laterais.
o AXÔNIOS das células dos cornos ventrais crescem para fora da medula espinhal e formam as RAÍZES
VENTRAIS DOS NERVOS ESPINHAIS.

Histogênese de células no
sistema nervoso central.
- Após o desenvolvimento, o
neuroblasto multipolar
(esquerda inferior) se torna uma
célula nervosa ou neurônio.
- Células neuroepiteliais
originam todos os neurônios e as
células da macroglia.
- As células da microglia são
derivadas de células
mesenquimais que invadem o
sistema nervoso em
desenvolvimento com os vasos
sanguíneos
DESENVOLVIMENTO DOS GÂNGLIOS ESPINAIS
 NEURÔNIOS UNIPOLARES dos gânglios espinais (gânglios da raiz dorsal) → derivados das células da crista
neural.
 AXÔNIOS das células nos gânglios espinhais são primeiramente bipolares, mas precocemente os dois
processos se unem em formato de T.
o Ambos os processos apresentam as características estruturais de axônios.
o Mas o processo periférico é um DENDRITO → no qual há condução em direção ao corpo celular.
 Os processos periféricos passam nos nervos espinhais às terminações sensoriais nas estruturas somáticas
ou viscerais.
 Os processos centrais entram na medula espinhal e constituem as raízes dorsais dos nervos espinhais.

Diagrama mostra derivados da


crista neural (setas).
As células da crista neural
também se diferenciam em
células nos gânglios aferentes
dos nervos cranianos e muitas
outras estruturas;
Também é ilustrada a formação
de um nervo espinhal.

Diagramas mostram estágios


sucessivos na diferenciação das
células da crista neural em um
neurônio aferente unipolar em um
gânglio espinhal.

DESENVOLVIMENTO DAS MENINGES ESPINHAIS


 MENINGES → membranas que recobrem a medula espinhal.
o Se desenvolvem das células da crista neural e do mesênquima → entre o 20° e o 35° dias.
 Células migram para circundar o TUBO NEURAL e formam as MENINGES PRIMORDIAIS.
 Camada Externa dessas membranas se espessa para formar → DURA-MÁTER.
 Camada interna → PIA-ARACNOIDE → composta pela PIA-MÁTER e ARACNOIDE-MÁTER
(leptomeninges).
 Espaços preenchidos por líquido aparecem nas leptomeninges → em breve coalescem para formar →
ESPAÇO SUBARACNOIDE.
 Origem da pia-máter e aracnóidea é indicada no adulto pelas TRABÉCULAS ARACNOIDES → delicadas e
numerosas fibras de tecido conjuntivo que passam entre a pia e a aracnoide.
 LÍQUIDO CEREBROSPINHAL (LCE) → começa a se formar durante a 5ª semana.

Diagramas mostram a posição


da extremidade caudal da
medula espinhal em relação à
coluna vertebral e às
meninges em vários estágios
do desenvolvimento. Também
é ilustrado
o aumento da inclinação da
raiz do primeiro nervo sacral.
A, Na 8ª semana.
B, Na 24ª semana.
C, Neonato.
D, Adulto.

MUDANÇAS NA POSIÇÃO DA MEDULA ESPINHAL


 ME no embrião se estende inteira no comprimento do canal vertebral.
 NERVOS ESPINHAIS → passam através dos forames intervertebrais opostos ao seu nível de origem.
 A extremidade caudal da ME nos fetos gradualmente se posiciona em níveis mais altos.
o Feto de 24 semanas → posiciona-se no nível da 1ª vértebra sacral.
o ME em neonatos termina no nível da 2ª ou 3ª vértebra lombar.
o Adultos a ME geralmente termina no limite inferior da 1ª vértebra lombar.
 Raízes dos Nervos Espinhais, especialmente aqueles dos segmentos lombar e sacral, percorrem
obliquamente a medula espinhal no nível correspondente da coluna vertebral.
 Raízes dos Nervos inferiores à extremidade da medula → CONE MEDULAR → formam um feixe de raízes
de nervos espinhais → CAUDA EQUINA → se originam de um alargamento lombossacral (intumescência)
e do cone medular da medula espinhal.
 
 DURA-MÁTER e ARACNOIDE → Usualmente terminam na vértebra S2 em adultos → PIA-MÁTER NÃO.
o Distal à extremidade caudal da ME → pia-máter forma um feixe fibroso longo → filamento
terminal → indica o nível de origem da extremidade caudal da medula espinhal embrionária.
o Filamento se estende do cone medular e se liga ao periósteo da 1ª vértebra coccígea.
 
MIELINIZAÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS
 BAINHAS DE MIELINA ao redor das fibras nervosas na ME começam a se formar na fase final do período
fetal e continuam a ser formadas durante o 1º ano pós-natal.
 Proteínas Básicas de Mielina → família de isoformas de polipeptídeos relacionados → essenciais na
mielinização.
o INTEGRINAS-β1 regulam esse processo.
 Os Tratos das Fibras se tornam funcionais aprox. no período em que se tornam mielinizados.
 RAÍZES MOTORAS são mielinizadas antes das RAÍZES SENSORIAIS.
 As bainhas de mielina ao redor das fibras nervosas na ME são formadas por OLIGODENDRÓCITOS.
o Membranas plasmáticas dessas células se envolvem ao redor do axônio, formando diversas
camadas.
o A PROTEÍNA PROFILINA 1 (PFN1) → essencial na polimerização dos microfilamentos → promovem
as mudanças no citoesqueleto dos oligodendrócitos.

Desenhos esquemáticos ilustram a mielinização de fibras nervosas.


A-E, Estágios sucessivos na mielinização de um axônio de uma fibra do nervo periférico pelo neurilema (bainha de
célula de Schwann). O axônio primeiramente faz uma depressão na célula, e a célula então gira ao redor do axônio à
medida que o mesaxônio (local de invaginação) se alonga. O citoplasma entre as camadas de membrana celular
gradualmente se condensa. O citoplasma permanece dentro da bainha entre a mielina e o axônio.
F-H, Estágios sucessivos na mielinização da fibra nervosa no SNC por um oligodendrócito. Um processo de células
neurogliais envolve-se ao redor de um axônio e as camadas intervenientes do citoplasma se movem em direção ao corpo
da célula.

 BAINHAS DE MIELINA ao redor dos axônios das fibras nervosas periféricas → formadas pelas membranas
plasmáticas do neurilema (bainhas de células de Schwann) → análogas aos oligodendrócitos.
 CÉLULAS DO NEURILEMA → Derivadas das células da crista neural que migraram perifericamente e
circundaram os axônios dos Neurônios Motores Somáticos e os Neurônios Motores Autonômicos Pré-
Ganglionares, conforme eles saem do SNC.
 Essas células também se envolvem ao redor dos processos centrais e periféricos dos NEURÔNIOS
SENSORIAIS SOMÁTICOS E VISCERAIS, e ao redor dos Axônios dos Neurônios Motores Autonômicos
Pós-Sinápticos. Iniciando-se em aproximadamente 20 semanas, as fibras nervosas periféricas apresentam
um aspecto esbranquiçado resultante da deposição de mielina (formadas de camadas de lipídios e
proteínas)
 Iniciando-se em aprox. 20 semanas → fibras nervosas periféricas apresentam um aspecto esbranquiçado
resultante da deposição de mielina (formadas de camadas de lipídios e proteínas).
 
DESENVOLVIMENTO DO ENCÉFALO
 Começa a se desenvolver durante a 3ª semana → quando a PLACA e o TUBO NEURAL estão se
desenvolvendo do NEUROECTODERMA.
 TUBO NEURAL → cranial ao 4º par de somitos → se desenvolve no ENCÉFALO.
 CÉLULAS NEUROPROGENITORAS proliferam, migram e se diferenciam para formar áreas específicas do
encéfalo.
 
A fusão das pregas neurais na região cranial e o fechamento do neuroporo rostral formam 3 vesículas encefálicas
primárias:
✘ PROSENCÉFALO → Encéfalo anterior.
✘ MESENCÉFALO → Encéfalo médio.
✘ ROMBENCÉFALO → Encéfalo posterior.
 
Há cinco vesículas encefálicas secundárias.
 Durante a 5ª semana → PROSENCÉFALO se divide parcialmente em 2 vesículas encefálicas secundárias:
✔ TELENCÉFALO
✔ DIENCÉFALO;
 

 MESENCÉFALO → Não se divide.


 

 ROMBENCÉFALO → Se divide parcialmente em 2 vesículas:


✔ METENCÉFALO
✔ MIELENCÉFALO

FLEXURAS ENCEFÁLICAS
 Durante a 5ª semana → Encéfalo embrionário cresce rapidamente e se curva ventralmente com o
dobramento da cabeça.
 A curvatura produz:
o FLEXURA DO MESENCÉFALO na região do mesencéfalo
o FLEXURA CERVICAL na junção do rombencéfalo e da ME.
 Depois, o crescimento desigual do encéfalo entre essas flexuras produz → FLEXURA PONTINA na direção
oposta.
o Resulta no adelgaçamento do cume do teto do rombencéfalo.

ROMBENCÉFALO
 FLEXURA CERVICAL → demarca a divisão do rombencéfalo da ME.
 Depois, essa junção é definida como o Nível da Raiz Superior do 1º Nervo Cervical → localizado
grosseiramente no forame magno.
 FLEXURA PONTINA → localizada na futura região pontina → divide o rombencéfalo nas partes:
o CAUDAL → MIELENCÉFALO.
o ROSTRAL → METENCÉFALO.
 A cavidade do rombencéfalo se torna → 4º Ventrículo + Canal Central do Bulbo.
 
✔ MIELENCÉFALO
o Se torna o bulbo (medula oblonga).
o Canal Neural do tubo neural forma → pequeno canal central do mielencéfalo.
o NEUROBLASTOS das placas alares no mielencéfalo migram para a zona marginal → formam áreas isoladas
de substância cinzenta:
o Núcleo grácil medialmente
o Núcleo cuneiforme lateralmente
o Ambos associados a Tratos Nervosos com nomes correspondentes que entram no bulbo a partir da ME.
o Área ventral do bulbo contém um par de feixes de fibras → PIRÂMIDES → Consistem em fibras
descendentes corticoespinhais oriundas do córtex cerebral em desenvolvimento.
o NEUROBLASTOS nas placas basais do bulbo → desenvolvem-se em NEURÔNIOS MOTORES.
o Formam núcleos (grupos de células nervosas) e se organizam em 3 colunas de cada lado.
o NEUROBLASTOS das placas alares do bulbo → formam os neurônios que são arranjados em 4 colunas de
cada lado.
 
✔ METENCÉFALO
o Paredes formam a ponte e o cerebelo.
o Cavidade forma a parte superior do 4º ventrículo.
o FLEXURA PONTINA → causa divergência das paredes laterais da ponte → espalha a substância cinzenta
no assoalho do 4º ventrículo.
o NEUROBLASTOS em cada placa basal se desenvolvem nos NÚCLEOS MOTORES e se organizam em 3
colunas de cada lado.
 
 CEREBELO → se desenvolve de espessamentos das partes dorsais das placas alares.
 Alguns neuroblastos na zona intermediária das placas alares migram para a zona marginal e se
diferenciam nos neurônios do córtex cerebelar.
 Outros neuroblastos dessas placas originam os núcleos centrais → maior dos quais é o NÚCLEO
DENTEADO.
 Células das placas alares também originam os núcleos pontinos, cocleares e vestibulares. E o núcleo
sensorial do nervo trigêmeo.
 
 
PLEXO CORIÓIDEO E LÍQUIDO CEREBROSPINHAL
 O assoalho delgado do 4º ventrículo é coberto externamente pela PIA-MÁTER → derivada do
mesênquima associado ao rombencéfalo.
o Essa membrana vascular + teto ependimário → forma a TELA CORIÓIDEA → lâmina da pia que
cobre a parte inferior do 4º ventrículo.
o TELA CORIÓIDEA → invagina-se no 4º ventrículo → se diferencia no → PLEXO CORIÓIDEO →
invaginações de artérias corióides da pia.
 PLEXO CORIÓIDEO → secreta o líquido ventricular → se torna o LCE.
 
MESENCÉFALO
 O encéfalo médio sofre menos alterações do que as outras partes do encéfalo em desenvolvimento.
 CANAL NEURAL → se estreita e se torna o AQUEDUTO CEREBRAL → um canal que conecta o 3º e o 4º
ventrículos.
 NEUROBLASTOS das placas basais podem dar origem a grupos de neurônios do tegumento do
mesencéfalo:\
o Núcleo rubro
o Núcleos do 3º e 4º nervos cranianos
o Núcleo reticular
 SUBSTÂNCIA NEGRA → ampla camada de substância cinzenta adjacente ao crus cerebri (pedúnculos
encefálicos) também pode se diferenciar da placa basal mas alguns estudiosos pensam que a substância
negra é derivada das células da placa alar que migram ventralmente.
 
PROSENCÉFALO
 Conforme ocorre o fechamento do Neuroporo Rostral → surgem 2 protuberâncias laterais (vesículas
ópticas) → em cada lado do prosencéfalo.
 Essas vesículas são o PRIMÓRDIO DA RETINA e dos NERVOS ÓPTICOS.
 Um 2º par de divertículos → VESÍCULAS TELENCEFÁLICAS → surgem mais dorsal e rostralmente.
o São os primórdios dos Hemisférios Cerebrais e suas cavidades se tornam os ventrículos laterais.
 PARTE ROSTRAL (anterior) incluindo os primórdios dos hemisférios cerebrais → TELENCÉFALO;
 PARTE CAUDAL (posterior) → DIENCÉFALO.
DIENCÉFALO
o 3 intumescências se desenvolvem nas paredes laterais do 3º ventrículo, que se tornam:
o TÁLAMO
o HIPOTÁLAMO
o EPITÁLAMO
 Se desenvolve do teto e da porção dorsal da parede lateral dos diencéfalos.
 Inicialmente, as intumescências epitalâmicas são grandes, mas posteriormente se tornam
pequenas.
 GLÂNDULA PINEAL (corpo pineal) se desenvolve como um divertículo mediano da parte
caudal do teto do diencéfalo
 HIPÓFISE tem origem ectodérmica
 ADENO-HIPÓFISE (tecido glandular), ou lobo anterior, desenvolve-se a partir do
ectoderma oral.
 NEURO-HIPÓFISE (tecido nervoso), ou lobo posterior, desenvolve-se a partir do
neuroectoderma.

TELENCÉFALO
o Consiste em uma parte média e 2 divertículos laterais → VESÍCULAS CEREBRAIS → Primórdios dos
hemisférios cerebrais.
o A cavidade da porção média do telencéfalo forma a extremidade da parte anterior do 3º ventrículo.
o Conforme os hemisférios cerebrais se expandem, cobrem sucessivamente o diencéfalo, o mesencéfalo e
o rombencéfalo.
o Os hemisférios se encontram na LINHA MÉDIA → suas superfícies mediais se tornam achatadas.
o O mesênquima aderido na FISSURA LONGITUDINAL entre eles origina → FOICE CEREBRAL → dobra
mediana da dura-máter.
o CORPO ESTRIADO → aparece durante a 6ª semana como uma intumescência proeminente no assoalho
de cada hemisfério cerebral.
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
 SNP consiste em nervos cranianos, espinhais e viscerais + gânglios cranianos, espinais e autonômicos.
 Se desenvolve de várias fontes, mas principalmente da CRISTA NEURAL.
 Todas as células sensoriais (somáticas e viscerais) do SNP são derivadas das células da crista neural.
 O corpo celular de cada neurônio aferente está intimamente revestido por uma cápsula de CÉLULAS DE
SCHWANN MODIFICADAS (células satélites) → derivadas de células da crista neural.

2º OBJETIVO: Conhecer os tipos e características da espinha bífida.


 Defeitos do Tubo Neural (DTNs) → afetam os tecidos adjacentes à medula espinhal: meninges, arcos
neurais, músculos e pele.
 Os defeitos envolvendo os arcos neurais embrionários são referidos como ESPINHA BÍFIDA; subtipos
desse defeito estão baseados no grau e no padrão do DTN.
 A maioria dos defeitos resulta da falha de fusão de um ou mais arcos neurais das vértebras durante a 4 a
semana, sendo os principais defeitos congênitos.
o ESPINHA BÍFIDA → é a não fusão c.
 Variam de tipos clinicamente significativos a defeitos menores que não são
funcionalmente importantes
 INCIDÊNCIA → 0,04% a 0,15%; com maior frequência em meninas do que meninos.
o Cerca de 80% dos casos de espinha bífida são abertos e cobertos por uma fina membrana de
tecido neural exposto.
 
TIPOS DE ESPINHA BÍFIDA:
1. SEIO DÉRMICO
 É causado pela falha de separação do ectoderma de superfície (futura pele) do neuroectoderma e das
meninges que a envolve.
 É recoberto pela epiderme e anexos cutâneos, estendendo-se da pele às estruturas profundas,
geralmente a medula espinhal.
 O seio (canal) está associado ao fechamento do tubo neural e a formação das meninges na região
lombossacral da medula espinhal.
 RESULTADO → meninges contínuas com um canal estreito que se estende às ondulações da pele na
região sacral da coluna.
 A ondulação indica a região de fechamento do neuroporo caudal ao final da 4 a semana e, portanto,
representa o último local de separação entre o ectoderma de superfície e o tubo neural.
 
2. ESPINHA BÍFIDA OCULTA
 Resulta da falha da fusão das metades de um ou mais arcos neurais no plano mediano.
 Esse DTN ocorre nas vértebras L5 ou S1 em aproximadamente 10% de pessoas normais.
 Na forma mais branda, a única evidência de sua presença pode ser uma pequena ondulação com um tufo
de pelos.
 Também podem ocorrer: um lipoma no seio dérmico ou outra marca de nascimento.
 Usualmente, não produz sintomas.
 Poucas crianças apresentam defeitos funcionalmente significativos da medula espinhal e das raízes
dorsais subjacentes.

 
3. ESPINHA BÍFIDA CÍSTICA
 São tipos graves de espinha bífida → envolvem a protrusão da medula espinhal e/ou meninges através
dos defeitos nos arcos vertebrais.
 São chamadas de cística, devido ao cisto meningeal (semelhante a um saco).
 Ocorre em aproximadamente 1 a cada 5.000 nascimentos e com variação geográfica considerável.
 Quando o cisto contém as meninges e LCE (líquido céfalorraquidiano) → é a espinha bífida com
MENINGOCELE.
o Podendo ocorrer paralisia dos esfíncteres (vesical ou anal) na meningomielocele lombossacral.
 Pode haver defeitos na medula espinhal.
 Se a medula espinhal ou as raízes nervosas estiverem contidas no cisto meningeal → é a espinha bífida
com MENINGOMIELOCELE.
 Casos graves com várias vértebras estão associados à ausência de calvária (calota craniana), ausência da
maior parte do encéfalo e anormalidades faciais → é a MEROENCEFALIA.
o Acarretam efeitos drásticos em algumas áreas do encéfalo e poucos ou nenhum em outras.
o A morte é inevitável.
 
 O termo ANENCEFALIA para estes defeitos graves é INAPROPRIADO porque indica que nenhuma parte
do encéfalo está presente.
 A espinha bífida cística mostra vários graus de déficits neurológicos, dependendo da posição e da
extensão da lesão.
 Pode ocorrer a perda de sensibilidade em dermátomos, juntamente com a paralisia parcial ou total dos
músculos esqueléticos.
 O nível da lesão determina a área de anestesia (área da pele sem sensação) e os músculos afetados.
 Suspeita-se de meroencefalia (regressão cerebra) in utero quando há um alto nível de
ALFAFETOPROTEÍNA (AFP) no líquido amniótico.
o AFP também pode estar elevado no soro sanguíneo materno.
o AMNIOCENTESE (Coleta do líquido amniótico no pré-natal, sendo invasivo e entre 15 a 18
semanas de gestação) é realizada em mulheres grávidas com altos níveis de AFP no líquido
amniótico.
o US pode revelar um DTN:
 Já que a coluna vertebral fetal pode ser detectada pelo US na 10ª à 12ª semana, e se
houver um defeito no arco vertebral, um cisto meningeal poderá ser detectado na área
afetada
 

4. MENINGOMIELOCELE
 É o defeito mais comum e mais grave do que a espinha bífida com meningocele .
 Pode ocorrer em qualquer lugar ao longo da coluna vertebral → sendo mais comum na região lombar e
sacral.
 Mais de 90% dos casos estão associados a hidrocefalia devido à coexistência da malformação de Arnold-
Chiari.
 A maioria requer o desvio cirúrgico do LCE para evitar complicações relacionadas com a pressão
intracranial alta.
 Alguns casos de meningomielocele estão associados a cranio lacunia (defeito do desenvolvimento de
calvária), o qual resulta em áreas deprimidas e não ossificadas nas superfícies internas dos osso chatos da
calvária (calota craniana).

 
5. MIELOSQUISE
 É o tipo mais grave de espinha bífida.
 A medula espinal na área afetada está aberta porque há falha na fusão das pregas neurais.
 Como resultado, a medula espinal é representada por uma massa achatada de tecido nervoso.
 Mielosquise geralmente resulta na paralisia permanente ou fraqueza dos membros inferiores.

 
CAUSAS DOS DEFEITOS DO TUBO NEURAL
 Fatores nutricionais e ambientais.
 Interações gene-gene e gene-ambiente provavelmente estão envolvidas na maioria dos casos.
 A fortificação da alimentação com ácido fólico e os suplementos de ácido fólico antes da concepção e
continuados por, no mínimo, 3 meses durante a gestação, reduzem a incidência de DTNs.
o 0,4 mg de ácido fólico (B12) / dia para auxiliar na redução dos riscos de DTNs
o Certos fármacos (ex., ácido valproico) aumentam o risco de meningomielocele.
 Esse fármaco anticonvulsivante causa DTNs em 1 a 2% das gestações se ingeridas no início
da gestação, quando as pregas neurais estão se fusionando.

3º OBJETIVO: Listar os principais neurotransmissores centrais excitatórios e


inibitórios.
 Neurotransmissores que abrem os canais catiônicos são chamados de TRANSMISSORES EXCITATÓRIOS.
 Neurotransmissores que abrem esses canais aniônicos são chamados TRANSMISSORES INIBITÓRIOS.
 Terminais pré-sinápticos excitatórios → secretam um neurotransmissor que estimula o neurônio pós-
sináptico.
 Terminais pré-sinápticos são inibitórios → secretam um neurotransmissor que inibe o neurônio pós-
sináptico
 
Existem 2 grupos distintos de transmissores sinápticos:
 Neurotransmissores com moléculas pequenas e de ação rápida.
o Induzem as respostas mais agudas do sistema nervoso, como a transmissão de sinais sensoriais
para o encéfalo e dos sinais motores do encéfalo para os músculos.
 Neuropeptídeos de tamanho molecular muito maior e que são em geral de ação muito mais lenta.
o Provocam ações mais prolongadas, como mudanças a longo prazo do número de receptores
neuronais, abertura ou fechamento por longos períodos de certos canais iônicos e possivelmente
também as mudanças a longo prazo do número ou dimensão das sinapses.
NEUROTRANSMISSORES DE MOLÉCULA PEQUENA
1. ACETILCOLINA → secretada por neurônios em diversas áreas do sistema nervoso, como:
o terminais das grandes células piramidais do córtex motor;
o vários tipos diferentes de neurônios nos gânglios da base;
o neurônios motores que inervam os músculos esqueléticos;
o neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo;
o neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático;
o alguns dos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático.
Em muitos casos, a acetilcolina tem efeito excitatório; entretanto tem efeitos inibitórios em
terminações nervosas parassimpáticas periféricas (coração pelo nervo vago).
2. NOREPINEFRINA → secretada por terminais de diversos neurônios no tronco cerebral e no hipotálamo.
o Neurônios secretores de norepinefrina na ponte → auxiliam no controle da atividade geral e na
disposição da mente, tal como o aumento do nível de vigília.
o Tem efeito excitatórios e inibitórios.
o A norepinefrina é secretada também pela maioria dos neurônios pós-ganglionares do sistema
nervoso simpático, onde excita alguns órgãos e inibe outros.
3. DOPAMINA → secretada por neurônios que se originam na substância negra.
o Esses neurônios se projetam principalmente para a região estriatal dos gânglios da base.
o Em geral tem inibitório.
4. GLICINA → secretada principalmente nas sinapses da medula espinal.
o Acredita-se que sempre atue como neurotransmissor inibitório.
5. GABA → secretado por terminais nervosos situados na medula espinal, no cerebelo, nos gânglios da base
e em diversas áreas do córtex.
o Acredita-se que tenha sempre efeito inibitório.
6. GLUTAMATO → secretado por terminais pré-sinápticos, em muitas vias sensoriais aferentes, assim como
em diversas áreas do córtex cerebral. Seu efeito, provavelmente é sempre excitatório.
7. SEROTONINA → secretada por núcleos que se originam na rafe mediana do tronco cerebral e se projetam
para diversas áreas encefálicas e da medula espinal, especialmente para os cornos dorsais da medula
espinal e para o hipotálamo.
o Age como inibidor das vias da dor na medula espinal;
o Acredita-se que sua ação inibitória nas regiões superiores do sistema nervoso auxilie no controle
do humor do indivíduo, possivelmente até mesmo provocando o sono.
8. ÓXIDO NÍTRICO → secretado por terminais nervosos responsáveis pelos comportamentos a longo prazo e
pela memória.
Se difere dos outros neurotransmissores de pequena molécula por seu mecanismo de formação, no
terminal présináptico, e por sua ação no neurônio pós-sináptico.
o NÃO é formado e armazenado em vesículas no terminal pré-sináptico, como os outros
neurotransmissores.
o É sintetizado quase instantaneamente, conforme sua necessidade, quando se difunde para fora
dos terminais présinápticos, durante segundos, em vez de ser liberado em embalagens
vesiculares.
o Em seguida, difunde-se para os neurônios pós-sinápticos adjacentes.
o No neurônio pós-sináptico, ele não induz grandes alterações do potencial de membrana, mas,
modifica as funções metabólicas intracelulares que promovem alterações na excitabilidade do
neurônio por segundos, minutos ou até mesmo por mais tempo.
 
NEUROPEPTÍDEOS
 São sintetizados de outro modo e têm ações lentas e muito diferentes das dos neurotransmissores de
molécula pequena.
 NÃO SÃO SINTETIZADOS NO CITOSOL DOS TERMINAIS PRÉ-SINÁPTICOS.
o São sintetizados como partes integrais de grandes moléculas proteicas pelos ribossomos situados
do corpo celular do neurônio.
o Passam pelo complexo de Golgi, formam vesículas que liberam seu conteúdo nos terminais
neuronais em resposta a potenciais de ação da mesma forma que os neurotransmissores de
molécula pequena.
o Alguns dos seus efeitos duram dias, mas até meses ou anos.
Ex: Neuropeptídeo Y (NPY)

4. Conhecer a anatomia do sistema nervoso central e periférico (subdivisão geral e


componentes).
 
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é dividido:
 

ESTRUTURALMENTE
 Sistema nervoso central (SNC)
o Encéfalo
o Medula espinal
 Sistema nervoso periférico (SNP)
o Restante do sistema nervoso que não pertence ao SNC
FUNCIONALMENTE
 Divisão somática do sistema nervoso (DSSN)
 Divisão autônoma do sistema nervoso (DASN).
 
PARTE CENTRAL DO SISTEMA NERVOSO
 A parte central do sistema nervoso ou SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) é formada pelo encéfalo e pela
medula espinal.
 Os principais papéis do SNC são:
 integrar e coordenar os sinais neurais que chegam e saem
 Realizar funções mentais superiores, como o raciocínio e o aprendizado.
 Um NÚCLEO é um conjunto de corpos de células nervosas no SNC.
 Um feixe de fibras nervosas (axônios) no SNC que une núcleos vizinhos ou distantes do córtex cerebral é
um TRATO.
 O encéfalo e a medula espinal são formados por SUBSTÂNCIA BRANCA e SUBSTÂNCIA CINZENTA.
o Os corpos dos neurônios constituem a substância cinzenta;
o Os sistemas de tratos de fibras interconectantes formam a substância branca.
 Em cortes transversais da medula espinal
o substância cinzenta apresenta-se como uma área com formato aproximado de uma letra H
incrustada em matriz de substância branca.
o Os braços do H são os cornos; portanto:
 cornos cinzentos posteriores (dorsais)
 anteriores (ventrais) direito e esquerdo.
 3 camadas membranosas formam, juntas, as MENINGES.
o PIA-MÁTER
o ARACNOIDE-MÁTER
o DURA-MÁTER
 As MENINGES e o líquido cerebrospinal (LCS) circundam e protegem o SNC.
 O encéfalo e a medula espinal são revestidos em sua face externa pela meninge mais interna, um
revestimento delicado e transparente, a PIA-MÁTER.
 O LCS está localizado entre a pia-máter e a aracnoide-máter.
 Externamente à pia-máter e à aracnoide-máter está a espessa e rígida DURA-MÁTER.
o A dura-máter do ÉNCEFALO está relacionada com a face interna do osso do neurocrânio
adjacente
o A dura-máter da MEDULA ESPINAL é SEPARADA do osso adjacente da coluna vertebral por um
espaço extradural cheio de gordura.
Sinapse de neurônios motores multipolares.
Um neurônio influencia outro nas sinapses.

PARTE PERIFÉRICA DO SISTEMA NERVOSO


 A parte periféria do sistema nervoso ou sistema nervoso periférico (SNP) é formada
o Fibras nervosas
o Corpos celulares fora do SNC
o Conduzem impulsos que chegam ou saem do SNC.
 O SNP é organizado em nervos que unem a parte central às estruturas periféricas.
 Uma fibra nervosa é formada por
o um axônio
o seu neurolema
o circunda o tecido conjuntivo endoneural.
 O neurolema é formado pelas membranas celulares das CÉLULAS DE SCHWANN que circundam
imediatamente o axônio, separando-o
de outros axônios.
 No SNP o neurolema pode assumir duas formas, criando duas classes de fibras nervosas:
o O neurolema das FIBRAS NERVOSAS MIELÍNICAS
 Formado pelas células de Schwann específicas de um axônio, organizadas em uma série
contínua de células de revestimento que formam a mielina
o O neurolema das FIBRAS NERVOSAS AMIELÍNICAS
 Composto de células de Schwann que não formam uma série aparente;
 Há vários axônios incorporados separadamente ao citoplasma de cada célula.
 Essas células de Schwann NÃO PRODUZEM mielina.
 A maioria das fibras nos NERVOS CUTÂNEOS (nervos responsáveis pela sensibilidade
cutânea) é amielínica.
 Um NERVO é composto dos seguintes componentes:
o Um feixe de fibras nervosas fora do SNC (ou um “feixe de fibras reunidas”, ou fascículos, no caso
de um nervo maior)
o Revestimento de tecido conjuntivo que circunda e une as fibras nervosas e os fascículos
o Vasos sanguíneos (vasos dos nervos) que nutrem as fibras nervosas e seus revestimentos
O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinal.
 
O SNP é formado pelos nervos e gânglios.
 
Os nervos são cranianos ou espinais (segmentares), ou derivados deles.
 
Exceto na região cervical, cada nervo espinal tem a mesma designação alfanumérica que a vértebra que forma o limite
superior de sua saída da coluna vertebral.
 
Na região cervical, cada nervo espinal tem a mesma designação alfanumérica que a vértebra que forma seu limite inferior.
 
O nervo espinal C8 sai entre as vértebras CVII e TI.
 
As intumescências cervical e lombossacral da medula espinal têm relação com a inervação dos membros.
Os nervos são muito fortes e resilientes, porque as fibras nervosas são sustentadas e protegidas por três revestimentos de
tecido conjuntivo:
ENDONEURO
 Tecido conjuntivo delicado que circunda imediatamente as CÉLULAS DO NEUROLEMA e os AXÔNIOS
PERINEURO
 Uma camada de tecido conjuntivo denso que envolve um FASCÍCULO DE FIBRAS NERVOSAS
 Proporcionando uma barreira efetiva contra a penetração das fibras nervosas por substâncias estranhas
EPINEURO
 Uma bainha de tecido conjuntivo espesso que circunda e encerra um feixe de fascículos, formando o revestimento
mais externo do nervo;
 Inclui tecido adiposo, vasos sanguíneos e linfáticos.
 Os nervos são organizados como um cabo telefônico: os axônios assemelham-se a fios individuais isolados pelo
neurolema e endoneuro; os fios isolados são reunidos pelo perineuro e os feixes são circundados pelo epineuro,
que forma o revestimento externo do cabo.
 Um conjunto de corpos de células nervosas fora do SNC constitui um gânglio.
o Existem gânglios MOTORES (autônomos) e SENSITIVOS.

As meninges estendem-se ao longo das raízes nervosas e se


fundem ao epineuro no ponto onde as raízes posteriores e
anteriores se unem, formando as bainhas radiculares durais
que revestem os gânglios sensitivos (raiz posterior).
TIPOS DE NERVOS
 O SNP é contínuo, do ponto de vista anatômico e operacional, com o SNC.
o Suas fibras aferentes (sensitivas) conduzem impulsos nervosos dos órgãos dos sentidos (p. ex., os
olhos) e dos receptores sensitivos em várias partes do corpo (p. ex., na pele) para o SNC.
o Suas fibras eferentes (motoras) conduzem impulsos nervosos do SNC para os órgãos efetores
(músculos e glândulas).
o Os nervos são CRANIANOS ou ESPINAIS, ou derivados deles
 Nervos cranianos
o Saem da cavidade craniana através de forames no crânio
o São identificados por um nome descritivo (p. ex., “nervo troclear”) ou por um algarismo romano
(p. ex., “NC IV”).
o Apenas 11 dos 12 pares de nervos cranianos originam-se no ENCÉFALO;
o O outro par (NC XI) origina-se na parte superior da medula espinal
 Nervos espinais (segmentares)
 Saem da coluna vertebral através de forames intervertebrais.
 Os nervos espinais originam-se em pares bilaterais de um segmento específico da medula espinal.
 Todos os 31 segmentos da medula espinal e os 31 pares de nervos que se originam deles são identificados
por uma letra e um número (p. ex., “T4”) que designam a região da medula e sua ordem de superior para
inferior (C, cervical; T, torácica; L, lombar; S, sacral; Co, coccígea)
 Nervos espinais
o Inicialmente, os nervos espinais originam-se na medula espinal como radículas (um detalhe que
costuma ser omitido nos diagramas para simplificar)
o As radículas convergem para formar duas raízes nervosas

Substância cinzenta da medula espinal, raízes espinais e


nervos espinais.
 
As radículas posteriores e anteriores entram e saem pelos
cornos cinzentos posterior e anterior, respectivamente.
 
As raízes nervosas posteriores e anteriores unem-se
distalmente ao gânglio sensitivo para formar um nervo
espinal misto, que se divide imediatamente nos ramos
posterior e anterior.

 Uma raiz anterior (ventral)


o Formada por fibras motoras (eferentes) que saem dos corpos das células nervosas no corno
anterior da substância cinzenta da medula espinal para órgãos efetores situados na periferia
 Uma raiz posterior (dorsal)
o Formada por fibras sensitivas (aferentes) dos corpos celulares do gânglio sensitivo do nervo
espinal ou gânglio da raiz posterior (dorsal) (geralmente abreviado como “GRD”) que se estendem
em direção à periferia até terminações sensitivas e centralmente até o corno posterior de
substância cinzenta da medula espinal.
 As raízes nervosas posteriores e anteriores se unem, dentro ou imediatamente proximais ao forame
intervertebral, para formar um nervo espinal misto (motor e sensitivo), que se divide imediatamente em
dois ramos: um ramo posterior (dorsal) e um ramo anterior (ventral).
 Como ramos do nervo espinal misto, os ramos posterior e anterior conduzem fibras motoras e sensitivas,
bem como seus ramos subsequentes.
 Os termos nervo motor e nervo sensitivo são quase sempre relativos, referindo-se à maioria dos tipos de
fibras conduzidas por aquele nervo.
 Os nervos que suprem músculos do tronco ou dos membros (nervos motores) também contêm cerca de
40% de fibras sensitivas que conduzem informações álgicas e proprioceptivas
 
RAMOS
 Quando emergem dos forames intervertebrais, os nervos espinais são divididos em dois ramos
 Os ramos posteriores (primários) dos nervos espinais
o Enviam fibras nervosas para as articulações sinoviais da coluna vertebral, músculos profundos do
dorso e a pele sobrejacente em um padrão segmentar.
o Como regra geral, os ramos posteriores permanecem separados uns dos outros (não se fundem
para formar grandes plexos nervosos somáticos)
 Os ramos anteriores (primários) dos nervos espinais
o Enviam fibras nervosas para a área muito maior remanescente, formada pela pele e pelos
músculos hipaxiais das regiões anterior e lateral do tronco e dos membros superiores e inferiores.
o Os ramos anteriores distribuídos exclusivamente para o tronco costumam permanecer separados
uns dos outros, também inervando os músculos e a pele em um padrão segmentar
o Entretanto, principalmente em relação à inervação dos membros, a maioria dos ramos anteriores
funde-se com um ou mais ramos anteriores adjacentes, formando plexos nervosos (redes)
somáticos nos quais suas fibras se misturam e dos quais emerge um novo grupo de nervos
periféricos multissegmentares
o Os ramos anteriores dos nervos espinais que participam da formação do plexo enviam fibras para
vários nervos periféricos originados no plexo
o Por outro lado, a maioria dos nervos periféricos originados no plexo contém fibras de vários
nervos espinais
 
ENCÉFALO E NERVOS CRANIANOS
PRINCIPAIS PARTES DO ENCÉFALO
O encéfalo adulto é formado por quatro partes principais:
 Tronco encefálico
 Cerebelo
 Diencéfalo
 Telencéfalo (cérebro)
 
TRONCO ENCEFÁLICO
 Contínuo com a medula espinal
 Composto pelo bulbo, pela ponte e pelo mesencéfalo.
 Posteriormente ao tronco encefálico se encontra o cerebelo.
 Superiormente ao tronco encefálico se localiza o diencéfalo
o Formado pelo tálamo, pelo hipotálamo e pelo epitálamo.
o Apoiado no diencéfalo está o telencéfalo (cérebro), a maior parte do encéfalo.
 
CEREBELO
 Ocupa as regiões inferior e posterior da cavidade craniana.
 Tem uma superfície com vários giros que aumenta muito a área do córtex (substância cinzenta),
permitindo a presença de um nº maior de neurônios.
 Se localiza posteriormente ao bulbo e à ponte e inferiormente à parte posterior do telencéfalo (cérebro).
 
DIENCÉFALO
 Forma o núcleo central de tecido encefálico logo acima do cerebelo.
 Quase completamente circundado pelos hemisférios cerebrais
 Contém vários núcleos envolvidos com processamento sensitivo e motor entre os centros encefálicos
superiores e inferiores.
 Se estende do tronco encefálico até o telencéfalo (cérebro) e circunda o 3º ventrículo.
 Inclui o:
o TÁLAMO
o HIPOTÁLAMO
 Deste se projeta a glândula hipófise.
o EPITÁLAMO.
 Partes do diencéfalo na parede do 3º ventrículo são chamadas → ÓRGÃOS CIRCUNVENTRICULARES.
 Os tratos ópticos, que apresentam neurônios da retina, passam pelo diencéfalo.
 
TELENCÉFALO
 “sede da inteligência”.
 Responsável por nossa capacidade de ler, escrever e falar; de fazer cálculos e compor músicas; e de
lembrar o passado, planejar o futuro e imaginar coisas que nunca existiram.
 Composto por:
o 1 córtex cerebral externo
o 1 região interna de substância branca
o Núcleos de substância cinzenta localizados profundamente na substância branca.
 
CAMADAS PROTETORAS DO ENCÉFALO
 CRÂNIO e as MENINGES CRANIANAS → envolvem e protegem o ENCÉFALO.
 Meninges do Crânio (encefálicas) são contínuas com as Meninges Espinais, tem a mesma estrutura
básica e os mesmos nomes:
o DURA-MÁTER → camada externa;
o ARACNOIDE-MÁTER → camada média;
o PIA-MÁTER → camada interna.
 
 DURA-MÁTER ENCEFÁLICA → tem 2 camadas.
o Camada Periosteal (externa)
o Camada Meníngea (interna)
Essas camadas estão unidas, exceto quando se separam para formar os SEIOS DA DURA-MÁTER →
canais venosos revestidos por endotélio → drenam o sangue do encéfalo em direção às Vv. Jugulares
Internas.
 

3 projeções da duramáter separam partes do encéfalo:


(1) Foice do cérebro separa os 2 hemisférios/lados do cérebro.
(2) Foice do cerebelo separa os 2 hemisférios cerebelares.
(3) Tentório (ou tenda) do cerebelo separa o telencéfalo (cérebro) do cerebelo.
 
 DURA-MÁTER ESPINAL → tem apenas 1 camada.
 
 Não há espaço extradural (epidural) ao redor do encéfalo.
 Os vasos sanguíneos que entram no tecido encefálico passam por sua superfície e, à medida que
penetram no tecido, são recobertos por uma fina camada de PIA-MÁTER.
 
LOBOS CEREBRAIS
 Cada hemisfério cerebral pode ser subdividido em vários lobos, que recebem seus nomes de acordo com
os ossos que os recobrem:
o Lobo frontal
o Lobo parietal
o Lobo temporal
o Lobo occipital
5º OBJETIVO: Conhecer os neurônios e os demais tipos de células
(células da glia) que compõem o sistema nervoso.
O tecido nervoso é constituído por 2 tipos de células principais:
 Neurônios (células nervosas)
 Neuróglia (células gliais), que sustenta os neurônios
 
NEURÔNIOS → são as unidades estruturais e funcionais do sistema nervoso especializadas para comunicação
rápida.
 É formado por um corpo celular com prolongamentos denominados DENDRITOS e um AXÔNIO, que
conduzem os impulsos que entram e saem do corpo celular.
 Ao redor de alguns axônios há uma bainha → formada pela MIELINA → constituída por camadas de
lipídios e substâncias proteicas → propicia grande aumento da velocidade de condução do impulso.
 Fibras nervosas periféricas podem ser MIELÍNICAS OU AMIELÍNICAS.
o Mielínicas têm uma bainha formada por uma série contínua de células do neurolema (Schwann)
que circundam o axônio e formam uma série de segmentos de mielina.
o Amielínicas são individualmente incrustadas em uma única célula do neurolema que não produz
mielina
 
Organização e formação da bainha nas fibras nervosas mielínicas.
 Os nervos são formados por
o Feixes de fibras nervosas
o Camadas de tecido conjuntivo que os unem
o Vasos sanguíneos (vasos dos nervos) que os irrigam.
 Todos os nervos, exceto os menores, estão organizados em feixes denominados fascículos.
 
A maioria dos neurônios do sistema nervoso pertence a 2 tipos:
 NEURÔNIOS MOTORES MULTIPOLARES
o Têm 2 ou mais dendritos e 1 axônio, que pode ter um ou mais ramos colaterais.
o São o tipo mais comum de neurônio no SNC e SNP.
o Todos os neurônios motores que controlam os músculos esqueléticos e aqueles que formam a
DASN são multipolares
 NEURÔNIOS SENSITIVOS PSEUDOUNIPOLARES
o Têm um prolongamento curto, aparentemente único (mas, na verdade, duplo) que se estende a
partir do corpo celular.
o Esse processo comum divide-se em um prolongamento periférico, que conduz impulsos do órgão
receptor (ex., tato, dor ou sensores térmicos na pele) em direção ao corpo celular, e um
prolongamento central que vai do corpo celular até o SNC.
o Os corpos celulares dos neurônios pseudounipolares estão situados fora do SNC nos gânglios
sensitivos e, portanto, fazem parte do SNP.
o A COMUNICAÇÃO entre os neurônios é feita nos pontos de contato entre eles, as sinapses.
 A comunicação ocorre por meio de neurotransmissores
 substâncias químicas liberadas ou secretadas por um neurônio, que podem excitar
ou inibir outro neurônio, continuando ou interrompendo a transmissão de impulsos
ou a resposta a eles
 

CORPO CELULAR OU PERICÁRIO


 Contém o núcleo e o citoplasma envolvente
 É um centro trófico, mas também tem função receptora e integradora de estímulos, recebendo estímulos
excitatórios ou inibitórios;
 O núcleo é esférico e aparece pouco corado, pois seus cromossomos são muito distendidos, indicando a
alta atividade sintética dessas células.
 Cada núcleo tem em geral apenas um nucléolo, grande e central
 É rico em RER com polirribossomos livres.
o A quantidade de RER varia com o tipo e o estado funcional dos neurônios, sendo mais abundante
nos maiores, como nos neurônios motores
 Complexo de Golgi localiza-se em torno do núcleo
 Mitocôndrias são moderadas, mas são encontradas em grande quantidade no terminal axônico.
 Alguns locais os pericários contêm grânulos de melanina;
o Outro pigmento que pode ser encontrado é a lipofuscina de cor parda, que contém lipídios e que
se acumula ao longo da idade e consiste em resíduos de material parcialmente digerido pelos
lisossomos.  

DENDRITOS
 A maioria das células nervosas tem numerosos dendritos.
 Os neurônios que têm um só dendrito (neurônios bipolares) são pouco frequentes e localizam-se
somente em algumas regiões especificas.
 A composição do citoplasma da base dos dendritos é semelhante à do corpo celular;
o Porém, os dendritos não têm complexo de Golgi.
 A grande maioria dos impulsos que chegam a um neurônio é recebida por pequenas projeções dos
dendritos, as espinhas ou gêmulas.
o Elas são o primeiro local de processamento dos sinais (impulsos nervosos) que chegam ao
neurônio.
o As gêmulas dendríticas participam da plasticidade dos neurônios relacionada com a adaptação,
a memória e o aprendizado.

AXÔNIO
 Tamanhos variados
 Se origina de uma estrutura piramidal do corpo celular, denominada CONE DE IMPLANTAÇÃO
 Nos neurônios cujos axônios são mielinizados, a parte do axônio entre o cone de implantação e o início da
bainha de mielina é denominada segmento inicial
 O citoplasma do axônio ou axoplasma é muito pobre em organelas.
o Poucas mitocôndrias, algumas cisternas do retículo endoplasmático liso e muitos microfilamentos
e microtúbulos.
o A ausência de RER e de polirribossomos demonstra que o axônio é mantido pela atividade
sintética do pericário.
o A porção final do axônio em geral é muito ramificada e chama-se telodendro.
 Existe um movimento muito ativo de moléculas e organelas ao longo dos axônios.
o HÁ 2 VELOCIDADES DE CORRENTES PRINCIPAIS:
 rápida e outra lenta.
 Além do fluxo anterógrado existe também transporte de substâncias em sentido contrário.
o Este fluxo retrógrado leva moléculas diversas para serem reutilizadas no corpo celular.

 
NEURÓGLIA → (células gliais ou glia)
o 5 x mais abundante que os neurônios
o Formada por células não neuronais, não excitáveis
 Formam um importante componente do tecido nervoso, sustentando, isolando e nutrindo os
neurônios.
 
No SNC, a neuróglia inclui:
 OLIGODENDRÓGLIA
o Possuem prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a bainha de mielina
 ASTRÓCITOS
o São células de forma estrelada com múltiplos processos irradiando do corpo celular;
o Ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e à pia-máter;
o Além da função de sustentação, também participam do controle da composição iônica e
molecular do ambiente extracelular dos neurônios.
o Alguns apresentam prolongamentos, PÉS VASCULARES, sobre os capilares sanguíneos.
 Admite-se que esses prolongamentos transferem moléculas e íons do sangue para os
neurônios.
o Também participam da regulação de diversas atividades dos neurônios.
o Podem influenciar a atividade e a sobrevivência dos neurônios, graças à sua capacidade de
controlar os constituintes do meio extracelular

 CÉLULAS EPENDIMÁRIAS
o São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da
medula espinal.
o Em alguns locais, elas são ciliadas, o que facilita a movimentação do líquido cefalorraquidiano
(LCR).
 MICRÓGLIA (PEQUENAS CÉLULAS GLIAIS)
o São pequenas e alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares;
o São fagocitárias, apresentadoras de antígenos e secretam citocinas;
o Derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo sangue;
o Elas participam da inflamação e da reparação do sistema nervoso central.
 
No SNP, a neuróglia inclui
 CÉLULAS-SATÉLITE ao redor dos neurônios nos gânglios espinais (raiz posterior) e autônomos
o Principalmente em gânglios sensoriais;
 CÉLULAS DO NEUROLEMA (DE SCHWANN)
o Têm a mesma função dos oligodendrócitos, porém se localizam em volta dos axônios do sistema
nervoso periférico.
 
 

Referências
1. MOORE, K.L. Embriologia Clínica. 10ª ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
2. GUYTON, A.C; HALL, E.J. (2011) Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier.
3. GOLAN, D., E.; TASHJIAN JR, A., H.; ARMSTRONG, E., J.; ARMSTRONG, A., W. Princípios de Farmacologia: A
Base Fisiopatológica da Farmacologia. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
4. JUNQUEIRA, L. C. Histologia Básica: Texto e Atlas. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
5. MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
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6. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016.

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