O desensivolvimento do SNC começa com

a formação da placa neural. Isto ocorre por

uma diferenciação da epiderme a
neuroectoderme, induzida pela notocorda e
pelo mesoderma paraxial.
A placa neural acompanha o esticamento
da notocorda, mas também, se alarga.
Com o desenvolvimento, sulcos, pregas e
cristas são formados, levando ao
fechamento da placa neural.
As cristas, por questão de afinidade,
desprendem-se, enquando que o tubo
neural se destaca do ectoderma.
A fusão do ectoderma se inicia no meio da
goteira neural e é mais lento em suas
extremidades, permanecendo os orifícios
neuróporos rostral e caudal.
Posteriormente, irão se fecharem e,
coincidentemente, a circulação vascular é
estabelecida no tubo neural.
O crescimento das paredes do tubo neural e
a diferenciação de células nestas paredes
não são uniformes,
Sistema nervoso:
Como visto anteriormente, na terceira semana
de desenvolvimento, o ectoderma suprajacente
à notocorda é induzido a diferenciar-se na
placa neural, a qual se fecha no tubo neural
(Figuras 5.14 a 5.19). O tubo neural derivará o
sistema nervoso central, sendo que a região
anterior ao quarto par de somitos formará o
encéfalo, e o restante, a medula espinhal.
O neuroepitélio apresenta inicialmente
somente uma camada, constituída por um tipo
de célula glial imatura, a célula glial radial. Ela
é uma célula-tronco capaz de gerar tanto
células da glia como neurônios. Exibe um
corpo ovoide, com um prolongamento curto,
ancorado na superfície apical, junto à luz do
tubo neural, e outro mais longo, que se
ramifica (poisso, a denominação radial) e
termina na superfície basal, que é circundada
pela lâmina basal, a membrana limitante
externa. Seu citoplasma é rico em filamentos
intermediários de vimentina, nestina e, às
vezes, proteína acídica fibrilar glial (GFAP de
glial fibrillary acidic protein).
A disposição paralela das células gliais radiais
dá um aspecto de paliçada ao neuroepitélio. Os
núcleos estão posicionados em diferentes
alturas conforme a fase do ciclo celular: as
figuras mitóticas estão próximas à luz do tubo
neural, e os núcleos em interfase, no lado
oposto. Entre a oitava e a 22a semana, há a
produção de neuroblastos. Para tanto uma das
células-filhas da mitose perde o contato com a
luz do tubo e desloca-se para a extremidade
oposta, não mais sintetiza DNA e nem se
divide.
Quando as células gliais radiais sofrem clivagem
meridional (que é perpendicular à superfície
apical), as células-filhas herdam quantidades iguais
dos produtos dos genes Numb e Notch-1,
localizados nos polos apical e basal,
respectivamente. As duas células-filhas originadas
são iguais (a divisão é dita simétrica): ambas
reiniciam o ciclo ou ambas migram. Com a
clivagem equatorial (paralela à superfície apical), a
célula-filha mais próxima à superfície interna terá
Numb, e a outra, mais próxima à membrana
limitante externa, terá uma alta concentração do
receptor de superfície Notch-1 (a divisão é
designada assimétrica): a primeira é uma célula
glial radial e reinicia o ciclo celular, e a segunda é
um neuroblasto, que migra junto à superfície basal
e não realiza mais mitoses.
Na diferenciação dos neuroblastos, há a
ativação dos genes neurogenina 1 e
neurogenina 2, a supressão da síntese de
nestina e a expressão de neurofilamentos. No
início, os neuroblastos não possuem
prolongamentos, mas logo desenvolvem dois
processos citoplasmáticos opostos, tornando-se
bipolares. Posteriormente um dos processos é
substituído por vários dendritos e o outro se
alonga no axônio, resultando em neurônios
multipolares.
Os neurônios, ainda bipolares, enrolam-se em
torno dos prolongamentos das células gliais
radiais e utilizam-nos como guias em sua
migração. Há moléculas de adesão celular na
superfície do neurônio e na superfície das
células gliais radiais. Enquanto os neurônios
migram, inibem a proliferação das células
gliais radiais.
A camada junto à luz do tubo neural, que
contém as células em mitose, é denominada
zona ventricular (ou ependimária). A nova
camada estabelecida com a migração dos
neurônios é a zona intermediária (antigamente
chamada zona do manto). Os neurônios
emitem processos dendríticos e axônios em
direção à periferia do tubo neural, criando uma
região pobre em células, a zona marginal.
A gliogênese geralmente inicia após a
neurogênese. Os progenitores das células da
glia não expressam mais nestina e sintetizam
GFAP. Os gliócitos (oligodendrócitos e
astrócitos), originados do neuroepitélio,
ocuparão a zona intermediária e a zona
marginal.
A formação dos oligodendrócitos depende da
sinalização de shh da notocorda.
Os oligodendrócitos recobrem muitos dos
axônios da zona marginal com bainhas de
mielina. A mielinização inicia no fim do
segundo mês na medula espinhal e, no
encéfalo, no terceiro trimestre. Continua
durante o primeiro ano após o nascimento e é
finalizada quando as fibras nervosas tornam-se
funcionais.
O hormônio da tireoide triiodotironina (T3) tem
papel decisivo no desenvolvimento da linhagem
oligodendrocítica e na mielinização. A
tetraiodotironina (T4), forma imatura do hormônio
da tireoide, ao atravessar a membrana das células
gliais, é convertida na forma ativa T3, que se liga a
um receptor de localização citoplasmática. O
complexo receptor-T3 migra para o núcleo, onde
possibilita a expressão dos genes reguladores da
proliferação e da diferenciação das células da glia e
da produção de mielina. O atraso da mielinização
no hipotireoidismo neonatal produz um quadro de
retardo mental chamado cretinismo.
As células que circundam a luz do tubo neural
cessam suas divisões e diferenciam-se nas
células ependimárias (ou ependimócitos). Em
determinadas ocasiões, muitas das células do
epêndima podem se comportar como células-
tronco, gerando neurônios ou gliócitos.
As células da micróglia (microgliócitos)
originam- se das células mesenquimais
provenientes da medula óssea que, no final do
período fetal, alcançam o sistema nervoso
central através da corrente sanguínea.
Na quarta semana de desenvolvimento, a
porção anterior do tubo neural expande-se e
origina três vesículas encefálicas:
prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo
(Figura 5.32). Essa expansão é promovida pela
pressão de fluido contra as paredes. A pressão
não se dissipa pela futura medula espinhal,
porque há uma oclusão temporária do tubo
neural na base do encéfalo.
Ainda na quarta semana, surgem duas
protuberâncias das paredes laterais do
prosencéfalo, as vesículas ópticas, primórdios
dos olhos (Figura 5.32).
O tubo neural curva-se entre o mesencéfalo e o
rombencéfalo (flexura cefálica) e entre o
rombencéfalo e o restante do tubo neural
(flexura cervical), adquirindo a forma de um C
na sua extremidade cefálica.
Na quinta semana, o prosencéfalo deriva o
telencéfalo (mais cranial) e o diencéfalo. O
mesencéfalo continua como tal. O
rombencéfalo divide-se em metencéfalo e
mielencéfalo (mais posterior), e entre eles
ocorre a flexura pontina (Figura 5.33).
O telencéfalo expande-se lateralmente e dará
origem aos hemisférios cerebrais. Do terceiro
ao oitavo mês, surgem sulcos e giros (Figura
5.34), o que aumenta a área do córtex cerebral
sem aumento de volume da massa cefálica.
O córtex cerebral pode ser dividido em uma
área filogeneticamente mais antiga, o
rinencéfalo (paleopálio), e em outra mais
recente, que apareceu nos répteis, o neopálio,
do qual deriva o neocórtex.
O rinencéfalo começa a se formar em torno da
sexta semana como uma evaginação da parte
ventral do telencéfalo. A sua porção basal está
constituída pelos bulbos olfatórios e pelos
pedúnculos olfatórios. Os neurônios dos bulbos
olfatórios recebem informação de células que
percebem substâncias químicas (odores) e
enviam essa informação a uma parte caudal do
córtex cerebral para análise. A sua porção
cortical está composta pelo hipocampo, que
desempenha um papel importante no
aprendizado e na memória, e pela substância
cinzenta, onde há pontos de retransmissão dos
impulsos olfatórios.
O neocórtex surge entre o terceiro e o sétimo
mês de desenvolvimento, a partir da migração
das células da zona intermediária para a zona
marginal, ficando a substância cinzenta
periférica. As seis camadas de neurônios que
compõem a substância cinzenta são
estabelecidas pela migração das células da
camada mais interna, a primeira a se formar,
para a mais externa, sendo que os neurônios
maiores ficam situados na camada interna, e os
neurônios menores, nas demais.
No ser humano, o neocórtex é bastante
desenvolvido, com um grande número de
zonas associativas. É responsável pela
aprendizagem, pela memória, pela fala, pela
atividade voluntária e pelo controle inibitório.
O estabelecimento de sinapses inicia na vida
intrauterina, aumenta nos três primeiros anos e
diminui o seu ritmo entre três e 10 anos de idade.
Conforme as exigências do meio, os neurônios
mudam morfológica e fisiologicamente, e as
sinapses são criadas, desfeitas ou consolidadas
(plasticidade neuronal). As sinapses utilizadas
tornam-se estáveis, enquanto as que não forem
usadas serão removidas. Por isso, a importância de dorsal e induzem a formação do plexo coroide, e
um ambiente rico em estímulos durante a infância e Wnts promovem a formação das estruturas caudais
da atividade intelectual contínua na fase adulta. do telencéfalo, como o hipocampo.

Os hemisférios cerebrais formam os lobos O diencéfalo diferenciar-se-á no hipotálamo,

frontal, temporal, parietal e occipital. Há ainda
o lobo da ínsula, que se posiciona
profundamente, devido ao crescimento
acentuado dos hemisférios cerebrais. Em geral,
o hemisfério cerebral direito recebe sensações
e controla o movimento do lado esquerdo do
corpo, enquanto o hemisfério cerebral
esquerdo está envolvido com as sensações e os
movimentos do lado direito do corpo.
Na substância branca, há fibras de associação
que interligam os hemisférios cerebrais. Por
exemplo, há a comissura anterior, que conecta
os dois bulbos olfatórios; a comissura do
fórnix, que inter-relaciona as estruturas do
hipocampo de cada lado; o corpo caloso, que
liga as áreas neocorticais das metades direita e
esquerda do cérebro, e o quiasma óptico
(chiasma = cruzamento), onde metade das
fibras dos nervos ópticos cruza para o lado
oposto do cérebro (Figura 5.34). Assim, o lado
direito do encéfalo recebe a informação de
ambos os olhos para a interpretação visual do
lado esquerdo de um objeto, e o lado esquerdo
do encéfalo, a informação para a visualização
do lado direito do objeto.
no tálamo e no epitálamo e contribuirá para a
formação da hipófise, dos olhos e da glândula
pineal (Figura 5.34).
O hipotálamo, o tálamo e o epitálamo surgem
como três saliências das paredes laterais do
diencéfalo. Em relação ao tálamo, o
hipotálamo é ventral, e o epitálamo, dorsal. O
hipotálamo tem núcleos que regulam as
funções viscerais, como o sono, a homeostasia,
a temperatura corporal, a atividade cardíaca, a
ingestão de alimento e de líquido e o
comportamento emocional e sexual. Ele
também comanda respostas corporais por
intermédio da secreção de hormônios pela
hipófise. O tálamo possui núcleos que recebem
informações visuais, auditivas e táteis, de dor e
temperatura e que as enviam para o córtex
cerebral. Desempenha um papel importante na
manutenção da consciência e na aquisição do
conhecimento (cognição). O epitálamo tem
funções associadas ao hipotálamo. Ele possui
núcleos relacionados à mastigação e à
deglutição.

As cavidades dos hemisférios cerebrais são os

ventrículos laterais (Figura 5.34).

Profundamente na substância branca, ladeando

os ventrículos, há os núcleos (regiões de
substância cinzenta) da base. Pelo aspecto, foi
denominado corpo estriado. É subdividido em
dois grandes núcleos: o núcleo lentiforme
(globo pálido e putâmen) e o núcleo caudado.
Eles estão envolvidos no controle inconsciente
do tônus muscular e nos movimentos corporais
complexos.

O desenvolvimento do telencéfalo envolve três

centros de padronização: o centro de padronização
rostral, derivado da borda neural anterior, que
secreta FGF-8; o centro de padronização dorsal, que
produz BMPs e Wnts, e o centro de padronização
ventral, que libera shh. Além de afetar os centros de
padronização dorsal e ventral, o FGF-8, através de
moléculas, como Foxg-1 e Emx-2, regula o
crescimento das vesículas telencefálicas e, de Nkx-
2.1, providencia o início da ventralização pelo
efeito no shh. BMPs padronizam a linha média
  Marcos de desenvolvimento  do desenvolvimento do cérebro é medir o
O exame neurológico do paciente
pediátrico deve ser realizado no contexto
de marcos do desenvolvimento
neurológico. Os achados neurológicos
normais que se esperaria de um recém-
nascido são certamente diferentes dos de
um bebê de 2, 6 ou 12 meses de idade. A
obtenção de marcos do desenvolvimento é
um reflexo importante da maturação do
sistema nervoso da criança e a avaliação do
desenvolvimento é uma parte essencial do
exame neurológico pediátrico. O atraso na
obtenção de marcos do desenvolvimento e
padrões anormais de desenvolvimento são
indicadores importantes da doença
neurológica subjacente.
Princípios chave
Existem vários princípios-chave do
neurodesenvolvimento a serem lembrados.
Primeiro, o desenvolvimento do controle
motor prossegue da maneira dos pés à
cabeça. O bebê primeiro desenvolve o
controle da cabeça, depois o controle do
tronco (sentado) e, finalmente, controla as
extremidades inferiores (andando).  do cérebro
Segundo reflexos primitivos (como Moro,
Grasp e Galant) normalmente estão
presentes no RN e diminuem nos próximos
4 a 6 meses de vida.
Os reflexos posturais (como o reflexo de
apoio positivo, Landau, sustentação lateral
e pára-quedas) surgem aos 3 a 8 meses de
idade.  neuronal seguida pela migração aos 3 a 5
A persistência dos reflexos primitivos e a
falta de desenvolvimento dos reflexos
posturais são a marca registrada de uma
anormalidade do neurônio motor superior
no bebê.
Circunferência da cabeça  Finalmente, a organização neuronal e a
Outra parte muito importante da avaliação
crescimento do cérebro. Isso é feito
medindo a circunferência da cabeça, que é
um reflexo preciso do tamanho do
cérebro. O cérebro cresce para 80% do seu
volume adulto durante os primeiros 2 anos
de vida; muitas doenças neurológicas que
ocorrem no início da vida afetam o
crescimento do cérebro. Uma cabeça
pequena (microcefalia) ou uma cabeça
grande (macrocefalia ou hidrocefalia)
podem ser os principais achados na
explicação das anormalidades neurológicas
de uma criança. É essencial traçar a
circunferência da cabeça em um gráfico
padronizado de crescimento da cabeça,
como o gráfico de Nellhaus.
Crescimento cerebral 
O cérebro recém-nascido pesa 400
gramas. Com um ano de idade, o cérebro
pesa 1.000 gramas. Aos 2 anos de idade, o
cérebro atingiu 80% do seu tamanho
adulto. Aos 18 anos de idade, o cérebro
atingiu seu peso adulto de 1400 gramas.
Eventos importantes no desenvolvimento
 
O desenvolvimento do cérebro e da medula
espinhal começa com a formação do
fechamento do tubo neural, que é
completado aos 28 dias de gestação.
A prosencefalização ocorre para formar os
hemisférios cerebrais e o diencéfalo. Aos 2
a 4 meses de gestação, ocorre proliferação
meses.
A formação dos giros começa com as
principais fissuras sendo formadas no 5º
mês, os sulcos secundários em 7 meses e
os sulcos terciários em 9 meses de
gestação.
mielinização começam no terceiro
trimestre e continuam bem após o
nascimento.
Organização e mielinização são os
principais processos responsáveis pelo
crescimento e maturação do cérebro.
Crescimento e organização neuronal  necessárias para o comportamento reflexo
Com 36 semanas de gestação, o processo
de proliferação neuronal está quase
completo. Embora exista alguma
proliferação limitada de neurônios ao
longo da vida, sua contribuição para o
crescimento cerebral é insignificante. O
crescimento dos neurônios individuais,
além da elaboração e proliferação de
processos e conexões dendríticas e
axonais, é responsável pela maior parte do
crescimento do cérebro.  extremidades inferiores, que são os
O diâmetro de um neuroblasto é de 5
mícrons, enquanto um neurônio maduro
pode medir 50 mícrons, um aumento de
1.000 vezes no volume celular. Também
ocorre aumento no tamanho das células
gliais. Durante o processo de organização
do desenvolvimento cerebral, há crescentes
arborizações dendríticas, sinaptogênese e
conexões axonais, que contribuem
significativamente para o crescimento
cerebral, bem como para a maturação e
desenvolvimento da função cerebral.
Proliferação celular, migração neural,
agregação seletiva, diferenciação celular,
sinaptogênese e perda neuronal.
Mielinização e Desenvolvimento  parietais e as áreas dos lobos occipitais. Os
O próximo processo de desenvolvimento
que contribui muito para o crescimento e
maturação do cérebro é a mielinização. A
mielinização começa no início do terceiro
trimestre, com o período mais rápido de
mielinização ocorrendo nos dois primeiros
anos de vida. O processo de mielinização
segue um curso e padrão específicos. A
aquisição de marcos do desenvolvimento
neurológico é paralela e reflete esse
padrão. A mielinização ocorre
precocemente em raízes motoras (9mes
intrauterino), sensoriais, sentidos (audição)
e tronco cerebral; aquelas estruturas
e a sobrevivência. 
O trato corticoespinhal começa a
mielinizar com 36 semanas de gestação e a
mielinização é concluída até o final do 2º
ano de vida. A mielinização do trato
corticoespinhal começa na porção
proximal do axônio e os axônios mais
curtos são os primeiros a mielinizar. Os
axônios das extremidades superiores e o
tronco mielinizam a seguir. Os axônios das
axônios mais longos, são os últimos a
mielinizar, com o processo sendo
completado aos 24 meses de idade. Esse
padrão de mielinização se correlaciona
com a aquisição progressiva da cabeça aos
pés dos marcos do desenvolvimento. 
Os padrões motores do cérebro imaturo
estão predominantemente sob controle do
tronco cerebral e carecem de modulação
cortical até que haja a maturação
necessária dessas conexões do centro
cerebral superior.
Mielinização do Hemisfério Cerebral 
As áreas dos hemisférios cerebrais que são
os primeiros a mielinizar são a porção
posterior dos lobos frontais, os lobos
lobos frontal e temporal são mielinizados
e, no final do segundo ano, a mielinização
do cérebro está amplamente concluída,
embora existam interconexões do córtex de
associação que ainda estão sendo
mielinizadas nas 2ª e 3ª décadas de vida.
 No sistema nervoso central, o processo de
mielinização é essencialmente similar ao
que ocorre na fibra nervosa periférica, com
a diferença de que são os processos dos
oligodendrócitos fasciculares os
responsáveis pela formação de mielina. A
relação de um oligodendrócito com vários
axônios que ele mieliniza é diferente. Ao
contrário do que ocorre com a célula de
Schwann, um mesmo oligodenrócito pode
A compreensão desse processo ajuda a
prover internódulos para 20-30 axônios.
entender a estrutura dessa bainha. Em cada
Cada nódulo de Ranvier, em fibras
célula de Schwann forma-se um sulco ou
nervosas do sistema nervoso central,
goteira que contém o axônio. Segue-se o
representa então o intervalo entre dois
fechamento dessa goteira com formação de
prolongamentos de oliogodendrócito.
uma estrutura com dupla membrana
chamada mesaxônio. Esse mesaxônio
A bainha de mielina, estrutura lipoproteica
alonga-se e enrola-se ao redor do axônio
depositada ao redor de axônios
várias vezes, e o citoplasma é expulso
selecionados em internódulos,
entre as voltas. Acontece, então, aposição
interrompidos periodicam ente pelos
das faces citoplasmáticas da membrana,
nódulos de Ranvier, permite a condução
com fusão, surgindo a linha densa
saltatoria, rápida e eficaz no sistema
principal, ou periódica, contínua,
nervoso dos vertebrados. As células que
facilmente identificada nas secções
constróem a mielina são o oligodendrócito
transversais da bainha de mielina à
no sistema nervoso central (SNC) e a
microscópia eletrônica por sua elétron-
célula de Schwann no sistema nervoso
densidade. As faces externas da membrana
periférico (SNP). Um oligodendrócito
do mesaxônio também se encontram
mieliniza um ou vários axônios, até 200,
formando a linha densa menor, ou
enquanto a célula de Schwann forma
interperíodo. O restante da célula de
sempre um único internódulo de mielina.
Schwann (citoplasma e núcleo) forma o
Assim, conclui-se que sempre é mais grave
neurilema. O mesaxônio persiste tanto do
uma lesão que atinja um oligodendrócito
lado axônico (mesaxônio interno), como
que a causada pela destruição de urna
do lado do neurilema (mesaxônio externo).
célula de Schwann.
Em alguns pontos, formam-se as incisuras
de Schmidt-Lantermann, que representam
um conjunto de locais em que o citoplasma
não foi expulso quando da formação da
linha densa principal. Terminado o
processo ao longo de toda a fibra,
reconhecem-se os nódulos de Ranvier e os
internódulos.
Processo de mielinização — A
mielinização envolve estreitas e complexas
interações entre os axônios e suas células-
bainha. A interação começa com um sinal
do axônio que age no recrutamento de
populações celulares potencialmente
mielinizantes, na sua diferenciação e
proliferação e na iniciação da síntese e
manutenção das moléculas específicas da
mielina.
Além dos fatores axônio e célula-bainha,
existe a exigência de um terceiro fator para
a estabilização das relações entre ambos;
no SNP esse terceiro fator é consistido de
fibras colágenas preformadas. Foi sugerido
que no SNC tal função estabilizadora seja
realizada pelo elemento estrutural mais
importante do tecido, o astrócito fibroso
tipo 2. Hoje está comprovada a
especialização da linhagem
oligodendrócito-astrócito tipo 2 para
mielinização no SNC H
Formação da bainha de mielina — O
processo de mielinização se inicia quando
uma projeção da célula-bainha envolve o
axônio e forma espiral frouxa ao seu redor.
Com o tempo as camadas formadas se
compactam pela expulsão do citoplasma e
formam estrutura lamelar com bandas
eletrodensas espessas — derivadas da
aposição das fases citoplasmáticas das
membranas — e menos eletrodensas —
derivadas da aposição das fases externas
das membranas (polaridade). Ambas as
bandas recebem a denominação de linha
densa principal (LDP) e linha
intraperiódica (LI) respectivamente.
Mielinização das Fibras Nervosas
As bainhas de mielina ao redor das fibras
nervosas na medula espinhal começam a se
formar na fase final do período fetal e
continuam a ser formadas durante o
primeiro ano pós-natal. As proteínas
básicas de mielina, uma família de
isoformas de polipeptídeos relacionados,
são essenciais na mielinização; as
integrinas-β1 regulam esse processo. Os
tratos das fibras se tornam funcionais
aproximadamente no período em que se
tornam mielinizados. As raízes motoras
são mielinizadas antes das raízes
sensoriais. As bainhas de mielina ao redor
das fibras nervosas na medula espinhal são
formadas por oligodendrócitos (células
oligodendrogliais), tipos de células gliais
que se originam do neuroepitélio. As
membranas plasmáticas dessas células se
envolvem ao redor do axônio, formando
diversas camadas. A proteína profilina 1
(PFN1) é essencial na polimerização dos
microfilamentos que promovem as
mudanças no citoesqueleto dos
oligodendrócitos. As bainhas de mielina ao
redor dos axônios das fibras nervosas
periféricas são formadas pelas membranas
plasmáticas do neurilema (bainhas de
células de Schwann), que são análogas aos
oligodendrócitos. As células do neurilema
são derivadas das células da crista neural
que migraram perifericamente e
circundaram os axônios dos neurônios
motores somáticos e os neurônios motores
autonômicos pré-ganglionares, conforme
eles saem do SNC. Essas células também
se envolvem ao redor dos processos
centrais e periféricos dos neurônios
sensoriais somáticos e viscerais, e ao redor
dos axônios dos neurônios motores
autonômicos pós-sinápticos. Iniciando-se
em aproximadamente 20 semanas, as fibras
nervosas periféricas apresentam um
aspecto esbranquiçado resultante da
deposição de mielina (formadas de
camadas de lipídios e proteínas).
Esta bainha não é contínua, ou seja, não
envolve toda a membrana do axônio; estes
espaços são conhecidos como nódulos de
Ranvier. Quando este impulso nervoso,
potencial de ação, percorre o axônio, o
potencial salta de um nódulo para outro;
este processo é conhecido como condução
saltatória. Tal fenômeno faz com que o
impulso nervoso seja conduzido muito
mais rapidamente que em axônios não
mielinizados. A bainha de mielina está
presente somente nos vertebrados. A
sinapse é dada pelo final do axónio de um
neurónio, ao dentrito ou corpo celular de
outro neurónio.
A composição de um neurônio é 70%
lipídios e 30% proteínas.
Onde quer que uma célula de Schwann
envolva um axônio, a sua superfície
externa é chama de neurilema.
As células de Schwann protegem a maioria
dos axônios do SNP (tanto mielinizados e
amielínicos) do contato com fluidos
intersticiais.
A mielina é uma substância lipídica, de cor
verde reluzente e de caráter birrefringente,
que faz parte da membrana celular. A
mielina está presente na chamada bainha
de mielina (formada pelos
oligodendrócitos ou células de Schwann),
que envolvem os axônios, como se fosse
um rocambole, em algumas fibras
nervosas. Esta substância faz com que
essas fibras tenham uma condução de
impulsos nervosos mais rápidos (condução
saltatória). As fibras envoltas por mielina
são chamadas precisamente mielínicas. As
fibras que não possuem um revestimento
de mielina chamam-se fibras amielínicas e
possuem uma condução de impulso mais
lenta.
 As células da glia tem como função
suprir os neurônios;
 Células de Schwann -
neuromócitos;
 A mielina é composta por
glicolipídeos, já que é formada pela
membrana plasmática;
 Analisando o choro e a fácia,
possíveis problemas intrínsecos
podem ser diagnosticados;
 A interação do bebê com o meio
contribui para a mielinização, visto
que “solicitam” o funcionamento
por estímulos ao SN.
 Os nódulos de Reavier possuem o
envoltório de células-bainha,
porém, a compactação é reduzida e
apresentam citoplasma;
 A compactação é gerada por
atrações devido à polaridade. É
facilitada pela proteína “0”;
 Mensagem clara é importante nos
extremos da vida - 1 ordem.
O RN não tem seu SN completamente desenvolvido. As fibras nervosas ainda não conseguem
realizar plenamente sua função de transmitir impulsos nervosos; a adequação do
desenvolvimento depende do envolvimento de bainha de mielina. Portanto, o processo de
mielinização é decisivo para que o desenvolvimento neuropsicomotor ocorra normalmente.
O sistema subcorticoespinhal apresenta um processo de maturação ascendente de aumento do
tônus flexor dos membros e reações posturais, extensoras do tronco que se completa no 6 ao 8
mês intrauterino.
Já o outro sistema, corticoespinhal, apresenta um processo que a partir do tronco encefálico
(pontes) progride tanto superiormente, em direção ao córtex cerebral, quanto inferiormente,
para a medula espinhal. A maturação é bem lenta, começa no 8º mês fetal e termina por volta
de 12 anos, explicando o desenvolvimento tardio de certas habilidades manuais.

PRIMEIRO TRIMESTRE

 Motor
- reflexos arcaicos
- postura assimétrica
- hipertonia flexora dos membros - mão fechada
- extensão da coluna
- fixação do olhar

Linguagem: sons guturais, atende ao som de campainha

 Sociabilidade: olha o rosto das pessoas

 Adaptativo: olha a seu redor, persecução imcompleta

SEGUNDO TRIMESTRE
 Motor
- postura simétrica
-  do tônus nos membros - sustento cefálico
- acompanha com olhar
- preensão voluntária (4-5 mês) – cubito palmar - prova mão-lenço no rosto

 Linguagem: murmura. Vocalização social

 Adaptativo: persecução ocular completa, olha a

mão

 Sociabilidade: brinca com as mãos e roupa, abre a boca para receber comida

 Relações objetais: sorriso social

TERCEIRO TRIMESTRE
 Motor:
- aumento da passividade, extensibilidade
na boca)
- senta sem apoio
- transfere objetos de uma mão para outra
- pinça radio-palmar

 Linguagem: emite sílabas (lalação)

 Sociabilidade: brinca com os pés e brinquedos

 Adaptativo: passa um cubo de uma mão para outra

 Relaçoes objetais: angustia do oitavo mês

QUARTO TRIMESTRE
 Motor
- arrasta, engatinha
- fica em pé
- anda com apoio
- pinça com a polegar e indicador
- faz gestos com a mão e a cabeça
- pinça fina

 Linguagem: 1 palavra com significado, ecolalia, atende seu nome

 Sociabilidade: come bolacha, ajuda a se vestir

 Adaptativo: solta um cubo dentro de uma vasilha, combina dois cubos

http://ftp.medicina.ufmg.br/ped/arquivos/2014/Desenvolvimento-21112014.pdf

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act=url&depth=3&hl=en&ie=UTF8&prev=_t&rurl=translate.google.com&sl=auto&sp=nmt4
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dev_anatomy.html&xid=17259,15700023,15700186,15700191,15700256,15700259,1570026
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