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DE QUELUZ
PROTOCOLO DE ENFERMAGEM
SAÚDE DA MULHER
1ª
1ªEdição
Edição
Cruzeiro 2021
Queluz - 2021
PREFEITURA
DE QUELUZ
Laurindo Joaquim da Silva Garcez
Prefeito Municipal de Queluz
Tatiane de Freitas
Enfermeira ESF
Validação:
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PROTOCOLO DE ENFERMAGEM - SAÚDE DA MULHER
INTRODUÇÃO
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Detecção e Controle do Câncer de Colo do Útero e da Mama
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A partir da mamografia de rastreamento, as possíveis condutas preconizadas pelo
sistema BI-RADS® para os casos alterados (suspeitos), ou seja, resultados BI-
RADS® diferentes de 1 e 2, são: realização de incidências Instituto Nacional de
Câncer José Alencar Gomes da Silva 11 Memória de Cálculo ou manobras, controle
radiológico (mamografia), ultrassonografia mamária e investigação diagnóstica com a
realização de biópsia. O resultado da biópsia confirmará os casos malignos, que
necessitarão de tratamento para câncer de mama em unidade terciária.
A Figura 1 apresenta um fluxo simplificado, considerando a linha de cuidado adotada
pelo Ministério da Saúde para rastreamento do câncer de mama, que orientou o
cálculo dos procedimentos necessários desde a definição do número de mulheres a
serem rastreadas até a estimativa de casos para encaminhamento ao tratamento
oncológico. Portanto, esse fluxograma não deve orientar condutas individuais.
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Ultrassonografia mamária
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O CÂNCER DE MAMA
As mamas são órgãos pares, situados na parede anterior do tórax. Têm como
função principal a produção do leite para a amamentação, apresentando também
grande importância psicológica para a mulher, o que representa papel fundamental na
constituição de sua autoestima e autoimagem. Embelezam a silhueta do corpo
feminino e desempenham também funções erógenas e de atração sexual.
Externamente, cada mama na sua região central apresenta uma auréola e uma
papila. Na papila mamária exteriorizam-se 15 a 20 orifícios ductais, que correspondem
às vias de drenagem das unidades funcionantes, que são os lobos mamários.
A mama é dividida em 15 a 20 lobos mamários independentes, separados por
tecido fibroso, de forma que cada um tem a sua via de drenagem, que converge para
a papila, através do sistema ductal.
- ÁCINO – porção terminal da “árvore” mamária, onde estão as células secretoras
que produzem oleite.
- LÓBULO MAMÁRIO – conjunto de ácinos.
- LOBO MAMÁRIO – unidade de funcionamento formada por um conjunto de lóbulos
(15-20) que se liga à papila por meio de um ducto lactífero.
- DUCTO LACTÍFERO – sistema de canais (15-20) que conduz o leite até a papila.
- PAPILA – protuberância composta de fibras musculares elásticas onde
desembocam os ductos lactíferos.
- ARÉOLA – estrutura central da mama onde se projeta a papila.
- TECIDO ADIPOSO - todo o restante da mama é preenchido por tecido adiposo ou
gorduroso, cuja quantidade varia com a característica física, o estado nutricional e a
idade da mulher.
As mulheres mais jovens apresentam mamas com maior quantidade de tecido
glandular o que torna esses órgãos mais densos e firmes. Ao se aproximar da
menopausa, o tecido mamário vai se atrofiando e sendo substituído
progressivamente por tecido gorduroso, até se constituir, quase que exclusivamente,
de gordura e resquícios de tecido glandular na fase pós-menopausa.
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A AÇÃO HORMONAL SOBRE A MAMA
AS ALTERAÇÕES DA MAMA
A DOR MAMÁRIA
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são outras. Causas de dor que podem ser agravadas pela ingestão exagerada de
cafeína (coca-cola, chocolate, café). A AFBM não é considerada doença e não
constitui um fator de risco isolado para o desenvolvimento do câncer de mama.
A DESCARGA PAPILAR
OS NÓDULOS
SARCOMAS
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CARCINOMA DE PAGET
CARCINOMA INFLAMATÓRIO
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Desde o início da formação do câncer até a fase em que ele pode ser
descoberto pelo exame físico (fase subclínica), isto é, a partir de 01 cm de diâmetro
passam-se, em média, 10 anos.
Estima-se que o tumor de mama duplique de tamanho a cada período de 3-4
meses, ou seja, no início na fase subclínica impalpável tem-se a impressão de
crescimento lento, porque as dimensões das células são mínimas. Porém, depois que
o tumor se torna palpável, a duplicação é facilmente perceptível. Se não for tratado, o
tumor desenvolve metástases (focos de tumor em outros órgãos), mais comumente
para os ossos, pulmões e fígado.
OS FATORES DE RISCO
- Sexo feminino;
- Menarca precoce (antes dos 11 anos);
- Menopausa tardia (após os 55 anos);
- Nuliparidade;
- Primeira gestação a termo após os 30 anos;
- Mãe ou irmã com história de câncer de mama;
- Dieta rica em gordura animal;
- Dieta pobre em fibras;
- Obesidade (principalmente após a menopausa) IMC >30;
- Radiação ionizante;
- Ciclos menstruais menores que 21 dias;
- Padrão socioeconómico elevado;
- Ausência de atividade sexual;
- Residência em área urbana;
- Cor branca;
OS FATORES DE PREVENÇÃO
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a denominação de “ferida no colo do útero” nem sempre é apropriada.
Nesta situação o epitélio colunar fica em contato com um ambiente vaginal ácido,
hostil às suas células. Assim, células sub cilíndricas (de reserva) bipotenciais, através
de uma metaplasia, se transformam em células mais adaptadas (escamosas), dando
origem a um novo epitélio, situadas entre os epitélios originais, chamado de terceira
mucosa ou zona de transformação. Nesta região pode ocorrer obstrução dos ductos
excretores das glândulas endocervicais subjacentes, dando origem a estruturas
císticas sem significado patológico, chamadas de Cistos de Naboth. É nessa zona
onde se localizam mais de 90% dos cânceres do colo do útero.
Classicamente a história natural do câncer do colo do útero é descrita como
uma afecção iniciada com transformações intra epiteliais progressivas, que podem
evoluir para uma lesão cancerosa invasora num prazo de 03 a 20 anos.
Estudos epidemiológicos sobre o perfil do câncer do colo uterino têm relacionado o
seu desenvolvimento ao comportamento sexual das mulheres e a transmissão de
agentes infecciosos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o principal fator de risco para a
doença é a infecção pelo Papiloma vírus humano (HPV). Todas as mulheres que já
iniciaram a atividade sexual são potencialmente suscetíveis ao desenvolvimento da
doença.
FATORES DE RISCO
FATORES PROTETORES
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A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO
O ACOLHIMENTO
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- Anotar no livro de registro, nome das pacientes submetidas ao exame de
citologia oncótica, data, nº requisição, idade, endereço e resultado;
- Tratar processos inflamatórios detectados clinicamente ou pela citologia, de
acordo com o protocolo, repetindo a citologia quando indicada;
- Encaminhar para serviços de referência ou casos que necessitam de
atendimento especializado, conforme fluxograma;
- Realizar a busca ativa, através de visita domiciliar às mulheres que tiverem
resultado de exame alterado;
- Acompanhar a evolução das pacientes com laudos alterados;
- Realizar e encaminhar relatório mensal para seguimento SISCAN.
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
Identificação;
Estado Civil;
História Clínica:
A) Antecedentes ginecológicos
● Menarca;
● DUM;
● Gestação/Parto/Aborto;
● Cirurgias Ginecológicas;
● Ciclo menstrual;
● Doença inflamatória pélvica;
● DST e tratamento realizado;
● Infertilidade e esterilidade;
● Má formação genital;
● Mamas (exames e tratamentos);
● Último papanicolau realizado (data, resultado e tratamento).
B) Sexualidade
C) Antecedentes Familiares
D) Queixa atual
● Mastalgia;
● Secreção Mamária;
● Presença de leucorréia (cor, quantidade, odor).
EXAME FÍSICO
Casos especiais:
Gestantes:
CONDUTAS
CATEGORIA 0:
CATEGORIA 1:
NEGATIVA
CATEGORIA 2:
ACHADOS BENIGNOS
CATEGORIA 3:
Conduta:
● Solicitar US mama;
● Acompanhar de 6 em 6 meses;
● Agendar consulta com ginecologista;
● Acompanhar SISCAN.
Categoria 4:
Conduta:
o Agendar consulta com ginecologista com urgência;
o Acompanhar SISCAN.
Amostra rejeitada:
Inflamação:
Com queixa, encaminhar ao ginecologista; sem queixa, rotina de rastreamento.
Reparação:
Rotina de rastreamento
Radiação:
Encaminhar ao ginecologista.
Candida SP:
Com queixa: tratar com Nistatina creme vaginal por 10 noites e via oral Fluconazol
150 mg em dose única.
Trichomonasvaginalis:
Tratar mulher e parceiro: Metronidazol 500 mg 2 x/dia por 7 dias.
Gestante, encaminhar ao obstetra.
Gardnerellavaginalis:
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Tratar mulher: Metronidazol 500 mg 2 x/dia por 7 dias.
Gestante, encaminhar ao obstetra.
Chlamydia SP:
Encaminhar ao ginecologista.
O Exame Clínico das Mamas (ECM), como qualquer parte do exame físico,
pode ser usado para triagem (detecção de câncer de mama em mulheres
assintomáticas) ou para diagnóstico, para avaliar queixas relativas às mamas,
basicamente para descartar o câncer. O ECM é realizado pelo profissional de saúde
(médico ou enfermeiro) rotineiramente durante sua consulta. Ele evidencia alterações
macroscópicas identificáveis na inspeção, palpação das mamas e regiões axilares e
supraclaviculares.
Inspeção
Palpação
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PREPARO DA CLIENTE
INSPEÇÃO EXTERNA:
COLOCAÇÃO DO ESPÉCULO:
APÓS O EXAME
REGISTRO:
- Orientar à paciente que o Autoexame das Mamas (AEM) deve ser feito uma vez
por mês, geralmente do 7º ao 10º dia após a menstruação;
- Para as mulheres que não menstruam mais, o autoexame deve ser feito no
mesmo dia de cada mês, podendo ser associado ao dia do aniversário;
- Orientar que o autoexame deve ser feito em duas etapas: observação e
palpação.
Observação
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corpo;
- Observar as mamas, comparando o tamanho, posição, coloração da pele, e se
há presença de abaulamentos ou retrações;
- Lentamente elevar os braços acima da cabeça, observando se há surgimento ou
intensificação dos abaulamentos ou retrações;
- Com as mãos na cintura, contrair os músculos do peito, continuando as
observações.
Palpação
- Deitada, com uma toalha dobrada sob a região torácica, elevar o braço do lado
da mama que será examinada, colocando a mão sob o pescoço;
- Com a mão espalmada, deslizar as polpas digitais sobre a mama, iniciando pela
região axilar, seguindo pela subclavicular e depois em espiral até a região do mamilo,
verificando se há presença de nódulos;
- Proceder à expressão mamilar, detectando a presença de secreções ou
sangramentos;
- Realizar a palpação da outra mama do mesmo modo;
- A palpação pode ser feita ainda durante o banho, com as mamas ensaboadas,
facilitando o deslizamento das mãos sobre as mesmas.
INTRODUÇÃO
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1- Fluxograma para Diagnóstico de Gravidez e acompanhamento do Pré-natal
Atraso ou irregularidade
menstrual ou sintomas
como náuseas, aumento
de volume
Realizar teste
rápido
de
Resultado negativo
Resultado positivo
Repetir teste
Iniciar pré-natal rápido
em 15 dias
Resultado Resultado
Positivo Negativo
Encaminhar avaliação
ginecológica
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ROTEIRO PARA PRIMEIRA CONSULTA DE ENFERMAGEM
OBJETIVOS:
RECOMENDAÇÕES:
HISTÓRICO
EXAME FÍSICO
● Geral
● Específico
EXAMES COMPLEMENTARES
● SOLICITAR:
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o Glicemia;
o Urina I (repetir no 2º e 3o trimestre);
o Urocultura (repetir no 2º e 3o trimestre);
Com relação aos exames de rotina de pré-natal deve-se garantir a realização logo
no início da gravidez e a verificação dos resultados na segunda consulta.
Orientamos a necessidade de um controle rigoroso no retorno e entrega dos
resultados das sorologias para HIV, sífilis e hepatite, realizando busca ativa das
pacientes que não retornaram para a consulta.
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atendimento para os serviços de referência de emergências obstétricas, a Santa Casa
de Misericórdia de Lorena.
Ao nível primário, quando se considera a situação resolvida, a unidade básica
de saúde deve continuar responsável pelo seguimento da gestante a um diferente
serviço de saúde. (Observar Anexo VI de Fatores de Risco e Emergências)
I. CONDUTAS
O CALENDÁRIO DE CONSULTAS
A. INTERVALO DE CONSULTAS:
III. QUEIXAS
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alimentos sólidos antes de levantar pela manhã. Procurar fazer dieta
equilibrada de carboidrato, gordura, proteínas, vitaminas e sais minerais
● Agendar consulta médica ou referir ao pré-natal de alto risco, em caso de
vômitos frequentes (hiperemese)
Desmaio, fraqueza.
Azia (pirose)
● Dieta fracionada;
● Evitar deitar – se após refeições;
● Evitar massas, doces, condimentos, frituras, álcool e fumo, café, chá preto e
mate;
Queixas urinárias
Sangramento da gengiva
B. 2º TRIMESTRE
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Dor abdominal, cólicas, flatulências e obstipação intestinal.
Hemorróidas
Cãibras
Varizes
Cefaleia
● Recomendo uso constante de sutiã com alças curtas que oferecem boa
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sustentação.
Cloasma gravídico
C. 3º TRIMESTRE
Dor lombar
Relação sexual
o A depender do casal.
o Contraindicar nas ameaças de aborto.
A. TIPAGEM SANGUÍNEA
B. VDRL
C. URINA I/UROCULTURA
D. HEMOGRAMA
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o Hemoglobina> 11g/dl: ausência de anemia. Manter suplementação de 300
mg/dia de Ferro e 5 mg de Ácido Fólico.
o Hemoglobina< 11g/dl e >8 g/dl: anemia leve a moderada. Prescrever Sulfato
Ferroso em dose de tratamento de anemia ferropriva.
o Imunoglobulina< 8 g/dl: anemia grave. A gestante deve ser referida
imediatamente ao pré-natal de alto risco.
o Alterações da série branca e de quantidade de plaquetas devem ser
encaminhadas ao hematologista.
E. GLICEMIA
F. Anti HIV
Notificar.
H. TOXOPLASMOSE
Interpretação de resultados dos exames de IgG e IgM para toxoplasmose.
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IgG IgM Interpretação
Reagente Não Gestante com infecção prévia ou toxoplasmose crônica
Reagente
Reagente Reagente Gestante com infecção recente ou toxoplasmose aguda –
confirmar com teste de avidez de IgG.
Não Reagente Gestante com infecção ou toxoplasmose aguda.
Reagente
Não Não Gestante suscetível (nunca foi infectada).
reagente reagente
I. ESTREPTOCOCOS
V. VISITAS DOMICILIARES
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As visitas acontecerão mensalmente, de acordo com o calendário pré-
estabelecido com acompanhantes adultos (opcional). Não será permitido acesso com
crianças.
A visita guiada acontecerá com o seguinte roteiro: o encontro iniciará na sala
de reuniões:
● Iniciando com uma roda de conversa sobre os objetivos da atividade, identificação e
esclarecimento pertinentes a gestação tais como sinais e sintomas do trabalho de
parto, documentação necessária para ser levada à maternidade no momento da
internação, alimentação, cuidados com o recém-nascido, dentre outros.
● Esclarecemos sobre.
● O itinerário a ser percorrido em sua chegada ao hospital tais como: Recepção,
Acolhimento e Classificação de Risco da Maternidade, Sala de Parto, Alojamento
Conjunto. Cuidados com RN, itens importantes para trazer para a maternidade no dia
da internação.
● Ocorre uma palestra de um profissional da equipe multi (obstetra, pediatra,
nutricionista, enfermeira obstetra, anestesista, assistente social entre outros
convidados externos).
● Após é oferecido um lanche e sorteio de brindes.
● Para concluir é realizada a visita guiada acompanhada com a coordenação de
enfermagem, onde é apresentado todo o setor.
o Importância do pré-natal
o Orientação sobre cartão de gestante
o Realização atividade física;
o Promoção da alimentação saudável;
o Desenvolvimento da gestação;
o Modificações corporais e emocionais;
o Medos e fantasias;
o Atividade sexual;
o Sintomas comuns na gravidez;
o Sinais de alerta;
o Preparo para o parto;
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o Orientações e incentivo para o parto Normal;
o Orientações e incentivo para amamentação;
o Planejamento familiar;
o Sinais e sintomas do trabalho de parto;
o Cuidados após o parto;
o Benefícios legais;
o Participação do pai durante a gestação;
o Importância da realização da triagem neonatal;
o Importância do acompanhamento das medidas preventivas;
o Promoção da alimentação saudável com foco na prevenção dos distúrbios
nutricionais;
o Modificações corporais e emocionais.
IX. PUERPÉRIO
B. CONSULTA
● Anamnese
o Condições da gestação;
o Condições do atendimento ao parto e ao RN;
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o Dados do parto (data, tipo e indicação)
o Intercorrências;
o Uso de medicamentos;
o Aleitamento Materno;
o Alimentação, sono, atividade;
o Dor, fluxo vaginal, sangramento, queixas urinárias, febre;
o Planejamento familiar;
o Condições psicoemocionais;
o Condições sociais.
● Exame físico
● Condutas
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ANEXO III – AVALIAÇÃO EDEMA
- Após a 12ª semana, com sonar e após 20ª semana com pinardo.
- Posicionar a gestante em decúbito dorsal, com o abdome descoberto.
- Identificar o dorso fetal. Além de realizar a palpação, deve-se perguntar à
gestante em qual lado ela mais sente os movimentos fetais; o dorso estará no lado
oposto.
- Procurar o ponto de melhor ausculta dos BCF, na região do dorso fetal.
- Controlar o pulso da gestante, para certificar-se que os batimentos ouvidos são
os fetais, já que as frequências são diferentes.
- Contar os batimentos cardio-fetais por 1 minuto, observando sua frequência e
ritmo.
- Registrar numericamente o BCF na ficha perinatal e no cartão da gestante
MOVIMENTOS FETAIS:
ANEXO IV - PROTEINÚRIA
Procedimento:
ANEXO V – STREPTOCOCCUS
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Tuberculose Oligoidrâmnio
Dependência de drogas Casos clínicos que necessitem
lícitas ou ilícitas de avaliação hospitalar
Morte intrauterina ou
perinatal na gestação
anterior
Abortamento habitual
Esterilidade/infertilidade
Fatores relacionados a
gestação atual
Restrição crescimento
intrauterino
Polidrâmnio ou
oligoidrâmnio
Gemelaridade
Malformações fetais
Infecção urinária de
repetição
Anemia grave ou não
responsiva ao
tratamento
Proteinúria
Desnutrição materna
Obesidade mórbida
NIC III
Câncer de mama ou
suspeita
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ANEXO VII – IDADE GESTACIONAL E DATA PROVÁVEL DO PARTO
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1. Proceder ao exame físico:
2. Medir a altura uterina e posicionar o valor encontrado na curva de crescimento
uterino.
Verificar a IG correspondente a esse ponto. Considerar IG muito duvidosa e assinalar
com interrogação na ficha perinatal e no cartão da gestante. A medida da altura uterina
não é a melhor forma de calcular a idade gestacional;
3. Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, na ausência de
disponibilidade de exame de USG, a IG e a DPP serão inicialmente determinadas por
aproximação, basicamente, pela medida da altura do fundo do útero e do toque
vaginal, além da informação sobre a data de início dos movimentos fetais, que ocorre
por volta da20ª.semana.
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PROTOCOLO DE ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER PLANEJAMENTO
FAMILIAR
INTRODUÇÃO
1. OBJETIVOS
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2. A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO ÀS ATIVIDADES
- Atividades educativas;
- Atividades clínicas.
AS ATIVIDADES EDUCATIVAS:
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consulta médica e a coleta de citologia oncótica, agendando-as, se necessário.
Verificar ainda o estado vacinal do paciente e encaminhar imediatamente para a
realização das vacinas em atraso.
Se houver necessidade, realizar atendimento individual para esclarecer
dúvidas ou fornecer maiores detalhes que não foram possíveis serem solucionados
durante a atividade em grupo.
Deve ser sempre feita pelo médico, após as atividades educativas, qualquer
que seja o método utilizado.
Visa analisar a adequação da opção feita pela mulher/casal em relação às
indicações clínicas e limitações de cada paciente, ponderando os riscos e benefícios.
A primeira consulta deve, necessariamente, incluir:
o Anamnese;
o Exame físico geral;
o Exame de mamas, com educação para o'autoexame;
o Exame Ginecológico;
o Análise da escolha e prescrição do método anticoncepcional;
O ACOLHIMENTO
3. A ASSISTÊNCIA À PRÉ-CONCEPÇÃO
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A assistência pré-concepção tem como objetivo orientar e assistir as
mulheres/casais em idade fértil que desejam engravidar com o intuito de proporcionar
uma orientação adequada em fertilidade, bem como quanto à evolução saudável de
uma futura gestação. Ao assistir os casais a equipe de saúde deverá prevenir, detectar
e tratar fatores que possam interferir na fertilidade e na concepção.
O ATENDIMENTO À MULHER/CASAL
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engravidar respeitado pelos profissionais de saúde, porém é responsabilidade do
serviço orientar a mulher/casal sobre riscos presentes na gravidez, tanto para mãe
como para o bebê. A mulher - com risco reprodutivo - deve ser encaminhada para
avaliação e acompanhamento médico periódico, para prevenir e tratar possíveis
complicações. Na presença de doenças crônicas é fundamental o acompanhamento
para maior controle das mesmas.
4. A ASSISTÊNCIA À ANTICONCEPÇÃO
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MÉTODOS NATURAIS
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O mecanismo de ação:
Vantagens:
Desvantagens:
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A. MÉTODO DE OGINO-KNAUS (calendário ou tabelinha)
EFICÁCIA CLÍNICA:
- 65 a 80% de segurança.
CONTRA-INDICAÇÃO:
- Elaborar com a mulher e/ou ensiná-la a fazer, o cálculo de sua tabela, sempre
com base nos 07 a 08 ciclos mais recentes que devem estar marcados no calendário;
- Orientar a mulher ou o casal, para abster-se de relações sexuais com contato
genital no período fértil, lembrando que a eficácia do método depende da participação
deambos;
- Alertar a usuária para o fato de que cada mulher tem um padrão menstrual
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próprio e que os cálculos devem ser individualizados, portanto a tabela de uma mulher
não serve para outra;
CONSULTAS DE RETORNO:
Podem ser feitas por qualquer elemento da equipe de saúde, com capacitação para
orientação do método.
PERIODICIDADE:
ATIVIDADES:
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de realizar qualquer atividade, procedendo da seguinte forma:
- Usar sempre o mesmo termômetro para a medida da temperatura (em caso de
quebra, o mesmo deverá ser substituído e anotar no controle o dia de sua
substituição);
- A temperatura pode ser verificada por via oral mantendo o termômetro por 05
minutos no local, por via retal ou vaginal onde deverá ser verificado, mantendo no
mínimo durante 03 minutos. Uma vez escolhida a via de verificação da temperatura,
esta deve ser mantida durante todo o'ciclo;
- Registrar a temperatura observada a cada dia do ciclo menstrual em papel
quadriculado (0,5 cm = 0,1ºC). Ligar os pontos referentes a cada dia, formando uma
linha que vai do 1º, ao 2º, do 2º ao 3º, etc. Cada ciclo menstrual terá seu gráfico próprio
de temperatura;
- Verificar a ocorrência de um aumento persistente da temperatura por 04 dias, no
período esperado após a ovulação;
- Identificar o dia em que ocorreu a ovulação da seguinte forma: quando a
temperatura basal corporal subir e se mantiver elevada, nos próximos dias saberemos,
então, que a mulher ovulou no último dia em que a temperatura estava baixa;
- Reconhecer que a diferença de no mínimo 0,2ºC entre a última temperatura baixa
e as três temperaturas altas que se seguem, indica a mudança da fase ovulatória para
a fase pós-ovulatória do ciclo menstrual. Esta temperatura se manterá alta até a
próxima época da menstruação. O período fértil termina na manhã do 4º dia em que
for observada a temperatura elevada.
Se o método for utilizado com o objetivo de anticoncepção, proceder da seguinte
forma:
Abster-se de relações sexuais com contato genital durante toda a primeira fase
do ciclo (pré-ovulatório) e até a manhã do dia em que se verificar a quarta temperatura
alta acima da linha base, principalmente durante os primeiros meses de uso do
método. Com o decorrer da observação e dos registros, será possível predizer a data
da ovulação, podendo limitar a abstinência sexual no período de 04 a 05 dias antes
da data prevista da ovulação e até a manhã do 4° dia da temperatura alta.
Anotar no registro a ocorrência de alguns fatores que podem alterar a
temperatura como:
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- Mudança no horário de verificação da temperatura;
- Ingestão de bebida alcoólica;
- Recolher-se tarde da noite para dormir;
- Perturbações do sono, sono interrompido;
- Doenças como resfriados, gripes ou outras infecções;
- Mudança de ambiente;
- Perturbações emocionais, fadiga, estresse;
- Refeição muito próxima o horário de dormir;
- Relações sexuais de madrugada. EFICÁCIA:65% a 80% de segurança para
anticoncepção.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Amenorréia;
- Irregularidades Menstruais;
- Estresse;
PRIMEIRA CONSULTA:
PRIMEIRO RETORNO:
65
- Avaliar a qualidade do registro e a compreensão pela mulher ou casal;
- Havendo boa qualidade do registro e condições de interpretação, orientar o casal
para a abstenção de relações sexuais durante toda a fase pré-ovulatória do ciclo e até
a manhã do 4º dia depois a elevação datemperatura;
- Fazer o gráfico junto com a cliente explicando-lhe como proceder;
- Reforçar as orientações iniciais.
RETORNOS SUBSEQUENTES:
Podem ser feitos por qualquer elemento da equipe de saúde, desde que
devidamente treinados.
PERIODICIDADE:
FASE PRÉ-OVULATÓRIA:
FASE OVULATÓRIA
FASE PÓS-OVULATÓRIA:
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TÉCNICA DE USO DO MÉTODO – INSTRUÇÕES ÀS MULHERES/CASAIS:
PRIMEIRA CONSULTA OU ATENDIMENTO:
PRIMEIRO RETORNO:
D. MÉTODO SINTOTÉRMICO
Apesar de ser um meio muito utilizado pelos casais jovens e/ou que tem
relações sexuais esporádicas, deve ser desestimulado, pois sua eficácia na
prevenção de gravidez é baixa, não oferece proteção contra DST/Aids e/ou ainda pode
gerar insatisfação sexual de um ou ambos os parceiros.
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OS MÉTODOS QUÍMICOS E DE BARREIRA
A. PRESERVATIVO MASCULINO
TÉCNICA DE USO:
INDICAÇÕES:
CONTRA-INDICAÇÕES:
OBSERVAÇÕES:
EFICÁCIA:
75 a 96% de segurança
B. PRESERVATIVO FEMININO
TÉCNICA DE USO:
Para colocar a camisinha, encontre uma posição confortável para você. Pode
ser em pé com o outro pé em cima de uma cadeira, sentada - com os pés afastados
- ou agachada ou deitada.
Segurar a camisinha pelo anel interno, deixando a argola externa pendurada
para baixo. Inserir o preservativo pressionando o anel externo e conduzido até a
vagina, introduzindo até o colo uterino. Com o dedo indicador, empurre a camisinha
- tão fundo quanto possível (pelo seu interior). A camisinha deve cobrir o colo do
útero e recobrir avagina.
O anel externo fica exposto fora da vagina uns três centímetros, protegendo
desta forma os grandes lábios e impedindo a troca de fluidos masculinos e femininos.
Após a relação retire a camisinha apertando a argola externa e dê uma
“torcida”. Para manter o esperma no interior da camisinha. Puxe-a para fora
delicadamente e jogue-a no lixo. Jamais reutilizá-la.
INDICAÇÕES:
- Evitar a gravidez;
- Ajudar a prevenir doenças sexualmentetransmissíveis;
- Casais motivados ou habituados com seu uso, ou em situações de uso
temporário;
- Amamentação (lactação, após 06 primeiras semanas apósparto);
- Mulheres com relacionamento sexualeventual;
- Portadores de HIV;
CONTRA-INDICAÇÕES:
OBSERVAÇÕES:
C. DIAFRAGMA
TÉCNICA DE USO:
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- Lavar as mãos antes de colocar o diafragma;
- Antes de cada uso, examinar cuidadosamente o diafragma contra luz para
assegurar-se da existência de defeitos e furos.
- Em caso de uso com geléia espermicida, aplica-se dentro da parte côncava do
diafragma (aproximadamente uma colher de chá).
Observação: a geleia permanece ativa por no máximo 06 horas, de modo que
o diafragma pode ser colocado até 06 horas antes da relação sexual.
Colocar o diafragma na vagina na posição que achar mais confortável (deitada
de cócoras ou em pé com uma das pernas levantada ou sentada na beira de uma
cadeira) da seguinte forma:
Segurar o diafragma com uma das mãos com a parte côncava virada para cima
(com geleia dentro) pressionar e unir as bordas com os dedos médio e polegar. Afastar
os lábios da vulva com a outra mão e introduzir dentro da vagina o diafragma dobrado,
empurrando-o para baixo e para dentro do fundo posterior da vagina até onde seja
possível.
Em caso de uso associado com espermicida.
Ocorrendo nova relação no período de 06 horas fazer 01 aplicação de geléia
espermaticida, usando o aplicador para colocá-lo à frente do diafragma sem retirá-lo
do local.
O diafragma não deve ser retirado antes de período de 06 a 08 horas após a
última relação sexual e deve-se evitar duchas vaginais durante esse período.
Remover o diafragma colocando o dedo indicador por trás de sua borda anterior
e puxando-o para baixo e para fora. Observar o tempo mínimo de 06 horas após a
relação e o máximo de 24 horas após a sua inserção.
Após o uso, lavar o diafragma com água e sabão neutro, enxaguar bem, secar
e guardar no estojo próprio, salpicando com amido de milho (evitar talco, devido
danificar o material e propiciar alergias).
INDICAÇÕES:
74
- Lactação (após 08 primeiras semanas após oparto).
CONTRA-INDICAÇÃO:
OBSERVAÇÃO:
Este método não protege contra possíveis contaminações por DST (HIV; HPV;
Hepatite B, C, etc).
D. ESPERMICIDAS
INDICAÇÕES:
CONTRA-INDICAÇÃO:
DESVANTAGENS:
76
isolado.
TIPOS E COMPOSIÇÃO:
MECANISMO DE AÇÃO:
77
EFICÁCIA:
São métodos eficazes em uso típico ou rotineiro: 6-8 gravidezes por 100
mulheres no primeiro ano de uso (1 em cada 17 a 1 em cada 12). São métodos muito
eficazes quando usados correta e consistentemente: 0,1 mulheres grávidas por 100
mulheres no primeiro ano de uso (1 em cada 1000). A eficácia do método, para cada
caso individual, depende fundamentalmente da maneira como a mulher toma as
pílulas. A orientação adequada é fundamental para que as mulheres usem o método
corretamente.
EFEITOS COLATERAIS:
RISCOS:
78
possível aceleração da evolução de cânceres pré-existentes com o uso da pílula.
BENEFÍCIOS:
INDICAÇÃO:
79
- Diabetes sem doença vascular, renal, ocular ou neurológica;
- Cefaléia Leve;
- Varizes;
- Malária, Esquistossomose, doenças tireoidianas, DIP, endometriose, tumores
ovarianos benignos, miomas uterinos, antecedentes de doença inflamatória pélvica,
TB (exceto se usando rifampicina).
CONTRA INDICAÇÕES:
- Gravidez;
- Idade maior ou igual a 35 anos e fumante (+ de 20 cigarros/dia);
- Hipertensão arterial moderada e grave;
- Lactentes em aleitamento materno exclusivo com menos de 6 meses;
- Antecedente de acidente vascular cerebral (AVC);
- Doença tromboembólica em atividade no momento ou no passado;
- Doença cardíaca valvular complicada (hipertensão pulmonar, fibrilação atrial,
história de endocardite bacteriana);
- Diabetes há mais de 20 anos ou com lesão ocular, neurológica ou renal;
- Câncer de mama atual ou no passado;
- Cirrose Hepática;
- Tumor no fígado;
- Cefaleia grave como as enxaquecas ou com sintomas neurológicos focais (risco
para AVC);
- Síndrome convulsiva (usuária de fenitoína, carbamazepina, barbitúricos);
TÉCNICA DE USO:
81
meses;
- Recomendar a mulher que mencione o uso da pílula sempre que for a qualquer
consulta médica;
- Reforçar o aconselhamento. A usuária do método deve ser orientada para o uso
do preservativo masculino ou feminino de forma a reduzir o risco de infecção pelo HIV
e outras doenças sexualmente transmissíveis (dupla proteção);
- Orientar retornos mensais com a equipe de enfermagem para avaliar as
condições de uso da pílula (regularidade na ingestão, tolerância, aceitabilidade, entre
outras);
- Pesquisar o aparecimento de condições clínicas que possam significar
contraindicação ao uso do método e agendar retorno médico sempre que necessário;
- Avaliar peso e pressão arterial em cada retorno mensal.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
- Anticonvulsivantes: •Barbitúricos
• Difenil-hidantoína
• Primidona
• Carbamazepina
- Antibióticos: •Rifampicina
- Fungicidas: •Griseofulvina
82
B. ANTICONCEPCIONAIS ORAIS DE PROGESTOGÊNIO
TIPOS E COMPOSIÇÃO:
MECANISMO DE AÇÃO:
EFICÁCIA:
83
informação sobre a eficácia desse método em uso típico fora da lactação, mas a
maioria dos autores concorda que a taxa de gravidez é mais alta do que a das
combinadas.
EFEITOS COLATERAIS:
- Cefaleia
- Sensibilidademamaria;
- Alterações no fluxo menstrual.
RISCOS:
BENEFÍCIOS:
- Podem ser usados por lactantes a partir de seis semanas após o parto. A quantidade
e a qualidade do leite materno não são prejudicadas (ao contrário dos
anticoncepcionais orais combinados, que podem reduzir a produção de leite);
- Não apresentam os efeitos colaterais e não aumentam o risco de complicações
relacionadas ao uso do estrogênio, tais como infarto ou acidente vascular cerebral;
- Menor risco de efeitos colaterais relacionados ao uso de progesterona, tais como
acne e aumento de peso, do que com o uso de anticoncepcionais orais combinados;
- Podem ajudar a prevenir doenças benignas de mama, câncer de endométrio ou de
ovário, doença inflamatória pélvica (DIP).
- Doenças mamariasbenignas;
84
- Cefaleias;
- Hipertensão;
- Coagulopatias;
- Anemia ferropriva e falciforme;
- Varizes;
- Cardiopatia Valvar;
- Malária;
- Tumores ovarianos benignos;
- Endometriose;
- Miomatose Uterina;
INDICAÇÃO:
CONTRA INDICAÇÕES:
- Gravidez;
- Câncer de mama atual ou no passado;
- Cirrose Hepática;
- Hepatite;
- Tumor no fígado;
TÉCNICA DE USO:
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
TIPOS E COMPOSIÇÃO:
MECANISMO DE AÇÃO:
EFICÁCIA:
Muito eficaz. As taxas de gravidez são baixas, entre 0.1% a 0.3% durante o
primeiro ano de uso, com injeções mensais (cada 30 dias mais ou menos 3).
87
EFEITOS COLATERAIS:
RISCOS:
BENEFÍCIOS:
DURAÇÃO DE USO:
88
O anticoncepcional injetável mensal oferece proteção anticoncepcional já no
primeiro ciclo de uso.
A efetividade mantém-se durante todo o período de uso. Pode ser usado desde
a adolescência até a menopausa, sem necessidade de pausas para descanso.
Pode ser usado por mulheres de qualquer idade que não tenham fatores que
contra indiquem seu uso.
INDICAÇÃO
TÉCNICA DE USO:
- Iniciar o uso nos primeiros cinco dias do ciclo. Porém, em mulheres com ciclo
bem regular, o prazo pode ser estendido até o sétimo. Se mais de sete dias se
passaram desde o início da menstruação, pode se iniciar o método, mas deve-se
evitar relações sexuais ou usar condom e ter certeza de que a mulher não
estejagrávida;
- Se a mulher estiver amamentando, aguardar seis meses após oparto;
- Se a mulher não estiver amamentando pode-se iniciar o seu uso após três a seis
semanas após o parto, não sendo necessário esperar pelo retorno da menstruação,
porém ter certeza de que a mulher não esteja grávida;
- A mulher deve tomar as injeções nas datas marcadas, podendo ter uma margem
de 3 dias para mais ou para menos;
- Se houver atraso de mais de três dias para a nova injeção, ela deve usar condom
89
ou evitar relações sexuais até a próximainjeção;
- A mulher deve retornar mesmo que esteja muito atrasada para uma nova dose,
para avaliar a possibilidade de gravidez e receber, se for o caso, uma nova injeção;
- No momento da aplicação, deve-se agitar suavemente a ampola e administrá-lo
profundamente na região do deltóide glúteo;
- Atentar para a total aspiração do conteúdo da ampola e também o total
esvaziamento da seringa no momento da aplicação;
- Não massagear o local da injeção, pois a massagem fará com que o
anticoncepcional seja absorvido muito rapidamente.
TIPOS E COMPOSIÇÃO:
MECANISMO DE AÇÃO:
- Impede a ovulação;
- Espessa o muco cervical, dificultando a passagem do espermatozóide através
do canal cervical. Em média o retorno à fertilidade pode levar 4 meses após o término
do efeito (7 meses após a última injeção).
Importante: o AMP-D não interrompe uma gravidez já instalada.
90
EFICÁCIA:
Muito eficaz. A taxa de gravidez é de 0,3 % para cada 100 mulheres durante o
primeiro ano de uso, com injeções regulares a cada três meses.
EFEITOS COLATERAIS:
RISCOS:
BENEFÍCIOS:
- Muito eficaz;
- Pode aumentar o prazer sexual porque elimina a preocupação com a
possibilidade degravidez;
- Pode ser usado por qualquer grupo etário, mas não se recomenda seu uso antes
de 16 anos de idade;
91
- Não parece afetar a quantidade e a qualidade do leite materno;
- Pode ser usado por lactantes após seis semanas doparto;
- Não provoca os efeitos colaterais do estrogênio;
- Não aumenta o risco de complicações relacionadas ao uso do estrogênio;
- Diminui a incidência de: gravidez ectópica; câncer de endométrio; doença
inflamatória pélvica; mioma uterino;
- Pode ajudar a prevenir câncer de ovário;
- Para algumas mulheres: pode ajudar a prevenir anemia ferropriva, a frequência
de crises convulsivas em portadores de epilepsia, e a dor e frequência de crises
falciformes;
- Ajuda a reduzir os sintomas de endometriose.
DURAÇÃO DE USO:
INDICAÇÃO:
Em geral, a maioria das mulheres pode usar AMP-D com segurança e eficácia,
podendo ser usado por mulheres:
- Lactantes (iniciar o uso seis semanas após oparto);
- Não lactantes: < 21 dias ou mais – poderá ser iniciada imediatamente após o
parto em não lactantes que possua alguma condição que contraindique a lactação;
- Pós-aborto - poderá ser iniciada imediatamente após oaborto;
- História de pré-eclâmpsia;
- História de diabetes gestacional;
- Fumantes(qualquer idade);
- Nulíparas;
- Idade de 16 ou mais e as mulheres com mais de 40 anos;
92
- Doença mamária benigna;
- Cefaléia Leve;
- Hipertensão leve ou moderada;
- Coagulopatia;
- Anemia Ferropriva;
- Varizes;
- Cardiopatia Valvar;
- Irregularidade Menstrual;
- Malária;
- Anemia Falciforme;
- Esquistossomose;
- Tireoidopatias;
- Mioma Uterino;
- Epilepsia;
- Tuberculose;
CONTRA INDICAÇÃO:
- Gravidez;
- Hipertensão arterial grave:PA 180/110 + doença vascular;
- Lactentes em aleitamento materno exclusivo com menos de 6 semanas;
- Antecedente de acidente vascular cerebral (AVC);
- Doença tromboembólica em atividade no momento ou no passado;
- Doença cardíaca isquêmica atual ou no passado;
- Diabetes há mais de 20 anos ou com lesão ocular, neurológica ou renal;
- Câncer de mama atual ou no passado;
- Cirrose hepática grave, hepatite ou tumores benignos ou malignos no fígado;
- Cefaleia grave como as enxaquecas ou com sintomas neurológicos focais (risco
para AVC);
- Síndrome convulsiva (usuária de fenitoína, carbamazepina, barbitúricos);
D. CONTRACEPTIVO TRANSDÉRMICO
F. ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
TIPOS E COMPOSIÇÃO:
MECANISMO DE AÇÃO:
EFICÁCIA:
EFEITOS COLATERAIS
INDICAÇÃO:
95
- Estupro;
- Ruptura do condom;
- Deslocamento do DIU;
- Situações de esquecimento de tomar mais de duas pílulas ou está atrasada há
mais de duas semanas para os injetáveis ou relação sexual desprotegida.
TÉCNICA DE USO:
Iniciar seu uso até 72 horas após uma relação sexual sem proteção
anticoncepcional, mas quanto mais precocemente se administra, maior a proteção.
Avaliar com cuidado a possibilidade de gravidez. Se a mulher estiver grávida,
não prescrever anticoncepção de emergência.
Explicar o que é o método, seus efeitos secundários e sua eficácia. Essa
orientação deve abranger informações acuradas e adequadas permitindo a tomada
de decisão baseada em informações, traduzindo a “escolha livre e informada";
As pílulas podem ser usadas em qualquer momento do ciclo menstrual, porém
no tempo mais próximo possível da relação sexual desprotegida, para maior eficácia,
orientar a importância de tomar a segunda dose 12 horas após a primeira;
Explicar que após tomar as pílulas a menstruação poderá ocorrer até dez dias
antes ou depois da data esperada;
96
anticonceptiva, quando colocados dentro da
cavidade uterina.
MECANISMO DE AÇÃO:
ESQUEMA POSOLÓGICO:
Momento da Inserção:
O momento habitual da inserção é durante ou logo após a menstruação
(preferencialmente até o 5º dia do ciclo), porque estando o canal cervical mais
dilatado, a aplicação do DIU é mais fácil e menos dolorosa, além de evitar a colocação
em mulher com gestação inicial.
No entanto, o DIU pode ser inserido em qualquer época, desde que se assegure que
a paciente não esteja grávida.
No pós-parto é recomendável a inserção a partir de 6 semanas.
97
O DIU pode também ser inserido logo após a curetagem por um abortamento não
infectado. Deve-se ter maior cautela na mulher que amamenta por existir maior risco
de perfuração uterina. A reinserção pode ser realizada no mesmo ato da extração de
um DIU vencido.
CONTRA-INDICAÇÕES:
PRECAUÇÕES:
- Hipermenorréia;
- Anemia;
- Leucorréia;
- Múltiplos parceirossexuais;
- Nuliparidade;
- Gravidez ectópica prévia;
- Estenose do canal cervical;
- Doença cardíaca reumática;
- Terapia Imunossupres Silva;
- Alergia ao cobre.
COMPLICAÇÕES E INTERCORRÊNCIAS:
Expulsão: é mais frequente ocorrer nos três primeiros meses de uso, principalmente
durante a menstruação; a frequência varia entre 3 a 9% e é influenciada pela técnica
de inserção. É mais frequente em mulheres jovens e nuliparas.
Gravidez: varia de 1 a 4% por ano nos DIUs com cobre. Os DIUs de segunda geração
com maior quantidade de cobre (TCu 380 e 375) apresentam índices de falha de 1%
ou menos.
INDICAÇÃO E EXTRAÇÃO:
Deve ficar claro que a mulher tem o direito de solicitar e obter a extração do
DIU em qualquer momento, seja por causas médicas ou pessoais.
Além dos casos em que a paciente solicita a extração, a medição deverá realizá-la
nos casos de:
G. ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA
Em 12 de janeiro de 1996, foi promulgada a lei número 9.263, que dispõe sobre
o Planejamento Familiar.
ARTIGO 10:
INDICAÇÃO:
CONTRA-INDICAÇÕES:
101
informados quanto à natureza e consequências do procedimento;
- Estados mórbidos (doentes) ou situações condicionantes de grave risco
cirúrgico.
EFICÁCIA:
INDICAÇÕES:
EFICÁCIA:
99,5 a 99,8% de garantia ou 0,2 à 0,5 de falha por 100 mulheres por ano.
102
5. OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS NA ADOLESCÊNCIA
O Segredo Médico
É vedado ao médico:
- Art. 102- Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude de sua profissão,
salvo por justa causa, dever legal ou autorização expressa do paciente.;
- Art. 103- Revelar segredo profissional referente a paciente menor de idade,
inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade
de avaliar seu problema e de conduzir se por seus próprios meios para solucioná-lo,
salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente. Assim endossamos
as recomendações do Departamento de Bioética e Adolescência da Sociedade de
Pediatria de São Paulo relacionados a seguir:
- Os pais ou responsáveis somente serão informados sobre o conteúdo das
consultas, como, por exemplo, nas questões relacionadas à sexualidade e prescrição
104
de métodos contraceptivos, com o expresso consentimento do adolescente;
- A participação da família no processo de atendimento do adolescente é
altamente desejável. Os limites desse envolvimento devem ficar claros para a família
e para o jovem. O adolescente deve ser incentivado a envolver a família no
acompanhamento dos seus problemas;
- A ausência dos pais ou responsáveis não deve impedir o atendimento médico
do jovem, seja em consulta de matrícula ou nos retornos.
Em todas as situações em que se caracteriza a necessidade da quebra do sigilo
médico, o adolescente deve ser informado, justificando-se os motivos para essa
atitude. Os adolescentes podem utilizar qualquer método anticoncepcional desde que
não apresentem alguma das condições clínicas que contraindicam seu uso, conforme
critérios de elegibilidade descritos para cada método. Para indicarmos um método
contraceptivo temos que analisar cada caso individualmente sem nunca os
generalizar. Devemos procurar ouvir a adolescente, suas queixas, analisando-as
convenientemente e orientando-a nas suas incertezas, que, quase sempre, são
muitas. Há uma necessidade de se discorrer sobre todos os métodos
anticoncepcionais adaptando (após uma boa anamnese e exames clínico e
ginecológico e, se necessário, alguns exames complementares), o mais efetivo
método para a adolescente e, se possível, a cada casal. Enfocar-se-á em cada
método, destacando suas vantagens e desvantagens, seus efeitos colaterais, como
também a sua eficácia.
Introdução
106
II - Atribuições da equipe de enfermagem
107
• Realizar práticas integrativas e complementares em saúde dentre as ações de
cuidado, se detentor de formação especializada com registro do título no conselho
regional;
• Conduzir e coordenar grupos terapêuticos;
•Participar dos estudos de caso, discussão e processos de educação permanente;
• Efetuar a referência e contra referência das usuárias;
• Desenvolver e atualizar protocolos relativos à atenção de enfermagem;
• Desenvolver ações de educação permanente, de modo a garantir a capacitação e
atualização da equipe de enfermagem.
IV. A. Anamnese
Métodos contraceptivos;
Hábitos alimentares;
Hábitos de sono/repouso;
Histórico de quedas;
Patologias existentes;
109
Última coleta de citopatológico do colo do útero –
resultado;
Sangramento genital pós-menopausa;
Queixas;
Medicamentos de rotina;
Situação vacinal;
110
Quadro 3 – Exames complementares que podem ser solicitados por enfermeiro
111
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BILLINGS, Evelyn L.; BILLINGS, John J.; CATARINICH, Maurice. Atlas billings do
método de ovulação. São Paulo: Santuário, 1993. 108 p.
112
uterino. Brasília,2001.
INSTITUTO PRÓ - FAMÍLIA. Filhos, como planejá-los: associação prática e eficaz dos
113
métodos naturais. Rio de Janeiro: IPF, 2000. 79p.
Ministério da Saúde. Gestação de alto risco. 4.ed. Brasília: MS, 2000. Protocolo
Gestante Correção 22/02/07 09:09 Page 98
http://se.corens.portalcofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/02/MODELO-
PROTOCOLOS-ASSISTENCIAIS.pdf