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DANIELA MARTINS FIGUEREDO

CRISTINA DA SILVA MOURA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PUÉRPERA COM


DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Palmas-TO
2022
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PUÉRPERA COM DEPRESSÃO PÓS-
PARTO

DANIELA MARTINS FIGUEREDO


CRISTINA DA SILVA MOURA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PUÉRPERA COM


DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Plano Operacional de Pesquisa Aplicada ao


SUS-POPAS, atendendo aos pré-requisitos do
Projeto “Palmas para Todos” instituído pela
Portaria Conjunta INST SEMUS/FESP N.12,
24/06/2016) da Fundação Escola de Saúde
Pública de Palmas/TO.
Orientador(a): MARIA DO SOCORRO
SARNENTO NOBRE

Palmas-TO
2022
RESUMO

A depressão pós-parto é uma doença que acomete milhares de mulheres logo após o pós-parto, esta
doença é associada a diversas causas dentre elas problemas físicos, emocionais, violência doméstica,
transtornos mentais, estilo de vida e qualidade de vida da gestante. Diante disso, quando observado
os sintomas a equipe de enfermagem deve iniciar o tratamento o mais rápido possível, visto que esta
doença necessita de um tratamento rápido pois pode levar a mãe há um quadro mais grave da doença,
que é o suicídio. Bem como, evitar que a mãe passe um por tratamento longo e pesado com uso de
medicamentos controlados por um longo período de tempo. O presente estudo de revisão bibliográfica
teve como objetivo geral, analisar a assistência da enfermagem a portadora de depressão pós-parto,
na atenção básica, identificando os fatores desencadeantes e compreendendo a interação da puérpera.
O enfermeiro se encontra numa posição favorável para identificar os sinais indicativos de depressão,
fazer o levantamento das possíveis dificuldades dessa paciente, realizar os devidos encaminhamentos
e atuar terapeuticamente logo que estiver em interação com a paciente, promovendo sempre a
qualidade de vida da mulher e seus familiares. As finalidades desta revisão bibliográfica foram
atendidas, assinalando através dos artigos apresentados as competências e assistência do enfermeiro
na prevenção da depressão pós-parto e no tratamento desta doença. Os autores e trabalhos
apresentados citam os diferentes tipos de cuidado que a equipe de enfermagem irá utilizar no
tratamento deste transtorno mental. Porém, devemos destacar que as atribuições mencionadas nos
estudos se refere à capacidade do enfermeiro em identificar a depressão pós-parto, assim como os
fatores de risco para esta. Sendo assim, esse profissional deve estar atento em suas consultas,
essencialmente na Estratégia Saúde da Família, onde ele terá o primeiro contato com a paciente após
o parto.

Palavras-chave: Maternidade; Transtornos do humor, Gestação.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Na Tabela 1 é apresentada competências do Enfermeiro na Depressão pós-parto, João


Pessoa – PB.......................................................................................................................................25

Sumário
5

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 06

2. DESENVOLVIMENTO........................................................................................ 09

2.1 Gestação........................................................................................................... 09

2.2 Depressão pós-parto.......................................................................................... 10

2.3 Causas e fatores da depressão pós-parto............................................................ 11

2.4 Sintomas da depressão pós-parto...................................................................... 12

2.5 Tratamento da depressão pós-parto................................................................... 13

2.6 Diagnóstico da depressão pós-parto.................................................................. 14

2.7 Prevenção da depressão pós-parto.................................................................... 14

2.8 Assistência da enfermagem a paciente com depressão pós-parto...................... 15

3.JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 18

4.OBJETIVOS.............................................................................................................. 19

5.REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................... 20

6.METODOLOGIA...................................................................................................22

7.RESULTADOS NECESSÁRIOS/DISCUSSÃO...................................................24

8.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 27
6

1. INTRODUÇÃO
A depressão pós-parto é uma doença que acomete milhares de mulheres logo após o pós-parto,
esta doença é associada a diversas causas dentre elas problemas físicos, emocionais, violência
doméstica, transtornos mentais, estilo de vida e qualidade de vida da gestante.
As mulheres com depressão pós-parto, poucas vezes ou em nenhum momento amamentam ou
cuidam dos seus bebês, isto ocorre devida a falta de interesse da mãe para com o bebê, motivada pelos
sintomas inicias da doença. Estes sintomas iniciais são observados pela equipe de enfermagem, assim
como, pelos familiares que acompanham a mesma.
Diante disso, quando observado os sintomas a equipe de enfermagem deve iniciar o tratamento
o mais rápido possível, visto que esta doença necessita de um tratamento rápido pois pode levar a
mãe há um quadro mais grave da doença, que é o suicídio. Bem como, evitar que a mãe passe um por
tratamento longo e pesado com uso de medicamentos controlados por um longo período de tempo.
O acompanhamento da equipe de enfermagem com a gestante é de extrema importância para
que a mãe e o bebê recebam todos os cuidados iniciais necessários. Bem como, para que a mãe possa
ser observada pela equipe antes, durante e após o parto analisando e observado todos os pontos que
possam influenciar no comportamento da mãe com o seu filho.
Contudo, existe algumas formas de prevenção desta doença que podem ser feitas pela equipe
de enfermagem durante as consultas de pré-natal onde o enfermeiro tem maior contato com a gestante
e futura puérpera, dando uma maior assistência, principalmente as mães diagnosticadas com sinais de
riscos e assim, dando o apoio emocional e físico durante a gravidez e pós-parto, tendo também o
apoio da família e amigos.
A depressão pós-parto não ocorrer necessariamente nas primeiras semanas após o parto, estes
sintomas podem aparecer ainda no primeiro ano de vida do bebê (SCHWENGBER; PICCININI,
2003). Embora há diversas pesquisas que revelem a prevalência da depressão pós-parto,
nacionalmente a depressão pós-parto acomete cerca de 12 a 37% das mães (BRUM, 2017).
No Brasil, a importância para esta doença iniciou-se na década de 1990, com a abertura do
primeiro ambulatório para tratamento de distúrbios mentais puérperas, no hospital das clinicas, em
São Paulo. Entretanto, os estudos e publicações em português sobre o tema se restringiam a pequenos
capítulos no interior de livros de medicina sobre gravidez ou preparação para a maternidade
(SANTOS, 2001).
Portanto, a depressão pós-parto desencadeia na mãe o sentimento de culpa, e ela não
compreende que esse sentimento é natural, pois o que parece ser falta de interesse pelo bebê que
acaba de nascer, nada mais é que a vivência da maternidade. Muitas vezes as expectativas dos pais
não são correspondidas com a realidade vivida com a chegada de um filho, pois o nascimento do bebê
requer cuidados sistemáticos e frequentes, mas a mãe também necessita de apoio socioemocional. A
7

depressão pós-parto pode interferir na relação mãe-bebê, bem como no desenvolvimento infantil do
mesmo (MONTEIRO; MEDEIROS, 2013).
Diante disso, profissionais da aérea da saúde tem buscado avaliações para verificar os
sintomas depressivos, uma das avaliações é a escala de Edinburgh, a escala é de fácil aplicação,
composta por um questionário que contem dez perguntas e que abordam questões emocionais da
puérpera. O diagnóstico surge com a pontuação atingida pela resposta dada. A interação do
profissional com o acompanhante da puérpera é fundamental para que possa buscar algumas
informações que não foi detectada pela equipe de enfermagem. Os enfermeiros e demais profissionais
da saúde, devem estar sempre atentos e, quando necessário, informar familiares que algo não está
bem com a puérpera, a atenção básica, através do programa nacional de atenção integral a saúde da
mulher, oferece serviço de pré-natal e acompanha a gestante, parto e pós-parto e o centro de atenção
psicossocial atende as mulheres que tem depressão pós-parto na estratégia saúde da família
encaminhando as mesmas para esse centro, para serem acompanhadas durante todo o tratamento pelos
médicos e psicólogos (SANTOS et al., 1998).
Contudo, a depressão pós-parto ainda hoje é pouco destacada pelo sistema de atenção aos
transtornos psiquiátricos do Brasil. A falta de informação e o preconceito sobre esses problemas são
outros fatores que acabam por agravar o quadro. Isso acontece porque muitas pessoas acreditam que
tais problemas são capricho pessoal ou fraqueza moral. E na verdade estamos falando de um dos
problemas da sociedade brasileira com origens em fatores biológicos, sociais, psicológicos e
emocionais. A organização mundial de saúde aponta que o Brasil ocupa o primeiro lugar em
depressão e transtorno de ansiedade, com índice três vezes maior que a média mundial.
Portanto, durante a convivência em centros obstétricos observou-se a necessidade de
profissionais de enfermagem capacitados na aérea de alterações de natureza psíquicas em gestantes
após o parto. Visto que profissionais com mais qualificação podemos diminuir esses índices
alarmantes de depressão pós-parto, uma vez que quem assiste a paciente por 24 horas é o profissional
de enfermagem. Assim sendo, qual a importância do enfermeiro no cuidado com a mulher no período
do puerpério com depressão?
Ressaltando que o enfermeiro se encontra numa posição favorável para identificar os sinais
indicativos de depressão, fazer o levantamento das possíveis dificuldades dessa paciente, realizar os
devidos encaminhamentos e atuar terapeuticamente logo que estiver em interação com a paciente,
promovendo sempre a qualidade de vida da mulher e seus familiares (CANDIDO; FUREGATO,
2005).
Diante disso, esse trabalho buscou focar na assistência da equipe de enfermagem a portadora
de depressão pós-parto, apresentando as causas, fatores, sintomas, prevenção e tratamento através de
uma revisão de literatura. Esta revisão bibliográfica contribui com profissionais da área da saúde que
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trabalham com casos de depressão pós-parto, auxiliando-os na prevenção e tratamento desta doença
e na melhor compreensão dos impactos da depressão na relação familiar. Bem como, apresentar
causas, sintomas e alguns fatores que contribuem para o desenvolvimento da depressão pós-parto,
citar a importância do diagnóstico precoce, do tratamento para depressão pós-parto, mencionar as
formas de prevenção da depressão pós-parto e identificar ações de assistência da enfermagem na
paciente com depressão pós-parto.
Assim sendo, este trabalho teve como objetivo geral analisar a assistência da enfermagem a
portadora de depressão pós-parto, na atenção básica, identificando os fatores desencadeantes e
compreendendo a interação da puérpera.
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2.DESENVOLVIMENTO
2.1 Gestação
A gestação é um momento de grande transformação para mulher, seu parceiro e toda família.
Durante a gestação o corpo da mulher vai modificado lentamente preparando-se para o parto, a
gestação é um fenômeno fisiológico e por isso mesmo sua evolução se dá parte dos casos sem
intercorrência iniciando o pré-natal. A gravidez não é igual para todas as mulheres, algumas são mais
sensíveis as mudanças hormonais.
A gestação é constituída por um processo conflituoso que precisa de uma resposta adaptativa
de quem vivencia esta etapa. O ciclo gravídico demanda novas formas de equilíbrio diante das
mudanças inerentes a esta fase. Tais mudanças se dão devido aos ritmos metabólicos e hormonais e
ao processo de integração de uma nova imagem corporal. Essa gama de alterações ocorridas tem
repercussões tanto na dimensão física, quanto na emocional da mulher (ARAÚJO et al., 2012).
Sendo assim, Freitas, Ramos e Magalhães (2003) afirmam que dentre as alterações
gestacionais ocorridas na mulher, destacam-se as emocionais, caracterizadas por oscilações de
sentimentos, que repercutem nas relações familiares e no júbilo dos casais e dos filhos. Tanto as
alterações fisiológicas como as emocionais, se tornam significantes quando agregadas à gestação.
Há uma série de reações fisiológicas que ocorrem na tentativa de adaptação da gestante e do
novo concepto, tanto internamente, sendo imperceptíveis quanto externamente, sendo possível de
visualizá-las. Diante disso, a gravidez é marcada por um estado de tensão e expectativas, frente ao
novo papel da mulher que agora prepara-se para se tornar mãe (GONÇALVES CAMACHO et al.,
2010).
O desenvolvimento feminino se baseia em fases que partem da infância até a velhice, sendo
muitas vezes idealizada pela mulher ao longo desse ciclo a vontade de gestar um ser, fase que se
caracteriza por um conjunto de fenômenos fisiológicos, demarcando a gravidez no processo de
evolução para a criação de uma nova vida, sendo este momento um dos mais importantes e esperados
(COSTA et al., 2012).
Logo, Camacho, Vargens e Progianti (2010), explanam que na vida conjugal, a gravidez se
torna um evento diferenciado, tendo a mulher que se adequar física e emocionalmente. Nesse sentido,
o homem também tenta adaptar-se à espera do filho e às mudanças hormonais e corporais da mulher.
Logo, essas novas mudanças contemplam mecanismos de adaptações anatômicas, fisiológicas
e bioquímicas em um breve intervalo de tempo gestacional, ligando desde então à circulação sistêmica
e uterina, ao metabolismo e às demandas nutricionais do corpo, que em cascata refletem-se em outros
sistemas orgânicos (NEME, 2006).
Assim sendo, todas as alterações anatomofisiológicas, ocorridas na gravidez, podem acarretar
dúvidas e sentimentos de fragilidade, insegurança e ansiedade em relação ao exercício da sexualidade
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da gestante. Prontamente, exercitar a sexualidade na gestação faz parte do processo de adaptação da


mulher ao universo gestacional, envolvendo fatores que perpassam valores culturais, sociais e
pessoais.

2.2. Depressão pós-parto


Desde a antiguidade há relatos de depressão, de forma que as emoções negativas passavam a
ser intensas e impossibilitavam o indivíduo a realizar atividades habituais. Sendo assim, o período da
gestação é um momento de mudanças para a mãe, envolvendo as questões de ordem fisiológicas,
biológicas, psicológicas, dentre outras (TOLENTINO et al., 2016).
Da gravidez ao puerpério, são fases em que os transtornos mentais podem ocorrer, como a
depressão pós-parto, devido à oscilação das emoções da mãe em decorrência do parto (AZZI, 2018).
A depressão pós-parto geralmente tem início entre a quarta e oitava semana, mas ainda pode ocorrer
durante os 12 meses após o parto, e pode seguir por mais de um ano (SCHMIDT et al., 2005). E de
acordo com Brum (2017), a depressão pós-parto acomete de 12 a 37% das mães até o primeiro ano
do bebê.
“Essas fases são marcadas por um período rico e intenso de vivências emocionais para a
puérpera”. As transformações do corpo, as mudanças hormonais, a adaptação ao bebê, a
amamentação, a nova vida, as noites mal dormidas, a carência afetiva uma menor atenção a mãe e
um menor apoio familiar e social nesse período de adaptação e de grandes exigências e todas as outras
modificações, tornam a mulher mais vulnerável a desencadear um transtorno mental (AMORIM,
2010).
A depressão pós-parto é uma síndrome psiquiátrica capaz de acometer de forma negativa a
relação mãe-filho, tendo em vista os sentimentos negativos que a mãe apresenta em decorrência do
parto e do novo papel que passa a exercer na sociedade (MASTELLINI; SILVA, 2012). A depressão
pós-parto pode ocorrer como resposta às mudanças e ajustamento da mãe durante a gravidez, o parto
e o puerpério, que são períodos intensos e que alteram a rotina da mãe e da família, as quais idealizam
um papel de ‘mãe perfeita’ (COSTA, 2013). Assim, “tem-se como um pressuposto que a mulher é
inata para a maternidade”, no entanto, atualmente há um número considerável de mulheres que optam
por não serem mães, mudando o cenário a respeito da maternidade ser inerente à mulher, embora
ainda haja grande valorização da mulher quando esta exerce o papel de mãe (COSTA, 2013, p. 11).
11

2.3 Causas e fatores da depressão pós-parto


Desde a antiguidade há relatos de depressão, de forma que as emoções negativas passavam a
ser intensas e impossibilitavam o indivíduo a realizar atividades habituais. Sendo assim, o período da
gestação é um momento de mudanças para a mãe, envolvendo as questões de ordem fisiológicas,
biológicas e psicológicas (TOLENTINO et al., 2016).
A puérpera pode desenvolver em qualquer gestação ou nascimento do seu bebe a depressão
pós-parto, diante de alguns fatores como histórico depressivo, durante a gravides, ter pessoas da
família usuária de droga ou alcoólatra, problema no relacionamento com o cônjuge ou familiares,
A depressão pós-parto está relacionada aos fatores biopsicossociais, tendo maior
probabilidade de ocorrência em pessoas com casos anteriores de depressão ou casos familiares,
desemprego do parceiro e o próprio desemprego após a licença maternidade (TOLENTINO et al.,
2016; GOMES, 2015). Para Fonseca (2010), as causas da depressão estão ligadas ao histórico familiar
ou financeiro, à violência antes e durante a gravidez, à falta de apoio familiar, à gravidez indesejada,
transtorno bipolar ou síndrome do pânico entre outros.
O tipo de parto também está relacionado como um dos fatores do desencadeamento da
depressão pós-parto, posto que em alguns casos ocorre a violência obstétrica, o qual muitas vezes faz
com que a mãe entenda como necessária para o parto, mas não é. Outros fatores que influenciam a
ocorrência da depressão pós-parto, são as variáveis referentes ao bebê. Portanto, a depressão pós-
parto é proveniente de um conjunto de fatores, e não necessariamente todas as mães que passam por
esse período têm os mesmos sintomas ou as mesmas causas (GOMES, 2015).
A depressão pós-parto instala-se geralmente em mulheres que internalizam o sentimento de
incapacidade de cuidar do filho, especialmente aquelas que não estão inseridas em um núcleo familiar
estável ou que tiveram uma gravidez complicada. Pode ocorrer com frequência após um aborto ou
em casos de natimortos principalmente (SILVA; BOTTI, 2005).
Alguns fatores podem agravar o quadro depressivo como a grande frustração das expectativas
relacionadas com a maternidade, conflitos conjugais, baixas condições socioeconômicas e a falta de
suporte social. Variáveis de risco do próprio bebê como a prematuridade, a irritabilidade do recém-
nascido, assim como seu pobre desempenho motor, pode ser fatores desencadeantes da depressão
materna (PEROSA et al., 2009).
A depressão acomete, mas de 25% das mães no Brasil trazendo inúmeras consequências ao
vinculo mãe bebê, principalmente o aspecto efetivo e isso pode acarretar vários efeitos no
desenvolvimento social afetivo da criança. De acordo de estudo do fio cruz no Brasil o índice de
mulheres com sintomas e de 26,3% número maior do que os USA, Austrália e países da Europa, além
disso, 20% das mulheres com depressão, com sinais não pedem ajuda.
12

2.4 Sintomas da depressão pós-parto


A puérpera pode desenvolver uma forma, mais severa e duradora da depressão conhecida
como depressão pós-parto. Um distúrbio de humor extremo chamado psicose pós-parto. A psicose
pós-parto e uma condição rara que pode se desenvolver dentro da primeira semana após o parto.
A psicose pós-parto pode levar o pensamento ou comportamentos que ameaçam a vida e
tratamento mediato. Os sinais e sintomas são, mas graves e podem incluir, confusão e desorientação,
pensamentos obsessivos sobre o bebe, alucinações e delírios, distúrbio do sono, paranoia, tentativa
de prejudicar a sim mesma e o bebe. As puérperas com depressão pós-parto podem não reconhecer
ou aceitar que estão deprimidas, por medo e vergonha.
A depressão pós-parto é uma doença que compromete as condições afetivas da mulher e que
pode se manifestar de diversas maneiras, como irritabilidade, abatimento, alterações de humor,
apetite, dentre outros sintomas que caracterizam a perda de prazer. A depressão pós-parto acontece
quando os sintomas de depressão afetam a mãe após o nascimento do bebê ou até o mesmo completar
um ano de vida (LANDIM et al., 2014).
Visto que da gravidez ao puerpério, é a fase em que os transtornos podem ocorrer, devido à
oscilação das emoções da mãe em decorrência do parto (AZZI, 2018). A depressão pós-parto é
caracterizada pelos sintomas de humor deprimido (LANDIM et al., 2014).
Os sinais e sintomas do estado depressivo variam quanto à maneira e intensidade com que se
manifestam, pois dependem do tipo de personalidade da puérpera e da sua própria história de vida,
além das mudanças bioquímicas que se processam logo após o parto (BERNAZZANI et al., 2004).
Entre os principais sintomas que identificam um quadro de depressão pós-parto estão a
irritabilidade da mãe com o choro da bebê, a falta de estímulo para amamentar, a transferência de
responsabilidade da criança, dificuldade de uma ligação amorosa com o bebe, família e amigos,
ansiedade grave, desinteresse sexual com o parceiro e em casos mais extremos negligência total no
cuidar e agressão física com o filho. Estes sintomas dentre outros caracterizam os quadros de
depressão leve a moderada, sendo que, seja qual for a intensidade do quadro, o bebê é o principal
afetado pela desordem emocional materna. Pode-se afirmar também que as crianças de mães
deprimidas apresentam maior risco para terem desordens comportamentais, afetivas, cognitivas e
sociais (BRUM; SCHERMANN, 2006).
Na gestação os hormônios estrogênio e progesterona aumentam no corpo da mulher e após o
parto a uma diminuição desse hormônio que contribui para depressão, outros hormônios também
produzidos pela tireoide diminuem deixando a mãe ou puérpera cansada lenta e deprimida.
Considerando as consequências da depressão pós-parto na relação entre mãe e filho, tem-se a
necessidade de compreender o vínculo entre estes, e para melhor entendimento adota-se aqui a teoria
do apego, na qual Bowlby (1969/1990) concluiu, através de seu experimento, que o sentimento de
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cuidado e proteção é essencial para o fortalecimento da relação mãe-bebê. No entanto, quando a


relação de apego é insegura, como no caso da depressão pós-parto, em que a mãe não atende às
necessidades do bebê em decorrência dos sintomas, esses sentimentos de confiança e afeto são
inferiores e a criança pode vir a ser insensível em relações posteriores e desenvolver comportamentos
agressivos, entre outros comportamentos negativos (PONTES et al., 2007).

2.5 Tratamento da depressão pós-parto


Para que ocorra um tratamento efetivo, o ideal é haver um vínculo positivo entre a mãe e os
especialistas, pois a vivência da chegada do bebê e o novo papel a ser exercido na sociedade causam
oscilações no humor.
Para o tratamento e a superação da depressão pós-parto, o método mais utilizado são os
medicamentos antidepressivos (GOMES, 2015). No entanto, o apoio familiar, do parceiro e amigos
são essenciais para que mãe e bebê se sintam acolhidos nesse período de adaptação. Sendo assim, o
amparo afetivo que a mãe recebe do ambiente a sua volta interfere positivamente na relação a ser
estabelecida com seu bebê, sendo este um dos fatores que inibem a ocorrência da depressão pós-parto,
pois a mãe, “necessita renunciar a seus próprios interesses em favor dos interesses do bebê”
(MARCIANO; AMARAL, 2015; BORSA et al., 2007).
Em casos mais graves de depressão pós-parto a mãe é encaminhada ao Centro de Atenção
Psicossocial, Saúde Mental do município ou da região mais próxima. Contudo, em caso de tentativa
de suicídio ou infanticídio a mãe é encaminhada para internação hospitalar. No Brasil o tratamento
para depressão pós-parto, é gratuito e integral pelo sistema único de saúde.
Deve haver então, uma atenção médica especial à mãe para acompanhar seus comportamentos
após o parto (GUEDES-SILVA et al. 2003). No entanto, além da percepção biomédica em relação
aos sintomas da mãe, considera-se ainda de grande importância os relacionamentos familiares, que
junto às influências culturais afetam positiva ou negativamente a relação a ser estabelecida pela mãe
em relação ao seu bebê no puerpério e também após o período da depressão pós-parto. Os sintomas
depressivos do pós-parto afetam negativamente a relação mãe-bebê, pois a mãe, vulnerável ao
transtorno, fica insensível aos comportamentos e necessidades do filho, não constituindo o vínculo
seguro e afetando o desenvolvimento integral do bebê (KROB et al., 2017).
Assim, Santos e Serralha (2015) ressaltam que o transtorno deve ser identificado logo no início
para que os cuidados com a mãe sejam potencializados e consequentemente o bebê se desenvolva de
maneira saudável, mas nenhum desses apoios é tão importante quanto a presença e auxílio do pai
durante a gestação e após o parto.
A atuação da equipe de enfermagem desde a gestação promove uma ação preventiva para os
possíveis casos de depressão em potencial, portanto, ressalta-se que o auxílio multidisciplinar é
14

imprescindível para a mãe e para o bebê após o nascimento (QUINTÃO, 2014). No entanto, deve
haver uma relação de confiança com a equipe médica para que possam perceber comportamentos
deprimidos e tomar atitudes positivas aos sintomas, como o incentivo e o apoio nos cuidados da mãe
e desta para com seu filho.
O tratamento da enfermidade é difícil, uma vez que a depressão pós-parto compromete todo
o organismo, pois envolve uma baixa estima que independe de alterações comportamentais e do
desejo de mudar para ser tratada. A depressão pós-parto é bem mais complexa, podendo se manifestar
de várias maneiras e comprometendo o equilíbrio individual, familiar e a relação mãe e filho.

2.6 Diagnóstico da depressão pós-parto


A depressão pós-parto é uma patologia derivada de uma combinação de fatores
biopsicossociais, dificilmente controláveis, que atuam de forma implacável no seu surgimento (LAI;
HUANG, 2004).
O diagnóstico da depressão pós-parto é dado pelo médico psiquiatra com apoio de um
psicólogo. Porém, o enfermeiro da atenção básica, durante a assistência no pré-natal pode ser muito
importante para o reconhecimento de sinais e sintomas associados à depressão pós-parto. No entanto,
por ser o profissional de enfermagem que acompanha a mulher durante o pré-natal e no período do
puerpério, este é peça fundamental para um diagnóstico precoce desse quadro depressivo.
É possível perceber que a detecção precoce da sintomatologia referente à depressão pós-parto
e o consequente encaminhamento aos profissionais da área de saúde mental é de extrema necessidade
e reflete em incontáveis benefícios para o binômio mãe-filho.
Mediante a importância da identificação precoce da depressão pós-parto e da necessidade do
aprofundamento desta temática para a enfermagem, propõe-se identificar os conhecimentos dos
enfermeiros da atenção básica sobre a temática, com o intuito de subsidiar o sistema de saúde a
planejar estratégias para a melhoria da saúde mental das puérperas.

2.7 Prevenção da depressão pós-parto


Nos últimos anos, houve um conjunto de estudos que objetivou a prevenção da depressão pós-parto
incluindo mulheres que foram identificadas como sob risco desta doença estando sintomáticas durante
a gravidez.
Ensaios clínicos para a prevenção de depressão pós-parto e evidências relacionadas de grupos
de pacientes controle não-tratados têm demonstrado que os instrumentos de triagem identificam as
mulheres com alto risco de depressão, embora a eficácia desses instrumentos seja questionável na
medida em que também deixam de identificar algumas mulheres em risco (O'HARA; GORMAN,
2004).
15

Outro enfoque na luta para prevenir a depressão pós-parto teve como alvo os provedores de
saúde das mães. A lógica subjacente a esse enfoque é que o aumento no nível da atenção à saúde
durante o período pré-natal ou logo após o parto pode, como consequência, reduzir o impacto dos
fatores de risco psicossociais no humor pós-parto. No entanto, os ensaios clínicos com atenção
materna melhorada completados até o momento demonstraram um impacto limitado na prevenção de
depressão pós-parto.
Um ensaio clínico randomizado controlado proporcionou às famílias um programa de visitas
de enfermeiras para cuidar da saúde das crianças, que ocorreu semanalmente do nascimento até seis
semanas após o período pós-parto, a seguir a cada duas semanas até o terceiro mês após o parto e,
mensalmente, a partir daí até seis meses após o parto, objetivando reduzir os desfechos ruins em
termos de saúde e de desenvolvimento dos filhos de mulheres que relataram fatores de risco
ambientais (i.e., violência doméstica, baixa renda familiar, histórico de transtorno mental). O grupo
controle recebeu atenção pós-parto padrão que incluiu uma visita domiciliar opcional e acesso
ilimitado ao centro de atenção à criança por meio de consultas ambulatoriais. Os resultados
demonstraram escores significativamente mais baixos no EPDS e níveis mais altos de vínculo mãe-
filho no grupo de intervenção, comparado com o grupo controle.
Contudo, segundo Zinga et al. (2005) a depressão pós-parto ainda não pode ser prevenida. A
pesquisa realizada por este autor aponta um forte componente biológico subjacente à sua etiologia. A
depressão pós-parto pode ocorrer mesmo em mulheres sem histórico psiquiátrico familiar conhecido
ou qualquer um dos fatores de risco.

2.8 Assistência da enfermagem a paciente com depressão pós-parto


A atual política de saúde da mulher adotada pelo Ministério da Saúde inclui o enfermeiro
como profissional apto para desenvolver ações em todas as fases do ciclo de vida feminino. Destaca-
se, a fase puerperal, pois nesta situa-se as maiores alterações orgânicas e sociais que uma mulher pode
enfrentar alterando seu estado de saúde ou bem-estar (SILVA; BOTTI, 2005).
A consulta dos profissionais da enfermagem, são muito importantes durante o período
gestacional e no puerpério. Através do pré-natal, o enfermeiro mantém um contato contínuo durante
a gestação e este deve ter sensibilidade para compreender a gestante, ouvir e dialogar com ela,
conhecendo seus medos frente à maternidade, podendo ajudá-la a enfrentá-los.
A fase puerperal corresponde a um momento importante da vida da mulher, lembrando que a
mesma passa por mudanças biológicas como também transformações de ordem subjetivas. Sendo
assim, os riscos para o aparecimento dos transtornos aumentam em face das preocupações, anseios e
planejamentos realizados e sentidos pela puérpera.
16

No período do pós-parto, a qualidade da assistência oferecida é fundamental para melhor


adaptação e alcance do papel da maternidade. Na depressão pós-parto, o enfermeiro pode colaborar
de forma satisfatória, pois ao conhecer a situação vivida, este profissional pode auxiliar a puérpera,
ajudando-a a superar e se preparar melhor para as novas condições que o puerpério exigirá dela,
contribuindo para uma maternidade tranquila tanto no binômio mãe-filho como no contexto familiar
(KOGIMA, 2004).
A interação do profissional com o acompanhante da puérpera é fundamental para que se possa
buscar alguma dificuldade não informada ou não detectada pela equipe de enfermagem (RIBEIRO;
ANDRADE, 2009).
A depressão pós-parto não é uma psicose puerperal ou um distúrbio de humor temporário nos
primeiros dias após o nascimento. A depressão pós-parto vai além das primeiras três semanas após o
nascimento, esta doença manifesta-se com um quadro clínico específico e traz grandes prejuízos ao
bebê, à mãe, à família e ao vínculo entre eles (SILVA; BOTTI, 2005).
Em relação à categoria de profissionais enfermeiros a necessidade de conhecer esta realidade
e ter um olhar vigilante sobre esses casos se faz necessário, visto que o profissional desta área é que
acompanha a mãe e o filho no puerpério na maioria das consultas de puericultura. Cabe ao enfermeiro
o conhecimento acerca da depressão pós-parto uma vez que este profissional constitui, no serviço de
atenção básica, uma porta de entrada para o acolhimento e direcionamento adequado da puérpera no
que corresponde à terapêutica e prevenção deste transtorno mental (SILVA; BOTTI, 2005).
Diante disso, profissionais da aérea da saúde tem buscado avaliações para verificar os
sintomas depressivos, uma das avaliações é a escala de Edinburgh, a escala é de fácil aplicação,
composta por um questionário que contem dez perguntas e que abordam questões emocionais da
puérpera. O diagnóstico surge com a pontuação atingida pela resposta dada. A interação do
profissional com o acompanhante da puérpera é fundamental para que possa buscar algumas
informações que não foi detectada pela equipe de enfermagem. Os enfermeiros e demais profissionais
da saúde, devem estar sempre atentos e, quando necessário, informar familiares que algo não está
bem com a puérpera, a atenção básica, através do programa nacional de atenção integral a saúde da
mulher, oferece serviço de pré-natal e acompanha a gestante, parto e pós-parto e o centro de atenção
psicossocial atende as mulheres que tem depressão pós-parto na estratégia saúde da família
encaminhando as mesmas para esse centro, para serem acompanhadas durante todo o tratamento pelos
médicos e psicólogos (SANTOS et al., 1999).
Espera-se que a união de forças entre os profissionais de saúde e os familiares seja capaz de
transformar a etapa da depressão pós-parto em uma fase que a mulher possa sentir-se mais segura e
confiante para expor seus sentimentos, sentindo-se acolhida e ajudada. Dentre os profissionais de
17

saúde, os enfermeiros, devem estar sempre atentos e, quando necessário, informar à família que algo
não está bem com a puérpera e vice-versa (RIBEIRO; ANDRADE, 2009).
Contudo, para que a assistência de enfermagem seja prestada de forma positiva, é importante
que o profissional saiba reconhecer os sinais clínicos relacionados à depressão pós-parto, podendo
favorecer para um diagnóstico precoce e felizmente para uma rápida recuperação da puérpera.
O enfermeiro deve estar habilitado para detectar os casos e consequentemente encaminhá-los
aos profissionais que atendem as demandas de saúde mental na atenção básica. Com isso a equipe
alcançará uma articulação multiprofissional e interdisciplinar que contribui para a melhora e cura
desta doença.
18

3.JUSTIFICATIVA
O tema foi escolhido devido a gestação e o puerpério serem um período de grande
importância para as mulheres, pois nele ocorre muitas mudanças que podem refletir diretamente
nasaúde da mãe e no desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança (GUEDES et
al., 2011).

Percebe-se, no cotidiano, que as mulheres levam durante toda a sua vida a experiência e
memórias de como foi esse período, desde a gestação até o puerpério. Por esse fato, observa-se
uma grande necessidade de um cuidado especial por parte dos profissionais de saúde,
estabelecendoum cuidado de forma individual, de acordo com as necessidades de cada mulher.
Além disso a DPPé vista como um grande problema de saúde pública mundialmente (MEIRA
et al., 2015).

Nota-se, no dia-a-dia da prática uma grande precariedade de informações adequadas e a


permanência de preconceitos refletidos na sociedade sobre a DPP, sendo necessário a
disponibilização de maiores esclarecimentos sobre a doença. De acordo com isso, percebe-se
também que a maioria das mulheres acometidas pela doença, não procuram o serviço de saúde,
muitas vezes pela falta de conhecimento dos sintomas e o medo do preconceito.

A presença da DPP pode trazer aspectos negativos para o desenvolvimento da criança,


pois a criação de vínculo entre mãe e bebê poderá ser rompida pelos sentimentos da mãe,
tornando o desenvolvimento da criança preocupante (MORAES et al., 2006). Essa doença
também poderá afetar o pai, tendo em vista a influência desse quadro no contexto familiar
(GUEDES, 2011).

A vivência durante o desenvolvimento das práticas enquanto acadêmica de enfermagem


foi a principal motivação para a justificativa do tema pois, nesse período, observou-se a
necessidade de estudos referentes às possíveis consequências do trabalho de parto e parto,
principalmente quando foram procedidos com atos de violência obstétrica, no desenvolvimento
da DPP.

De acordo com as informações expostas anteriormente, justifica-se a realização de


estudos, tal como esse, que pretende a ampliar as reflexões sobre a DPP.
19

4.OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL


Identificar possíveis fatores de risco associados à depressão pós-parto.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Apontar situações de estresse ou intercorrências presentes antes e durante a gestação, no


parto,no puerpério e nos cuidados com os bebês/exercício da maternidade;
• Identificar os sinais e/ou sintomas que levaram a mulher a procurar/ser encaminhada
paraassistência especializada;
• Identificar os sentimentos relatados por puérperas sobre a vivência do seu trabalho de
parto eparto.
20

5. REVISÃO DE LITERATURA

A depressão pós-parto se expressa em sofrimento psicológico e dor humana, esse transtorno


é seguido de manifestações de ocorrências estressantes, como, o conflito conjugal e familiar, que
pode levar a gestante a ter uma predisposição, poisa relação pretende a ser mais importante para
a mulher, e quando ela fica exposta a vivencias estressantes, transtorno de humor, essas condições
podem levar a paciente a depressão pós-parto (CORREA, 2015).

Essa mudança que ocorre da vida sociável para a maternidade, assustamuitas mulheres, pois
há uma grande responsabilidade pela frente, ao longo de nove meses ela vai aguardar
ansiosamente um bebê, que ao nascer a vida dela irá mudar totalmente, essa mudança pode levar a
uma pré-disposição para o desenvolvimento da depressão pós-parto, pois muitos casos ocorrem
pelo fato da família, o conjugue e os amigos não apoiarem ou não aceitarem a gestação como
diversos outros problemas que não são necessariamente fundamentais para precisar que
determinada mulher será acometida pela DPP (ALVES, 2020).

Diversos estudos demonstram que a depressão ocorre após a partir do segundo ou terceiro
dia, podendo também ocorrer tardiamente entre a quarta e oitava semana após o parto. Também
cabe salientar que existem estudos que trazem a associação dos partos feitos por cesariana como
de maior incidência paraa sintomatologia depressiva (ALVES, 2020).

Os sintomas depressivos, em geral caracterizam-se por alterações de humor, cansaço, falta


de energia para realizar atividades, dificuldade de concentração,alteração do sono, diminuição do
auto estima, sentimento de culpa e alterações hormonais, essa mudanças podem explicar a tristeza
ou dificuldade da mãe de lidar com esses sentimentos, na interação entre mãe e filho, sabe-se que
o desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida depende intimamente da relaçãoentre os
dois, e as práticas de estimulação são importantes para o desenvolvimento adequado do bebê em
todas as áreas (CORREA, 2015).

É de suma importância salientar que a depressão pós-parto é um problema grave de saúde


pública, que é ainda muito desconhecido da grande maioria da população, principalmente sobre as
repercussões da doença. (MONTEIRO, et al., 2020) informam que mesmo na literatura médica
existem poucos estudos que tratamsobre o combate à doença dentro do sistema básico de saúde,
necessitando de maiores estudos para mensurarem a importância do questionário para detecção da
doença, outro dado também bastante importante trazido pelos autores é a alta associação da
diabetes mellitus com a depressão pós-parto (FERREIRA, et al., 2018).
21

Outro fator que estimula numa melhoria na assistência, são as visitas domiciliares, a
observação de como a mãe está se relacionando com o bebê, passarorientações de ouvir músicas,
fizer caminhada, conversar com o bebê, ver como a mãe está se sentindo ao lado do bebê, e quais
os cuidados que ela está tendo em relação aos cuidados com o filho, tendo toda a equipe dando
assistência voltadapara a patologia clínica (ALVES, 2020).
22

6. METODOLOGIA
A revisão bibliográfica, ou revisão da literatura, é a análise crítica, meticulosa e ampla das
publicações correntes em uma determinada área do conhecimento (TRENTINI; PAIM, 1999).
A pesquisa bibliográfica procura explicar e discutir um tema com base em referências teóricas
publicadas em livros, revistas, periódicos e outros. Busca também, conhecer e analisar conteúdos
científicos sobre determinado tema (MARTINS, 2001).
Podemos somar a este acervo as consultas a bases de dados, periódicos e artigos indexados
com o objetivo de enriquecer a pesquisa. Este tipo de pesquisa tem como finalidade colocar o
pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto
(MARCONI; LAKATOS, 2007).
Neste estudo adotou como estratégia metodológica a revisão bibliográfica, optou-se por
utilizar a revisão narrativa que é um dos tipos de revisão de literatura, pela possibilidade de acesso as
experiências de autores que já pesquisaram sobre o assunto, segundo Silva et al. (2002), a revisão
narrativa não é imparcial porque permite o relato de outros trabalhos, a partir da compreensão do
pesquisador sobre como os outros fizeram.
Na elaboração deste trabalho foi realizada uma pesquisa exploratória de caráter qualitativo, a
coleta de dados foi realizada por meios de periódicos da CAPES, no banco de dados Scielo, acervo
ambiental FAEMA, Google Acadêmico, biblioteca virtual da saúde, entre os anos de 1999 a 2020.
Foram utilizados descritores em saúde como “Depressão pós-parto, “Puerpério”, “cuidados
de enfermagem” e “assistência da enfermagem”. A busca na base de dados foi realizada durante os
meses de agosto 2019 a abril de 2020. Como critério de inclusão adotou-se artigos científicos
publicados em revistas acadêmicas e cientificas, livros com referencial teórico confiável.
Para a busca dos estudos foram considerados como critérios de elegibilidade artigo disponível
na íntegra, acesso gratuito, publicados no idioma português e inglês, com publicação entre janeiro de
1999 e maio de 2020.
6.1Tipo de pesquisa
Ao levar em conta o problema de pesquisa e os objetivos do estudo, optou-se pela pesquisa de
caráter qualitativo, tipo exploratória, a qual busca compreender um fenômeno com maior
profundidade, sendo realizada com fonte direta de dados e o pesquisador como o principal
instrumento para a coleta. Esse tipo de estudo pauta descrições de indivíduos, comparações e
interpretações. Além disso, poderá permitir depoimentos de entrevistados, sentimentos e
significados trazidos durante a entrevista pelas participantes (MONTEIRO, 1991).
23

A pesquisa qualitativa não se preocupa com a quantidade numérica de participantes e sim, com os
aspectos da realidade, buscando a compreensão e explicação dos acontecimentos ocorridos
(GERHARDT; SILVEIRA, 2009).

6.2UNIVERSO DA PESQUISA

Essa pesquisa foi realizada em vários sites de pesquisa bibliográfica da internet. Onde buscamos
vários fatores e resultados expostos em cada um deles.

6.3PROCEDIMENTOS E INTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS


A análise de dados coletados, iniciou-se a partir da organização e registros das entrevistas
gravadas, com interpretação por análise de conteúdo. Essa análise é compreendida como um
conjunto de técnicas de comunicação e pesquisa, cujo seu objetivo é a busca do significado de um
documento (CAMPOS, 2004). Essa análise se inicia através da leitura das falas, com as transcrições
de entrevistas, depoimentos e documentos (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).

Segundo Campos (2004), o método de análise de dados pode ser dividido em dois
sentidos:de um lado o sentido da linguagem tradicional e do outro a interpretação do significado
de cada palavra dita.

6.4 ESTRATÉGIAS DE ACESSO A FONTES DE INFORMAÇÕES PARA A


PESQUISA

Estratégias com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, sites e outros.
Busca também, conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado tema.

6.5 RECURSOS NECESSÁRIOS

NÓ CRÍTICO OPERAÇÃO/ RESULTADOS PRODUTOS RECURSOS


PROJETO ESPERADOS ESPERADOS NECESSÁRIOS
- Recursos cognitivos
Falta de Saber mais – Maior entendimento da Elaborar reuniões com = informação sobre otema;
informação Aumentar o nível de população a respeito da acomunidade, - Recursos políticos =
informação da depressão pós- parto. trabalhadores da saúde mobilização social emtorno das
população e e os gestores para se questões;
principalmentedas ter uma maior - Recursos físicos = conseguir
mulheres sobre as compreensão um espaçopara a realização
patologias em sobre o tema dasreuniões.
puérperas. proposto.
24

7.RESULTADOS ESPERADOS E DISCUSSÃO


A depressão pós-parto é uma doença que acomete milhares de mulheres logo após o pós-parto,
esta doença é associada a diversas causas dentre elas problemas físicos, emocionais, violência
doméstica, transtornos mentais, estilo de vida e qualidade de vida da gestante.
Estes sintomas como relatados anteriormente, pode manifestar-se logo após o nascimento do
bebê ou até o mesmo completar um ano de vida. Neste período a gestante e posteriormente puérpera
é acompanhada por uma equipe de enfermagem, com devida qualificação profissional o mesmo pode
fazer observações e catalogar comportamentos que identifique como depressivo.
Na tabela 1 está citada às competências desenvolvidas pelo enfermeiro a pacientes com
depressão pós-parto, esta tabela foi desenvolvida através de revisão bibliográfica onde os autores
compilaram dados das aptidões abordadas por cada estudo (NOBREGA et al., 2019). Dessa maneira,
observa-se que tais atribuições são inúmeras, sendo semelhantes para alguns autores, mas também
diferentes para outros.

Tabela 1. Competências do Enfermeiro na Depressão pós-parto, João Pessoa - PB


Nº Competências do Enfermeiro
“Detecção de novos casos; cuidados ao binômio mãe-filho e na di-
LIMA et al., 2017 nâmica familiar; fortalecimento da amamentação; cuidado trans-
cultural; incentivar a utilização dos serviços de saúde; educação em
saúde materna sobre esse transtorno. ”
“Ações preventivas para a saúde das gestantes e puérperas; reco-
nhecimento da doença; sinais iniciais da doença; diagnosticar e en-
MALDONADO, 2017 caminhar as famílias para atendimento psicológico; promoção da
saúde mental tanto das mães, como das crianças e das suas famílias;
detecção precoce dos fatores de risco envolvidos na DPP. ”
“Devem ser capacitados e qualificados na identificação de traços
SILVA, 2013 depressivos e na utilização de instrumentos de rastreamento no pu-
erpério imediato favorecendo o acompanhamento posterior nas
consultas de revisão puerperal. ”
25

“Identificar e acompanhar possíveis fatores de risco ao desenvol-


FERNANDES; COTRIM, vimento da depressão pós-parto; ações preventivas como favorecer
2013 o apoio emocional da família, amigos e companheiro, proporcio-
nando segurança à puérpera; encaminhamento da mãe com risco
elevado para DPP para aconselhamento ou psicoterapia”
“Escuta qualificada e atenta das clientes, transmitindo-lhes apoio e
confiança necessários para que possam conduzir com autonomia
suas gestações e partos; identificar precocemente sinais e sintomas
CANTILINO et al., 2010 que evidenciam a depressão pós-parto; realizar ações de promoção
de saúde mental e ações terapêuticas junto a puérpera; conhecer o
contexto sócio familiar da gestante; identificar fatores de risco para
a
DPP. ”
“Estratégias de prevenção; rastreamento; uso de escalas na tria-
gem; detecção precoce de sinais preditivos de DPP, como a obser-
SOLRREIRA; PESSÔA, vação da interação da puérpera com seu filho e da comunicação
2012 não verbal; diagnóstico precoce; oferecer aconselhamento acerca
da depressão; ações educativas e/ou de natureza cognitivo compor-
tamental junto a puérperas”
“Garantir um encaminhamento especializado nos casos suspeitos
de DPP para diagnostico e conduta; rastreamento de sintomas de-
FREITAS et al., 2014 pressivos durante a gestação e pós-parto; amenizar os sentimentos
negativos, se possível, transformando-os em positivos; encaminhar
a um serviço filantrópico com profissionais de saúde mental para
avaliação e tratamento. ”
“Avaliar o estado de humor da puérpera precocemente; identificar
DAANDELS et al., 2013 sintomas depressivos; diagnóstico precoce; planejamento de ações
preventivas; triagem adequada; utilizar instrumentos e escalas que
auxiliam no rastreamento. ”
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
A depressão pós-parto é caracterizada como um transtorno depressivo maior, sendo
atualmente considerada uma das doenças que mais acometem as puérperas no mundo. O tratamento
é realizado com psicoterapia ou medicamentos. Os antidepressivos são recomendados para episódios
mais intensos se a mulher recusar a psicoterapia, se esta for ineficaz ou se não estiver disponível.
Refere-se ao desenvolvimento de uma doença depressiva após o parto e pode ser parte de uma doença
unipolar ou, menos frequentemente, bipolar. A etiologia não é bem compreendida, mas é provável
que envolva uma interação entre fatores psicológicos, sociais e biológicos.
26

A indicação para um atendimento psiquiátrico pode ser necessária para pacientes que não
respondem ao tratamento. Uma avaliação psiquiátrica urgente é necessária se houver risco de a
mulher causar danos a si mesma ou à criança ou se houver suspeita de psicose pós-parto ou de
episódio maníaco ou misto.
Para Freitas (2014) a competência do enfermeiro vai desde a detecção de novos casos de
depressão, assim como aos cuidados do binômio mãe-filho e em sua dinâmica familiar. Isso também
é percebido por Daandels, Arboit e Sand (2013), os quais trazem em seu estudo que o rastreamento
de novos casos e a observação da interação da puérpera com seu filho e da comunicação não verbal
são essenciais para se investigar os casos de depressão pós-parto.
Acerca do processo de interação mãe e filho, Valença e Germano (2010) mostram que
conhecer o contexto sócio familiar da gestante é um dos principais sinais que podem ser observados
quando a mãe apresenta depressão pós-parto. Visto também que estas características podem ser
obtidas pelo enfermeiro em uma triagem rápida, segura e sutil para não causar constrangimento na
gestante, com os dados obtidos a equipe de enfermagem pode fazer o devido monitoramento nas
pacientes que podem vir a apresentar sintomas depressivos.
É necessário o enfermeiro planejar ações preventivas para a saúde da gestante, assim como
favorecer o apoio emocional da família, amigos e companheiro, proporcionando segurança à puérpera
(MALDONADO, 2017; FERNANDES; COTRIN, 2013; DAANDELSN et al., 2013).
Foi observado que 50% dos autores relatam que o enfermeiro deve identificar e reconhecer os
sinais e sintomas iniciais da depressão pós-parto ao longo do ciclo gravídico-puerperal. Estas
observações ocorrem pelo fato do o enfermeiro se encontrar em uma posição favorável para
identificar os sinais indicativos de depressão, fazer o levantamento das possíveis dificuldades dessa
paciente, realizar os devidos encaminhamentos e atuar terapeuticamente logo que estiver em interação
com a paciente, promovendo sempre a qualidade de vida da mulher e seus familiares (CANDIDO;
FUREGATO, 2005).
Sgobbi, Santos (2008) relatam que é preciso diagnosticar e encaminhar as famílias para
atendimento psicológico, promovendo a saúde mental tanto das mães, como das crianças e das suas
famílias. Silva, Souza e Moreira (2003) complementam que garantir um encaminhamento
especializado nos casos suspeitos de depressão pós-parto para diagnóstico é uma das competências
do enfermeiro, assim como encaminhar a um serviço filantrópico com profissionais de saúde mental
para avaliação e tratamento.
Foi visto que uma triagem adequada e a utilização de instrumentos e escalas que auxiliam no
rastreamento no puerpério imediato, favorece o acompanhamento posterior nas consultas de revisão
puerperal.
27

Todos os autores concordaram que o enfermeiro deve fazer o reconhecimento da doença


identificando a presença de sintomas depressivos, assim como possíveis fatores de risco para que haja
um diagnóstico precoce.

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