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Palmas-TO
2022
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PUÉRPERA COM DEPRESSÃO PÓS-
PARTO
Palmas-TO
2022
RESUMO
A depressão pós-parto é uma doença que acomete milhares de mulheres logo após o pós-parto, esta
doença é associada a diversas causas dentre elas problemas físicos, emocionais, violência doméstica,
transtornos mentais, estilo de vida e qualidade de vida da gestante. Diante disso, quando observado
os sintomas a equipe de enfermagem deve iniciar o tratamento o mais rápido possível, visto que esta
doença necessita de um tratamento rápido pois pode levar a mãe há um quadro mais grave da doença,
que é o suicídio. Bem como, evitar que a mãe passe um por tratamento longo e pesado com uso de
medicamentos controlados por um longo período de tempo. O presente estudo de revisão bibliográfica
teve como objetivo geral, analisar a assistência da enfermagem a portadora de depressão pós-parto,
na atenção básica, identificando os fatores desencadeantes e compreendendo a interação da puérpera.
O enfermeiro se encontra numa posição favorável para identificar os sinais indicativos de depressão,
fazer o levantamento das possíveis dificuldades dessa paciente, realizar os devidos encaminhamentos
e atuar terapeuticamente logo que estiver em interação com a paciente, promovendo sempre a
qualidade de vida da mulher e seus familiares. As finalidades desta revisão bibliográfica foram
atendidas, assinalando através dos artigos apresentados as competências e assistência do enfermeiro
na prevenção da depressão pós-parto e no tratamento desta doença. Os autores e trabalhos
apresentados citam os diferentes tipos de cuidado que a equipe de enfermagem irá utilizar no
tratamento deste transtorno mental. Porém, devemos destacar que as atribuições mencionadas nos
estudos se refere à capacidade do enfermeiro em identificar a depressão pós-parto, assim como os
fatores de risco para esta. Sendo assim, esse profissional deve estar atento em suas consultas,
essencialmente na Estratégia Saúde da Família, onde ele terá o primeiro contato com a paciente após
o parto.
Sumário
5
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 06
2. DESENVOLVIMENTO........................................................................................ 09
2.1 Gestação........................................................................................................... 09
3.JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 18
4.OBJETIVOS.............................................................................................................. 19
5.REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................... 20
6.METODOLOGIA...................................................................................................22
7.RESULTADOS NECESSÁRIOS/DISCUSSÃO...................................................24
8.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 27
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1. INTRODUÇÃO
A depressão pós-parto é uma doença que acomete milhares de mulheres logo após o pós-parto,
esta doença é associada a diversas causas dentre elas problemas físicos, emocionais, violência
doméstica, transtornos mentais, estilo de vida e qualidade de vida da gestante.
As mulheres com depressão pós-parto, poucas vezes ou em nenhum momento amamentam ou
cuidam dos seus bebês, isto ocorre devida a falta de interesse da mãe para com o bebê, motivada pelos
sintomas inicias da doença. Estes sintomas iniciais são observados pela equipe de enfermagem, assim
como, pelos familiares que acompanham a mesma.
Diante disso, quando observado os sintomas a equipe de enfermagem deve iniciar o tratamento
o mais rápido possível, visto que esta doença necessita de um tratamento rápido pois pode levar a
mãe há um quadro mais grave da doença, que é o suicídio. Bem como, evitar que a mãe passe um por
tratamento longo e pesado com uso de medicamentos controlados por um longo período de tempo.
O acompanhamento da equipe de enfermagem com a gestante é de extrema importância para
que a mãe e o bebê recebam todos os cuidados iniciais necessários. Bem como, para que a mãe possa
ser observada pela equipe antes, durante e após o parto analisando e observado todos os pontos que
possam influenciar no comportamento da mãe com o seu filho.
Contudo, existe algumas formas de prevenção desta doença que podem ser feitas pela equipe
de enfermagem durante as consultas de pré-natal onde o enfermeiro tem maior contato com a gestante
e futura puérpera, dando uma maior assistência, principalmente as mães diagnosticadas com sinais de
riscos e assim, dando o apoio emocional e físico durante a gravidez e pós-parto, tendo também o
apoio da família e amigos.
A depressão pós-parto não ocorrer necessariamente nas primeiras semanas após o parto, estes
sintomas podem aparecer ainda no primeiro ano de vida do bebê (SCHWENGBER; PICCININI,
2003). Embora há diversas pesquisas que revelem a prevalência da depressão pós-parto,
nacionalmente a depressão pós-parto acomete cerca de 12 a 37% das mães (BRUM, 2017).
No Brasil, a importância para esta doença iniciou-se na década de 1990, com a abertura do
primeiro ambulatório para tratamento de distúrbios mentais puérperas, no hospital das clinicas, em
São Paulo. Entretanto, os estudos e publicações em português sobre o tema se restringiam a pequenos
capítulos no interior de livros de medicina sobre gravidez ou preparação para a maternidade
(SANTOS, 2001).
Portanto, a depressão pós-parto desencadeia na mãe o sentimento de culpa, e ela não
compreende que esse sentimento é natural, pois o que parece ser falta de interesse pelo bebê que
acaba de nascer, nada mais é que a vivência da maternidade. Muitas vezes as expectativas dos pais
não são correspondidas com a realidade vivida com a chegada de um filho, pois o nascimento do bebê
requer cuidados sistemáticos e frequentes, mas a mãe também necessita de apoio socioemocional. A
7
depressão pós-parto pode interferir na relação mãe-bebê, bem como no desenvolvimento infantil do
mesmo (MONTEIRO; MEDEIROS, 2013).
Diante disso, profissionais da aérea da saúde tem buscado avaliações para verificar os
sintomas depressivos, uma das avaliações é a escala de Edinburgh, a escala é de fácil aplicação,
composta por um questionário que contem dez perguntas e que abordam questões emocionais da
puérpera. O diagnóstico surge com a pontuação atingida pela resposta dada. A interação do
profissional com o acompanhante da puérpera é fundamental para que possa buscar algumas
informações que não foi detectada pela equipe de enfermagem. Os enfermeiros e demais profissionais
da saúde, devem estar sempre atentos e, quando necessário, informar familiares que algo não está
bem com a puérpera, a atenção básica, através do programa nacional de atenção integral a saúde da
mulher, oferece serviço de pré-natal e acompanha a gestante, parto e pós-parto e o centro de atenção
psicossocial atende as mulheres que tem depressão pós-parto na estratégia saúde da família
encaminhando as mesmas para esse centro, para serem acompanhadas durante todo o tratamento pelos
médicos e psicólogos (SANTOS et al., 1998).
Contudo, a depressão pós-parto ainda hoje é pouco destacada pelo sistema de atenção aos
transtornos psiquiátricos do Brasil. A falta de informação e o preconceito sobre esses problemas são
outros fatores que acabam por agravar o quadro. Isso acontece porque muitas pessoas acreditam que
tais problemas são capricho pessoal ou fraqueza moral. E na verdade estamos falando de um dos
problemas da sociedade brasileira com origens em fatores biológicos, sociais, psicológicos e
emocionais. A organização mundial de saúde aponta que o Brasil ocupa o primeiro lugar em
depressão e transtorno de ansiedade, com índice três vezes maior que a média mundial.
Portanto, durante a convivência em centros obstétricos observou-se a necessidade de
profissionais de enfermagem capacitados na aérea de alterações de natureza psíquicas em gestantes
após o parto. Visto que profissionais com mais qualificação podemos diminuir esses índices
alarmantes de depressão pós-parto, uma vez que quem assiste a paciente por 24 horas é o profissional
de enfermagem. Assim sendo, qual a importância do enfermeiro no cuidado com a mulher no período
do puerpério com depressão?
Ressaltando que o enfermeiro se encontra numa posição favorável para identificar os sinais
indicativos de depressão, fazer o levantamento das possíveis dificuldades dessa paciente, realizar os
devidos encaminhamentos e atuar terapeuticamente logo que estiver em interação com a paciente,
promovendo sempre a qualidade de vida da mulher e seus familiares (CANDIDO; FUREGATO,
2005).
Diante disso, esse trabalho buscou focar na assistência da equipe de enfermagem a portadora
de depressão pós-parto, apresentando as causas, fatores, sintomas, prevenção e tratamento através de
uma revisão de literatura. Esta revisão bibliográfica contribui com profissionais da área da saúde que
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trabalham com casos de depressão pós-parto, auxiliando-os na prevenção e tratamento desta doença
e na melhor compreensão dos impactos da depressão na relação familiar. Bem como, apresentar
causas, sintomas e alguns fatores que contribuem para o desenvolvimento da depressão pós-parto,
citar a importância do diagnóstico precoce, do tratamento para depressão pós-parto, mencionar as
formas de prevenção da depressão pós-parto e identificar ações de assistência da enfermagem na
paciente com depressão pós-parto.
Assim sendo, este trabalho teve como objetivo geral analisar a assistência da enfermagem a
portadora de depressão pós-parto, na atenção básica, identificando os fatores desencadeantes e
compreendendo a interação da puérpera.
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2.DESENVOLVIMENTO
2.1 Gestação
A gestação é um momento de grande transformação para mulher, seu parceiro e toda família.
Durante a gestação o corpo da mulher vai modificado lentamente preparando-se para o parto, a
gestação é um fenômeno fisiológico e por isso mesmo sua evolução se dá parte dos casos sem
intercorrência iniciando o pré-natal. A gravidez não é igual para todas as mulheres, algumas são mais
sensíveis as mudanças hormonais.
A gestação é constituída por um processo conflituoso que precisa de uma resposta adaptativa
de quem vivencia esta etapa. O ciclo gravídico demanda novas formas de equilíbrio diante das
mudanças inerentes a esta fase. Tais mudanças se dão devido aos ritmos metabólicos e hormonais e
ao processo de integração de uma nova imagem corporal. Essa gama de alterações ocorridas tem
repercussões tanto na dimensão física, quanto na emocional da mulher (ARAÚJO et al., 2012).
Sendo assim, Freitas, Ramos e Magalhães (2003) afirmam que dentre as alterações
gestacionais ocorridas na mulher, destacam-se as emocionais, caracterizadas por oscilações de
sentimentos, que repercutem nas relações familiares e no júbilo dos casais e dos filhos. Tanto as
alterações fisiológicas como as emocionais, se tornam significantes quando agregadas à gestação.
Há uma série de reações fisiológicas que ocorrem na tentativa de adaptação da gestante e do
novo concepto, tanto internamente, sendo imperceptíveis quanto externamente, sendo possível de
visualizá-las. Diante disso, a gravidez é marcada por um estado de tensão e expectativas, frente ao
novo papel da mulher que agora prepara-se para se tornar mãe (GONÇALVES CAMACHO et al.,
2010).
O desenvolvimento feminino se baseia em fases que partem da infância até a velhice, sendo
muitas vezes idealizada pela mulher ao longo desse ciclo a vontade de gestar um ser, fase que se
caracteriza por um conjunto de fenômenos fisiológicos, demarcando a gravidez no processo de
evolução para a criação de uma nova vida, sendo este momento um dos mais importantes e esperados
(COSTA et al., 2012).
Logo, Camacho, Vargens e Progianti (2010), explanam que na vida conjugal, a gravidez se
torna um evento diferenciado, tendo a mulher que se adequar física e emocionalmente. Nesse sentido,
o homem também tenta adaptar-se à espera do filho e às mudanças hormonais e corporais da mulher.
Logo, essas novas mudanças contemplam mecanismos de adaptações anatômicas, fisiológicas
e bioquímicas em um breve intervalo de tempo gestacional, ligando desde então à circulação sistêmica
e uterina, ao metabolismo e às demandas nutricionais do corpo, que em cascata refletem-se em outros
sistemas orgânicos (NEME, 2006).
Assim sendo, todas as alterações anatomofisiológicas, ocorridas na gravidez, podem acarretar
dúvidas e sentimentos de fragilidade, insegurança e ansiedade em relação ao exercício da sexualidade
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imprescindível para a mãe e para o bebê após o nascimento (QUINTÃO, 2014). No entanto, deve
haver uma relação de confiança com a equipe médica para que possam perceber comportamentos
deprimidos e tomar atitudes positivas aos sintomas, como o incentivo e o apoio nos cuidados da mãe
e desta para com seu filho.
O tratamento da enfermidade é difícil, uma vez que a depressão pós-parto compromete todo
o organismo, pois envolve uma baixa estima que independe de alterações comportamentais e do
desejo de mudar para ser tratada. A depressão pós-parto é bem mais complexa, podendo se manifestar
de várias maneiras e comprometendo o equilíbrio individual, familiar e a relação mãe e filho.
Outro enfoque na luta para prevenir a depressão pós-parto teve como alvo os provedores de
saúde das mães. A lógica subjacente a esse enfoque é que o aumento no nível da atenção à saúde
durante o período pré-natal ou logo após o parto pode, como consequência, reduzir o impacto dos
fatores de risco psicossociais no humor pós-parto. No entanto, os ensaios clínicos com atenção
materna melhorada completados até o momento demonstraram um impacto limitado na prevenção de
depressão pós-parto.
Um ensaio clínico randomizado controlado proporcionou às famílias um programa de visitas
de enfermeiras para cuidar da saúde das crianças, que ocorreu semanalmente do nascimento até seis
semanas após o período pós-parto, a seguir a cada duas semanas até o terceiro mês após o parto e,
mensalmente, a partir daí até seis meses após o parto, objetivando reduzir os desfechos ruins em
termos de saúde e de desenvolvimento dos filhos de mulheres que relataram fatores de risco
ambientais (i.e., violência doméstica, baixa renda familiar, histórico de transtorno mental). O grupo
controle recebeu atenção pós-parto padrão que incluiu uma visita domiciliar opcional e acesso
ilimitado ao centro de atenção à criança por meio de consultas ambulatoriais. Os resultados
demonstraram escores significativamente mais baixos no EPDS e níveis mais altos de vínculo mãe-
filho no grupo de intervenção, comparado com o grupo controle.
Contudo, segundo Zinga et al. (2005) a depressão pós-parto ainda não pode ser prevenida. A
pesquisa realizada por este autor aponta um forte componente biológico subjacente à sua etiologia. A
depressão pós-parto pode ocorrer mesmo em mulheres sem histórico psiquiátrico familiar conhecido
ou qualquer um dos fatores de risco.
saúde, os enfermeiros, devem estar sempre atentos e, quando necessário, informar à família que algo
não está bem com a puérpera e vice-versa (RIBEIRO; ANDRADE, 2009).
Contudo, para que a assistência de enfermagem seja prestada de forma positiva, é importante
que o profissional saiba reconhecer os sinais clínicos relacionados à depressão pós-parto, podendo
favorecer para um diagnóstico precoce e felizmente para uma rápida recuperação da puérpera.
O enfermeiro deve estar habilitado para detectar os casos e consequentemente encaminhá-los
aos profissionais que atendem as demandas de saúde mental na atenção básica. Com isso a equipe
alcançará uma articulação multiprofissional e interdisciplinar que contribui para a melhora e cura
desta doença.
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3.JUSTIFICATIVA
O tema foi escolhido devido a gestação e o puerpério serem um período de grande
importância para as mulheres, pois nele ocorre muitas mudanças que podem refletir diretamente
nasaúde da mãe e no desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança (GUEDES et
al., 2011).
Percebe-se, no cotidiano, que as mulheres levam durante toda a sua vida a experiência e
memórias de como foi esse período, desde a gestação até o puerpério. Por esse fato, observa-se
uma grande necessidade de um cuidado especial por parte dos profissionais de saúde,
estabelecendoum cuidado de forma individual, de acordo com as necessidades de cada mulher.
Além disso a DPPé vista como um grande problema de saúde pública mundialmente (MEIRA
et al., 2015).
4.OBJETIVOS
5. REVISÃO DE LITERATURA
Essa mudança que ocorre da vida sociável para a maternidade, assustamuitas mulheres, pois
há uma grande responsabilidade pela frente, ao longo de nove meses ela vai aguardar
ansiosamente um bebê, que ao nascer a vida dela irá mudar totalmente, essa mudança pode levar a
uma pré-disposição para o desenvolvimento da depressão pós-parto, pois muitos casos ocorrem
pelo fato da família, o conjugue e os amigos não apoiarem ou não aceitarem a gestação como
diversos outros problemas que não são necessariamente fundamentais para precisar que
determinada mulher será acometida pela DPP (ALVES, 2020).
Diversos estudos demonstram que a depressão ocorre após a partir do segundo ou terceiro
dia, podendo também ocorrer tardiamente entre a quarta e oitava semana após o parto. Também
cabe salientar que existem estudos que trazem a associação dos partos feitos por cesariana como
de maior incidência paraa sintomatologia depressiva (ALVES, 2020).
Outro fator que estimula numa melhoria na assistência, são as visitas domiciliares, a
observação de como a mãe está se relacionando com o bebê, passarorientações de ouvir músicas,
fizer caminhada, conversar com o bebê, ver como a mãe está se sentindo ao lado do bebê, e quais
os cuidados que ela está tendo em relação aos cuidados com o filho, tendo toda a equipe dando
assistência voltadapara a patologia clínica (ALVES, 2020).
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6. METODOLOGIA
A revisão bibliográfica, ou revisão da literatura, é a análise crítica, meticulosa e ampla das
publicações correntes em uma determinada área do conhecimento (TRENTINI; PAIM, 1999).
A pesquisa bibliográfica procura explicar e discutir um tema com base em referências teóricas
publicadas em livros, revistas, periódicos e outros. Busca também, conhecer e analisar conteúdos
científicos sobre determinado tema (MARTINS, 2001).
Podemos somar a este acervo as consultas a bases de dados, periódicos e artigos indexados
com o objetivo de enriquecer a pesquisa. Este tipo de pesquisa tem como finalidade colocar o
pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto
(MARCONI; LAKATOS, 2007).
Neste estudo adotou como estratégia metodológica a revisão bibliográfica, optou-se por
utilizar a revisão narrativa que é um dos tipos de revisão de literatura, pela possibilidade de acesso as
experiências de autores que já pesquisaram sobre o assunto, segundo Silva et al. (2002), a revisão
narrativa não é imparcial porque permite o relato de outros trabalhos, a partir da compreensão do
pesquisador sobre como os outros fizeram.
Na elaboração deste trabalho foi realizada uma pesquisa exploratória de caráter qualitativo, a
coleta de dados foi realizada por meios de periódicos da CAPES, no banco de dados Scielo, acervo
ambiental FAEMA, Google Acadêmico, biblioteca virtual da saúde, entre os anos de 1999 a 2020.
Foram utilizados descritores em saúde como “Depressão pós-parto, “Puerpério”, “cuidados
de enfermagem” e “assistência da enfermagem”. A busca na base de dados foi realizada durante os
meses de agosto 2019 a abril de 2020. Como critério de inclusão adotou-se artigos científicos
publicados em revistas acadêmicas e cientificas, livros com referencial teórico confiável.
Para a busca dos estudos foram considerados como critérios de elegibilidade artigo disponível
na íntegra, acesso gratuito, publicados no idioma português e inglês, com publicação entre janeiro de
1999 e maio de 2020.
6.1Tipo de pesquisa
Ao levar em conta o problema de pesquisa e os objetivos do estudo, optou-se pela pesquisa de
caráter qualitativo, tipo exploratória, a qual busca compreender um fenômeno com maior
profundidade, sendo realizada com fonte direta de dados e o pesquisador como o principal
instrumento para a coleta. Esse tipo de estudo pauta descrições de indivíduos, comparações e
interpretações. Além disso, poderá permitir depoimentos de entrevistados, sentimentos e
significados trazidos durante a entrevista pelas participantes (MONTEIRO, 1991).
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A pesquisa qualitativa não se preocupa com a quantidade numérica de participantes e sim, com os
aspectos da realidade, buscando a compreensão e explicação dos acontecimentos ocorridos
(GERHARDT; SILVEIRA, 2009).
6.2UNIVERSO DA PESQUISA
Essa pesquisa foi realizada em vários sites de pesquisa bibliográfica da internet. Onde buscamos
vários fatores e resultados expostos em cada um deles.
Segundo Campos (2004), o método de análise de dados pode ser dividido em dois
sentidos:de um lado o sentido da linguagem tradicional e do outro a interpretação do significado
de cada palavra dita.
Estratégias com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, sites e outros.
Busca também, conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado tema.
A indicação para um atendimento psiquiátrico pode ser necessária para pacientes que não
respondem ao tratamento. Uma avaliação psiquiátrica urgente é necessária se houver risco de a
mulher causar danos a si mesma ou à criança ou se houver suspeita de psicose pós-parto ou de
episódio maníaco ou misto.
Para Freitas (2014) a competência do enfermeiro vai desde a detecção de novos casos de
depressão, assim como aos cuidados do binômio mãe-filho e em sua dinâmica familiar. Isso também
é percebido por Daandels, Arboit e Sand (2013), os quais trazem em seu estudo que o rastreamento
de novos casos e a observação da interação da puérpera com seu filho e da comunicação não verbal
são essenciais para se investigar os casos de depressão pós-parto.
Acerca do processo de interação mãe e filho, Valença e Germano (2010) mostram que
conhecer o contexto sócio familiar da gestante é um dos principais sinais que podem ser observados
quando a mãe apresenta depressão pós-parto. Visto também que estas características podem ser
obtidas pelo enfermeiro em uma triagem rápida, segura e sutil para não causar constrangimento na
gestante, com os dados obtidos a equipe de enfermagem pode fazer o devido monitoramento nas
pacientes que podem vir a apresentar sintomas depressivos.
É necessário o enfermeiro planejar ações preventivas para a saúde da gestante, assim como
favorecer o apoio emocional da família, amigos e companheiro, proporcionando segurança à puérpera
(MALDONADO, 2017; FERNANDES; COTRIN, 2013; DAANDELSN et al., 2013).
Foi observado que 50% dos autores relatam que o enfermeiro deve identificar e reconhecer os
sinais e sintomas iniciais da depressão pós-parto ao longo do ciclo gravídico-puerperal. Estas
observações ocorrem pelo fato do o enfermeiro se encontrar em uma posição favorável para
identificar os sinais indicativos de depressão, fazer o levantamento das possíveis dificuldades dessa
paciente, realizar os devidos encaminhamentos e atuar terapeuticamente logo que estiver em interação
com a paciente, promovendo sempre a qualidade de vida da mulher e seus familiares (CANDIDO;
FUREGATO, 2005).
Sgobbi, Santos (2008) relatam que é preciso diagnosticar e encaminhar as famílias para
atendimento psicológico, promovendo a saúde mental tanto das mães, como das crianças e das suas
famílias. Silva, Souza e Moreira (2003) complementam que garantir um encaminhamento
especializado nos casos suspeitos de depressão pós-parto para diagnóstico é uma das competências
do enfermeiro, assim como encaminhar a um serviço filantrópico com profissionais de saúde mental
para avaliação e tratamento.
Foi visto que uma triagem adequada e a utilização de instrumentos e escalas que auxiliam no
rastreamento no puerpério imediato, favorece o acompanhamento posterior nas consultas de revisão
puerperal.
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