Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Colaboradores:
Concepção gráfica
Maherle Comunicação
Revisão final
João J. F. Amaral
FICHA CATALOGRÁFICA
CDD 618.92
Prefácio
3. Identificação do tratamento.................................................. 61
1. Determine se é necessário referir urgentemente ao hospital....... 62
1.1. Refira ao hospital por classificação grave ................................. 62
1.2. Refira ao hospital por sinais gerais de perigo ........................... 62
1.3. Refira ao hospital por outros problemas graves ....................... 63
8. ANEXOS......................................................................................... 162
1. Abordagem da criança com infecções
das vias aéreas superiores ........................................................ 162
1.1. Sinusite ..................................................................................... 162
1.2. Dor de garganta ........................................................................ 163
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse capítulo o aluno estará apto a:
5. METODOLOGIA DE ATENDIMENTO
Essa estratégia é apresentada em uma série de quadros
que mostram a seqüência e a forma dos procedimentos a
serem adotados pelos profissionais de saúde. Esses quadros
foram elaborados para ajudar o profissional de saúde a atender
as crianças de menores de 5 anos de idade de forma correta e
eficiente Esses passos são provavelmente parecidos com os
que são utilizados atualmente para atender às crianças, ainda
que possam estar sistematizados de outros modos.
Quadros Significado
Avaliar a criança Implica em preparar um histórico de saúde da criança, mediante
perguntas adequadas e um exame físico.
Classificar a Significa determinar a gravidade da doença; será selecionada uma
doença categoria ou classificação para cada um dos sinais e sintomas
principais que indiquem a gravidade da doença. As classificações
não constituem um diagnóstico específico da doença mais, ao
contrário, são categorias utilizadas para identificar o tratamento.
Identificar Significa identificar o tratamento apropriado para cada classificação.
o tratamento Por exemplo, uma criança que tenha uma doença febril muito grave,
pode ter meningite, malária grave ou septicemia. Os tratamentos
indicados para doença febril muito grave são apropriados porque
foram selecionados para cobrir as doenças mais importantes nessa
classificação, não importando quais sejam.
Tratar Significa proporcionar atendimento no serviço de saúde, incluindo
a prescrição de medicamentos e outros tratamentos a serem
dispensados para o domicilio, bem como as recomendações às
mães para realizá-los bem.
Aconselhar Implica avaliar a forma pela qual a criança está sendo alimentada
à mãe ou e proceder às recomendações a serem feitas à mãe sobre os
acompanhante alimentos e líquidos que deve dar à criança, assim como instruí-
la quanto às medidas de promoção, prevenção e ao retorno ao
serviço de saúde.
Consulta de Nessa consulta, o médico pode ver se a criança está melhorando
retorno com o medicamento utilizado ou outro tratamento prescrito.
de 0 a 2 meses de idade ou
de 2 meses a 5 anos de idade.
Nota: na maioria das unidades, quando chegam os pacientes, os profissionais de saúde determinam o
motivo da consulta da criança e se encarregam de obter seu peso e temperatura. Esses dados se anotam
na ficha do paciente, em outro registro escrito ou em um pedaço de papel. A seguir a mãe e a criança são
encaminhadas para consulta.
Avaliação da criança
de 2 meses a 5 anos de idade
É importante que toda criança seja avaliada nos principais
sinais e sintomas das doenças prevalentes da infância, para
que essas não passem despercebidas. As perguntas devem
ser centradas sobre os problemas específicos de sua procura
à unidade de saúde, dos sinais e sintomas gerais de perigo e
dos sintomas principais: tosse ou dificuldade para respirar,
diarréia, febre, problemas de ouvido, desnutrição e anemia.
Para isso, usa-se uma estratégia padronizada, baseado em
evidências e normas internacionais com impacto significativo
na redução da morbimortalidade infantil.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse capítulo o aluno estará apto a praticar as
seguintes técnicas:
ATIVIDADES PRÁTICAS
Os seguintes temas serão abordados nas aulas práticas no
Ambulatório, Emergência e Enfermaria:
Nota: Caso a criança apresente um sinal geral de perigo, complete o resto da avaliação
imediatamente. Esta criança tem um problema grave. Deve administrar-se tratamento
sem demora e referi-la urgentemente para o hospital.
Se a criança apresenta convulsão no momento, deixe livres as vias aéreas e trate a criança com
diazepam. Então imediatamente avalie, classifique e providencie outro tratamento antes de referir a
criança urgentemente ao hospital. Uma criança que apresente qualquer SINAL GERAL DE PERIGO necessita ser
URGENTEMENTE assistida. Refira urgentemente ao hospital, complete imediatamente a avaliação e administre
o tratamento indicado prévio à referência para que essa não sofra atraso.
Formulário de Registro: apresenta uma lista de perguntas que serão feitas à mãe e os
sinais que você deverá observar e identificar, segundo os sinais e sintomas da criança.
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias
• Sibilância ocasional ou freqüente? • Conte as respirações em um minuto ____ rpm
• Respiração rápida?
• Observe se há tiragem subcostal
• Verifique se há estridor ou sibilância
* crises: refere-se a um ou mais sintomas, tais como dispnéia, cansaço, dificuldade para respirar,
falta de ar, aperto no peito ou sibilância.
NOTA: Em uma criança com marasmo (desnutrição grave), a pele pode voltar ao seu lugar
lentamente, inclusive se a criança não está desidratada. Em uma criança com sobrepeso
ou com edema, a pele pode voltar ao lugar imediatamente ainda que a criança esteja
desidratada. Mesmo sendo o sinal da prega menos seguro nestas crianças, utilize-o para
classificar a desidratação da criança.
Desidratação grave.
Desidratação.
Sem desidratação
CAPÍTULO 2 Avaliação da criança de 2 meses a 5 anos de idade
35
SINAIS CLASSIFIQUE TRATE
Dois dos sinais que se seguem: Se a criança não se enquadra
em
• Letárgica ou inconsciente. nenhuma outra classificação
• Olhos fundos. grave:
• Não consegue beber ou • Inicie Terapia Endovenosa
bebe mal. (Plano C) OU se a criança
• Sinal da prega: a pele volta se enquadrar em outra
muito lentamente ao estado clasificação
anterior. grave:
• Refira URGENTEMENTE ao
hospital com a mãe
administrando-lhe SRO
DESIDRATAÇÃO GRAVE
freqüentes durante o trajeto.
• Recomende a mãe a
continuar a
amamentação ao peito.
Se a criança tiver dois ou
mais anos de idade, e se
houver cólera,
administre antibióticos.
Dois dos sinais que se seguem: Administre SRO na unidade
de saúde (Plano B).
• Inquieta ou irritada. Se a criança também se
• Olhos fundos. DESIDRATAÇÃO enquadra
• Bebe avidamente, com sede. em uma classificação grave
• Sinal da prega: a pele volta devido a outro problema:
lentamente ao estado anterior. • Refira URGENTEMENTE ao
hospital com à mãe
administrando-lhe SRO
freqüentes durante o trajeto.
• Recomende à mãe a continuar
a amamentação ao peito.
Informe à mãe sobre quando
retornar imediatamente.
Seguimento em cinco dias se
não melhorar.
Não há sinais suficientes para Dê alimentos e líquidos para
classificar como desidratação ou SEM DESIDRATAÇÃO tratar a diarréia em casa
desidratação grave (Plano A).
Informe à mãe sobre quando
retornar imediatamente.
Seguimento em cinco dias se
não melhorar.
OBSERVE se há coriza
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ______ • Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ______ • Palpe para determinar se há tumefação
dolorosa atrás do ouvido.
SE HOUVER: Há quanto tempo? ______ dias
Infecções.
Infestações por parasitas como ancilóstomos
ou tricocefálos.
Malária.
Desnutrição grave.
Peso muito baixo.
Peso baixo ou ganho insuficiente.
Peso não é baixo.
Anemia grave.
Anemia.
AMBIENTAIS BIOLÓGICAS
Crianças que não mamam Peso ao nascer menor que 2.500 gr
Mãe adolescente Prematuros e pequenos para a idade gestacional
Gravidez não desejada Hemorragia intra craniana
Baixa escolaridade materna Anomalias congênitas
Uso de drogas pelos pais Anóxia ao nascer
Depressão pós parto Hipoglicemia
Morte materna Convulsão
Surdez e cegueira
P = Presente
A = Ausente
NV = Não Verificado
1
A vacina conjugada tetravalente (DTP+Hib) substitui a DTP e a Hib para as crianças que iniciam
esquema, aos 2, 4 e 6 meses de idade. Em caso de atraso de esquema, a partir de 1 ano de idade:
usar uma única dose da vacina Hib (até os 4 anos); fazer o esquema DTP apenas até os 6 anos e, a
partir desta idade, substituir o produto pela dT (dupla adulto), inclusive para os reforços (item 6).
2
Até 2004, a vacina contra hepatite B estará sendo oferecida aos menores de 20 anos. Em todo o país
vacina-se grupos de risco em qualquer idade.
3
A vacina contra a febre amarela está indicada a partir dos 6 meses de idade aos residentes e
viajantes que se destinam à região endêmica (estados do Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Roraima,
Rondônia, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal). Para
os residentes e viajantes a alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul(área de transição entre a região endêmica e a indene de
febre amarela). A vacinação deverá ser realizada a partir dos 9 meses, antecipada para a partir dos 6
meses de idade, em ocasiões de surtos. A vacina requer uma dose de reforço a cada 10 anos.
4
Devem ser vacinadas todas as crianças de 1 a 11 anos de idade com a tríplice viral.
5
Em alguns estados, esta dose ainda não foi implantada.
6
A dT requer um reforço a cada 10 anos, antecipado para cinco anos em caso de gravidez ou acidente
com ferimentos de risco para o tétano.
7
Às mulheres suscetíveis. Garantir a situação vacinal atualizada contra o tétano
BCG-ID VcHB-2 DTP-1 VOP-2 VcHib-2 DTP-3 VcHib-3 VAS ou VcSCR DTP-4
Nota: As crianças devem receber todas as vacinas antes do primeiro ano de vida. Caso a criança
não receba a vacina na idade recomendada, administre-a logo que possível. Nesses casos
respeitar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses de VPO e tetravalente, e de dois meses
para a terceira dose de hepaite B ou de 90 dias entre a primeira e terceira dose.
ASSEGURE-SE DE QUE A CRIANÇA, COM QUALQUER SINAL DE PERIGO, SEJA REFERIDA depois de
receber a primeira dose de um antibiótico apropriado e quaisquer outros tratamentos urgentes. Exceção:
a reidratação da criança indicada no Plano C poderá resolver os sinais de perigo e não ser necessário
mais referir.
Identificação do tratamento
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse capítulo, o aluno estará apto a praticar
as seguintes técnicas:
ATIVIDADES PRÁTICAS
Nesse capítulo, você aprenderá a identificar o tratamento
necessário, siga os seguintes passos:
ASSEGURE-SE DE QUE A CRIANÇA COM QUALQUER SINAL GERAL DE PERIGO SEJA REFERIDA A UM
HOSPITAL depois da primeira dose de um antibiótico apropriado e outros tratamentos urgentes.
Exceção: a reidratação da criança de acordo com o plano C pode resolver os sinais de perigo e evitar
a necessidade de referi-la a um centro de referência.
A maioria das crianças não apresentam nenhum dos sinais gerais de perigo nem outros problemas
graves. Caso a criança não tenha nenhum destes sinais, não precisa ser referida urgentemente ao
hospital.
• Dobre a coluna CLASSIFICAR do formulário de registro de modo que possa vê-la enquanto olha no
verso do formulário.
• Olhe o quadro AVALIAR E CLASSIFICAR para encontrar os tratamentos que são necessários para cada
uma das classificações da criança.
Faça uma lista com tratamentos necessários no verso do formulário de registro.
Exceção: caso a criança já tenha sangue nas fezes, não precisa dizer à mãe que retorne imediatamente
por sangue nas fezes, mas apenas se a criança não estiver ingerindo bem líquidos.
Pedro Marques
CRM 22000
SIM NÃO
Tratamento da criança
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse capítulo, o aluno estará apto a praticar
as seguintes técnicas:
Vacinar as crianças.
Para Disenteria
Para Cólera
PARA DISENTERIA
Dê um antibiótico recomendado em sua região contra Shigella durante cinco dias.
ANTIBIÓTICO DE PRIMEIRA LINHA CONTRA SHIGELLA: ÁCIDO NALIDÌXÍCO
ÁCIDO NALIDÍXÍCO
40 mg/kg/dia
Dê de 6 em 6 horas durante cinco dias
IDADE OU PESO COMPRIMIDO SUSPENSÃO
250 mg 250 mg/ 5 ml
2 a 4 meses (4 -< 6 kg)
1⁄4 1,25 ml
1.3. DÊ VITAMINA A
Dê uma dose única para as crianças com desnutrição grave,
se a criança não tiver recebido vitamina A nos últimos 30 dias
Ampola uso oral Drágea
(50.000 UI / ampola) (50.000 UI/ drágea)
Até 6 meses* 1 1
6 a 11 meses 2 2
1 a 4 anos 4 4
* Apenas para crianças residentes em áreas onde a hipovitaminose A é endêmica e que não recebam LM.
1 Pode ser necessário trocar os antibióticos de primeira linha e de segunda linha recomendados de
acordo com os dados de resistência.
1.4. DÊ FERRO
Dê uma dose por dia durante 14 dias, no intervalo das refeições, junto com suco de frutas cítricas,
para uma criança com palidez palmar durante dois meses. Informar que as fezes irão ficar escuras.
IDADE OU PESO DOSE SULFATO FERROSO
(25 mg de ferro suplementar/ml)
2 a 3 meses (4 a < 6 Kg) 3 mg/kg/dia ou 15 gotas ou 0,7 ml
4 a 11 meses (6 a < 10 Kg) 3 mg/kg/dia ou 20 gotas ou 1,0 ml
1 a 2 a anos (10 a < 14 Kg) 3 mg/kg/dia ou 30 gotas ou 1,5 ml
3 a 4 anos (14 a < 19 Kg) 3 mg/kg/dia ou 40 gotas ou 2,0 ml
Obs. Quando a dose é maior que 60 mg/dia., a freqüência de efeitos colaterais aumenta (Iron Anaemia Deficiency
Assessemen, Precvention and control. WHO/NHD/01.3/2001).
1.5. DÊ MEBENDAZOL
Dê mebendazol na dose de 100 mg ou cinco ml duas vezes ao dia por três dias:
• Se Ancilóstomo ou Tricocéfalos forem problema entre as crianças da região e
• A criança tiver um ano de idade ou mais e
• A criança não tiver recebido nenhuma dose nos últimos seis meses.
• PERGUNTE Você já aprendeu a importância de fazer perguntas para avaliar a saúde da criança.
E ESCUTE Escute cuidadosamente para descobrir o que a mãe já está fazendo por seu filho.
Logo, você saberá o que ela faz bem e que práticas precisam ser modificadas.
• ELOGIE É provável que a mãe faça algo positivo para a criança, por exemplo, amamentá-la.
Elogie-a pelo que faz de positivo. Assegure-se de que o elogio seja verdadeiro e
que seja feito unicamente para as ações que realmente ajudem à criança
• RECOMENDE Limite suas recomendações ao que é pertinente para a mãe nesse momento. Use
uma linguagem que ela entenda. Se for possível, use fotografias ou objetos reais
para ajudar a explicar.
Recomende à mãe que abandone as práticas prejudiciais que possa vir seguindo.
Ao corrigir uma prática prejudicial, seja claro, porém tenha também cuidado de não
fazê-la sentir-se culpada nem incompetente. Evite palavras de julgamento como:
mal, inadequado, insuficiente, inapropriado, errado, etc. Explique o porquê dessa
prática prejudicial.
Proporcione informação.
Demonstre um exemplo.
Deixe-a praticar.
DÊ PRIORIDADES ÀS RECOMENDAÇÕES
Quando uma criança tem apenas um problema a tratar, dê a mãe todas as instruções pertinentes
ao tratamento e as recomendações enumeradas nos quadros. Quando ela tem vários problemas, as
instruções que podem ser dadas às mães podem ser complicadas. Nesse caso, limite às recomendações
mais importantes. Terá que decidir:
• Quanta informação essa mãe poderá compreender e recordar?
• É provável que volte para consulta de retorno? Nesse caso, quais podem aguardar?
• Que recomendação é mais importante para que a criança melhore?
Se a mãe parece estar confusa ou você perceba que ela não será capaz de recordar todas as instruções,
selecione somente aquelas que sejam mais indispensáveis para a sobrevivência da criança.
Os tratamentos essenciais são os antibióticos e os antimaláricos, além da administração de líquidos à
criança com diarréia. Ensine bem a mãe esses tratamentos e verifique se ela compreendeu bem.
Caso seja necessário, omita as seguintes recomendações, as quais devem ser dadas quando a mãe
voltar para a consulta de retorno:
• Avaliação da alimentação e recomendação a respeito da alimentação.
• Remédios para acalmar a tosse.
• Tratamento com ferro.
• Antitérmico/analgésico.
REFIRA
(*) Caso a freqüência respiratória mantenha-se elevada, após o tratamento da crise, classifique também
como PNEUMONIA e tratar com antibiótico, além do beta2 agonista e corticóide.
(**) Avaliar prescrição do corticosteróide VO, caso esteja em uso de B2-agonista há pelo menos 24 horas
USO DE BRONCODILATADORES
Broncodilatador de ação rápida: BETA 2-AGONISTAS via inalatória
FENOTEROL ou SALBUTAMOL
Administrar de 6 em 6 horas por 5 dias
Nebulização 1 gt / 3 kg de peso *
IDADE Spray
< 2 anos 2 jatos / dose **
³ 2 anos 4 jatos / dose
Apresentações:
Fenoterol – sol. Para nebulização – 5 mg / ml ( 250 mcg / gt )
Spray MDI-Medidor Dosimetrado Inalatório – 100 e 200 mcg / dose
Salbutamol – sol. Para nebulização – 5 mg / ml
Spray MDI – 50 e 100 mcg / dose
CORTICOSTERÓIDES SISTÊMICOS
VIA ORAL
PREDNISONA – COMP. 5 E 20 MG
PREDNISOLONA – SUSP. 5 MG / 5 ML E 15 MG / 5 ML
*Prednisona 1 a 2 mg / kg de peso / dia
*Prednisolona 1a 2 mg / kg de peso / dia
VIA INTRAVENOSA
HIDROCORTISONA – FCO AMP. 100 E 200 MG
METILPREDNISOLONA – FCO AMP. 62.5, 125 E 500 MG
CORTICOSTERÓIDES INALATÓRIOS
Beclometasona :
Doses baixas 100 a 400 mcg
Doses médias 400 a 800 mcg
Doses altas > 800 mcg
Obs.: Os derivados de artemisinina têm se mostrado muito eficazes e de ação muito rápida
na redução e eliminação da parasitemia. Assim, é necessário que esses medicamentos sejam
protegidos de seu uso abusivo e indicados fundamentalmente para casos graves e complicados.
ENSINE À MÃE A PREPARAR A MISTURA E A DAR SRO*. ENTREGAR UM PACOTE DE SRO À MÃE
PARA UTLIZAR EM CASA, SE NECESSÁRIO.
MOSTRE À MÃE A QUANTIDADE DE LÍQUIDOS ADICIONAIS A DAR EM CASA ALÉM DOS LÍQUIDOS
DADOS HABITUALMENTE:
Até 1 ano: 50 a 100 ml depois de cada evacuação aquosa.
1 ano ou mais: 100 a 200 ml depois de cada evacuação aquosa.
2. CONTINUE A ALIMENTAR:
• Oriente sobre a alimentação da criança.
• Ensine à mãe tratar em casa a criança com peso baixo ou muito baixo.
3. QUANDO RETORNAR:
• Não consegue beber nem mamar no peito.
• Piora do estado geral.
• Aparecimento ou piora da febre.
• Sangue nas fezes.
• Dificuldade para beber.
*Dissolver um pacote de sais de reidratação oral em 1 litro de água limpa (fervida e ou filtrada).
A solução depois de preparada, pode permanecer em temperatura ambiente até 24 horas.
As crianças com desidratação deverão permanecer na unidade de saúde até a reidratação completa.
Durante um período de 4 horas, administre a quantidade de SRO recomendada.
Somente utilizar a idade da criança quando desconhecer o seu peso. A quantidade aproximada de SRO
necessária (em ml) deve ser calculada multiplicando o peso da criança (em Kg) por 75 ml/kg/4 horas
APÓS 4 HORAS:
• Reavaliar a criança e classificá-la quanto a desidratação.
• Selecionar o plano apropriado para continuar o tratamento.
• Se possível, começar a alimentar a criança na unidade de saúde.
Pode aplicar tratamento por via • Referir URGENTEMENTE ao hospital para tratamento IV.
IV nas proximidades (há uns SIM
30 minutos?) • Se a criança consegue beber, entregar à mãe SRO
e mostrar-lhe como administrar goles freqüentes
NÃO durante o trajeto.
Recebeu treinamento para usar • Iniciar a reidratação com SRO, por sonda ou pela boca:
Sonda Nasogástrico (NG) para SIM dar 20 a 30 ml/kg/hora.
reidratação? • Reavaliar a criança a cada 1 a 2 horas:
- Se houver vômitos repetidos ou aumento da distensão
NÃO abdominal, dar o líquido mais lentamente.
- Se, depois de 3 horas, a hidratação não estiver
A criança consegue beber? melhorando, encaminhar a criança para terapia IV.
• Reclassificar a criança 6 horas depois. Avaliar e
NÃO classificar a desidratação. A seguir selecionar o Plano
apropriado (A,B ou C) para continuar o tratamento.
Referir URGENTEMENTE ao
hospital para tratamento IV NOTA:
ou NG. • Se for possível, observar a criança pelo menos 6 horas
após a reidratação a fim de se assegurar de que a mãe
pode manter a hidratação dando a solução de SRO à
criança por via oral.
Atenção a criança
com menos de 2 meses de idade
As crianças de zero a dois meses de idade têm
características especiais que devem ser consideradas quando
suas doenças são classificadas. Elas podem adoecer e morrer
em um curto espaço de tempo por infecções bacterianas
graves e, freqüentemente, apresentam apenas os sinais gerais
de perigo como letargia, febre ou temperatura corporal baixa.
A tiragem subcostal leve é normal nas crianças pequenas,
porque a musculatura torácica é delgada. Por essas razões,
essas crianças são avaliadas de uma maneira um pouco
diferente da qual se avalia a criança de dois meses ou mais
de idade.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse capítulo, o aluno estará apto a praticar as
seguintes técnicas:
AVALIE A AMAMENTAÇÃO
Se não mamou ao peito na última hora, pedir à mãe que dê ao peito à criança. Observar a amamentação
durante 4 minutos.
A criança consegue boa pega? Para determinar a pega, observar se:
O queixo está tocando o seio? Sim ___ Não ___
A boca está bem aberta? Sim ___ Não ___
Lábio inferior virado para fora? Sim ___ Não ___
Há mais aréola visível acima
da boca do que abaixo Sim ___ Não ___
nenhuma pega / a pega não é boa / boa pega
Está sugando bem (isto é, sucções lentas e profundas, com pausas ocasionais)?
não está sugando nada/não está sugando bem/está sugando bem
Verificar se há ulcerações ou placas brancas na boca (monilíase oral).
IDADE
Ao nascer BCG intradérmico1
Vacina contra hepatite B (VHB)2
1 mês VHB -2
1
. Não sendo possível, aplicar no primeiro mês.
2
. De preferência dentro das primeiras 12 horas de vida ou, ao menos, antes
da alta da maternidade. A vacina pode ser feita em qualquer idade em um
total de três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e segunda
dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose.
Aconselhamento da mãe
ou acompanhante
Quando as crianças doentes são encaminhadas para casa,
é fundamental fazer recomendações à mãe sobre quando ela
deverá voltar para o atendimento de retorno e ensinar-lhe
a reconhecer os sinais que indicam quando deverá voltar
imediatamente para que a criança possa receber outros
cuidados. As orientações referem-se à alimentação da criança
doente e/ou com deficiência de peso.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse capítulo, o aluno estará apto a
praticar as seguintes técnicas:
Essa avaliação é particularmente importante para crianças com DIARRÉIA PERSISTENTE, PESO MUITO
BAIXO, PESO BAIXO OU GANHO DE PESO INSUFICIENTE. Esse último refere-se a perda de peso (curva
descendente), peso estacionário (curva horizontal), ou aumento de peso inferior ao esperado para a idade
(segundo a inclinação da curva de peso/idade do cartão da criança) no intervalo mínimo de um mês entre
duas consultas
Modo de Preparo: misture todos os ingredientes em um recipiente. Depois, passe para um copo de
200ml, completando-o para oferecer essa quantidade à criança. Se for utilizar leite em pó, primeiro faça a
diluição e depois junte todos os demais ingredientes, nas mesmas quantidades.
Modo de Preparo: cozinhe o arroz, tempere-o e depois passe na peneira. Misture todos os demais
ingredientes no copo . Se for utilizar leite em pó, primeiro faça a diluição e depois junte todos os demais
ingredientes, nas mesmas quantidades.
Modo de Preparo: Com leite fluido: Leve o leite ao fogo, acrescentando o fubá aos poucos e mexendo
para não embolar. Deixe ferver por 4 a 5 minutos. Retire do fogo e acrescente açúcar e óleo. Com leite em
pó: Leve o fubá ao fogo para cozinhar na metade da água (100 ml) usada para a diluição do leite em pó.
Retire do fogo e acrescente o açúcar, o leite em pó e a água até completar os 200 ml. Acrescente o óleo.
Modo de Preparo: Cozinhe o arroz e a carne separadamente. Peneire o arroz, misture os demais.
Ingredientes no copo de extrato de tomate ou descartável e crescente água até completar 1 copo (200 ml).
Modo de Preparo: Cozinhe o feijão e o arroz separadamente. Passe na peneira o arroz e o feijão.
Misture com os demais ingredientes. Ofereça um copo (200ml) à criança, completando-o com o caldo de
feijão, se for necessário.
Modo de Preparo: Corte a cenoura e cozinhe; após o cozimento, amassar com um garfo. Cozinhe o
fubá em 200 ml de água do cozimento da cenoura, mexendo até ferver( por 3 a 4 minutos); misture os demais
ingredientes e deixe no fogo por mais 2 a 3 minutos, completando com água até 200 ml, se necessário.
Modo de Preparo: Cozinhe o feijão e o arroz separadamente. Passe na peneira o arroz e o feijão.
Misture com os demais ingredientes. Ofereça um copo (200ml) à criança, completando-o com o caldo de
feijão, se for necessário.
Modo de Preparo: Corte a cenoura e cozinhe; após o cozimento, amassar com um garfo. Cozinhe o fubá
em 200 ml de água do cozimento da cenoura, mexendo até ferver( por 3 a 4 minutos); misture os demais
ingredientes e deixe no fogo por mais 2 a 3 minutos, completando com água até 200 ml, se necessário.
Exemplo de cálculo:
P1= 6.000 g e P2= 6.300 g
IMPORTANTE
Em Aleitamento artificial
Utilizar dieta com baixo teor de lactose.
ALEITAMENTO MATERNO
O leite materno, pelas suas qualidades bioquímicas e
nutritivas, é o melhor alimento para a criança, principalmente
nos primeiros seis meses de vida. Ele reduz o número de
infecções e diminui a contaminação decorrente do uso de
mamadeiras e alimentos contaminados.
IMUNIZAÇÃO
Seguir o Calendário Básico de Vacinação preconizado
pelo Ministério da Saúde, uma vez que as doenças infecciosas
espoliam o organismo, diminuindo a resistência da criança,
tornando-a mais vulnerável à diarréia infecciosa.
SANEAMENTO BÁSICO
A disponibilidade de água em quantidade suficiente nos
domicílios é a medida mais eficaz no controle das diarréias
infecciosas. Nos lugares onde não existe saneamento básico,
buscar solução juntamente com a comunidade para o uso e
acondicionamento da água em depósito limpo e tampado. É
importante a orientação sobre o destino do lixo, das fezes e o
uso adequado das fossas domiciliares. A disponibilidade de
rede de água e esgotos adequados reduz a morbidade por
diarréia de maneira considerável.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
O profissional de saúde deve necessariamente envolver
a comunidade não apenas como alvo de informações, mas
repartindo com ela a responsabilidade de buscar alternativas
para um eficaz trabalho preventivo. Para isso deverá: conhecer
as práticas da população; valorizar as práticas adequadas; e
modificar as práticas inapropriadas.
Nota: Algumas poucas crianças podem necessitar de alimentos complementares entre o 4º e 6o mês de
idade, por apresentarem fome ou ganho de peso insuficiente. Nesses casos, deve-se afastar as causas
que podem estar comprometendo o crescimento (posição e pega inadequadas, freqüência insuficiente
das mamadas, infecções, mal formações, etc.) antes de complementar a amamentação.
A mãe que amamenta deve ser orientada para receber uma alimentação regular e aumentar o consumo
de alimentos ricos em ferro e vitamina A , bem como a ingestão de líquidos.
Nota: A preparação dos alimentos deve ser na proporção de 4:1:1, ou seja, para 4 partes do
alimento de base, colocar 1 alimento fonte de proteína e 1 parte de alimento fonte de vitaminas
e sais minerais.
A. Menores de 12 meses
Período Menores de 6 meses De 6 a 7 meses De 8 a 11 meses
C/ leite C/ leite C/ leite C/ leite C/ leite C/ leite
materno (1) artificial (2) materno artificial materno artificial
Pela manhã Alimentação Leite Leite de Leite materno + Leite de vaca +
láctea materno vaca + fruta fruta ou cereal/ fruta ou cereal/
ou cereal/ tubérculo tubérculo
tubérculo
intervalo Papa de Papa de Papa de Fruta da época Fruta da época
LEITE MATERNO LIVRE DEMANDA
B. Maiores de 12 meses
C/ leite materno (3)
C/ leite artificial (4)
Pela manhã Leite materno + fruta ou cereal/ Leite de vaca + fruta ou cereal/
tubérculo tubérculo
Intervalo Fruta da época Fruta da época
Almoço Refeição da família Refeição da família
Meio da tarde Leite materno + fruta ou cereal/farinha/ Leite de vaca + fruta ou cereal/farinha/
tubérculo ou tubérculo
Final da tarde Refeição da família Refeição da família
À noite (5)
d) Atividades físicas:
Lembre-se de que muitos atletas e até campeões olímpicos têm ASMA e usam os
mesmos remédios que seu filho usa. A ASMA é uma doença muito comum, mas
se prevenida e controlada não impede que você tenha uma vida saudável.
Alimentação
Higiene corporal
Excreções
Banho de sol
Triagem neonatal
Atendimento de retorno
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse capítulo, o aluno estará apto a praticar as
seguintes técnicas:
Quando uma criança tem um problema de alimentação e você recomendou modificações, oriente
a mãe para voltar em cinco dias para verificar se ela fez tais modificações. Você lhe dará mais
conselhos, se for necessário. No caso de crianças menores de seis meses com problemas de
amamentação, marcar retorno em dois dias.
Quando uma criança apresenta palidez palmar, oriente para voltar em 14 dias para dar-lhe mais
ferro.
Quando uma criança tem PESO MUITO BAIXO, é necessário consulta de retorno em cinco dias, 14
dias após o primeiro retorno e também depois de 30 dias. Nessas consultas, a criança será pesada,
reavaliada nas práticas de alimentação e outras recomendações serão necessárias.
1.1. PNEUMONIA
Quando uma criança que está recebendo um antibiótico
para PNEUMONIA voltar à unidade de saúde avalie:
Pergunte:
• A criança está respirando mais lentamente?
• A febre baixou?
• A criança está se alimentando melhor?
Tratamento:
• Se houver tiragem subcostal ou algum sinal geral de perigo, dê uma dose de um antibiótico:
penicilina procaína ou cloranfenicol por via intramuscular. A seguir, referir URGENTEMENTE ao
hospital.
• Se a freqüência respiratória, a febre e a aceitação da alimentação continuar inalterados, mude para
outro antibiótico recomendado e oriente à mãe para retornar em dois dias.
• Se a respiração estiver mais lenta, a febre tiver baixado ou se estiver se alimentando melhor,
complete os sete dias de antibiótico.
Tratamento:
• Se a diarréia não tiver melhorado ou piorou ( continua com três ou mais evacuação por dia)
e se apresentar uma ou mais das seguintes alterações: perda de peso, sinais de desidratação,
recusa alimentar, sangue nas fezes ou qualquer outro problema que requeira atenção imediata,
referir ao hospital.
• Se a criança não melhorou mas está hidratada, aceitando a alimentação ou ganhando peso,
recomende a mãe a manter a dieta (ou tentar a dieta com baixo teor de lactose) e marcar novo
retorno com 5 dias.
• Se a diarréia melhorou (a criança com evacuação aquosa menos de três vezes ao dia),
recomende à mãe para substituir gradativamente a dieta para diarréia persistente por dieta
adequada para a idade. As crianças em convalescença devem receber suplementação de
polivitaminas (ácido fólico e vitamina A) e sais minerais (zinco, cobre e magnésio).
1.3. DISENTERIA
Quando uma criança classificada como tendo
DISENTERIA voltar depois de dois dias para uma consulta
de retorno, siga essas instruções:
Tratamento:
• Se a criança estiver desidratada, trate a desidratação.
• Se a quantidade de evacuações, a quantidade de sangue nas fezes, a febre ou alimentação continuarem
iguais ou estiver pior, iniciar antibiótico recomendado para Shigella e marcar retorno com dois dias.
Se estiver pior e em uso de antibiótico (acido nalidixico), referir para investigação.
• Se evacuando menos, menos sangue nas fezes, febre mais baixa e alimentando-se melhor, continue
com as mesmas orientações e / ou dar o mesmo antibiótico até terminar o tratamento (cinco dias)
Se depois de dois dias a febre persistir, fazer uma reavaliação completa da criança. Consultar o
quadro AVALIAR E CLASSIFICAR e det erminar se há outra causa para a febre.
Tratamento:
• Se a criança apresentar qualquer outra causa para a febre, tratar.
• Se a febre persiste há mais de sete dias, refira para investigação.
Tratamento:
• Se a criança apresentar qualquer sinal geral de perigo ou rigidez de nuca, trate como MALÁRIA
GRAVE OU DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE.
• Se a criança apresentar qualquer outra causa para a febre que não seja malária, trate.
• Se a febre persiste há sete dias, refira para avaliação hospitalar.
• Os casos de Malária por P. falciparum deverão realizar novas lâminas de verificação de cura
(LVC) nos dias 3, 7, 14, 28 e 35, considerando-se como dia 0, o dia do início do tratamento.
Depois de 2 dias:
Reavalie o problema do ouvido. Consulte o quadro AVALIAR E CLASSIFICAR.
Meça a temperatura da criança.
Tratamento:
• Possível Infecção aguda do ouvido: se a dor de ouvido persiste: caso o quadro tenha ficado inalterado
ou apresentado piora, iniciar antibioticoterapia. Marque o retorno em 5 dias.
• Caso tenha apresentado melhora da dor, mantenha a conduta.
Tratamento:
• Se houver tumefacção dolorosa ao toque atrás da orelha, refira URGENTEMENTE ao hospital.
• Infecção aguda do ouvido: se a dor de ouvido ou secreção purulenta persistem, em uso de
Amoxicilina: aumente a dose para 80 mg/kg/dia de 8/8 horas e peça para retornar em 48 horas
para controle. Continue secando o ouvido com mechas se for o caso. No retorno, se persistir sem
melhora, troque o antibiótico e marque retorno em cinco dias.
• Infecção crônica do ouvido: Assegure-se de que a mãe esteja secando corretamente o ouvido com
mechas. Refira para serviço especializado se possível.
• Se não houver dor de ouvido nem secreção, elogie a mãe pelo tratamento cuidadoso dispensado e
termine o tratamento.
Depois de 30 dias:
Pese a criança e determine se está ganhando peso ou não.
Tratamento:
Reavalie a alimentação. Consulte as perguntas da parte superior do quadro ACONSELHE A MÃE OU
O ACOMPANHANTE. Pergunte sobre quaisquer problemas de alimentação constatados na primeira
consulta.
• Oriente à mãe com respeito a quaisquer problemas de alimentação novos ou persistentes, nesses
casos seguimento em cinco dias. Se a mãe teve problemas quando alimentava a criança, discuta com
ela diferentes maneiras de resolvê-los.
• Se o peso da criança for baixo para a idade, peça a mãe que retorne em 30 dias depois da primeira
consulta e determine o aumento de peso da criança para avaliar se as mudanças introduzidas na
alimentação estão ajudando à criança.
Depois de 14 dias:
Pergunte se a criança está tomando o sulfato ferroso como indicado.
Tratamento:
Se estiver tomando:
• Dê mais sulfato ferroso e oriente à mãe para retornar em 14 dias.
• Continue a prescrever sulfato ferroso a cada 14 dias durante dois meses. Após dois meses referir
para investigação caso mantenha palidez palmar.
Se não estiver tomando (geralmente por desconforto abdominal ou diarréia).
• Reduza a dose de sulfato ferroso pela metade.
• Recomende a mãe para retornar em 14 dias para receber mais sulfato ferroso.
• Manter o sulfato ferroso durante 4 meses, com reavaliações a cada 30 dias.
Reforce a orientação sobre alimentos ricos em ferro
Depois de 14 dias:
Pese a criança e determine se está ganhando peso ou não.
Tratamento:
Se está ganhando peso, elogie à mãe e incentive-a a continuar alimentando a criança de acordo
com a recomendação para a idade da criança. Oriente para retornar em 30 dias.
Se não estiver ganhando peso, oriente à mãe à respeito de qualquer problema de alimentação
encontrado. Inclua sugestões para soluções de problemas de alimentação descritos no capítulo
ACONSELHAR A MÃE OU O ACOMPANHANTE. Oriente para retornar em cinco dias.
Exceção:
Se julgar que a alimentação não vai melhorar, ou se a criança tiver perdido peso, refira-a.
CONSULTA DE RETORNO:
Tratamento:
Se a secreção purulenta ou o eritema ou as pústulas persistirem ou se estiverem piorado, refira ao
hospital. Na conjuntivite purulenta deverá ser referida urgentemente se apresentar também edema
palpebral intenso, hemorragia e ou dor ocular.
Se a secreção purulenta e o eritema ou as pústulas tiverem melhorado, recomende à mãe que
continue a dar os sete dias de antibióticos e a continuar a tratar a infecção local em casa.
“Melhorado” refere-se a existência de menos secreção purulenta ou que ela secou. O eritema e as pústulas
também devem ter diminuído. Destaque que é importante continuar dando o antibiótico mesmo quando
a criança está melhorando. A mãe também deverá continuar tratando a infecção local em casa por sete
dias.
Nota: No caso da presença de pequenas pústulas na pele e em número reduzido (menor de 5), sem
uso de antibioticoterapia oral, com tratamento tópico com pomada de antibiótico (Neomicina), a criança
deve ser acompanhada diariamente para observar a evolução das lesões. Caso não melhore em dois dias,
iniciar antibioticoterapia, de preferência com uma aplicação única de Penicilina G Benzatina IM (dose:
50.000 UI kg).
Tratamento:
Se o peso da criança já não estiver baixo para a idade, elogie à mãe e incentive-a a continuar o
tratamento.
Se a criança continuar com peso baixo para a idade, mas estiver se alimentando bem e com a
curva de ganho ponderal ascendente, elogie à mãe. Recomende-lhe que torne a pesar a criança
em 14 dias e novo controle em 30 dias ou quando retornar para a vacinação.
Se a criança continuar com peso baixo para a idade e ainda tem problemas com a alimentação,
oriente à mãe quanto ao problema de alimentação. Peça a mãe para retornar em cinco dias.
Continue a examinar a criança a cada 14 dias até que a criança esteja se alimentando bem e
aumentando de peso com regularidade ou até que o peso deixe de ser baixo para a idade.
Exceção:
Se a criança tiver perdido peso, refira-a para avaliação. Considere aspectos clínicos compatíveis
com tuberculose e AIDS.
Tratamento:
Se a monilíase oral estiver pior, ou se a criança estiver tendo problemas com a pega ou com
a sucção, verificar se o tratamento está sendo feito corretamente e marque retorno em dois
dias.
Se a monilíase oral estiver igual ou melhor, e se a criança estiver alimentando-se bem, continue
com a solução de nistatina até completar sete dias.
1.1. SINUSITE
A sinusite é um processo inflamatório, infeccioso ou não,
da mucosa que reveste as cavidades dos ossos que circulam as
fossas nasais, levando à obstrução do óstio do seio paranasal.
ANEXOS
163
que apresenta aspecto toxêmico, abaulamento do palato,
amígdalas rechaçadas para a faringe e trismo, é classificada
como portadora de ABSCESSO PERIAMIGDALIANO.
ANEXOS
165
2. AVALIAÇÕES PERIÓDICAS DA CRIANÇA
7 DIAS A 5 ANOS
167
CONSULTA DE VALORIZAR ANTECIPAR
CONTROLE ESPECIALMENTE COM A MÃE
4 ANOS • Desenvolvimento: salta em um pé só • Prevenção de IRA e diarréia.
– pedala um triciclo- copia o desenho • Prevenção de acidentes.
de uma cruz – partilha brincadeiras com
outras crianças - tira algumas peças de
roupas sozinho (P90) – cumpre ordens
complexa(P90) .
• Dentição: cáries e oclusão.
169
4. Formulário de registro: criança de 2 meses a 5 anos de idade
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
BCG-ID VcHB-2 DTP-1 VOP-2 VcHib-2 DTP-3 VcHib-3 VAS ou VcSCR DTP-4 _______________
(Data)
VcHB-1 VOP-1 VcHib-1 DTP-2 VOP-3 VcHB3 VcFA-1 VOP-4
AVALIAR O ESTADO DE ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA (se estiver anêmica, com peso Problemas de
muito baixo, peso baixo, ganho insuficiente, diarréia persistente ou se tiver menos de 2 Alimentação
anos de idade.).
Você alimenta sua criança no peito? Sim ___ Não ___
Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? ___ vezes. Amamenta à noite?
Sim ___ Não ___
A criança come algum outro alimento ou toma outros líquidos? Sim ___ Não ___
Se a resposta for sim, que alimento ou líquidos?
______________________________________________________________________
Quantas vezes ao dia? ___ vezes. Usa o quê para alimentar a criança? _____________
Qual o tamanho das porções?__________________________________
A criança recebe sua própria porção? ______ Quem alimenta a criança e como?______
______________________________________________________________________
Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___ Não ___
Se houve, como?_________________________________________
AVALIAR OUTROS PROBLEMAS E AS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
171
Formulário de registro: criança com menos de 2 meses de idade
173
Referências Bibliográficas
1. Amaral JJF, Cunha AJL, Silva MASF. Manejo de Infecções Respiratórias
Agudas em Crianças. Ministério da Saúde. Brasília-DF, 2000.
2. Amaral, João Joaquim; Paixão, Antônio Carvalho. AIDPI para o
Curso Médico. Manual para capacitação na graduação. Centro de
Referência da USP, 2002. www.saudedacrianca.org,br
3. Amaral JJF, Cunha AJL, Silva MASF. Atenção Integrada às
Doenças Prevalentes na Infância: Avaliação nas Unidades de Saúde.
Organização Pan-americana da Saúde/Organização Mundial da
Saúde. Ministério da Saúde. Brasília-DF, 2002
4. Benguigui Y. Infecções Respiratórias em Crianças. Série HCTP/
AIEPI. Organização Pan-americana da Saúde/Organização Mundial
da Saúde. Washington-DC, 1997.
5. Benguigui Y. Controle das Infecções Respiratorias Agudas:
implementação, acompanhamento e avaliação. Série HCTP/AIEPI.
Organização Pan-americana da Saúde/Organização Mundial da
Saúde. Washington-DC, 1997.
6. Benguigui Y, Antuñano FJL, Schmunis G, Yunes J. Infecções
Respiratórias em Crianças. Organização Pan-americana da Saúde/
Organização Mundial da Saúde. Washington-DC, 1998.
7. Benguigui Y, Land S, Paganini JM, Yunes J. Ações de Saúde Materno-
Infantil a nível local: segundo as metas da cúpula mundial em favor da
Infância. Série HCTP/AIEPI. Organização Pan-americana da Saúde/
Organização Mundial da Saúde. Washington-DC, 2000.
8. Cunha, ALA, Amaral JJF, Silva, MASF. A estratégia de “Atenção
Integrada às Doenças Prevalentes na Infância – AIDPI” e sua
implantação no Brasil. Rev Ped Ceará. 2001; 2 (1)::33-38.
9. Gove for the WHO Working Group on Guidelines for IMCI.
Integrated Management of Childhood Illness by outpatient health
workers: technical basis and overview. Bull World Health Organ
1997; 75 (suppl 1):7-24.
10. IMCI. Interagency Working Group of Monitoring and Evaluation.
WHO/UNICEF/USAID/ BASICS/CDC. Lineamientos para la
Encuesta “Atención Integrada a las Enfermedades en la Infancia
– AIEPI” a Servicios de Salud, 1999.
11. Kramer LI. Advancement of dermal icterus in the jaundiced newborn.
Am.J.Dis.Child, v.118, p.454-8, 1969.
12. Murray CJL, Lopez AD. The global burden of disease: a
comprehensive assessment of mortality and disability form disease
injuries, and risk factors in 1990 and projected to 2020. Geneve,
World Health Organization, 1996.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
175
Washington, DC. 2002.
30. OPS/OMS. Aiepi neonatal. Manual del participante. Versão
Preliminar. Serie HCT/AIEPI 68.E. Washington, DC, 2002.
31. OPS/OMS. Promoção do crescimento e desenvolvimento integral de
crianças e adolescentes. Série HCT/AIEPI-25.P.2. Washington, DC,
1999.
32. OPS/OMS. Asma em el contexto de AIEPI. Série HCT/AIEPI-35.E;
1999.
33. OPS/OMS/UFRJ- Ferreira, Sidnei;Cunha, Antonio Ledo;Sant’
Anna, Clemax; Goudouris, Ekaterine;.Crispino, Marilena; Alves,
Rosana. Controle da asma e doenças bronco-obstrutivas no contexto
da estratégia da Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na
Infância-Manual para capacitação. Adaptação Versão VIII. Rio de
Janeiro,Novembro 2002.
34. Paixão, Antônio Carvalho.A Criança com Doença Respiratória: Uma
abordagem prática em nível de assistência primária. PRONAP-SBP;
Ciclo IV(nº.1): p. 3-30. São Paulo, 2000.
35. Sant’Anna, Clemax. Infecções Respiratórias Agudas na Prática
Pediatria, São Paulo, 2002.
36. Secretária da Saúde do Distrito Federal. Manual de Oftalmia
Neonatal. Brasília, 1998.
37. Unidade Coordinadora Ejecutora de Programas Infantiles y
Nutricionales. Guia de Seguimiento del Recien Nacido de Riesgo.
Ministerio de la Salud de la Argentina, 2001.
38. Urday JAF, Fuentes CMP, Guevara RP, Pérez AP. Antibióticoterapia
de las Infecciones Respiratorias Agudas en Niños menores de 5 años.
Universidad Nacional Federico Villarreal. Facultad de Medicina
Hipólito Unanue. Perú, 2001.
39. WHO. Division of Diarrheal and Acute Respiratory Disease Control.
Integrated Management of the sick child. Bull World Health Organ
1995; 73:735-740.
40. WHO Division of Child Health and Development. Integrated
Management of Childhood Illness: conclusions. Bull World Health
Organ 1997; 75 (suppl 1):119-128.
41. World Health Organization. World Health Report 1999 making a
difference. Geneve, WHO, 1999.
42. WHO. Iron deficiency. Anaemia Assessment. Prevention and
Control. A Guide for programme managers. Genebra, 2001.