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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 04
2 DEFFINIÇÕES ...................................................................................................................... 05
2.1 Definição de percepção ....................................................................................................... 05
2.2 Definição do transtorno do pânico ...................................................................................... 05
3 TRANSTORNO DO PÂNICO.............................................................................................. 07
3.1 Aspecto histórico ................................................................................................................ 07
3.2 Causas.................................................................................................................................. 08
3.3 09
Sintomas ..............................................................................................................................
3.3.1 Despersonalização, desrealização e Transtorno do Pânico............................................... 09
3.4 Dificuldades......................................................................................................................... 10
3.5 Aceitação............................................................................................................................. 10
3.6 Cura ..................................................................................................................................... 10
3.7 Aspecto genético.................................................................................................................. 11
3.8 Transtornos associados a síndrome do pânico..................................................................... 11
3.8.1 Estresse............................................................................................................................. 11
3.8.2 Ansiedade e depressão ..................................................................................................... 12
4 RELAÇÃO ENTRE A PERCEPÇÃO E O 13
TRANSTORNO..................................................
4.1 Aspectos neurológicos ........................................................................................................ 13
4.2 Percepção e o transtorno...................................................................................................... 14
5 TRATAMENTOS .................................................................................................................. 15
5.1 Tratamento Psicofármacos................................................................................................... 15
5.1.1 Clomipramina................................................................................................................... 15
5.1.2 Citralopam........................................................................................................................ 17
5.2 Psicoterapias........................................................................................................................ 17
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 20
REFERÊNCIAS........................................................................................................................ 22
ANEXO A – 25
Caso .....................................................................................................................
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1 INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo definir o que é percepção além de conceituar o
transtorno do pânico e seus aspectos genéticos, na visão da psicologia.
De acordo com a American Psychiatric Association (2013), o Transtorno do Pânico
afeta negativamente nossa vida diária em altos níveis de incapacidade social. Muitas visitas ao
médico e ao serviço de urgência podem levar a faltas na escola e no trabalho, além do alto
custo das consultas. Entretanto, a maior preocupação dos especialistas, no que diz respeito
àqueles que sofrem de Transtorno do Pânico, é a baixa qualidade de vida que possuem.
Existem diversos casos de pessoas que sofrem do Transtorno do Pânico e nem ao
menos sabem o que, de fato, está ocorrendo com elas. Muitos indivíduos acabam por procurar
centros médicos de emergência por acreditarem que estão sofrendo doenças físicas devido aos
sintomas corporais causados pelo pânico. E só após fazerem diversos exames, serem
analisados e terem o diagnóstico sem parecer físico, esses indivíduos procuram atendimento
psicológico, seja por indicação feita pelo médico ou por escolha própria.
Existem ainda pessoas que já têm um conhecimento prévio sobre sua saúde mental e
por si só optam pelo auxílio de especialistas na área de psicologia como uma forma de se
sentirem melhor.
Em todos os casos, é de extrema importância que o profissional da área da saúde
mental esteja a par do assunto, pois só assim conseguirá identificar o Transtorno do Pânico e
analisar cada caso oferecendo o melhor tratamento possível ao paciente.
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2 DEFINIÇÕES
3. TRANSTONO DO PÂNICO
3.2 Causas
3.4 Dificuldades
3.5 Aceitação
As vítimas do Pânico podem apresentar uma pausa entre os ataques durante certo
período e, em outros momentos, podem ter sintomatologia grave e contínua.
Como já observado, o Transtorno do Pânico pode ser associado a outros transtornos
como depressão e ansiedade. Em adultos atribui-se o desenvolvimento do transtorno às
situações estressantes e fatores sociais, já em crianças a baixa taxa reconhecida do Transtorno
do Pânico pode ocorrer devido à dificuldade em relatar os sintomas, em adolescentes pode
existir pouca abertura para se discutir o assunto o que dificulta ainda mais sua averiguação.
Segundo o DSM- 5, a idade mais tendenciosa para o desenvolvimento do Transtorno
do Pânico é entre 20 e 24 anos, havendo poucas ocorrências durante a infância e após os 45
anos.
3.6 Cura
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Por ainda não ser bem compreendida pelas pessoas e, comumente, ser detectada
apenas como ansiedade, as vítimas da Síndrome do Pânico podem não buscar os recursos e
tratamentos adequados gerando grande sofrimento e pouquíssima qualidade de vida.
Admitir e procurar ajuda de um profissional é o caminho indicado para alcançar
equilíbrio e qualidade de vida. Mesmo que não se tenha encontrado, de fato, uma cura, é
possível conviver e superar as dificuldades do pânico.
3.8.1 Estresse
de esforço extra a que o organismo é submetido quando precisa passar por uma situação de
sofrimento ou mal-estar.
Nas últimas décadas, as mudanças sociais obrigaram os homens a adaptações em todas
as áreas da vida, as ansiedades, angústias, pressões e conflitos foram incorporados à vida
moderna. E o estresse disparou na população mundial. O estresse em excesso nos leva a
predisposição de diversas doenças, tanto físicas quanto psicológicas. O estresse pode levar a
problemas psiquiátricos graves como depressão e ansiedade.
A sociedade está em uma situação cada vez pior, e a consequência é o aumento do
estresse com a diminuição drástica da qualidade de vida e tudo isso está relacionado a
contribuição para a Síndrome do Pânico.
A cada dia o indivíduo se depara com grande número de situações cujo potencial
estressor é função da própria situação e do próprio indivíduo.
Os fatores deste contexto podem ser definidos como aqueles originados do ambiente
em que o indivíduo vive; ambiente esse que pode variar de amplitude. Essas variações podem
ser consideradas como as condições de vida em termos de padrões morais e sociais, política
empresarial, condições econômicas, segurança etc.
A ansiedade pode surgir a partir de pensamentos, sentimentos ou acontecimentos da
vida em geral. Se essa tensão e preocupação durar mais de um mês, ela passa a ser
considerada como uma reação ao estresse mantido por longo tempo.
Os quadros de ansiedade e depressão não são quadros opostos, na verdade nota-se que
uma porcentagem das pessoas que apresentam transtornos de ansiedade acaba desenvolvendo
um quadro de depressão.
Em pessoas que apresentam transtorno de depressão, nota-se também a presença da
ansiedade como um dos sinais desse transtorno. Entre outros sinais estão o pessimismo, a
sensação de “vazio”, constante sentimento de tristeza, culpa e entre outros.
A ansiedade causada pelo estresse, no caso do Transtorno do Pânico, pode ocorrer
devido ao medo de viver alguma situação. As pessoas que no caso sofrem com a síndrome do
Pânico, devido a esse medo das situações e essa ansiedade podem acabar se isolando de
alguns meios a fim de evitar esses sentimentos.
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Nota-se que os efeitos do transtorno levam quem sofre do mesmo, nos casos mais
graves, a uma incapacidade de lidar com os fatores externos, causando um prejuízo grave no
convívio social, podendo desenvolver nesses casos quadros de depressão.
e seus pensamentos não ocorre de forma adequada e acabam por vivenciar crises severas de
pânico.
O transtorno do pânico também ocorre devido a um mau processamento das
amígdalas, porém, nesse contexto, o indivíduo gerencia erroneamente seu mundo interior. O
indivíduo percebe que, em seu organismo, ocorre aceleração de seu coração, transpiração e
respiração ofegante o que lhe gera ansiedade intensa e, por perceber-se passando mal, teme
sua morte e desencadeia as crises de pânico.
Alguns estudos de neuroimagem realizados em pacientes com Transtorno do Pânico
constataram um volume reduzido nos lobos temporais e na amígdala. Mas esses estudos
foram pouco conclusivos devido à dificuldade de encontrar paradigmas válidos para esse
transtorno.
Segundo Salum (2009), cabe assinalar que além de se dedicar ao estudo das heranças
de genes específicos conferindo risco para psicopatologia psiquiátrica, a psiquiatria atual tem
se voltado para o estudo da epigenética, isto é, o estudo de processos celulares chaves que
integram diversos estímulos ambientais para exercer mudanças potentes e, muitas vezes, de
longa duração na expressão gênica por meio da regulação da estrutura da cromatina, ou seja,
“escolhendo o que irá ser codificado do código genético”. Espera-se que os avanços em
estudos de epigenética sejam a chave para o entendimento de diversos transtornos com
etiologia multifatorial e complexa como o Transtorno do Pânico.
Como vimos, todos seres humanos nascem com mecanismos de defesa que são
respostas fisiológicas adquiridas acionados a partir da percepção para lidar com situações de
estresse, ansiedade, medo e até os perigos. Por meio da consciência, ou seja, o monitoramento
e controle do ambiente partindo dos cinco sentidos e das informações providas por eles são
selecionados pela atenção seletiva alguns estímulos que formarão uma avaliação da percepção
de controle sobre os eventos do meio e do indivíduo.
Eventos esses que, segundo um artigo escrito por psiquiatras, (MARGIS; PICON;
COSNER; SILVEIRA, 2003) quando identificados como alerta causam um aumento geral da
ativação do organismo a partir da amígdala, das substâncias químicas neurotransmissoras e do
sistema septo-hipocampal, o qual realiza a junção das informações trazidas pelos órgãos
sensoriais com as memórias armazenadas no Sistema Nervoso Central (SNC) e os planos de
ação gerados pelo córtex pré-frontal da amígdala e das substâncias químicas. No SNC estão
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5 TRATAMENTOS
Avaliação clínica e laboratorial deverá ser realizada para o diagnóstico preciso. Após o
diagnóstico estabelecido, o paciente deverá ser informado sobre os tipos de tratamentos
existentes.
A opção pelo tratamento farmacológico, psicoterápico ou a combinação dos dois
dependerá da avaliação de fatores como o grau interferência na vida do paciente.
A Prática de exercícios físicos, técnicas de relaxamento, acupuntura ou yoga podem
ajudar no tratamento natural.
Desafiar os próprios limites com novos afazeres todos os dias. Remédios
recomendados pelos especialistas, pois eles o ajudam a se amenizar as crises de
pânico/ansiedade espontâneas tais como: Alprazolam, citralopam ou clomipramina.
Calmantes naturais, como o maracujá podem ajudar no tratamento da ansiedade, depressão,
nervosismo, agitação e inquietação.
5.1.1 Clomipramina
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5.1.2 Citralopam
5.2 Psicoterapias
Terapia Cognitivo-Comportamental: a terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode
ser utilizada como uma alternativa para casos onde o tratamento psicofarmacológico não
funciona muito bem ou como complemento ao tratamento.
A TCC é a terapia com resultados mais consistentes para o Transtorno do Pânico, pois
apresenta boa aceitabilidade e aderência, rápido inicio de ação e uma boa relação de custo-
efetividade.
O objetivo básico da TCC é o descondicionamento das sensações físicas causadas pelo
Transtorno do Pânico.
O primeiro passo do psicólogo é realizar uma avaliação geral das ocorrências dos
ataques de pânico (situações ou ambientes que desencadeiam, assim como a frequência e
pensamentos disfuncionais). Após identificar estas ocorrências, o passo seguinte é informar ao
paciente o seu quadro clínico, a importância do tratamento e os métodos que serão utilizados.
Dessa forma, a relação de confiança entre psicólogo e paciente é estabelecida. O paciente se
sentirá amparado e acolhido, sendo assim a adesão ao tratamento é facilitada, e aumenta as
chances de sucesso do tratamento.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muitas vezes, aqueles que sofrem do Transtorno do Pânico, seja devido ao grande
sofrimento que sentem ou então por ansiarem um resultado rápido, optam por fazer uso de
medicação para tratar e aliviar-lhes os sintomas, que pode ser eficaz, porém o ponto principal
é deixado de lado: a causa emocional.
O agente emocional gerador de sofrimento deve ser encontrado para que a pessoa
consiga entender, de fato, o porquê de sentir o que sente e as formas de superar. Portanto, é
necessário que busque a psicoterapia, pois só um profissional especializado na área
conseguirá entender as causas e buscar a melhor forma de tratar tanto os sintomas
psicológicos quanto, apresentar-lhes técnicas para aprender a lidar com os sintomas físicos.
Deve-se levar em consideração que, raramente o transtorno ocorre na ausência de
outra psicopatologia. Ou seja, grande parte da vida da pessoa é focada nesse transtorno, e
acompanhada por outros malefícios. Mesmo que existam exceções de indivíduos sem
recaídas, é possível àqueles que sofrem com o transtorno conquistarem maior e melhor
qualidade de vida.
O ambiente e as características particulares dos indivíduos podem interferir para a
pessoa desenvolver ou não crises de pânico. Qualquer pessoa pode passar por uma situação
que cause extrema ansiedade e seja o ponto inicial para que o transtorno se desenvolva. Sendo
assim, todos aqueles que apresentem maior dificuldade para lidar com a ansiedade devem
buscar ajuda na psicoterapia.
O psicólogo tem como objetivo o estudo, análise, diagnóstico, auxílio e tratamento do
sofrimento psíquico, onde estão inseridos os transtornos psicológicos em geral. Na
psicoterapia especializada, por exemplo, aparecem diversas técnicas de relaxamento e
descobre-se qual é a origem das crises, promovendo soluções para a ansiedade excessiva e
formas de lidar com ela, o paciente aprende a se controlar em momentos de crise ou superar
traumas e exercitar a paciência.
Uma abordagem usada pelos especialistas é a Terapia Cognitivo Comportamental que
identifica e muda os padrões distorcidos de pensamento causadores de ansiedade através de
exposição às situações que levam a pessoa a ter um ataque de pânico. O indivíduo é treinado a
identificar os pensamentos que causam desequilíbrio e aprende a monitorá-los em busca de
pensamentos mais precisos. A terapia de exposição também tenta reduzir a reação aos
causadores de um ataque. É uma terapia indicada para tratar fobias específicas, como o medo
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de altura, por exemplo. Faz-se o uso do nosso corpo e da sua capacidade em se adaptar ao
medo para diminuir as chances desses causadores serem gatilhos para crises. Sugere-se ao
paciente que reconheça os lugares, as situações e os pensamentos que causam ansiedade a
partir daí ele deverá junto ao profissional de psicologia ressignificar, elaborar e modificar-se
para que os gatilhos não sejam mais um problema.
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REFERÊNCIAS
BURZA, J. B. Cérebro, neurônio, sinapse: teoria do sistema funcional. São Paulo: Ícone,
1986.
LANDEIRA, F. J.; CRUZ, A.P.M. Medo e dor e a origem da ansiedade e do pânico. Rio de
Janeiro: MedBook, 2007.
REIS, D. H. Como superar a síndrome do pânico, São Paulo, jun. 2016. Disponível em:
<http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/como-superar-a-sindrome-do-panico/
95829/>. Acesso em: 20 abr. 2018.
ZANIN, T.; et al. Remédios para tratar a Síndrome do Pânico, Portugal, mar. 2018.
Disponível em: < https://www.tuasaude.com/remedios-para-sindrome-do-panico/>. Acesso
em: 20 abr. 2018.
ZANIN, T.; FRAZÃO, A. Bulário. Informações confiáveis sobre bulas, Portugal, set. 2017.
Disponível em: <https://www.bulario.com/antidepressivos/>. Acesso em: 20 abr. 2018.
ANEXO A- Caso
sensações vinham como num pacote à medida que estas eram provocadas. Ele as avaliava
como extremamente desagradáveis, porem permanecia na situação e aproveitava para treinar
formas para lidar com os pensamentos antigênicos e catastróficos. Gradativamente se dispôs a
realizar as exposições em casa.
Conforme ganhava confiança, combinaram as situações que poderiam voltar a ser
experimentadas no seu dia a dia. A primeira vez que ele almoçou um cozido, sua comida
predileta, foi impactante! Ir à praia, correr com os filhos, sair com os amigos, rir, subir
escadas, andar de bicicleta, foram voltando a fazer parte da sua rotina.
Depois de quatro semanas, os ataques tinham reduzido para a metade e nos próximos
meses, progressivamente, até zerar no final do terceiro mês. Seu Inventário Beck de
Ansiedade reduziu para 11 pontos. Após o quarto mês, aceitou novo trabalho que exigia
esforço físico em cena, exposição pública, viagens frequentes, altas expectativas e exigências
dos outros.
As sessões seguintes foram dedicadas a manutenção destes ganhos e à discussão sobre
outras áreas de sua vida. João quis falar sobre seu relacionamento conjugal, que vinha
melhorando, mas que precisava ser revisto. Trabalharam sua assertividade, principalmente
com os amigos, já que acabava não sabendo lidar com eles e com os pedidos que não sabia
negar. Discutiram alternativas para o stress inevitável no seu tipo de atividade profissional, e
para sua raiva diante de injustiças