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TEMA:
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE BIPOLAR
DOCENTE
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TEMA:
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE BIPOLAR
xxxx
Curso : Psicologia
Período: Pos-Laboral
Elaborado Pelo:
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INDICE
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................4
CONCEITO ....................................................................................................................................................5
SINTOMAS, CAUSAS, DIAGNÓSTICOS E TRATAMENTO .................................................................6
SINTOMAS.....................................................................................................................................................6
Sintomas .....................................................................................................................................................7
Mania .......................................................................................................................................................7
Hipomania ...............................................................................................................................................9
Depressão ..............................................................................................................................................9
CAUSAS ...................................................................................................................................................... 10
DIAGNÓSTICO .......................................................................................................................................... 11
CARACTERIZAÇÃO DA DOENÇA ......................................................................................................... 11
HISTÓRIA. .................................................................................................................................................. 13
FACTORES ETIOLOGIA .......................................................................................................................... 13
TRATAMENTO ........................................................................................................................................... 16
Lítio ...................................................................................................................................................... 17
Medicamentos anticonvulsivantes ............................................................................................ 18
Antipsicóticos .................................................................................................................................. 19
Antidepressivos ............................................................................................................................... 19
Outros tratamentos ........................................................................................................................ 20
Psicoterapia ...................................................................................................................................... 20
Formação e apoio ........................................................................................................................... 20
TIPOS DE TRANSTORNO BIPOLAR .................................................................................................... 22
CONCCLUSÃO .......................................................................................................................................... 24
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ............................................................................................................. 25
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INTRODUÇÃO
4
CONCEITO
O transtorno afetivo bipolar, antigamente chamado de psicose maníaco-
depressiva, é uma condição de origem psiquiátrica que se caracteriza por
alterações de humor que vão de um extremo ao outro, com comprometimento da
capacidade funcional. ( Clemente, 2015)
Em geral, essa perturbação do humor se manifesta tanto nos Homens quanto nas
Mulheres, entre os 15 e os 25 Anos, mas pode afetar também as crianças e pessoas
mais velhas.
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também afectivo sendo comum a diminuição do desejo de alimentar-se, irritabilidade,
ideias de ruina e isolamento (Carvalho, 2012).
SINTOMAS
Depressão: Humor deprimido, tristeza profunda, apatia, desinteresse pelas
actividades que antes davam prazer, isolamento social, alterações do sono e do apetite,
redução significativa da líbido, dificuldade de concentração, cansaço, sentimentos
recorrentes de inutilidade, culpa excessiva, frustração e falta de sentido para a vida,
esquecimentos, ideias suicidas.
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Hipomania: Os sintomas são semelhantes aos da mania, porém, bem mais
leves e com menor repercussão sobre as actividades e relacionamentos do paciente,
que se mostra mais eufórico, mais falante, sociável e ativo do que o habitual.
Em geral, a crise é breve, dura apenas uns poucos dias. Para efeito de diagnóstico, é
preciso assegurar que a reação não foi induzida pelo uso de antidepressivos.
Sintomas
Mania
A fase maníaca é um período de euforia, extroversão ou irritabilidade, que
dura pelo menos uma semana e são intensos o suficiente para interferir com a vida
pessoal e profissional.
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Praticar atividades arriscadas e ter ações imprudentes.
Perda do senso crítico.
Arrogância.
Ideias delirantes.
Segundo o 5º Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
da Associação Americana de Psiquiatria, para que um episódio de mania seja
diagnosticado, o paciente precisa preencher os seguintes critérios de A a D:
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7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para
conseqüências dolorosas (por exemplo, engajar-se em compras desenfreadas,
indiscrições sexuais ou investimentos financeiros insensatos).
C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo
acentuado socialmente e profissionalmente, ou haver necessidade de hospitalização
a fim de prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, ou existência de
pensamentos com características psicóticas.
Hipomania
A hipomania é uma forma de mania mais branda, com menor duração e sem grandes
prejuízos às atividades diárias. Os sintomas são os mesmos, eles apenas surgem de
forma mais leve.
Depressão
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São sintomas de depressão:
CAUSAS
Ainda não foi determinada a causa afetiva do transtorno bipolar, mais já se sabe
que fatores genéticos, alterações em certas áreas do Cérebro e nos níveis de vários
neurotransmissores estão envolvidos.
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DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do transtorno bipolar é Clínico, baseado no levantamento da
história e no relato dos sintomas pelo próprio paciente ou por um amigo ou familiar. Em
geral, ele leva mais de dez anos para ser concluído, porque os sinais podem ser
confundidos com os de doenças como esquizofrenia, depressão maior, Sindrome do
pânico, distúrbios da ansiedade. Dai a importância de estabelecer o diagnóstico
diferencial antes de propor qualquer medida terapêutica.
DIAGNÓSTICO
CARACTERIZAÇÃO DA DOENÇA
O humor elevado ou irritável pode ser classificado como mania ou hipomania,
dependendo de sua gravidade e da presença de sintomas psicóticos. Classifica-se como
mania o estado severo de humor elevado ou irritabilidade, associado ou não a sintomas
psicóticos, que provocam alterações no comportamento e na funcionalidade do
indivíduo. A duração do estado de mania deve ser de no mínimo uma semana, estando
o humor elevado ou irritabilidade presente na maior parte do dia, quase todos os dias. O
critério de duração mínima é dispensável se a hospitalização se fizer necessária. Na
hipomania as elevações de humor e os distúrbios comportamentais/funcionais são
menos graves e com duração mais breve que o estado de mania (quatro dias
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consecutivos), o que geralmente não coloca a pessoa perante atenção médica. No
entanto, a hipomania pode progredir para a mania.1 Cabe destacar que a presença de
sintomas psicóticos é sempre indicativa de quadro grave e, ainda que os demais
sintomas de ativação não sejam tão proeminentes, automaticamente descarta a
possibilidade de episódio hipomaníaco. Este é um engano cometido com frequência na
clínica psiquiátrica, principalmente entre profissionais menos experientes. De modo
semelhante ao Transtorno Depressivo, apesar da variação no humor ser um aspecto
marcante no Transtorno Bipolar, existem muitos outros aspectos que devem ser
considerados.
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HISTÓRIA.
A base do conceito moderno da “insanidade maníaco-depressiva” remonta a meados do
século XIX, quando o psiquiatra/neurologista francês Jules Baillarger descreveu um novo tipo de
insanidade, denominada “la folie à double forme” (forma dual de insanidade), cuja principal
característica era a ocorrência de episódios de mania e depressão em um mesmo paciente.7 Na
mesma época, acusando Baillarger de plágio, outro psiquiatra francês, JeanPierre Falret,
publicou um artigo em que descreveu praticamente o mesmo transtorno, o qual chamou de “la
folie circulaire” (insanidade circular).7,8 A despeito das similaridades, cabe notar que o conceito
de Farlet se diferia do anterior na medida em que considerava “os intervalos lúcidos” entre as
fases de mania e depressão, mesmo que elas estivessem separadas por um longo período de
tempo.9 Esses conceitos foram aprimorados pelo psiquiatra alemão Emil Kraepelin, que estudou
o curso natural da doença e distinguiu as psicoses em dois grandes grupos: demência precoce e
insanidade maníaco-depressiva.
FACTORES ETIOLOGIA
O TB é um transtorno complexo e multideterminado, causado pela interação de
fatores genéticos e ambientais.15 Estudos com gêmeos indicaram que os transtornos do
espectro bipolar são hereditários, com incidência superior a 80% em gêmeos idênticos,
caindo para 6% em parentes de primeiro grau.
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Depressivo Maior tende a ter menos relação com a genética. Os fatores genéticos
podem ainda influenciar a idade de início do Transtorno Bipolar.
História familiar.
Períodos de elevado estresse, como a morte de um ente querido ou outro
evento traumático.
Abuso ou maus-tratos na infância.
Consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Uso de drogas, incluindo maconha e cocaína.
Fatores de Risco e Prognóstico
Ambientais. Transtorno Bipolar é mais comum em países com pessoas com renda
elevada do que com renda mais baixa (1,4 vs. 0,7%). Pessoas separadas, divorciadas
ou viúvas têm taxas mais altas de Transtorno Bipolar tipo I do que aquelas casadas ou
que nunca casaram, mas o sentido em que a associação se modifica não é clara.
Genéticos e fisiológicos. História familiar de Transtorno Bipolar é um dos fatores de risco
mais fortes e mais consistentes para transtornos dessa categoria. Há, em média, risco
10 vezes maior entre parentes adultos de indivíduos com transtornos bipolar tipo I e tipo
II.
A magnitude do risco aumenta com o grau de parentesco. Esquizofrenia e
Transtorno Bipolar provavelmente partilham uma origem genética, refletida na
coagregação familiar de esquizofrenia e Transtorno Bipolar. Modificadores do curso.
Depois que uma pessoa teve um episódio maníaco com características psicóticas, há
maior probabilidade de os episódios maníacos subsequentes incluírem características
psicóticas.
A recuperação incompleta entre os episódios é mais comum quando o episódio
atual está acompanhado de características psicóticas incongruentes com o humor.
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Questões Diagnosticas Relativas à Cultura Há poucas informações sobre diferenças
culturais específicas na apresentação do Transtorno.
FACTORES DE PROTEÇÃO
Outra questão a ser aprendida é como lidar com uma nova crise. Cuidar da
decepção, da frustração, da desesperança e prevenir consequências agravantes são
fundamentais na recuperação do portador.
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TRATAMENTO
Medicamentos
Psicoterapia
Formação e apoio
Medicamentos antipsicóticos
Determinados antidepressivos
Psicoterapia
Formação e apoio
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Eletroconvulsoterapia que, às vezes, é usada quando os estabilizadores de
humor não aliviam a depressão
Fototerapia, que pode ajudar no tratamento do transtorno bipolar sazonal (que
tem algumas características em comum com o transtorno afetivo sazonal)
Lítio
O lítio pode reduzir os sintomas da mania e da depressão. O lítio ajuda a evitar
variações de humor em muitas pessoas com transtorno bipolar. Uma vez que o lítio
demora entre quatro a dez dias para fazer efeito, um medicamento que age mais
rápido, como um anticonvulsivante ou um medicamento antipsicótico mais recente (de
segunda geração) costuma ser administrado para controlar atividades e pensamentos
agitados. As pessoas com histórico familiar de transtornos bipolares típicos têm mais
propensão a apresentar resposta ao lítio.
O lítio pode ter efeitos colaterais. Ele pode causar sonolência, confusão,
tremores involuntários, espasmos musculares, náusea, vômito, diarreia, sede, excesso
de urina e ganho de peso. Em geral ele piora a acne ou a psoríase da pessoa. No
entanto, esses efeitos colaterais costumam ser temporários e o médico pode, com
frequência, reduzi-los ou aliviá-los ajustando as doses. Às vezes, o lítio deve ser
interrompido devido aos efeitos colaterais, que depois desaparecem.
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Pessoas com função renal prejudicada
Quando uma mulher estiver tentando engravidar, ela deve parar de tomar lítio,
pois ele pode causar, ainda que raramente, malformações cardíacas no feto em
desenvolvimento.
Medicamentos anticonvulsivantes
Os medicamentos anticonvulsivantes valproato e carbamazepina agem como
estabilizadores de humor. Eles podem ser usados para tratar a mania quando ela
ocorre pela primeira vez ou para tratar a mania e a depressão quando elas ocorrem
juntas (estado misto). Ao contrário do lítio, esses medicamentos não prejudicam os
rins. Contudo, a carbamazepina pode reduzir bastante a quantidade de células
vermelhas e brancas do sangue. Raramente, o valproato prejudica o fígado
(principalmente em crianças), ou prejudica gravemente o pâncreas. Com um
monitoramento atento pelo médico, esses problemas podem ser detectados em tempo.
O valproato normalmente não é receitado para mulheres com transtorno bipolar se
estiverem grávidas ou em idade fértil, porque o medicamento parece aumentar o risco
de defeitos congênitos cerebrais ou da medula espinhal (defeitos do tubo
neural), transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e de autismo no feto. O
valproato e a carbamazepina podem ser úteis, especialmente quando as pessoas não
respondem a outros tratamentos.
Às vezes, a lamotrigina é usada para ajudar a controlar as alterações de humor
e tratar a depressão. A lamotrigina pode causar uma erupção cutânea séria.
Raramente, a erupção cutânea provoca a síndrome de Stevens-Johnson que causa
risco à vida. As pessoas que estão tomando lamotrigina devem estar atentas ao
surgimento de novas erupções cutâneas (especialmente na área ao redor de reto e dos
genitais), febre, glândulas inchadas, feridas com bolhas na boca ou nos olhos e
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inchaço dos lábios ou língua. Elas devem relatar esses sintomas ao médico. Para
reduzir o risco de desenvolvimento desses sintomas, o médico deve seguir
cuidadosamente o cronograma recomendado para aumento de dose. A administração
do medicamento é iniciada em dose relativamente baixa, que é aumentada muito
lentamente (ao longo de um período de semanas) até a dose de manutenção
recomendada. Se as doses forem interrompidas por três dias ou mais, o cronograma
de aumento gradual da dose deve começar novamente.
Antipsicóticos
Episódios súbitos de mania são cada vez mais tratados com antipsicóticos de
segunda geração, porque eles agem com mais rapidez e o risco de efeitos colaterais
graves é menor do que com outros medicamentos usados para tratar o transtorno
bipolar. Esses medicamentos incluem o aripiprazol, a lurasidona, a olanzapina, a
quetiapina, a risperidona, a ziprasidona e a cariprazina.
Antidepressivos
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Outros tratamentos
A eletroconvulsoterapia (ECT, às vezes chamada de “terapia de choque”) às
vezes é utilizada para tratar depressão e mania resistentes ao tratamento.
A fototerapia, pela qual a pessoa olha para luzes fortes que simulam a luz solar,
pode ser útil no tratamento do transtorno sazonal (com depressão de outono/inverno e
hipomania de primavera/verão) ou outros tipos de transtorno bipolar não sazonal do
tipo I ou II. Ela é provavelmente mais útil quando usada para complementar outros
tratamentos.
Psicoterapia
Formação e apoio
Aprender sobre os efeitos dos medicamentos usados para tratar o
transtorno pode ajudar a pessoa a tomá-los de acordo com a receita médica. A pessoa
pode resistir em tomar os medicamentos, porque ela acredita que esses medicamentos
a tornam menos alerta e criativa. Contudo, uma diminuição da criatividade é
relativamente pouco comum, porque os estabilizadores de humor normalmente ajudam
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a pessoa a atuar melhor no trabalho, na escola e nos relacionamentos e objetivos
artísticos.
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promove a adesão ao tratamento medicamentosa que, como ocorre na maioria das
doenças crônicas, deve ser mantido por toda a vida.
Os sintomas sugerem o diagnóstico de transtorno bipolar, mas não são suficientes nem
em número nem no tempo de duração para classificar a doença em um dos dois tipos
anteriores.
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Transtorno ciclotímico
É o quadro mais leve do transtorno bipolar, marcado por oscilações crônicas do humor,
que podem ocorrer até no mesmo dia. O paciente alterna sintomas de hipomania e de
epressão leve que, muitas vezes, são entendidos como próprios de um temperamento
instável ou irresponsável.
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CONCCLUSÃO
O Transtorno Bipolar é um transtorno mental grave e com muitos riscos, mas esse
transtorno não deve incapacitar o paciente e, não o faz ser menos merecedor de
cuidados, porém, para cuidar de alguém com transtorno bipolar, que é um transtorno
mental grave, é preciso ter conhecimentos específicos acerca da patologia, dos riscos,
do diagnóstico e do cuidado que deve ser prestado a essa pessoa.
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REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
1. Anderson IM, Haddad PM, Scott J. Bipolar disorder. Bmj. 2012;345:e8508. 2. Goodwin GM.
Bipolar disorder. Medicine. 2012;40:596-8. 3. APA. Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2014.
3. CARVALHO M B. Psiquiatria para enfermagem. São Paulo - SP, RIDEAAL, 2012. 351
p.
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