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Manuel Manuel Macalane

Tema: Perturbações Afetivas com Enfoque a Depressão

Curdso de Licenciatura em Ciências Júridicas/ Pública

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE


Pemba, Fevereiro de 2024

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Manuel Manuel Macalane

Tema: Perturbações Afetivas com Enfoque a Depressão

Curdso de Licenciatura em Ciencias Juridicas/ Publica

Trabalho de caracter avaliaivo


orientado pelo Docente: Msc: Ivani
Abibo da cadeira de Psicologia
Criminal, do curso de Licenciatura
em Ciencias Juridicas/Publica.

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE


Pemba, Fevereiro de 2024

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Indice

1. Introdução: .................................................................................................................................... 4
1.1. Objectivos: ................................................................................................................................ 5
1.1.2. Objectivos Gerais: ....................................................................................................................... 5
1.1.3. Objectivos Especificos: ............................................................................................................... 5
1.1.4. Contextualização: Perurbações Afetivas com Enfoque a Depressão ......................................... 6
1.1.5 Breve Visão Geral das Perturbações Efetivas e Sua Relação com a Depressão: ......................... 7
1.1.6. Tipos de perturbações afetivas .................................................................................................... 8
1.1.7. Impacto da Depressão na Vida do Indivíduo: ............................................................................. 9
1.1.8 Consequências Físicas: .............................................................................................................. 11
1.1.9. Consequências Psicológicas:..................................................................................................... 11
2.1. Consequências Psicológicas:................................................................................................... 12
2.2. Abordagens para a Depressão ................................................................................................. 13
2.3. Conclusao ................................................................................................................................ 16
Referencias Bibliograficas .................................................................................................................. 17

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1. Introdução:

A saúde mental é um componente essencial do bem-estar humano, e sua importância tem sido cada
vez mais reconhecida em todo o mundo. No entanto, apesar dos avanços significativos na
compreensão e no tratamento de várias condições psicológicas, a depressão continua a representar
um desafio persistente e complexo para indivíduos, famílias e sociedades em geral.

A depressão é muito mais do que uma tristeza passageira ou um sentimento de desânimo ocasional.
É uma perturbação grave e incapacitante que pode afetar profundamente a vida cotidiana, os
relacionamentos interpessoais e a saúde física de uma pessoa. Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), a depressão é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo, afetando
mais de 264 milhões de pessoas de todas as idades.

Esta introdução se propõe a destacar a relevância da depressão na saúde mental, explorando sua
natureza multifacetada, seus impactos abrangentes e a necessidade premente de abordagens
efetivas para lidar com essa condição debilitante.

Ao longo deste trabalho, vamos examinar mais de perto a complexidade da depressão, explorando
suas causas, sintomas, impactos e abordagens de tratamento. Além disso, vamos considerar as
implicações sociais, econômicas e culturais associadas à depressão, reconhecendo-a como uma
questão de saúde pública que exige uma resposta coletiva e coordenada.

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1.1.Objectivos:
➢ Investigar os fatores genéticos, ambientais, sociais e psicológicos que contribuem para o
desenvolvimento da depressão.
➢ Avaliar o impacto de intervenções psicossociais, como programas de prevenção, apoio
social, educação pública e redução de estigma, na prevenção e manejo da depressão.
➢ Identificar fatores individuais, familiares, comunitários e sociais que promovem a
resiliência mental e protegem contra o desenvolvimento da depressão.

1.1.2. Objectivos Gerais:

➢ Educar a sociedade sobre a natureza da depressão, seus sintomas, fatores de risco e a


importância de buscar ajuda profissional.
➢ Garantir que todos tenham acesso a serviços de saúde mental de alta qualidade, incluindo
avaliação, tratamento e apoio contínuo.
➢ Implementar programas de prevenção da depressão e intervenções precoces para identificar
e abordar os sintomas depressivos antes que se tornem graves.

1.1.3. Objectivos Especificos:

➢ Desenvolver e implementar programas de triagem e educação para profissionais de saúde,


visando identificar sinais precoces de depressão em consultas médicas de rotina, escolas e
locais de trabalho.
➢ Implementar programas de intervenção precoce e prevenção da depressão em nível
comunitário, incluindo grupos de apoio, educação para a saúde mental e atividades
recreativas.
➢ Garantir que os medicamentos antidepressivos e outras terapias farmacológicas estejam
disponíveis e acessíveis, e que os pacientes recebam apoio adequado na administração
desses tratamentos.

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1.1.4. Contextualização: Perurbações Afetivas com Enfoque a Depressão

Depressão é um termo amplamente usado na linguagem popular e, em parte, devido sua utilização
coloquial, existe uma ambigüidade associada. Depressão é uma síndrome clínica que pode incluir
aspectos psicóticos, distúrbios somáticos, re- tardo psicomotor, e risco para suicídio (Kendall, et
al, 1987). Por outro lado, depres- são é um termo comumente usado para denotar um estado de
“sentir-se para baixo” ou inferiorizado. O uso profissional do termo depressão tem vários níveis
de referên- cias: sintoma, síndrome, e entidade nosológica (Lehmann, 1959). Depressão pode
referir-se a um sintoma – por exemplo, sentir-se triste.

A síndrome depressiva (SD) inclui uma gama de sinais e sintomas que se agrupam, tais como
tristeza, pensa- mentos negativos, distúrbios do apetite e do sono, dentre outros (Kendall, et al,
1987). Assim, a SD é considerada um distúrbio psicológico, mas pode também es- tar presente, de
uma forma secundária, em outras enfermidades clínicas ou psiquiá- tricas. Finalmente, para
depressão ser uma categoria nosológica, deve-se excluir, através da realização de procedimentos
diagnósticos, outras potenciais doenças subjacentes que podem cursar com SD.

Os transtornos depressivos (TD) são comuns, potencialmente graves, e al- gumas vezes ameaçam
a vida. Suas conseqüências são persistentes, debilitantes e de custo elevado. Frequentemente os
mesmos causam significante sofrimento, in capacidade e disfunções sociais, ocasionando ruptura
das atividades diárias normais para o paciente e familiares próximos (Silva, 2005). O custo
econômico da depres- são para a sociedade é considerável, sendo comparável àquele de outras
doenças importantes, tais como as coronariopatias (WHO, 2001). Adicionalmente, os TD cau-
sam mais incapacidade do que a maioria das doenças somáticas crônicas, com pos- sível exceção
do infarto do miocárdio (WHO, 2001). Calcula-se que a incapacidade associada com os TD
resulte na perda de quase treze milhões de anos de vida pro- dutivos, a cada ano (Murray, et al,
1994). Os TD são atualmente amplamente reco- nhecidos como um importante problema de
saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 2001).

Portanto, é evidente que a depressão não é apenas uma questão de saúde individual, mas uma
preocupação de saúde pública que requer uma resposta abrangente e coordenada. Ao entender a
relevância da depressão na saúde mental, podemos trabalhar para implementar estratégias eficazes

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de prevenção, detecção precoce e tratamento, visando melhorar o bem-estar emocional e a
qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição debilitante.

1.1.5 Breve Visão Geral das Perturbações Efetivas e Sua Relação com a Depressão:

A perturbação afetiva é uma doença psiquiátrica que se caracteriza por períodos de humor elevado
(mania/hipomania) alternados com períodos de humor deprimido (depressão).

• Mania: marcada por sintomas graves, de maior duração (≥ 1 semana) e possível


necessidade de internamento

• Hipomania: sintomas menos graves do que a mania, com menor duração (< 1 semana) e
sem necessidade de internamento

• Episódio depressivo: humor deprimido, com letargia, sentimentos de falta de esperança e


alterações do apetite e do sono

As perturbações bipolares estão associadas a problemas no âmbito social, ocupacional e cognitivo.

As perturbações efetivas, também conhecidas como transtornos do humor, são um grupo de


condições psiquiátricas caracterizadas por alterações persistentes e significativas no humor ou no
afeto de um indivíduo. Essas perturbações podem variar desde episódios de extrema euforia até
estados de profunda tristeza e desespero. Entre esses transtornos, a depressão se destaca como uma
das condições mais prevalentes e debilitantes.

A compreensão da relação entre as perturbações efetivas e a depressão é crucial para fornecer uma
intervenção eficaz e abrangente. Reconhecer os sintomas comuns e distintivos de diferentes
transtornos do humor permite aos profissionais de saúde mental diagnosticar com precisão e
oferecer tratamentos específicos para as necessidades individuais de cada paciente.

Ao explorarmos mais a fundo as perturbações efetivas e sua relação com a depressão, podemos
ganhar insights valiosos sobre os mecanismos subjacentes a essas condições, identificar fatores de
risco e desenvolver estratégias de intervenção mais eficazes. Isso é fundamental para melhorar o
manejo clínico da depressão e para promover melhores resultados de saúde mental para aqueles
que vivem com essa condição desafiadora.

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1.1.6. Tipos de perturbações afetivas

A perturbação afetiva bipolar pode ser classificada em vários subtipos dependendo da gravidade e
das características dos sintomas e da história:

• Bipolar tipo I:

o 1 episódio de mania na vida é suficiente para o diagnóstico.

o Episódios depressivos podem apresentar-se embora não sejam necessários para o


diagnóstico.

• Bipolar tipo II:

o ≥ 1 episódio hipomaníaco

o ≥ 1 episódio depressivo

o Sem história de episódios maníacos

• Perturbação ciclotímica:

o Vários períodos de sintomas hipomaníacos e inúmeros períodos de sintomas


depressivos que não atendem aos critérios para mania ou depressão

o Os sintomas estão presentes por ≥ 2 anos consecutivos, estiveram presentes por ≥


½ o tempo e o indivíduo não permaneceu sem os sintomas por >2 meses
consecutivos.

o Os sintomas causam angústia ou declínio funcional

• Perturbação bipolar induzida por substância/medicação: os episódio(s) de humor ocorre(m)


logo após a utilização ou ingestão das substâncias/medicação.

• Perturbação bipolar devido a outra condição médica

• Perturbação bipolar com outra especificação e perturbações relacionadas: não satisfaz


todos os critérios (por exemplo, curta duração dos sintomas)

No diagnóstico da perturbação afetiva bipolar podem ser usados especificadores, por exemplo:

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• Ciclismo rápido:

o ≥ 4 episódios de humor presentes durante um período de 12 meses

o Os episódios acontecem em qualquer ordem.

• Características psicóticas

• Características mistas

• Catatonia

• Com sintomas ansiosos

• Com características melancólicas

• Com início no periparto

• Com características atípicas

1.1.7. Impacto da Depressão na Vida do Indivíduo:

A depressão é uma condição debilitante que afeta profundamente todos os aspectos da vida de um
indivíduo, incluindo sua saúde emocional, suas relações sociais e seu desempenho profissional.
Abaixo, destacamos o impacto da depressão em diferentes áreas da vida:

1. Emocional:

• Sentimentos persistentes de tristeza, desesperança e desespero.

• Perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram consideradas agradáveis.

• Autoestima reduzida e sentimentos de inadequação.

• Ansiedade, irritabilidade e dificuldade em controlar emoções.

• Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.

2. Social:

• Isolamento social e retraimento de atividades sociais.

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• Dificuldade em manter relacionamentos interpessoais, incluindo familiares, amigos
e colegas.

• Conflitos nos relacionamentos devido a mudanças de humor, irritabilidade e falta


de interesse.

• Sentimentos de solidão e desconexão com os outros.

3. Profissional:

• Redução da produtividade e desempenho no trabalho.

• Absenteísmo frequente ou faltas prolongadas ao trabalho.

• Dificuldade em concentrar-se, tomar decisões e resolver problemas.

• Queda na motivação e interesse pelas tarefas profissionais.

• Risco aumentado de desemprego ou perda de oportunidades de carreira.

Além desses impactos diretos, a depressão também pode ter efeitos adversos na saúde física,
aumentando o risco de condições médicas crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes e
comprometimento do sistema imunológico. Portanto, é uma condição que não só causa sofrimento
emocional, mas também tem repercussões significativas na saúde geral e no bem-estar do
indivíduo.
As consequências físicas e psicológicas da depressão são amplas e podem afetar significativamente
a qualidade de vida e o funcionamento diário dos indivíduos afetados. Abaixo, descrevo algumas
das principais consequências em ambas as áreas:

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1.1.8 Consequências Físicas:

1. Distúrbios do Sono: A depressão pode levar a alterações no padrão de sono, como insônia,
sono interrompido ou sono excessivo.

2. Fadiga e Diminuição da Energia: Os indivíduos com depressão frequentemente relatam


uma sensação persistente de cansaço e falta de energia, mesmo após um período de
descanso adequado.

3. Dores e Ache: Dores crônicas, dores musculares e tensão são comuns em pessoas com
depressão. Essas dores podem não ter uma causa física identificável e são muitas vezes
referidas como dor psicogênica.

4. Problemas Digestivos: A depressão pode estar associada a distúrbios gastrointestinais,


como náuseas, dor abdominal, constipação ou diarreia.

5. Comprometimento Imunológico: A depressão pode enfraquecer o sistema imunológico,


tornando os indivíduos mais suscetíveis a infecções e doenças.

1.1.9. Consequências Psicológicas:

1. Pensamentos Negativos e Desesperança: Indivíduos com depressão frequentemente


experimentam pensamentos negativos persistentes, autoquestionamento e uma sensação de
desesperança em relação ao futuro.

2. Dificuldades Cognitivas: A depressão pode afetar a capacidade de concentração,


memória, tomada de decisão e raciocínio lógico.

3. Autoestima Reduzida: Os sentimentos de inutilidade, inadequação e autocrítica são


comuns na depressão e podem levar a uma autoestima reduzida.

4. Ansiedade e Preocupações Excessivas: Muitas vezes, a depressão coexiste com


transtornos de ansiedade, resultando em preocupações excessivas, nervosismo e tensão.

5. Isolamento Social e Solidão: Os sintomas depressivos, como falta de interesse em


atividades sociais e sentimentos de desconexão, podem levar ao isolamento social e à
solidão.

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6. Pensamentos Suicidas: Em casos graves de depressão, os indivíduos podem ter
pensamentos suicidas ou tentativas de autolesão.

As consequências físicas e psicológicas da depressão são amplas e podem afetar significativamente


a qualidade de vida e o funcionamento diário dos indivíduos afetados. Abaixo, descrevo algumas
das principais consequências em ambas as áreas:

2. Consequências Físicas:

1. Distúrbios do Sono: A depressão pode levar a alterações no padrão de sono, como insônia,
sono interrompido ou sono excessivo.

2. Fadiga e Diminuição da Energia: Os indivíduos com depressão frequentemente relatam


uma sensação persistente de cansaço e falta de energia, mesmo após um período de
descanso adequado.

3. Dores e Ache: Dores crônicas, dores musculares e tensão são comuns em pessoas com
depressão. Essas dores podem não ter uma causa física identificável e são muitas vezes
referidas como dor psicogênica.

4. Problemas Digestivos: A depressão pode estar associada a distúrbios gastrointestinais,


como náuseas, dor abdominal, constipação ou diarreia.

5. Comprometimento Imunológico: A depressão pode enfraquecer o sistema imunológico,


tornando os indivíduos mais suscetíveis a infecções e doenças.

2.1.Consequências Psicológicas:

1. Pensamentos Negativos e Desesperança: Indivíduos com depressão frequentemente


experimentam pensamentos negativos persistentes, autoquestionamento e uma sensação de
desesperança em relação ao futuro.

2. Dificuldades Cognitivas: A depressão pode afetar a capacidade de concentração,


memória, tomada de decisão e raciocínio lógico.

3. Autoestima Reduzida: Os sentimentos de inutilidade, inadequação e autocrítica são


comuns na depressão e podem levar a uma autoestima reduzida.

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4. Ansiedade e Preocupações Excessivas: Muitas vezes, a depressão coexiste com
transtornos de ansiedade, resultando em preocupações excessivas, nervosismo e tensão.

5. Isolamento Social e Solidão: Os sintomas depressivos, como falta de interesse em


atividades sociais e sentimentos de desconexão, podem levar ao isolamento social e à
solidão.

6. Pensamentos Suicidas: Em casos graves de depressão, os indivíduos podem ter


pensamentos suicidas ou tentativas de autolesão.

2.2.Abordagens para a Depressão

As abordagens farmacológicas no tratamento da depressão têm sido uma parte fundamental da


prática clínica há décadas. Os antidepressivos são a classe de medicamentos mais comumente
prescrita para o tratamento da depressão, enquanto os estabilizadores de humor são frequentemente
usados no tratamento de transtornos do humor, como o transtorno bipolar, que pode apresentar
episódios de depressão. Abaixo, descrevo brevemente essas abordagens:

1. Antidepressivos:

Os antidepressivos são medicamentos projetados para reduzir os sintomas da depressão,


restaurando o equilíbrio químico no cérebro. Existem várias classes de antidepressivos, cada uma
com diferentes mecanismos de ação. As principais classes de antidepressivos incluem:

• Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS): Exemplos incluem


fluoxetina, sertralina, paroxetina e escitalopram. Esses medicamentos aumentam os níveis
de serotonina no cérebro, um neurotransmissor associado ao humor.

• Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN): Exemplos incluem


venlafaxina e duloxetina. Eles aumentam os níveis de serotonina e noradrenalina, outro
neurotransmissor associado ao humor e à regulação emocional.

• Inibidores da Monoamina Oxidase (IMAO): Embora menos comuns devido a possíveis


interações medicamentosas e efeitos colaterais, os IMAOs são eficazes no tratamento da
depressão resistente. Exemplos incluem fenelzina, tranilcipromina e selegilina.

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• Antidepressivos Atípicos: Essa categoria inclui medicamentos com mecanismos de ação
únicos. Exemplos incluem bupropiona, mirtazapina e trazodona.

2. Estabilizadores de Humor:

Os estabilizadores de humor são medicamentos utilizados principalmente no tratamento do


transtorno bipolar, mas também podem ser úteis para alguns casos de depressão refratária. Eles
ajudam a estabilizar o humor e prevenir episódios de depressão e mania. Os principais
estabilizadores de humor incluem:

• Lítio: O lítio é o estabilizador de humor mais antigo e amplamente utilizado. Ele ajuda a
reduzir a frequência e a gravidade dos episódios depressivos e maníacos no transtorno
bipolar.

• Anticonvulsivantes: Alguns medicamentos originalmente desenvolvidos para tratar


convulsões também mostraram eficácia como estabilizadores de humor. Exemplos incluem
ácido valproico (valproato), carbamazepina e lamotrigina.

• Antipsicóticos Atípicos: Alguns antipsicóticos, como olanzapina, quetiapina e aripiprazol,


também foram usados como estabilizadores de humor em pacientes com transtorno bipolar.

As terapias psicológicas e psicossociais desempenham um papel crucial no tratamento da


depressão, oferecendo abordagens não farmacológicas que visam melhorar o bem-estar emocional
e promover a recuperação. Abaixo, descrevo algumas das principais terapias utilizadas no
tratamento da depressão:

1. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC):

A Terapia Cognitivo-Comportamental é uma abordagem baseada na ideia de que nossos


pensamentos, sentimentos e comportamentos estão interconectados e influenciam nossa saúde
mental. Na TCC para a depressão, o terapeuta trabalha em colaboração com o paciente para
identificar padrões de pensamento negativos e distorcidos e desenvolver estratégias para desafiar
e substituir esses padrões por pensamentos mais realistas e adaptativos. Além disso, a TCC também

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se concentra em ajudar o paciente a desenvolver habilidades de enfrentamento e a realizar
mudanças comportamentais que promovam o bem-estar emocional.

2. Terapia Interpessoal (TI):

A Terapia Interpessoal é uma abordagem que se concentra nas relações interpessoais e na maneira
como essas relações afetam o bem-estar emocional do indivíduo. Na TI para a depressão, o
terapeuta trabalha com o paciente para identificar padrões de relacionamento problemáticos,
resolver conflitos interpessoais e desenvolver habilidades de comunicação e resolução de
problemas. A TI também pode envolver o desenvolvimento de um plano para fortalecer o sistema
de apoio social do paciente e melhorar suas relações interpessoais.

3. Mindfulness e Terapia Cognitivo-Comportamental Baseada em Mindfulness (MBCT):

A mindfulness envolve a prática de prestar atenção plena e consciente ao momento presente, sem
julgamento. A MBCT combina os princípios da TCC com técnicas de mindfulness para ajudar os
indivíduos a desenvolver uma maior consciência dos padrões de pensamento e comportamento
associados à depressão. A MBCT pode incluir exercícios de mindfulness, meditação e práticas de
respiração para ajudar os pacientes a cultivar uma maior aceitação e compaixão por si mesmos e
pelos outros.

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2.3.Conclusao

Em conclusão, a depressão é uma condição de saúde mental complexa e debilitante que afeta
milhões de pessoas em todo o mundo. Ao longo deste trabalho, exploramos a natureza
multifacetada da depressão, incluindo suas causas, sintomas, impactos e abordagens de tratamento.

Foi evidente que a depressão não só tem um impacto profundo na vida emocional, social e
profissional dos indivíduos, mas também representa um ônus significativo para a sociedade em
termos econômicos e sociais. Os custos associados ao tratamento da depressão, perda de
produtividade no trabalho e impactos negativos nos relacionamentos interpessoais destacam a
importância de abordar essa condição de forma abrangente e eficaz.

Felizmente, vimos avanços promissores na compreensão e no tratamento da depressão, incluindo


novas descobertas na neurociência, terapias inovadoras e intervenções digitais acessíveis. Esses
avanços oferecem esperança para uma melhoria significativa no manejo clínico da depressão e na
qualidade de vida das pessoas afetadas.

No entanto, ainda há desafios significativos a serem enfrentados, incluindo o estigma em torno da


saúde mental, acesso desigual aos cuidados e lacunas na pesquisa. Portanto, é fundamental
continuar investindo em pesquisa, educação e políticas de saúde mental para garantir que todos os
indivíduos tenham acesso a tratamentos eficazes e apoio adequado.

Em última análise, ao reconhecer a complexidade da depressão e trabalhar juntos como sociedade


para enfrentar esse desafio, podemos avançar na direção de um futuro onde o bem-estar emocional
e a saúde mental sejam prioridades fundamentais para todos.

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Referencias Bibliograficas

Organização Mundial de Saúde (OMS). (2017). Depressão e outras perturbações mentais comuns:
Estimativas globais de saúde. Genebra: Organização Mundial da Saúde.

Kessler, R. C., et al. (2003). The epidemiology of major depressive disorder.

Botega NJ, Bio MR, Zomignani MA, Garcia C Jr., Pereira WA. Transtornos do Humor em
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enfermaria de clínica médica e validação de escala de medida (HAD) de ansiedade e depressão.
Ver. Saúde Pública. 1995;29:355-63.

DUMIT, J. O problema sou eu ou o meu cérebro: A depressão e os factos neurocientíficos. Revista


of Medical Humanities. 24. 2003.pp. 35-48.

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