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Levantando os

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Pilares do tratamento para o tratamento do
TRANSTORNO BIPOLAR
Olá, olá, pessoas! Como é que vocês estão?

Fico muito feliz de ter você aqui comigo e disposto a aprender um pouco mais sobre como lidar com a
bipolaridade, que faz parte da sua vida e te atrapalha de vez em quando. Eu sei, sei que não é só de vez em
quando. Tá mais pra de vez em sempre , né? Pois é. É uma doença que afeta muito da vida de quem tem.
Afeta em níveis que somente quem tem á capaz de descrever e, muitas vezes, sente muita dificuldade para
isso.
Entender sobre o transtorno bipolar é uma das coisas que mais me dedico a fazer na minha vida. A
maioria das pessoas que acompanho diretamente têm transtorno bipolar. E é como eu disse ali: afeta a vida
delas como um todo. Porém, nao é por isso que é impossível de se viver bem com a presença da doença. Eu sei
que ela gera bastante insegurança em algumas áreas da sua vidae e que se sentir travado pode ser algo
constante. Porém, com as estratégias certas e aplicando algumas pequenas mudanças no seu estilo de vida,
você irá começar a sentir as coisas caminhando novamente.
Esse guia vai te ajudar a dar os primeiros passos rumo à uma melhora significativa na sua maneira de
lidar com a bipolaridade na sua vida. Colocando em prática o que você está verá aqui, você será capaz de
realizar um tratamento bem mais eficiente e que te ajudará a ter muito mais satisfação em muitos âmbitos
da sua vida. Tudo aqui foi elaborado com muito carinho, baseado em estudos da psicologia, muita experiência
clínica e, também, na minha prórpria experiência enfretando a depressão, que fazia meu humor oscilar, mas
apenas no polo depressivo - um verdadeiro inferno!
Espero que esse material faça muita diferença na sua vida e que ele seja somente o início da nossa
caminhada rumo à sua estabilidade! A estrada pode parecer longa, mas conversando a gente chega lá
rapidinho, viu? Boa leitura e divirta-se aprendendo sobre o TAB!

Raul
Quem é Raul?
Raul é produtor de conteúdo da @bipolaridadeemfoco é terapeuta com formação em psicologia,
coaching e abordagem integrada da mente. Raul dedicou boa parte da sua vida a estudar a importância
da história de vida das pessoas os ambientes pelos quais passaram na formação de suas características
pessoais, assim como as sequelas que esta pode deixar em seus momentos presentes.
Além disso, se dedica ao estudo do transtorno afetivo bipolar e a como ajudar pessoas com a
doença a alcançarem uma melhor qualidade de vida por meio da terapia cognitivo-comportamental.
Há alguns anos, Raul decidiu se dedicar integralmente a acompanhar a caminhada de pessoas com
transtorno bipolar rumo à estabilidade, seja por meio da psicoeducação pela internet ou dentro do
consultório.
SUMÁRIO
1. O vocabulário básico para um bom tratamento___________________________________________________5
2. PILAR 01 - Psiquiatra e Medicamentos__________________________________________________________8
3. TAREFA I - Levantamento de dúvidas/Organização dos medicamentos_______________________9
4. PILAR 02 - Psicólogo e Psicoterapia_____________________________________________________________10
5. TAREFA II - Organização das sessões/Levantamento de dúvidas_____________________________11
6. PILAR 03 - Atividade física_______________________________________________________________________12
7. TAREFA III - Sentindo o corpo funcionar_____________________________________________________13
8. PILAR 04 - Dieta__________________________________________________________________________________14
9. TAREFA IV - Minha despensa me ajuda?_______________________________________________________15
10. PILAR 05 - Terapias alternativas________________________________________________________________16
11. TAREFA V - Onde é que eu me encaixo?_________________________________________________________17
12. PILAR 06 - Rede de apoio________________________________________________________________________18
13. TAREFA VI - E se eu entrasse em crise agora?________________________________________________19
14. PILAR 07 - Psicoeducação________________________________________________________________________20
15. TAREFA VII- De que fonte eu beberei?________________________________________________________21
VOCABULÁRIO BÁSICO PARA UM BOM
TRATAMENTO
Para que as pessoas se comuniquem bem, é importante que elas saibam o significado das palavras que
estão usando. Uma das consequências de ser diagnosticado com transtorno bipolar é ouvir uma série de
novos termos que podem causar alguma confusão nas pessoas e, potencialmente, atrapalhar o
andamento do tratamento. Para que não tenhamos problemas nos próximos capítulos, vamos aprender
aqui algumas terminologias que fazem parte da vida de uma pessoa que tem transtorno bipolar e que
precisam de alguma clareza e objetividade nas definições:

Remédio ou medicamento: É aquilo que o seu psiquiatra (ou algum outro médico) passa pra você
sentir menos os sintomas da doença. Somente profissionais da medicina podem passar medicamentos
de uso controlado (com retenção de receita branca ou azul na farmácia) ou qualquer outro.

Ciclar: Verbo utilizado para sinalizar a mudança de humor de um episódio depressivo, hipomania ou
mania. Ciclos podem ser rápidos (acima de 4 mudanças de ciclo por ano).

Sintoma: Algo de errado que você percebe acontecendo com o seu humor que causa desconforto ou
prejuízo no dia-a-dia (ex.: pensamento acelerado, delírio de grandeza, fala acelerada, irritabilidade,
ideação suicida, etc.)

Episódio: Conjunto de sintomas que caracterizam uma depressão, mania ou hipomania. Episódios
causam prejuízos.

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Mania: estado de extrema euforia que causa prejuízos físicos, sociais e psicológicos na pessoa que vive.
A mania está presente em pessoas com transtorno bipolar tipo I. Comportamentos impulsivos são
muito comuns nesse episódio. A mania (tal qual a hipomania) são o que caracterizam o transtorno
bipolar. Se não tiver mania ou hipomania, não é transtorno bipolar.

Hipomania: Forma mais leve de mania que caracteriza o transtorno bipolar tipo II. Pessoas com esse
diagnóstico não vivem períodos de mania e tendem a viver sucessivos episódios de depressão. Não é
apenas um bom humor, é parte da doença e necessita de tratamento. Sentir falta de episódios de
hipomania é comum entre pessoas com transtorno bipolar tipo II, porém esse sentimento é parte do
processo de adoecimento, tendo em vista que a pessoa sente falta de um conjunto de sintomas que
causam prejuízo quando vividos.

Depressão: Episódio caracterizado pela baixa energia e baixo interesse por atividades do cotidiano,
além de uma potencial queda na produtividade e aumento de pensamentos distorcidos negativos acerca
de si e dos seus entornos, levando a comportamentos que tendem a piorar ainda mais a intensidade dos
sintomas vividos.

Antidepressivos: Medicamentos feitos para controlar sintomas de depressão e de ansiedade. Alguns


psiquiatras não prescrevem antidepressivos para pessoas com transtorno bipolar, pois alguns tendem
a causar virada maníaca em quem faz uso. No entanto, alguns antidepressivos são utilizados com
cautela, a depender do caso da pessoa e da gravidade dos episódios depressivos vividos.

Virada maníaca: quando o ciclo de mudanças de humor sai abruptamente de uma depressão para uma
mania (como quando a pessoa faz uso de um antidepressivo e isso faz o humor mudar rapidamente).
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Organizador de comprimidos: caixinha compartimentada para organizar os comprimidos. Pode ser
encontrada em algumas farmácias ou lojas que vendem utilidades domésticas.

Ciclotimia: Um tipo de bipolaridade em que não há episódios mania ou de depressão, mas há a


presença de sintomas. A ciclotimia é caracterizada pela mudança rápida de humor, gerando
desconforto existencial e prejuízos na vida da pessoa.

Tratamento: Envolve tudo aquilo que você faz que te ajuda a lidar com a doença (sem prejudicar
terceiros), psicologica, fisica ou socialmente.

Transtorno Bipolar: Doença mental e biológica caracterizada pela presença de estados de mania
(euforia extrema), depressão (queda acentuada de energia e grande perda de interesse) e episódios
mistos com períodos de eutimia (humor estável). As consequências do transtorno bipolar, quando não
tratado, podem ser extremamente severas para os neurônios, para os órgãos internos, para a vida
social e para a mente da pessoa.

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O primeiro e um dos mais importantes pilares do tratamento para o transtorno bipolar é o que
sustenta a sua relação com o psiquiatra e com os seus medicamentos. O transtorno bipolar é uma
doença biológica, não é uma doença emocional ou psicológica, apesar de afetar seriamente ambas as
partes. Por se tratar de algo biológico, necessita de intervenção medicamentosa. O profissional que irá
te ajudar nesse processo é o psiquiatra. Com ele você poderá tirar todas as suas dúvidas sobre a
doença, desde as razões que fizeram ele concluir que você tem transtorno bipolar às ações que você
precisa adotar para lidar bem com o tratamento.
O psiquiatra é um médico que possui foco na saúde mental. Ele pode ser um forte aliado no seu
processo de tratamento, por isso você precisa ter uma relação muito honesta e aberta com ele. Ele não
irá te julgar ou "desistir" de você por causa dos seus relatos, sejam eles quais forem. O papel do
médico é ajudar você a combater os sintomas da doença para que você fique saudável o mais rápido
possível. A ferramenta principal que o psiquiatra utiliza para fazer isso, além de seu acolhimento nas
consultas, são os medicamentos.
Medicamentos podem ser ruins de usar no inicio e podem ter uma representação negativa pra você
em um primeiro momento. No entanto, a combinação certa de medicamentos pode fazer uma grande
diferença no processo de aceitação do transtorno bipolar, acelerando-o por causa da diminuição dos
sintomas vividos pela pessoa. Uma pessoa com TAB sem sintomas é uma pessoa mais feliz, e o remédio
ajuda muito nisso! 8
TAREFA I
ORGANIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS
+
LEVANTAMENTO DE DÚVIDAS

OBJETIVO: Fortalecer o vínculo com o psiquiatra e melhorar o uso dos medicamentos.


FERRAMENTAS NECESSÁRIAS: Papel, caneta e telefone celular.

DESCRIÇÃO DA TAREFA:
1) Pare por um momento do seu dia e reflita sobre as suas principais dúvidas com relação ao seu
tratamento medicamentoso.
2) Não se limite somente às dúvidas mais simples, pare e pense com curiosidade sobre o transtorno
bipolar. É uma doença que vai estar com você por muitos anos ainda, portanto é bem melhor que você
tenha uma postura de interesse diante da doença. Lembre-se: é conhecendo bem o transtorno bipolar
que você vai lidar melhor com tudo o que passar por causa dos sintomas.
3) Marque sua próxima consulta com o seu psiquiatra, seja presencialmente ou por telemedicina (uma
consulta online). Tire todas as suas dúvidas e curiosidades nessa consulta!
4) Agora pegue seus medicamentos e organize-os de uma forma que facilite a sua tomada.
5) Para isso, elabore uma tabela com o nome dos medicamentos, as doses que você toma de cada um e
os horários. Certifique-se de usar estímulos o suficiente para lembrar de tomá-los no horário correto.
Você pode utilizar a técnica 4:1 para isso, que usa 4 estímulos para que o medicamento seja tomado
corretamente: alarmes, lembretes de papel, organizador de comprimidos e alguém que te ajude a
lembrar do horário.
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O pilar número dois é tão importante quanto o primeiro. Se trata do psicólogo e da psicoterapia.
Toda a parte que envolve o seu comportamento, seus modos de pensar, suas crenças, suas atitudes,
seus relacionamentos... Tudo isso e mais uma infinidade de variáveis podem ser trabalhadas com o
psicólogo. Este profissional vai te ajudar a se ajustar melhor aos seus contextos de maneira geral.
O psicólogo pode ser um dos grandes responsáveis pelo seu processo de psicoeducação, uma das bases
do seu tratamento e também um dos pilares do seu tratamento. Independente da abordagem teórica
do psicólogo (seja terapia cognitivo-comportamental, abordagem centrada na pessoa, fenomenológico-
existencial, gestalt-terapia, psicanálise...), ele estará apto a te ajudar a se ajustar melhor na vida com a
bipolaridade.
Este é outro profissional com o qual você tem o dever de ter uma relação aberta e honesta, até
porque você terá uma convivência maior com ele, tendo em vista que a maioria dos processos
psicoterapêuticos têm encontros semanais. Na maior parte do tempo, você encontrará os
esclarecimentos que precisa para lidar melhor com você mesmo a partir de uma sessão de terapia.
Nessas sessões você pode levar qualquer tipo de demanda que acredite que um psicólogo pode
ajudar. Com certeza você passará a compreender melhor todas consequências que a bipolaridade
trouxe para você depois que conversar sucessivamente sobre elas em um setting terapêutico, seja ele
presencial ou virtual. O importante aqui é que seja terapêutico: tem que trazer bem-estar emocional,
autoconhecimento e esclarecimento de ideias confusas, tudo com muita ética e muita confiança! 10
TAREFA II
ORGANIZAÇÃO DE SESSÕES
+
LEVANTAMENTO DE DÚVIDAS

OBJETIVO: Aproveitar as sessões de psicoterapia ao máximo e melhorar a relação com o terapeuta.


FERRAMENTAS NECESSÁRIAS: Caderninho e caneta.

DESCRIÇÃO DA TAREFA:
1) Compre um caderno de anotações e separe suas páginas em 3 partes com os títulos: pré-terapia,
durante terapia e pós-terapia.
2) Pare antes das sessões com seu terapeuta e liste suas principais demandas e dúvidas e eventos que
gostaria de relatar na sessão. Use a parte do caderno com o título "pré-terapia."
3) Durante as sessões, anote tudo aquilo que for relevante em seu caderno, na parte "durante a
terapia".
4) Após as sessões, tire um tempo para anotar tudo aquilo que você refletir e que seja resultado da
terapia. Use a parte do caderno chamada "pós-terapia" para isso. Não precisa ser exatamente no
mesmo dia, mas precisa ser antes da sessão seguinte.
5) Caso você sinta dificuldade para realizar esse tipo de anotação, converse com seu terapeuta sobre a
melhor maneira de fazer isso e sobre o que ele acha de você fazer isso! Peça sugestões, pergunte se vai
ter utilidade... Demonstre interesse nessa relação terapêutica, pois você só tem a ganhar muito com
isso!

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Atividade física pode ser algo bem complicado de se iniciar para algumas pessoas. Para outras, no
entanto, parece ser o suprassumo do prazer e bem-estar. É relativo, mas algo é certo: é saudável para
todo e qualquer ser humano. É algo essencial para pessoas com doenças mentais e principalmente para
pessoas com transtorno bipolar.
A atividade física fará com que seu corpo funcione de maneira mais saudável. Todos os seus órgãos
se beneficiam da atividade física, principalmente em virtude da melhor oxigenação do sangue, que
facilita os processos metabólicos em diversos níveis.
Para se praticar atividade física de maneira rotineira é necessário dar um primeiro passo. Porém,
muitas pessoas se frustram porque não dão esse primeiro passo de maneira planejada. Não é
simplesmente ir para a academia mais próxima, fazer a matrícula e começar de qualquer jeito. Não é
calçar qualquer tênis e sair pra caminhar na rua pensando apenas nos ganhos que terá com isso.
Lembre-se: se você der o primeiro passo errado e quebrar o pé, isso vai te impedir de dar qualquer
outro passo, por mais que você queira!
Ao pensar sobre fazer atividade física, se planeje para isso. Pense sobre o que você gostaria de
fazer, sobre o tipo de atividade que você faria com mais prazer e mais facilidade. Em linhas gerais,
pessoas com transtorno bipolar precisam fazer atividade física de natureza aeróbica (que faz suar e o
coração bater rápido), 7 vezes por semana durante 30 minutos e em um dos dias por 1 hora. Que tipo
de atividade você gostaria de fazer com essa frequência? Pense um pouco. 12
TAREFA III
Sentindo o corpo funcionar

OBJETIVO: Iniciar a atividade física de maneira gradual.


FERRAMENTAS NECESSÁRIAS: Roupas para atividade física e tênis apropriado.

DESCRIÇÃO DA TAREFA:
1) Pare por um tempo no seu dia e veja qual o melhor horário para fazer atividade física para você.
Inclua no tempo da atividade o tempo que você irá levar para se arrumar para ir e o tempo que levará
para se reorganizar para retomar o restante das suas atividades da sua rotina.
2) No horário escolhido, se arrume com suas roupas para atividade física e saia para uma caminhada
de 15 minutos, que pode ser no seu quarteirão, na pista do seu condomínio ou em algum local da sua
cidade que goste. Faça aquilo que for mais fácil. O importante nesse início não é o esforço físico, mas a
execução da tarefa e o efeito que ela terá na sua cabeça!
3) No dia seguinte, faça a mesma coisa. Caso não consiga, não tem problema, mas vá no dia seguinte!
Não se culpe por não conseguir, simplesmente aceite e tente de novo no dia seguinte.
4) Durante sua caminhada de 15 minutos, sempre respire fundo durante 4 segundos, segure o ar por 2
segundos e solte por 6 segundos. Caminhar em um local calmo (se for num parque perto de áreas
verdes, melhor) e respirando dessa forma você sentirá um bem-estar significativo!
5) Siga fazendo caminhadas de 15 minutos diariamente durante 7 dias. Quando você conseguir fazer
por 7 dias seguidos, aumente para 20 minutos. Mantenha por mais 7 dias e aumente para 25 minutos.
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Mantenha por 7 dias e aumente para 30 minutos.
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Nós somos o que comemos. Se comemos porcaria, nosso corpo funciona mal e fica uma porcaria.
Se comemos bem, nosso corpo funciona bem e vive melhor. Por isso, quem tem transtorno bipolar
precisa ficar atendo ao que come, pois isso pode repercutir de maneira significativa na qualidade de
vida da pessoa como um todo, o que inclui a saúde mental.
Por exemplo, se você faz ingestão de muito açúcar, estará mais propenso a sentir mais ansiedade.
Desta forma, quem tem transtorno bipolar pode acabar ficando muito ansioso se comer muito açúcar
e isso pode fazer com que a pessoa sinta alguns sintomas do transtorno bipolar de maneira mais
intensa.
O ideal para quem tem transtorno bipolar é fazer a ingestão de alimentos mais saudáveis, mais
leves. Ricos em minerais e aminoácidos que favoreçam o bom funcionamento cerebral, pois isso
ajudará na manutenção de um humor mais estável. Proteínas magras ricas em ômega 3 e sementes
também podem ser muito convenientes para o tratamento de quem tem transtorno bipolar.
Para algo mais específico para o seu tratamento, seria interessante conversar com um nutrólogo
ou nutricionista, expor as suas necessidades e suas limitações para que vocês cheguem a uma conclusão
sobre os melhores direcionamentos alimentares pra você. Porém, em linhas gerais, se você mantiver
uma dieta com pouca ingestão de açúcar, gordura e rica em vitaminas do complexo B, minerais, fibras
e aminoácidos já vai fazer uma grande diferença!
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TAREFA IV
Minha despensa me ajuda?

OBJETIVO: Perceber como está a sua dieta.


FERRAMENTAS NECESSÁRIAS: Despensa com comida, papel e caneta.

DESCRIÇÃO DA TAREFA:
1) Pare e faça um levantamento do que você vem comendo. Anote tudo o que lembrar no papel.
2) Vá até a sua despensa e veja o que tem lá dentro.
3) No seu papel, faça duas colunas, uma com "Saudável" no topo e na outra com "Não-saudável".
4) Classifique os alimentos nas colunas correspondentes.
5) Se tiver mais alimentos não-saudáveis, já sabe, né?
6) O que você poderia fazer para ter uma dieta mais saudável com os alimentos que já possui em casa?
7) Faça com que uma das suas refeições seja mais saudável todos os dias. Inicie substituindo só uma.
Habitue-se a isso! Depois de um tempo, substitua outra.

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Terapias alternativas estão por todos os lados. Elas podem ser um dos pilares do seu tratamento,
pois podem dar um suporte emocional extra muito significativo, contanto que a terapia seja algo que
faz sentido para quem está se submetendo ao processo.
O que são terapias alternativas? Toda e qualquer forma de terapia que seja diferente do
acompanhamento psiquiátrico e do psicológico pode ser considerada uma terapia alternativa. Ela só
será considerada saudável se complementar os cuidados dado pelo psiquiatra e pelo psicólogo, pois irá
reforçar o tratamento da pessoa com transtorno bipolar ao invés de deixar a pessoa confusa.
Portanto, se você irá buscar algum terapeuta alternativo para compor o quadro de profissionais que
cuida de você, tenha certeza de que ele irá somar.
Dentre as formas de terapias alternativas mais conhecidas, estão a acupuntura, o reiki, a
massoterapia, as barras de access, o thetahealing, a radiestesia, a aromaterapia, os florais de bach... E
muitas e muitas outras. Várias delas não possuem validação científica e, por vezes, possuem discursos
pseudocientíficos em suas bases teóricas, o que gera muita resistência por parte de muitas pessoas
para fazer alguma.
Porém, as terapias alternativas têm um grande potencial para gerar muito bem-estar psicológico
a quem consegue se entregar aos processos propostos pelos terapeutas.

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TAREFA V
Onde é que eu me encaixo?

OBJETIVO: Encontrar um tipo de terapia alternativa que faça sentido.


FERRAMENTAS NECESSÁRIAS: Internet.

DESCRIÇÃO DA TAREFA:
1) Pare por um momento e pense sobre quem você é e sobre sua personalidade.
2) Você é uma pessoa aberta a novas experiências ?
3) Você está disposto a encarar as coisas de uma maneira diferente de como vê?
4) Pesquise no Google sobre terapias holísticas.
5) Leia um pouco sobre o que aparecer no resultado.
6) Vá focando no que for despertando mais o seu interesse.
7) Quando encontrar algo muito interessante, procure algum terapeuta e converse com ele sobre como
funciona a terapia com ele. Se fizer sentido pra você, agende uma sessão.

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Uma rede de apoio bem estruturada pode ser a diferença entre a vida e a morte, literalmente. Ter
uma rede de apoio significa ter pessoas ao seu redor que podem te ajudar, independente de fazerem
parte da sua sua família ou não. Uma rede de apoio bem estruturada possui vínculos fortes entre você
e seus membros.
Quando sua rede de apoio é formada por pessoas da sua família, a tendência é que elas sejam um
suporte maior, pois além de terem vínculo com você, possuem vínculo entre elas, o que qualifica ainda
mais o tipo de apoio que podem te dar. Muitas vezes, a família pode ajudar custeando o tratamento e
acolhendo de maneira mais imediata e emergencial em eventuais crises mais graves.
Amigos podem ser parte da sua rede de apoio também, porém o apoio deles tende a ser mais
distante, por mais próximos que sejam. Em casos de crises, amigos podem auxiliar fazendo com que
você perceba melhor os seus comportamentos, caso você esteja perdendo os limites sem notar. Além
disso, podem ser muito acolhedores em momentos de maior necessidade, quando você não se sente mais
à vontade para conversar com pessoas da sua família.
Profissionais também devem compor a sua rede de apoio, por isso é importante que tanto o seu
psiquiatra quanto o seu psicólogo sejam pessoas disponíveis para acolhimentos eventuais e orientações
sobre o seu tratamento.
O segredo para se ter uma rede de apoio que funciona é sempre ser muito aberto e ter uma
comunicação assertiva com todos os que fazem parte dela. 18
TAREFA VI
E se eu entrasse em crise agora?

OBJETIVO: Identificar os membros imediatos da sua rede de apoio.


FERRAMENTAS NECESSÁRIAS: Papel e caneta.

DESCRIÇÃO DA TAREFA:
1) E se você tivesse uma crise hoje, quais seriam as pessoas disponíveis pra te ajudar?
2) Liste todas as pessoas.
3) Pense sobre como está a sua relação com elas.
4) Imagine como você pode melhorar a sua comunicação com essas pessoas.
5) Tente conversar com essas pessoas depois de fazer esse levantamento.

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A psicoeducação está na base de tudo o que você sabe sobre o transtorno bipolar. Tudo aquilo que
você aprendeu sobre a doença que não tenha vindo somente da sua experiência com ela tem alguma
conexão com a psicoeducação. Existem algumas maneiras práticas de como se educar sobre o
transtorno bipolar: conversando com profissionais da sua rede de apoio, conversando com outras
pessoas que tem transtorno bipolar, pesquisando sobre o assunto ou fazendo algum curso de
psicoeducação sobre a doença.
Ao conversar com os profissionais da sua rede de apoio para saber sobre a doença, você estará
aprendendo sobre como lidar com ela ao mesmo tempo que estará fortalecendo seus vínculos com estes
profissionais. É uma maneira interessante de aprender, pois estes profissionais precisam saber sobre o
transtorno bipolar para poderem te orientar bem sobre as mudanças de estilo de vida que você precisa
adotar na sua vida para ter sucesso no seu tratamento.
Ao conversar com outras pessoas que têm transtorno bipolar sobre a doença, você poderá ter
acesso a outras formas de vivência dos sintomas por meio dos relatos. Porém, é necessário muito
filtro. Lembre-se: a experiência do outro não é a sua!
Escolhendo fazer um curso de psicoeducação, você aprenderá de maneira sistematizada com uma
metodologia específica ministrada por algum profissional capacitado. O Caminho à Estabilidade é o
único curso de psicoeducação do Brasil 100% voltado para educar pessoas com transtorno bipolar
sobre a doença. 20
TAREFA VII
De qual fonte beberei?

OBJETIVO: Identificar uma boa fonte de psicoeducação.


FERRAMENTAS NECESSÁRIAS: Internet.

DESCRIÇÃO DA TAREFA:
1) Pesquise no Google sobre Transtorno Bipolar e analise os resultados.
2) Ao ver os resultados, foque no que despertar mais o seu interesse.
3) Procure no Instagram a página @bipolaridadeemfoco.
4) Verifique os materiais produzidos pela ABRATA.
5) Procure por vídeos no YouTube usando Transtorno Bipolar na busca.
6) Não consuma todo e qualquer conteúdo que aparecer nas suas buscas. Tente focar em poucas
fontes, mas que tenham qualidade.

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