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O transtorno bipolar

O transtorno bipolar é marcado pela alternância entre episódios de


depressão e de euforia; as crises pode variar em intensidade, frequência e
duração.

Transtorno afetivo bipolar é um distúrbio psiquiátrico complexo. Sua


característica mais marcante é a alternância, às vezes súbita, de episódios de
depressão com os de euforia (mania e hipomania) e de períodos
assintomáticos entre eles. As crises podem variar de intensidade (leve,
moderada e grave), frequência e duração.

As flutuações de humor têm reflexos negativos sobre o comportamento e


atitudes dos pacientes, e a reação que provocam é sempre desproporcional aos
fatos que serviram de gatilho ou, até mesmo, independem deles.

Em geral, essa perturbação do humor se manifesta tanto nos homens quanto


nas mulheres, entre os 15 e os 25 anos, mas pode afetar também as crianças e
pessoas mais velhas.

TIPOS
 

De acordo com o DSM.IV e o CID-10, (manuais internacionais de


classificação diagnóstica), o transtorno bipolar pode ser classificado nos
seguintes tipos:

 Transtorno bipolar Tipo I

O portador do distúrbio apresenta períodos de mania, que duram, no mínimo,


sete dias, e fases de humor deprimido, que se estendem de duas semanas a
vários meses. Tanto na mania quanto na depressão, os sintomas são intensos e
provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem
comprometer não só os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, como
também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do
paciente e das pessoas que com ele convivem. O quadro pode ser grave a
ponto de exigir internação hospitalar por causa do risco aumentado de
suicídios e da incidência de complicações psiquiátricas.

 Transtorno bipolar Tipo II


Há uma alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado
mais leve de euforia, excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade), sem
prejuízo maior para o comportamento e as atividades do portador.

 Transtorno bipolar não especificado ou misto

Os sintomas sugerem o diagnóstico de transtorno bipolar, mas não são


suficientes nem em número nem no tempo de duração para classificar a
doença em um dos dois tipos anteriores.

 Transtorno ciclotímico

É o quadro mais leve do transtorno bipolar, marcado por oscilações crônicas


do humor, que podem ocorrer até no mesmo dia. O paciente alterna sintomas
de hipomania e de depressão leve que, muitas vezes, são entendidos como
próprios de um temperamento instável ou irresponsável.

CAUSAS
 

Ainda não foi determinada a causa efetiva do transtorno bipolar, mas já se


sabe que fatores genéticos, alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis
de vários neurotransmissores estão envolvidos.

Da mesma forma, já ficou demonstrado que alguns eventos podem precipitar a


manifestação desse distúrbio do humor nas pessoas geneticamente
predispostas. Entre eles, destacam-se: episódios frequentes de depressão ou
início precoce dessas crises, puerpério, estresse prolongado, remédios
inibidores do apetite (anorexígenos e anfetaminas), e disfunções da tireoide,
como o hipertireoidismo e o hipotireoidismo.

Veja também: Transtorno bipolar é a doença que mais causa suicídios

DIAGNÓSTICO
 

O diagnóstico do transtorno bipolar é clinico, baseado no levantamento da


história e no relato dos sintomas pelo próprio paciente ou por um amigo ou
familiar. Em geral, ele leva mais de dez anos para ser concluído, porque os
sinais podem ser confundidos com os de doenças como esquizofrenia,
depressão maior, síndrome do pânico, distúrbios da ansiedade. Daí a
importância de estabelecer o diagnóstico diferencial antes de propor qualquer
medida terapêutica.

SINTOMAS
 

Depressão: humor deprimido, tristeza profunda, apatia, desinteresse pelas


atividades que antes davam prazer, isolamento social, alterações do sono e do
apetite, redução significativa da libido, dificuldade de concentração, cansaço,
sentimentos recorrentes de inutilidade, culpa excessiva, frustração e falta de
sentido para a vida, esquecimentos, ideias suicidas.

Mania: estado de euforia exuberante, com valorização da autoestima e da


autoconfiança, pouca necessidade de sono, agitação psicomotora, descontrole
ao coordenar as ideias, desvio da atenção, compulsão para falar, aumento da
libido, irritabilidade e impaciência crescentes, comportamento agressivo,
mania de grandeza. Nessa fase, o paciente pode tomar atitudes que reverterão
em danos a si próprio e às pessoas próximas, como demissão do emprego,
gastos descontrolados de dinheiro, envolvimentos afetivos apressados,
atividade sexual aumentada e, em casos mais graves, delírios e alucinações.

Hipomania: os sintomas são semelhantes aos da mania, porém bem mais leves
e com menor repercussão sobre as atividades e relacionamentos do paciente,
que se mostra mais eufórico, mais falante, sociável e ativo do que o habitual.
Em geral, a crise é breve, dura apenas uns poucos dias. Para efeito de
diagnóstico, é preciso assegurar que a reação não foi induzida pelo uso de
antidepressivos.

TRATAMENTO
 

Transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. O tratamento inclui
o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, tais como
o fim do consumo de substâncias psicoativas, (cafeína, anfetaminas, álcool e
cocaína, por exemplo), o desenvolvimento de hábitos saudáveis de
alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.
De acordo com o tipo, gravidade e evolução da doença, a prescrição de
medicamentos neurolépticos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, ansiolíticos e
estabilizadores de humor, especialmente o carbonato de lítio, tem-se mostrado
útil para reverter os quadros agudos de euforia e evitar a recorrência das
crises. A associação de lítio com antidepressivos e anticonvulsivantes tem
demonstrado maior eficácia para prevenir recaídas. No entanto, os
antidepressivos devem ser utilizados com cuidado, porque podem provocar
uma guinada rápida da depressão para a euforia, ou acelerar a incidência das
crises.

A psicoterapia é outro recurso importante no tratamento da bipolaridade, uma


vez que oferece suporte para o paciente superar as dificuldades impostas pelas
características da doença, ajuda a prevenir a recorrência das crises e,
especialmente, promove a adesão ao tratamento medicamentoso que, como
ocorre na maioria das doenças crônicas, deve ser mantido por toda a vida.

RECOMENDAÇÕES
 

Portadores de transtorno bipolar e seus familiares precisam estar cientes


de que:

 Seguir o tratamento à risca é a melhor forma de prevenir a instabilidade


emocional e a recorrência das crises, o que assegura a possibilidade de
levar vida praticamente normal;
 Os remédios podem não fazer o efeito desejado logo nas primeiras
doses que, muitas vezes, precisam ser ajustadas ao longo do tratamento;
 Crises depressivas prolongadas sem tratamento adequado podem
aumentar em 15% o risco de suicídio nos pacientes bipolares;
 O paciente pode procurar alívio para os sintomas no álcool e em outras
drogas, solução que só ajuda a agravar o quadro;
 Alternar a fase de depressão com a de mania pode dar a falsa sensação
de que a pessoa está curada e não precisa mais de tratamento;
 A família pode precisar também de acompanhamento psicoterápico, por
duas diferentes razões: primeira, porque o distúrbio pode afetar todos
que convivem diretamente com o paciente; segunda, porque precisa ser
orientada sobre como lidar no dia a dia com os portadores do
transtorno.
Hipomania
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Uma condição semelhante à mania, mas menos grave. Os sintomas são


semelhantes com humor elevado, aumento da atividade, diminuição da
necessidade de sono , grandiosidade, pensamentos de corrida, e assim por
diante. No entanto, hipomania diferem em que eles não causam sofrimento
significativo ou prejudicar o trabalho da pessoa, família ou vida social de
uma forma óbvia, enquanto episódios maníacos fazer.

Hipomaníacos pessoas tendem a ser excepcionalmente alegre, tem mais


do que suficiente de energia, e pouca necessidade de sono.
A hipomania é um estado agradável. Pode conferir um senso de
criatividade e poder. No entanto, a hipomania pode sutilmente prejudicar o
julgamento de uma pessoa. Muita confiança pode esconder as
consequências das decisões.
A hipomania pode ser difícil de diagnosticar porque pode mascarar-se
como mera felicidade. É importante diagnosticar a hipomania, porque,
como uma expressão de transtorno bipolar , pode ciclo em depressão e
realizar um aumento do risco de suicídio .

Fonte: www.medterms.com

Hipomania

A hipomania é geralmente descrito como um estado de humor ou nível de


energia que é elevada acima do normal, mas não tão extremo quanto para
causar prejuízo – a característica mais importante distingui-lo de mania. Na
verdade, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quarta
critérios de edição (DSM-IV) para hipomania e mania são quase idênticos.
A palavra hipomania tende a confundir algumas pessoas, por causa do
prefixo “hipo”. Hipo (do grego) significa “no”, e que é utilizado no presente
caso, porque este é o estado de humor baixo, ou menos maníaco, do que a
mania. Mas, em comparação com o humor normal, hipomania é realmente
superior.

A diminuição da necessidade de sono que você descreve é uma das marcas


da hipomania. Algumas pessoas que estão sono hypomanic apenas
algumas horas por dia, e ainda assim eles dizem se sentir descansado. Ao
mesmo tempo, muitas pessoas criativas são enérgicos e enquanto eles
estão no “fluxo” pode precisar de menos horas de sono do que o normal.
Isso não significa necessariamente que eles (ou você) são hypomanic exceto
em um sentido informal, descritivo.

Os critérios de diagnóstico do DSM-IV formais para hipomania exigem


pelo menos três dos seguintes sintomas por pelo menos quatro dias:
auto-estima inflada ou grandiosidade, necessidade de sono diminuída,
aumento da tagarelice; pensamentos acelerados ou idéias; distração
acentuada; agitação ou aumento da atividade , participação excessiva em
atividades que são prazerosas, mas convidar dano pessoal ou fiscal (fazer
compras, indiscrições sexuais, investimentos em negócios impulsivos, e
assim por diante). Para mania, os sintomas são praticamente os mesmos,
exceto que o DSM-IV especifica que duram pelo menos uma semana, levar
a hospitalização, ou incluir sintomas psicóticos (uma ruptura com a
realidade).
A hipomania pode ocorrer por si só, ao passo que a mania, por definição, só
ocorre em conjunto com a doença bipolar. Além disso, a presença de mania
é também o que diferencia os dois tipos principais de doença bipolar a
partir de uma outra. No tipo 1, doença bipolar, uma pessoa geralmente
experimenta episódios de depressão e de mania alternados; no transtorno
bipolar do tipo 2 – geralmente considerado menos grave – uma pessoa
alterna entre depressão e hipomania e nunca experimentou mania.

Se você realmente não tenho nenhum dos outros sintomas descritos acima,
então talvez você é um dos felizardos que pode queimar o óleo da meia-
noite, sem conseqüências preocupantes. Eu tenho um amigo muito
produtivo e bem sucedido, que diz que ele simplesmente nunca se sente
cansado e é muito bem com muito menos sono do que os especialistas
recomendam. I inveja, pelo menos, que ele tem mais horas de vigília para
desfrutar de sua vida!

Mas, se você tiver problemas por causa da falta de sono – pode aparecer
em períodos de humor deprimido, ou relacionamentos ou trabalho pode
sofrer, ou você pode observar algumas das outras características de
hipomania – então você pode querer ver um médico para submeter-se a
uma avaliação psiquiátrica e receber tratamento.

Graves episódios de hipomania pode exigir estabilizadores do humor


utilizados no tratamento da mania. Para episódios leves ou moderadas, no
entanto, pode ser possível a uma pessoa para lidar com hipomania
adoptando hábitos básicos estilo de vida saudável. Isso significa comer
refeições regulares, fazendo atividade física todos os dias (uma ótima
maneira de queimar energia adicional), e tentar obter pelo menos sete ou
oito horas de sono por noite. Ele também pode ajudar a aprender a
reconhecer os gatilhos comuns de hipomania, como a privação de sono ou
excesso de cafeína.

Michael Craig Miller


Fonte: www.health.harvard.edu

Hipomania

Uma crise de Hipomania, chamada de Episódio Hipomaníaco, é definido


como um período distinto, durante o qual existe um humor anormalmente
e persistentemente elevado, expansivo ou irritável. Pelo DSM.IV, o período
de humor anormal deve ser acompanhado por pelo menos três sintomas
adicionais de uma lista que inclui auto-estima inflada ou grandiosidade
(não-delirante), necessidade de sono diminuída, compulsão para falar
demais, fuga de idéias, distraibilidade, maior envolvimento em atividades
dirigidas a objetivos ou agitação psicomotora, e envolvimento excessivo em
atividades prazerosas com um alto potencial para conseqüências
dolorosas.
Os critérios para diagnóstico da Hipomania são os mesmos sintomas
adicionais necessários para caracterizar o Episódio Maníaco, exceto pela
ausência de delírios ou alucinações na Hipomania. O humor durante
um Episódio Hipomaníaco deve estar nitidamente diferente (mais
eufórico) do humor não-deprimido habitual do indivíduo, e deve haver uma
nítida alteração no funcionamento sócio-ocupacional e familiar habitual do
indivíduo. Uma vez que as alterações no humor e funcionamento devem
ser observáveis por outros, a avaliação deste critério freqüentemente
exigirá a entrevista de outros informantes (por ex., membros da família).
A história obtida a partir de outros informantes é particularmente
importante na avaliação de adolescentes. Comparado com umEpisódio
Maníaco, o Episódio Hipomaníaco não é suficientemente severo para
causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou ocupacional ou para
exigir a hospitalização, nem existem características psicóticas. A alteração
no funcionamento em alguns indivíduos pode assumir a forma de um
aumento acentuado na eficiência, realizações ou criatividade. Entretanto,
em outros, a hipomania pode causar algum prejuízo social ou ocupacional.
A perturbação do humor e outros sintomas não devem ser decorrentes dos
efeitos fisiológicos diretos de uma droga de abuso, de um medicamento,
outro tratamento para a depressão (terapia eletroconvulsiva ou terapia
com luzes) ou exposição a uma toxina. O episódio também não deve ser
decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral
(por ex., esclerose múltipla, tumor cerebral).

Sintomas como os que são vistos no Episódio Hipomaníaco podem ser


devido aos efeitos fisiológicos diretos de um medicamento antidepressivo,
terapia eletroconvulsiva, fototerapia ou medicamentos prescritos para
outras condições médicas gerais (por ex., corticosteróides).
Fonte: www.psiqweb.med.br

Hipomania
Classificação Internacional de Doenças – CID 10 F 30.0
Transtorno caracterizado pela presença de uma elevação ligeira mas
persistente do humor, da energia e da atividade, associada em geral a um
sentimento intenso de bem-estar e de eficácia física e psíquica.

Existe freqüentemente um aumento da sociabilidade, do desejo de falar, da


familiaridade e da energia sexual, e uma redução da necessidade de sono;
estes sintomas não são, entretanto, tão graves de modo a entravar o
funcionamento profissional ou levar a uma rejeição social.

A euforia e a sociabilidade são por vezes substituídas por irritabilidade,


atitude pretensiosa ou comportamento grosseiro.

As perturbações do humor e do comportamento não são acompanhadas


de alucinações ou de idéias delirantes.

Fonte: cid10.bancodesaude.com.br

Hipomania

Manias
Todas as subdivisões desta categoria se aplicam exclusivamente a um
episódio isolado. Um episódio hipomaníaco ou maníaco em indivíduo que
já tenha apresentado um ou mais episódios afetivos prévios (depressivo,
hipomaníaco, maníaco, ou misto) deve conduzir a um diagnóstico de
Transtorno Bipolar.

Hipomania
Transtorno caracterizado pela presença de uma elevação ligeira e
persistente do humor, da energia e da atividade associada em geral a um
sentimento intenso de bem-estar e de eficácia física e psíquica.

Existe frequentemente um aumento da sociabilidade, do desejo de falar, da


familiaridade e da energia sexual e uma redução da necessidade de sono.
Esses sintomas não são, entretanto tão graves de modo a entravar o
funcionamento profissional ou levar a uma rejeição social. A euforia e a
sociabilidade são por vezes substituídas por irritabilidade, atitude
pretensiosa ou comportamento grosseiro.

As perturbações do humor e do comportamento não são acompanhadas


de alucinações ou de ideias delirantes.

Mania sem sintomas psicóticos


Presença de uma elevação do humor fora de proporção, podendo variar de
uma jovialidade descuidada a uma agitação praticamente incontrolável.

Esta elação se acompanha de um aumento da energia, levando à


hiperatividade, um desejo de falar e uma redução da necessidade de sono.
A atenção não pode ser mantida, e existe frequentemente uma grande
distração.

O sujeito apresenta frequentemente um aumento da autoestima com


ideias de grandeza e superestimativa de suas capacidades. A perda das
inibições sociais pode levar a condutas imprudentes, inapropriadas ou
deslocadas.

Mania com sintomas psicóticos


Presença dos mesmos sintomas do quadro clínico descrito em Mania sem
sintomas psicóticos, porém com ideias delirantes (em geral de grandeza),
de alucinações (em geral do tipo de voz que fala diretamente ao sujeito) ou
de agitação; de atividade motora excessiva e de fuga de ideias de uma
gravidade tal que o sujeito se torna incompreensível ou inacessível a toda
comunicação normal.

Fonte: www.galenoalvarenga.com.br

Hipomania

EPISÓDIO HIPOMANÍACO
Um Episódio Hipomaníaco é definido como um período distinto, durante o
qual existe um humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou
irritável, com duração mínima de 4 dias (Critério A).
O período de humor anormal deve ser acompanhado por pelo menos três
sintomas adicionais de uma lista que inclui auto-estima inflada ou
grandiosidade (não-delirante), necessidade de sono diminuída, pressão da
fala, fuga de idéias, distratibilidade, maior envolvimento em atividades
dirigidas a objetivos ou agitação psicomotora, e envolvimento excessivo em
atividades prazerosas com um alto potencial para conseqüências dolorosas
(Critério B).

Se o humor é irritável ao invés de elevado ou expansivo, pelo menos quatro


dos sintomas anteriores devem estar presentes. Esta lista de sintomas
adicionais é idêntica àquela que define o Episódio Maníaco, exceto pela
ausência de delírios ou alucinações.
O humor durante um Episódio Hipomaníaco deve estar nitidamente
diferente do humor não-deprimido habitual do indivíduo, e deve haver uma
nítida alteração no funcionamento, que não é característica do
funcionamento habitual do indivíduo (Critério C).
Uma vez que as alterações no humor e funcionamento devem ser
observáveis por outros (Critério D), a avaliação deste critério
freqüentemente exigirá a entrevista de outros informantes (por ex.,
membros da família). A história obtida a partir de outros informantes é
particularmente importante na avaliação de adolescentes.

Comparado com um Episódio Maníaco, um Episódio Hipomaníaco não é


suficientemente severo para causar prejuízo acentuado no funcionamento
social ou ocupacional ou para exigir a hospitalização, nem existem
características psicóticas (Critério E).
A alteração no funcionamento em alguns indivíduos pode assumir a forma
de um aumento acentuado na eficiência, realizações ou criatividade.
Entretanto, em outros, a hipomania pode causar algum prejuízo social ou
ocupacional.

A perturbação do humor e outros sintomas não devem ser decorrentes dos


efeitos fisiológicos diretos de uma droga de abuso, de um medicamento,
outro tratamento para a depressão (terapia eletroconvulsiva ou terapia
com luzes) ou exposição a uma toxina. O episódio também não deve ser
decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral
(por ex., esclerose múltipla, tumor cerebral) (Critério F).
Sintomas como os que são vistos no Episódio Hipomaníaco podem ser
devido aos efeitos fisiológicos diretos de um medicamento antidepressivo,
terapia eletroconvulsiva, fototerapia ou medicamentos prescritos para
outras condições médicas gerais (por ex., corticosteróides).
Estas apresentações não são consideradas Episódios Hipomaníacos e não
contam para um diagnóstico de Transtorno Bipolar II. Por exemplo, se uma
pessoa com Transtorno Depressivo Maior recorrente desenvolve sintomas
de um episódio do tipo hipomaníaco durante um curso de medicamento
antidepressivo, o episódio é diagnosticado como Transtorno do Humor
Induzido por Substância, com Características Maníacas, não se modificando
o diagnóstico de Transtorno Depressivo Maior para Transtorno Bipolar II.
Algumas evidências sugerem a possível existência de uma “diátese” bipolar
em indivíduos que desenvolvem episódios tipo maníacos ou tipo
hipomaníacos após um tratamento somático para a depressão. Esses
indivíduos podem ter uma maior probabilidade de futuros Episódios
Maníacos  ou Hipomaníacos não relacionados a substâncias ou a
tratamentos somáticos para a depressão.
O humor elevado em um Episódio Hipomaníaco é descrito como eufórico,
incomumente bom, alegre ou excitado. Embora o humor da pessoa possa
ter uma qualidade contagiante para o observador sem envolvimento, ele é
reconhecido como uma alteração do humor habitual da pessoa por aqueles
que a conhecem bem.
A qualidade expansiva da perturbação do humor é caracterizada por
entusiasmo por interações sociais, interpessoais ou profissionais. Embora o
humor elevado seja considerado prototípico, a perturbação do humor pode
ser irritável ou alternar entre euforia e irritabilidade. Caracteristicamente,
está presente uma auto-estima inflada, geralmente em nível de uma
autoconfiança sem crítica ao invés de grandiosidade acentuada (Critério
B1).

Existe, com bastante freqüência, uma necessidade de sono diminuída


(Critério B2): a pessoa desperta antes do horário habitual com maior
energia. A fala de uma pessoa em um Episódio Hipomaníaco pode ser um
pouco mais alta e mais rápida do que o habitual, mas não é tipicamente
difícil de interromper.
Ela pode apresentar-se repleta de piadas, trocadilhos, jogos de palavras e
irrelevâncias (Critério B3). A fuga de idéias é incomum e, se presente, dura
por períodos muito breves (Critério B4).

A distratibilidade também está freqüentemente presente, evidenciada por


rápidas mudanças na fala ou atividade em conseqüência da resposta a
vários estímulos irrelevantes (Critério B5). O aumento da atividade dirigida
a objetivos pode envolver planejamento e participação de múltiplas
atividades (Critério B6).

Essas atividades com freqüência são criativas e produtivas (por ex., escrever
uma carta ao editor, colocar a papelada em ordem). A sociabilidade
geralmente está aumentada e pode haver um aumento da atividade sexual.
Pode haver atividade impulsiva, como surtos de compras, direção
imprudente ou investimentos financeiros tolos (Critério B7).

Entretanto, essas atividades geralmente são organizadas, não bizarras, e


não acarretam o nível de prejuízo característico de umEpisódio Maníaco.
Características Específicas à Cultura e à Idade
As considerações culturais sugeridas para os  Episódios Depressivos
Maiores valem também para os Episódios Hipomaníacos. Em pessoas mais
jovens (por ex., adolescentes), os Episódios Hipomaníacos podem estar
associados com gazeta à escola, comportamento anti-social, repetência ou
uso de substâncias.
Curso
Um Episódio Hipomaníaco tipicamente inicia com um rápido aumento dos
sintomas dentro de um ou dois dias. Os episódios podem durar várias
semanas a meses e em geral têm um início mais abrupto e são mais breves
do que os Episódios Depressivos Maiores.
Em muitos casos, o Episódio Hipomaníaco pode ser precedido ou seguido
por um Episódio Depressivo Maior. Estudos sugerem que 5 a 15% dos
indivíduos com hipomania acabam desenvolvendo um Episódio Maníaco.
Diagnóstico Diferencial
Um Episódio Hipomaníaco deve ser diferenciado de um Transtorno do
Humor Devido a uma Condição Médica Geral. O diagnóstico é de
Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica Geral se a
perturbação do humor é considerada a conseqüência fisiológica direta de
uma condição médica geral específica (por ex., esclerose múltipla, tumor
cerebral, síndrome de Cushing).
Esta determinação fundamenta-se na história, achados laboratoriais ou
exame físico. Se o clínico julgar que os sintomas hipomaníacos não são a
conseqüência fisiológica direta da condição médica geral, então
o Transtorno de Humor primário é registrado no Eixo I (por ex., Transtorno
Bipolar I) e a condição médica geral, no Eixo III (por ex., infarto do
miocárdio).
Um Transtorno do Humor Induzido por Substância é diferenciado de
um Episódio Hipomaníaco pelo fato de que uma substância (por ex., droga
de abuso, medicamento ou exposição a uma toxina) está etiologicamente
relacionada à perturbação do humor.
Sintomas como os que são vistos em um Episódio Hipomaníaco podem
ser precipitados por uma droga de abuso (por ex., os sintomas
hipomaníacos que ocorrem apenas no contexto da intoxicação com cocaína
são diagnosticados como Transtorno do Humor Induzido por Cocaína, Com
Características Maníacas, Com Início Durante Intoxicação).
Sintomas como os que são vistos em um Episódio Hipomaníaco também
podem ser precipitados por um tratamento antidepressivo tal como
medicamentos, terapia eletroconvulsiva ou fototerapia. Estes episódios
também são diagnosticados como Transtornos do Humor Induzidos por
Substâncias (por ex., Transtorno do Humor Induzido por Amitriptilina, Com
Características Maníacas; Transtorno do Humor Induzido por Terapia
Eletroconvulsiva, Com Características Maníacas).
Os Episódios Maníacos devem ser distinguidos dos Episódio Hipomaníaco.
Embora Episódios Maníacos e Episódios Hipomaníacostenham idênticas
listas de sintomas característicos, a perturbação do humor nos Episódios
Hipomaníacos não é suficientemente severa para causar prejuízo
acentuado no funcionamento social ou ocupacional ou para exigir a
hospitalização. Alguns Episódio Hipomaníaco podem evoluir
para Episódios Maníacos.
O Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade e Episódio
Hipomaníaco são caracterizados por atividade excessiva, comportamento
impulsivo, fraco julgamento e negação dos problemas.
O Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade distingue-se de
um Episódio Hipomaníaco pelo início caracteristicamente precoce (isto é,
antes dos 7 anos), curso crônico ao invés de episódico, ausência de inícios e
remissões relativamente nítidos e ausência de um humor anormalmente
expansivo ou elevado.
Um Episódio Hipomaníaco deve ser diferenciado da eutimia,
particularmente em indivíduos cronicamente deprimidos que não estão
acostumados à experiência de um estado de humor não-deprimido.
Critérios para Episódio Hipomaníaco
A. Um período distinto de humor persistentemente elevado, expansivo ou
irritável, durando todo o tempo ao longo de pelo menos 4 dias, nitidamente
diferente do humor habitual não-deprimido.
B. Durante o período da perturbação do humor, três (ou mais) dos
seguintes sintomas persistiram (quatro se o humor é apenas irritável)
e estiveram presentes em um grau significativo:
(1) auto-estima inflada ou grandiosidade
(2) necessidade de sono diminuída (por ex., sente-se repousado depois de
apenas 3 horas de sono)
(3) mais loquaz do que o habitual ou pressão por falar
(4) fuga de idéias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão
correndo
(5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada com demasiada facilidade
para estímulos externos insignificantes ou irrelevantes)
(6) aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente, no trabalho, na
escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora
(7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com alto potencial
para conseqüências dolorosas (por ex., envolver-se em surtos desenfreados
de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros tolos)
C. O episódio está associado com uma inequívoca alteração no
funcionamento, que não é característica da pessoa quando assintomática.
D. A perturbação do humor e a alteração no funcionamento são
observáveis por outros.
E. O episódio não é suficientemente severo para causar prejuízo acentuado
no funcionamento social ou ocupacional, ou para exigir a hospitalização,
nem existem aspectos psicóticos.
F. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma
substância (por ex., droga de abuso, medicamento, ou outro tratamento) ou
de uma condição médica geral (por ex., hipertiroidismo).
Nota: Os episódios tipo hipomaníacos nitidamente causados por um
tratamento antidepressivo somático (por ex., medicamentos, terapia
eletroconvulsiva e fototerapia) não devem contar para um diagnóstico de
Transtorno Bipolar II.
Fonte: www.psiqweb.med.br

Hipomania
Quais são os tratamentos para Hipomaníacos?
A hipomania é parte do espectro de desordens bipolares. O transtorno
bipolar é caracterizado por oscilações entre períodos de depressão e
períodos de humor anormalmente elevado, que às vezes são chamados de
episódios maníacos. As pessoas que experimentam um episódio maníaco
normalmente têm aumento de energia, diminuição da necessidade de
sono, aumento da impulsividade, diminuição julgamento, delírios e
alucinações. Hipomaníacos são semelhantes aos episódios de mania, mas
sem os delírios e alucinações. O tratamento para a hipomania é semelhante
ao tratamento para o transtorno bipolar completo, mas muitas vezes mais
conservadora, já que a hipomania é uma mania menos debilitante.

Lítio
Lítio, sob a forma de carbonato de lítio, é a base do tratamento da
perturbação bipolar. Lítio é bastante eficaz para tratar e prevenir
hipomania, mas, infelizmente, a sua dose eficaz está muito próximo da sua
dose tóxica. Os sintomas de toxicidade do lítio incluem náuseas, dores de
estômago, tonturas e fraqueza. Os doentes que tomam lítio precisam ter os
seus níveis sanguíneos cuidadosamente monitorizados para assegurar que
eles são suficientemente elevada para ser eficaz, mas não tão elevado que
seja tóxico. Uma vez que não são hipomania tão perigoso quanto full-blown
mania, impedindo-os é menos crítica. Por estas razões, o lítio não é sempre
a primeira escolha para o tratamento de episódios hipomaníacos.

Ácido valpróico
Ácido valpróico, vendido sob o nome comercial Depakote, é uma alternativa
de tratamento para o transtorno bipolar em pacientes que não toleram o
lítio e é muitas vezes usada como um tratamento de primeira linha para
hipomania. Eficácia do ácido valpróico na prevenção de episódios maníacos
é menos bem estabelecida do que o lítio, mas a dose correta é mais fácil de
encontrar do que para o lítio. O ácido valpróico é também útil para o
tratamento de crises epilépticas; evidência apoia a utilização de outras
medicações anti-epilépticos, tais como a carbamazepina e a lamotrigina, em
perturbações bipolares, assim, embora somente a lamotrigina tem sido
aprovado pela FDA para este efeito.

Antipsicóticos atípicos
Enquanto hipomaníacos ocorrem geralmente como parte de uma forma
mais branda da doença bipolar, que também pode ser uma característica
de transtorno esquizoafetivo. Transtorno esquizoafetivo é caracterizada por
sintomas de humor flutuação, semelhante à doença bipolar, em
combinação com a resposta emocional achatado e padrões de pensamento
distorcidos observados em esquizofrenia. Os antipsicóticos atípicos são
frequentemente utilizados para tratar a esquizofrenia e que se verificou ser
eficaz para o tratamento de episódios maníacos e hipomaníacos também.
Antipsicóticos atípicos são geralmente a primeira escolha para o
tratamento de episódios hipomaníacos visto como parte de transtorno
esquizoafetivo.

Fonte: textozon.com

Hipomania

A hipomania (literalmente “sob-mania”) é um estado psicológico


caracterizado por um transtorno de humor , o que pode ser irritável,
animado, persistente e generalizada, bem como pensamentos e
comportamentos concomitante. Um indivíduo que sofre a hipomania,
chamada hipomania, geralmente tem uma menor necessidade de sono e
repouso, é muito extrovertido , muito competitivo, e mostra significativa de
energia. Ao contrário de maníaca , eles são regularmente produtivo e não
apresentar sintomas psicóticos.
Um número significativo de indivíduos com alta criatividade relataram
sintomas de bipolar , no entanto percebe que há mais que eles são
hiperatividade (TDAH), e ser reivindicação dependente. Hipomanicos
também são mais propensas a hipersexualidade.

Definições
A hipomania é também devido ao uso de drogas, efeitos colaterais, muitas
vezes – mas não sempre – usado drogas psicoativas. Pacientes com uma
forte depressão com hipomania sob a influência de drogas (por exemplo),
pode expor uma forma de transtorno bipolar não categorizados.
Ocorrência
Muitas vezes os pacientes que sofreram um primeiro episódio de
hipomania (que pode ser uma forma de moderar) – geralmente sem
sintomas psicóticos aparentes – haveria uma história deprimido que
poderia levar a sintomas maníacos, eles que normalmente ocorre durante a
adolescência . Os pacientes podem, possivelmente, expor mudanças de
humor e transtorno bipolar já instalada não pode ser diagnosticada, apesar
de uma fase de mania / hipomania do óbvio.

Hipomania também pode ocorrer como um efeito secundário devido a


tomar medicamentos prescritos para outras condições / psicológico de
doenças. Por conseguinte, no caso de hipomania causados pelas drogas em
pacientes com depressão unipolar, hipomania poderia quase
invariavelmente ser eliminado pela redução da dose de droga, a droga ou
alterar completamente o desmame medicação, se a ficha pode ser
interrompido.

Alguns, como o psicólogo John Gartner, explica que a hipomania é mais


visto como um temperamento não-patológica, em vez de um episódio de
doença mental.

DSM, no entanto, define claramente a hipomania como comportamento


aberrante.

Sintomatologia
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR)
define um episódio hipomaníaco durante um período de quatro dias, o
que implica um estado de espírito positivo, bem como três dos
seguintes sintomas ou irritável e quatro dos seguintes sintomas de
humor:
Distúrbio de linguagem
Estima alta ou megalomania
No sonolento
As rápidas mudanças nos tópicos quando o paciente se comunica
Facilmente distraídos e falta de atenção semelhante transtorno de déficit, a
atenção
Forte agitação psicomotora
Forte envolvimento em atividades que podem ter potenciais conseqüências
psicossociais e físicos muito fortes.
Fonte: fr.wikipedia.org

O que é Diabetes?
Diabetes (CID 10 - E10) é uma síndrome metabólica que acontece pela falta de
insulina e/ou pela incapacidade da insulina exercer adequadamente seus
efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue.

O diabetes acontece, porque o pâncreas não é capaz de produzir insulina em


quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque
este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à
insulina).

Importância da produção de insulina


A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está
presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como
fonte de energia.

Portanto, se houver falta desse hormônio ou mesmo se ele não agir


corretamente, haverá aumento de glicose (açúcar) no sangue e,
consequentemente, o diabetes.

Tipos
Pré-diabetes
O pré-diabetes é quando o paciente tem potencial para desenvolver a doença,
como se fosse um estado intermediário entre o saudável e o diabetes tipo 2.

Afinal, no caso do tipo 1 não existe pré-diabetes: a pessoa nasce com uma
predisposição genética ao problema e a impossibilidade de produzir insulina,
podendo desenvolver o diabetes em qualquer idade.

Diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 é quando o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina
em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo com que nossos
anticorpos ataquem as células que produzem a esse hormônio. O diabetes tipo
1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.

Diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2 é consequência da combinação de dois fatores: a diminuição
da secreção de insulina e um defeito na sua ação, conhecido como resistência à
insulina.

Geralmente, o diabetes tipo 2 pode ser tratado com medicamentos orais ou


injetáveis. Contudo, com o passar do tempo, pode ocorrer o agravamento da
doença. O diabetes tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.
Diabetes gestacional
O diabetes gestacional é o aumento da resistência à ação da insulina na
gestação, levando ao aumento nos níveis de glicose no sangue diagnosticado
pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto.

A causa exata do diabetes gestacional ainda não é conhecida, mas envolve


mecanismos relacionados à resistência à insulina.

Outros tipos de diabetes


Há ainda tipos de diabetes que são decorrentes de defeitos genéticos
associados a outras doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser:

 Diabetes por defeitos genéticos da função da célula beta


 Diabetes por defeitos genéticos na ação da insulina
 Diabetes por doenças do pâncreas exócrino
(pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.)
 Diabetes por defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos
(diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.)

Perguntas frequentes
Meu exame de glicemia está acima dos 100 mg/dl. Estou
com diabetes?
Não necessariamente.

O exame de glicemia do jejum é o primeiro passo para investigar o diabetes e


acompanhar a doença. Os valores normais da glicemia do jejum ficam entre 70
e 99 mg/dL (miligramas de glicose por decilitro de sangue).

Estar um pouco acima desses valores indica apenas que o indivíduo está com
uma glicemia no jejum alterada.

Isso funciona como um alerta de que a secreção de insulina pode não estar
normal. O médico deve seguir com a investigação solicitando um exame
chamado curva glicêmica, que define se o paciente possui intolerância à
glicose, diabetes ou então apenas um resultado alterado.
Diabetes é contagioso?
O diabetes não passa de pessoa para pessoa.

O que acontece é que, em especial no tipo 1, há uma propensão genética para


se ter a doença e não uma transmissão comum. Pode acontecer, por exemplo,
de a mãe ter diabetes e os filhos nascerem totalmente saudáveis.

Já o diabetes tipo 2 tem uma função multifatorial: é consequência de maus


hábitos, como sedentarismo e obesidade, que também podem ser adotados
pela família inteira - explicando porque pessoas próximas tendem a ter a
doença conjuntamente, mas também tem propensão genética.

Posso consumir mel, açúcar mascavo e caldo de cana?


Sabe-se que o diabetes tipo 2 do adulto, que corresponde a 90% dos casos de
diabetes no mundo, tem causa multifatorial, ou seja, são muitos fatores que
juntos desencadeiam a doença. A vida sedentária, a tendência genética e
principalmente o ganho de peso são as principais causas.

O ganho de peso é decorrente do excesso de calorias ingeridas. Dessa forma,


se a pessoa come açúcar a mais e acaba por isso ganhando peso, neste caso
sim o açúcar é a causa do ganho de peso, que finalmente, pode levar ao
diabetes.

Mas se a pessoa come pão em excesso, ou batata, ou arroz, e devido a estas


calorias fica acima do peso, também igualmente tem risco de desenvolver
diabetes.

Resumindo: não é o fato de comer especificamente açúcar que causa


diabetes, mas sim o fato de comer em excesso qualquer alimento que acabe
fazendo com que o peso da pessoa aumente.

E, além do excesso de peso, é preciso juntar outros fatores, como sedentarismo


e história familiar para daí sim, ter maior risco de desenvolver diabetes.

Insulina causa dependência?


A aplicação de insulina não promove qualquer tipo de dependência química ou
psíquica.
O hormônio é importante para permitir a entrada de glicose na célula,
tornando-se fonte de energia.

Não se trata de dependência química e, sim, de necessidade vital. O paciente


com diabetes precisa da insulina para sobreviver, mas não é um viciado na
substância.

Saiba mais: 8 mitos comuns sobre diabetes que precisam ser


derrubados

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Vida
Sintomas

Sintomas de Diabetes
Os principais sintomas do diabetes são vontade frequente de urinar, fome e
sede excessiva e emagrecimento. Esses sintomas acontecem em decorrência da
produção insuficiente de insulina ou da incapacidade de a insulina exercer
adequadamente sua ação, causando assim um aumento da glicose no sangue.

Confira a seguir os sintomas característicos de cada tipo de diabetes.

Sintomas de pré-diabetes
O pré-diabetes é a situação clínica que precede o diagnóstico do diabetes tipo
2. Geralmente não é acompanhada de sintomas. Por isso, é uma condição de
saúde que muitas vezes não é diagnosticada.

No entanto, se o indivíduo apresentar ganho de peso, ter casos de diabetes na


família, ingerir uma dieta rica em alimentos hipercalóricos e for sedentário, é
importante procurar orientação médica para investigar como estão os níveis de
glicose no sangue.

Sintomas de diabetes tipo 1


Pessoas com diabetes tipo 1 podem apresentar os seguintes sintomas:

 Vontade frequente de urinar


 Fome excessiva
 Sede excessiva
 Emagrecimento
 Fraqueza
 Fadiga
 Nervosismo
 Mudanças de humor
 Náuseas
 Vômito

O diabetes tipo 1 pode ocorrer por uma herança genética em conjunto com
infecções virais. A doença pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais
comum ser diagnosticada em crianças, adolescentes ou adultos jovens.

Sintomas de diabetes tipo 2


Pessoas com diabetes tipo 2 não apresentam sintomas iniciais e podem manter
a doença assintomática por muitos anos.

Porém, devido a uma resistência à insulina causada pela condição de saúde é


possível manifestar os seguintes sintomas:

 Fome excessiva
 Sede excessiva
 Infecções frequentes (como de bexiga, rins e pele)
 Feridas que demoram para cicatrizar
 Alteração visual (visão embaçada)
 Formigamento nos pés
 Furúnculos

Qualquer indivíduo pode manifestar diabetes tipo 2. Contudo, ter idade acima
de 45 anos, apresentar obesidade ou sobrepeso e ter histórico familiar de
diabetes tipo 2 podem aumentar o risco de ter a doença.

Sintomas de diabetes gestacional


O diabetes gestacional, na maioria das vezes, não causa sintomas e o quadro é
descoberto durante os exames periódicos. Porém, devido ao aumento da
glicemia durante a gravidez é possível manifestar os seguintes sintomas:
 Fome excessiva
 Sede excessiva
 Vontade frequente de urinar
 Visão turva

Toda e qualquer mulher pode manifestar o diabetes gestacional. Entretanto, ter


histórico familiar de diabetes, excesso de peso antes da gravidez e ganho de
peso durante a gestação podem favorecer o quadro.

Diagnóstico e Exames

Diagnóstico de Diabetes
O diagnóstico de diabetes normalmente é feito usando três exames:

Glicemia de jejum
A glicemia de jejum é um exame que mede o nível de açúcar no seu sangue
naquele momento, servindo para monitorização do tratamento de diabetes.Os
valores de referência ficam entre 70 a 99 miligramas de glicose por decilitro de
sangue (mg/dL).

O que significam resultados anormais:

 Resultados entre 100 mg/dL e 125 mg/dL são considerados anormais


próximos ao limite e devem ser repetidos em uma outra ocasião.
 Valores acima de 140 mg/dL já são bastante suspeitos de diabetes,
mas também devendo ser repetido em uma outra ocasião (sempre é
necessária uma avaliação médica).

Hemoglobina glicada
Hemoglobina glicada (HbA1c) é o exame que avalia a fração da hemoglobina
(proteína dentro do glóbulo vermelho) que se liga à glicose.

Durante o período de vida da hemácia (90 dias em média) a hemoglobina vai


incorporando glicose, em função da concentração deste açúcar no sangue.
Se as taxas de glicose estiverem altas durante todo esse período ou sofrer
aumentos ocasionais, haverá necessariamente um aumento nos níveis de
hemoglobina glicada.

Dessa forma, o exame de hemoglobina glicada consegue mostrar uma média


das concentrações de hemoglobina em nosso sangue nos últimos 3 meses .

Os valores da hemoglobina glicada irão indicar se você está ou não com


hiperglicemia, iniciando uma investigação para o diabetes. Valores normais da
hemoglobina glicada:

 Para as pessoas sadias: entre 4,5% e 5,7%


 Para pacientes já diagnosticados com diabetes: abaixo de 7%
 Anormal próximo do limite: 5,7% e 6,4% e o paciente deverá
investigar para pré-diabetes
 Consistente para diabetes: maior ou igual a 6,5%

Curva glicêmica
O exame de curva glicêmica simplificada mede a velocidade com que seu corpo
absorve a glicose após a ingestão. O paciente ingere 75g de glicose e é feita a
medida das quantidades da substância em seu sangue após duas horas da
ingestão.

No Brasil, é usado para o diagnóstico o exame da curva glicêmica simplificada,


que mede no tempo zero e após 120 minutos.

Os valores de referência são:

 Em jejum: abaixo de 100mg/dl


 Após 2 horas: 140mg/dl.

Curva glicêmica maior que 200 mg/dl após duas horas da ingestão de 75g de
glicose é suspeito para diabetes.

A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda como critério de diagnóstico


de diabetes as seguintes condições:

 Hemoglobina glicada maior que 6,5% confirmada em outra ocasião


(dois testes alterados).
 Uma dosagem de hemoglobina glicada associada à glicemia de jejum
maior que 200 mg/dl na presença de sintomas de diabetes.
 Sintomas de urina e sede intensas, perda de peso apesar de ingestão
alimentar, com glicemia fora do jejum maior que 200 mg/dl.
 Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dl em pelo menos duas
amostras em dias diferentes.
 Glicemia maior que 200 mg/dl duas horas após ingestão de 75g de
glicose.

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Diabetes
O tratamento de diabetes tem como objetivo controlar a glicose presente no
sangue do paciente evitando que apresenta picos ou quedas ao longo do dia.

Veja a seguir cada tipo de tratamento e para qual tipo de diabetes é indicado:

Como aplicar insulina


Os pacientes com diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina
para manterem a glicose no sangue em valores normais.

Para fazer essa medida é necessário ter em casa um glicosímetro, dispositivo


capaz de medir a concentração exata de glicose no sangue.

A insulina deve ser aplicada diretamente no tecido subcutâneo (camada de


células de gordura), logo abaixo da pele.

Os melhores locais para a aplicação de insulina são:

 Abdômen (barriga)
 Coxa (frente e lateral externa)
 Braço (parte posterior do terço superior)
 Região da cintura
 Glúteo (parte superior e lateral das nádegas)
Medicamentos para diabetes tipo 1
Além de prescrever injeções de insulina para baixar o açúcar no sangue, alguns
médicos solicitam que o paciente inclua também medicamentos via oral em seu
tratamento.

Os medicamentos mais usados para tratar o diabetes tipo 1 são:

 Glifage
 Glifage XR
 Metformina

Monitorização cuidadosa do seu bebê


O tratamento para mulheres que apresentam diabetes gestacional visa diminuir
os níveis de açúcar na corrente sanguínea da mãe, a fim de evitar que também
prejudique o desenvolvimento do bebê.

Mulheres que apresentem uma condição de diabetes gestacional precisam


observar como está o crescimento do bebê e desenvolvimento do bebê, com
ultrassons e outros exames.

Caso uma dieta acompanhada exercícios não seja suficiente, a gestante pode
precisar de injeções de insulina para baixar o açúcar no sangue. Alguns
médicos prescrevem também medicamentos via oral para controlar o açúcar no
sangue.

Pessoas que apresentam diabetes tipo 2 contam com práticas específicas no


tratamento da condição de saúde. No geral, o diabetes tipo 2 vem
acompanhados de outros problemas, como obesidade e sobrepeso,
sedentarismo, triglicerídeos elevados e hipertensão.

Saiba mais: Pé diabético: veja cuidados fundamentais para


evitá-lo

Dessa forma, é importante consultar seu médico e cuidar também dessas


outras doenças e problemas que podem aparecer junto com o diabetes tipo 2.
Medicamentos para diabetes tipo 2
Entre os medicamentos que podem ser usados para controlar o diabetes tipo 2
estão:

 Inibidores da alfaglicosidase: são medicamentos que impedem a


digestão e absorção de carboidratos no intestino.

 Sulfonilureias: Estimulam a produção pancreática de insulina pelas


células beta do pâncreas, tem alto potencial de redução de A1C (até
2% em média), mas podem causar hipoglicemia.

 Glinidas: nateglinida e repaglinida, via oral. Agem também


estimulando a produção de insulina pelo pâncreas.

Tratamento para impedir evolução do diabetes


Na maior parte dos casos, o tratamento do pré-diabetes vai se iniciar com as
orientações para modificação de hábitos de vida: dieta com redução de calorias,
gorduras saturadas e carboidratos, principalmente os simples, além do estímulo
à atividade física.

Saiba mais: 4 razões para não descuidar da higiene bucal

Em alguns casos, o médico responsável poderá optar, junto com o paciente,


por iniciar tratamento com medicação para prevenir a evolução para o diabetes.

Nos pacientes com pré-diabetes, se estão em sobrepeso ou obesidade, a perda


de cerca de 5% a 7% do peso corporal já leva a uma melhora metabólica
importante.

Corte o cigarro
Diabetes e cigarro multiplicam em até cinco vezes o risco de infarto. As
substâncias presentes no cigarro ajudam a criar acúmulos de gordura nas
artérias, bloqueando a circulação.

Consequentemente, o fluxo sanguíneo fica mais e mais lento, até o momento


em que a artéria entope. Além disso, fumar também contribui para
a hipertensão no paciente com diabetes.
Cuide da saúde bucal
A higiene bucal após cada refeição para o paciente com diabetes é
fundamental. Isso porque o sangue dos portadores de diabetes, com alta
concentração de glicose, é mais propício ao desenvolvimento de bactérias.

Por ser uma via de entrada de alimentos, a boca também recebe diversos
corpos estranhos que, somados ao acúmulo de restos de comida, favorecem a
proliferação de bactérias. Realizar uma boa escovação e ir ao dentista uma vez
a cada seis meses é essencial

Medicamentos para Diabetes


Existem alguns medicamentos normalmente indicados para diabetes
dependendo do caso, como:

 Azukon MR
 Cloridrato de metformina (como Glifage XR)
 Galvus
 Glibenclamida
 Januvia
 Victoza

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu
caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à
risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique.

Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se


tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita,
siga as instruções na bula.

Em pacientes com diabetes, pode ocorrer hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no


sangue) durante a terapia com cloridrato de fluoxetina e hiperglicemia (alta
taxa de açúcar no sangue) após a suspensão do medicamento.

Portanto, a dose de insulina e/ou hipoglicemiante oral deve ser ajustada


quando o tratamento com este medicamento for estabelecido e após a sua
suspensão.
Convivendo (prognóstico)

Complicações possíveis
Retinopatia diabética
Lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos
sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual.

Arteriosclerose
Endurecimento e espessamento da parede das artérias.

Nefropatia diabética
Alterações nos vasos sanguíneos dos rins que fazem com que ocorra uma perda
de proteína pela urina. O órgão pode reduzir a sua função lentamente, mas de
forma progressiva até a sua paralisação total.

Neuropatia diabética
Os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro,
provocando sintomas, como formigamento, dormência ou queimação das
pernas, pés e mãos, dores locais e desequilíbrio, enfraquecimento muscular,
traumatismo dos pelos, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de
transpiração e impotência.

Pé diabético
Ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés de quem tem
diabetes desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer
quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal
controlados.

Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar
complicações que podem levar à amputação do membro afetado.

Infarto do miocárdio e AVC


Ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à
obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro.
O bom controle da glicose, a atividade física e os medicamentos que possam
combater a pressão alta, o aumento do colesterol e a suspensão
do tabagismo são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência desse
problema é de duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes.

Infecções
O excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o
risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre
porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate a vírus, bactérias etc.)
ficam menos eficazes com a hiperglicemia.

O alto índice de açúcar no sangue é propício para que fungos e bactérias se


proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local
de incisão cirúrgica.

Hipertensão
Ela é uma consequência da obesidade - no caso do diabetes tipo 2 - e da alta
concentração de glicose no sangue, que prejudica a circulação, além da
arteriosclerose que também contribui para o aumento da pressão.

SAIBA MAIS: Veja de forma mais detalhada todas as complicações do diabetes

Diabetes tem cura?


Tecnicamente, pela ótica da medicina, o diabetes não tem cura. Entretanto, a
doença é totalmente controlável com o tratamento adequado e outros cuidados
no estilo de vida que o paciente deve seguir.

Se a pessoa desenvolve a doença de forma secundária, em decorrência de


situações como, por exemplo, o uso contínuo de corticoides, obesidade mórbida
e alcoolismo, é possível que os níveis de açúcar no sangue se normalizem com
o devido controle dessas condições. E isto, muitas vezes, é visto como um cura.

Mas o que acontece, na verdade, é um bom controle da doença. Assim, caso a


pessoa volte a ganhar peso ou retome os hábitos alcoolistas, muito
provavelmente o diabetes tornará a aparecer. Por isso, é importante fazer o
devido acompanhamento com especialistas para alcançar uma melhor
qualidade de vida.
Convivendo/ Prognóstico
Pacientes com diabetes devem ser orientados a:

 Realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões


(vale a pena usar um espelho para visualizar as plantas dos pés todos
os dias)
 Manter uma alimentação saudável
 Utilizar os medicamentos prescritos, seguindo à risca as dosagens
indicadas pelo médico
 Praticar atividades físicas
 Manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as
orientações médicas

Prevenção

Prevenção
Pacientes com história familiar de diabetes devem ser orientados a:

 Manter o peso normal


 Não fumar
 Controlar a pressão arterial
 Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas
 Praticar atividade física regular

Links Úteis

Sociedade Brasileira de Diabetes

Associação de Diabetes Juvenil

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Hospital do Coração

Sociedade Brasileira de Cardiologia

ABESO
Referências

Ministério da Saúde

Andressa Heimbecher, médica endocrinologista titular na Sociedade Brasileira


de Endocrinologia e Metabologia e membro ativo da Endocrine Society, CRM
123579

Danilo Höfling, médico endocrinologista e doutor em ciências pela Faculdade de


Medicina da Universidade de São Paulo Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia, CRM 55221

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Milena Teles, médica endocrinologista do Fleury Medicina e Saúde, CRM CE


14016

Cleide Sabino, médica endocrinologista do Laboratório Pasteur


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TAGs: diabetes

O que é Demência?
Demência é uma condição em que ocorre perda da função cerebral. É
um conjunto de sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida
da pessoa, levando a problemas cognitivos, de memória, raciocínio e
afetando, também, a linguagem, o comportamento e alterando a
própria personalidade.

Alzheimer: doença ligada ao envelhecimento afeta a memória recente

Tipos
As demências podem ser agrupadas em dois grandes grupos: as
reversíveis e as irreversíveis, estas últimas também chamadas de
degenerativas. As demências do tipo irreversível também são
progressivas, ou seja, pioram com o passar do tempo. O melhor
exemplo de demência degenerativa é a doença de Alzheimer. Os
danos causados ao cérebro, neste caso, não podem, portanto, ser
interrompidos ou revertidos.

Já as demências reversíveis são aquelas que, apesar de causarem


danos ao cérebro, podem ter seus sintomas revertidos. Bons exemplos
para esse caso são tumores cerebrais, deficiência de vitamina B12,
hidrocefalia normotensiva, entre outros.
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Causas
Diversas doenças estão por trás das causas da demência. Veja
exemplos:

Demências degenerativas

 Doença de Alzheimer
 Demência com corpos de Lewy, cujos sintomas são
similares aos do Alzheimer e cuja incidência é a segunda
maior entre as demências (perdendo apenas para o
próprio Alzheimer)
 Demência vascular, resultante de uma série de pequenos
acidentes vasculares cerebrais (AVC)
 Demência frontotemporal, que é uma degeneração que
ocorre no lóbulo frontal do cérebro e que pode se
espalhar para o lóbulo temporal.

Demências reversíveis

 Tumores cerebrais
 Demências de causa metabólica, em que há alterações
nos níveis de açúcar, sódio e cálcio no sangue
 Baixos níveis de vitamina B12
 Hidrocefalia normotensiva
 Uso de determinados medicamentos, principalmente
alguns para tratar colesterol
 Abuso crônico do álcool.
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Outras demências

 Traumatismo craniano
 Doença de Parkinson
 Esclerose múltipla
 Doença de Huntington
 Doença de Pick
 Paralisia supranuclear progressiva
 Infecções que podem afetar o cérebro, como HIV/AIDS e
doença de Lyme
 Doença de Creutzfeldt-Jakob.

Fatores de risco
Muitos fatores podem levar à demência. Alguns fatores, como idade,
histórico familiar de demências e síndrome de Down, não podem ser
alterados ou prevenidos.

Idade
À medida que uma pessoa envelhece, o risco de demências aumenta
consideravelmente, especialmente após os 65 anos. A demência, por
outro lado e ao contrário do que muita gente pensa, não é parte
normal do envelhecimento, pois também pode ocorrer em pessoas
mais novas.
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Histórico familiar
Se você tem histórico familiar de demência, você está em maior risco
de desenvolver alguma condição. No entanto, isso está longe de ser
uma regra, já que muitas pessoas com histórico familiar podem
também não desenvolver nenhuma doença, enquanto que uma pessoa
sem nenhum tipo de histórico médico de demência desenvolver
alguma ao longo da vida. Uma pessoa com mutações genéticas
específicas está em maior risco de desenvolver certos tipos de
demência.
Saiba mais: Oito hábitos para tratar os sintomas do Parkinson

Síndrome de Down
Por volta da chamada “meia idade”, muitas pessoas com síndrome de
Down desenvolvem sintomas relacionados à demência. Alguns podem,
inclusive, desenvolver uma doença.

Outros fatores
Há, ainda, os fatores de risco que podem ser prevenidos. Veja:
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 Abuso de bebidas alcoólicas


 Aterosclerose
 Hipertensão
 Colesterol elevado
 Depressão
 Diabetes
 Altos níveis de estrogênio
 Obesidade
 Tabagismo
 Níveis alterados de um aminoácido presente no sangue
chamado de homocisteína.

Sintomas

Sintomas de Demência
Sintomas de demência variam, dependendo da causa, mas os mais
comuns incluem:

 Perda de memória
 Dificuldade para se comunicar
 Dificuldade com tarefas complexas
 Dificuldade com planejamento e organização
 Dificuldade com funções de coordenação e motoras
 Problemas com desorientação, como se perder
 Alterações de personalidade
 Incapacidade de estabelecer razão
 Comportamento inadequado
 Paranoia
 Agitação
 Alucinações.
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Diagnóstico e Exames

Buscando ajuda médica


Consulte um médico se você ou alguém próximo a você tem
problemas de memória ou outros sintomas de demência. Algumas
condições médicas tratáveis podem causar sintomas de demência, por
isso é importante que o médico faça o diagnóstico e determine a causa
subjacente.

Doença de Alzheimer e vários outros tipos de demência pioram ao


longo do tempo. O diagnóstico precoce lhe dá tempo para planejar o
futuro, enquanto você pode participar na tomada de decisões.

Na consulta médica
Entre as especialidades que podem diagnosticar uma demência estão:
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 Clínica médica
 Neurologia
 Geriatria

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar


o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas
informações:

 Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles


apareceram
 Histórico médico, incluindo outras condições que o
paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele
tome com regularidade.
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O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

 Você ou seu ente querido apresentaram sintomas de


demências, como perda de memória, mudança de
personalidade, alteração de comportamento e
dificuldades para executar tarefas mais complexas, etc?
 Quando os sintomas começaram?
 Qual a frequência dos sintomas?
 Você ou seu ente querido têm algum histórico familiar de
demência?
 Você ou seu ente querido fumam ou fazem uso excessivo
de álcool?

Diagnóstico de Demência
A perda de memória e outros sintomas de demência têm muitas
causas, por isso o diagnóstico pode ser bastante difícil.
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Para diagnosticar a causa exata de seus sintomas, o médico irá realizar


uma série de perguntas sobre histórico clínico do paciente, questionar-
lhe sobre sintomas e realizar um exame físico. O médico ou médica
pode, também, solicitar uma série de exames para diagnosticar a
demência e descartar possíveis outras condições.
Saiba mais: Você sabe reconhecer a Doença de Alzheimer?

Exames cognitivos e neuropsicológicos


Nestes testes, os especialistas avaliarão as funções cognitivas do
paciente. Uma série de habilidades é medida por meio de testes, como
de memória, orientação, raciocínio e julgamento, habilidades de
linguagem e atenção.
Os médicos costumam usar esses testes para determinar se o caso do
paciente é de demência e podem ainda determinar se é um caso grave
e quais partes do cérebro foram afetadas.
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Avaliação neurológica
Em uma avaliação neurológica, os médicos irão avaliar o movimento,
os sentidos, equilíbrio, reflexos e outras áreas. Eles também podem
usar a avaliação neurológica para diagnosticar possíveis outras
condições.

Varreduras do cérebro
Os médicos podem solicitar exames cerebrais, como uma tomografia
computadorizada ou ressonância magnética, para verificar se há
evidência de derrame ou hemorragia e para descartar a possibilidade
de um tumor.

Testes de laboratório
Exames de sangue simples podem descartar problemas físicos que
talvez estejam afetando o funcionamento do cérebro, tais como
deficiência de vitamina B-12 ou hipertireoidismo.

Avaliação psiquiátrica
Um psicólogo ou psiquiatra podem avaliar se o paciente apresenta
sintomas reais de depressão ou outra condição psicológica que possa
estar causando os sintomas.

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Demência
O principal objetivo do tratamento é controlar os sintomas da
demência. O tratamento costuma variar de acordo com a causa
subjacente dos sintomas. Algumas pessoas necessitam ser internadas
por um curto período para realizar o tratamento.
Talvez seja necessário tomar medicamentos para controlar os
problemas comportamentais causados pela perda da capacidade de
julgamento, maior impulsividade e confusão. Algumas drogas podem
ser usadas para evitar a piora rápida dos sintomas, principalmente em
casos de demência degenerativa. No entanto, o benefício trazido por
essas drogas é pequeno e os pacientes e suas famílias podem não
perceber muita diferença.

Medicamentos para Demência


Os medicamentos mais usados para o tratamento de demência são:

 Haloperidol

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado


para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do
tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e
NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem
consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em
quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na
bula.

Convivendo (prognóstico)

Convivendo/ Prognóstico
Grupos de apoio familiar são parte fundamental para o tratamento de
demências. Saber lidar bem com a doença e aprender a conviver
diariamente com ela é importante para evitar agravamento no quadro.
Saiba mais: Novo exame de sangue prevê risco de demência e
Alzheimer

É bom ter em mente que pessoas com demências degenerativas só


tendem a piorar com o passar do tempo. Por essa razão, é
fundamental que os cuidadores adeptem-se a essa situação. Veja
alguns procedimentos indicados:
 Melhore a comunicação, mantenha contato visual,
experimente usar palavras e frases mais curtas e simples,
tenha muita paciência e procure usar gestos e sinais para
se fazer entender, caso seja necessário
 Incentive a prática de exercícios físicos, que podem dar
ao paciente maior força e saúde cardiovascular. Algumas
pesquisas também mostram que a atividade física pode
retardar a progressão da perda da função cognitiva. Além
disso, exercícios também podem atenuar e tratar
sintomas de depressão.

Complicações possíveis
As complicações dependem da causa da demência, mas podem incluir
o seguinte:

 Abuso por um cuidador sobrecarregado


 Aumento das infecções em qualquer parte do corpo
 Perda da capacidade funcional ou de cuidar de si mesmo
 Perda da capacidade de interagir
 Menor expectativa de vida
 Efeitos colaterais dos medicamentos para tratar a doença

Demência tem cura?


As pessoas com comprometimento cognitivo leve nem sempre
desenvolvem demência. Entretanto, quando a demência ocorre, ela
geralmente piora e, muitas vezes, diminui a qualidade e a expectativa
de vida do paciente. Tratamento adequado pode ajudar a reverter os
sintomas de algumas demências – menos das degenerativas, que são,
também, irreversíveis.

Prevenção
Prevenção
A maioria das causas de demência não pode ser prevenida, mas você
pode reduzir o risco de demência vascular, causada por uma série de
pequenos derrames, parando de fumar e controlando a hipertensão
arterial e o diabetes. Seguir uma dieta com pouca gordura e fazer
exercícios regularmente também pode reduzir o risco deste tipo de
demência.

Referências

Associação Brasileira de Alzheimer

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Neurociência

O que é Alzheimer?
A doença de Alzheimer (CID 10 G30) é uma doença neuro-
degenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo
as capacidades de trabalho e relação social. Com o passar do tempo,
ela também interfere no comportamento e personalidade da pessoa,
causando consequências como a perda de memória.

No início, o paciente pode até lembrar de acontecimentos muito


antigos, mas acaba esquecendo coisas simples, como uma refeição
que acabou de realizar.

Alzheimer: doença ligada ao envelhecimento afeta a memória recente


Com a evolução do quadro, o Alzheimer causa grande impacto no
cotidiano da pessoa e afeta a capacidade de aprendizado, atenção,
orientação, compreensão e linguagem. A pessoa fica cada vez mais
dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas,
como a higiene pessoal e a alimentação.
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O Alzheimer é a causa mais comum de demência - um grupo de


distúrbios cerebrais que causam a perda de habilidades intelectuais e
sociais. Na doença de Alzheimer, as células cerebrais degeneram e
morrem, causando um declínio constante na memória e na função
mental.

A demência varia em gravidade desde o estágio mais brando, quando


está apenas começando a afetar o funcionamento de uma pessoa, até
o estágio mais grave, quando a pessoa deve depender completamente
dos outros para atividades básicas da vida diária.

Alzheimer no Brasil
No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60
anos de idade. Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer,
segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).
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Curiosidades
O nome oficial do Alzheimer refere-se ao médico Alois Alzheimer, o
primeiro a descrever a doença, em 1906. Ele estudou e publicou o
caso da sua paciente Auguste Deter, uma mulher saudável que, aos 51
anos, desenvolveu um quadro de perda progressiva de memória,
desorientação, distúrbio de linguagem (com dificuldade para
compreender e se expressar), tornando-se incapaz de cuidar de si.

Após o falecimento de Auguste, aos 55 anos, o Dr. Alzheimer


examinou seu cérebro e descreveu as alterações que hoje são
conhecidas como características da doença. (3)
Fases do Alzheimer
A Doença de Alzheimer é caracterizada pela piora progressiva dos
sintomas. Entretanto, muitos pacientes podem apresentar períodos de
maior estabilidade. A evolução dos sintomas da Doença de Alzheimer
pode ser dividida em três fases: (4)
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Estágio inicial: O estágio inicial raramente é percebido. Parentes e


amigos (e, às vezes, os profissionais) veem isso como "velhice",
apenas uma fase normal do processo do envelhecimento. Como o
começo da doença é gradual, é difícil ter certeza exatamente de
quando a doença começa. Entretanto, os primeiros sintomas são:

 Ter problemas com a propriedade da fala (problemas de


linguagem)
 Ter perda significativa de memória – particularmente das
coisas que acabam de acontecer
 Não saber a hora ou o dia da semana
 Ficar perdida em locais familiares
 Ter dificuldade na tomada de decisões
 Ficar inativa ou desmotivada
 Apresentar mudança de humor, depressão ou ansiedade
 Reagir com raiva incomum ou agressivamente em
determinadas ocasiões
 Apresentar perda de interesse por hobbies e outras
atividades.

Estágio intermediário: Como a doença progride, as limitações ficam


mais claras e mais graves. A pessoa com demência tem dificuldade
com a vida no dia a dia e:
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 Pode ficar muito desmemoriada, especialmente com


eventos recentes e nomes das pessoas
 Pode não gerenciar mais viver sozinha, sem problemas
 É incapaz de cozinhar, limpar ou fazer compras
 Pode ficar extremamente dependente de um membro
familiar e do cuidador
 Necessita de ajuda para a higiene pessoal, isto é, lavar-
se e vestir-se
 A dificuldade com a fala avança
 Apresenta problemas como perder-se e de ordem de
comportamento, tais como repetição de perguntas,
gritar, agarrar-se e distúrbios de sono
 Perde-se tanto em casa como fora de casa
 Pode ter alucinações (vendo ou ouvindo coisas que não
existem).

Estágio avançado: O estágio avançado é o mais próximo da total


dependência e da inatividade. Distúrbios de memória são muito sérios
e o lado físico da doença torna-se mais óbvio. A pessoa pode:

 Ter dificuldades para comer


 Ficar incapacitada para comunicar-se
 Não reconhecer parentes, amigos e objetos familiares
 Ter dificuldade de entender o que acontece ao seu redor
 É incapaz de encontrar o seu caminho de volta para a
casa
 Ter dificuldade para caminhar
 Ter dificuldade na deglutição
 Ter incontinência urinária e fecal
 Manifestar comportamento inapropriado em público
 Ficar confinada a uma cadeira de rodas ou cama.
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Tipos
O Alzheimer pode ser classificado em dois tipos:

Alzheimer de início precoce


A doença de Alzheimer não é apenas uma doença da velhice. Muitas
pessoas com início precoce estão em seus 40 e 50 anos. A doença
de Alzheimer precoce (também conhecida como início precoce) afeta
pessoas com menos de 65 anos. Até 5% dos mais de 5 milhões de
americanos com Alzheimer apresentam um início mais precoce.

Alzheimer de início tardio


O início tardio é caracterizado quando os sintomas se manifestam após
os 65 anos, sendo os casos mais frequentes.
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Causas
Pesquisadores acreditam que, para a maioria das pessoas, a doença
de Alzheimer é causada por uma combinação de fatores genéticos, de
estilo de vida e ambientais que afetam o cérebro ao longo do tempo.

A causa do Alzheimer é desconhecida, mas seus efeitos deixam marcas


fortes no paciente. Normalmente, atinge a população de idade mais
avançada, embora se registrem casos em gente jovem. Os cientistas já
conseguiram identificar um componente genético do problema, só que
estão longe de uma solução. (2,3)

Embora as causas da doença de Alzheimer ainda não sejam


completamente compreendidas, seu efeito sobre o cérebro é claro. A
doença de Alzheimer danifica e mata as células cerebrais. Um cérebro
afetado pela doença de Alzheimer tem muito menos células e muito
menos conexões entre as células sobreviventes do que um cérebro
saudável.
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À medida que mais células cerebrais morrem, a doença de Alzheimer


leva a um encolhimento significativo do cérebro. Quando os médicos
examinam o tecido cerebral de Alzheimer sob o microscópio, eles
vêem dois tipos de anormalidades que são consideradas características
da doença:

 Placas: esses aglomerados de uma proteína chamada


beta-amilóide podem danificar e destruir as células
cerebrais de várias maneiras, inclusive interferindo na
comunicação célula a célula. Embora a causa final da
morte de células cerebrais na doença de Alzheimer não
seja conhecida, a coleção de beta-amilóide do lado de
fora das células cerebrais é um dos principais suspeitos
 Emaranhados: as células cerebrais dependem de um
sistema interno de suporte e transporte para transportar
nutrientes e outros materiais essenciais ao longo de suas
longas extensões. Este sistema requer a estrutura normal
e o funcionamento de uma proteína chamada tau.

Fatores de risco
Como dito anteriormente, as causas do alzheimer ainda não estão
comprovadas. Contudo, cientistas acreditam que alguns fatores podem
contribuir para o desenvolvimento da doença, como: (2,3)
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Idade
O aumento da idade é o maior fator de risco conhecido para a doença
de Alzheimer. A doença de Alzheimer não faz parte do envelhecimento
normal, mas seu risco aumenta muito depois que você atinge a idade
de 65 anos. A taxa de demência dobra a cada década após os 60 anos.

Pessoas com raras alterações genéticas ligadas ao início precoce da


doença de Alzheimer começam a sentir sintomas já na faixa dos 30
anos.

Histórico familiar e genética


O risco de desenvolver Alzheimer parece ser um pouco maior se um
parente de primeiro grau - seu pai ou irmão - tem a doença.
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Os cientistas identificaram mudanças raras (mutações) em três genes


que virtualmente garantem que uma pessoa que os herda
desenvolverá a doença de Alzheimer. Mas essas mutações são
responsáveis por menos de 5% da doença de Alzheimer.
A maioria dos mecanismos genéticos do Alzheimer entre as famílias
permanece amplamente inexplicada. O mais forte gene do risco que os
pesquisadores descobriram até agora é a apolipoproteína e4 (APoE4),
embora nem todo mundo com esse gene desenvolva a doença. Outros
genes de risco foram identificados, mas não confirmados de forma
conclusiva.

Comprometimento cognitivo leve


As pessoas com comprometimento cognitivo leve têm problemas de
memória ou outros sintomas de declínio cognitivo que são piores do
que o esperado para a idade, mas não são graves o suficiente para
serem diagnosticados como demência.

Aqueles com comprometimento cognitivo leve têm um risco


aumentado - mas não uma certeza - de demência posterior em
desenvolvimento. Tomar medidas para desenvolver um estilo de vida
saudável e estratégias para compensar a perda de memória nesta fase
pode ajudar a retardar ou impedir a progressão para demência.

Estilo de vida e saúde do coração


Não há nenhum fator de estilo de vida que foi definitivamente
mostrado para reduzir o risco de doença de Alzheimer.

No entanto, algumas evidências sugerem que os mesmos fatores que


o colocam em risco de doença cardíaca também podem aumentar as
chances de você desenvolver a doença de Alzheimer. Exemplos
incluem:

 Falta de exercício
 Obesidade
 Tabagismo ou exposição ao fumo passivo
 Pressão alta
 Colesterol alto no sangue
 Diabetes tipo 2 mal controlado
 Uma dieta sem frutas e vegetais
Esses fatores de risco também estão ligados à demência vascular, um
tipo de demência causada por vasos sanguíneos danificados no
cérebro.

Sintomas

Sintomas de Alzheimer
Os primeiros sintomas são aumento do esquecimento ou confusão leve
que podem ser os únicos sintomas da doença de Alzheimer que você
percebe. Mas ao longo do tempo, a doença rouba mais de sua
memória, especialmente as memórias recentes. A taxa em que os
sintomas pioram varia de pessoa para pessoa.

Se você tem Alzheimer, você pode ser o primeiro a perceber que está
tendo uma dificuldade incomum de lembrar as coisas e organizar seus
pensamentos.

Ou você pode não reconhecer que algo está errado, mesmo quando as
mudanças são perceptíveis para os membros da sua família, amigos
íntimos ou colegas de trabalho.

Alterações cerebrais associadas à doença de Alzheimer levam a


problemas crescentes com:

Memória
Todo mundo tem lapsos de memória ocasionais. É normal perder a
noção de onde você coloca as chaves ou esquecer o nome de um
conhecido. Mas a perda de memória associada à doença de Alzheimer
persiste e piora, afetando sua capacidade de funcionar no trabalho e
em casa.

Pessoas com Alzheimer podem:

 Repetir afirmações e perguntas repetidamente, sem


perceber que elas já fizeram a pergunta antes
 Esquecer conversas, compromissos ou eventos
 Perder-se em lugares familiares
 Eventualmente, esqueça os nomes dos membros da
família e objetos do cotidiano
 Tenha dificuldade em encontrar as palavras certas para
identificar objetos, expressar pensamentos ou participar
de conversas

Pensamento e raciocínio
A doença de Alzheimer causa dificuldade em se concentrar e pensar,
especialmente em conceitos abstratos como números.

A multitarefa é especialmente difícil, e pode ser um desafio gerenciar


as finanças, equilibrar os talões de cheque e pagar as contas em dia.
Essas dificuldades podem progredir para a incapacidade de reconhecer
e lidar com números.

Planejando e executando tarefas familiares


Atividades de rotina que exigem etapas seqüenciais, como planejar e
cozinhar uma refeição ou jogar um jogo favorito, tornam-se uma luta à
medida que a doença progride. Eventualmente, pessoas com
Alzheimer avançado podem esquecer como executar tarefas básicas,
como vestir-se e tomar banho.

Mudanças na personalidade e comportamento


Alterações cerebrais que ocorrem na doença de Alzheimer podem
afetar a maneira como você age e como se sente. Pessoas com
Alzheimer podem experimentar:

 Depressão
 Apatia
 Retraimento social
 Mudanças de humor
 Desconfiança nos outros
 Irritabilidade e agressividade
 Mudanças nos hábitos de sono
 Hábito de vagar
 Perda de inibições
 Delírio, como acreditar que algo foi roubado.

Muitas habilidades importantes não são perdidas até muito tarde na


doença. Estes incluem a capacidade de ler, dançar e cantar, apreciar
música antiga, envolver-se em artesanato e hobbies, contar histórias e
relembrar.

Isso ocorre porque as informações, habilidades e hábitos aprendidos


no início da vida estão entre as últimas habilidades a serem perdidas à
medida que a doença progride; a parte do cérebro que armazena essa
informação tende a ser afetada mais tarde no curso da doença.

Capitalizar essas habilidades pode promover sucessos e manter a


qualidade de vida mesmo na fase moderada da doença.

Mesmo com uma aparência saudável, os portadores de Alzheimer


precisam de supervisão ao longo das 24 horas do dia. O quadro da
doença evolui, em média, por um período de cinco a dez anos.

Saiba diferenciar Alzheimer e envelhecimento

Buscando ajuda médica


A ajuda médica é importante para garantir a qualidade de vida de uma
pessoa com Alzheimer, isso porque o tratamento irá retardar o
processo de evolução da doença.

Fazer o diagnóstico de alguém com Alzheimer não é tarefa fácil. A


família do paciente imagina que se trata apenas de um problema
consequente da idade avançada e não procura a ajuda de um
especialista.

Ao notar sintomas do Alzheimer, o próprio portador tende a escondê-


los por vergonha. A família precisa estar atenta e, se identificar algo
incomum, deve encaminhar o idoso à unidade de saúde mais próxima,
mesmo que ela não tenha um geriatra ou um neurologista.

Diagnóstico e Exames
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar o Alzheimer são:

 Clínico geral
 Neurologista
 Geriatra
 Psiquiatra.

Diagnóstico de Alzheimer
Diagnosticar alguém com Alzheimer não é tarefa fácil. A família do
idoso imagina que se trata apenas de um problema consequente da
idade avançada e não procura a ajuda de um especialista.

Ao notar sintomas do Alzheimer, o próprio portador tende a escondê-


los por vergonha. A família precisa estar atenta e, se identificar algo
incomum, deve encaminhar o idoso à unidade de saúde mais próxima,
mesmo que ela não tenha um geriatra ou um neurologista.

É preciso diferenciar o esquecimento normal de manifestações mais


graves e frequentes, que são sintomas da doença. Não é porque a
pessoa está mais velha que não vai mais se lembrar do que é
importante.
Saiba mais: Vídeo: saiba como é feito o diagnóstico de
Alzheimer

Nos quadros de demência da Doença de Alzheimer, normalmente


observa-se um início lento dos sintomas (meses ou anos) e uma piora
progressiva das funções cerebrais.

A certeza do diagnóstico só pode ser obtida por meio do exame


microscópico do tecido cerebral do doente após seu falecimento. Antes
disso, esse exame não é indicado, por apresentar riscos ao paciente.

Na prática, o diagnóstico da Doença de Alzheimer é clínico, isto é,


depende da avaliação feita por um médico, que irá definir, a partir de
exames e da história do paciente, qual a principal hipótese para a
causa da demência.

O acompanhamento médico é essencial para que se identifique


corretamente a existência ou não do Alzheimer. Outras doenças, como
a hipertensão - que dificulta a oxigenação do cérebro -, também
podem originar falta de memória e sintomas de demências. Existem
também demências que podem ser tratadas, como a provocada
pelo hipotireoidismo.

Alzheimer no SUS
Em 2002, o Ministério da Saúde publicou a portaria que instituiu no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) o Programa de Assistência
aos Portadores da Doença de Alzheimer.

Esse programa funciona por meio dos Centros de Referência em


Assistência à Saúde do Idoso, que são responsáveis pelo diagnóstico,
tratamento, acompanhamento dos pacientes e orientação aos
familiares e atendentes dos portadores de Alzheimer. No momento, há
26 Centros de Referência já cadastrados no Brasil.

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e


da Educação na Saúde, vem investindo na capacitação de profissionais
do SUS para atendimento aos idosos.

O envelhecimento da nossa população é um fenômeno recente, pois,


até os anos 50, a expectativa de vida da população era de
aproximadamente 40 anos, observa. Atualmente a esperança de vida
da população é de 71 anos de idade, lembra a coordenadora.

Estimativas do Ministério da Saúde indicam que 73% das pessoas com


mais de 60 anos dependem exclusivamente do SUS. O atendimento
aos pacientes que sofrem do Alzheimer acontece não só nos Centros
de Referência em Assistência à Saúde do Idoso, mas também nas
unidades ambulatoriais de saúde.
Exames
Dentre os principais exames complementares usados na rotina básica
para investigar pacientes com demência, por exemplo, Alzheimer (tipo
de demência mais comum) destacam-se:

 Exames de sangue
 Exame de imagem do cérebro.

Em casos selecionados é preciso também realizar a retirada do líquido


da espinha. Exames mais sofisticados como imagem funcional do
cérebro não são necessários de rotina.

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Alzheimer
O SUS oferece, por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais,
a rivastigmina, a galantamina e o donepezil, principais remédios
utilizados para o tratamento do Alzheimer.

É bom lembrar que os medicamentos não impedem a evolução da


doença, que não tem cura. Os medicamentos para a demência têm
alguma utilidade no estágio inicial, podendo apenas amenizar ou
retardar os efeitos do Alzheimer.

1ª. Tratamento dos distúrbios de comportamento:


Para controlar a confusão e agressividade utilizam-se medicamentos
da classe dos neurolépticos atípicos, embora mesmo com esses
medicamentos pode ser difícil controlar esses sintomas.

Aqui, cabe ressaltar a importância de se evitar remédios que podem


prejudicar ainda mais a função intelectual ou cognitiva destes
indivíduos, por isso o médico deve ficar atento com os remédios que o
paciente com Alzheimer está usando.

Depressão e transtornos do sono também devem ser tratados com


medicações específicas.
2ª. Tratamento específico:
Dirigido para tentar melhorar o déficit de memória, corrigindo o
desequilíbrio químico do cérebro. Drogas como a rivastigmina,
donepezil (Eranz), galantamina (Reminyl), entre outras, podem
funcionar melhor no início da doença, até a fase intermediária.

Porém, seu efeito pode ser temporário, pois a doença de Alzheimer


continua, infelizmente, progredindo. Estas drogas possuem efeitos
colaterais (principalmente gástrico e cardíaco), que podem inviabilizar
o seu uso,

Também há o fato de que somente uma parcela dos idosos melhoram


efetivamente com o uso destas drogas chamadas anticolinesterásicos,
ou seja, não resolve em todos os idosos com demência.

Outra droga, comumente utilizada na fase moderada e avançada da


doença é a memantina, que atua de maneira diferentes dos
anticolinesterásicos. A memantina é um antagonista não competitivo
dos receptores NMDA do glutamato e comumente usada em
associação com os anticolinesterásicos.

Medicamentos para Alzheimer


Somente um médico pode dizer qual é a medicação para Alzheimer
mais indicada para o seu caso, bem como a dosagem correta e a
duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu
médico e nunca se automedique.

Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico


antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito
maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula

Convivendo (prognóstico)

Alzheimer tem cura?


Até o momento, não existe cura para a Doença de Alzheimer. Os
avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma
sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase
grave da doença.

As pesquisas têm progredido na compreensão dos mecanismos que


causam a doença e no desenvolvimento das drogas para o tratamento.

Os objetivos dos tratamentos são aliviar os sintomas existentes,


estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que boa parte dos
pacientes tenha uma progressão mais lenta da doença, conseguindo
manter-se independentes nas atividades da vida diária por mais
tempo.

Complicações possíveis
A perda de memória e de linguagem, julgamento prejudicado e outras
alterações cognitivas causadas pela doença de Alzheimer podem
complicar o tratamento para outras condições de saúde. Uma pessoa
com doença de Alzheimer pode não ser capaz de:

 Comunicar que ele está sentindo dor


 Relatar sintomas de outra doença
 Seguir um plano de tratamento prescrito
 Observar ou descrever os efeitos colaterais dos
medicamentos.

À medida que a doença de Alzheimer progride para os seus últimos


estágios, as alterações cerebrais começam a afetar as funções físicas,
como a deglutição, o equilíbrio e o controle do intestino e da bexiga.
Esses efeitos podem aumentar a vulnerabilidade a problemas de saúde
adicionais, como:

 Pneumonia e outras infecções


 Quedas
 Fraturas
 Escaras
 Desnutrição ou desidratação.
Convivendo/ Prognóstico
Quanto mais os efeitos da doença de Alzheimer avançam em seu
corpo, mais o paciente tende a se afastar completamente do convívio
social. O ator norte-americano Charles Bronson foi uma das vítimas da
doença.

Perto de perder a vida, aos 81 anos, em 2003, o ator de Era uma Vez
no Oeste praticamente havia esquecido a sua identidade e não se
lembrava de nada de seu passado como astro de Hollywood.

O ex-presidente norte-americano Ronald Reagan, morto em 2004, foi


outra vítima famosa. O problema de saúde tirou o político das
atividades públicas, em sua última década de vida.

A família e a sociedade podem dar um grande apoio aos pacientes do


Alzheimer. A Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) é formada por
familiares dos pacientes e conta com a ajuda de vários profissionais,
como médicos e terapeutas.

A associação promove encontros para que as famílias troquem


experiências e aprendam a cuidar e a entender a doença e seus efeitos
na vida dos idosos.

Para a coordenadora de Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Neidil


Espínola, mesmo com o desgaste, as famílias podem entender que, se
o paciente sofre de uma doença incurável, pelo menos ele pode ser
cuidado e receber carinho.

Cuidando de quem tem Alzheimer

Prevenção

Prevenção
 leitura constante
 exercícios de aritmética
 jogos inteligentes
 participação em atividades de grupo.

Previna a doença de Alzheimer

Incurável, o Alzheimer ainda não possui uma forma de prevenção. Os


médicos acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social
permite, pelo menos, retardar a manifestação da doença. Entre as
atividades recomendadas para estimular a memória, estão:
Saiba mais: Vídeo: atitudes saudáveis ajudam a evitar o
Alzheimer

Especialista explica: Sete dicas para fugir do Alzheimer

Visão Geral

Perguntas frequentes
Quando internar a pessoa portadora da doença de
Alzheimer?
Um dos grandes problemas causados pela doença de Alzheimer é a
redução da capacidade de discernimento. O doente não consegue
entender a consequência dos seus atos, não manifesta a sua vontade,
não desenvolve raciocínio lógico por causa dos lapsos de memória e
perde a capacidade de comunicação.

Isto impossibilita que as pessoas o compreendam, e portanto, a lei o


considera civilmente incapaz.

A interdição serve como medida de proteção para preservar o paciente


de Alzheimer de determinados riscos que envolvem a prática de certos
atos como, por exemplo, evitar que pessoas "experientes" aproveitem-
se da deficiência de discernimento do paciente para efetuar manobras
desleais, causando diversos prejuízos, principalmente, de ordem
patrimonial e moral.

Como exemplo, podemos citar a venda de um imóvel ou de um


veículo, retirada de dinheiro do banco, emissão de cheques, entre
outros.
A interdição declara a incapacidade do paciente de Alzheimer que não
poderá, por si próprio, pratica ou exercer pessoalmente determinados
atos da vida civil, necessitando, para tanto, ser representado por outra
pessoa. Esse representante é o curador.

Como interditar o paciente com Alzheimer?


A interdição do paciente de Alzheimer é feita através de processo
judicial, sendo necessário, para tanto, a atuação de um advogado.

Entretanto, em alguns casos específicos, o Ministério Público poderá


atuar, sendo, nesse caso, desnecessária a representação por
advogado. No processo de interdição, o paciente será avaliado por
perito médico que atestará a capacidade de discernimento da pessoa.

O laudo emitido servirá de orientação para o juiz decidir pela


intervenção, ou não. Além disso, o paciente deverá ser levado até a
presença do juiz (se houver possibilidade) para que este possa
conhecê-lo.

Quem é o curador?
Curador é o representante do interditado (no caso, o doente de
Alzheimer) nomeado pelo juiz, que passará a exercer todos os atos da
vida civil no lugar do paciente interditado. Irá administrar os bens,
assinar documentos, enfim, cuidará da vida civil do paciente de
Alzheimer.

Para facilitar a compreensão, é só imaginar a relação existente entre


os pais e o filho menor de idade. A criança não pode assinar contratos,
quem os assina em seu lugar são seus pais.

A criança também não pode movimentar conta no banco, necessitando


da representação dos seus pais para tanto. Com a interdição, podemos
comparar o paciente interditado como sendo a criança, e os pais, o
curador.
E a "procuração de plenos poderes", não possui a mesma
finalidade da interdição?
Não, a interdição é mais ampla. Se o paciente de Alzheimer não for
interditado, todos os atos praticados por ele serão válidos, a princípio.
Ao passo que, se ele for interditado, seus atos serão NULOS.

A procuração, por sua vez, não tem esse "poder", apenas confere ao
representante o direito de atuar dentro dos limites a ele conferido na
procuração, geralmente administrar patrimônio e assinar documentos -
o paciente poderia praticar atos autônomos causando uma série de
prejuízos.

Atos, estes, que serão tidos como válidos, se praticados com boa-fé.
Muitas vezes, a procuração se torna inviável porque o paciente não
consegue assiná-la.

O que é o auxílio-cuidador pago pelo INSS?


É o acréscimo de 25% ao valor da aposentadoria quando o segurado,
aposentado por invalidez, necessita de assistência permanente de
outra pessoa. Muitas confusões são feitas em relação a este benefício.

Ele não é devido a quem necessita de um cuidador permanente, mas,


sim, a quem se aposentou por invalidez devido a uma doença que
precisa de cuidador em tempo integral.

O que é o benefício da prestação continuada paga pelo


INSS?
É a garantia de um salário mínimo mensal, pago pelo INSS, à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais, que
comprove não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de
tê-la provida por sua família.

Para ter direito a esse benefício, o idoso não precisa ter contribuído à
Seguridade Social, mas precisa provar que sua família possui renda
mensal per capta (por pessoa da família) inferior a 1/4 do salário
mínimo.
Exemplo: um idoso com mais de 65 anos que resida na casa de sua
filha, com o genro e mais dois netos. No caso de somente o genro
trabalhar e ganhar R$ 1.000,00 por mês.

Dividiremos R$ 1.000,00 por cinco pessoas (casal, dois filhos e o


idoso), obteremos R$ 200,00 por pessoa - valor menor que um salário
mínimo. Assim, nesse exemplo, o idoso tem direito ao benefício.

Alzheimer é hereditário?
Na maioria dos casos, o Alzheimer não é causado por hereditariedade.
O maior fator de risco para o surgimento da doença é a idade. Caso
alguém de sua família sofra com a condição, não há motivos para
grandes preocupações. Entretanto, se muitos familiares desenvolverem
o distúrbio, é aconselhável realizar um acompanhamento médico.

Como funciona o adesivo para Alzheimer?


O adesivo é oferecido gratuitamente pelo SUS, e nada mais é do que o
remédio rivastigmina. Aplicado diretamente na pele, ele tem o mesmo
nível de eficácia das cápsulas e solução oral já disponibilizadas para os
portadores da doença - a vantagem é que o patch permite a absorção
do remédio ao longo do dia e, com isso, minimiza efeitos colaterais
como náusea e vômitos, comuns no tratamento via oral.

Atrite Reumatoide:
O que é?
A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica que pode afetar
várias articulações. A causa é desconhecida e acomete as mulheres duas vezes
mais do que os homens. Inicia-se geralmente entre 30 e 40 anos e sua
incidência aumenta com a idade.

Quais são os sintomas?


Os sintomas mais comuns são os da artrite (dor, edema, calor e vermelhidão)
em qualquer articulação do corpo sobretudo mãos e punhos. O
comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro mas a coluna cervical é
frequentemente envolvida. As articulações inflamadas provocam rigidez
matinal, fadiga e com a progressão da doença, há destruição da cartilagem
articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para
realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional. As
deformidades mais comuns ocorrem em articulações periféricas como os
dedos em pescoço de cisne, dedos em botoeira, desvio ulnar e hálux valgo
(joanete).

Além das articulações outros podem ser acometidos?


Sim, porém menos comumente outros órgãos ou tecidos como a pele, unhas,
músculos, rins, coração, pulmão, sistema nervoso, olhos e sangue podem
apresentar alterações. A chamada Síndrome de Felty (aumento do baço, dos
gânglios linfáticos e queda dos glóbulos brancos em paciente com a forma
crônica da AR) também pode ocorrer.

Como é feito o diagnóstico?


Segundo o Colégio Americano de Reumatologia, o diagnóstico de artrite
reumatóide é feito quando pelo menos 4 dos seguintes critérios estão
presentes por pelo menos 6 semanas:

 Rigidez articular matinal durando pelo menos 1 hora


 Artrite em pelo menos três áreas articulares
 Artrite de articulações das mãos: punhos, interfalangeanas
proximais (articulação do meio dos dedos) e metacarpofalangeanas
(entre os dedos e mão)
 Artrite simétrica (por exemplo no punho esquerdo e no direito)
 Presença de nódulos reumatóides
 Presença de Fator Reumatóide no sangue
 Alterações radiográficas: erosões articulares ou descalcificações
localizadas em radiografias de mãos e punhos.
O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais
para o controle da atividade da doença, prevenção da incapacidade funcional e
lesão articular e o retorno ao estilo de vida normal do paciente o mais
rapidamente possível.
Quais os exames devem ser feitos?
Apenas o médico especialista pode avaliar quais exames devem ser solicitados
a cada paciente. Na avaliação laboratorial o fator reumatóide pode ser
encontrado em cerca de 75% dos casos já no início da doença. Anticorpos
contra filagrina/profilagrina e anticorpos contra peptídio citrulinado cíclico
(PCC) são encontrados nas fases mais precoces da doença mas apresentam
um custo maior. As provas de atividade inflamatória como o VHS e a proteína C
reativa correlacionam-se com a atividade da doença. Exames de imagem como
radiografias, ultrassonografias, tomografias, ressonância, etc podem ser
solicitados pelo médico reumatologista após a avaliação de cada quadro clínico
individualmente.

Como é o tratamento?
O tratamento medicamentoso vai variar de acordo com o estágio da doença,
sua atividade e gravidade, devendo ser mais agressivo quanto mais agressiva
for a doença. Os antiinflamatórios são a base do tratamento seguidos de
corticóides para as fases agudas e drogas modificadoras do curso da doença, a
maior parte delas imunossupressoras. Mais recentemente os agentes
imunobiológicos passaram a compor as opções terapêuticas. O tratamento
com antiinflamatórios deve ser mantido enquanto se observar sinais
inflamatórios ou o paciente apresentar dores articulares. O uso de drogas
modificadoras do curso da doença deve ser mantido indefinidamente. O
tratamento medicamentoso é sempre individualizado e modificado conforme a
resposta de cada doente. Em alguns pacientes há indicação de tratamento
cirúrgico, dentre eles cita-se a sinovectomia para sinovite persistente e
resistente ao tratamento conservador, artrodese, artroplastias totais, etc.

Fisioterapia e terapia ocupacional contribuem para que o paciente possa


continuar a exercer as atividades da vida diária. A proteção articular deve
garantir o fortalecimento da musculatura periarticular e adequado programa
de flexibilidade, evitando o excesso de movimento.  O condicionamento físico,
envolvendo atividade aeróbica, exercícios resistidos, alongamento e
relaxamento, deve ser estimulado observando-se os critérios de tolerância de
cada paciente.

E o acompanhamento médico?
Na artrite reumatóide, assim como em várias outras doenças reumáticas
crônicas, o seguimento pelo médico reumatologista é imprescindível e deve ser
contínuo. Os intervalos entre as consultas variam de paciente para paciente.
Em alguns casos avaliações mensais são necessárias enquanto em outros
casos, com doenças de menor gravidade ou controladas, intervalos maiores
entre as consultas podem ser estabelecidos.  Exames de acompanhamento são
feitos com freqüência para avaliar a atividade da doença e efeitos colaterais
das medicações. Apenas o médico pode diminuir ou aumentar a dose das
medicações, modificar o tratamento quando necessário ou indicar a terapia de
reabilitação mas adequada a cada caso.

Características da demência
avançada
A demência é uma doença progressiva e incurável. Em doentes com doença
avançada, o último ano de vida caracteriza-se por uma trajetória de debilidade grave
persistente. A escala global de deterioração (variando de 1 a 7, com estágios mais
altos indicando pior demência) fornece uma útil descrição das características de
demência avançada, incluindo deficits profundos de memória (por exemplo, a
incapacidade de reconhecer membros da família), habilidades verbais mínimas,
incapacidade de deambular de forma independente, incapacidade de realizar
quaisquer atividades da vida diária e incontinência urinária e fecal. A escala global de
deteriorização pode ser sumarizada abaixo:
 
1-Sem declínio cognitivo;
2-Deficit cognitivo muito leve: queixas subjetivas de perda de memória, pode
esquecer nomes, sem evidências objetivas de deficit de memória;
3-Deficit cognitivo leve: outros deficits cognitivos, por exemplo,  ter ocorrido
situações como se perder em localização não familiar, baixa performance no trabalho,
dificuldade em nomear as coisas, perda de objetos de valor, deficit de concentração
evidente;
4-Defict cognitivo moderado ou demência leve: diminuição do conhecimento
de eventos recentes, dificuldade em orientação e viajar e, às vezes, em reconhecer
rostos de familiares. Pacientes nessa fase costumam estar em negação;
5-Demência moderada: já não consegue sobreviver sem alguma assistência,
não consegue trocar suas roupas e lembrar de aspectos relevantes de sua vida, por
exemplo, seu telefone;
6-Demência moderadamente avançada: pode não lembrar nome de cônjuge e
filhos, pouco inteirado de fatos recentes e do ambiente em que vive, perde o ritmo
diurno, mudanças de personalidade são frequentes, mas costuma reconhecer rostos
familiares dos não familiares;
7-demência avançada: perda de todas as capacidades verbais e
frequentemente de capacidades psicomotoras básicas como andar.
 
O curso clínico da demência avançada foi descrito no estudo End-of-Life
(CASCADE), que acompanhou , prospectivamente, 323 residentes de enfermarias
com essa condição por 18 meses. A sobrevida média foi de 1,3 anos. As complicações
clínicas mais comuns foram problemas alimentares (86% dos pacientes), episódios
febris (53% dos pacientes) e pneumonia (41% dos pacientes). Estimar a expectativa
de vida em casos de demência avançada é difícil, pois é muito dependente das
comorbidades e eventos que possivelmente ocorram com o paciente.  Um escore de
risco para prever seis meses de sobrevida em pacientes com demência avançada foi
validado. A capacidade preditiva do escore para seis meses sobrevivência foi
moderada, mas melhor do que a de orientações de escores de cuidados paliativos.
Dado o desafio de prever a expectativa de vida entre pacientes com
demência avançada, o acesso a cuidados paliativos devem ser determinados com
base em um desejo de cuidados de suporte, em vez de as estimativas de prognóstico
do paciente. O medicare nos Estados Unidos tem critérios para elegibilidade para
tratamento nas casas de apoio denominadas de hospices. Esses critérios incluem
estágio avançado de demência definido pelo critério FAST 7c  e pelo menos uma de
seis complicações clínicas específicas que incluem pneumonia por aspiração,
pielonefrite, sepse, múltiplas escaras de decúbito, febre e uso recorrente de
antibióticos e inabilidade de manter suporte calórico suficiente com ou perde de peso >
10% nos últimos seis meses ou albumina < 2,5 g/dl. O critério FAST utilizado para
determinar o critério de demência avançada é o seguinte:
 
Fase 1: não tem dificuldades objetivas ou subjetivas.
Fase 2: tem queixas subjetivas de esquecimento.
Fase 3: diminuiu funcionalidade no trabalho, que é evidente para colegas,  e
dificuldade para viajar para novos locais.
Fase 4: diminuiu capacidade de realizar tarefas complexas (por exemplo, o
planejamento de jantar para os hóspedes, finanças, manipulação).
Fase 5: requer ajuda para escolher roupas adequadas para o dia, estação, ou
ocasião.
Fase 6a: não é possível se vestir sem ajuda, ocasionalmente ou
frequentemente.
Fase 6b: não é possível banhar-se sem assistência, ocasionalmente ou
frequentemente.
Fase 6c: não é possível executar a mecânica de ir ao banheiro sem ajuda,
ocasionalmente ou frequentemente.
Fase 6d: é incontinente urinário, ocasionalmente ou frequentemente.
Fase 6e: é incontinente fecal, ocasionalmente ou frequentemente.
Fase 7a: tem discurso limitado a menos de seis palavras inteligíveis durante
um dia médio.
Fase 7b: tem discurso limitado a uma palavra inteligível durante um dia
médio.
Fase 7c: é incapaz de deambular de forma independente.
Fase 7d: não é possível sentar-se de forma independente.
Fase 7e: não é possível sorrir.
Fase 7F: não é possível mover a cabeça de forma independente.
 
Essas recomendações se aplicam ao controle de custos com esse tipo de
apoio de saúde, mas em nossa opinião não devem ser excludentes desse formato de
assistência.
O planejamento antecipado da necessidade de assistência é uma pedra
angular do tratamento de pacientes com demência avançada. Os prestadores de
cuidados devem ser informados sobre a trajetória da doença (isto é, a fase final de
uma doença incurável) e sobre as complicações clínicas esperadas (por exemplo,
problemas alimentares e infecções). Prestadores deverão também aconselhar os
parentes sobre o princípio básico da tomada de decisões, que é a de considerar
primeiro as opções escritas ou orais diretivas antecipadas e expressas pelos pacientes
e escolher o tratamento que se alinha com essas diretivas antecipadas (por exemplo,
não hospitalizar) antes de surgirem problemas agudos e, idealmente, evitar
tratamentos que são inconsistentes com os desejos do paciente. Na ausência de
diretrizes claras, é necessário julgamento de acordo com o que eles acham que o
paciente desejaria ou tomar uma decisão com base nos melhores interesses do
paciente. Alguns estudos observacionais mostraram que pessoas com demência
avançada que tiveram diretivas antecipadas obtiveram melhores resultados de
cuidados paliativos (por exemplo, menos alimentação por sonda, menos
hospitalizações perto do fim da vida, e maior inscrição em hospices) do que aquelas
sem diretivas antecipadas.
As decisões de tratamento para pacientes com demência avançada devem
ser guiadas pelas metas de atendimento. O curso clínico da demência avançada foi
descrito no estudo End-of-Life (CASCADE), que acompanhou , prospectivamente, 323
residentes de enfermarias com essa condição por 18 meses. A sobrevida média foi de
1,3 anos. As complicações clínicas mais comuns foram problemas alimentares (86%
dos pacientes), episódios febris (53% dos pacientes) e pneumonia (41% de serviços e
cuidados que devem compartilhar a tomada de decisão. Em estudos prospectivos,
mais de 90% dos familiares educados sobre as condições do paciente acreditavam
que a prioridade no tratamento era de conforto.
Uma vez que o objetivo do cuidado é estabelecido, as opções de tratamento
que melhor se alinham com esse objetivo devem ser consideradas. A opção pelo
hospice é considerada interessante e é associada com melhora da qualidade de vida,
principalmente em situações em que os familiares e cuidadores imediatos não mais
conseguem lidar com as necessidades e cuidados que esses pacientes requerem. Os
estudos mostram que os hospices são associados com a diminuição da necessidade
de hospitalização nos últimos 30 dias de vida, melhor tratamento para dor e maior
satisfação dos familiares com o cuidado ao paciente.
 
Complicações
Problemas alimentares
Problemas alimentares são a complicação mais comum em demência
avançada. Alterações incluem disfagia oral que se manifesta por “cuspir a comida”,
disfagia faríngea, que se manifesta com retardo no ato de engolir podendo causar
aspiração. Outra alteração pode ser a incapacidade de realizar a atividade motora de
alimentar-se, ou a recusa de comer. Quando problemas alimentares estão presentes,
condições agudas devem ser consideradas (por exemplo, um problema dentário) e
questões reversíveis devem ser abordadas guiadas pelas metas de atendimento. A
ingestão oral pode ser incentivada por meio de abordagens conservadoras, como
refeições menores, texturas de alimentos alteradas, e suplementos de alto teor
calórico. Os pacientes podem ainda ter quadros depressivos associados que podem
levar ao desinteresse pela alimentação e o tratamento dessa condição pode levar à
melhora.
Destas abordagens apenas a suplementação de alto teor calórico tem
evidência de ganho de peso em pacientes com demência; nenhuma das abordagens
melhorou a função ou a sobrevida.
Duas opções para o tratamento de problemas alimentares sustentados são a
alimentação oral assistida e alimentação por sonda. O objetivo da alimentação
assistida é proporcionar alimentos à medida que é confortável para o paciente, em vez
de  assegurar uma ingestão calórica prescrita. Alimentação assistida leva tempo, mas
permite que o paciente desfrute da degustação de alimentos e interaja com os
cuidadores durante as refeições.

Depressão: o que é, sintomas e


tratamento
por Zenklub | 09 março, 2018 |
3.96
             

Início  Saúde e Bem-Estar  Depressão: o que é, sintomas e tratamento


A depressão já é considerada o “mal do século”. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS) ela é um transtorno psiquiátrico que atinge milhões
de pessoas em todo o mundo.

Só para ter uma ideia dessa dimensão, o Brasil tem a maior taxa da América
Latina, com 5,8% da população afetada pelos sintomas da depressão, em um
total de 11,5 milhões de pessoas.

O país está à frente de países como o Chile e Uruguai, além de liderar os


índices de pessoas afetadas pela ansiedade na América Latina.

No mundo, a doença é o principal fator de incapacidade no mundo (7,5%),


sendo também a principal causa de mortes por suicídio, com aproximadamente
800 mil casos ao ano.

O Sudeste Asiático registra mais casos de transtornos no mundo, com 60


milhões de diagnósticos. Em seguida estão as Américas, com 57,2 milhões, o
que representa 21% do total global.

Mas, afinal, o que é depressão e como ela atua no nosso corpo?

O que é depressão?

A depressão é uma doença grave, que apresenta os seguintes sintomas:

 Tristeza profunda;

 Perda de interesse em atividades que traziam prazer;


 Baixa autoestima.

A depressão afeta negativamente a forma como a gente se sente, pensa e


atua. Contudo, existe tratamento, geralmente envolvendo terapia.

De um ponto de vista cerebral, ficamos deprimidos quando o corpo para de


produzir neurotransmissores como a serotonina e a noradrenalina, que são
substâncias responsáveis por transmitir os sentimentos de alegria e bem-estar.

Esse desequilíbrio bioquímico do cérebro é o que faz você se sentir sempre


desanimado e triste, como uma infelicidade crônica, que estimula outras
reações fisiológicas.

Assista ao vídeo: “Um cachorro preto chamado depressão” que retrata como os
sintomas são algo muito mais comum do que imaginamos e como é difícil a
vida de quem vive com essa doença.

A maioria das pessoas se sente triste ou deprimida às vezes. É uma reação


normal à perda ou lutas da vida.

Mas, quando a intensa tristeza – incluindo a sensação de desamparo, sem


esperança e sem valor – dura muitos dias a semanas e impede de você viver
sua vida, pode ser algo mais que tristeza.

Por isso, é importante saber quais os sintomas que a doença apresenta.

Quais os sintomas de depressão?

Os mais comuns sintomas da depressão são:


 Tristeza profunda;

 Irritabilidade;

 Medo;

 Perda de interesse e apatia;

 Mudanças no sono ou insônia;

 Alteração de apetite e de peso;

 Muito cansaço;

 Sentimento de culpa;

 Falta de concentração;

 Baixa autoestima;

 Pessimismo;

 Pensamentos suicidas;

 Raciocínio lento;

 Perda de libido;

 Mudanças nos movimentos corporais;

 Dores físicas e angústias;

 Muito cansaço.

Diferenciar tristeza de depressão talvez seja uma das maiores dificuldades de


quem vive esse sintoma. Então, vamos entender como identificar o que é um
ou outro.

Tristeza ou depressão?

Para tirar a dúvida, conversamos com a psicóloga e especialista do


Zenklub, Tatiana Festi. Segundo Tatiana, a tristeza é uma reação natural a
situações difíceis de serem vivenciadas e sentir tristeza é saudável.

Sentimos tristeza diante de uma perda, de uma doença, separação, mudança


de emprego ou mudança de fase de vida.
Já a depressão é uma doença em que a tristeza pode ser um de seus
componentes, pois vem sempre acompanhada por outros sintomas.

Portanto, de um ponto de vista de conceitos, quando pensamos em tristeza ou


depressão devemos pensar se é um sentimento ou uma doença. Confira
os sinais de depressão que ajudam a identificar a doença:

1. Reação apropriada X reações extremas O sentimento de tristeza decorre de


uma reação apropriada a determinado evento e este sentimento não perdura
mais do que horas ou dias. Já na depressão as reações aos eventos são
extremas, a pessoa tem a sensação de que as coisas não irão melhorar e o
mal-estar não irá passar. Essas sensações podem durar meses, anos e
permanecerem por um longo tempo, mesmo quando as condições externas se
modificam.

2. Prazer X sentimento de vazio Quando triste a pessoa se sente desencorajada,


mas seus sentimentos oscilam durante o dia. Por outro lado, uma pessoa
depressiva sente-se vazia a maior parte do tempo, com a sensação de que sua
vida está perdendo sentido, passa a não dar conta de atividades corriqueiras e
deixa de sentir prazer como antes sentia.

3. Vitalidade X exaustão A tristeza não impede que a pessoa continue produtiva e


envolvida com os seus afazeres. Ela vai trabalhar, não deixa de se relacionar
com amigos e raramente suas funções vitais são afetadas. A depressão leva a
pessoa a se afastar lentamente ou até mesmo abruptamente de amigos e
familiares. Também impede a realização de suas atividades cotidianas, em
quadros mais graves ela se impede quase que totalmente. A sensação é de
cansaço a maior parte do tempo, como se sua energia estivesse se esvaindo.
É comum ter insônia ou sono excessivo, tensão muscular podendo acordar
com dores no corpo e compulsão alimentar, com perda ou ganho de peso.

4. Pensamentos negativos X distorção da realidade Pensamentos negativos são


comuns quando nos sentimos tristes. Mas eles estão relacionados a eventos
da realidade concreta e a pessoa consegue se organizar na vida apesar deles.
Já durante a depressão, os pensamentos são distorcidos, a pessoa compara-
se excessivamente com outras pessoas, acha que nunca irá melhorar.  Ela
também julga-se como culpada diante de situações que não justificam tais
conclusões e, mesmo quando conquista algo atribui a uma causa exterior a ela.

Quem pode ter sintomas de depressão?

O quadro depressivo afeta pessoas de todas as idades, raças e grupos


econômicos.

Por fatores culturais, alguns homens sentem vergonha de admitir e procuram


melhorar através de outras atitudes, como o abuso de álcool, drogas e
outros vícios.

Depressão não tratada, no homem, pode acarretar consequências desastrosas,


pois a possibilidade de morte por suicídio é quatro vezes maior do que na
mulher.

Por sua vez, nas mulheres as sua incidência é 30% mais elevada do que nos
homens e isso acontece porque a população feminina está mais exposta a
eventos traumáticos, assim como outros motivos como mudanças hormonais,
relacionamentos, reprodução, biologia e gravidez.

Nos idosos, nem sempre o transtorno é tratado, pois muitos acreditam que é
normal nessa idade. Porém problemas de memória, dores, alucinações, entre
outros, são sintomas e AVC, fraturas, são associadas ao desenvolvimento da
doença.

LGBTs possuem alto risco de depressão, pela discriminação social e, muitas


vezes familiar, de colegas de trabalho ou de escola. O estigma pode fazê-los
mais vulneráveis a essa doença.

Crianças e adolescentes que sofreram traumas, que têm transtorno de atenção


e hiperatividade, dificuldade de aprendizagem, distúrbios de ansiedade ou
transtorno desafiador de oposição, ou histórico de distúrbios de humor na
família.

Quais as causas e fatores de risco da depressão?

Esta descompensação de neurotransmissores não tem uma causa específica e


muito provavelmente, a causa é multifatorial, derivada de uma combinação de
fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.

Os principais fatores de risco da depressão são:

 Fatores Genéticos: Ter um familiar imediato com o transtorno mental ou um


transtorno de humor pode aumentar seu risco.

 Distúrbio de sono: Os problemas crônicos de sono, como a insônia, estão


associados à doença. Embora os especialistas não saibam se a falta de sono
causa depressão, episódios de baixo humor parecem acompanhar períodos de
sono fraco.

 Circunstâncias da vida: Mesmo eventos felizes, como ter um bebê ou


conseguir um novo emprego, podem aumentar o risco de algumas pessoas
desenvolverem um quadro de depressão. Outros eventos da vida ligados à
depressão incluem: perder um emprego, divórcio, mudança de cidade,
aposentadoria e até a morte de um ente querido.

 Abuso de substâncias: Drogas e álcool podem levar a mudanças químicas no


cérebro que contribuem para desenvolver a doença. A automedicação com
essas substâncias também podem resultar no transtorno.
 Doenças crônicas: Outras condições crônicas como diabetes, artrite, dor
crônica, doença cardíaca ou da tireóide, são outros fatores que podem estar
associados ao desenvolvimento da doença.

Outros tipos de depressão

Agora que você entendeu como a depressão acontece e quais os seus


sintomas, vamos apresentar outros dois tipos de depressão:

Distimia ou transtorno depressivo persistente

A distimia é uma forma crônica da depressão e que permanece por um longo


prazo – pelo menos dois anos.

Depressão na gravidez e pós-parto

Separamos este tipo pelas suas características singulares. Um dos transtornos


mais comuns durante a gravidez e o pós-parto é a depressão.

A mulher passa por uma série de mudanças físicas, psicológicas e sociais que
transformam toda a sua vida e podem causar sintomas de depressão na
gravidez.

Após a gravidez, cerca de 15% das mulheres podem ser afetadas


pela depressão pós-parto, sendo mais comum do que imaginamos, em que a
terapia com psicólogo é considerado o tratamento ideal.

Celebridades e pessoas famosas, como a cantora Adele, já revelaram ter


sofrido de depressão pós-parto, o que só abre ainda mais a discussão e a
informação de todas as mulheres sobre o tema.

Tratamentos e terapias para depressão

Como mencionamos, a depressão tem cura e quanto mais cedo, mais eficaz o
tratamento. Geralmente, o tratamento envolve a combinação de medicação e
terapia.

O psicólogo e o psiquiatra devem andar juntos no tratamento do problema. O


primeiro vai atacar as fobias e o segundo vai indicar a medicação adequada
para acabar com os sintomas de depressão.
Os tratamentos são complementares e demoram alguns meses, mas anime-se,
a depressão tem cura!

O psicólogo Felipe Epaminondas indica:

Uma vida equilibrada, alimentação saudável e moderada, atividade física,


momentos de relaxamento trazem benefícios físicos e psicológicos.
Existem algumas comidas como laranja, maçã, abóbora, sardinha, grão de
bico, couve e alface, que podem ajudar.

O Felipe explica como dar a volta à depressão no bate papo abaixo:

Terapia

A psicoterapia online ou presencial ajuda você a trabalhar a raiz do problema,


entendendo por que você se sente de determinada forma, quais são os seus
fatores desencadeantes e o que você pode fazer para se manter saudável.

A terapia irá lhe trazer habilidades para se sentir melhor e ajudar a prevenir as
recaídas.

Alguns tipos de terapia te ensinam técnicas práticas sobre como reformular o


pensamento negativo e empregar ferramentas comportamentais no combate
aos sintomas da depressão.

Existem muitos tipos de terapia disponíveis e entre os métodos mais comuns


utilizados para tratar incluem terapia cognitivo-comportamental, terapia
interpessoal e terapia psicodinâmica.
É possível aproveitar uma combinação de cada técnica para o tratamento.

Medicação

A medicação pode ajudar a aliviar alguns dos sintomas, especialmente em


casos moderados e graves, mas não cura o problema subjacente.

Somente um médico especializado poderá determinar tanto a necessidade do


tratamento medicamentoso, quanto qual tipo de antidepressivo deverá ser
ministrado.

Como vencer a depressão

O exercício regular pode ser tão eficaz no tratamento da depressão, assim


como a medicação.  

Exercício físico aumenta a serotonina, as endorfinas e outros produtos


químicos cerebrais sensíveis.

Ele também desencadeia o crescimento de novas células cerebrais e


conexões.

O excesso de permanência em redes sociais também são fatores atenuantes


para o isolamento e consequentemente para a depressão.

Mantenha contato regular com amigos e familiares, ou considere se juntar a


uma classe ou grupo.

Comer bem é importante para a sua saúde física e emocional. Comer refeições
pequenas e equilibradas ao longo do dia irá ajudá-lo a manter sua energia e a
minimizar as mudanças de humor.

Os sintomas de depressão como oportunidade de mudança

A depressão é uma doença que nos obriga a parar, a “dar um tempo”. Ela nos
desvia de nosso caminho habitual, que talvez já não esteja mais trazendo nada
de valioso para nosso crescimento pessoal.

O processo terapêutico pode ajudar tanto nos episódios de tristeza, quanto


num quadro de depressão.

A partir de uma compreensão mais profunda sobre as causas será possível se


reposicionar em seus relacionamentos interpessoais.
Acima de tudo, você vai se reencontrar e, até mesmo, descobrir um novo
sentido para a vida.

Faça um teste clínico de depressão

O reconhecimento e diagnóstico de sintomas de depressão nem sempre são


simples. Se você quer fazer um rastreio, clique no link: teste de depressão e
faça um questionário de 8 perguntas (duração menos de 1 minuto). O teste é
adaptado do teste científico Americano criado pelo Dr. Spitzer e Dr William
(PHQ – Patient Health Questionnaire).

Como ajudar a quem tem depressão?

Para você que está em dúvida como ajudar com um familiar ou amigo que está
com sintomas de depressão, não se preocupe, realmente não é uma tarefa
fácil!

Buscar ser compreensivo, paciente e afetuoso com certeza serão as suas


melhores armas.

Caso ainda assim a situação seja um pouco mais complicada, procure você
também a ajuda de um psicólogo, ele poderá te ajudar a se compreender
melhor diante das adversidades e da novidade da situação.

Em caso de fases mais complicadas ou até como prevenção, não se esqueça


de ter sempre à mão o contato do especialista que está acompanhando a
pessoa depressiva, bem como, a qualquer sinal de proximidade com algum ato
mais grave, como o suicídio, peça ajuda!  

Veja o infográfico abaixo que ilustra bem o impacto da depressão


no Brasil

Deve-se lembrar que o limite destas intervenções é o conforto do paciente, e


em pacientes com demência muito avançada a decisão de usar uma sonda ou
gastrostomia para manter a alimentação pode ser fútil e associada a desconforto.
As decisões sobre cuidados podem prolongar a vida por meses, como a
introdução de antibioticoterapia para tratar uma pneumonia , mas a sua administração
pode causar desconforto e pode ter efeitos adversos, assim as decisões devem ser
individualizadas. A hospitalização pode ser traumática e desnecessária para o
tratamento de pneumonia, embora forneça  acesso imediato a intervenções para
suporte de vida.
Em pacientes com problemas para alimentar e que tenham infecções agudas,
estas devem ser tratadas, caso seja decidido pela abordagem denominada de “middle
of the road”. É possível fornecer tratamento paliativo e continuar com alimentação
assistida para o paciente, desde que seja confortável, mas deve-se lembrar de que
apesar de melhorar a qualidade de vida pode levar a suporte calórico inadequado. A
alimentação por sonda não prolonga a sobrevivência e não tem benefícios
demonstrados, não está associada à diminuição de aspiração e tem riscos, as
diretrizes recomendam contra a alimentação por sonda. Em 2009, uma revisão de
estudos observacionais da Cochrane concluiu que não havia provas suficientes para
apoiar os benefícios da alimentação por sonda em pacientes com demência avançada
em termos de sobrevivência, qualidade de vida, nutrição, estado funcional, prevenção
da aspiração, ou  prevenção e cura de úlceras de pressão. Estudos mostraram uma
maior incidência de novas úlceras de pressão e cura menos frequentes de úlceras
existentes entre pacientes com demência avançada que foram alimentados por sonda
em comparação com os sem alimentação por sonda.
Riscos associados com a alimentação por sonda incluem complicações no
processo de inserção da sonda e uso de restrições físicas ou químicas, se um
paciente agitado tentar remover o tubo. Obstrução e deslocamento das sondas
nasogástricas são motivos comuns para visitas ao departamento de emergência,
visitas estas debilitantes para pacientes já fragilizados.
 
Infecções
As infecções são muito comuns em pacientes com demência avançada e são
frequentemente um evento terminal, sendo que aproximadamente 40% dos pacientes
com demência avançada que evoluem com óbito usaram antibióticos na última
semana de vida. Um estudo mostrou que cerca de dois terços dos moradores de
casas de repouso apresentam pelo menos um episódio de infecção em um ano,
normalmente do trato urinário ou respiratória. Cerca de metade dos pacientes com
demência avançada recebem um diagnóstico de pneumonia nas últimas duas
semanas de vida. Seis meses após um diagnóstico suspeito de pneumonia em
pacientes com demência avançada, a taxa de morte por qualquer causa é de 50%. A
utilização de agentes antimicrobianos é extensa em pacientes com demência
avançada. Em dois estudos multicêntricos prospectivos, de 52 a 66% dos residentes
do lar de idosos receberam antibióticos, pelo menos uma vez durante um período de
um ano e 42% nas últimas duas semanas de vida. Grande parte dessa utilização pode
ser inadequada.
Em um estudo, 75% das infecções suspeitas foram tratadas com
antimicrobianos, mas menos da metade de todas as infecções tratadas e apenas 19%
das infecções do trato urinário tratadas preencheram os critérios clínicos mínimos para
o início de antimicrobianos. Infecções do trato urinário nesses pacientes são
frequentes principalmente em pacientes com sonda vesical, mas deve-se evitar tratar
as bacteriúrias assintomáticas e deve se tratar os pacientes se sintomas associados
com alterações de exame de urianálise e urocultura. No entanto, o diagnóstico de
infecções do trato urinário é frequentemente feito, embora inadequadamente, com
base em mudanças vagas no estado mental sem sinais objetivos de uma infecção (por
exemplo, febre). Deve-se lembrar de que exames de urina 1 e urocultura são
frequentemente positivos em doentes com demência avançada, independentemente
de seu estado clínico, assim deve-se ser criterioso ao avaliar esses resultados; testes
negativos podem ajudar a excluir uma infecção urinária, mas testes positivos não
indicam necessariamente uma indicação para o tratamento.
O mau uso de antibióticos contribui para uma sobrecarga de tratamento
desnecessário e o surgimento de organismos multirresistentes, o que é uma ameaça
crescente de saúde pública. No estudo SPREAD, 67% dos residentes do lar de idosos
foram colonizados com organismos multirresistentes e exposição a antimicrobianos foi
o fator de risco mais forte para aquisição desses organismos. O benefício do uso de
antimicrobianos em relação à sobrevida e ao desconforto associado ao seu uso é
desconhecido e pouco avaliado por estudos. No estudo CASCADE, os pacientes com
demência avançada e pneumonia que foram tratados com antimicrobianos viveram
uma média de 273 dias a mais, mas também tiveram mais desconforto do que aqueles
que não receberam antimicrobianos, as taxas de morte não diferiram de acordo com a
rota de administração (oral, intramuscular ou intravenosa).
Deve-se, portanto, ser cauteloso ao introduzir antibióticos nesses pacientes e
os familiares  devem ser orientados sobre os riscos e benefícios associados com
vários tratamentos.
 
Hospitalização
A hospitalização é comum nesses pacientes e cerca de 16% das mortes   por
demência ocorrem em hospitais, e é frequente nos pacientes não hospitalizados
história de internação nos últimos três dias de vida e múltiplas hospitalizações nos
últimos 90 dias de vida.
As infecções são a causa mais comum para hospitalização. Estima-se que
75% das internações podem ser medicamente desnecessárias ou até mesmos
discordantes com as preferências dos pacientes e são, portanto, evitáveis. O objetivo
do cuidado para a maioria dos pacientes é o conforto e hospitalização raramente
promove esse objetivo, exceto em casos raros, como no tratamento de fraturas de
quadril e quando cuidados paliativos não estão disponíveis. Deve-se lembrar de que
mesmo quando a manutenção da vida é o objetivo, muitas causas comuns de
hospitalização, como pneumonia, podem ser tratadas com eficácia semelhante fora do
ambiente hospitalar.
 
Cuidados Paliativos e Hospice
Os pacientes com demência avançada geralmente têm sintomas
angustiantes, mas potencialmente tratáveis. A dor é frequente nas últimas semanas de
vida, e cerca de um terço dos pacientes nesse estágio apresenta dispneia, agitação,
ou aspiração. A dor é difícil de avaliar em pacientes com demência avançada, e
portanto pouco tratada. A agitação na demência avançada é melhor gerida com
abordagens não farmacológicas. As medicações antipsicóticas são muitas vezes
ineficazes; em 2005, uma meta-análise de estudos controlados mostrou um aumento
do risco de morte associado com o uso dessas drogas em pacientes com demência,
mas caso não ocorra melhora com outras medidas, uso cauteloso de antipsicóticos
pode ser realizado. Quando disponível, deve ser oferecida consulta de cuidados
paliativos ou referência para hospice. Estudos observacionais mostram que os
pacientes com demência avançada que estão matriculados no hospíce têm um menor
risco de morrer no hospital e de serem hospitalizadas nos últimos 30 dias de vida, e
uma maior frequência de tratamento para  dor e dispneia; além disso, suas famílias
têm maior satisfação com o cuidado do paciente.
Medicações diárias devem ser prescritas apenas se têm sentido dentro do
objetivo do tratamento do paciente. Em 2008, um painel de especialistas mostrou que
o uso de certos medicamentos é inapropriado em pacientes com demência avançada
para os quais o conforto é o objetivo. Entre os medicamentos inadequados prescritos,
os mais comuns foram os inibidores da colinesterase (36%), memantina (25%) e
estatinas (22%). Medicamentos com benefícios questionáveis representam 35% da
média de uso de medicações em 90 dias gastos em residentes de lar de idosos com
demência avançada. O uso de inibidores da colinesterase em doentes com demência
avançada não envolve pacientes em estágio 7 na escala global de deterioração,
portanto não há dados convincentes para o apoio do uso dessas drogas em tais
pacientes. O uso de múltiplas medicações anti-hipertensivas também faz pouco
sentido, uma vez que seus benefícios são a longo prazo e o controle bem menos
estrito de pressão arterial e glicemia em diabéticos é o objetivo nesses pacientes.
 

Referências
Mitchel SL. Advanced dementia. New Eng J Med 2015.
 
Alzheimer’s Association Statements. 2011
(http://www.alz.org/about_us_statements.asp).
 
American Geriatrics Society Ethics Committee and Clinical Practice and Models of
Care Committee. American Geriatrics Society feeding tubes in advanced dementia
position statement. J Am Geriatr Soc 2014;62:1590-1593.
Outros Artigos do(s) mesmo(s) autor(es):
 15/06/2018 - Trauma Renal - Rodrigo Antonio Brandão Neto
 15/08/2016 - Síndrome das pernas inquietas - Rodrigo Antonio Brandão Neto
 25/10/2017 - Transtorno bipolar - Rodrigo Antonio Brandão Neto
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