“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.” (Simone de Beauvoir).
Nas palavras de SALLES, aborto é: “o aborto é a interrupção da gravidez com
morte do feto, ou a destruição do produto da concepção (ovo, embrião ou feto)”. Aborto é entendido como o fim da gestação provocada pela morte do feto. O aborto sempre foi, em todo o mundo, um tema muito polêmico e delicado, pois acaba nos mostrando aspectos públicos, que dizem respeito a toda sociedade (principalmente às mulheres), e em aspectos privados, como religião, por exemplo. O aborto é uma prática que se deve procurar evitar, pelas complexidades físicas, psíquicas e morais que envolve. Por isso mesmo, é papel do Estado e da sociedade atuar nesse sentido, mediante oferta de educação sexual, distribuição de meios contraceptivos, amparo à mulher que deseje ter o filho e se encontre em circunstâncias adversas e promover políticas sociais. Ao afirmar aqui a incompatibilidade da criminalização com a Constituição, não se está a fazer a defesa da disseminação do procedimento. Pelo contrário, o que se pretende é que ele seja raro e seguro. Competem ao Estado, portanto, providências de natureza educativa e assistencial, mas não a imposição de restrições à liberdade da mulher que se revelam ineficazes e que há muito seguem enraizadas (culturalmente) em questões de cunho moral. A criminalização do aborto não reduz a sua frequência e nem protege a vida do feto. Pelo contrário, traz agravos à saúde da mulher e à sua vida e penaliza especialmente as negras e as mais pobres. Trata-se de um grave problema de saúde pública. A lei punitiva é ineficaz e bem antiga de 1940 e não previne abortos inseguros nem suas consequências. Dado o exposto é perceptível que a descriminalização do aborto conforme o STF, são medidas quem visam assegurar a saúde da genitora, por diversos motivos tais como: o feto que ela estava gerando são incompatíveis com a vida e a continuidade da gestação só trariam risco a saúde da mulher; a desigualdade social; as políticas públicas ineficientes; observância a tratados internacionais; o crescente numero de morte de mulheres em clinicas clandestinas de aborto e procurando visar a qualidade de vida da mulher e visando com medidas como essa reduzir o número de mortes em virtude do aborto e medidas como essa aos poucos vão mudando o quadro do aborto no Brasil.
Aluno: João Batista L.do Nascimento – RA: 182000679