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Malária

A malária, uma doença causada por protozoário, pode ser transmitida pela picada de um mosquito.
Febre e calafrios são alguns de seus sintomas.

A malária é uma doença causada por protozoário que é transmitida principalmente pela picada da
fêmea de algumas espécies de mosquitos do gênero Anopheles, os quais são chamados popularmente
de mosquito-prego, carapanã, bicuda, entre outros. Como sintomas da doença, podemos citar febre
alta, calafrios e sudorese, sintomas esses que aparecem geralmente em padrões cíclicos. A doença, se
não tratada adequadamente, pode levar a pessoa à morte, sendo considerada um grave problema de
saúde pública. Entretanto, é importante lembrar que o tratamento é eficaz, seguro e é oferecido
gratuitamente pelo SUS.

Leia também: Doenças causadas por protozoários

O que é a malária?

A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por um protozoário. As espécies que podem
causar malária nos seres humanos são Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P.
knowlesi. No Brasil, somente três dessas espécies causam malária em humanos: P. falciparum, P. vivax e
P. malariae. De acordo com o Ministério da Saúde, no nosso país, a maioria dos casos da doença
concentra-se na região amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão,
Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Como a malária é transmitida e como é o ciclo de vida do Plasmodium?

A malária é uma doença transmitida geralmente pela picada de alguns mosquitos do gênero Anopheles
contaminados com o protozoário do gênero Plasmodium. Apenas a fêmea do mosquito Anopheles pica
o ser humano e, durante a picada, ocorre a inoculação dos parasitos no corpo humano em uma fase em
que eles são conhecidos como esporozoítos. Estes invadem os hepatócitos (células do fígado) e
multiplicam-se, dando origem aos merozoítos, que rompem os hepatócitos e caem na corrente
sanguínea, onde invadem as hemácias.

Nas hemácias, os merozoítos passam por mudanças e formam trofozoítos, que dão origem a novos
merozoítos, os quais rompem hemácias e invadem outras hemácias. Com isso, há ciclos repetitivos de
multiplicação. No caso do Plasmodium falciparum e P. vivax, o ciclo repete-se a cada 48 horas. Quando
as hemácias rompem-se, o indivíduo apresenta sintomas da doença, como febre.

A figura acima mostra resumidamente o ciclo de vida do Plasmodium.

A figura acima mostra resumidamente o ciclo de vida do Plasmodium.

É importante salientar que, no interior das hemácias, podem desenvolver-se formas sexuadas,
denominadas de gametócitos, que são ingeridas pelo mosquito quando este pica um doente e são
fundamentais para a continuação do ciclo. No corpo dos mosquitos, essas formas sexuadas formam
esporozoítos, que contaminarão uma nova pessoa quando ela for picada.

Além da picada pelo mosquito, a malária pode ser transmitida de outras formas, tais como transfusão
sanguínea, compartilhamento de agulhas contaminadas e da mãe para o filho. Essas formas de
transmissão, no entanto, são raras.

Quais são os sintomas da malária?

A malária apresenta um período de incubação de 7 a 14 dias, porém isso varia de acordo com o agente
causador, podendo chegar a meses. O paciente com malária apresenta sintomas como calafrios,
sudorese e febre, que pode atingir valores superiores a 40 ºC. Os sintomas geralmente surgem em
padrões cíclicos, a depender do agente causador. Também podem ocorrer dor de cabeça, dor muscular,
náusea e vômitos.

A gravidade da doença é variável e depende de fatores como a espécie de protozoário e a quantidade


de parasitas no corpo. Dentre os grupos mais sujeitos às formas graves da malária, destacam-se
gestantes e crianças. Na malária grave, o paciente pode apresentar anemia, icterícia, hemorragias e
coma. A doença pode levar à morte se não tratada adequadamente.
Leia também: A relação entre impactos ambientais e o surgimento de doenças

Posso pegar malária mais de uma vez?

A malária pode ser contraída mais de uma vez. De acordo com o Ministério da Saúde, indivíduos que
apresentaram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, com quadro
oligossintomático, subclínico ou assintomático. Porém, é importante deixar claro que até o momento
não foi comprovado que as infecções possam provocar uma imunidade para proteger completamente
contra a doença.

Em uma das fases do ciclo de vida do Plasmodium, observa-se a infecção de células sanguíneas.

Como a malária é diagnosticada?

Os sintomas da malária podem ser facilmente confundidos com os de doenças como febre amarela,
dengue e leptospirose, uma vez que são muito inespecíficos. Desse modo, o diagnóstico deve ser feito
pela análise dos sintomas e realização de alguns exames. Um dos exames é o chamado microscopia da
gota espessa de sangue, no qual uma gota de sangue é colhida por punção digital, corada, e a lâmina de
sangue é analisada. Esse é considerado o padrão-ouro para o diagnóstico da doença. Há também testes
rápidos para a detecção da malária, os quais são mais fáceis de executar e analisar, no entanto
apresentam algumas desvantagens, como a incapacidade de diferenciar P. vivax, P. malariae e P. ovale,
não medirem o nível de parasitemia e serem também mais caros. Outros métodos de diagnóstico são o
esfregaço delgado e técnicas moleculares.

Leia também: Dengue, outro grave problema de saúde pública

Como é feito o tratamento da malária?

O tratamento da malária é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e inclui uma
série de medicamentos, que visam, por exemplo, interromper a esquizogonia sanguínea (fase do ciclo
em que os sintomas aparecem) e o desenvolvimento das formas sexuadas. Os medicamentos e
respectivas doses para o tratamento são recomendados pelo médico e dependem do tipo de parasita
que infectou o indivíduo, idade do paciente, gravidade da doença e se o paciente apresenta problemas
de saúde ou é uma mulher grávida.
Como prevenir a malária?

Como vimos ao longo do texto, a malária é uma doença transmitida pela picada de um mosquito,
portanto medidas que evitem o contato entre o mosquito e o ser humano são formas de prevenção.
Dentre as medidas de prevenção, podemos citar o uso de telas em portas e em janelas, mosquiteiros,
repelentes e roupas que protejam os braços e as pernas. Até o momento não existe vacina contra a
doença.

Por Vanessa Sardinha dos Santos

Professora de Biologia

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Malária"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/doencas/malaria.htm. Acesso em 15 de janeiro de 2023.

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