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EPIDEMIOLOGIA
➢ os transtornos de humor são comuns, sendo que a depressão maior tem a
prevalência mais alta ao longo da vida ( 17%) dentre todos os outros transtornos do
humor
Ciclotimia 0,5-6,3%
Hipomania 2,6-7,8%
SEXO
● prevalência 2x maior de TDM em mulheres ( diferenças hormonais, efeitos do parto,
estressores psicossociais, modelos comportamentais de impotência )
● TB tem prevalência igual para homens e mulheres ( episódios maníacos mais
comuns em homens e episódios depressivos mais comuns em mulheres)
● mais provável que as mulheres apresentem quadro misto em situações de mania
● mulheres têm taxa maior de ciclagem rápida ( 4 ou + episódios maníacos no
período de um ano)
IDADE
➢ de início do TB I é mais precoce do que o TDM
○ varia muito : da infância ( a partir dos 05 ou 06 anos) aos 50 anos ou mais
■ idade média : 30 ANOS
➢ TDM : em torno dos 40 anos ( metade dos pacientes entre os 20 a 50 anos)
○ também pode iniciar na infância ou na velhice
○ dados recentes indicam idade menor que 20 anos ( pode estar relacionado ao
abuso de álcool e/ou drogas nessa faixa etária)
ESTADO CIVIL
➢ TDM mais frequente em pessoas sem relacionamentos interpessoais íntimos e
naquelas que são divorciadas ou separadas
➢ TB I mais comum em pessoas divorciadas e solteiras ( pode refletir o início
precoce do transtorno)
FATORES SOCIOECONÔMICOS E SOCIAIS
➢ sem relação desses fatores com o TDM
➢ incidência maior de TBP I em grupos sociais mais altos, porém mais comum em
pessoas que não tem curso superior
➢ TDM mais comum em áreas rurais ?????
COMORBIDADE
➢ pessoas com TDM têm maior risco de comorbidade : abuso ou dependencia de
alcool, TOC, transtorno de ansiedade social.
➢ tanto no transtorno unipolar quanto no bipolar : homens com maior frequencia
apresentam transtornos por uso de substâncias e as mulheres mais suscetíveis a
transtornos de ansiedade ou alimentares comórbidos
➢ pacientes com TB têm mais comorbidade com o uso de substâncias e transtornos
de ansiedade e TOC do que aqueles com depressão maior unipolar → piora o
prognóstico e aumenta o risco de suicídio
TRANSTORNO BIPOLAR
FATORES GENÉTICOS
Estudo de famílias
➢ se um dos genitores têm o transtorno, um dos filhos tem um risco entre 10 e 25% de
também ter, o que duplica se ambos os genitores tiverem
➢ o risco é maior se os parentes forem de primeiro grau
➢ em famílias com humor bipolar, é mais comum que aconteça transtorno
depressivo maior, sugerindo algum aspecto genético comum
Estudos de Gêmeos
● concluíram que os genes explicam parcialmente o desenvolvimento da doença,
cerca de 50 a 70% da etiologia dos transtornos de humor
● assim, o ambiente e outros fatores estão envolvidos
● taxa de concordância em gêmeos monozigóticos de 70 a 90%
Estudos de ligação
● quando um marcador é identificado com doença em famílias, diz-se que a doença é
geneticamente ligada
● cromossomos 18q e 22q são as duas regiões com evidência mais forte de ligação a
transtorno bipolar
Diagnóstico
Obs :. TAB II não é uma forma branda do tipo I, e sim uma apresentação com perfil
próprio em termos de sintomas, comorbidade, curso e tratamento
QUADRO CLÍNICO
QUADRO CLÍNICO E PSICOPATOLÓGICO
A maior parte das alterações clínicas dos pacientes com TAB se dá durante as fases de
depressão e mania.
Episódios depressivos
❖ O humor é classicamente polarizado para tristeza e melancolia, embora também
possa se apresentar como disfórico.
➢ pensamentos pessimistas, niilistas, de culpa excessiva, de ruína, de baixa
autoestima e, frequentemente, de suicídio.
➢ Psicomotricidade pode tornar-se reduzida e lentificada ( queixa-se de
dificuldade para realizar tarefas ou para mover-se, com sensação de peso
nas pernas (“paralisia de chumbo”).
➢ Casos extremos e raros, a depressão pode cursar com apresentação
catatônica em que praticamente há abolição completa dos movimentos.
➢ Outra apresentação frequente é de agitação psicomotora com sensação
de inquietude e desconforto generalizado com intensa ansiedade.
➢ Cognitivo: baixa capacidade de concentração, raciocínio lento e memória
falha.
➢ Autocuidado em geral é prejudicado
■ má higiene pessoal ou referir estar há dias sem tomar banho.
★ funções neurovegetativas sofrem alterações: o sono e o apetite podem
estar aumentados ou diminuídos e a libido, em geral, está diminuída ou
inexistente.
★ É frequente : queixas somáticas , em especial álgicas, sobretudo em
pacientes idosos e crianças.
★ Em casos graves : sintomas psicóticos, delirantes ou alucinatórios,
○ temática tende a ser congruente com o humor deprimido :
■ delírio de ruína
■ uma voz que deprecia o paciente.
QUADRO CLÍNICO
TRANSTORNO BIPOLAR I :
● é mais frequente começar ● o TAB I pode afetar tanto ● prognóstico TAB I <
com episódio depressivo ( muito jovens quanto os prognóstico TDM
75% das vezes com as idosos
mulheres) ● TAB I precoce = mau fatores que contribuem
● a maioria têm episódios prognóstico para um mau prognóstico :
maníacos E depressivos ● em idosos, sintomas
● uma parte ( 10 a 20% ) tem maníacos são mais ocupação pré-mórbida
episódios apenas maníacos comuns, embora a insatisfatória,
● um episódio maníaco NÃO variedade de causas seja dependencia de alcool,
TRATADO dura cerca de 03 ampla e inclua problemas manifestações psicoticas,
meses ( manter tratamento médicos não manifestações depressivas,
nesse tempo de referência) psiquiátricos, demencia, genero masculino
● à medida que o TAB progride, dleirium e TAB I
o episódio entre eles tende a obs :. é mais provável que em melhor prognóstico :
diminuir, mas depois se idosos os sintomas maníacos idade de início mais
estabiliza em 06 a 09 meses sejam de outra origem e não avançada e episódios mais
● uma pequena parte deles têm TAB I curtos
quatro ou mais episódios por
ano = ciclagem rápida
TRANSTORNO BIPOLAR II
● características clínicas :
○ combinação das de TDM + episódio de hipomania
○ alguns estudos apontam para um idade de início mais precoce
○ risco mais alto de tentar e completar suicídio
● o curso e prognóstico são estáveis, uma vez que em um período de 05 anos
é muito provável que recebam o mesmo diagnóstico
● condição crônica que exige tratamento a longo prazo
Episódios hipomaníacos
● Os episódios hipomaníacos têm uma natureza de sintomas similar aos dos
episódios maníacos. No entanto, a intensidade dos sintomas é menor, e
não há sintomas de grave desestruturação psíquica, como psicóticos ou
alterações importantes de estrutura de pensamento.
● Durante o quadro, os prejuízos funcionais do paciente são limitados e, em
casos leves, a hipomania pode não ser percebida pelo paciente ou
familiares, o que aumenta ainda mais a necessidade de avaliação criteriosa
da história pregressa e da obtenção de informações de terceiros,
principalmente familiares.
● ausencia de psicose, menor comprometimento, pelo menos quatro dias
Estado misto
● Frequentemente, pacientes com TAB apresentam simultaneamente sintomas
dos polos depressivo e maníaco. Esse tipo de apresentação sempre foi um
debate entre pesquisadores, e os critérios para sua definição nunca foram
consenso. O DSM-IV TR, por exemplo, definia estado misto como um
episódio de humor que preenchia simultaneamente critérios diagnósticos
para depressão e mania, abordagem restritiva.
● Em sua última edição, o DSM-5 aboliu o episódio ou o estado misto.
Optou-se por sempre classificar o episódio por meio da polaridade
dominante e atribuir-lhe o especificador “com características mistas”
○ sempre que houver ao menos três sintomas do polo oposto.
■ Assim, em caso, por exemplo, de predominância de sintomas
depressivos, caracterizando um episódio depressivo, com ao
menos três sintomas maníacos, diz-se tratar-se de episódio
depressivo com características mistas.
➢ Essa concepção não é consensual, visto que alguns autores defendem a
existência do estado misto como entidade psicopatológica independente,
não se restringindo à sobreposição de sintomas da depressão e mania.
Algumas das características próprias do estado misto seriam: maior sensação
de tensão interna, hipersensibilidade a sons, ansiedade, impulsividade,
disforia e maior risco de suicídio.
Ciclotimia
● O transtorno ciclotímico é considerado parte do espectro bipolar e se
configura como flutuações rápidas entre os polos maníaco e depressivo,
sem que existam sintomas graves ou intensos o suficiente para
caracterização de um episódio depressivo ou maníaco.
● É um transtorno crônico, em que o paciente tem raros períodos de eutimia
e vivencia prejuízos funcionais associados às flutuações de humor.
EXAMES GERAIS E DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
★ consolidação diagnóstica do TAB deve ser realizada apenas após
afastarem-se todas as possíveis condições clínicas gerais e relacionadas
a substâncias que possam causar alterações comportamentais
semelhantes àquelas do transtorno.
★ ampla investigação clínico-laboratorial é indispensável em especial na
avaliação do primeiro quadro (hipo)maníaco.
○ exames subsidiários deve respeitar as hipóteses advindas da
história clínica.
● Após afastar possíveis quadros não psiquiátricos, segue-se o correto
diagnóstico diferencial dos transtornos mentais.
● Em razão das múltiplas apresentações possíveis do TAB e da alta
prevalência de comorbidades, a distinção psicopatológica torna-se
muito complexa.
COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS
❖ são altamente frequentes em pacientes com TAB, em especial transtornos
ansiosos, transtornos relacionados ao uso de substâncias e transtornos de
personalidade.
➢ cerca de 65% dos pacientes apresentem pelo menos uma
comorbidade psiquiátrica.
➢ dificulta o tratamento e exige assistência direcionada a todas as
alterações psicopatológicas vivenciadas pelo paciente.
1. Ansiedade
2. Dependência de Álcool
3. Outros transtornos relacionados a substâncias
4. Condições Clínicas
1. Episódio Único
2. Episódio Recorrente
● pelo menos um segundo episódio depressivo, separado do primeiro por
no mínimo dois meses, ficando nesses dois meses com sintomas
pouco significativos
● para determinar a resolução de um episódio, vai depender do grau de
resolução dos sintomas e da duração da resolução ( mínimo 02
meses)
QUADRO CLÍNICO
● Episódios depressivos
○ humor deprimido, perda do interesse ou prazer, sentem-se
inúteis
○ diferente de um sentimento normal de tristeza, descrevem como
dor emocional angustiante, incapazes de chorar
○ 10 a 15% cometem suicidio do total que tenta
○ alguns não reconhecem, apesar de se isolarem da família e amigos
○ quase todos : redução da energia, dificuldade de dormir, despertar
matinal precoce, despertar várias vezes durante o sono , queda no apetite
e perda de peso ou o contrário disso.
○ a ansiedade é comum no TDM
○ complicam o tratamento : ansiedade, abuso de subst, queixas
somáticas, como cefaleia , dificuldade em se concentrar
em crianças e adolescentes : fobia escolar e apego excessivo aos pais
em idosos : predominam as queixas somáticas
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Doenças Clínicas : para diferenciar de condições médicas gerais, colher uma boa
história clínica , considerar o contexto de vida atual. Por exemplo : pctes
adolescentes deprimidos devem ser testados para mononucleose, se acima ou abaixo
do peso verificar tireoide. Homens que fazem sexo com homens e pessoas que usam
drogas IV devem ser testados para HIV. Pacientes mais velhos podem ter pneumonia
viral e outras condições.
● pacientes deprimidos costumam procurar ajuda com queixa de doenças
somáticas
● anamnese completa + exame fisico e neurologico completos + exames de
sangue e urina + avaliar tireoide e suprarrenal para investigar possíveis
causas de transtorno depressivo
● se o paciente faz uso de medicamentos ou qualquer outra subst, considerar
que essa possa ser a causa da depressão ( ani-hipert, antiepilet,
antiparkinsonianos, sedativos, hipnoticos, analgesicos etc)
Condições Neurológicas
● manifestam sintomas depressivos frequentemente : parkinson, doenças
demenciais ( por alzheimer por ex) , epilepsia, doenças cerebrovasculares,
tumores
○ pessoas com parkinson : sintomas depressivos que não estão
correlacionados com a incapacidade física, a idade ou a duração da
doença, mas com a presença de anormalidades nos exames
neuropsicológicos
○ se foco epileptico no lado direito, no lobo temporal → sintomas
parecidos com depressão
○ tumores em região diencefálica e temporal associados a depressão
Pseudodemência
● do TDM têm início súbito com outros sintomas : autoacusação, podendo
ocorrer variação diurna dos problemas cognitivos ( não existe em demencias
primárias)
○ tendem a não responder perguntas e aqueles com demencia
podem confabular
○ conseguem ser encorajados a lembrar
Transtornos Mentais
● a depressão pode ser uma manifestação de praticamente qualquer transtorno
mental, sendo que os abaixo devem ser considerados com atenção no
diagnóstico diferencial
OUTROS
TRANSTORNOS DE
HUMOR : sempre
considerar várias
categorias diagnósticas
antes do diganostico
final, descartar
transtorno de humor
por uso de subst ou
condição médica geral.
Determinar se o pcte
teve ep semelhantes a
mania ( indica TAB I),
TAB II ( episodios
depressivos maiores +
hipomania) ou
transtorno
ciclotímico.
Se sintomas forem
limitados a depressão
: avaliar gravidade,
duração → diferenciar
entre TDM ( sd depressiva completa por 02 semanas) ou depressivo menor ( sd
depressiva incompleta, mas episódica), depressivo breve recorrente ( completa,
mas por menos de duas semanas por episódio), distimia( sd depressiva incompleta
sem ep claros)
OUTROS TRANSTORNOS MENTAIS : diferenciar de transt. relac a subst.,
psicóticos, alimentares, da adaptação, sintomas somáticos e de ansiedade, que são
comumente associados com transt depressivos e devem ser considerados no diagn
diferencial de um paciente com sintomas depressivos.
● diagnóstico diferencial mais difícil : entre TAns com depressão e
transtornos depressivos com ansiedade acentuada
● resultado anormal em teste de supressão da dexametasona, latencia REM
reduzida em EEG, teste de infusão de lactato negativo
LUTO NÃO RESOLVIDO
● levar à sensação de inutilidade, ideação suicida, sensação de que cometeu um
ato que causou a morte do conjuge, mumificação e reação de aniversário
ESQUIZOFRENIA
● no TAB : humor maníaco (alegria, entusiasmo,humor contagiante) ; fala
rápida e pressionada , hiperatividade
○ início rápido do episódio maníaco
○ é percebido pelos outros como uma mudança rápida do
comportamento anterior
○ histórico familiar
○ aspectos catatonicos podem compor a fase depressiva
TBI x DEPRESSÃO
= aplicar critérios
de TDM
SE MANIA :
diferenciar entre
TAB 1, TAB 2 e
CICLOTIMIA,
transtorno causado
por condição
médica geral e
transtorno de
humor induzido por substância.
** considerar boderline, narcisista, histrionica e antissocial
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
Apesar de diversos avanços em estudos de marcadores biológicos (incluindo exames de
imagem, testes hormonais, entre outros), testes neuropsicológicos ou rastreamentos
genéticos, nenhum exame mostra utilidade para o diagnóstico do TDM na prática
clínica.
O melhor método para o diagnóstico é uma consulta clínica detalhada
❖ coleta da história clínica do paciente
❖ o exame psíquico
❖ exame físico sumário.
De forma didática, é possível dividir os principais diagnósticos diferenciais para o TDM
em:
❖ Condições médicas gerais que podem apresentar sintomatologia como anergia,
apatia e outros sintomas depressivos.
❖ Sintomas provocados por uso de substância/medicamento – intoxicação,
abstinência ou uso contínuo.
❖ Outros transtornos psiquiátricos.
❖ comum que indivíduos com TDM apresentem outros transtornos psiquiátricos
simultaneamente (comorbidades)
➢ mais comuns os transtornos ansiosos, o transtorno obsessivo-compulsivo e o
transtorno por uso de substâncias.
➢ Doença pulmonar crônica, dor crônica, artrite, doença cardíaca, AVC, asma,
diabetes, entre outras, são mais comuns em pacientes deprimidos do que na
população geral.
CURSO E PROGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
anotações sobre o DSM no caderno
CICLOTIMIA
DISTIMIA
TRATAMENTO DE TAB
FARMACOTERAPIA
ANTICONVULSIVANTES
●
preferível ao lítio no tratamento da
mania aguda
● porém, indicado APENAS PARA
MANIA AGUDA
● níveis de dose típicos ( 750 a 2.500
mg/ dia), alcançando níveis
sanguíneos entre 50 e 120 ug/ml
● dose de carga oral a partir do
primeiro dia de tratamento : 15 a 20
mg/kg e está associada a início
Valproato rápido de resposta
Mania aguda
● primeira linha com eficacia
comparavel ao litio
aumento do GABA e modulação de
● niveis sericos menores que 50 ug/ml
outros neurotransmissores (serotonina
associados a pouca resposta
e glut), ação em canais de sodio
antimaniaca
voltagem-dependentes, neuropeptideos,
● niveis > 100 toxicidade
neuroproteção
● pode ser associado a AA ou L.
para aumento da eficacia
● efetivo em quadros de mania
classica e mania disforica (
preferivel em relacao ao lítio)
recomendado a pacientes com muito eps e
uso de subst e hst de TC
Depressão aguda
➔ não é primeira linha em
monoterapia para depressão
bipolar
MANUTENÇÃO
● primeira linha em monoterapia ,
eficacia comparável ao litio
● indicado bastante para ciclagem
rapida
● pode ser associado a quetiapina
(AA) ou aripiprazol (AA) , podendo
ser uma alternativa a quem nao
responde a monot.
CARBAMAZEPINA CARBAMAZEPINA
● é segunda linha para episódios
agudos de mania ( por conta da
problema da carba : interação
sua interação com outras
medicamentosa
medicações e perfil de efeitos
colaterais pouco toleráveis)
● terceira linha para ep agudo de
depressão
● fase de manutenção : segunda
linha, apesar de eficaz na profilaxia
, devido ao seu perfil de indução
enzimática = problema a longo
prazo, uma vez que o tratam. de
TAB muitas vezes exige
associações medicamentosas
● anticonvulsivantes
benzodiazepínicos de alta
potência usados na mania aguda
● adjuvantes no tratamento de
agitação maníaca aguda, insônia,
CLONAZEPAM e LORAZEPAM agressividade e disforia, bem
como pânico
● a segurança deles os tornam
adjuvantes ideais com o lítio ,
carbamazepina ou ao valproato
● PORTANTO, ADJUVANTE!!!!
ANTIPSICOTICOS
1a linha :
● quetiapina
● lurasidona + lítio ou divalproato
● lítio
● lamotrigina
● lurasidona
● lamotrigina como adjuvante
obs :. monoterapia com antidepressivos não é recomendada
❖ iniciar com lítio ou lamotrigina
❖ para casos mais graves : inicia com lítio + antidepressivo
❖ para pacientes em tratamento de manutenção que tem episódio depressivo :
otimizar a dose de manutenção
➢ não responde ? adicionar lamotrigina, bupropiona ou paroxetina ( outra
opção é escolher ISRSs mais modernos ou IMAOs)
❖ os antidepressivos são, muitas vezes, associados a estabilizador de humor no
tratamento de primeira linha PARA UM PRIMEIRO EPISÓDIO ou EPISÓDIO
ISOLADO de depressão bipolar
➢ combinação eficaz : olanzapina + fluoxetina por um período de 08 semans
sem induzir mania ou hipomania
➢ muitos pctes não respondem a antidepressivos , aí fazer baixa dose de
lamotrigina ou ziprasidona ( 20 a 80 mg/dia)
❖ ECT pode ser útil em pctes que não respondem ao lítio ou outros estab. e a seus
adjuvantes
2a linha :
● divalproato
● ISRS/bupropiona ( adjuvante)
● ECT
● cariprazina
● olanzapina + fluoxetina
OUTROS AGENTES
● quando tratamentos-padrão falham : antagonista do canal de cálcio verapamil tem
eficácia maníaca aguda
● gabapentina, topiramato, zonisamida, levetiracetam, tiagabina não mostraram efeitos
sobre mania guda
● lamotrigina não tem propriedades antimaníacas agudas, mas ajuda a prevenir
recidiva de episódios maníacos
TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO
PSICOTERAPIA
psicoeducação para aderir ao tratamento
Medicações para manutenção de TAB TIPO 01
RECOMENDAÇÕES DE TRATAMENTO PARA TAB TIPO 02
3. Rapid cycling
As defined in DSM-IV-TR (1) and applied in this guideline, rapid cycling refers to the
occurrence
of four or more mood disturbances within a single year that meet criteria for a major
depressive,
mixed, manic, or hypomanic episode. These episodes are demarcated either by partial
or full remission for at least 2 months or a switch to an episode of opposite polarity (e.g.,
from
a major depressive to a manic episode). The initial intervention in patients who experience
rapid
cycling is to identify and treat medical conditions, such as hypothyroidism or drug or alcohol
use, that may contribute to cycling [I]. Certain medications, particularly antidepressants, may
also contribute to cycling and should be tapered if possible [II]. The initial treatment for
pa-tients who experience rapid cycling should include lithium or valproate [I]; an alternative
treatment
is lamotrigine [I]. For many patients, combinations of medications are required [II].
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Diversos antidepressivos são recomendados como tratamento de primeira linha para o
TDM, sendo os principais os :
1. inibidores seletivos de recaptação de serotonina (p. ex., fluoxetina, sertralina,
escitalopram)
2. inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina (p. ex.,venlafaxina,
desvenlafaxina, duloxetina), bupropiona, agomelatina, entre outros.
3. antidepressivos tricíclicos (p. ex., amitriptilina, nortriptilina, clomipramina), apesar
de eficazes, são considerados tratamento de segunda linha pela maior taxa de
efeitos colaterais e menor tolerabilidade.
4. inibidores da monoaminoxidase (IMAO, p. ex., tranilcipromina) são reservados
como terceira linha de tratamento, também pela maior taxa de efeitos colaterais
e potenciais interações graves com alguns alimentos e outros medicamentos
que são contraindicados durante o tratamento com IMAO.
● Em algumas ocasiões, pode ser necessário o uso combinado de mais de um
antidepressivo.
● Outras classes de medicamentos, como antipsicóticos (aripiprazol, quetiapina,
risperidona) e estabilizadores do humor (lítio) também podem ser usadas em
combinação com os antidepressivos em casos de TDM mais resistentes ao
tratamento.
● O tempo de tratamento varia, mas dura em média 12 meses para pacientes que
apresentam o primeiro episódio depressivo.
● Em pacientes com história de múltiplos episódios ao longo da vida, pode estar
indicada a manutenção do tratamento medicamentoso por tempo
indeterminado, como profilaxia de novos episódios.
AGITAÇÃO PSICOMOTORA
SEQUÊNCIA DE TRATAMENTO
ESCOLHA DA MEDICAÇÃO
● se agitação motora + delirium ( exceto tremens e por abstinencia de hipnoticos) →
BZD EVITADO → agrava estado confusional agudo
○ usar : haloperidol ou droperidol
● sempre considerar as causas dos estados de agitação :
○ no delirium por exemplo : medicações fenotiazínicos NÃO devem ser
utilizadas devido a sua ação anticolinérgica
○ agir da forma mais conservadora possível
○ em geral, tratar com antipsicóticos
● na agitação de pacientes com Parkinson : evitar uso de antipsicóticos típicos
○ preferir AA ( aripiprazol ou quetiapina)
SUICÍDIO
AVALIAÇÃO CLÍNICA
● categorias : pensamento de morte → pensamento suicida → ideação→
planejamento → ato suicida
● avaliação da categoria + fatores de risco e de proteção ( avaliação
subjetiva , se FR > FP → internação , obs :. não é quantitivo) = CONDUTA
○ para auxiliar na definição da conduta , responder a essas duas
perguntas :
1. o paciente precisa ser internado ou poderá dar continuidade ao
tratamento de maneira ambulatorial ?
2. precisa ser avaliado pelo psiquiatra no PS ainda?
Critérios de Internação
● apresentar alto risco do ponto de vista qualitativo ( subjetivo)
● Às vezes mesmo com FP predominantes, a presença de ideação suicida e
planejamento já definiriam internação, portanto depende da gravidade dos
sintomas
Inúmeros fatores de risco foram elencados nas últimas décadas, mas nenhum deles,
nem a combinação de diversos deles, foi capaz de prever com exatidão o risco
desuicídio
LÍTIO
● emergencista não deve usar antes de avaliação do psiquiatra
QUETAMINA
● mais estudos são necessários para comprovar sua eficácia e segurança no
tratamento de quadros depressivos + ideação suicida
quando alta do PS, necessariamente pcte encaminhado para psiquiatra ou
generalisaa da UBS
TRATAMENTO
● o paciente apresenta alguma emergência (como intoxicação exógena ou efeito
colateral grave de medicação, como síndrome serotoninérgica) ou psiquiátrica
(como catatonia, ideação suicida ou agitação psicomotora)?
■ NÃO ?? o paciente deve ser orientado a procurar seu
psiquiatra ambulatorialmente
Seguimento
● O tratamento dos TDM é predominantemente ambulatorial.
● Quadros sem sintomatologia grave e sem complicadores clínicos podem ser
manejados ambulatorialmente pelo clínico geral; caso contrário, é fortemente
sugerido que o manejo seja feito por um psiquiatra