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TRANSTORNOS DE ANSIEDADE, PÂNICO E

FOBIAS

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Sumário
............................................................................................................... 1

NOSSA HISTÓRIA ................................................................................. 2

Introdução .............................................................................................. 5

Ansiedade .............................................................................................. 6

Fatores de risco ...................................................................................... 8

Gênero ................................................................................................ 8

Trauma na infância ............................................................................. 9

Doenças concomitantes ...................................................................... 9

Personalidade ..................................................................................... 9

Genética ............................................................................................. 9

Abuso de substâncias ......................................................................... 9

Principais transtornos de Ansiedade .................................................... 10

Transtorno de ansiedade de separação ............................................ 10

Tratamento .................................................................................... 11

Transtorno de ansiedade generalizada ............................................. 12

Tratamento .................................................................................... 13

Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) ................................ 14

Tratamento .................................................................................... 14

Tratamentos e apoio: família, amigos, associações.............................. 15

A Síndrome do Pânico .......................................................................... 16

As Fobias ............................................................................................. 19

Fobia social e Fobias especificas ...................................................... 20

Ajuda Psicológica .......................................................................... 21

Transtorno do pânico e Agorafobia ................................................... 22

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Técnicas mais frequentes no tratamento para fobias ........................ 24

Tratamentos Indicados ......................................................................... 24

Referências .......................................................................................... 25

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Introdução
O medo é natural do ser humano, todo mundo tem ou teve medo de
alguma coisa, um lugar ou uma pessoa em algum momento da vida, mas que,
quando desproporcional, intenso e até irracional, pode se transformar em uma
síndrome neurótica, que é o que os psicólogos chamam de fobia.
Muitos indivíduos sentiram medo de dormir sozinhos no quarto quando
criança, da loira do banheiro na escola e do homem do saco quando brincavam
na rua. Também sentiram medo no primeiro dia de aula e no primeiro dia no
trabalho, sem contar que quando é necessário tomar uma decisão importante
em suas vidas, o medo também se faz presente.
O medo muitas vezes protege as pessoas, isso é fato. Faz pensar com
mais cuidado antes de tomar determinada atitude e, por isso, também pode
impedir que tenhamos comportamentos mais arrojados e ousados em alguns
casos.
O medo é, basicamente, quando nos sentimos ameaçados por algo ou
alguém, que desperta tensão e receio de que aquele algo ou alguém possa nos
ferir. O ferir citado pode se enquadrar em ferimentos físicos e/ou emocionais.
Você pode ter medo de uma barata, de uma aranha, ou medo de uma
pessoa que acaba de entrar no ônibus e que lhe aparenta um ar desconfiado.
Existem inúmeras formas de medo, e os psicólogos reforçam que é importante
que você consiga entendê-las e decifrá-las.
Assim como o medo, diversas situações cotidianas podem nos causar
ansiedade, como a entrevista para um novo emprego ou a proximidade da
viagem tão esperada. É um estado emocional perfeitamente normal, até mesmo
benéfico por nos manter alertas e eventualmente mais focados.
O medo, tornando-se algo constante e diário, pode gerar uma crise de
ansiedade ou uma crise de pânico, o que alavanca um problema de fato maior,
e que precisa ser analisado com cautela e por um profissional especializado.

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Ansiedade
Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo,
apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de
perigo, de algo desconhecido ou estranho.
A ansiedade pode ser uma reação normal a estímulos desestabilizadores
ou que possam atemorizar as pessoas. Essa reação pode ocorrer com sintomas
psicológicos, como apreensão, desconforto, medos diversos etc., e também com
sintomas físicos, como taquicardia, aumento da frequência respiratória,
alterações de pressão arterial etc.
Em crianças, o desenvolvimento emocional influi sobre as causas
e a maneira como se manifestam os medos e as preocupações tanto normais
quanto patológicos. Diferentemente dos adultos, crianças podem não
reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as
menores. A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos
quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou
qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e
interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho
diário do indivíduo. Tais reações exageradas ao estímulo ansiogênico se
desenvolvem, mais comumente, em indivíduos com uma predisposição
neurobiológica herdada.
A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade
patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração,
autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou não.
Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses
sintomas são primários, ou seja, não são derivados de outras condições
psiquiátricas (depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno
hipercinético, etc.).
Sintomas ansiosos (e não os transtornos propriamente) são
frequentes em outros transtornos psiquiátricos. É uma ansiedade que se explica
pelos sintomas do transtorno primário (exemplos: a ansiedade do início do surto
esquizofrênico; o medo da separação dos pais numa criança com depressão
maior) e não constitui um conjunto de sintomas que determina um transtorno

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ansioso típico. Mas podem ocorrer casos em que vários transtornos estão
presentes ao mesmo tempo e não se consegue identificar o que é primário e o
que não é, sendo mais correto referir que esse paciente apresenta mais de um
diagnóstico coexistente (comorbidade). Estima-se que cerca de metade das
crianças com transtornos ansiosos tenham também outro transtorno ansioso.
Pelos sistemas classificatórios vigentes, o transtorno de ansiedade
de separação foi o único transtorno mantido na seção específica da infância e
adolescência (CID-10,6 DSM-IV7). O transtorno de ansiedade excessiva da
infância e o transtorno de evitação da infância (DSM-III-R8), passaram a ser
referidos nas classificações atuais, respectivamente, como transtorno de
ansiedade generalizada (TAG) e fobia social.
Os transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais comuns
tanto em crianças quanto em adultos, com uma prevalência estimada durante o
período de vida de 9% e 15% respectivamente. Nas crianças e adolescentes, os
transtornos ansiosos mais frequentes são o transtorno de ansiedade de
separação, com prevalência em torno de 4%, o transtorno de ansiedade
excessiva ou o atual TAG (2,7% a 4,6%) e as fobias específicas (2,4% a 3,3%). A
prevalência de fobia social fica em torno de 1% e a do transtorno de pânico (TP)
0,6%.
A distribuição entre os sexos é de modo geral equivalente, exceto
fobias específicas, transtorno de estresse pós-traumático e transtorno de pânico
com predominância do sexo feminino.
A causa dos transtornos ansiosos infantis é muitas vezes
desconhecida e provavelmente multifatorial, incluindo fatores hereditários e
ambientais diversos. Entre os indivíduos com esses transtornos, o peso relativo
dos fatores causais pode variar. De uma maneira geral, os transtornos ansiosos
na infância e na adolescência apresentam um curso crônico, embora flutuante
ou episódico, se não tratados.
Na avaliação e no planejamento terapêutico desses transtornos, é
fundamental obter uma história detalhada sobre o início dos sintomas, possíveis
fatores desencadeantes (ex. crise conjugal, perda por morte ou separação,
doença na família e nascimento de irmãos) e o desenvolvimento da criança.
Sugere-se, também, levar em conta o temperamento da criança (ex. presença
de comportamento inibido), o tipo de apego que ela tem com seus pais (ex.

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seguro ou não) e o estilo de cuidados paternos destes (ex. presença de
superproteção), além dos fatores implicados na etiologia dessas patologias.
Também deve ser avaliada a presença de comorbidade.
De modo geral, o tratamento é constituído por uma abordagem
multimodal, que inclui orientação aos pais e à criança, terapia cognitivo-
comportamental, psicoterapia dinâmica, uso de psicofármacos e intervenções
familiares.

Fatores de risco
Fatores que podem aumentar o risco do transtorno de ansiedade
generalizada incluem:
Idade: os transtornos de ansiedade podem aparecer em qualquer idade.
Na infância, os transtornos de ansiedade mais comuns são as fobias simples,
como o medo do escuro, além da ansiedade de separação e transtorno
obsessivo-comportamental. Crianças com transtorno de ansiedade podem
desenvolver depressão, outros transtornos de ansiedade ou abuso de
substâncias (por exemplo: alcoolismo) na idade adulta.
Fatores sociais: pessoas solteiras, viúvas ou desquitadas têm maior risco
de transtornos de ansiedade que pessoas casadas, assim como pessoas
isoladas, sem apoio de amigos ou familiares.
Fatores traumáticos: o trauma psicológico também desencadeia
transtornos de ansiedade, principalmente o transtorno de estresse pós-
traumático em pessoas vulneráveis.

Gênero
Mais do que o dobro do número de casos de transtorno de
ansiedade generalizada ocorre em mulheres. Acredita-se que uma combinação
de fatores, como mudanças hormonais e maior exposição ao estresse, possam
agravar esse quadro.

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Trauma na infância
As crianças que sofreram abuso ou algum tipo de trauma, ou que
até mesmo testemunharam eventos traumáticos, estão em maior risco de
desenvolver transtorno de ansiedade generalizada em algum momento da vida.

Doenças concomitantes
Ter uma condição crônica de saúde ou doença grave, como
o câncer, pode levar à constante preocupação com o futuro, ao tratamento e
questões financeiras. Estresse do dia a dia pode desencadear no transtorno
também.

Personalidade
As pessoas com alguns tipos de personalidade são mais
propensas a transtornos de ansiedade do que outras. Além disso, alguns
transtornos de personalidade, como o Borderline, também podem estar ligados
ao TAG.

Genética
O transtorno de ansiedade generalizada também pode estar no
sangue. Mais de uma pessoa da mesma família pode apresentar esse distúrbio.

Abuso de substâncias
Uso excessivo de drogas ou álcool pode piorar e até levar ao
transtorno de ansiedade generalizada. A cafeína e a nicotina, presente no
cigarro, também podem aumentar a ansiedade e conduzir o indivíduo à doença.

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Principais transtornos de Ansiedade

Transtorno de ansiedade de separação

O transtorno de ansiedade de separação é caracterizado por


ansiedade excessiva em relação ao afastamento dos pais ou seus substitutos,
não adequada ao nível de desenvolvimento, que persiste por, no mínimo, quatro
semanas, causando sofrimento intenso e prejuízos significativos em diferentes
áreas da vida da criança ou adolescente.
As crianças ou adolescentes, quando estão sozinhas, temem que
algo possa acontecer a si mesmo ou aos seus cuidadores, tais como acidentes,
sequestro, assaltos ou doenças, que os afastem definitivamente destes. Como
consequência, demonstram um comportamento de apego excessivo a seus
cuidadores, não permitindo o afastamento destes ou telefonando repetidamente
para eles a fim de tranquilizar-se a respeito de suas fantasias. Em casa, para
dormir necessitam de companhia e resistem ao sono, que vivenciam como
separação ou perda de controle. Com frequência referem pesadelos que versam
sobre seus temores de separação. Recusa escolar secundária também é comum
nesses pacientes. A criança deseja frequentar a escola, demonstra boa
adaptação prévia, mas apresenta intenso sofrimento quando necessita afastar-
se de casa.
Quando a criança percebe que seus pais vão se ausentar ou o
afastamento realmente ocorre, manifestações somáticas de ansiedade, tais
como dor abdominal, dor de cabeça, náusea e vômitos são comuns. Crianças
maiores podem manifestar sintomas cardiovasculares como palpitações, tontura

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e sensação de desmaio. Esses sintomas prejudicam a autonomia da criança,
restringem a sua vida de relação e seus interesses, ocasionando um grande
estresse pessoal e familiar. Sentem-se humilhadas e medrosas, resultando em
baixa autoestima e podendo evoluir para um transtorno do humor.
Estudos retrospectivos sugerem que a presença de ansiedade de
separação na infância é um fator de risco para o desenvolvimento de diversos
transtornos de ansiedade, entre eles, o transtorno de pânico e de humor na vida
adulta.

Tratamento

Quando há recusa escolar, o retorno à escola deve ser o mais


rápido possível, para evitar cronicidade e evasão escolar. Deve haver uma
sintonia entre a escola, os pais e o terapeuta quanto aos objetivos, conduta e
manejo. O retorno deve ser gradual, pois se trata de uma readaptação,
respeitando as limitações da criança e seu grau de sofrimento e
comprometimento.
As intervenções familiares objetivam conscientizar a família sobre
o transtorno, auxiliá-los a aumentar a autonomia e a competência da criança e
reforçar suas conquistas.
As intervenções farmacológicas são necessárias quando os
sintomas são graves e incapacitantes, embora estudos controlados
documentando seu uso sejam limitados. O uso de antidepressivos tricíclicos
(imipramina) mostrou resultados controversos. Os benzodiazepínicos, apesar de
poucos estudos controlados que avaliem a sua eficácia, são utilizados para
ansiedade antecipatória e para alívio dos sintomas durante o período de latência
dos antidepressivos. Os inibidores seletivos da recaptura de serotonina podem
ser efetivos para o alívio dos sintomas de ansiedade, sendo considerados
medicação de primeira escolha devido ao seu perfil de efeitos colaterais, sua
maior segurança, fácil administração e quando há comorbidade com transtorno
de humor. A utilização de betabloqueadores em crianças não está bem
estabelecida.

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Transtorno de ansiedade generalizada

As crianças com TAG apresentam medo excessivo, preocupações


ou sentimentos de pânico exagerados e irracionais a respeito de várias
situações. Estão constantemente tensas e dão a impressão de que qualquer
situação é ou pode ser provocadora de ansiedade. São crianças que estão
sempre muito preocupadas com o julgamento de terceiros em relação a seu
desempenho em diferentes áreas e necessitam exageradamente que lhes
renovem a confiança, que as tranquilizem. Apresentam dificuldade para relaxar,
queixas somáticas sem causa aparente e sinais de hiperatividade autonômica
(ex. palidez, sudorese, taquipnéia, tensão muscular e vigilância aumentada).
Tendem a ser crianças autoritárias quando se trata de fazer com que os demais
atuem em função de tranquilizá-las.
Um caso típico é o de uma menina de 7 anos de idade que
pergunta aos pais constantemente se o que eles dizem é verdade, se recusa aos
prantos a iniciar qualquer atividade nova, pede para sua mãe verificar se ela fez
a lição corretamente a cada trecho de lição terminada, mostra-se muito
aborrecida e angustiada quando sua coleguinha de escola achou que ela havia
mentido. Todo ou quase todo o tempo há algo que a preocupe, não são
pensamentos repetitivos sobre o mesmo tema, mas são
preocupações constantes que mudam de tema e geram ansiedade.

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Tornam-se crianças difíceis, pois mantêm o ambiente a seu redor
tenso, provocam irritação nas pessoas de seu convívio pelo absurdo da situação,
sendo difícil acalmá-las e ter atividades rotineiras ou de lazer com elas.
O início deste transtorno costuma ser insidioso, muitas vezes os
pais têm dificuldade em precisar quando começou e referem que foi se
agravando até se tornar intolerável, época em que procuram atendimento.

Tratamento

A abordagem psicoterápica pode ser das mais diversas


modalidades, não se tendo estudos comprovando a relativa eficácia entre elas
até o momento. A terapia cognitivo-comportamental consiste basicamente em
provocar uma mudança na maneira alterada de perceber e raciocinar sobre o
ambiente e especificamente sobre o que causa a ansiedade (terapia cognitiva)
e mudanças no comportamento ansioso (terapia comportamental). Esse método
pode ter eficácia duradoura sobre os transtornos ansiosos em geral. Os pais
participam ativamente dessa terapia com crianças, ao contrário do que é feito
com adultos com o mesmo transtorno. No caso clínico citado como exemplo,
seria feito um acordo com a criança e seus pais de que as perguntas exageradas
não receberiam resposta, com reasseguramento à criança da necessidade disto
para diminuir seu sofrimento. Nesse método, parte-se do pressuposto que
quanto mais atenção se der a esse comportamento alterado (respostas
tranquilizadoras ou agressivas na tentativa de controlar a ansiedade da criança)
maior a chance de reforçá-lo e ampliá-lo; ao contrário, mantendo-se a calma e
retirando-se a atenção do comportamento ansioso, ele tende a se extinguir.
O TAG tem recebido pouca atenção dos pesquisadores em
psicofarmacologia pediátrica. Em estudos abertos, observou-se melhora
significativa dos sintomas, tanto com o uso de fluoxetina, como de
buspirona. Pouco se sabe a respeito de benzodiazepínicos para TAG na
infância; alguns autores recomendam o seu uso quando não há resposta a
tratamentos psicoterápicos.

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Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)

As crianças são particularmente vulneráveis a violência e abuso


sexual e tem havido um reconhecimento crescente que experiências traumáticas
podem ter um impacto grave e duradouro sobre as mesmas. O TEPT tem sido
evidenciado como um fator de risco para o desenvolvimento posterior de
patologias psiquiátricas.

O diagnóstico do TEPT é feito quando, em consequência à


exposição a um acontecimento que ameace a integridade ou a vida da criança,
são observadas alterações importantes no seu comportamento, como inibição
excessiva ou desinibição, agitação e reatividade emocional aumentada,
hipervigilância, além de pensamentos obsessivos com conteúdo relacionado à
vivência traumática (em vigília e em pesadelos durante o sono). Também é
observado comportamento de evitar estímulos associados ao evento traumático.
Pelos critérios diagnósticos do DSM-IV, tais sintomas devem durar mais de um
mês e levar a comprometimento das atividades do paciente.
O paciente evita falar sobre o que aconteceu, pois isso lhe é muito
doloroso, e essa atitude parece perpetuar os sintomas como em geral acontece
com todos os transtornos ansiosos. Crianças apresentam uma dificuldade a
mais, especialmente as mais jovens, que é a de compreender com clareza e
discorrer sobre o ocorrido. Em crianças menores, os temas relacionados ao
trauma são expressados em brincadeiras repetitivas.

Tratamento

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Existe alguma evidência sobre a eficácia da abordagem cognitivo-
comportamental e da psicoterapia dinâmica breve no TEPT em crianças e
adolescentes, porém com poucos estudos a respeito, em geral relatos de caso.
Em crianças mais jovens, a terapia deve utilizar objetos intermediários como
brinquedos ou desenho para facilitar a comunicação, evitando-se interpretações
sem confirmações concretas sobre o que ocorreu, mas fornecendo subsídios
que permitam a elaboração da experiência traumática.
A abordagem cognitivo-comportamental tem sido focalizada sobre
o (s) sintoma (s) alvo, com o objetivo de reverter o condicionamento da reação
ansiosa, pela habituação ao estímulo. O terapeuta deve auxiliar a criança ou
adolescente a enfrentar o objeto temido, discursando sobre o evento traumático,
orientando o paciente a não evitar o tema ou os pensamentos relacionados
(técnica de exposição).
Há apenas um relato sobre o uso de medicações em TEPT em
crianças usando propranolol, com resposta favorável. O planejamento
terapêutico depende também da associação com outras patologias.

Tratamentos e apoio: família, amigos, associações

Os transtornos de ansiedade são fontes de grande sofrimento e limitações


para seus portadores. Seu tratamento envolve uma série de procedimentos que
não se restringe apenas ao consultório médico. Os estudos mostram que a
associação do tratamento medicamentoso com psicoterapia cognitivo-
comportamental apresenta melhores resultados do que cada um desses
procedimentos isoladamente.
Para além do tratamento médico e psicoterapêutico, deve-se destacar a
importância da participação da família e dos amigos no tratamento dos
transtornos de ansiedade. Assim como os portadores, muitas vezes os familiares
e os amigos ignoram a natureza do transtorno e desconhecem que o apoio e o
encorajamento deles são fundamentais para ajudar o doente a aderir melhor ao
tratamento, a diminuir seu isolamento e, consequen-temente, a melhorar a
evolução da doença.

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Em linhas gerais, a família pode ajudar com as seguintes atitudes:
 informar-se sobre o transtorno e seu tratamento;
 mostrar interesse em aprender junto do doente, trocar ideias sobre esse
aprendizado;
 ter paciência com as manifestações do quadro, não querer “apressar” a
melhora antes do tempo. É importante reconhecer os progressos parciais
obtidos ao longo do tratamento;
 evitar comentários críticos e preconceituosos em relação ao
comportamento do portador;
 ajudar a construir um ambiente familiar harmônico. Tolerância e
acolhimento ajudam o portador a aceitar sua doença e a fazer
corretamente o tratamento.

A Síndrome do Pânico

Ataques de pânico ou sintomas similares ao pânico como tremores,


respiração acelerada e sudorese são sintomas típicos tanto de fobias quanto
síndrome do pânico. No entanto, tais sintomas são desencadeados de forma
diferente em cada condição específica.
Uma pessoa com fobia pode experimentar a sensação de pânico ao
pensar ou ser exposto ao objeto do seu medo.
Por outro lado, a síndrome do pânico não é desencadeada por um medo
em específico. As pessoas com síndrome do pânico têm ataques súbitos e
inesperados, sem qualquer razão aparente. O episódio provoca uma série de
reações físicas como taquicardia, falta de ar e sensação de morte e pode durar
de 15 minutos até uma hora.
Apesar de possuírem sintomas semelhantes, não há relação entre fobia
e pânico, ou seja, uma fobia não necessariamente leva à síndrome do pânico;
da mesma forma que a síndrome do pânico não apresenta um medo específico
como causador do ataque.
No entanto, não se deve descartar a probabilidade de um diagnóstico que
inclua tanto a fobia quanto o transtorno de pânico.

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O pânico é caracterizado pela ocorrência de crises de pânico recorrentes
e repentinas que causam sensações de medo ou mal-estar intenso
acompanhada de sintomas físicos e cognitivos.

Normalmente se iniciam sem causa aparente, de forma brusca, podendo


as crises durarem entre 10 e 20 minutos ou, em alguns casos mais graves, até
mais de uma hora. É uma condição que acomete frequentemente mais as
mulheres e indivíduos entre acima de 60 anos.
Os momentos de pânico podem gerar o “medo de ter um novo ataque”,
uma condição delicada que interfere no comportamento do indivíduo em relação
ao trabalho, lazer, ambiente familiar e social, fazendo com que ele se isole e
evite locais ou situações nas quais já ocorreu um ataque de pânico.
Embora seja um transtorno psiquiátrico, os sintomas podem ser físicos ou
emocionais (comportamentais).
Fundamental é notar se três ou mais sintomas estão ocorrendo
concomitantemente e com qual intensidade. Porém, os únicos profissionais que
podem avaliar isso são os psicólogos e psiquiatras.
 Sintomas Físicos:
 Ansiedade extrema;
 Tremores;
 Náusea;
 Tontura;
 Suor intenso;
 Palpitação;
 Taquicardia (aceleração cardíaca);
 Falta de ar (ou sensação de não conseguir respirar);

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 Fraqueza;
 Palidez;
 Mal-estar em geral.

 Sintomas Emocionais e Comportamentais:


 Sensação iminente de morte;
 Medo de perder o controle;
 Medo de ataque cardíaco, sem motivos para tal;
 Medo de vomitar em público ou de ter dor de barriga, mesmo que não
tenha qualquer razão fisiológica;
 Evitar dirigir ou medo de enfrentar trânsito;
 Medo de lugares abertos ou fechados, de multidão, de sair
desacompanhado;
 Sensação de estar “enlouquecendo”.
 Evitar lugares específicos como padaria e restaurantes, principalmente se
já ocorreu algum ataque nesses locais;
 Entre outros

Os pacientes com Síndrome do Pânico podem ter que seguir muitas


visitas ao psicólogo até que se encontre uma causa para suas crises e sintomas.
Toda crise é acompanhada de três ou mais sintomas acima e quem vai definir a
gravidade deles é o psicólogo ou psiquiatra.
Assim, qualquer sintoma típico de ataques de pânico deve ser
comunicado ao profissional de sua confiança o quanto antes. As crises não são
facilmente controladas pela própria pessoa e, se não houver atenção profissional
durante sua ocorrência, podem piorar.
Não custa reforçar que por se tratar de um transtorno neurológico, embora
com sintomas físicos, o diagnóstico somente pode ser feito por um psicólogo ou
psiquiatra.
A importância da ajuda do psicólogo está também em avaliar se há outros
transtornos associados, tais como depressão, esquizofrenia, fobia social, TOC,
dentre outros.

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As Fobias
Clinicamente, as fobias são classificadas como sendo um Transtorno de
Ansiedade e podem ser definidas como um medo intenso e irracional e
incessante de situações, objetos, atividades ou pessoas, cujo receio é altamente
desproporcional em relação ao perigo real ou probabilidade de mal que este
pode causar – por exemplo, o medo de palhaços, a Coulrofobia.
O medo associado a uma fobia vai além de uma simples aversão ou
desconforto: A angústia causada pelo medo é tão intensa que o indivíduo faz o
possível para evitar entrar em contato com o objeto de seu medo, e muitas vezes
gastam uma enorme quantidade de tempo pensando se estão propensos a
encontrá-lo em uma determinada situação.
Na verdade, se você tem uma fobia, provavelmente você já sabe que seu
medo é irracional, porém é incapaz de controlá-lo.
Quando se trata de fobia, o indivíduo não consegue arriscar a
experimentar o desconhecido, a ultrapassar a barreira do que acredita fazer mal
e que deixa com medo.
A fobia pode existir em lugares muito grandes e com muita gente
(agorafobia), porque dificilmente o indivíduo consegue escapar ou identificar
pessoas conhecidas rapidamente, como quando está fora de casa, em um
grande congestionamento ou em um Shopping Center em época de festas.
A fobia também pode ser em relação a objetos (seringa, faca, tesoura,
etc.) e animais (barata, aranha, sapo, gato, etc.).
Comportamentos de fuga são comuns, já que o fóbico é determinado a
ficar longe do seu medo específico. Quando forçado a enfrentar o objeto ou
situação temida, o indivíduo experimenta um nível acentuado de sofrimento
e ansiedade.
Os sintomas mais comuns incluem: ritmo cardíaco acelerado, tremores,
sudorese, tremores, sensação de terror e uma urgência de se afastar do objeto
da situação causadora do medo. De acordo com a DSM-V, as fobias são
classificadas em três categorias:

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Fobia social e Fobias especificas

Fobias específicas são definidas pela presença de medo excessivo e


persistente relacionado a um determinado objeto ou situação, que não seja
situação de exposição pública ou medo de ter um ataque de pânico. Diante do
estímulo fóbico, a criança procura correr para perto de um dos pais ou de alguém
que a faça se sentir protegida e pode apresentar reações de choro, desespero,
imobilidade, agitação psicomotora ou até mesmo um ataque de pânico.
Os medos mais comuns na infância são de pequenos animais, injeções,
escuridão, altura e ruídos intensos.
As fobias específicas são diferenciadas dos medos normais da infância
por constituírem uma reação excessiva e desadaptativa, que foge do controle do
indivíduo, leva a reações de fuga, é persistente e causa comprometimento no
funcionamento da criança.
Na Fobia social o medo persistente e intenso de situações onde a pessoa
julga estar exposta à avaliação de outros, ou se comportar de maneira
humilhante ou vergonhosa, caracteriza o diagnóstico de fobia social em crianças
e adolescentes. Em jovens, a ansiedade pode ser expressa por choro, "acessos
de raiva" ou afastamento de situações sociais nas quais haja pessoas não
familiares.
Crianças com fobia social relatam desconforto em inúmeras situações:
falar em sala de aula, comer na cantina próximo a outras crianças, ir a festas,
escrever na frente de outros colegas, usar banheiros públicos, dirigir a palavra a

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figuras de autoridade como professores e treinadores, além de
conversas/brincadeiras com outras crianças. Nessas situações, comumente há
a presença de sintomas físicos como: palpitações, tremores, calafrios e calores
súbitos, sudorese e náusea. A depressão é uma comorbidade frequente em
crianças e adolescentes com fobia social.
Segundo Castillo (2000) fobias específicas são definidas pela presença
de medo excessivo e persistente relacionado a um determinado objeto ou
situação, que não seja situação de exposição pública ou medo de ter um ataque
de pânico. Obviamente, as fobias específicas podem desencadear no sujeito a
chamada ansiedade antecipatória.
O contato com o estímulo fóbico para Rangé (2011) causa ansiedade,
surgindo sintomas físicos que podem ser do sistema nervoso autônomo
(cardiorrespiratório), muscular, cinestésico e outros:
 Autonômicos: taquicardia (cardiorrespiratório), sudorese quente ou fria,
taquipneia, vasoconstrição (extremidades frias, palidez) midríase,
piloereção, aumento do peristaltismo (diarreia);
 Musculares: dores, contraturas, tremores, trepidação;
 Cinestésico: parestesias, calafrios, adormecimentos;
 Outros: Urgência de ir urinar, vazio no estômago, dor e aperto no peito.
Sintomas psíquicos também são característicos em pessoas com fobia,
como por exemplo: tensão, nervosismo, apreensão, insegurança, dificuldade de
concentração, sensação de estranheza, sensação de morte iminente etc.
(RANGÉ, 2011).
A fobia específica segundo o DSM – V é ocasionalmente desenvolvida
após um evento traumático, por observação de outras pessoas, passando pelo
evento traumático, por um ataque de pânico na situação temida, entre outros
fatores. No entanto, muitas pessoas que possuem fobia específica não lembram
o evento desencadeador da fobia.
Ajuda Psicológica

Embora o desenvolvimento das fobias seja relativamente complexo, seu


tratamento é bastante objetivo. Estas quererem exercícios estruturados e
consistentes com base na exposição gradual do paciente ao estímulo fóbico. O

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problema resume- -se apenas em persuadir o paciente de que a exposição vale
à pena, pois será benéfica (BALOW, 2010 APUD HALES ET AL., 2012).
No tratamento para fobias existem diversas terapias, sendo que a
abordagem comportamental é a mais utilizada. As práticas terapêuticas mais
comuns são as de exposição ao ambiente real, a imaginativa e mais
recentemente, a exposição a ambientes virtuais 3D, (WAUKE ET AL, 2004).
As psicoterapias, que são realizadas a partir da interação entre o
paciente e o terapeuta, buscam conduzir o paciente a um estado de
adaptação maior, envolvendo seus comportamentos e sentimentos, ou
seja, restabelecer seu equilíbrio mental. (WAUKE ET AL., 2004. p. 2).

A técnica chamada de Tensão Aplicada consiste segundo Ost & Sterner


(1987) ensinar o paciente como tencionar e contrair os músculos do corpo ao
primeiro sinal de diminuição da pressão arterial, evitando que a pessoa tenha
uma síncope ao entrar em contato com o estímulo fóbico (D’EL REY e MONTIEL,
2001).
Estudos sobre o uso de medicações nos transtornos de ansiedade são
poucos. Na prática clínica não tem sido utilizado o tratamento farmacológico para
fobias específicas, Castillo (2000). Os medicamentos não demonstram
efetividade no tratamento das fobias específicas. Os ADTs, benzodiazepínicos,
β-bloqueadores, não parecem úteis com base no número limitado de estudos,
(HALES ET AL., 2012).

Transtorno do pânico e Agorafobia

No transtorno do pânico (TP) ocorrem episódios agudos com


sintomas ansiosos intensos, não apenas psíquicos, mas também físicos. Esses

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episódios são chamados ataques de pânico. A duração dos ataques é variável,
mas o pico dos sintomas ocorre geralmente em 10 minutos.
Ataques de pânico não é sinônimo de transtorno do pânico. O
ataque de pânico pode ocorrer em outros transtornos ansiosos ou até mesmo
em transtornos do humor, como transtorno bipolar, por exemplo. Outras
condições que podem desencadear ataques de pânico são o consumo de
substâncias ilícitas ou a uma condição médica geral. Para o diagnóstico de TP é
necessário que os episódios de pânico sejam recorrentes e inesperados,
seguidos de um dos seguintes sintomas: preocupação persistente com a
possibilidade de novos ataques, preocupação com a consequência dos ataques
ou mudança comportamental significativa.
A maioria dos pacientes com TP procura o serviço médico geral,
em especial a emergência, antes de procurar o médico psiquiatra. Apesar de
haver avaliação médica, apenas 2% dos pacientes com TP são diagnosticados
no serviço de emergência. O diagnóstico precoce de TP é benéfico para o
paciente, pois são melhores as taxas de resposta ao tratamento. Quando não
tratada, pode evoluir para incapacitação, com evitação fóbica, agorafobia e maior
uso dos serviços de saúde. Muitas vezes o paciente ouve “não é problema do
coração”, mas isso não resolve a questão para o doente e a possibilidade de o
paciente retornar ao serviço de emergência é alta. Um estudo transversal de
pacientes de cuidados primários que apresentavam TP revelou que 84% deles
estavam dispostos a procurar tratamento psiquiátrico. Segundo os autores, é
recomendável que “os médicos de cuidados primários informem de forma mais
assertiva os seus pacientes com diagnóstico TP e recomendem tratamento
psiquiátrico com menos medo de estigmatizar e aliená-los”.
A agorafobia pode seguir-se ao transtorno do pânico. Consiste em
uma ansiedade acerca de estar em locais de onde possa ser difícil (ou
embaraçoso) escapar ou onde o auxílio não pode estar disponível na
eventualidade de um ataque de pânico. A origem etimológica da palavra (ágora=
praça; fobia=medo) refere-se ao medo de locais abertos. Hoje o termo assumiu
outras conotações e as situações temidas podem variar de uma pessoa para
outra: medo de estar sozinho, de estar em meio à multidão, de locais fechados,
etc. Na agorafobia, a situação temida é evitada ou suportada a custo de

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acentuado sofrimento. Quase sempre a agorafobia é secundária ao pânico,
apesar de alguns autores dizerem que pode ocorrer na ausência dele.

Técnicas mais frequentes no tratamento para fobias

Exposição ao que é temido – que poderá ser tanto imaginária quanto real,
através de um processo por etapas definidas juntamente com o cliente;
Técnicas de relaxamento – apesar de não ser eficaz no tratamento, se
utilizadas isoladamente, os exercícios de respiração, por exemplo, tendem a
ajudar o paciente a se concentrar no aqui-agora e, assim, controlar os sintomas
durante, ou até mesmo antes, dos episódios temidos;
Treino de habilidades sociais – que podem ocorrer na sessão através de
ensaios comportamentais e/ou fora da sessão (tarefas de casa). O treino pode
reduzir a ansiedade no confronto interpessoal nos casos de fobia social.
Contudo, entre técnicas e diálogos, o foco do psicólogo sempre será
trazer o máximo de conforto, bem-estar e autoconhecimento ao paciente, para
que ele consiga lidar de forma tranquila e saudável com situações que antes lhe
causavam pavor, por meio da terapia.

Tratamentos Indicados
Tanto a Síndrome do Pânico quanto as condições de Medo e Fobia são
condições complexas que só podem ser diagnosticadas por um profissional
qualificado.
As opções de tratamento incluem psicoterapia realizada por
psicólogo, medicamentos (sempre prescritos por um médico) e técnicas de
relaxamento.
A psicoterapia pode ajudar o paciente de inúmeras maneiras, como o
desenvolvimento de estratégias de enfrentamento enquanto os medicamentos
funcionam para reduzir os níveis de ansiedade. Já as técnicas de relaxamento,
além de também reduzirem a intensidade do medo, ajudam na gestão
do estresse cotidiano.
Durante uma crise o importante é tranquilizar o indivíduo informando que
os seus sintomas são fruto de um ataque de ansiedade, sem risco de morte.

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Deve-se reforçar que a crise é passageira e comentar que pode ser realmente
intensa, desagradável e causar mal-estar.
A respiração deve ser concentrada, feita pelo nariz, estimulando o
indivíduo a colocar a atenção nela de modo que possa se tranquilizar
rapidamente. Medicamentos somente devem ser tomados quando receitados
por um psiquiatra.
A psicoterapia é fundamental para que as causas orgânicas sejam
encontradas e trabalhadas dentro do contexto de vida do paciente.
Durante o tratamento, o paciente deve ser consciente de que o mesmo
será mais efetivo diante de sua determinação em realizar as ações indicadas
pelo psicólogo, bem como se comprometer a não o interromper ou prejudicá-lo
com o uso de álcool ou drogas.
Tudo depende da forma como a terapia é encarada pelo paciente. Não é
possível estipular um tempo exato, mas podemos ter como base a forma como
as sessões podem ser proveitosas ao paciente, assim como todas as
informações importantes que ele consegue absorver dentro da terapia.

Referências
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ed., Porto Alegre, 1995.

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