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Curitiba
2018
Janete Luzia Bedinarski; Liria Raquel Drula; Roberto Carlos Zimansky; Vitor Marcelo
Gevaerd Do Nascimento
CURITIBA
2018
Sumário
Introdução.............................................................................................................................................3
Como reconhecer os sintomas do transtorno em crianças?.........................................................4
O transtorno compulsivo em crianças se manifesta do mesmo modo que em adultos?...........4
Quais são os sintomas mais comuns observados nessa faixa etária?........................................5
Como é possível na criança diferenciar um comportamento normal de sintomas obsessivo
compulsivo?.........................................................................................................................................6
Rituais normais ao longo da vida......................................................................................................6
Superstições.........................................................................................................................................7
Crianças muito supersticiosas têm mais risco de desenvolver transtorno obsessivo
compulsivo?.........................................................................................................................................7
Quando os rituais ou “manias” se transformam em sintomas?.....................................................7
É possível prevenir o transtorno obsessivo compulsivo? Quando se deve procurar
tratamento?..........................................................................................................................................8
Como se faz o tratamento obsessivo compulsivo em crianças e adolescentes?.......................8
Artigo sobre a investigação do TOC na infância.............................................................................9
Considerações Finais........................................................................................................................11
Referências Bibliográficas................................................................................................................12
Introdução
3
Como reconhecer os sintomas do transtorno em crianças?
4
nesta etapa da vida como alivio de algum mal-estar, ansiedade entre outros, sem
relação com o medo referente a ela.
5
assassinatos, falar coisas obscenas, palavrões ou insultos involuntários, medo de
fazer coisas impulsivamente e outros.
Superstições
Quase não há estudos que comprovam esta ligação, mas nesses poucos
estudos há um de uma pesquisadora norte-americana, que comparou crianças com
TOC com as que não tem, e o resultado mostrou que os dois grupos não
apresentavam diferença no desenvolvimento dos rituais e superstições. Mostrou
também que as crianças com TOC sabiam diferencias duas obsessões de seus
rituais e superstições.
7
ansiedade e desconforto causam (sintomas); A interferência que causa em seu
cotidiano (atrapalha a vida da criança); As características dos comportamentos
repetitivos; Quantidade de tempo que a criança gasta com suas obsessões.
É necessário observar a duração dos sintomas e a interferência com as
obsessões na rotina da criança. Se os sintomas persistirem em pelo menos uma
hora ao dia, o diagnóstico do TOC pode ser considerado.
Para aprofundar os estudos sobre TOC foram explorados alguns artigos que
discutem tratamentos para esse transtorno. Será brevemente relatado nesta seção o
artigo O Tratamento do Transtorno Obsessivo-Compulsivo Baseado na Família em
Crianças Pequenas1. Artigo que faz parte de uma coleção de vários estudos sobre o
assunto. Esse compilado de estudo é denominado de O Estudo Pediátrico de
Tratamento de Transtorno Obsessivo-Compulsivo Em Crianças Pequenas (POTS Jr)
– Um Ensaio Clínico Randomizado2
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) foi estabelecida como eficaz para
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) entre crianças mais velhas e adolescentes,
porém para crianças pequenas ainda não havia avaliação suficiente.
O objetivo do estudo foi constatar a eficácia da Terapia Cognitivo-
Comportamental Baseado na Família (TCC-BF) versus a eficácia do Tratamento de
Relaxamento Baseado na Família (TR-BF) em crianças de 5 a 8 anos de idade.
Foi realizado um estudo clínico randomizado de 14 semanas (Estudo de
Tratamento Pediátrico de Transtorno Obsessivo-Compulsivo para Crianças
Pequenas [POTS Jr]¹) em 3 centros médicos acadêmicos entre 2006 e 2011,
envolvendo 127 crianças pequenas, pacientes pediátricos ambulatoriais de 5 a 8
anos de idade, que receberam um diagnóstico primário de TOC e uma pontuação
total de 16 ou mais da escala do teste Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale 3. As
crianças deste estudo foram divididas aleatoriamente e designadas à 14 semanas
de TCC-BF ou RT-BF. Alguns estudos prévios descobriram que as melhoras dos
sintomas do TOC precederam a melhora da funcionalidade, outras não. Nesta idade
de 5 a 8 anos, talvez o impacto sobre a funcionalidade demore mais para ser
1
Tradução nossa. Título original: Family-Based Treatment of Early Childhood Obsessive-Compulsive Disorder.
2
Tradução nossa. Título original: The Pediatric Obsessive-Compulsive Disorder Treatment Study for Young
Children (POTS Jr) – A Randomized Clinical Trial
3
Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (questionário padrão para identificar a possibilidade do TOC).
9
observado, porque a criança gradualmente aborda as situações de uma forma mais
clara somente após um sintoma significativo.
Apesar de poucas crianças do estudo utilizarem
medicação psicotrópica, constatou que as crianças com TOC de início precoce, são
realmente capazes de beneficiar de uma abordagem de tratamento que é
exclusivamente adaptada às suas necessidades de desenvolvimento e contexto
familiar. O tratamento de relaxamento baseado na família é eficaz, tolerável e
aceitável para as crianças e suas famílias, e parece ser viável para implementar sem
a farmacoterapia intensa. Porém a Terapia Cognitivo-Comportamental se mostrou
muito mais eficaz no tratamento, possibilitando com o ou sem o uso de medicação
psicotrópica, um tratamento assertivo e com uma resposta mais rápida.
Houve evidências de que a TCC no
TOC pediátrico também é eficaz em crianças pequenas de 5 a 8 anos. Com o apoio
dos pais, as crianças pequenas com TOC que passam por TCC podem obter
ganhos significativos. Mas o suporte / apoio dos pais é indispensável para o
tratamento efetivo do TOC. A meta é a diminuição da cronicidade e a morbilidade
desta doença debilitante. Uma abordagem “observe e espere” não resolve o
problema do TOC e sim uma abordagem que intervenha diretamente no problema.
Há a necessidade de disseminar esses modelos de tratamento além dos centros
médicos acadêmicos, para ambientes clínicos como consultórios pediátricos e
clínicas comunitárias, locais onde as crianças pequenas se apresentam para
tratamento.
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Considerações Finais
11
Referências Bibliográficas
TORRES Albina R., SHAVITT Roseli G., Miguel Eurípedes C. Medos, Dúvidas e
Manias. 2000
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