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CURSO DE PSICOLOGIA
Itajaí, SC 2007.
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Itajaí, SC 2007.
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Agradecimentos
À Eduardo Legal que com seu bom humor nos contagia e com sua inteligência
nos fascina, agradeço a atenção em participar de minha Banca Examinadora.
Sumário
1 INTRODUÇÃO................................................................................... 6
2 EMBASAMENTO TEÓRICO.............................................................. 9
2.1 História do Transtorno de Pânico .............................................. 9
2.2 Conceito e Etiologia do TP ...................................................... 10
2.3 Fatores Biológicos................................................................... 16
2.4 Fatores Genéticos e Ambientais ............................................. 18
2.5 Fatores Psicológicos e Cognitivos........................................... 19
2.6 Tratamento-Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)........... 21
2.7 Tratamento Farmacológico...................................................... 36
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS .................................................... 39
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................. 41
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................. 44
6 ANEXOS .......................................................................................... 47
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RESUMO:
O Transtorno do Pânico (TP) caracteriza-se por repetidos ataques de intensa ansiedade sem
circunstância determinada, sendo imprevisíveis. Seus sintomas variam de pessoa para pessoa,
mas são comuns as palpitações e dores no peito, os sentimentos de irrealidade e
desfalecimento, o medo de perder o controle ou de morrer. O presente estudo enquadra-se em
uma pesquisa bibliográfica e teve como objetivo contribuir para o aumento do conhecimento
sobre o TP no que diz respeito à história, à etiologia, à sintomatologia e o tratamento na
Terapia Cognitivo Comportamental. Ao contrário do que se imagina o TP não é um transtorno
jovem, data de 1860, seu descobridor Jacob Mendes DaCosta o caracterizou de coração
irritável ou síndrome DaCosta. O diagnóstico do TP atualmente deve obedecer a uma série de
critérios relacionados nas classificações internacionais, como é o caso da Classificação
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID. 10) e do Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM- IV). O TP caracteriza-se por um
transtorno que abrange fatores biológicos, cognitivos, psicológicos e sociais do indivíduo,
fazendo com que ele torne-se refém de seus sintomas, pois sua ansiedade antecipatória do
“medo de ter medo” o faz apreensivo. São evidenciadas manifestações de uma vulnerabilidade
constitucional para a ansiedade que é herdada geneticamente e é desenvolvida de forma
variável ao longo da vida. O tratamento para o TP é farmacológico, psicoterápico e combinado.
A parte medicamentosa age nas crises enquanto que a Terapia Cognitivo Comportamental
citada como a mais indicada para este tipo de transtorno atua nas distorções cognitivas do
indivíduo.
1 INTRODUÇÃO
sintomas. Mas não é sempre o que acontece, pois antes de ser detectado o
transtorno o paciente passa por exames caros e desnecessários e muitas
vezes recebendo tratamento ineficaz para a ansiedade específica (FYER et al.,
1999).
Algumas amostras clínicas mostram que até 10% dos pacientes
encaminhados para consultas em saúde mental e 60% em consultórios de
cardiologia, são pacientes com TP. Este resultado pode estar relacionado com
a preocupação que se dá à exuberância da sintomatologia física apresentada
por estes pacientes (taquicardia, dispnéia, tontura, etc.), fazendo com que eles
apresentem temor aos ataques indicando que estão acometidos de uma
doença não diagnosticada (NETO et al., 2003).
De acordo com estas informações, acredita-se na importância de se
conhecer mais acerca do TP e, para tanto, a presente pesquisa procurou
compreender a natureza e evolução dos fatores biológicos, psicológicos e
sociais no desencadeamento do TP, assim como identificou sua sintomatologia
e as vantagens da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) no seu
tratamento.
Primeiramente este trabalho discorrerá sobre a história do TP, que já
vem sendo observada e estudada há muitos anos, seguida de seu conceito,
suas hipóteses etiológicas e sua sintomatologia. Em seguida será apresentada
a TCC, seus conceitos e recursos técnicos disponíveis para o tratamento do
TP, para que assim demonstre-se a eficácia desta abordagem, que é citada
em diversos estudos, como a mais indicada para o tratamento do TP.
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2 EMBASAMENTO TEÓRICO
maior do que sentirem pânico dos próprios lugares públicos, a partir desta
premissa desenvolveu-se a hipótese do “medo de ter medo” (RANGÉ; BERNIK,
2001).
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Esses 20 estudos são os seguintes: Arntz e van den Hout (1996); Barlow, Crask, Cerny e
Klosko (1989); Beck, Sokol, Clark, Berchick e Wright (1992); Beck, Stanley, Baldwin, Deagle
e Averill (1994); Black, Wesner, Bowers e Gabel (1993); Bouchard e cols. (1996); Clark e
cols.(1994); Cote, Gauthier, Laberge, Cormier e Plamondon (1994); Crasck, Maidenberg e
Bystritsky (1995); Gould e Clum (1995); Gould, Clum e Shapiro(1993); Hecker, Losee, Fritzler
e Fink (1996); Klosko, Barlow, Tassinari e Cerny (1990); Laberge, Gauthier, Cote, Plamondon
e Cormier (1993); Lidren e cols. (1994); Margaf, Gobel e Schneider (1989); Ost (1988); Ost e
Westling (1995); Shear, Pilkonis, Cloitre e Leon (1994); Williams e Falbo (1996)
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utilizada. Não é utilizada uma base teórica para o uso do relaxamento, além de
uma contra resposta somática a tensão muscular que ocorrerá durante a
ansiedade ou pânico. Mas esta noção de contra resposta somática não se
sustenta (RUPERT, DOBBINS e MATEWS, 1981 apud CRASKE; BARLOW,
1999). Existe uma sugestão alternativa de que o medo e a ansiedade são
reduzidos na medida que é fornecido pelo relaxamento, um domínio ou senso
de controle. Exposição Interoceptiva, a intenção desta técnica é deixar
enfraquecida a ligação entre as informações corporais específicas e as reações
de pânico. Sua base teórica é a extinção do medo, conceituada nos ataques de
pânico. Esta exposição se dá através de procedimentos que induzem
seguramente sensações que são experimentadas nos ataques, exemplificando;
exercícios cardiovasculares, inalação de dióxido de carbono, movimentos
giratórios em uma cadeira e hiperventilação. A exposição é feita de forma
gradual e envolve exposições repetitivas com a utilização de técnicas de
indução citadas acima. (CRASKE; BARLOW, 1999).
Exposição Situacional, significa confrontação ou aproximação repetida
do objeto ou situação que são evitados pelo paciente. Frequentemente são
situações agorafóbicas típicas como: shoppins centers, igrejas ou locais
aglomerados, sendo locais difíceis de escapar no caso de começar os sintomas
(CRASKE; BARLOW, 1999).
Exposição Maciça X Espaçada, utilizando sua forma mais intensiva a
terapia de exposição pode ser realizada em 3 a 4 horas por dia, 5 vezes por
semana, pois as sessões contínuas e mais longas são consideradas mais
eficazes que as mais curtas e interrompida. Um número como sendo ótimo
para repetir a exposição é indefinido. Foa, Jameson, Turner e Payner ,1980
(apud CRASKE; BARLOW, 1999) compararam 10 sessões semanais com 10
sessões diárias de terapia por exposição ao vivo para 11 agorafóbicos. E pôde
ser percebido que os efeitos superiores de curto prazo tornam-se mais
aparentes por ser um tratamento maciço. Assim Craske; Barlow, (1999),
demonstra ser preferível a exposição espaçada por as taxas de desistência
serem geralmente mais altas no tratamento maciço, ou seja as taxas de
recaída podem ser superiores em seqüência a exposição maciça (HAFNER,
1976; JANSSON e OST,1982 apud CRASKE; BARLOW, 1999) e mudanças
rápidas são mais estressantes para as famílias.
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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LANG, Ariel J.; CRASKE, Michelle G. Pânico e Fobia. In: WHITE, John R.; FREEMAN,
Arthur S. Terapia Cognitivo Comportamental em grupo para populações e
problemas específicos. São Paulo: Roca, 2003.
PORTELLA, Nunes Filho; BUENO, João Romildo; NARDI, Antônio Egídio. Psiquiatria
e saúde mental: conceitos clínicos e terapêuticos fundamentais. São Paulo:
Atheneu,2001.
6 ANEXOS
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Anexo 1