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A HIPNOSE COMO FERRAMENTA NO MANEJO DA

ANSIEDADE, NA ABORDAGEM COGNITIVA


COMPORTAMENTAL

São Paulo
2020

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ELAINE CRISTINA MARTINES PINHÃO

A HIPNOSE COMO FERRAMENTA NO MANEJO DA


ANSIEDADE, NA ABORDAGEM COGNITIVA
COMPORTAMENTAL

Projeto apresentado ao Curso


Psicologia da Instituição Faculdades
Anhanguera

Orientador: Daiane Segóbia

São Paulo
2020

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Sumário

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................4
1.1 PROBLEMA........................................................................................................ 6
2. OBJETIVOS........................................................................................................6
2.1 OBJETIVOS GERAL................................................................................................6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS..............................................6
3 JUSTIFICATIVA.................................................................................................6
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................7
5 METODOLOGIA...............................................................................................13
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO.....................................................14
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................15

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1. INTRODUÇÃO

A Hipnose tem sido associada a pratica de algumas teorias da area da


psicologia. Trazendo benefícios e enriquecendo os protocolos utilizados no
manejo do controle da ansiedade. A TCC (teoria cognitiva-comportamental), foi
a linha escolhida para o estudo da eficácia no tratamento breve da ansiedade.
Em 2019 o Brasil destinou 97 milhões de reais para a Rede de Atenção
Psicossocial (RAPS) do SUS, um aumento de 200% em relação a 2018, com
33 milhões, segundo o Ministério da Saúde. A prevenção, conscientização,
educação e o cuidado preventivo com a saúde mental, impacta positivamente,
tanto na vida do individuo, bem como na distribuição de recursos e gastos na
area da saúde. Diante desse cenáro torna se importante estudos de novos
métodos, técnicas, e o aprimoramento dos tratamentos e intervençôes no
combate e prevenção da ansiedade; para dar conta dessa demanda.
O Brasil é o país com maior taxa de pessoas com transtornos da
ansiedade do mundo, sendo que 93% da população mundial apresentam
algum distúrbio relacionado a ansiedade. Esse quadro cria um impacto
negativo na area da saúde.
A contribuição que a Hipnose traz à Terapia Cognitiva – Comportamental,
utilizada como ferramenta terapêutica no controle e combate as crises de ansiedade
De acordo com estudos realizados essa técnica traz grandes benefícios no que
diz respeito a tempo de resposta positiva, diminuindo o tempo de tratamento e
custos para o individuo e para a saúde publica, De acordo com a 5ª edição do
Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais (DSM-5), da
Associação Americana de Psiquiatria, os Transtornos de Ansiedade incluem
transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos
e perturbações comportamentais relacionados. A classificação estatística
de doenças e problemas relacionados a saúde (CID-11), descreve os sintomas
da ansiedade como sentimento de apreensão ou antecipação de um perigo, ou
infortúnio futuro, acompanhado de angustia ou sintomas somáticos de tensão e
foco no perigo antecipado, podendo ser interno ou externo

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Esse trabalho buscou entender de como a técnica da hipnose, associada
a terapia cognitiva comportamental, pode contribuir de uma maneira eficaz e
breve para os tratamentos dos transtornos da ansiedade.
Estudam mostram que a hipnose tem obtido bons resultados como
ferramenta de auxílio no tratamento dos distúrbios emocionais, e vem sido
utilizada por algumas linhas da psicologia, reconhecida pelo CRP (Conselho
Regional de Psicologia). Algumas teorias, hoje se beneficiam desta prática,
acelerando o processo terapêutico. A terapia cognitiva comportamental é uma
das teorias que utiliza a hipnose como auxiliadora no processo terapêutico
obtendo resultados rápidos e eficazes nos tratamentos dos distúrbios dá
ansiedade.
A terapia cognitiva comportamental e a hipnose possuem técnicas
semelhantes no manejo e tratamento da ansiedade, a dessensibilização
sistemática e a técnica baseada em imagens possuem o mesmo propósito de
tratar medos e fobias.
A prática da hipnose é reconhecida cientificamente na área da saúde, e
vem sendo utilizada por profissionais da área da medicina, odontologia,
psicologia, fisiologia entre outros.
A hipnose alcançou sua popularidade no século XIX, utilizada por
Sigmund Freud em seus atendimentos clínicos, o fez perceber que essa
técnica resgatava memorias perdidas de seus pacientes.
Com o avanço da ciência, é possível imagear as áreas cerebrais que
entram em atividades quando o paciente está no estado, sendo assim
comprovado que a hipnose é um estado modificado da consciência.
A hipnose é um evento que envolve a atenção e concentração além de
contar com a imaginação tanto do sujeito como o do terapeuta.
A terapia cognitivo comportamental está baseada na compreensão de
cada individuo, em sua crenças e padrões de comportamentos, o terapeuta
visa produzir alterações cognitivas, pensamentos, levando o paciente a
mudanças nos sentimentos e comportamentos.
Os processos cognitivos como pensamentos e imaginação, estão
envolvidos tanto na hipnose como na teoria cognitiva comportamental. A junção
dessas duas terapias, pode trazer grandes efeitos no tratamento dos
transtornos da ansiedade, trazendo um rompimento mais rápido do sofrimento

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do sujeito que sofre de ansiedade, as técnicas que tem por base o
relaxamento, a concentração e o trabalho com imagens, faz com que o controle
da ansiedade no corpo, ative bases neuronais, que diminui a resposta ansiosa
do individuo.
As técnicas de relaxamento, de respiração, de imaginação se mostram
eficazes no tratamento dos distúrbios da ansiedade, o sujeito aprende a
controlar suas emoções, seus comportamentos diante de eventos estressores.

1.1 PROBLEMA

Qual a contribuição que a Hipnose traz à Terapia Cognitiva –


Comportamental, utilizada como ferramenta terapêutica no controle e combate
as crises de ansiedade?

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAL

Demonstrar a eficácia da hipnose, na terapia cognitiva –


comportamental, e como a hipnose atua no processo terapêutico em indivíduos
que apresentam quadro de ansiedade

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2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

 Demonstrar o impacto da hipnose nas áreas cerebrais


responsáveis pelo desenvolvimento da ansiedade;
técnicas utilizadas no protocolo do tratamento da
ansiedade
 Entender os impactos positivos, na associação da terapia
cognitiva comportamental com a hipnose, em indivíduos
que apresentam um quadro clínico de ansiedade

3 JUSTIFICATIVA

Pouco utilizada pelos psicólogos, a hipnose merece um destaque maior como


ferramenta auxiliadora no tratamento da ansiedade. Pois, segundo estudos da
OMS o Brasil é o país mais ansioso do mundo, sendo que 18,6 milhões de
pessoas, o que corresponde a 9,3% da população sofrem de transtorno da
ansiedade. Diante desse quadro esse trabalho se torna relevante, pois visa
buscar os resultados eficazes utilizado na terapia cognitiva comportamental,
juntamente com a hipnose clínica, apresentando uma terapia breve,
beneficiando e diminuindo o sofrimento dos indivíduos que sofrem desse
transtorno.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 Hoje com o avanço da tecnologia, a ciência aos poucos vai entendendo


melhor como a hipnose atua em nosso cérebro, descobrindo quais as áreas
ativadas pela hipnose, quando o indivíduo está em estado hipnótico.
As novas técnicas de imageamento cerebral como a microscopia,
identificação celular por marcadores específicos, eletrofisiologia, engenharia
genética entre outras, propiciam avanços significativos na compreensão do
cérebro humano e da importância em relação a cognição e as emoções (LENT,
2005).
Alves.Helen em 2014 apresentou uma pesquisa de revisão
bibliográfica, sobre as bases neurofisiológicas da hipnose, elucidando um maior

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entendimento sobre a maneira da hipnose, enquanto intervenção terapêutica
atua sobre o cérebro, o trabalho visou responder sobre quais áreas mobilizadas
durante o processo de hipnose e sua relação com as áreas cerebrais
envolvidas em processos reais.
Segundo LENT(2005), em determinadas situações, todo sistema
simpático é ativado, produzindo uma descarga em massa na qual a medula da
suprarrenal é também ativada, lançando no sangue a adrenalina que age em
todo organismo. Esses impulsos são conduzidos até o cérebro, gerando o
medo. No hipotálamo, partem impulsos nervosos que descem pelo tronco
encefálico e medula, ativando os neurônios pé-ganglionares simpáticos, de
onde os impulsos nervosos ganham os diversos órgãos iniciando uma reação
alarme, preparando o corpo para um esforço físico, caso seja necessário
(LENT,2005).
Conforme Lent (2010), o sistema límbico é composto pelas seguintes
estruturas: córtex cingulado, hipocampo, hipotálamo, núcleos anteriores do
tálamo e amígdala. A amígdala revelou-se uma estrutura de enorme relevância,
modulador de toda experiência emocional. O hipotálamo foi reconhecido desde
o início como a região de controle das manifestações fisiológicas que
acompanham as emoções.
Encontramos na Literatura dados sobre mecanismos neuroanatômicos e
neurofisiológicos da hipnose, estudadas por métodos de imageamento
cerebral.
Silberfarb (2011), afirma existirem cerca de vinte estados de consciência
atualmente conhecidos, sendo apenas três definidos com base em parâmetros
eletroencefalográficos (EEG), comportamentais e introspectivos. Estes três
estados são: vigília; sono lento ou sincronizado; e sono rápido (sono REM).
Na região límbica é onde se dá a maior atividade do cérebro em estado
hipnótico esta região é responsável pela formação da memória. Aprendizagem,
esquema corporal e regulação do sistema imunológico
Para Silberfarb (2011), a hipnose favorece, ainda, o relaxamento e a
consequente recuperação do tônus muscular normal, assim, regularizando a
atividade da amígdala, A amígdala, quando hiperativada, produz medo,
ansiedade, ira, comportamento agressivo, e alterações no comportamento
sexual. A neutralização desta irritação produz uma reação parassimpática

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global do organismo, que também amortece a hiperatividade cortical,
produzindo uma tranquilização geral na esfera mental
Em um estudo, Faymonville (2006) realizou um estudo comparativo,
utilizando o PET, e foi observada uma ampla ativação envolvendo os córtices
occipital, parietal, pré-central, pré-frontal e cingulado. Esta ativação difere de
uma simples evocação de memória episódica ou de sugestão.
Segundo Faymonville,(2006),as áreas occiptais são ativadas, através
de uma imagem mental visual, Mais anteriormente, a ativação dos córtices pré-
central e pré-motor foram similares ao que foi observado durante imagens
motoras, as quais podem ter participado na ativação parietal. A ativação do
córtex pré-frontal ventrolateral também foi observada em tarefas imaginadas
mentalmente nos sujeitos em hipnose. Verificou-se no grupo em estudo, que a
ativação do córtex cingulado anterior poderia refletir um efeito atencional
necessário para o sujeito internamente gerar imagens mentais (FAYMONVILLE
et al., 2006)
Faymonville (2006) observou que durante a indução hipnótica, a maior
parte do hemisfério cerebral esquerdo era ativado, e que na fase da sugestão,
analgesia e alucinação era visível a ativação giro do cíngulo à direita.
Para Mello e Arruda (2000) constataram que durante a indução hipnótica
praticamente todo hemisfério cerebral esquerdo é ativado com visível ativação
do giro anterior do cíngulo a direita, além disso, as alucinações durante a
hipnose e a imaginação em estado de vigília são eventos que para ocorrerem
utilizam circuitos cerebrais diferentes. Por fim, os autores salientam que é
possível alterar substancialmente as funções do sistema nervoso autônomo por
meio da hipnose.
Diante dos estudos citados mostra que as áreas cerebrais ativadas em
situações reais, são as mesmas ativadas durante o processo de imaginação ou
transe hipnótico.
Através de estudos feitos, acredita-se que o estado hipnótico difere do
sono e do estado de vigília e que o sistema límbico está diretamente
relacionado às mudanças nas esferas muscular, sensitiva, sensorial, cognitiva
e afetiva que ocorrem durante a hipnose. Ressalta-se, ainda, que as áreas
cerebrais ativadas durante alucinações visuais e auditivas são semelhantes às

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áreas cerebrais ativadas em situações reais, diferentemente das áreas
cerebrais ativadas durante o processo de imaginação. (FAYMONVILE 2006)
A Hipnose é baseada em várias técnicas que tem o objetivo de ampliar a
consciência por meio de concentração focada e relaxamento. Essas técnicas
podem variar de acordo com a escola a que pertencem ou seja, a hipnose
clássica da hipnose ericksoniana.
Relaxamento progressivo muscular, é uma das técnicas utilizadas,
sendo que a mais utilizada é o relaxamento de Jacobson. Edmund Jacobson
(1938) elaborou uma técnica de relaxamento muscular gradual, apoiada em
dois aspectos dos comportamentos tônicos: hipertensão neuromuscular
(estado caracterizado por hiperexcitação e hiperirritação) e hipotensão
neuromuscular (estado caracterizado por calma e relaxamento). Esse
relaxamento é utilizado também na terapia cognitiva comportamental, e pode
ser aplicado em um determinado grupo muscular, ou ao corpo inteiro.
A técnica de relaxamento progressivo implica tensão e, a seguir,
relaxamento de vários conjuntos de músculos. No relaxamento, deve-se
tensionar cada grupo de músculos por aproximadamente 10 segundos,
prestando atenção às sensações nos músculos tensos. A seguir, deve-se
relaxar os músculos rapidamente e prestar atenção nos contrastes entre as
sensações de tensão e relaxamento. Essa técnica ajuda aumentar a percepção
das sensações das áreas de tensão no corpo e da diferença entre estas e a
sensação de relaxamento. Depois dessa reflexão sobre as sensações, deve-se
fazer o mesmo com o próximo grupo de músculos (JACOBSEN,1938).

O controle da ansiedade no corpo ativa bases neuronais que diminuem a


resposta ansiosa do indivíduo, andando juntamente com a baixa da ansiedade
emocional (NEBORSKY; LEWIS, 2011; LABIJE, 2006; VILLA, 2002). Existem
técnicas de relaxamento que se mostram eficazes no tratamento dos
transtornos da ansiedade. (WILHELM; ANDRETTA, 2015)
A respiração diafragmática é a técnica de relaxamento que apresenta
mais resultados para a diminuição da ansiedade. Nessa técnica, pede-se a
pessoa para que preste atenção em sua própria respiração e identifique os
movimentos de inspirar e expirar colocando a mão sobre o abdômen e a região
peitoral. Em seguida, pede-se que respire lenta e pausadamente, inspirando

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por três segundos, segurando a respiração por mais três segundos e soltando
a respiração pela boca por seis segundos. Essa respiração impede a
hiperventilação e diminui os sintomas autonômicos e a tensão muscular
(WILHELM, ANDRETTA, 2015)
A respiração diafragmática ajuda a ativar o sistema autônomo
parassimpático de nosso cérebro, responsável por inibir a ação do sistema
simpático e restaurar a sensação de relaxamento. Por isso ela é uma técnica
tão importante para os casos de ansiedade., a pessoa passa a observar melhor
a respiração e a dar menos atenção aos demais pensamentos (CANTINI 2013)
A técnica do lugar seguro, proporciona ao sujeito criar um lugar de
proteção, onde ele poderá se colocar nesse local em momentos de ansiedade
e insegurança (BAUER 2018)
O indivíduo é orientado a construir um cenário onde somente coisas
agraveis a ele pertence, cenários já conhecidos ou imaginados, locais como
praia, montanhas, florestas, cores, texturas, tudo o que ele sinta que
proporcione paz, segurança, felicidade O intuito desse exercício é que o sujeito
se sinta seguro nesse lugar. Essa técnica é utilizada e adaptada em várias
abordagens psicoterapêuticas. Na hipnoterapia pode ser usada na indução à
hipnose, no aprofundamento após a indução, e na auto hipnose. (BAUER
2018)
A Terapia cognitivo comportamental e a Hipnose, possuem semelhanças
em algumas técnicas utilizadas no tratamento dos transtornos de ansiedade.
Como exemplo citamos os pensamentos desadaptativos que são foco da TCC
e da hipnose nas intervenções.

Segundo Golden (2012, p. 3), apud Araoz (1985) e Alladin (2007), a auto
hipnose negativa é baseada em sugestões que causam distúrbios emocionais,
e tal conceito corresponde ao que Albert Ellis traduziu como conversa interior
irracional (GOLDEN, 2012, p. 3) e ao que Beck chama de pensamentos
automáticos. (GOLDEN, 2012, apud BECK; EMERY, 1985).
Outro exemplo seria o trabalho da dessensibilização sistemática, onde
as duas teorias trabalham, com imagens, técnica desenvolvida por Wolpe em
1958 Logo, “a Terapia cognitivo-comportamental (TCC) e hipnose
compartilham uma série de semelhanças que contribuem para uma integração

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natural das duas abordagens” (GOLDEN, 2014, apud GOLDEN, 1983, 1985;
GOLDEN, DOWD; FRIEDBERG, 1987; GOLDEN;FRIEDBERG, 1986, p. 2).
Pesquisas evidenciam resultados promissores quanto à utilização da
hipnose associada à terapia cognitivo-comportamental (TCC), sobretudo como
estratégia coadjuvante às técnicas imagéticas empregadas por esta
abordagem psicológica (SILBERFARB, 2015), mas também como auxílio no
tratamento da insônia (DINI,2015), obesidade (LIMA, 2015) e de outros
transtornos relacionados à alimentação, como a anorexia nervosa
(SILBERFARB, 2015).
A escola estratégica da Terapia Familiar Sistêmica também recebeu
influências da hipnose, particularmente das técnicas de Milton H. Erickson. O
foco desta escola está no pragmatismo e agilidade para resolução de
problemas de indivíduos e famílias (NICHOLS; SCHWARTZ, 2007).
No X Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas CBTC, foram
apresentados diversos estudos, em que se comprova os resultados benéficos
da Hipnose utilizada na TCC, dentre eles podemos citar o estudo apresentado
por Beatriz de Andrade Sant’Anna (Universidade Federal de São Paulo e
Centro de Terapia Cognitiva Veda, São Paulo – SP). Na revisão de estudo da
eficácia do método, foram analisados tipo, população investigada e desfecho
clínico.
Resultados. A revisão encontrou 44 artigos, sendo 32 incluídos: 18
revisões (uma sistemática e duas meta-análises) e 14 estudos clínicos (cinco
relatos de caso e nove estudos clínicos controlados e randomizados). As
populações estudadas foram bastante heterogêneas, sendo mais frequentes
pessoas com diagnóstico de depressão (cinco estudos), para alívio da dor
(quatro estudos), câncer de mama (quatro estudos) e síndrome do intestino
irritável (três estudos). Outros estiveram relacionados à ansiedade, jogo
patológico, transtornos alimentares, fobia de avião, TEPT, ATM, fibromialgia,
insônia, TOC e distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho. (SANT’ANNA
2015).
A hipnose associada à TCC mostrou resultados positivos na maioria dos
casos, especialmente na redução dos efeitos colaterais da radioterapia no
tratamento do câncer de mama e para o controle e alívio da dor. Também se
mostrou eficiente na diminuição de sintomas na síndrome do intestino irritável,

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sintomas depressivos, ansiosos, fóbicos e nos casos de TEPT. (SANT’ANNA
2015).
A maioria dos estudos controlados compararam TCC associada à
hipnose a grupo controle; outros três compararam a eficácia entre TCC padrão
e TCC associada à hipnose, com efeito positivo para adição da hipnose
(SANT’ANNA 2015).
O Conselho Federal de Psicologia (2000), considera a hipnose como
recurso auxiliar e coadjuvante no trabalho do/a psicólogo/a, sobretudo a
Hipnose Ericksoniana, que possui valor científico e aplicação prática, capaz de
auxiliar na resolução de problemas psicológicos e físicos dos indivíduos.
(GLASS; REALE 2019)

5 METODOLOGIA

A metodologia utilizada na revisão bibliográfica, será qualitativa e


descritiva, e será consultados os seguintes bancos de dados: Google

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Acadêmico (https://scholar.google.com.br/), Scielo, The Scientific Electronic
Library Online (https://www.scielo.br/), American Journal of ClinicalHypnosis
(http://www.asch.net/Public/AmericanJournalofClinicalHypnosis.aspx), Artmed
(https://www.artmed.com.br/). CRPSP Conselho Regional de Psicologia – SP
http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/resolucoes_cfp/fr_cfp_013-00.aspx

O critério de inclusão será de artigos publicados entre os anos de 2001 a


2020, que relatam o uso da hipnose no enquadre cognitivo-comportamental,
além de livros com capítulos que abordem o tema. Em relação ao critério de
exclusão, não foram incluídos artigos e capítulos que não atingiram as
expectativas do tema.

6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho


de Conclusão de Curso

14
2020
Atividades JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Escolha do tema.
Definição do
problema de
pesquisa X X X
Definição dos
objetivos,
justificativa. X X
Definição da
metodologia. X X
Pesquisa
bibliográfica e
elaboração da
fundamentação
teórica. X X
Entrega da primeira
versão do projeto. X

Entrega da versão
final do projeto.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Hellen Cristina de Oliveira 2014 Bases Neurofisiológicas da


Hipnose, PORTAL DA EDUCAÇÃO Disponível em
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/basesneurofisi
ologicas-da-hipnose/56639 acessado em 15 de setembro de 2020
ARON William Glass, REALE Emerson Argolo 2019 A hipnose como aliada
terapêutica ANAIS ELETRONICO CIC Disponível em
http://www.fasb.edu.br/revista/index.php/cic/article/view/461
acessado em 2 de outubro de 2020

CANTINI, Jessye, Técnicas em TCC Respiração Diafragmática


PSICOLOGIA EXPLICA Disponível em
http://www.psicologiaexplica.com.br/tecnicas-em-tcc-respiracao-diafragmatica/
acessado em 30 de setembro de 2020

15
FAYMOMVILLE Marie E, BOLY Melanie, Laureys Steven. Functional
neuroanatomy of the hypnotic state. 2006 Jun;99(4-6):463-9. doi:
10.1016/j.jphysparis.2006.03.018. Disponível em
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16750615/ acessado em 01 de outubro de
2020
FARIA, Osmar d Andrade. Manual de hipnose médica e odontológica. Rio
de Janeiro: Ateneu, 1979.

FERREIRA, Marlus Vinícius Costa. Hipnose na Prática Clínica. São Paulo:


Atheneu, 2013.

FERREIRA, Marlus Vinícius Costa. Manual Brasileiro de Hipnose Clínica.


São Paulo: Atheneu, 2013.

FERRETTI, Rodrigo. A Hipnose. PORTAL EDUCAÇÃO Disponível em:


http://rodrigo.ferretti.eti.br/wfArtigo.aspx?id=Qs/XqRGmykk Acesso em 1 de
outubro de 2013.

GIRARDI, G. Hipnose - a velha arte sai do armário. REVISTA GALILEU,


maio de 2003. Disponível em
http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT530029-1940,00.html.
acessado em 01 de outubro de 2020.

JACOBSEN, E. 1938. Progressive Relaxation. CHICAGO UNIVERSYT of


chicago press 493 p Disponivel em
https://www.scirp.org/(S(i43dyn45teexjx455qlt3d2q))/reference/ReferencesPape
rs.aspx?ReferenceID=1209603 acessado em 02 de outubro de 2020

MARTO, José M. Hipnose: um pouco de história. In: MARTO, José M. e


SIMÕES, P. Mário. HIPNOSE CLÍNICA TEORIA, PESQUISA E PRÁTICA.
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SANT’ANNA, Andrade Beatriz de. Evidências científicas sobre o uso da


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http://cbtc.fbtc.org.br/Edicao/2015/admin/trabalhosCBTC/IAS_XCBTC004.pdf
acessado em 30 de setembro de 2020

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contra-a-histeria/ acessado em 02 de outubro de 2020.

Lembretes

16
http://www.conpsi5.ufba.br/layout/padrao/azul/conpsi5/ementas/O%20Uso
%20da%20Hipnose%20na%20Cl%C3%ADnica%20Psicol%C3%B3gica.pdf

pesquisar neurofisiologia da hipnose

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