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ARTIGO ARTICLE
cuidar e suposição de saber no acompanhamento terapêutico
Carlos Estellita-Lins 1
Verônica Miranda Oliveira 2
Maria Fernanda Coutinho 2
Abstract This paper discusses the theme therapeu- Resumo Este trabalho investiga o acompanhamen-
tic assistance (TA), understood as homecare-based to terapêutico, entendido como intervenção em saú-
mental health intervention. We emphasize the im- de mental baseada em cuidados domiciliares. Desta-
portance of community interventions for dealing camos a importância de intervenções comunitárias
with psychic suffering, either through reading the privilegiando formas de lidar com o sofrimento, seja
symptoms based on visibility, or through a psycho- através de uma concepção médica dos sintomas, fun-
analytic approach mainly concerned with listening. dada na visibilidade, seja valorizando uma leitura
Lacking an independent theoretical background to psicanalítica que recorre à escuta. Carecendo de teo-
support this practice, therapeutic assistance makes rização independente que fundamente sua prática, o
use of theories coming from other related fields of AT (acompanhamento terapêutico) apropria-se de
knowledge. Therefore, we discuss the influence of teorias provenientes de outros campos do saber que
psychoanalysis and its role among broad spectrum guardam afinidades. Neste sentido, abordamos a in-
mental health practice through clinical interven- fluência da psicanálise e sua participação na clínica
tions belonging to the field of TA, focusing on two ampliada em saúde mental através da prática clínica
long-range operative concepts: Lacan’s subject sup- do AT, utilizando dois conceitos operatórios de am-
posed to know and Winnicott’s care (or caring pro- plo alcance, que são: sujeito suposto saber, prove-
cess). Both concepts guide the clinical action and niente da obra de Lacan, e cuidado, derivado de Win-
provide answers to theoretical problems within the nicott. Ambos respondem a questões do campo teóri-
TA field. We conclude that TA meets some require- co e orientam a atuação clínica. Concluímos que o
ments of the classical management of transference AT realiza exigências do manejo transferencial sob a
by means of a complex care process developed in the forma do cuidar exercido no cotidiano do sujeito, no
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Departamento de Ensino, daily life and environment of the patient, in which qual desejo e subjetividade são necessariamente re-
Programa de pós-graduação
desire and subjectivity are necessarily recognized conhecidos, sem que se configure como tecnologia
em saúde da criança e da
mulher/ Saúde coletiva, although no psychotherapic setting is intentionally psicoterápica, situando-se mais propriamente como
Instituto Fernandes settled. Therapeutic assistance performs the role of sentinela clínica no campo da psiquiatria comuni-
Figueira, Fiocruz. Av. Rui
an advanced clinical sentinel in the field of commu- tária e saúde coletiva.
Barbosa 716/4o andar,
Flamengo. 22250-020 nity psychiatry and public health. Palavras-chave Cuidado, Acompanhamento tera-
Rio de Janeiro RJ. Key words Home-care, Therapeutic assistance, pêutico, Psicanálise, Psiquiatria comunitária
cefestellita@alternex.com.br
2
Psychoanalysis, Community psychiatry
Grupo de pesquisa
Psicalangue, Instituto
Fernandes Figueira, Fiocruz.
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Estelita-Lins C et al.
titucionais. Não se trata aqui de pacientes subme- lugar privilegiado de precipitação fantasmática. Por
tidos a um tratamento psicoterápico padrão, mas analogia, diremos que o acompanhamento situa-
de estruturas psicóticas, borderline ou distúrbios se exatamente em uma região de fronteira entre o
do eixo 2 (DSM IV) que provocam efeitos incô- público e o privado. Trata-se de um espaço nôma-
modos no grupo, agindo contra ou a despeito do de quanto à atuação e de um espaço intersticial no
plano de tratamento. que concerne aos acontecimentos fantasmáticos.
Um fenômeno mostra-se corriqueiro durante Em função disto, problemas relacionados com a
a intervenção de AT. Os pacientes designam es- transferência e com a estrutura ternária do incons-
pontaneamente a função cardinal desempenhada ciente emergem de maneira intrincada. O interstí-
pelo acompanhante, atribuindo-lhe alguma iden- cio institucional não é um lugar público de traba-
tidade. A partir deste acontecimento, ocorre no- lho nem um espaço privado, pois seu valor regula-
meação. Esta identidade proposta é buscada nos dor fica suspenso pela indecidibilidade da questão,
acontecimentos inerentes ao cuidar, mas costuma que implica reconhecer aporia entre indivíduo e
apontar para uma história a ser reconstruída. Ad- grupo, relativizando sua distinção habitual. Tudo
mitimos que exista suposição de saber onde há se passa como se a subjetivação, enquanto proces-
fala. A hipótese de instaurar-se alguma forma de so, estivesse envolvida pela intersubjetividade como
transferência na atuação de AT recoloca o proble- modo de individuação.
ma da importância do conceito de transferência A psicanálise foi aplicada a grupos e institui-
para a relação médico-paciente, para qualquer psi- ções de diversas formas, com inspirações e recur-
coterapia interpessoal e especialmente para o de- sos engenhosos e criativos. Paradoxalmente, a tra-
sempenho do AT. O AT deve evitar interferir no dição lacaniana empurrou estas iniciativas para o
tratamento psicoterápico em curso, assim como desuso, embora conceitos como SSS e discurso di-
na relação médico-paciente, necessitando ser cui- rijam-se contra a noção comum de indivíduo ou
dadoso com aspectos transferenciais laterais. pessoa, o que supostamente permitiria uma flexi-
Como mencionamos, o AT atua em grupo, for- bilidade maior nos arranjos transferenciais tran-
mando uma equipe que compartilha um mesmo sindividuais. A atuação do AT permite revisitar-
plano de tratamento e atua em psiquiatria de liga- mos o terreno do pré-individual através de novos
ção. Desde a three bodies psychology de Rickman problemas clínicos.
ou os grupos terapêuticos de Bion, permanecem
sendo tematizados problemas transferenciais en-
volvendo múltiplos atores terapêuticos ou vários Cuidado enquanto novo paradigma
pacientes, através do repertório psicanalítico deri-
vado do manejo da transferência. A relação trans- O cuidado e o lidar – com algo, com alguém, com
ferencial e o inconsciente dos grupos e instituições problemas – constituem uma dimensão prática de
foram exaustivamente tematizados nos últimos compartilhamento da vida cotidiana, que se tra-
anos, gerando soluções tão díspares entre si como duz em atitude de suporte existencial com reper-
a análise institucional, a comunidade terapêutica cussões psicoterápicas insidiosas, mas significati-
(avatar do AT) e a psicoterapia de grupo. René vas. Além de um recorte transversal e da utilização
Kaës, que estudou aspectos psicanalíticos de gru- de um espaço intersticial, no qual o conceito de
po sob múltiplas perspectivas clínicas, parece san- sujeito suposto saber mostra-se legítimo e útil,
cionar a hipótese de um bloco de fenômenos trans- pode-se postular que o AT realiza algumas exigên-
ferenciais de grupo, envolvendo sofrimentos, de- cias do manejo transferencial clássico sob a forma
fesas e fantasias desejantes dirigidos para uma con- do cuidar. Trata-se do cuidado exercido no meio
formação institucional qualquer. ambiente do paciente e no cotidiano do sujeito.
A noção de espaço intersticial institucional65, Referimo-nos a uma forma peculiar e elaborada
por exemplo, permite abordar aspectos dinâmi- de reabilitação, em que desejo e subjetividade são
cos inerentes ao modo peculiar de transferência necessariamente reconhecidos. Partimos da pre-
com que o AT se defronta. René Roussillon destaca missa de que cuidar é sinônimo de tratar67, enfati-
três dimensões no âmbito do efeito de grupo, rela- zando a intervenção humana em sua contradição
cionadas com o espaço material quando este en- com o artifício tecnológico.
contra-se envolvido pelo espaço psíquico: retoma- Desde a reflexão heideggeriana na ontologia
da, depósito e encriptação66. Deste modo, tenta-se fundamental, o tema do cuidado enquanto pré-
descrever a relação que se estabelece entre uma ses- ocupação transcendental68 tem sido paulatinamen-
são psicanalítica e o espaço-tempo efetivo que a te reconhecido na área da saúde. Mostra-se perti-
contêm na esfera pública. O interstício constitui o nente introduzir a questão do cuidado em saúde
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evidente de transferência não seja concebido a par- fixada, o analista é chamado a agir com o próprio
tir do cuidado, devemos reconhecer que ele não fica ser. Trata-se de um movimento que antecipa e pode
excluído do trabalho psicanalítico. O laboratório tornar possível o desenvolvimento da transferência
transferencial também envolve a questão do cui- sobre o eixo simbólico75. Este movimento antecipa-
dar. Desde os primórdios da psicanálise, a série da tório que viabiliza a transferência organiza-se a
persuasão-sugestão-hipnose é reconhecida como partir do cuidar, manifestando-se enquanto uma
operando a partir do cuidar (regressão, identifica- dialética entre dependência e confiança.
ção por apoio, imago parental), embora excluindo O AT ocupa um lugar de suposto saber, que se
seus nexos da atualização transferencial. especifica enquanto um suposto saber em cuidar,
A problemática do amor e do desamparo (Hil- introduzindo o acompanhante e o paciente na di-
flösigkeit) traz à tona o cuidar de modo profundo mensão transferencial. É esta relação estabelecida
e radical. Fomos cuidados enquanto bebês, o que entre esse par que possibilita o contexto seguro e
nos permite respeitar o Outro e aceitar a respon- confiável da díade, supondo-se que exista alguém
sabilidade para com o próximo. Desde Freud, quan- que sabe cuidar. Parece-nos inclusive pertinente
do destacamos a relação mãe-bebê como protóti- examinar a concepção de confiança winnicottiana,
po de qualquer relação de cuidado, não podemos construída a partir da transferência, através de uma
deixar de pensar que a forma como uma mãe cui- perspectiva estrutural de suposição de saber.
da de seu bebê é também função do que aquele Seria interessante admitir que uma concepção
bebê representa imaginariamente para ela, de um do Outro em psicanálise, articulada com a noção
diálogo arcaico que se estabelece em bases intensi- de SSS em Lacan, possa ser colocada em paralelo
vas e intencionais. Winnicott demonstra que o cui- com uma perspectiva de intervenção psicanalítica
dado satisfatório da mãe suficientemente boa ca- derivada do cuidar. Como já foi desenvolvido, a
racteriza-se por envolver a experiência de frustra- estruturação do AT detém um saber suposto, que
ção, sempre presente, com um espaço transicional se situa explicitamente a partir do cuidar. Este sa-
ilusório que também será matriz para a ilusão cri- ber em cuidar, desenvolvido no âmbito da saúde
adora do bebê. O próprio Lacan74 reconhece que o mental, aparece tanto para os familiares quanto
cuidado da mãe porta “um interesse particulariza- para o paciente como uma função ou tarefa deter-
do”. Neste sentido, a dimensão do cuidado sempre minada, a partir da qual se prefigura um diálogo
e necessariamente inclui o sujeito a ser cuidado e o clínico repleto de implicações transferenciais.
lugar em que o colocamos.
Condições de imaturidade, doença e velhice tra-
zem consigo uma dependência extrema de cuida- Terapêutica e intervenção
dos, que possuem relevância clínica. Assim, desde ou transferência e cuidado
o início somos – inclusive como acompanhantes
terapêuticos – convocados a cuidar, o que significa Estabelecer uma relação justa entre cuidado, trans-
permitir que alguém dependa de nós. Mas, como ferência e sujeito suposto saber revela-se tarefa
alguém pode se deixar depender ou ser cuidado complexa, ultrapassando os objetivos desta dis-
por alguém estranho, no sentido de que nunca foi cussão. Mostra-se difícil explicitar a hierarquia di-
re-conhecido? O que possibilita tal experiência? nâmica estabelecida entre uma perspectiva que pri-
Certamente a confiança, seja por um lado, cons- vilegia o cuidado como intervenção e outra que
truída a partir da atitude do AT, seja por outro supõe a dialética da transferência-resistência como
lado, sustentada por uma suposição de saber ao motor da terapêutica e princípio heurístico maior.
sujeito. Poucos autores esboçam uma comunica- Permanece uma questão - caso o trabalho do
ção entre o campo estruturalista e a reflexão acerca AT demande o reconhecimento incontornável da
de relações de objeto primitivas. Massimo Recal- transferência, deve-se escolher entre duas hipóte-
cati, ao colocar a hipótese de uma “retificação” do ses: admitir um manejo clínico de grupo para, en-
Outro, tenta abordar as psicopatologias contem- tão, percorrer conjecturas sobre a dimensão insti-
porâneas. Como afirma com precisão: Não é por tucional do AT utilizando um referencial teórico
acaso que a teoria winnicottiana do holding – que psicanalítico tradicional ou, ao contrário, adotar
indica uma operação analítica irredutível àquela da uma visada estrutural que pressuponha forma-
interpretação semântica – se desenvolve no contex- ções discursivas76. Nesse caso, predomina a valori-
to do trabalho clínico com pacientes graves, esqui- zação de uma orientação discursiva na qual quem
zóides ou chamados borderline, excêntricos à clíni- fala importa infinitamente mais do que o destina-
ca clássica da neurose. No holding, que nenhum stan- tário do pedido ou do discurso (uma carta sempre
dard está à altura de reduzi-lo a uma técnica pré- chega ao seu destino, etc.). Utilizando uma fórmu-
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Colaboradores
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