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Doenças imunológicas

e alérgicas
Doenças
inflamatórias e
granulomatosas
I Alergias —> Estomatite medicamentosa

II Estomatite aftosa recorrente

III Doenças granulomatosas com expressão oral


—> Os medicamentos podem provocar vários tipos de alterações como, por exemplo, angioedema (uma tumefação que pode ser grave quando atinge a laringe e pode
provocar edema da glote e levar à asfixia).
—> Na cavidade oral as estomatites manifestam-se na maioria dos casos como eritemas, zonas vermelhas mais ou menos intensas que se consideram inflamações e que
acabam por romper o epitélio originando úlceras.

Estomatites medicamentosas
—> Além destas reações alérgicas que chamamos de estomatite medicamentosas, também existem as estomatites por contacto associadas a alergénios.

manchas brancas+ vermelhas

Reação alérgica da mucosa oral após administração sistémica de um


medicamento —>Com formação de anticorpo IgE.
existe uma seria de manifestacoes q podem surgir mais frequente

Etiologia: administração de antigénio sistémico que provoca a reação alérgica na pele ou


mucosa. Com formação de anticorpo IgE. —> A pessoa pode saber ou não que é alérgica a determinado medicamento
—> há 2 tipos de mecanismos para se desencadear a estomatite. Ambos os mecanismos são mediados por
imunoglobulinas e através da libertação de histamina que é uma substância vasoativa.
Mecanismo 1- Droga provoca diretamente a desgranulação dos mastócitos que estão fixos nos
tecidos com libertação de histamina. (mediador inflamatório) que provoca a contração do músculo liso, aumento da
permeabilidade vascular que pode levar a edema.

Mecanismo 2 Reação mediada pela IgE fixa à membrana dos mastócitos com libertação de
histamina.
—> quando contacta a primeira vez o Ag com o organismo não reação alergica
A IgE liga-se previamente ao receptor Fc na superfície do mastócito, quando há o primeiro
contacto com a droga (IgE sintetizado pelos linfócitos). Novo contacto com antigénio este
ativa a IgE que já se encontrava previamente ligada ao mastócito provocando desgranulação
com libertação de histamina.

a 1 ª vez q contactamos com peniciliuna nao temos reação anafilactea


Apresentações Clínicas da Estomatite Medicamentosa

Eritema Multiforme —> pode estar realcionada com um alteração do Ag

Alergias:
quando uma droga se manifesta sempre no mesmo local

Podem manifestar-se como tumefações edemaciadas onde a zona


Estomatite anafilática (Angioedema). da cavidade oral mais atingida é o LÁBIO (fica aumentado com
edema não dolorosos).
Úlceras e vesículas inespecíficas.
As vesiculas são pequenas rompem facilmente e dão lugar às
Erupção de droga fixa. ulceras que são rodeadas por halos eritematosos (zonas
avermelhadas).
Reações liquenoides. localizada somente num local

Reações tipo lúpus. Simulam LES, pênfigos e líquen mas são diferentes destes mecionados
porque apresentação só ocorre num local único da cavidade oral.
Reações tipo pênfigo.
Diagnóstico

História clínica —> por norma sempre são feitos por aqui

Medicamento suspeito – estabelecer relação temporal com a droga utilizada e as


alterações observadas na mucosa.
Diagnóstico de presunção é suficiente.
Diagnóstico definitivo quando a situação se repete.
É realizado quando queremos fazer um diagnostico mais objetivo se as
Teste cutâneo. suspeitas forem fortes mas não forem conclusivas. Os testes cutâneos fazem-
se colocando a droga em contacto com a pele. Usado para diagnosticas as
alergias de contacto. Feito pelo dermatologistas

—> Diagnostico de presunção é suficiente para desconfiarmos fortemente


que estamos perante uma alergia (Logo o que fazemos é retirar a droga que
achamos ser a causa da alergia e o paciente volta ao normal).
—> De seguida podemos fazer um diagnóstico definitivo que consiste em
voltar a introduzir a droga e se as manifestações alérgicas voltam a repetir-
se significa que encontramos o agente etiológico
Eritema Multiforme
— Alvo ou iris -> tipos de lesoes q aparecem na pele

É uma reação alérgica mucocutânea mediada pelo sistema imunitário, precedida por
exposição a uma variedade de drogas em particular antibióticos e analgésicos.

Em alguns casos é precedida por infeção por Herpes simples ou por Micoplasma pneumonia.
— quando se repetem e
Estes agentes acionam a alteração imunológica que produz a doença. temos alguma associação
com herpes temos q fazer
terapia como antivirico
Manifesta-se pelo aparecimento de bolhas e úlceras na pele e nas mucosas. porque estes virus
modifica o epitelio e
funciona como corpo
Tipos: estranho

Minor afecta pele e mucosas - padrão em alvo -


Major (síndrome Stevens-Johnson) – necrose cutânea
Manifestações Clínicas
Aparece de forma aguda. —> mto importante saber se é aguda ou cronica!

Afecta pacientes jovens 20 a 30 anos.

Homens mais afectados do que as mulheres.


não-específicos
Sintomas prodrómicos. Febre, mal estar, dor de cabeça, tosse e dor de garganta.
quando aparecem as
Estes sinais aparecem uma semana antes do início da doença.
ulceras, as vesicular e as
bolhas
Dura duas a seis semanas e pode recorrer.
Imagens clínicas
Pele-Eritema na pele muito característica lesão em alvo, eritema
circular . ja temos o
Iniciam-se por eritemas com círculos concêntricos. diagnostico

Zona + escura central —> ALVO/IRIS

—> Sempre que suspeitamos de


eritema multiforme na boca,
devemos observar a pele e ver se
temos lesões típicas em alvo ou
iris, em que há uma zona
vermelha rodeada por uma zona
mais escura central que é o alvo.

—> Estas lesões na pele são


conclusivas para o diagnostico do
eritema multiforme.
mucosa oral: úlceras com crostas localizadas na zona vermelha do lábio são uma
das imagens típicas.
Na mucosa oral aparecem úlceras com bordos irregulares.

Ulceras com crosta


Tratamento
Corticoides sistémicos especialmente no início da doença.
Identificar a droga envolvida e evita-la.
Quando há suspeita de infeção previa por herpes fazer profilaxia com aciclovir.
—> Ulceras em que as bolhas romperam.
Bolhas/vesiculas
Formam crosta e secam após 7-10 dias

Somente num dermato


—> Vesículas q se formam em ulceras

Herpes Zoster
Imagens de eritema
Imagens de vesículas e ulceras

Herpes intra-oral
Estomatite anafiláctica

Sintomas gerais: alterações respiratórias, vómito, diminuição da TA, depressão do


musculo cardíaco. mal-estar
(coçar)
Sintomas cutâneos: urticária erupções na pele
Sintomas orais: eritema e ulcerações, edema. (isto é a estrutura atingida pode aumentar
ligeiramente de tamanho).
deve-se à histamina q tem efeito nos pequenos vasos
e aumenta a permeabilidade vascular e aumenta os edemas.
Pode haver compresssao da glote
Angioedema uma variante do edema

Edema difuso com tumefacção dos tecidos moles envolvendo a submucosa e


tecidos conjuntivos subcutâneos. Principal manifestação oral a nível dos lábios
que se apresentam aumentados. (Aumento da permeabilidade vascular).
—> O lábio não estará inflamado nem com lesões de eritema, estará simplesmente aumentado
Mecanismos:
principal mecanismo
1) Desgranulação dos mastócitos com libertação de histamina. Reacção de
hipersensibilidade mediada pela IgE.
Outras causas de desgranulação dos mastócitos: calor, frio, stress emocional e
vibração.

2) Inibidor da enzima de conversão da angiotensina, com aumento de níveis de


bradiquinina. (captopril, lisinopril).
com estimulos de stress
3) Activação da via do complemento por falta ou defeito no inibidor C1- INH
que previne transformação de C1 em C1 esterase. C1 esterase parte C4 e C2
resultando em edema.

4) Níveis elevados de complexos antigénio/anticorpo circulante por doença


auto-imune (Lupus) ou infecção generalizada. Doentes com contagens elevadas
de eosinófilos no sangue periférico.
Reação alérgica de angioedema

Edema difuso do lábio cm aparecimento súbito.


Desaparece em 24 a 72 horas.
Tratamento epinefrina subcutânea.

—> injeção de epinefrina subcutânea quando o paciente está em


risco de vida.
—> Se a manifestação é so no lábio, não há risco de vida pelo que o
tratamento pode ser feito com cortisona tópica ou sistémico.
Erupção de droga fixa

Eritema, edema ou formação de vesículas localizada numa zona


específica da pele ou mucosa quando um alergénio é administrado.
Reacção Liquenóide/Lupus

Apresentação clínica parecida com o líquen mas que só afetam um local, podem estar
relacionadas com um alergénio específico.
Testes serológicos:
ANA, Anticorpo Anti cadeia dupla de ADN e Anti Histonas.
Reacções alérgicas tipo Lupus estão associadas a circulação de anticorpos ANA e anti
Histonas.
O Lupus Eritematoso revela anticorpos anti cadeia dupla de DNA.
Quando os níveis séricos de ANA e anti
Histonas estão aumentados é mais um dado
que nos leva a suspeitar de reação alérgica ou
de estomatite alérgica
Tratamento

—> Quando as reações locais são fortes e surgem


Suspender medicamento responsável úlceras dolorosas à mastigação, fala e
movimentos, conseguimos acelerar a cicatrização
Reacções locais: corticoides tópicos com aplicação de corticoides tópicos em pomada,
gel ou mesmo em creme.
Reacções agudas: adrenalina( epinefrina), corticoides, ou antihistamínicos.

—> Quando estamos perante edemas agudas + suspeita de reação anafilatica a


epinefrina subcutânea é uma boa opção já que tem efeito imediato, neste caso
também podemos usar antihistaminicos e corticoides sistémicos.
Reação tipo Pênfigo

Apresentação clínica parecida com as do Pênfigo mas que só


afetam um local, podem estar relacionadas com um alergénio
específico.
Testes serológicos: Imunofluorescência indireta.
Biópsia para despistar Pênfigo.
Dor importante no diagnóstico.
o seu diagn deve ser sempre confiramado pelo teste do adesivo

Alergia de contacto alergenico diretamente em contacto


com a mucosa
(Estomatite de contacto)

Reação de hipersensibilidade a alergénio tópico.

Manif. Clínicas: tumefação, fissuração dos lábios, descamação perioral, edema e


queilite esfoliativa, úlceras orais e ardência.

Aguda ou Crónica

Diagnóstico: eliminar todas as possíveis causas (tratamentos dentários, história


positiva de alergia, teste cutâneo positivo).

Tratamento: remoção do alergénio, corticosteroides tópicos e anti-histamínicos.

Podem ser agudas ou cronicas. Quando são


agudas desaparecem rapidamente, no caso de
ser cronica irá permanecer por mais tempo, são
mais difíceis de tratar e é mais difícil descobrir
qual é a causa.
Alergia à canela e a materiais
dentários

Casos de AC aguda

Sensação de queimadura é o primeiro sinal clínico


Mucosa com eritema com ou sem edema
Úlceras são comuns.

Casos de AC crónica

Hiperqueratose (placa branca). —> NÃO removivel por raspagem


Eritema.
Erosões.
Gengiva com
eritema e alguma Placa espessa assemelha-se a
ulceração leucoplasia ou candidiase mas
nao sao removiveis por
raspagem

—> Nas estomatites de contacto cronicas é frequente haver formação de placas em


que há um aumento da espessura do epitélio e da queratina (ultima imagem) e
pode ser confundido com uma leucoplasia, por isso é muito importante a historia
clinica para despiste de neoplasias.
Reabilitações fixas com pontes e implantes podem ter
na sua constituição algum componente que cause
alergia ao paciente e este queixa-se de ardência e dor
no local. Assim sendo, para confirmar se realmente é
alérgico sem termos de tirar todo o trabalho realizado,
pedimos ao protésico que nos forneça
uma amostra do material utilizado para fazer a prótese
fixa e com adesivo hipoalérgico colamo-la numa zona
da pele sem pelo e deixamos estar durante 2 dias. Se
não houver nenhum eritema à volta, é sinal que o
paciente não é alérgico ao material colocado.
Dermatite perioral

Reação inflamatória da pele que envolve a zona à volta dos lábios.


Resposta inesperada a várias substancias exógenas cremes cosméticos,
chicletes, etc. —> É mais típico nas mulheres do que nos homens.
Clínica: pápulas eritematosas e pústulas que envolvem a pele à volta dos
lábios, após manuseamento da cavidade oral.
Diagnóstico diferencial com Dermatite Circumoral Quando a dermatite
ocorre como uma zona de eritema sem pápulas ou pústulas; envolve apenas a
pele junto aos lábios sem a área de separação clássica.
Tratamento: evitar corticoides tópicos. —> pois agravam a doença. Em vez disso,
optar por antibióticos e pelo Metronidazol
Metronidazol tópico. tópico.

—> Diagnóstico diferencial: Importante distinguir a dermatite perioral com circumoral.


—> Enquanto que na dermatite perioral temos vesiculas na pele à volta da zona vermelha do lábio. A
zona mais próxima do lábio está livre das vesiculas e este sinal serve para deduzir o diagnóstico de
dermatite perioral. Pois só nesta dermatite é que encontramos uma zona sã entre as lesões e a zona
vermelha do lábio.
Dermatite perioral

—> NOTA: Dermatite circumoral: Não há pápulas nem pústulas, só temos um eritema junto aos
lábios e aparece muitas vezes como consequência de uma queilite exfoliativa (inflamação e
escamação da zona vermelha do lábio por conta do doente estar sempre a morder e a lamber
os labios)
Estomatite Aftosa Recorrente
é mto carcateristico, sendo bastante dolorosas

em periodos de tempos mto curtos


Afta - úlcera recorrente, dolorosa, múltipla da mucosa oral em pacientes sem outros
sinais de doença.
para ser afta é obrigatorio q sejam recorrentes
Prevalência: 17% média da população.
(pouco esclarecida)
Etiologia: 1- Bacteriana (hipersensibilidade a St.sanguis epitélio oral alterado
antigenicamente).
2- Autoimune ( desregularão da imunidade).
3- Def. vitamínicas (B12, Ac. Fólico, Ferro e Ferritina).
4- Factor genético (HLA/A2/B2/D77).
Reacção imunológica mediada por células T
5 – Citotoxidade mediada por células T. (CD8+)

Factores precipitantes: 1- traumatismo


2-condição endócrina (estrogénio/progesterona)
3- fatores psíquicos
4- alergias
5- hipersensibilidade a alimentos —> nozes, citrinos por exemplo
6- stress

podem persistir por mais de 3 semanas


— diminuição da velocidade de sedimentação
— diminuição da relação CD4+ para CD8+
— Diminuição dos globulos brancos
— NÃO eiosinofilia
Reacção imunológica mediada por células T.

NO SANGUE PERIFÉRICO:
Relação CD4+ CD8+ diminuída.
Aumento do recetor de células T.
Aumento do fator de necrose tumoral.

Biopsia local revela infiltrado inflamatório rico em


linfócitos T
Etiologia

Imunodesregulação primária. —> com envolvimento da imunidade celular.


Barreira mucosa mais fina.
Aumento da exposição a antigénios.

Por exemplo nos fumadores, a nicotina provoca uma hiperqueratose e


acantose do epitélio pelo que quando o paciente está a fumar não tem
aftas mas deixa de fumar e aparecem as aftas porque ocorreu uma
diminuição da barreira de exposição.
Características clínicas fibrina

Eritema a volta da fibrina


1- mais frequente no sexo feminino.
2- início entre 10-30 anos. —> aftas q aparecem apos os 30 anos podem ser
3-recorrente.
devido a alguma doença sistemica ou devido a
alimentação
4- evolução:
- edema localizado da mucosa.
NOTA: Estas aftas quando
- dor. —> as ulceras são dolorosas aparecem sem infeção secundaria,
- 48-72 horas úlceras. significa que as cadeias
5- cicatrização em 14 dias. ganglionares não estão
aumentadas e esta é uma
6- mucosa não queratinizada e não ligada ao periósteo. característica diferencial face ao
herpes
Características histológicas

1- úlcera coberta por membrana purulenta. —> parece pus mas é fibrina!!
2- tecido conjuntivo com infiltrado inflamatório e necrose do tecido junto à
superfície da lesão.
Critérios para a classificação das aftas

As aftas pequenas
pequena -diâmetro < do que 5mm. cicatrizam em 14 dias sem
- reparação sem deixar sequelas. deixar sequelas.

grandes - > de 5 mm.


- bordos irregulares.
-reepitelização 6 semanas.
-podem infectar e deixar cicatriz.

Classificação das aftoses:


aftas vulgares—-> -Estomatite aftosa recorrente menor.
-Aftose recorrente major (complexa).
-Úlceras herpetiformes recorrentes.
-Síndroma de Behçet.

assim chamadas porque aparecem em grupos


mto pequenas e dolorosas
A afta é uma lesão branca (zona onde se perdeu o
epitélio) rodeada por um halo eritematoso à volta
Aftose recorrente maior (afta de Sutton)

-aftas grandes que podem infectar.


-bordos irregulares.
-muito maceradas.
-reepitelização demora 6 semanas pode deixar cicatriz.

Úlceras herpetiformes recorrentes

-rasas < 2mm e numerosas.


-coalescem.
-dolorosas.
-alívio imediato com bochechos de tetraciclinas a 2%.
afta major
Ulceras herpetiformes: quais os critérios que as distinguem do
herpes recorrente?

— Rasas < 2mm e numerosas.


— Coalescem.
— Dolorosas.
— Alívio imediato com bochechos de tetraciclinas a 2%
Doença de Behçet

Descrita como uma combinação de inflamação ocular e úlceras oro-genitais.


Tem uma base imunológica associada a tipos específicos de HLA (Médio Oriente e
Japão). Tem como manifestação inicial o
aparecimento de aftas. Os doentes que
Protocolo para o diagnóstico: não forem tratados podem ficar cegos.
1- úlceras orais recorrentes pelo menos 3 surtos no último
ano. —> Estas aftas são iguais às verificadas no síndrome de ulceras aftosas recorrentes, podem
ser grandes ou pequenas
2- pelo menos duas das seguintes manifestações:
- úlceras genitais recorrentes.
- lesões oculares 80%(uveítes, conjuntivites, ulceras da córnea).
- lesões da pele (eritema nodoso, pseudofoliculite,
pápulas, pústulas, acne).
-teste de patergia positivo(presente em 40-80%).

Diagnóstico laboratorial: - Ag HLA B51


-leucocitose com eosinofilia.
-vel. de sedimentação elevada.
Histologia: vasculite leucocitoclastica (invasão das vénulas por neutrófilos),
extravasamento de glóbulos vermelhos, e necrose fibrinoide da parede das vénulas.

Pouco especifico
Na maioria dos casos as úlceras orais são idênticas às aftas no entanto podem
apresentar variações:

- Aparecem em grupos de 6 ou mais.


- Envolvem o palato mole e a orofaringe. zonas mais posteriores da boca
- Os bordos são irregulares, denteados.
- Teste da patergia positivo.
Ulcera
Ulcera
Teste Patergia Positivo
o pricnipal Tratamento das aftas com clorohexidina

Controle da dor, supressão da resposta inflamatória local, prevenção da infeção


secundária, reduzir frequência das recorrências.. Usada para o tratamento da gota mas
também faz efeito nestas úlceras.
Colchicina-1mg/dia. Tratamento de escolha em ulcerações
orais recorrentes associadas ao S. de
Behçet.

Azelastina-spray Melhor protecção das membranas


celulares e suspensão da função lin-
focitária. Acelera a cicatrização das feridas aftosas.

Sucralfate É uma droga coadjuvante no tratamento de


úlceras gastroduodenais. Melhoria na reepite-
lização das mucosas. O medicamento é em gel pelo que a pessoa nem precisa de
engolir, aplica-se na lesão e contribuirá para a repetilização da
mucosa.
Zinco papel importante na cicatrização de úlceras varicosa,
gástricas e dermatológicas. Administração sob a
forma de sulfato a 10% em doses de 30mg/dia du-
rante 1 mês.
A Dapsona é um antileprótico para
tratamento de infeções de Micobacterium
Tetraciclinas. Corticóides tópicos e sistémicos. lepra. É contra-indicado para pessoas com
problemas hepáticos, renais e anémicos.
Dapsona (imunossupressor)/Talidomida. —> A Talidomina: Nunca deve ser tomada
durante a gravidez.
Utilização de Agentes Tópicos

Prodromos: anti-inflamatórios:

Corticoides tópicos Fluocinolona (SYNALAR)

Quando as aftas já existem objetivo diminuir inflamação, a dor e


acelerar a cicatrização.

- Anti-inflamatórios: Amlexanox(AFTAID 50mg/g) aplicar 2 a 4 Xs dia

- Corticoides (AFTACH) triancinolona

- Inibidores das metaloproteinases- tetraciclinas (Doxiciclia, Minociclina)


papel efetivo na cicatrização e na redução da dor.
Alívio da dor
- Lidocaina2% Lidoject gel 2%, Xylocaina gel, Xylocaina spray

- Benzocaina (topigel ou Dentispray)

- Clorohexidina + Benzocaina (Driadrop) – propriedades antisséticas e


desinfetantes dissolver pastilha na boca a intervalo de 3H

- Benzidamida (Tantum verde)

- Ácido hiolurónico película protetora (Aloclair- ácido hialurónico com


Aloé vera em gel ou solução).
Classificação das doenças granulomatosas da
mucosa oral

Granulomatose Orafacial

Sarcoidose

Granulomatose de Wegener

Doença de Crohn/Colite ulcerativa

Pioestomatite vegetante
Granulomatose Orofacial
—> É uma condição rara, idiopática e mais frequente em adultos jovens.

Considerada entidade clínica quando nas diversas apresentações clínicas a


biopsia demonstra a presença de inflamação granulomatosa não específica.
sem doença sistémica associada
Granulomas não caseosos localizados na lâmina própria adjacentes aos vasos
linfáticos, com a sua obstrução provocam o edema. orofacial recorrente ou persistente
Aumento difuso do lábio superior ou inferior
Diagnóstico: demostração histopatológica de inflamação com granulomatose
associada a negatividade para bactérias, fungos e material estranho.
Diag diferencial : angioedema, infeção, reação de corpo estranho, sarcoidose,
granulomatose de Wegner, doença de Crohn. É um diagnostico de exclusão
Tratamento: descobrir causa inicial e evita-la. Corticóides intra-lesão, sulfasalazina,
hidroxicloroquina, etc.
Infliximabe atua contra fator de necrose tumoral.

—> O envolvimento isolado do lábio é designado queilite granulomatosa/de


Miescher.
—> Se associada a paralisia facial e língua fissura é designada Síndrome
Melkerson -Rosenthal.
Despistar Sindrone de Merkelson-
Rosenthal constituída pela tríada sintomatológica de
paralisia facial periférica, língua fissurada e
macroquelite granulomatosa. A sua expressão
é por vezes incompleta, podendo inicialmente
manifestar-se apenas por macroquelite
intermitente.
Despistar:

- Mau estado geral da boca

- Infeção locais (infeção de gls salivares labiais)

- Material estranho com infeção inflamação.

- Alergias

- Angioedema

-Outras doenças granulomatosas


Histologia: Edema da lâmina própria com dilatação dos linfáticos a
fibrose encontra-se em lesões antigas.
Granulomas não caseosos compostos por linfócitos e histiócitos
epitelioides com células multinucleadas. Não há corpo estranho.
Diagnóstico diferencial com
Doença de Crohn – evidencia de má absorção intestinal (albumina, cálcio, folato, ferro).
Cintigrafia de leucócitos. Ileocolonoscopia ou RX intestino delgado.

Esta enzima está ELEVADA na sarcoidose

Sarcoidose – nível sérico da enzima de conversão da angiotensina. Rx torácico


(adenopatia mediastino e para traqueal).

Tuberculose – teste cutâneo para tuberculina e Rx torácico. Ziehl-Neelsen para


demonstrar o bacilo.
Sarcoidose
principal sintomatologia é pulmonar

Doença granulomatosa multi-sistémica de causa desconhecida


Material antigénico não é degradado e há formação de inflamação
granulomatosa.
Clínica: inicia-se entre 20-40 anos (vários antigénios podem estar implicados)
Forma Aguda, com dispneia, chiadeira, febre, mal estar, artralgia e perda de peso.
Tumefacção da parótida.
Sinais pulmonares são os mais frequentes, seguidos de nódulos linfáticos, pele
(eritema nodoso), olhos, glândulas salivares.
Rx do peito revela linfadenopatia hilar bilateral.

Histologia: Tecido de granulação com histiócitos e linfócitos, não se podem


demonstrar fungos, bactérias ou corpos estranhos.
Diagnóstico:

Clínico e Rx. pulmonar

Enzima da conversão da angiotensina sérica está elevada

Envolvimento pulmonar leva a forte suspeita.

Biopsia tecido de granulação colorações para fungos e bactérias são


negativos. Não pode ser detetado material estranho.

já ñ se faz
Teste de Kvein, anemia, leucopenia, fosfatase alcalina elevada, VS
aumentada.

Tratamento: resolução espontânea, corticoides, tratar complicações.


o tratamento pode ser espontâneo
Lupus pernio – manifestação cutânea e oral – Eritema nodoso
Granulomatose de Wegner
(Vasculite Granulomatosa)
Inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite de vénulas e arteríolas) que
provoca lesões granulomatosas com necrose do tracto respiratório e
glomerulonefrite. 1º sintomas respiratórios e dps renal

Etiologia: reacção imune anormal secundária a infecção inespecífica ou resposta de


hipersensibilidade a antigénio inalado.
Pode ser fatal.
Clássica – envolvimento pulmonar com progressão rápida para envolvimento renal.
Limitada – Envolvimento pulmonar sem desenvolvimento de lesões renais.
Superficial – Envolvimento da pele e mucosas. Gengivite, ulcerações, nódulos.

Histologia: inflamação junto aos vasos sanguíneos – Vasculite Necrosante– e


granulomatose.
A idade média de aparecimento é aos 40 anos

Afeta inicialmente o sistema respiratório


Nalguns casos aparecem inicialmente lesões na pele e mucosas.
Sinais - Dor nos seios peri-nasais, constipação e febre.
Glomerulonefrite.
Manif orais:
- Gengivite em morango pode ser uma das manifestações precoces da doença.
- Ulcerações.
Diagnóstico: - apresentação clínica e vasculite granulomatosa necrosante
- creatinina sérica e urinálise (proteinúria) para despiste de envolvimento
renal.
Anticorpos anti citoplasma de neutrófilo : 1. Perinuclear(p-ANCA) e
2- Citoplasmico (c-ANCA)
Tratamento: ciclofosfasmida e prednisona.
Metotrexato/corticoides —> em doses
elevadas
Gengivite em morango
F, classica, limitada ou superficial
Doença de Crohn/Colite Ulcerativa

Doenças inflamatórias mediadas pelo sistema imunológico que atingem as mucosas


com envolvimento preferencial do trato gastrointestinal (parte distal do intestino
delgado e colon proximal). No caso da CU só envolve o colon.

Diarreia, dores abdominais, náusea e mal-estar com perda de peso em jovens.

Lesões Orais: edema focal, aftas pequenas, gengivite hiperplásica, pápulas e


nódulos.

Diag Dif: doenças granulomatosas, aftoses, Behçet

Biopsia confirma natureza granulomatosa faz-se no intestino e ñ na boca

p-ANCA 70% positivo para Colite


ASCA 70% positivo para Crohn

Cintigrafia de leucócitos

Ileocolonoscopia/Rx (gastrointestinal)
Pioestomatite vegetante

Pústulas crónicas e vegetações na pele


Manifestação invulgares de doença inflamatória intestinal.
Doença de Crohn e Colite ulcerativa
Lesões orais – vegetações lineares brancas ou amarelas que
se desenvolvem em áreas de eritema

Histologia – epitélio pavimentoso estratificado, tec conj com infiltrado


plasmócitos, linfócitos e leucócitos polimorfonucleares.
Tratamento – controlo dos distúrbios intestinais (sulfasalazina,
corticoides sistémicos).

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