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Gabriele Martins 1

Infecção por hsv1 primária sintomática =


LESÕES VESICOBOLHOSAS possui início agudo (febre, mal-estar,
Elevação tecidual com conteúdo líquido irritação, linfadenopatia). Gera dor

 Vesículas: até 0,5cm  Mucosa oral e lábio


 Bolhas: >0,5cm  Característico da infância
 Vesículas e úlceras múltiplas
Pode haver lesões secundárias comumente associadas
associadas, como erosões, úlceras e (extensas, com leito e halo
crostas (úlcera em pele) após estourar eritematoso)
 Diagnóstico: história clínica
São transparentes e com superfície (sintomas ricos), citologia
brilhante, diferentemente das pápulas e esfoliativa, cultura e sorologia
nódulos, que são celularizadas  Tratamento: controle dos sinais
e sintomas (analgésico,
HERPESVÍRUS HUMANO hidratação). Antiviral só em
estágio inicial (prodrômico = dor,
 Infecção herpética que pode calor, ardor, coceira). As lesões
levar ao aparecimento de lesões desaparecem de 1-2 semanas
orais ou perioral
 Causada por: herpes simples, HERPES LABIAL RECORRENTE
varicela zoster, Epstein-barr e
citomegalovírus
 Após uma infecção inicial, o EXTRA-ORAL
vírus permanece latente até uma  Reativação do hsv1 (secundária)
reinfecção
 Sinais e sintomas prodrômicos
6-24h antes de aparecerem as
HSV1 E HSV2 vesículas (fase para entrar com
O hsv2 se manifesta em genitália, antiviral)
enquanto o hsv1 é visto em boca  Vermelhão do lábio, mais no
limite com pele. Nesse caso as
 Manifestado em lábio, boca e vesículas são mais preservadas,
faringe se estouram, observamos
 Transmitido por saliva e contato crostas
pele-pele  Tratamento: na fase prodrômica,
antiviral (aciclovir). Na fase
INFECÇÃO PRIMÁRIA vesicular, o vírus já está
instalado, então fazemos o
Assintomática, em jovens sem controle dos sinais e sintomas
morbidade significativa com analgésico. Pode passar
aciclovir, mas não terá mais
INFECÇÃO SECUNDÁRIA tanto efeito. Se crosta, esperar
(já está na fase final)
Reativação do vírus, que fica latente no
gânglio trigêmeo. A recorrência já é
sintomática, aparecendo mais em INTRAORAL
palato. Essa reinfecção é causada por Igual a gengivoestomatite herpética
um quadro de imunossupressão, primária, mas mais localizado. Gera dor
podendo ser desencadeada por
estresse, gravidez, alergia,  Úlceras múltiplas que são mais
menstruação ou contato com luz extensas quanto mais
ultravioleta imunossuprimido a pessoa
estiver. Difícil vermos as
GENGIVOESTOMATITE vesículas pois como é intraoral,
HERPÉTICA PRIMÁRIA elas estouram. Os sinais são
clássicos também: úlceras
múltiplas irregulares,
delimitadas, com leito amarelado
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e halo eritematoso,  Diagnóstico: biópsia e


acompanhadas de dor imunofluorescência direta
 Diagnóstico: pode fazer citologia  Tratamento: corticosteroide para
esfoliativa diminuir a resposta imune
 Tratamento: se inicial, bochecho
com aciclovir. Se já instalado, PÊNFIGO VULGAR
analgésico se dor e acompanhar
Doença ulcerativa muco-cutânea
VARICELA ZOSTER intraepitelial

 Causado por um ataque


VARICELA (CATAPORA)
imunológico aos desmossomos.
Infecção primária por varicela zoster Gera dor
 Bolhas intraepiteliais (mais
 Vesículas múltiplas, com halo superficiais) = se rompem. Por
eritematoso (indica inflamação) isso em boca, encontramos
 Em boca, encontra-se erosão ou úlceras, e pode gerar gengivite
úlceras, mas ainda pode-se descamativa (erosão)
achar as vesículas pois são mais  Sinal de Nikolsky positivo
resistentes  Diagnóstico: biópsia incisional
 Complicações: infecção perilesional (se realizar sob a
secundária e risco ao feto para lesão, não acha nada pois ali
grávidas não pega a fenda intra-epitelial)
 Tratamento: em estágio inicial,  Tratamento: médico. Mas
antiviral. Vacinar! podemos auxiliar receitando
corticoide tópico
HERPES ZOSTER
Reativação da varicela DIAGNÓSTICO DIFERENC IAL
 Líquen plano erosivo
 Dor intensa (em face, simula
 Penfigoide
odontalgia; artrite), cefaleia, mal-
 Estomatite aftosa
estar, febre. Antes da lesão
 Eritema multiforme
ativa, essa dor simula outras
doenças
PENFIGÓIDE BENIGNO DE
 Vesículas, bolhas avermelhadas
MUCOSAS
em pele e braços (em boca,
úlceras) Doença autoimune mucocutânea
 Complicações: neuralgia pós- crônica sub-epitelial (ataque à
herpética, paralisia facial, membrana basal = mais profundo)
infecção secundária
 Tratamento: aciclovir sistêmico  Sistêmica, com
(principalmente se comprometimento ocular
imunossuprimido, para não  Clinicamente é igual o pênfigo
disseminar), antibiótico se vulgar (lesões ulceradas
infecção secundária e limpar múltiplas que geram dor e
feridas podem sangrar, espalhadas,
com leito amarelado e halo
DOENÇAS IMUNOPATOLÓGICAS eritematoso
 Diagnóstico: biópsia incisional
 Interação de linfócitos T com o  Complicação: cegueira, perda
epitélio de lágrima
 Aparecem lesões muco-  Tratamento: encaminha para
cutâneas (pele e boca): bolha, oftalmologista, receita corticoide
que pode ser sub-epitelial tópico e sistêmico,
(penfigóide), causada por imunossupressor, suporte
ataque à membrana basal ou emocional
intraepitelial (pênfigo)
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ERITEMA MULTIFORME
Doença ulcerativa/bolhosa muco-
cutânea por uso de medicamentos
(efeito adverso da droga = anti-
inflamatório, antimalárico, sedativo)

 Sinais prodrômicos 1 semana


antes do aparecimento das
lesões
 Agudo, surge do nada
 Não encontra em biópsia fenda
sub ou intraepitelial pois não é
causada por ataque à
desmossomos/membrana basal
= o diagnóstico está na
anamnese (conhecimento dos
medicamentos em uso)
 Quando aparece em pele, é
característico lesões erosivas
em forma de alvo
 Causa dor e o tratamento é com
corticoide

DOENÇA DE STEVENS-JOHNSON
Forma grave do eritema multiforme

 Reação intensa a uma droga


 Lesões gerais em boca, pele,
mucosa e genitais (úlceras e
bolhas)
 Tratamento: internação

QUEIMADURAS
Podem iniciar com bolhas, que
estouram e aí encontramos erosão, que
pode evoluir para úlcera ou placa branca

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