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Periodontia – UFPE
Larissa Albuquerque
(1) vesículas com eritema circunjacente e início de formação de pode ocorrer dor e alteração salivar, aumento de
crosta; (2) vesículas branco-opacas no palato duro. volume e rubor dos dúcteis salivares de Wharton e
Mononucleose infecciosa Stensen, epididimorquite (14 a 35% dos homens) e
ooforite rara em mulheres.
*Conhecida popularmente como doença do beijo, é *O diagnóstico é clínico e o tratamento é sintomático.
causada pelo vírus epstein-barr (EBV ou HHV-4), O prognóstico depende se houver afretamentos das
também responsável pela leucoplasia pilosa, e ocorre gônadas.
em situações de redução da imunidade.
*A transmissão se dá por contato íntimo com a Sarampo
pessoa com a mononucleose ativa. Após adquirir o *É causado pelo paramixovírus e possui vacinação
vírus, ele permanece no organismo por toda a vida de 95% eficaz.
forma latente e, quando o indivíduo está *A literatura descreve a doença como sazonal,
imunossuprimido, pode se expressar como a ocorrendo na primavera, mas isso não é observado
leucoplasia pilosa. no Brasil.
*Características clínicas: nas crianças normalmente *A contaminação ocorre por meio de gotículas
é assintomática, mas pode causar febre, respiratórias e a incubação é de 10 a 20 dias.
linfadenopatia, faringite, hepatoesplenomegalia (pois *Características clínicas: inicia com febre, mal estar,
causa transinfecção atingindo o fígado e causando coriza, conjuntivite e tosse. Após isso, ocorre a
hepatite viral), rinite ou tosse. As lesões orais erupção eritematoso e segue após poucos dias e dura
consistem em petéquias no palato duro ou mole, de 4 a 7 dias. O contágio segue até 4 dias após o
gengivite ulcerativa necrosante (GUN) e surgimento clínico. Pode ser grave em pacientes
pericoronarite. imunocomprometidos, sendo a pneumonia e
encefalite as complicações mais graves. Pode levar à
surdez decorrente de otite média. Ainda pode ocorrer
manchas de Koplik (eritema mucosa nas mucosas
labial e jugal) como máculas branco-azuladas (são
mais evidentes se o paciente tiver pele clara).
*O diagnóstico é clínico e o tratamento é sintomático.
O prognóstico depende se haverá meningite e
surdez.
Petéquias no palato mole.
*O diagnóstico pode ser obtido pelo leucograma
aumentado, presença de anticorpos heterófilo de
Paul-Bunnell, imunofluorescência indireta ou,
preferencialmente, sorologia para o HHV-4.
*O tratamento é sintomático, com atenção para os
níveis das transaminases hepáticas. A condição dura
de 4 a 6 semanas, que é quando a lesão regride.
*O prognóstico é reservado, pois o paciente tem risco Manchas de Koplik branco-azuladas na mucosa jugal.
de desenvolver hepatite transinfecciosa, se torna
portador do vírus e tem risco de desenvolver a Rubéola
leucoplasia pilosa.
*É causada pelo togavírus e a transmissão ocorre
Caxumba (parotidite epidêmica) por meio de gotículas respiratórias, com incubação de
14 a 21 dias, tornando-se infectantes a partir de uma
*É causada pelo paramixovírus, que é prevenida pela semana antes do exantema até 5 dias após as
vacina de sarampo-rubéola-caxumba. erupções. O vírus atravessa a barreira
*A transmissão ocorre pela urina, saliva ou gotículas hematoencefálica e pode causar rubéola congênita
respiratórias. Os pacientes permanecem contagiosos no feto, tendo o risco de surdez de 80%, doença
até 14 dias após a resolução clínica da doença. cardíaca, microcefalia e catarata ao nascimento.
*A incubação pode ser de 12 a 25 dias. *Também pode ser transmitida de forma
*Ocorre o aumento das glândulas salivares maiores assintomática, o que é grave em casos de gravidez.
uni ou bilateral. *Características clínicas: os sintomas prodrômicos
*30% das infecções são subclínicas, ou seja, adquire são febre, cefaleia, anorexia, mal estar, coriza,
o vírus e transmite, mas não tem sinais clínicos. conjuntivite leve, faringite, tosse e linfadenopatia.
*As características clínicas consistem em febre, Ainda ocorre erupção exantematosa e lesões orais
cefaleia, mal estar, anorexia e mialgia. Geralmente raras, que é o sinal de Forchheimer em 20% dos
ocorre o aumento de volume da parótida em casos e consiste em pequenas papilas vermelho
envolvimento unilateral em 24% dos casos. Ainda escuras no palato mole ou duro.
Periodontia Larissa Albuquerque
*O diagnóstico é feito por análise sorológica. lesões orais são raras e tendem a preceder as lesões
*O tratamento é feito com antipruriginosos, de pele, podendo ocorrer nos lábios, na mucosa jugal
antipiréticos (exceto AAS) e a prevenção é feita com e palato. As papilas são rosadas, de superfície mole,
a vacinação. séssil, firmes e não-hemorrágicas.
*O prognóstico é reservado devido aos riscos para
grávidas.
Herpangina
*É causada pelo coxsackievírus A e B ou ecovírus.
*As características clínicas consistem em dor de
garganta, febre, vômitos, mialgia e cefaleia. As lesões
orais são máculas vermelhas que evoluem para
vesículas e formam ulcerações com crostas para
cicatrização. Isso ocorre no palato mole ou nos pilares *Não é necessário fazer tratamentos, pois ocorre
amigdalianos. remissão espontânea de 6 a 9 meses, apesar de a
*O diagnóstico é clínico, o tratamento é sintomático e contaminação continuar.
o prognóstico é bom devido ao curso clínico limitado. Impetigo
*É uma infecção superficial da pele causada pelo
Streptococcus pyogenes e Staphylococcus áureos
que ocorre com frequência em crianças escolares,
tendo comportamento de infecção endêmica,
podendo ocorrer de forma epidêmica.
*Características clínicas: tem origem em áreas de
trauma prévio e as lesões são vesículas frágeis que
Ulcerações semelhantes a aftas no palato mole. se rompem e formam crostas, assemelhando-se ao
herpes recorrente.
Doenças das mãos, pés e boca
*É causada pelo vírus coxsackie A16, com incubação
de 4 a 7 dias e a doença surge no verão ou no início
do outono (não aplicado no Brasil). É comum em
crianças em idade pré escolar.
*Clinicamente, são lesões orais que precedem as
lesões cutâneas e se assemelham à herpangina,
porém não se limitam à região posterior da cavidade
oral. Regride após 1 semana. Crostas de coloração âmbar na pele e no vermelhão dos lábios.
*O tratamento é sintomático (febre, gaze com *O diagnóstico é clínico ou feito por cultura da lesão
clorexidina, creme dermatológico de antimicrobianos e o tratamento é feito por antibioticoterapia tópica ou
e corticoide tópico para mãos e pés). oral.
Candidíase
*É uma infecção fúngica muito comum na infância e a
etiologia é a cândida spp.
*Características clínicas: lesão branca
pseudomembranosa que se destaca, deixando a
superfície eritematosa. Quando atinge o ângulo dos
lábios é chamada de queilite angular. Pode ocorrer
Ulcerações semelhantes à afta no fundo do vestíbulo. também de forma hiperplásica ou mucocutânea. Nos
bebês, é mais comum a forma pseudomembranosa.
Molusco contagioso
*Características clínicas da candidíase
*O vírus do molusco contagioso (poxvírus do DNA) pseudomembranosa (sapinho): placa branca
causa hiperplasia epitelial por contato íntimo, com aderente, removível pela raspagem, mucosa
incubação de 14 a 50 dias. As lesões têm predileção subjacente normal ou eritematosa e ocorre em
por locais de ferimentos recentes e locais quentes da crianças afetadas pelo hipodesenvolvimento do
pele. É comum o acontecimento em crianças e sistema imune.
jovens.
*As características clínicas são pápulas múltiplas
no pescoço, rosto (pálpebras), tronco e genitália. As
Periodontia Larissa Albuquerque
*O tratamento é feito com a higiene da boca, sem
necessidade de antifúngico. Caso as lesões não
regridam, pode ser feito nistatina em solução oral ou
miconazol em gel. Caso a criança esteja
imunossuprimida, é necessário fazer antifúngico
sistêmico.
Doença de Crohn
*É uma condição inflamatória mediada
imunologicamente e comum em adolescentes. Pode
ocorrer em qualquer sítio do trato gastrointestinal (da
boca ao anus) e extra-intestinais (pele, olhos e
articulações).
*Características clínicas: ocorre granulomatose
orofacial com tumefação nodular ou difusa nos
tecidos orais e periorais, com aparência de pedra de
calçamento na mucosa e úlceras profundas de
aparência granulomatosa. Essas úlceras são lineares
e aparecem no vestíbulo bucal.
Referências: