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Câncer de boca

Estomatologia – UFPE

*Os fatores de risco para o carcinoma oral são o apresenta dor e lesão endurecida à palpação. Pode
consumo de tabaco e álcool, noz de bétele, infecção apresentar envolvimento ósseo e não há metástase.
por HPV, idade e gênero, exposição à luz ultravioleta,
má nutrição e outros fatores, como genética e trauma
(não há evidências significativas de que trauma cause
câncer).
*O HPV apresenta prevalência maior em mulheres de
14 a 59 anos.
*A incidência, em 2016, nos EUA, do câncer de boca *Estágio avançado: ocorre a invasão dos tecidos
foi de 44 mil casos, sendo os cânceres da base da duros e moles adjacentes, pode ter mobilidade
língua (18%), de tonsila (20%) e orofaringe (5%) dentária, dor e infecção. A ulceração não desaparece
associados ao HPV. mesmo após a remoção de todos possíveis fatores
*O HPV é uma família de vírus com mais de 150 tipos, causais.
com diferentes tipos de manifestações orais. Cerca de
50% da população já teve contato com o vírus, sendo
a maioria de baixo risco para câncer. Apenas 11 tipos
de vírus apresentam alto risco, são eles o 16, 18, 31,
33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58.
*O HPV 16 tem prevalência de 1,3 a 3,5% na
população e é o tipo que está associado em 90% com
cânceres na região de orofaringe.
*As infecções orais por HPV costumam ser curadas
naturalmente em até um ano, se não houver lesão.
*O HPV está associado a aproximadamente 5% de
todos os cânceres e apresenta maior prevalência em
mulheres de 14 a 59 anos de idade. *No estágio avançado, é típico a ocorrência de
Transmissão sinequia na língua, que é a união do tecido do
assoalho bucal com a língua.
*A transmissão não é completamente conhecida, mas
dados indicam que ocorre por transmissão sexual
(sexo oral) ou não sexual, como transmissão vertical
(da mãe para o bebê) e autoinoculação (mulheres
com infecção cervical por HPV têm maior prevalência
de infecção oral por HPV, de 2,6 a 50%).
Manifestações clínicas do carcinoma oral
Estadiamento (TNM)
*Estágio inicial: tipicamente apresenta manchas
brancas (leucoplasia) ou vermelhas (eritroplasia), *Taxa de sobrevivência após 5 anos do diagnóstico:
pode apresentar nódulos, dor leve ou ausente e firme • Estágio 1: 75%
à palpação. • Estágio 2: 65,6%
• Estágio 3: 49%
• Estágio 4: 30%
Diagnóstico clínico
*Suspeitar de leucoplasias não homogêneas
(eritroleucoplasia) que não regridem após a retirada
*Lesões malignas na gengiva podem causar o do fator causal.
alargamento do espaço do ligamento periodontal.
*Estágio intermediário: o sinal mais significativo
desse estágio é a presença de úlcera (endurecidas,
fixas e com inchaço nas margens), frequentemente Lesão em mulher de 37 anos e
não fumante.

Larissa Albuquerque
*A biópsia deve ser realizada no local de maior
suspeita de malignidade.
*A autofluorescência pode ser utilizada para auxiliar
no diagnóstico do câncer.
*A saliva também pode ser analisada para realizar o
diagnóstico de carcinoma oral, visto que ocorrem
alterações metabólicas significantes no seu perfil,
como aumento de ácido pirúvico e colina e redução
do nível de prolina e glicina em comparação com
pacientes saudáveis.
Tratamento
*O carcinoma em estágio 1 (até 2cm) pode ser tratado
com laser, seguindo o critério de inclusão:
• Lesão primária ou recorrente em um subsítio
oral;
• Confirmação histopatológica antes da cirurgia;
• Exclusão de metástase no pescoço e/ou em
locais distantes.
*O laser Er:YAG é utilizado para lesões em tecido
mole e duro e o Nd:YAG apenas para tecido mole.
*o uso do laser permite a realização do procedimento
sob anestesia local e não provoca sangramento como
a retirada com bisturi.
*O laser apresenta o benefício de fazer a cauterização
após retirada da lesão, efeito antimicrobiano,
bioestimulação, o que acelera a recuperação e reduz
a dor.

Referência:
• Palestra ministrada pelo Prof. Dr. Marco
Meleti, da Universidade de Parma, para o
curso de Odontologia-UFPE, em 2020.
Estomatologia Larissa Albuquerque

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