Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
cavidade oral
CONCEITO DE PRÉ MALIGNIDADE
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
TRATAMENTO
Filipe Coimbra
Diagnóstico precoce
Doença localizada 85% de sobrevida aos 5 anos
Cancro oral com metástases 9% de sobrevida aos 5 anos
Incidência
30.000 casos /ano
8.000 mortes/ ano
LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS DA
CAVIDADE ORAL
Objectivo: detectar lesões iniciais através do exame cuidadoso da
cavidade oral
Bochecho com ácido acético seguido da observação da mucosa com luz branca. Mucosa afetada reflete a
luz em forma de mancha branca.
Só o estudo de Vadhist 2014 apresenta especificidade e sensibilidade maior do que 70%. Os restantes
apresentam sensibilidades elevadas mas especificidades muito baixas.
Laskin 2007 Conclui que aluz quimioluminiscente produz reflexos que tornam a visualização mais difícil e
isso não é benéfico.
Métodos baseados na Fluorescência
VelScope
Tecidos têm propriedades de emitir fluorescência (fluoróforos) cuja perda pode ser utilizada para detetar
lesões.
10 estudos, 7 com sistema VelScope (400-460nm), resultados muito bons em 4 artigos. Em 3 alguma
variabilidade na especificidade menor de 70%.
Há evidência mais recente parece ser o sistema com melhores resultados no diagnóstico clínico nas
displasias/carcinomas da MO.
2 estudos 2010 e 2013 com comprimentos de onda (470-610) diferentes do VelScope, sensibilidade 100%
Moro y col. e especificidade 95%.
* Margens
* Tipo de anestesia
* Extensão
Displasia epitelial: combinação de uma série de fenómenos
microscópicos indicativos de uma desordem na maturação do epitélio e
alteração na proliferação celular.
malignas
(Desordem potencialmente maligna)
Líquen plano
Anemia de Plummer-Vinson
Definições para a LO propostas nas últimas décadas
Uma mancha ou placa branca que não pode ser clínica
OMS (1978) ou patologicamente caracterizada como nenhuma outra
doença.
Uma mancha ou placa branca que não pode ser clínica
ou patologicamente caracterizada como nenhuma outra
Axéll et al (1984) doença e que não está associada a nenhum factor
etiológico, excepto o tabaco.
Género
Embora afecte mais homens a taxa de transformação maligna é maior nas
mulheres.
Idade
predomina entre 4ª e 7ª decadas de vida
Etiologia LO
•Idiopática
Effect of Frequency and Duration of Tobacco Use on Oral Mucosal Lesions – A Cross-Sectional Study
among Tobacco Users in Hyderabad, India 2017
Satyanarayana D et al.
Conclusões: o estudo revela que a frequência e a duração da utilização do tabaco está associado a maior
risco de leucoplasias na mucosa oral.
Pesquisa
Randomized Clinical Trails
Leukoplakia Etiology
Alcohol drinking, body mass index and the risk of oral leukoplakia in an Indian population.. 2000
Hashibe et al.
Conclusões: álcool é um factor de risco independente, enquanto o IMC pode ser associado
inversamente com o risco de leucoplasia.
Neville, adaptado
Grau de certeza para o diagnóstico de leucoplasia
C1 – Evidência obtida a partir da primeira visita e tendo em conta o exame clínico (inspecção e
palpação) DIAGNÓSTICO CLÍNICO PROVISÓRIO.
C2 – Evidência obtida a partir da exclusão de todos os factores etiológicos possíveis, p. ex.
trauma mecânico, durante um período de 2-4 semanas ou a partir da ausência de qualquer
factor etiológico DIAGNÓSTICO CLÍNICO DEFINITIVO.
C3 – Igual a C2 mas complementado por uma biopsia incisional DIAGNÓSTICO
HISTOPATOLÓGICO PROVISÓRIO.
C4 – Evidência obtida a partir da excisão e exame histopatológico da amostra DIAGNÓSTICO
HISTOPATOLÓGICO DEFINITIVO.
Intervalo de variação nas taxas de transformação maligna
Brennan et al.2007
van der Waal et al. 2009
Holmstrup et al. 2014
Shilpashree et al. 2016
Taxas de transformação maligna encontradas em vários estudos para a LO
1 a 17%
Presença de displasia;
Marcadores genómicos
Tipo clínico
Local (pav da boca região ventrolateral da língua)
Tamanho
Género feminino
Duração
Resistência ao tratamento
Idiopática
Grupos de risco/abordagem clínica
- Apresentação homogénea
- Tamanho menor do que 2 cm
-Ausência de displasia celular
-Displasia moderada localizada em locais de baixo risco
Follow-up 12 meses.
Tratamento com retinoides tópicos
Tratamento com técnicas de descamação: bisturi eléctrico, crioterapia ou laser.
Grupos de risco/abordagem clínica
- Leucoplasia verrugosa
- Leucoplasias com displasia pequena localizadas em locais de risco
elevado e com mais de 2cm, ou formas clínicas não homogéneas.
-Leucoplasias com displasia moderada ou severa.
Cirúrgico:
Estudo: 59 casos excisados com bisturi, 2 com displasia. Follow-up 12-37 meses
Protocolo da Quimioprevenção:
Candidíase pseudomembranosa
Candidíase hiperplásica
Leucoplasia pilosa
Leucoedema
Linha alba
Lúpus eritematoso
Sífilis secundária
Estomatite nicotínica
História conhecida
Dor
Resolução rápida.
Candidíase pseudo-membranosa
Aspecto clínico
Removíveis por raspagem
Eritema associado.
Candidíase hiperplásica
História clínica
Aspecto típico.
Queratose por fricção
História
Hábito de chupar, morder lábio, língua e bochecha.
Tratamento
Alteração do hábito
Goteira de protecção.
Leucoedema
Aspecto clínico
Padrão simétrico na mucosa jugal
Desaparece com estiramento.
Linha alba/ Doença de Fordyce
Aspecto clínico
Simetria
Linha de oclusão da mucosa oral.
Lupus eritematoso
Doença auto imune
Com diagnóstico médico
Rash malar.
Lupus eritematoso
Papiloma escamoso
Pedículo
Zona de trauma.
Papiloma atípico/Carcinoma escamoso
Eritema/sangramento associado
Zonas ulceradas.
Papilas foliáceas
Bordo língua
Parte posterior.
Sífilis Secundária
Aspecto clínico
Leucoplasia do Fumador
Lesão não tem potencial maligno e resulta da actividade proliferativa causada pelo
tabaco que induz o recetor do fator de crescimento epidérmico que ativa a ciclina
D1.
Estomatite Nicotínica
Doença de Darrier
Disqueratose congénita
Nevo branco esponjoso
Doença de Darier – doença da pele autossómica dominante com
envolvimento oral em 50% dos casos
Manif. Clínicas: pele dos ombros e braços hiperqueratinizada,
pápulas na pele que ulceram e formam crostas
fragilidade, hemorragia e hiperqueratose sub
ungular
leucoplasias da mucosa oral
Tratamento: (retinóides)
Disqueratose Intra-epitelial Benigna Hereditária
Reticulado
Em placas
Eritematoso
Erosivo
Atrófico
Gengivite atrófica ou
Descamativa
Reacção liquenóide
Apresentação clínica
Estrias de Wickham
Língua típica de líquen
Critérios histológicos para o diagnóstico do LPO
Achados essenciais
Localização preferencial
Qualquer ponto da mucosa oral
Características histológicas
Displasia intensa
Invasão da basal
Tratamento
Extirpação radical com margem ampla
Classificação
Homogénea
Eritema associado a inflamação
Eritema associado a infeção
Estomatite por prótese
Eritroplasia idiopática
Pigmentações dos tecidos orais
Melanócitos alojam-se entre as células do estrato basal são células com prolongamentos
dendríticos que se estendem às células adjacentes onde ocorre a transferência do pigmento
melânico.
Tirosina – tirosinase – melanina
Mácula melanótica oral – mancha escura focal localizada na mucosa oral (produção
excessiva de melanina)
Melano acantoma – pigmentação da mucosa caracterizada pelo aparecimento de
melanócitos dendríticos dispersos pelo epitélio. (benigno).
Melasma
Melanoacantoma
Mácula melanica oral
Pigmentação provocada por melanina, faz diagnóstico diferencial com:
-Melanose tabágica
-Trauma
-Neurofibromatose
-Síndrome de Peut-Jeghers
-Pigmentação provocada por drogas
-Alterações endócrinas
-Hemocromatose
-Doença pulmonar crónica
-Pigmentação racial
Nevo pigmentado
Nevo – malformação congénita da pele ou mucosa que pode ser congénita ou adquirida,
semelhante a um tumor que contem melanina. O nevo pigmentado é uma lesão superficial
formada por células névicas (com origem na crista neural).
Névo melanocítico adquirido vulgarmente conhecido como “sinal”.
Tipos
Congénito – pequenos
- cobertura
Adquiridos –intradérmicos (célula névica dentro da derme)
- junção (entra em contacto com o epitélio efeito de queda)
- compostos (com elevação)
- células fusiformes (células fusiformes, ovais, gigantes e multinucleadas)
- azuis (estrutura mesodérmica composta por melanócitos alongados com dendritos
ramificados em feixes paralelos à epiderme. Não há atividade de junção)
Melanoma
Aspecto clínico
Traços brancos fibrosos na mucosa oral
Rigidez língual
Trismo
Localização preferencial
Palato mole
Faringe
mucosa jugal
Características histológicas
Atrofia epitelial
Tecido conjuntivo hialinizado
Infiltrado inflamatório crónico
Tratamento
Dieta alterada
corticoides
Bibliografia
. Se´amus S. Napier, Paul M. Speight. Natural history of potentially malignant oral lesions and conditions: an overview of the literature. J Oral Pathol
Med. (2008) 37: 1–10;
. S. Warnakulasuriya, Newell. W. Johnson, I. van der Waal. Nomenclature and classification of potentially malignant disorders of the oral mucosa. J Oral
Pathol Med. (2007) 36: 575–80;
. Rocío Vázquez-Álvarez, Francisca Fernández-González, Pilar Gándara-Vila, Dolores Reboiras-López, Abel García-García, José-Manuel Gándara-Rey.
Correlation between clinical and pathologic diagnosis in oral leukoplakia in 54 patients. Med Oral Patol Oral
. Robert J. Cabay, Thomas H. Morton, Joel B. Epstein. Proliferative verrucous leukoplakia and its progression to oral carcinoma: a review of the
literature. J Oral Pathol Med. (2007) 36: 255–61;
. Silverman, Kobkan Thongprasom, Martin Thornhill, Saman Warnakulasuriya, Isaäc van der Waal. Management of oral epithelial dysplasia: a review.
Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2007;103;
Axell T. Occurrence of leukoplakia and some other oral white lesions among 20333 adult Swedish people. Comm Dent Oral Epidemiol. 1987; 15: 46–51;
Giovanni Lodi, Andrea Sardella, Cristina Bez, Federica Demarosi, Antonio Carrassi. Systematic Review of Randomized Trials for the Treatment of Oral
Leukoplakia. Journal of Dental Education. Volume 66, No. 8;
Jesper Reibel. PROGNOSIS OF ORAL PRE-MALIGNANT LESIONS: SIGNIFICANCE OF CLINICAL, HISTOPATHOLOGICAL, AND MOLECULAR
BIOLOGICAL CHARACTERISTICS. Crit Rev Oral Biol Med. 14(1):47-62 (2003);
Adriana Spinola Ribeiro, Patrícia Ribeiro Salles, Tarcília Aparecida da Silva, Ricardo Alves Mesquita. A Review of the Nonsurgical Treatment of Oral
Leukoplakia. Hindawi Publishing Corporation International Journal of Dentistry. Volume 2010, Article ID 186018, 10 pages;
Guo-Zhong QIN, Jong Y. PARK, Sow-Yeh CHEN, Philip LAZARUS. A HIGH PREVALENCE OF p53 MUTATIONS IN PRE-MALIGNANT ORAL
ERYTHROPLAKIA. Int. J. Cancer. 80, 345–348 (1999);
Schepman KP et al, Malignant transformation of oral leukoplakia: a follow-up study of a hospital-based population of 166 patients with oral leukoplakia
from The Netherlands, Oral Oncol. 1998 Jul;34(4):270-5;
Lind PO, Malignant transformation in oral leukoplakia, Scand J Dent Res. 1987 Dec;95(6):449-55;
Neville et al, Oral and Maxillofacial Pathology, second edition, 2002, Sauders Company;
Amagasa T, Yokoo E, Sato K, Tanaka N, Shioda S, Takagi M. A study of the clinical characteristics and treatment of oral carcinoma in situ. Oral Surg
Oral Med Oral Pathol. 1985; 60:50–5.
Piñera-Marques K, Lorenço SV, Silva LFF, Sotto MN, Carneiro PC. Actinic lesions in fishermen’s lower lip: clinical, cytopathological and
histopathologic analysis. Clinics. 2010;65(4):363-7;
Jesper Reibel. PROGNOSIS OF ORAL PRE-MALIGNANT LESIONS: SIGNIFICANCE OF CLINICAL, HISTOPATHOLOGICAL, AND MOLECULAR
BIOLOGICAL CHARACTERISTICS. Crit Rev Oral Biol Med. 14(1):47-62 (2003);
van der Waal, T. Axéll. Oral leukoplakia: a proposal for uniform reporting. Oral Oncology 38. (2002) 521–526;
E.H. van der Meij, H. Mast, I. van der Waal. The possible premalignant character of oral lichen planus and oral lichenoid lesions: A prospective five-year
follow-up study of 192 patients. Oral Oncology. (2007) 43, 742–748;
Guo-Zhong QIN, Jong Y. PARK, Sow-Yeh CHEN, Philip LAZARUS. A HIGH PREVALENCE OF p53 MUTATIONS IN PRE-MALIGNANT ORAL
ERYTHROPLAKIA. Int. J. Cancer. 80, 345–348 (1999);
A. Martı´nez, U. Brethauer, I. G. Rojas, M. Spencer, F. Mucientes, J. Borlando, M. I. Rudolph. Expression of apoptotic and cell proliferation regulatory
proteins in actinic cheilitis. J Oral Pathol Med. (2005) 34: 257–62;
Michaell A. Huber. White oral lesions, actinic cheilitis, and leukoplakia: confusions in terminology and definition: Facts and controversies. Clinics in
Dermatology. (2010) 28,