Você está na página 1de 5

Enfermagem Pediátrica e Comunitária .

C 30,31
Tema IX : Cuidados de Enfermagem a meninos e meninas com afecções do sistema
Hemolinfopoyético

Sumario: 9.5 Linfomas.


9.6 Leucemia. Conceito. Etiologia Quadro Clínico. Classificação. Provas
diagnósticas. Complicações. Tratamento. Uso e cuidados dos citostáticos. Cuidados
específicos de Enfermagem.

Bibliografia:

-Temas de Enfermagem Pediatrica Pág. 229,240,245


-Temas de Pediatría(Anabel) Pag- 361,366,367
-PediatríaV Pag-1997

Linfomas.
Neoplasias malignas que se manifestam por tumoraciones sólidas originadas
primariamente nos órgãos do sistema linfoide. Nos meninos se apresenta somente dois
tipos: Linfomas não hodgkinianos e a enfermidade do Hodgkin.
É a segunda causa de morte nos meninos, mais freqüentes no sexo masculino e em
meninos entre 3 e 4 anos de idade.
E um câncer de tecido linfático, comienza nas células os linfócitos que se encontram nos
gânglios linfáticos e outros tecidos linfoides como bazo e medula.

Linfomas não hodgkinianos ( Quadro clínico ) .


 Febre.
 Perda de peso.
 Anorexia.
 Astenia.
 Geralmente se manifesta como um síndrome febril prolongado.

Os sintomas dependem da localização primária que pode ser em ordem de prioridade:


Abdominal: É o mais freqüente dos tumores malignos abdominais do menino. localiza-se
no intestino magro os sintomas são:
• Dor abdominal agudo ou crônico luz de alerta.
• Em ocasiões vômitos, diarréias, obstrução abdominal.
• Sem sintomatologia pode começar como uma invaginación intestinal.
Ganglionar: caracteriza-se pela aparição de adenopatías indolores, duras, elásticas, de
localização cervical, inguinal ou axilar de várias semanas de evolução geralmente de
começo cervical unilateral e bilateral. origina-se principalmente nos gânglios da cadeia
jugular interna e não se acompanha de signos de infecção local, nem regional.
Mediastinal: Localização de muito mau prognóstico geralmente evolui para a
transformação leucémica e falecem a curto prazo. Se manifesta por sintomas respiratórios
de intensidade variável: tosse, dispnéia que simula uma crise de asma bronquial ou
pneumonia.
No anel do Waldeyer: apresenta-se como obstrução nasal e faringea, rinorrea persistente
e adenopatías cervicais unilaterais e bilaterais se se atrasar o diagnóstico e o tratamento
específico a enfermidade se estende à base do crânio.
Extralinfático: origina-se nos ossos parotideos orbitais da cadeia extralinfática.
Exames complementares que ajudam a confirmar o diagnóstico
 Hemograma, coagulograma, aspirado e biópsia de medula óssea.
 Funcionamento renal e hepático, eletrólitos em soro e estudos virológicos.
 Estudo de imagens simples e contrastadas, ultra-som, TAC, Resonancia Magnètica
Nuclear, segundo localização do tumor e gammagrafía óssea.

Classificação
Estádio I: Tumor único extranodal com exclusão de abdômen e mediastino.
Estádio II: Um único tumor com afetação dos gânglios linfáticos regionais,
dois tumores com afetação ou não dos gânglios Linfáticos, um tumor
gastrintestinal primário com afetação dos gânglios mesentéricos.
Estádio III: Dois únicos tumores extranodales em lados opostos do diafragma,
todos os tumores primários intratorácicos, tumores intrabdominales
extensos.
Estádio IV: qualquer dos anteriores com afetação inicial do SNC, Medula
óssea ou ambos.

Complicações
• Transformação leucémica.
• Infiltração do Linfosarcoma ao SNC.

Tratamento
A quimioterapia é o tratamento de eleição, a radioterapia se usa fundamentalmente na
afetação do SNC.

Linfomas hodgkinianos
Trata-se de uma enfermidade com características particulares já que suas células
malignas constituem o 1% da população total do tumor, é uma das neoplasias mais
comuns no menino, ocupa o segundo lugar entre os dois tipos.

Quadro clínico
 Adenopatías estranha vez dolorosas com localização fundamentalmente no pescoço e
mediastino, são menos comuns as intrabdominales.
 Esplenomegalia.
 Prurito.
 Febre de origem desconhecida.
 Tosse seca e episódios de dificuldade respiratória moderada e sibilancia
 Sudoraciones noturnas.
 Toma progressiva do estado geral.
 Astenia, anorexia, distensão abdominal.
 Perda de mais de 10% de peso corporal nos últimos 6 meses.

Exames de Laboratório
 Hematologia: Anemia, neutrofilia e eosinofilia. A medula óssea pode estar normal ou
afetada.
 Eritrosedimentación: Acelerada
 Estudos da função renal e hepática.
 Estudos de imagens: Exames simples e contrastados, o ultra-som, TAC e a Resonancia
Magnètica Nuclear.
-Medulograma, biopsia de cresta ilíaca, BAAF, Biopsia incisional depois de BAAF
Classificação
Estabelecer um estádio é indispensável para impor tratamento e seu prognóstico.
Estádio I: Afetação de uma só região linfática ou um só sítio extralinfático.
Estádio II: Afetação de duas regiões ganglionares ou mais do mesmo lado do
diafragma ou de um só sítio extralinfático e uma região linfática ou mais do
mesmo lado do diafragma.
Estádio III: Afetação de regiões ganglionares a ambos os lados do diafragma
que pode estar acompanhada de um sítio extralinfático ou do baço
ou de ambos
Estádio IV: Disseminação difusa de um ou vários sítios extralinfáticos associados a
afetação ganglionar ou não.
Se subclasifican em:
A: ausência de sintomas sistêmicos.
B: presença de sintomas sistêmicos.

Tratamento
• Depende do estádio clínico da enfermidade.
• Radioterapia.
• Poliquimioterapia sistemática .(Mecloritamina, oncovín, porcarbazina,prednisona) Este se
le denomina ESQUEMA MOPP DE VITA cada 28 dias 6 ciclos.

Cuidados de Enfermagem
Medir signos vitais, TA por prednisona.
Brindar apoio emocional a pacientes e familiares.
Observar estritamente pele e mucosas.
Extremar medidas de assepsia e antisepsia.
- Ensinar a identificar e tratar os efeitos adversos do medicamento
- Conservar a área sinalada por radioterapista
- Cumprimento estrito de tratamento médico (via, dose, horário, toxicidade)
- Observar signos y sintomas de intolerância ao tratamento(vômitos, náuseas,
quemaduras)
- Aplicar ALOE na zona irradiada
Leucemia
É uma enfermidade neoplásica das malhas formadores de sangue, caracterizada por uma
proliferação desordenada e incontrolada dos leucócitos e seus precursores, com tendência
invasora e prognóstico fatal se não se tratar adequadamente. As células blásticas se
acumulam em outros tecidos (fígado, baso, gânglios linfáticos, SNC, rim e outras.).

Classificação:
Tendo em conta o grau de maturidade da célula neoplásica e o curso natural da
enfermidade se consideram 2 grandes grupos de leucemia:
1. Linfoides
2. Mieloides
Estas se classificam em agudas(95% linfoides) ou crônicas(5% mieloides) de acordo com
suas características morfológicas e o grau d diferenciação celular.
Etiologia
1- Fatores ambientais: radiações ionizantes, substancias químicas.
2- Fatores genéticos: anomalias cromossômicas
3- Fatores víricos
4- Fatores imunológicos

Quadro clínico:
Mais freqüente entre 2 e 8 anos.
Anemias.
Astenia, cansaço fácil.
Trombocitopenia.
Sangramiento a nível de outros órgãos.
 Infecções de pele, orofaringe, região perianal.
 Adenopatías.
 Esplenomegalia, Hepatomegalia.
 Cefaléia.
 Visão imprecisa.
 Febre, que nos faz pensar em processo infeccioso.
 Signos de hipertensão intracraneal.
 Edema pupilar.
 Adenopatías mediastinales, grande viceromegalia.
Anorexia, dores ósseos.
Meninos queixam ao caminhar.

Para confirmar o diagnóstico se realiza medulograma.


Isto se realiza quando existe suspeita em um paciente que apresentou signos e sintomas
de infecção, anemias e púrpura que induz a pensar que existe um enguiço dos três
sistemas medulares sobre tudo quando existe uma marcada hepatoesplenomegalia,
embora a anemia e a trombocitopenia estão sempre presente.
Realiza-se diagnostico diferencial com afecções como: Siklemia, Artrite reumatoidea,
Osteoartritis, Neuroblastoma.

Complementares
 Hb: Diminuída.
 Plaquetas: trombocitopenia moderada.
 Leucócitos: Variáveis; o fatal é a presença de blastos.
 Medulograma.
 Eritrosedimentación
 Rx de tórax, de hueso
 Fundo de olhos.
 Coagulograma.

Tratamento
As fases do tratamento se dividem em 4.
Indução: utilizam-se diferentes droga segundo protocolo vigente nos serviços para obter
uma rápida remissão.
Consolidação: administram-se várias drogas diferentes às utilizadas na indução
imediatamente depois de obter a remissão
Profilaxia da leucemia meníngea (na Leucemia Aguda Linfoide) Profilaxia com estes
radioterapia reduzem a inflamação leucémica das meninges.
Manutenção: Os citostáticos mais utilizados nestas fases são a mercaptopurina oral diária
e metotrexato oral ou intramuscular uma vez à semana.

Obteve-se 95% dos meninos em remissão completa e uma sobrevivência de 5 anos mais.
Tratamento de sustento
 Transfusão de sangue ou hemoderivados.
 Antibiótico de amplo espectro.
 Descontaminação ambiental.
 Atenção psicológica a pacientes e familiares.

Cuidados de Enfermagem
• Medir signos vitais.
• Brindar apoio emocional a pacientes e familiares.
• Observar estritamente pele e mucosas.
• Extremar medidas de assepsia e antisepsia.
• Cuidados com a transfusão.
• Isolamento do paciente, ninguém com infecção pode visitarle.
• Higiene pessoal e ambiental.
• Dieta hiperproteica , hipercalórica
• Aliviar dor
• Observar as características da marcha.
• Cuidados para a canalização de veia.
• Lubricar mucosa para prevenir úlceras
• Extremar os cuidados com os citostáticos.
• Brindar educação para saúde.
- Inspeção de pele e higiene.
- Medir temperatura
-Higiene bucal
-Tratamento com drogas e efeitos tóxicos.
-Realizar exámenes hematológicos
Cuidado com os citostáticos
• Brindar apoio emocional antes durante e depois do tratamento.
• Verificar a dose adequada.
• Extremar medidas de assepsia e antisepsia.
• Canalizar veia de bom calibre para garantir a permeabilidade da mesma e evitar a
necrose.
• Vigiar alterações hemodinámicas como: leucopenia, trombocitopenia, etc.
• Administrar 20 ml de dextrosa aos 5% para permeabilizar a veia e 20 ml para arrastar
o medicamento.
• Administrar antieméticos 15min antes de começar o tratamento.
• O zofrán se utiliza para as poliquimioterapia que provoquem vômitos incontroláveis.
• Observar reações indesejáveis dos citostáticos durante e depois de sua administração.

Cuidado com a radioterapia


• Enviar ao paciente a dá-la radioterapia acompanhado da papeleta e os exames
complementares prévios (hemograma, leucograma e estudo radiológico.
• Marcar a zona que vai se irradiar.
• Aplicar talco em zona irradiada com a finalidade de evitar irritação e queimaduras.
• Vigiar aparição de sintomas de mau irradiação (anorexia, vômitos, astenia e diarréias).

Você também pode gostar