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Nº 3, Julho de 2019

Documento Científico
Departamento Científico
de Oncologia
(2016-2018)

Linfonodomegalia periférica
na criança e no adolescente:
quando pensar em câncer

Departamento Científico de Oncologia


Presidente: Denise Bousfield da Silva
Secretário: José Henrique Silva Barreto
Conselho Científico: José Carlos Martin Córdoba, Luiz Gonzaga Tone,
Mara Albonei Dudeque Pianovski, Mariana Bohns Michalowski,
Sidnei Epelman, Sima Esther Ferman

Introdução

O corpo humano possui em torno de 600 nó- Neste contexto, é importante o pediatra estar
dulos linfáticos. O baço, as amígdalas, as adenoi- ciente que nem todos os linfonodos palpáveis es-
des e as placas de Peyer fazem parte do tecido tão aumentados por doença maligna, e que a maio-
linfoide e seu papel é realizar a depuração dos ria deles são secundários a etiologia benigna2-4.
antígenos provenientes do fluído extracelular1.
Usualmente o tamanho normal do linfonodo é
O tecido linfoide aumenta rapidamente na in- menor que 1 cm de diâmetro, embora haja varia-
fância, alcançando dimensões do adulto em torno ções nas diferentes regiões e idades. Nas crianças
dos seis anos de idade. O pico máximo de cresci- (2-10 anos) geralmente os linfonodos normais
mento é no período pré-puberal, ocorrendo, pos- são maiores em tamanho, e aqueles > 2-3 cm são
teriormente, involução2. usualmente sugestivos de malignidade ou de do-
ença granulomatosa1,5,6.
No período neonatal geralmente os linfono-
dos não são palpáveis, pois esta é uma fase em Cerca de 75% das linfonodomegalias periféri-
que há pouca estimulação antigênica. Na infân- cas são localizadas e mais de 50% são observadas
cia, a resposta hiperplásica do linfonodo tende na região de cabeça e pescoço. Estão frequente-
a ser mais imediata e intensa que no adulto, mas mente associadas a uma doença específica na re-
à medida que a criança cresce os mecanismos de gião de drenagem linfática e não necessitam de in-
defesa tornam-se mais específicos e a reatividade vestigações adicionais ao exame clínico para o seu
ganglionar tende a ser menos intensa e, comu- diagnóstico. As linfonodomegalias generalizadas
mente, mais localizada2. representam 25% dos casos e estão geralmente

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Linfonodomegalia periférica na criança e no adolescente: quando pensar em câncer

relacionadas a uma doença de base (infecções, do-


Características dos linfonodos
enças autoimunes e neoplasias malignas)1.

A incidência anual das linfonodomegalias Os linfonodos são estruturas dinâmicas, que


inexplicadas é de 0,6% na atenção primária, e apresentam grande flutuação no seu tamanho,
somente 1,1% desses casos estão relacionados especialmente nas crianças, considerando que
às malignidades5. Nos centros terciários, de refe- estão expostas a diversos vírus e bactérias2-4.
rência, a prevalência de malignidade cresce para
Linfonodomegalia é o termo utilizado para
17%, e alcança 40-60% nos pacientes com ele-
descrever as condições nas quais os linfonodos
vada suspeita de câncer1.
apresentam aumento no tamanho, podendo es-
A avaliação, bem como o seguimento clínico tar associado a alterações na consistência ou em
constante e seriado desses pacientes são funda- número1,7.
mentais, considerando que nem sempre é pos-
No atendimento da criança/adolescente com
sível definir a etiologia da linfonodomegalia em
linfonodomegalia é relevante considerar a idade
uma consulta inicial. O desafio clínico para o pe-
do paciente, bem como o tamanho, as caracterís-
diatra é decidir quais casos são de risco para do-
ticas e a localização do linfonodo, sua evolução
enças neoplásicas ou graves.
e a presença de sinais/sintomas inflamatórios ou
Este documento científico enfatiza para o sistêmicos associados.
pediatra sobre quando pensar em câncer na pre-
Os linfonodos são considerados aumentados
sença de linfonodomegalia periférica, bem como
quanto ao seu tamanho, na dependência de sua
nortear sua abordagem preliminar.
localização (quadro 1)2-4 :

Quadro 1: Tamanho de linfonodos caracterizados como aumentados na dependência de localização

• linfonodos cervicais e axilares, quando > 1 cm;

• linfonodos inguinais, quando > 1,5 cm;

• linfonodos epitrocleares e poplíteos, quando > 0,5 cm;

• linfonodomegalia isolada em criança, caso > 1,5-2 cm;

• linfonodos em outras localizações, quando > 1,0 cm;

• linfonodos palpáveis em região supra-clavicular devem ser considerados sempre anormais,


independente do seu tamanho.

Na avaliação da linfonodomegalia é impor- duas semanas, sub-aguda, se persistir por duas a


tante distinguir se é localizada ou generalizada2-4. seis semanas e crônica, caso persista por mais de
A linfonodomegalia é definida como localizada, seis semanas2.
quando há envolvimento de linfonodos de regi-
No que se refere às características da linfo-
ões anatômicas contíguas, e generalizada, quando
nodomegalia, deve ser realizada inspeção cuida-
há comprometimento de mais que duas cadeias
dosa à procura de hiperemia, bem como avaliar a
não contíguas. As linfonodomegalias generaliza-
região anatômica drenada, que pode apresentar
das podem estar associadas a diversas doenças
ferimentos que funcionam como porta de entrada
e as localizadas estão comumente relacionadas
para um microrganismo. Na palpação o pediatra
com infecção ou neoplasias malignas2-4.
deve procurar por calor local, avaliar a consistên-
Em relação à evolução, a linfonodomegalia po- cia do linfonodo e verificar a regularidade da sua
derá ser aguda, quando a duração for menor que superfície. As malignidades são mais prováveis

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naqueles linfonodos maiores, nos que estão rapi- Os padrões de drenagem dos linfonodos po-
damente aumentando de tamanho, naqueles com dem auxiliar o raciocínio clínico e a investigação
consistência firme ou que são confluentes e fixos, inicial, pois fornecem informações quanto à ori-
e nos localizados em área supraclavicular2-4. gem do câncer (Tabela 1)2,3,5,7.

Tabela 1. Localização das linfonodomegalias periféricas e centrais, áreas de drenagem e neoplasias malignas mais
comumente associadas na criança e no adolescente2,3,5,7

Localização da Neoplasia maligna mais


Áreas de drenagem
linfonodomegalia comumente associada

Pré-auricular Couro cabeludo e pele Neoplasia histiocitária, linfomas, câncer de pele


Submandibular Cavidade oral Linfomas, leucemias, sarcomas
Anterior: orofaringe, região anterior do pescoço Linfomas, leucemias, rabdomiossarcomas,
Cervical Posterior: couro cabeludo, pescoço, carcinoma de tireoide, neuroblastoma,
pele da região torácica superior carcinoma de nasofaringe, câncer de pele

Trato gastrintestinal, trato geniturinário e pulmão


Leucemias, linfomas, tumores de células
Supraclavicular À direita: drenam mediastino
germinativas, neuroblastoma
À esquerda: drenam abdome
Linfomas, leucemias e neuroblastoma
Mediastinal e hilar Pulmão e mediastino
(mediastino posterior)
Linfomas, leucemias, sarcomas de partes moles/
Axilar Membros superiores, mamas e parede torácica
sarcoma de Kaposi, câncer de pele
Epitroclear Face ulnar do antebraço e mãos Linfomas, tumores das extremidades, câncer de pele
Grupo horizontal (ao longo do ligamento inguinal):
pele ou parede abdominal ântero-inferior,
retroperitônio, escroto, vulva, vagina, glúteos, Linfomas, câncer de pele, sarcoma de partes moles/
Inguinal canal anal inferior e períneo sarcoma de Kaposi, tumores de células germinativas,
histiocitoses, tumores ósseos
Grupo vertical (ao longo da safena superior):
pênis, escroto, glúteos e membros inferiores
Ilíaco Pelve, genitália externa e bexiga Rabdomiossarcoma, tumores de células germinativas
Abdominal/pélvico Extremidades inferiores, pelve e órgãos abdominais Linfomas, neuroblastoma
Poplíteo Face posterior das coxas e joelhos Tumores das extremidades

Etiopatogenia

A linfonodomegalia periférica representa si- não-Hodgkin (LNH) ou por proliferação de células


tuação comum na prática pediátrica, sendo que na que infiltram ou determinam metástases, como no
maioria das vezes constitui uma etapa de cresci- caso das leucemias e diversos tumores sólidos3.
mento normal do tecido linfoide ou reação secun-
Os linfomas representam o terceiro mais
dária às doenças benignas da infância2-4.
frequente câncer nas crianças, após as leuce-
Os linfonodos podem aumentar de volume mias e os tumores do sistema nervoso central,
por proliferação de células intrínsecas, como os entretanto é a malignidade mais comum da
linfócitos T e B, plasmócitos, células dendríticas região da cabeça e pescoço 6. Tumores sólidos,
e/ou por infiltração de células extrínsecas. As tais como, neuroblastoma, rabdomiossarcoma,
linfonodomegalias de etiologia maligna podem carcinoma de nasofaringe e carcinoma de ti-
ocorrer por proliferação dos componentes intra- reoide podem determinar metástase para os
celulares, como nos linfomas de Hodgkin (LH) e linfonodos periféricos3,8.

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Linfonodomegalia periférica na criança e no adolescente: quando pensar em câncer

Apesar da prevalência do diagnóstico de ma- zado por Aynur e colaboradores11, os linfonodos


lignidade na população pediátrica com linfono- maiores que 3 cm de tamanho e os supraclavicu-
domegalia periférica ser baixa (<1%)1, é impor- lares, independentemente do tamanho, estiveram
tante estar ciente da relevância do diagnóstico mais associados à malignidade. Os autores deste
precoce do câncer, considerando que, na faixa estudo observaram que o envolvimento supracla-
etária dos 5 aos 18 anos, a neoplasia maligna re- vicular ocorreu somente nas doenças malignas.
presenta a primeira causa de óbitos, excetuan- Na suspeita de malignidade, diversos estudos su-
do-se aqueles provenientes de causas externas gerem que o aumento progressivo do linfonodo e/
(acidentes e violência)9. ou sua persistência é mais específica do que um
determinado tamanho linfonodal.

Como avaliar e quando suspeitar Em relação à consistência, os linfonodos endureci-


que a linfonodomegalia periférica dos, firmes e indolores estão mais frequentemen-
esteja associada ao câncer? te associados ao câncer, apesar das característi-
cas qualitativas não serem capazes de predizer
Na criança, um grupo heterogêneo de doen- a malignidade com confiabilidade. Em raras oca-
ças pode cursar com linfonodomegalias. Assim, siões, os linfonodos dolorosos e fibroelásticos
as informações obtidas na anamnese e no exame podem ser resultantes de hemorragia dentro de
físico são relevantes para orientar o diagnóstico, um centro necrótico neoplásico ou pela pressão
bem como os exames complementares. na cápsula do linfonodo determinada pela rápida
expansão tumoral ou, ainda, por estimulação imu-
Fatores importantes a serem considerados na nológica dos receptores da dor. Linfonodos asso-
anamnese e no exame físico incluem1-5,8,10,11: ciados a malignidade são frequentemente fixos
• Tempo de duração e aspecto evolutivo: linfo- à pele ou aos tecidos vizinhos. Especial atenção
nodomegalia que dura menos que duas sema- deve ser dada aos linfonodos maiores que 2 cm e
nas ou que não aumenta de tamanho há mais de crescimento progressivo, pois apesar da possi-
que um ano, a probabilidade de malignidade é bilidade de ocorrência de malignidade existir em
muito baixa. A maioria dos estudos utiliza como linfonodos menores (cerca de 10% a 20% dos
ponto de corte arbitrário quatro semanas para casos), é mais provável seu diagnóstico naqueles
indicação de biópsia do linfonodo, apesar dos maiores de 2 cm;
resultados das pesquisas baseadas em evidên- • Avaliar se a linfonodomegalia é localizada ou
cias serem conflitantes; generalizada: no linfoma não Hodgkin e nas
leucemias, a linfonodomegalia costuma se
• Avaliar os linfonodos em relação à sua localiza-
apresentar de forma generalizada, simétrica, e
ção, consistência, tamanho, mobilidade e pre-
no linfoma de Hodgkin geralmente são localiza-
sença de sinais flogísticos: todo linfonodo deve
das, mais volumosas e assimétricas em relação
ser considerado anormal, quando em localização
ao lado oposto;
não habitual, como nas regiões epitrocleares,
supraclaviculares, pré-auriculares, poplíteas e • Idade do paciente: linfonodos pequenos em lo-
em outros locais mais raros. O acometimento da calização occipital e retro-auricular podem ser
cadeia supraclavicular é considerado anormal e palpados no primeiro ano de vida. Linfonodos
deve ser sempre interpretado como de alto risco inguinais, axilares e cervicais são também co-
para doença neoplásica. Linfonodomegalia supra- mumente palpáveis em crianças saudáveis. No
clavicular e cervical baixa em criança estão asso- entanto, é importante o pediatra estar ciente de
ciadas com alto risco de malignidade. No que se que apesar da etiologia maligna ser baixa, a pro-
refere ao tamanho, aquele linfonodo maior que babilidade se eleva com o aumento da idade da
2-3 cm, parece ser o ponto de início apropriado criança. Em pacientes menores que seis anos de
para suspeita de malignidade. No estudo reali- idade, as neoplasias malignas mais frequentes

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são leucemias, linfomas não Hodgkin, neuro- cífico. Normalmente está elevada nas neoplasias
blastoma e rabdomiossarcoma. Em crianças, na malignas (como marcador do turnover celular),
faixa etária entre sete e 13 anos são mais pre- miocardites, distrofia muscular, mononucleose
valentes os linfomas (Hodgkin e não Hodgkin), infecciosa, hepatopatias, pneumopatias, anemia
carcinoma de tireoide e rabdomiossarcoma. hemolítica, pancreatite, falência renal, uso de
Nos adolescentes maiores de 13 anos de idade, determinados medicamentos (anestésicos, aspi-
o linfoma de Hodgkin é mais prevalente2; rina, fluoretos), entre outras causas. Este exame
também é usado para monitorar a resposta ao
• Presença de sinais/sintomas constitucionais su-
tratamento do câncer, uma vez que os valores de
gestivos de doença sistêmica: febre inexplicada;
lactato desidrogenase tendem a baixar com a ade-
perda de peso, astenia, sangramentos, palidez, dor
quada resposta à terapia antineoplásica. Em um
óssea ou articular inexplicadas; sudorese notur-
estudo conduzido por Barbosa e colaboradores13
na; prurido constante; dor abdominal recorrente
foi observado que no grupo das neoplasias malig-
e inexplicada. Febre, sudorese noturna e perda de
nas, os níveis de LDH foram de 2,2 vezes o normal,
peso inexplicada podem ocorrer nas doenças linfo-
enquanto, que nas crianças com artrite reumatoi-
proliferativas, em especial no linfoma de Hodgkin.
de juvenil (ARJ), foi de apenas 0,8 vezes. Portanto,
Petéquias, equimoses, febre e hepatoesplenome-
os autores desse estudo concluíram que crianças
galia podem ser observadas nas leucemias agudas;
com sintomas consistentes com ARJ e que apre-
• Presença de hepatoesplenomegalia e manifes- sentem níveis elevados de LDH devem ser sub-
tações hemorrágicas: estão mais frequente- metidas à investigação para descartar neoplasia
mente associadas às leucemias; maligna. No estudo realizado por Aynur e colabo-
radores11 em um Serviço de Oncologia, a possibili-
• Resposta ao tratamento antimicrobiano: em al-
dade de malignidade foi maior nos pacientes com
gumas crianças com linfonodomegalia localiza-
níveis mais elevados de LDH e ácido úrico.
da pode ser um fator importante na definição da
abordagem diagnóstica. • Ácido úrico: é resultante da quebra das mo-
léculas de purina, por ação da enzima xantina
Alguns exames complementares que podem
oxidase. Causas de produção excessiva incluem
auxiliar o pediatra na avaliação de uma criança
câncer metastático, leucemias, linfomas, ane-
com suspeita diagnóstica de câncer1-4,7,8,10,12:
mias hemolíticas, policitemia, quimioterapia,
• Hemograma: neutropenia com ou sem blastos, radioterapia, alguns medicamentos, dieta rica
bicitopenia ou pancitopenia podem sugerir o em proteínas e alguns distúrbios hereditários.
diagnóstico de leucemia. A presença de bicito- No momento do diagnóstico pode estar aumen-
penia ou anemia normocrômica e normocítica tado principalmente nas linfonodomegalias por
inexplicada e alterações leucoeritrobláticas po- leucemias e linfomas.
dem sugerir infiltração metastática;
• Exames de imagem
• Mielograma: as indicações para sua realização
1. Radiografia de tórax: fornece informações
incluem, presença de diminuição significativa
acerca da linfonodomegalia generalizada e hilar,
e inexplicada do número de células, de uma ou
além de evidenciar a presença de possível massa
mais séries no hemograma; blastos ou altera-
mediastinal. Em relação à localização das massas
ções leucoeritroblásticas no sangue periférico;
mediastinais, as neoplasias malignas mais fre-
citopenias ou leucocitose associadas a linfono-
quentes do mediastino anterior são os linfomas
domegalia ou hepatoesplenomegalia não infec-
e tumores mesenquimais; no mediastino médio
ciosas; citopenias ou leucocitose associadas a
são linfomas e sarcomas; e no mediastino pos-
massa mediastinal;
terior são neuroblastoma, tumor neuroectodér-
• Desidrogenase láctica (LDH): maiores concentra- mico primitivo, sarcomas e tumores das células
ções são obtidas durante dano tecidual inespe- germinativas.

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Linfonodomegalia periférica na criança e no adolescente: quando pensar em câncer

2. Ultrassonografia cervical com doppler: é um za benigna ou maligna do linfonodo (Tabela 2).


exame operador dependente. A ultrassonogra- É relevante, entretanto, o pediatra estar ciente
fia permite avaliar os linfonodos em relação ao que as informações obtidas na anamnese e no
número, dimensões, forma, hilo, córtex, presen- exame físico minucioso e seriado são fundamen-
ça de necrose, calcificação, disseminação extra- tais para orientar o seu diagnóstico, não deven-
capsular, padrão vascular, resistência vascular e do aguardar longo período para o agendamento
índice de pulsatilidade. Existem alguns critérios e resultado da ultrassonografia cervical para to-
para se tentar fazer a distinção entre a nature- mada de decisão.

Tabela 2. Critérios ultrassonográficos que auxiliam na diferenciação entre linfonodos com características benignas e malignas1,12

Parâmetro Linfonodo benigno Linfonodo maligno


Forma Ovoide, elíptica, fusiforme ou alongada Globosa, arredonda, em conglomerado
Regular, liso, bem definido, com planos
Contorno Bocelado, irregular, espiculado, mal definido
gordurosos adjacentes
Espessada, medindo mais que o dobro do eixo
Córtex Afilada
transversal do hilo
Índice L/C* Alto > 2 Baixo < 2
Hipoecoico, heterogêneo, com áreas de
Ecogenicidade Isoecoico, homogêneo
liquefação, microcalcificações
Hilo** Presente, central, hiperecoico Excêntrico, fino ou ausente
Periférica, na região subcapsular,
Vascularização Região hilar, vasos regulares, pouca
desordenada, hipervascularizado, vasos
(distribuição do fluxo sanguíneo) vascularização
irregulares, com shunts arteriovenosos
Índice de resistência vascular (IR) Baixo < 0,8 Alto > 0,8
Índice de pulsatilidade (IP) < 1,5 > 1,5
* Índice de relação entre o eixo longo e curto.
** Hilo: deve ser avaliado quanto à presença, espessura e localização. O hilo central e espessado é caracterizado em 60% dos linfonodos reativos e
em 9% dos malignos. O hilo estreito é evidenciado em cerca de 50% dos linfonodos malignos (comprometimento primário ou secundário) e em
35% dos benignos. A ausência do hilo é observada em aproximadamente 50% dos linfonodos malignos e em 8% dos linfonodos benignos12.

3. Ultrassonografia abdominal, tomografia de tórax biópsia excisional é o padrão ouro é que remo-
e abdome avaliam linfonodomegalias no tórax e ca- ve os linfonodos inteiros e, assim, geralmente
vidade abdominal e pélvica, permitindo a diferen- fornece tecido suficiente e permite o exame mi-
ciação com massas não ganglionares. croscópico de todas as regiões dos linfonodos. O
tecido obtido por biópsia de excisão é enviado
Os exames de imagem também são úteis para para análises histológicas, que compreendem
guiar as biópsias por agulha, melhorando assim, a avaliação morfológica, imuno-histoquímica e,
acurácia do método. em alguns casos, testes para mutações específi-
cas, como translocações ou mutações pontuais.
• Biópsia do linfonodo (diagnóstico tecidual): é o
Além disso, os linfonodos podem ser analisados
padrão ouro para avaliação das linfonodomega-
por citometria de fluxo, semelhante ao sangue e
lias periféricas. Deve ser realizada preferencial-
à medula óssea. O tecido também pode ser en-
mente a biópsia excisional, do maior linfonodo, e
viado para análise microbiológica, conforme de-
se possível, do mais profundo, pois os linfonodos
terminado pela avaliação clínica.
mais periféricos podem geralmente ser reacio-
nais. Caso nenhum linfonodo seja predominante A core biópsia tem sido proposta por alguns pro-
devemos optar por ordem decrescente de esco- fissionais como alternativa à excisional, mas as
lha pelos linfonodos supraclaviculares, cervicais evidências, até o momento, são insuficientes para
baixos, axilares e inguinais. A razão pela qual a responder esta questão.

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A biópsia realizada por punção com agulha fina • Linfonodomegalia em região cervical inferior ou
(PAF) é uma técnica limitada, particularmente nas supraclavicular e/ou associada a linfonodomega-
crianças. Suas maiores limitações técnicas estão lia profunda;
relacionadas à inadequada/insuficiente amostra
• Linfonodomegalia associada à sintomatologia su-
e à alta taxa de diagnóstico falso negativo para o
gestiva de doença grave (presença de sinais/sin-
linfoma de Hodgkin e à incompleta classificação
tomas sistêmicos persistentes e inexplicados);
para o linfoma não Hodgkin. A PAF, no entanto,
pode assumir papel importante nas áreas onde • Linfonodomegalia associada a anormalidades ra-
não é possível a realização de biópsia excisional. diológicas ou alterações no hemograma inexpli-
Na suspeita de tumor sólido localizado em cabeça cadas pela avaliação de medula óssea;
e pescoço e nos cânceres metastáticos, na maioria
• Linfonodomegalia generalizada associada a hepa-
dos casos, a PAF também é suficiente para eluci-
tomegalia e/ou esplenomegalia inexplicada;
dação diagnóstica.
• Linfonodomegalia sem sinais de involução após
tratamento específico.
Quando o linfonodo
deve ser biopsiado? É de responsabilidade do pediatra o seguimen-
to clínico seriado do paciente com linfonodomega-
Considerando que há poucos estudos publica- lia, visando estabelecer seu diagnóstico etiológico.
dos com qualidade de evidências, no manejo das Sempre que houver suspeita de câncer o paciente
linfonodomegalias periféricas em crianças, é ne- deve ser encaminhado, o mais rápido possível, para
cessária a realização de estudos prospectivos com um centro de referência em oncologia pediátrica,
protocolos de diagnóstico clínico padronizado, uti- objetivando agilizar o diagnóstico e iniciar o trata-
lizando modelos preditivos multivariados para ade- mento antineoplásico para melhor prognóstico da
quada tomada de decisão. doença. É importante lembrar que os centros de re-
ferência estão melhor preparados para a realização
As recomendações de consenso na literatura
dos inúmeros exames necessários para adequada
para realização de biópsia são2-6,10,14,15:
caracterização da neoplasia, assim, é conveniente
• Linfonodomegalia localizada em que a pesquisa que a biopsia seja feita em centros de referência.
clínica e laboratorial (incluindo aspirado de me-
dula óssea) foi inconclusiva, e o linfonodo conti- A terapêutica a ser instituída, bem como o prog-
nue aumentando de tamanho após duas semanas nóstico da neoplasia maligna estará na dependên-
de observação, ou não apresente regressão em 4 cia do diagnóstico histológico e do estadiamento
a 6 semanas; clínico da doença (extensão clínica).

• Tamanho: atualmente não há evidências suficien- Caso o resultado do exame anátomo-patológico


tes para basear uma decisão de encaminhamento seja inconclusivo, ou de hiperplasia reativa inespe-
para biópsia, apenas no tamanho dos linfonodos, cífica, a biópsia deve ser repetida.
embora pareça que os linfonodos maiores possam Nestes pacientes, é imprescindível que o trata-
ter maior probabilidade de serem malignos, par- mento com corticosteroide não seja realizado antes
ticularmente se estiverem aumentando de tama- que o diagnóstico definitivo esteja estabelecido,
nho. Os linfonodos supraclaviculares aumentados pois esse medicamento pode mascarar ou atrasar
devem ser sempre prontamente avaliados, pois o diagnóstico histopatológico das leucemias e
estão associados a um alto risco de malignidade; linfomas, além de determinar alocação desses pa-
• Linfonodomegalia com características sugestivas cientes para grupo de maior risco, com terapêuti-
de malignidade: linfonodo aderido a planos pro- ca mais agressiva2,4,5.
fundos ou à pele, de crescimento rápido, coales-
cente e endurecido;

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Linfonodomegalia periférica na criança e no adolescente: quando pensar em câncer

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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8
Diretoria
Triênio 2016/2018

PRESIDENTE: Galton Carvalho Vasconcelos (MG) Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Julia Dutra Rossetto (RJ) Flávio Diniz Capanema (MG)
1º VICE-PRESIDENTE: Luisa Moreira Hopker (PR) EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Rosa Maria Graziano (SP) Renato Procianoy (RS)
2º VICE-PRESIDENTE: Celia Regina Nakanami (SP) EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA E COORDENAÇÕES: Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
SECRETÁRIO GERAL: DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Sidnei Ferreira (RJ) Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
1º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DO CEXTEP: Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
Cláudio Hoineff (RJ) Hélcio Villaça Simões (RJ) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
2º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Gil Simões Batista (RJ)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Mauro Batista de Morais (SP) Sidnei Ferreira (RJ)
3º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Isabel Rey Madeira (RJ)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) José Hugo de Lins Pessoa (SP) Sandra Mara Moreira Amaral (RJ)
DIRETORIA FINANCEIRA: Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Maria de Fátima Bazhuni Pombo March (RJ)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
Sílvio da Rocha Carvalho (RJ)
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education Consortium) Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Ricardo do Rego Barros (RJ)
COORDENAÇÃO DO PRONAP
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Sérgio Augusto Cabral (RJ) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Francisco José Penna (MG) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Membros: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA Fábio Ancona Lopez (SP)
Hans Walter Ferreira Greve (BA) Marun David Cury (SP) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL Joel Alves Lamounier (MG)
Alberto Jorge Félix Costa (MS) Sidnei Ferreira (RJ)
Analíria Moraes Pimentel (PE) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Cláudio Barsanti (SP) Cláudio Leone (SP)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Mário Roberto Hirschheimer (SP) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
COORDENADORES REGIONAIS:
Norte: Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) João Cândido de Souza Borges (CE) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO VIGILASUS Rosana Fiorini Puccini (SP)
Nordeste: Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Sudeste: Luciano Amedée Péret Filho (MG) Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Rosana Alves (ES)
Sul: Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA)
Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN)
Centro-oeste: Regina Maria Santos Marques (GO) Edson Ferreira Liberal (RJ) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: Célia Maria Stolze Silvany (BA) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Assessoria para Assuntos Parlamentares: Kátia Galeão Brandt (PE) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Marun David Cury (SP) Elizete Aparecida Lomazi (SP) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Assessoria de Relações Institucionais: Maria Albertina Santiago Rego (MG) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Isabel Rey Madeira (RJ) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Jocileide Sales Campos (CE) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Assessoria de Políticas Públicas:
Mário Roberto Hirschheimer (SP) COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR Jefferson Pedro Piva (RS)
Rubens Feferbaum (SP) Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Maria Albertina Santiago Rego (MG) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Álvaro Machado Neto (AL) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Adolescentes com Deficiência: Cecim El Achkar (SC) Clóvis Francisco Constantino (SP)
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO Tânia Denise Resener (RS)
Assessoria de Acompanhamento da Licença DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Maternidade e Paternidade: Dirceu Solé (SP) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
João Coriolano Rego Barros (SP) DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Jefferson Pedro Piva (RS)
Alexandre Lopes Miralha (AM) Lícia Maria Oliveira Moreira (BA) Sérgio Luís Amantéa (RS)
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Gil Simões Batista (RJ)
Assessoria para Campanhas: Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS Aurimery Gomes Chermont (PA)
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Luciano Amedée Péret Filho (MG)
GRUPOS DE TRABALHO:
Drogas e Violência na Adolescência: Paulo César Guimarães (RJ) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Evelyn Eisenstein (RJ) Cléa Rodrigues Leone (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Hélcio Maranhão (RN)
Doenças Raras:
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL Edson Ferreira Liberal (RJ)
Atividade Física Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
Coordenadores: Maria Fernanda Branco de Almeida (SP)
Ricardo do Rêgo Barros (RJ) Ruth Guinsburg (SP) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
Luciana Rodrigues Silva (BA) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Membros: Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) Kátia Laureano dos Santos (PB) Herberto José Chong Neto (PR)
Patrícia Guedes de Souza (BA) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Profissionais de Educação Física: Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Cláudio Barsanti (SP)
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Alex Pinheiro Gordia (BA) PEDIÁTRICA (CANP) Gilberto Pascolat (PR)
Isabel Guimarães (BA) Virgínia Resende S. Weffort (MG) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Jorge Mota (Portugal) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Isabel Rey Madeira (RJ)
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) Luciana Rodrigues Silva (BA) Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Colaborador: Coordenadores: Valmin Ramos da Silva (ES)
Dirceu Solé (SP) Nilza Perin (SC) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Metodologia Científica: Normeide Pedreira dos Santos (BA) Tânia Denise Resener (RS)
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) Fábio Pessoa (GO) João Coriolano Rego Barros (SP)
Cláudio Leone (SP) PORTAL SBP Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Pediatria e Humanidade: Flávio Diniz Capanema (MG) Marisa Lopes Miranda (SP)
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA CONSELHO FISCAL
Luciana Rodrigues Silva (BA) José Maria Lopes (RJ) Titulares:
João de Melo Régis Filho (PE) Núbia Mendonça (SE)
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Nélson Grisard (SC)
Transplante em Pediatria: Altacílio Aparecido Nunes (SP)
Themis Reverbel da Silveira (RS) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
João Joaquim Freitas do Amaral (CE) Suplentes:
Irene Kazue Miura (SP)
Carmen Lúcia Bonnet (PR) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Adriana Seber (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA) João de Melo Régis Filho (PE)
Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) Dirceu Solé (SP) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
Fabianne Altruda de M. Costa Carlesse (SP) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Joel Alves Lamounier (MG) Presidente:
Oftalmologia Pediátrica
Coordenador: DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Mario Santoro Júnior (SP)
Fábio Ejzenbaum (SP) Fábio Ancona Lopez (SP) Vice-presidente:
Membros: EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Joel Alves Lamounier (MG) Secretário Geral:
Dirceu Solé (SP) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Jefferson Pedro Piva (RS)

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