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Nº 7, Agosto de 2020

Documento Científico
Departamento Científico de Neonatologia
(2019-2021)

Recomendações para
alta hospitalar do Recém-Nascido
Termo Potencialmente Saudável

Departamento Científico de Neonatologia


Presidente: Maria Albertina Santiago Rego
Secretária: Lilian dos Santos Sadeck
Conselho Científico: Alexandre Lopes Miralha, Danielle Cintra Bezerra Bradão,
João Henrique Carvalho Leme de Almeida, Leila Cesário Pereira,
Lícia Maria Oliveira Moreira, Marynea Silva do Vale,
Salma Saraty Malveira, Silvana Salgado Nader
Colaboradores: Helenilce de Paula Fiod Costa, Remaclo Fischer Júnior

A definição do tempo de permanência hos- de fatores de risco maternos para a sepse neo-
pitalar do recém-nascido (RN) termo potencial- natal precoce em RN assintomáticos; triagem de
mente saudável permanece controversa e muito distúrbios metabólicos na presença de fatores
variável entre os diferentes sistemas de saúde. de risco maternos e ou neonatais; revisão da
Apesar das divergências em relação ao conceito história gestacional e das sorologias para infe-
de alta precoce há evidências da importância do ções congênitas; realização de testes universais
cuidado hospitalar por período suficiente para de triagem neonatal e revisão do exame físico e
que a transição da atenção hospitalar à ambula- clinico evolutivo do RN1-3.
torial assegure um processo fisiológico evolutivo
A American Academy of Pediatrics (AAP), em
para a mãe e para o RN.
decisão conjunta com The American College of
Aspectos fisiológicos fundamentais precisam Obstetricians and Gynecologists (ACOG), definiu
ser assegurados como monitoramento da ama- como alta precoce aquela que ocorre nas primei-
mentação para a prevenção de perda excessiva ras 48 horas após o nascimento4, categorizando
de peso acompanhada de desidratação, hiper- ainda, como muito precoce, a que ocorre nas pri-
bilirrubinemia e desmame precoce; abordagem meiras 24 horas de vida. Esse conceito tem como

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Recomendações para alta hospitalar do Recém-Nascido Termo Potencialmente Saudável

fundamento um período de tempo curto ou in- -EUA, onde os modelos de atenção à saúde pe-
suficiente para que a mãe receba os cuidados rinatal estão regionalizados, foram encontradas
pós-natais adequados e para que os problemas taxas de reinternação inversamente proporcio-
neonatais decorrentes do período de transição nais ao tempo de permanência hospitalar, com
da vida intrauterina à extrauterina possam ser associação maior em RN termo precoce (idade
efetivamente abordados. Na Noruega conside- gestacional de 37 ou 38 semanas), para condi-
ra-se alta precoce aquela que ocorre entre 6 e ções “silenciosas” nos primeiros 1 a 3 dias de
24 horas pós-nascimento e adequada, a que vida. As causas de readmissão permitiram iden-
ocorre a partir de 48 horas, com período médio tificar fatores de risco em RN que podem se
de permanência do binômio após parto vaginal beneficiar de internação hospitalar mais pro-
de fetos únicos, de 2,3 dias2,5. longada ou de acompanhamento ambulatorial
mais precoce, em um ou dois dias após a alta
Na França, nas mesmas condições, a alta pre-
hospitalar11,12.
coce é considerada quando ela ocorre antes de
72 horas de vida, com período médio de per- Os estudos que concluíram que a alta preco-
manência hospitalar de 4,2 dias2,6. Na Espanha ce era segura foram aplicados em circunstâncias
preconiza-se a permanência hospitalar do binô- restritas ou eram muito pequenos para detectar
mio, por pelo menos 48 horas pós parto vaginal efeitos clinicamente significativos como mor-
e, 72 a 96 horas pós parto cesáreo2,7. O National talidade ou readmissões neonatais e maternas.
Institute for Health and Care Excellence (NICE- Havia grande variação na definição de alta pre-
-England) recomenda que a definição da alta do coce, no preparo pré-natal e no suporte pós-al-
cuidado hospitalar seja compartilhada entre os ta voltados aos grupos intervenção e controle.
pais e a equipe assistencial hospitalar integrado As exclusões pós-randomização foram altas e
ao cuidado ambulatorial, considerando além das o não cumprimento do tratamento alocado foi
condições clínicas da mãe e da criança, as con- frequente. Tais limitações resultaram em evi-
dições sócio-ambientais da família, escolaridade dências insuficientes para recomendar ou
materna e o acesso à continuidade do cuidado8. contraindicar a alta precoce. Os entusiastas
A Organização Mundial de Saúde - OMS preco- desta estratégia defendem que ela é segura em
niza que, após o parto vaginal, mãe e RN poten- relação ao cuidado, facilita a integração e o
cialmente saudáveis, devam ter assegurada a vínculo familiar, aumenta a satisfação dos pais,
permanência na maternidade por um período permite que a mãe se recupere no ambiente do-
mínimo de 24 horas e sejam avaliados na aten- méstico com o apoio da família, reduz o risco
ção primária à saúde (APS), em regime de pré- de infecção hospitalar e está associada a menor
-agendamento, no terceiro dia, entre o sétimo custo. No entanto, há preocupação que o tem-
e o décimo quarto dia, e com seis semanas de po para a educação dos pais seja insuficiente
vida. Esta recomendação, contudo, está baseada e que os problemas pós-natais possam não ser
em estudos com baixo nível de evidência cien- identificados em tempo hábil13,14. De uma forma
tífica9. Nos Estados Unidos da América (EUA), geral, existe consenso quanto ao aumento dos
legislada no nível federal a partir do Newborn’ riscos maternos e neonatais, em potencial:
and Mothers Health Protection Act of 1996, a alta • Tempo insuficiente para abordagem de con-
hospitalar está assegurada até 48 horas para o dições fisiológicas maternas relacionadas à
nascimento via parto vaginal sem complicações gestação, parto e puerpério, que podem
e 96 horas para o de parto cesárea1,4. dificultar a interação entre mãe e filho, na
Os diferentes modelos de atenção em saúde implementação de práticas nutricionais e na
dificultam a comparação dos resultados perina- capacidade materna do cuidado neonatal3,4,15;
tais2,3,5,10. Entretanto, em dois estudos, realizados • Tempo insuficiente para apoiar a prática do
na Região de Ontário-Canadá e na Califórnia- aleitamento materno, com foco na fisiologia e

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fases da lactação, e a promoção de saúde do nalmente, e implementados de maneira sin-


RN principalmente em primíparas e adoles- gular, de acordo com a história clínica e evo-
centes4,15; lução perinatal da mãe e do RN, resultados
• Tempo insuficiente para identificação de pro- de testes de triagem universal e, avaliação
blemas neonatais que podem se manifestar de fatores de risco para condições assinto-
após 24 horas de vida, como hiperbilirrubi- máticas17,19, 21;
nemia, lesões cardíacas ducto-dependentes, 02. Monitorar e registrar, de acordo com pro-
obstruções gastrintestinais, megacólon con- tocolos clínicos e legislação, as condições
gênito e erros inatos do metabolismo que da mãe e do RN no parto e nascimento, e
descompensam precocemente3,4,16-19; evolução e definições clínicas no período
• Idade do RN não alcançada, à alta, para realizar pós-parto3,4,9,22;
triagem auditiva com emissões otoacústicas, 03. Garantir a administração da Vitamina K e
recomendada a partir de 48 a 72 horas de vida, prevenção da oftalmia neonatal ao nasci-
na unidade perinatal4,19,20; mento17, e vacina anti-hepatite B e aplicação
• Aumento do número de reinternações por do BCG ID23;
icterícia, desidratação, febre, hipotermia, 04. Avaliar e documentar a presença de diurese
apneia, síndromes respiratórias, e sepse neo- e eliminação de mecônio, paralelamente ao
natal precoce4,17-19. monitoramento clínico durante a permanên-
cia hospitalar e antes da alta3,4,17;
No Brasil, a Portaria Ministerial GM Nº 2068,
de 21 de outubro de 2016, em seu artigo 9º, pa- 05. Assegurar as triagens neonatais universais
rágrafo único, normatiza a permanência mínima durante a permanência hospitalar: teste da
da mãe e do RN em AC, pelo período de 24 horas. oximetria de pulso, teste do reflexo verme-
A partir daí, a alta pode ser considerada, desde lho, triagem auditiva e triagem biológica,
que preenchidos 10 critérios mínimos, relacio- todas regulamentadas em Portarias Ministe-
nados à garantia da assistência à saúde da mãe e riais17;
da criança e da vinculação do cuidado hospitalar
06. Verificar a prática do aleitamento materno,
ao nível ambulatorial16. Aqueles critérios, fun-
por meio da observação das mamadas e apli-
damentais para assegurar o cuidado neonatal,
cação do protocolo de Bristol para avaliar o
excepcionalmente serão preenchidos antes de
frênulo lingual24;
24 horas para a quase totalidade das situações
clínicas em virtude das grandes variações regio- 07. Definir o monitoramento clínico e/ou labo-
nais de acesso qualificado ao pré-natal e modelo ratorial do RN com risco ao nascer para de-
assistencial após a alta. senvolvimento de sepse neonatal precoce,
de acordo com as diretrizes para a prevenção
Fundamentado em evidências científicas da doença perinatal pelo Estreptococo do
disponíveis e no modelo de atenção perina- Grupo B. RN termo assintomáticos, com fa-
tal implementado no Brasil, o Departamento tores de risco maternos para sepse precoce
Científico de Neonatologia da SBP, recomen- precisam ser observados ou serem subme-
da assegurar práticas clínicas pré-alta e a con- tidos a exames laboratoriais, de triagem ou
tinuidade do cuidado hospitalar à atenção diagnósticos, antes da alta hospitalar, na
ambulatorial, como critérios de ALTA HOSPITA- vigência das seguintes situações: RN de
LAR DE RECÉM-NASCIDOS TERMO, POTENCIAL- mãe colonizada pelo estreptococo B he-
MENTE SAUDÁVEIS: molítico do grupo B no pré-natal ou com
01. Garantir práticas de cuidado perinatal hospi- resultado desconhecido; quadro clinico
talar efetivas, fundamentadas em protocolos materno de corioamnionite, Infecção do
clínicos consensuadas e adequados regio- Trato Urinário na gestação, bolsa rota maior

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que 18 horas antes do parto e ou sinais e sin- 5 anos de vida ou desencadeando agravos
tomas isolados como febre materna. Quais- crónicos futuros na vida adulta15, 27;
quer dessas situações demandam cuidados 10. Documentar os sinais vitais da criança nos
além dos recomendados para RN termo intervalos das mamadas, com variações den-
saudáveis25; tro da normalidade e estáveis durante as
08. Verificar o cartão de vacinas da mãe e os 12 horas que antecedem a alta. Esses
resultados de exames sorológicos para incluem temperatura axilar de 36,5°C a
infecções crônicas perinatais, do grupo 37,4°C, medida corretamente e com roupas
TORSCH, lembrando que a maior parte dos apropriadas; frequência respiratória abai-
RN doentes se apresenta assintomáticos ao xo de 60 incursões respiratórias por minuto
nascimento. A sífilis, pela sua prevalência, e ausência de sinal de esforço respiratório;
precisa ser excluída antes da alta hospitalar, e frequência cardíaca de 100 a 160 bati-
a partir dos exames sorológicos da gestan- mentos por minuto (bpm) com o RN acorda-
te. A inclusão da IgM para toxoplasmose no do. Frequências cardíacas mais baixas são
teste do pezinho não dispensa a sorologia aceitáveis se o neonato estiver dormindo,
durante a gestação, abordagem necessá- sem sinais de comprometimento circulató-
ria para reduzir as formas mais graves da rio e respondendo ativamente a estímulos,
infecção congênita26; com pulsos centrais palpáveis e simétricos
e perfusão vascular periférica adequada.
09. Observar a coordenação da sucção, deglu-
Frequências cardíacas sustentadas próximas
tição e respiração enquanto o RN é ama-
ao limite superior ou inferior exigem avalia-
mentado, pelo menos por duas vezes, com
ção acurada e precisa3,9,19;
sucesso. É importante verificar a “sacieda-
de” do RN, pela presença de estado de alerta 11. Avaliar a adequação nutricional ao nasci-
calmo e/ou sono após a mamada, sem sinais mento e durante a evolução nos primeiros
de exaustão ou esforço. O relato materno de dias de vida: peso ao nascer, comprimento
dor ou fissura na mama aponta para técni- e perímetro craniano precisam ser acurados
ca incorreta e demanda correção envolven- para possibilitar o monitoramento do cresci-
do principalmente posição da mãe e do RN. mento. O RN perde peso nos primeiros dias
A presença de fissura mamilar acarreta pos- de vida, como parte do processo fisiológi-
tergar alta para prevenir desmame precoce. co pós-nascimento, e sua avaliação precisa
A Nota Técnica N° 25/2018, MS/SAS-DAPES/ ser abrangente, para prevenção do desmame
Coordenação da Saúde da Criança e Alei- precoce. Pode-se utilizar nomogramas dispo-
tamento Materno, preconiza a adoção do níveis (https://www.newbornweight.org)28,29;
Protocolo de Bristol e utilização do formu- 12. Identificar os riscos e monitorar condições
lário de recomendação da UNICEF (anexo à clínicas que demandam abordagem hospita-
NT), para avaliar a adequação e prática do lar da hiperbilirrubinemia, de acordo com a
aleitamento materno. A orientação e o apoio história perinatal (história clínica e familiar),
à amamentação, iniciando nas consultas de exames laboratoriais (tipagem sanguínea,
pré-natal, e posteriormente, implementan- teste de Coombs, dosagem de bilirrubinas),
do o contato pele a pele mãe-RN imediata- gráficos de indicação de fototerapia e ex-
mente ao nascimento e a amamentação na cepcionalmente exsanguineotransfusão, e
primeira hora de vida são ações fundamen- o nomograma de Buthani para predição da
tais, de responsabilidade do pediatra e evolução da icterícia na pré-alta. No plano
equipe assistencial, para prevenir desmame de alta, é preciso especificar os sinais de
precoce, hiperbilirrubinemia, desnutrição e alerta a serem monitorados na assistência
infeções, resultando em um número exces- ambulatorial. Hiperbilirrubinemia precisa
sivo de mortes de crianças nos primeiros ser acompanhada pelo pediatra até seu de-

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saparecimento. Níveis altos e prolongados retardar a alta quando esses fatores estive-
de bilirrubina levam ao quadro grave de en- rem presentes, com apoio do serviço social e
cefalopatia bilirrubínica ou kernicterus, po- psicologia, até definir estratégias de integra-
dendo evoluir para morte ou sequelas neuro- ção com APS e serviços de apoio comunitário
lógicas graves. Na icterícia prolongada, após comunidade19;
a primeira semana de vida, é obrigatória a 18. Orientar a prevenção de onfalite nos cuida-
exclusão de hiperbilirrubinemia direta, as- dos com o cordão umbilical, de outras infe-
segurando o diagnostico precoce em casos ções no cuidado com a pele e região genital
de atresia biliar., O atraso no diagnóstico da na troca das fraldas9;
atresia biliar podem resultar em óbito16. An-
19. Orientar a mãe, pais e família sobre a im-
tes da alta, orientar os pais para a verificação
portância da continuidade da imunização na
da cor das fezes, nas primeiras semanas de
prevenção de infecções como uma das estra-
vida, de acordo com a Caderneta da Criança.
tégias da puericultura23;
Nos casos suspeitos, os pais devem levar a
criança imediatamente ao pediatra; 20. Orientar o posicionamento supino para dor-
mir “barriga para cima”, mantendo o RN em
13. Garantir a coleta de sangue capilar em papel
um ambiente livre de fumo, na prevenção de
filtro para a realização do teste de triagem
síndrome de morte súbita. O RN deve dormir
neonatal biológica (teste do pezinho) entre
próximo dos pais, mas não compartilhando a
48 horas a cinco dias de vida - após, no mí-
mesma cama17,19;
nimo, duas alimentações plenas, em nível
hospitalar ou ambulatorial17; 21. Orientar aspectos de segurança infantil,
Nota: Durante o período da pandemia por como o uso de assento apropriado para o
COVID-19, a recomendação é que a coleta carro, que atenda ao padrão federal de se-
seja realizada ainda na maternidade antes da gurança de veículo motorizado e que deverá
alta hospitalar e a partir de 48 horas de vida, estar disponível na saída do hospital17;
de acordo com a Nota Informativa Nº 4/2020-
CGSH/DAET/SAES/MS; 22. Devem ser feitos todos os esforços para
que a mãe e o filho tenham alta simultanea-
14. Construir o plano de cuidados à alta a partir
mente3,4,15,19;
da avaliação abrangente das condições de
vulnerabilidade biopsicossocial da criança, 23. Agendar consulta ambulatorial com pedia-
mãe e família19; tra em 48 a 72 horas, após a alta, para rea-
valiação das condições clínicas e de saúde
15. Garantir o princípio da continuidade e abran-
do RN e da mãe, e dar continuidade ao plano
gência do cuidado neonatal centrado na
de cuidados na consulta do 5° dia. A equipe
família com apoio da comunidade, no mo-
assistencial da maternidade deve participar
delo em rede, coordenado pela APS, regu-
da transição do cuidado, durante o período
lamentado na Portaria Ministerial N° 4.279,
neonatal, no modelo de atenção em rede21.
30/dezembro/201021;
16. Registrar a informação perinatal, nos mó- O Departamento de Neonatologia da SBP
dulos correspondentes, na Caderneta da chama a atenção ainda para o grupo de RN pré-
Criança-MS-Brasil; -termos tardios, com idade gestacional de 34 a
17. Avaliar a família, o ambiente e os fatores de 36 semanas, que podem apresentar peso ao nas-
risco social, como abuso de drogas ilícitas, cer maior que 2500 gramas, recebem cuidados em
alcoolismo, fumo, antecedentes de negligên- alojamento conjunto com suas mães, no modelo
cia com irmãos, violência doméstica e doen- de RN termo, mas se apresentam imaturos em
ça mental, doenças transmissíveis, suporte vários aspectos fisiológicos, metabólicos e nutri-
social e econômico insuficiente, ausência cionais, e portanto, não podem ser conduzidos
de residência fixa. Como para outros riscos, como RN termo. Essas crianças apresentam risco

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Recomendações para alta hospitalar do Recém-Nascido Termo Potencialmente Saudável

maior para desenvolverem, hipotermia, imaturi- dos. É preciso assegurar que os hospitais-mater-
dade do drive respiratório, incoordenação sucção- nidades desenvolvam práticas clinicas efetivas e
-deglutição-respiração, com consequentes episó- que as mães e RN permaneçam o tempo suficien-
dios de apneia, aspiração e infecções.30 te para se beneficiar delas. E que o componente
da atenção perinatal hospitalar e ambulatorial,
esteja integrados no modelo de atenção à saúde
Durante a PANDEMIA COVID-19
perinatal, em rede.
Não existem evidências que justifiquem alte-
O melhor momento da alta hospitalar da mãe
rar os protocolos clínicos de alta hospitalar do RN
e do RN deve ser uma decisão construída ao lon-
termo potencialmente saudável durante a pan-
go do período de permanência hospitalar, pelo
demia por SARS-CoV-2. Protocolos clínicos para
médico pediatra, obstetra e equipe multiprofis-
abordagem de RN de mães saudáveis e das que
sional e interdisciplinar, compartilhado com a
apresentam a doença, enquanto hospitalizados,
mãe, o pai e a família, já iniciada anteriormen-
foram desenvolvidos pelos Departamentos Cien-
te no pré-natal, quando o pediatra tem oportu-
tíficos de Neonatologia, Aleitamento Materno e
nidade de avaliar riscos. Os critérios para a alta
Programa de Reanimação Neonatal, disponíveis
incluem estabilidade fisiológica do RN e de sua
no site da SBP. Os cuidados neonatais foram man-
mãe, prontidão e aptidão familiar para continuar
tidos com readequação de fluxos assistenciais
os cuidados ao RN, agora em família, disponibili-
com foco nas medidas de proteção para mãe e
dade de redes de apoio social e acesso aos siste-
RN saudáveis, e medidas de isolamento para mãe
mas e recursos de saúde, após a alta.
doente.
As decisões sobre o planejamento da alta
hospitalar neonatal devem ser tomadas levando-
-se em conta os fatores enumerados ao longo do
Conclusões texto.

O tempo de permanência após o parto e nas- O Departamento de Neonatologia da Socie-


cimento é muito variável entre os países. Uma dade Brasileira de Pediatria alerta para os riscos
grande proporção de mulheres e RN permanece da permanência hospitalar mãe-filho inferior a
no hospital por período de tempo muito curto, 48 horas após o nascimento, assegurando o cum-
insuficiente para os cuidados pós-natais adequa- primento dos critérios mínimos aqui elencados.

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Diretoria
Triênio 2019/2021

PRESIDENTE: MEMBROS: Dirceu Solé (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)


Luciana Rodrigues Silva (BA) Henrique Mochida Takase (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Dirceu Solé (SP)
1º VICE-PRESIDENTE: João Carlos Batista Santana (RS) EDITORES ASSOCIADOS: Evelyn Eisenstein (RJ)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Luciana Cordeiro Souza (PE) Danilo Blank (RS) Daniel Becker (RJ)
2º VICE-PRESIDENTE: Luciano Amedée Péret Filho (MG) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
Edson Ferreira Liberal (RJ) Mara Morelo Rocha Felix (RJ) Renata Dejtiar Waksman (SP) OFTALMOLOGIA PEDIÁTRICA:
Marilucia Rocha de Almeida Picanço (DF) COORDENAÇÃO:
SECRETÁRIO GERAL: Vera Hermina Kalika Koch (SP) COORDENAÇÃO DO PRONAP
Sidnei Ferreira (RJ) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP) Fábio Ejzenbaum (SP)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Tulio Konstantyner (SP) MEMBROS:
1º SECRETÁRIO: Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Cláudia Bezerra de Almeida (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Sergio Augusto Cabral (RJ) Dirceu Solé (SP)
2º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Luciana Rodrigues Silva (BA) Galton Carvalho Vasconcelos (MG)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Ricardo do Rego Barros (RJ) Julia Dutra Rossetto (RJ)
Fábio Ancona Lopez (SP)
3º SECRETÁRIO: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL Luisa Moreira Hopker (PR)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
COORDENAÇÃO: Joel Alves Lamounier (MG) Rosa Maria Graziano (SP)
DIRETORIA FINANCEIRA: Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) Celia Regina Nakanami (SP)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
MEMBROS: Cláudio Leone (SP) SAÚDE MENTAL
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Gilberto Pascolat (PR) COORDENAÇÃO:
Cláudio Hoineff (RJ) Paulo Tadeu Falanghe (SP) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Roberto Santoro P. de Carvalho Almeida (RJ)
Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO:
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Rosana Fiorini Puccini (SP) MEMBROS:
Hans Walter Ferreira Greve (BA) João Cândido de Souza Borges (CE) Daniele Wanderley (BA)
Anenisia Coelho de Andrade (PI) MEMBROS: Vera Lucia Afonso Ferrari (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Rosana Alves (ES)
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Isabel Rey Madeira (RJ) Rossano Cabral Lima (RJ)
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA) Gabriela Judith Crenzel (RJ)
COORDENADORES REGIONAIS Jocileide Sales Campos (CE) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP) Cecy Dunshee de Abranches (RJ)
NORTE: Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Silvia Wanick Sarinho (PE) Adriana Rocha Brito (RJ)
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Gloria Tereza Lima Barreto Lopes (SE) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS
Adelma Alves de Figueiredo (RR) MUSEU DA PEDIATRIA
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) EM PEDIATRIA COORDENAÇÃO:
NORDESTE: DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO: Edson Ferreira Liberal (RJ)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) MEMBROS:
Dirceu Solé (SP) MEMBROS: Mario Santoro Junior (SP)
SUDESTE: DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) José Hugo de Lins Pessoa (SP)
Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) CIENTÍFICOS Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Isabel Rey Madeira (RJ) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) REDE DA PEDIATRIA
Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho (PE) COORDENAÇÃO:
SUL: DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) COORDENAÇÃO: Rubem Couto (MT)
Helena Maria Correa de Souza Vieira (SC) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Tânia Denise Resener (RS)
Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) MEMBROS:
CENTRO-OESTE: MEMBROS:
Regina Maria Santos Marques (GO) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA:
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Jefferson Pedro Piva (RS) Ana Isabel Coelho Montero
Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Paulo César Guimarães (RJ) Sérgio Luís Amantéa (RS) SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA:
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Cléa Rodrigues Leone (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
TITULARES: Ana Carolina de Carvalho Ruela Pires
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO Aurimery Gomes Chermont (PA)
Gilberto Pascolat (PR) NEONATAL Luciano Amedée Péret Filho (MG) SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA:
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Elena Marta Amaral dos Santos
Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Ruth Guinsburg (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA) SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA:
Isabel Rey Madeira (RJ) Rosenilda Rosete de Barros
Valmin Ramos da Silva (ES) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Hélcio Maranhão (RN)
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA:
SUPLENTES: Kátia Laureano dos Santos (PB) Dolores Fernandez Fernandez
Paulo Tadeu Falanghe (SP) Adelma Figueiredo (RR)
COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA André Luis Santos Carmo (PR) SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA:
Tânia Denise Resener (RS) Anamaria Cavalcante e Silva
João Coriolano Rego Barros (SP) Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Marynea Silva do Vale (MA)
Marisa Lopes Miranda (SP) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO Fernanda Wagner Fredo dos Santos (PR) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL:
Joaquim João Caetano Menezes (SP) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) GRUPOS DE TRABALHO Dennis Alexander Rabelo Burns
CONSELHO FISCAL Virgínia Weffort (MG) DROGAS E VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA:
TITULARES: PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS COORDENAÇÃO: Roberta Paranhos Fragoso
Núbia Mendonça (SE) Nilza Maria Medeiros Perin (SC) João Paulo Becker Lotufo (SP) SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA:
Nelson Grisard (SC) Normeide Pedreira dos Santos (BA) MEMBROS: Marise Helena Cardoso Tófoli
Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF) Marcia de Freitas (SP) Evelyn Eisenstein (RJ) SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
SUPLENTES: PORTAL SBP Alberto Araujo (RJ) DO MARANHÃO: Marynea Silva do Vale
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Luciana Rodrigues Silva (BA) Sidnei Ferreira (RJ) SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA:
João de Melo Régis Filho (PE) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA Adelma Alves de Figueiredo (RR) Marisa Lages Ribeiro
Darci Vieira da Silva Bonetto (PR) À DISTÂNCIA Nivaldo Sereno de Noronha Júnior (RN) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS Luciana Rodrigues Silva (BA) Suzana Maria Ramos Costa (PE) DO SUL: Carmen Lucia de Almeida Santos
PÚBLICAS: Edson Ferreira Liberal (RJ) Iolanda Novadski (PR)
Beatriz Bagatin Bermudez (PR) SOCIEDADE MATOGROSEENSE DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO: Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Mohamed Kassen Omais
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) Darci Vieira Silva Bonetto (PR)
Carlos Eduardo Reis da Silva (MG) SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA:
MEMBROS: DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Luciana Rodrigues Silva (BA) Paulo César Pinho Ribeiro (MG)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Milane Cristina De Araújo Miranda (MA) SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA:
Maria Albertina Santiago Rego (MG) Dirceu Solé (SP)
Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Ana Marcia Guimarães Alves (GO) Leonardo Cabral Cavalcante
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Camila dos Santos Salomão (AP)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Joel Alves Lamounier (MG) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO:
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES DOENÇAS RARAS Katia Galeão Brandt
Evelyn Eisenstein (RJ) Fábio Ancona Lopez (SP) COORDENAÇÃO: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ:
Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Salmo Raskin (PR) Anenisia Coelho de Andrade
EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA
João Coriolano Rego Barros (SP) Joel Alves Lamounier (MG) MEMBROS: SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA:
Alexandre Lopes Miralha (AM) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Kerstin Taniguchi Abagge
Virgínia Weffort (MG) Paulo Cesar Pinho Ribeiro (MG) Ana Maria Martins (SP)
Claudio Cordovil (RJ) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO
Themis Reverbel da Silveira (RS) Flávio Diniz Capanema (MG) DO RIO DE JANEIRO: Katia Telles Nogueira
DIRETORIA E COORDENAÇÕES Lavinia Schuler Faccini (RS)
EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO COORDENAÇÃO: ATIVIDADE FÍSICA
COORDENAÇÃO: DO NORTE: Katia Correia Lima
PROFISSIONAL Renato Procianoy (RS) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA:
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
MEMBROS: Luciana Rodrigues Silva (BA) José Roberto Vasques de Miranda
Edson Ferreira Liberal (RJ) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA)
MEMBROS: SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSONAL Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Adelma Alves de Figueiredo
José Hugo de Lins Pessoa (SP) João Guilherme Bezerra Alves (PE) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) Patrícia Guedes de Souza (BA) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL:
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) Sérgio Luis Amantea
Mauro Batista de Morais (SP) Magda Lahorgue Nunes (RS)
Giselia Alves Pontes da Silva (PE) Alex Pinheiro Gordia (BA) SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA:
Kerstin Tanigushi Abagge (PR) Isabel Guimarães (BA)
Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) Dirceu Solé (SP) Rosamaria Medeiros e Silva
Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) Jorge Mota (Portugal)
COORDENAÇÃO DO CEXTEP Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA:
(COMISSÃO EXECUTIVA DO TÍTULO DE EDITORES REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Dirceu Solé (SP) Ana Jovina Barreto Bispo
ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) EDITORES CIENTÍFICOS: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO:
Clémax Couto Sant’Anna (RJ) METODOLOGIA CIENTÍFICA
COORDENAÇÃO: COORDENAÇÃO: Sulim Abramovici
Hélcio Villaça Simões (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA:
Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
MEMBROS: EDITORA ADJUNTA: Elaine Carneiro Lobo
Márcia Garcia Alves Galvão (RJ) MEMBROS:
Ricardo do Rego Barros (RJ) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO
Clovis Francisco Constantino (SP) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Cláudio Leone (SP) COORDENAÇÃO:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Sidnei Ferreira (RJ) Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) Isabel Rey Madeira (RJ) PEDIATRIA E HUMANIDADE
COORDENAÇÃO: Cláudio Barsanti (SP)
Flavia Nardes dos Santos (RJ) Sandra Mara Moreira Amaral (RJ) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) Maria de Fátima Bazhuni Pombo March (RJ) Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Sergio Antônio Bastos Sarrubo (SP)
Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ) Rafaela Baroni Aurílio (RJ) Clóvis Francisco Constantino (SP)
João de Melo Régis Filho (PE) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Silvio Rocha Carvalho (RJ) Leonardo Rodrigues Campos (RJ) PRESIDENTE:
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Dilza Teresinha Ambros Ribeiro (AC)
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Mario Santoro Júnior (SP)
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Marcia C. Bellotti de Oliveira (RJ) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA) VICE-PRESIDENTE:
PEDIATRIA AVALIAÇÃO SERIADA Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
COORDENAÇÃO: CONSULTORIA EDITORIAL: CRIANÇA, ADOLESCENTE E NATUREZA
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) COORDENAÇÃO: SECRETÁRIO GERAL:
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) Fábio Ancona Lopez (SP) Laís Fleury (RJ) Jefferson Pedro Piva (RS)

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