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São Paulo
2022
JOSIANE KEYLA YAMADA
São Paulo
2022
JOSIANE KEYLA YAMADA
BANCA EXAMINADORA
A Deus, fonte de toda sabedoria, pela força e pela coragem que me concedeu, permanecendo
ao meu lado em todo o percurso desta caminhada.
A minha orientadora Profª. Dra. Maria Eloisa Fama D’Antino, que tanto me auxiliou nessa
jornada, com seus ensinamentos e dedicação.
A Profª. Ana Osório e a Profª. Fernanda Orsati pelo muito que me ensinaram com as sugestões
apresentadas no momento do exame de qualificação e na defesa.
.
As crianças especiais, assim como as aves,
In the current context, the prevalence of people with Autism Spectrum Disorder has been
increasing noticeably. Consequently, the number of children with autism in treatment centers,
schools and social life has increased significantly, but also disproportionately to the training of
health professionals to serve this population. The International Classification of Functioning,
Disability and Health is a tool that can help identify the limitations, functions and potential of
these children and allow therapists to create more effective teaching plans for them. The
Functionality Assessment Instrument for children with ASD aims to assess the following areas:
Sensory perceptions, concentration, application of knowledge (pedagogical requirements),
communication, behavior/socialization and daily tasks and demands, and can be an important
resource to help therapists. The objective of the present study was to evaluate the functional
abilities, through the application of the IAF in children with ASD, aged 6 to 8 years and to
compare data from therapists and family members. The research was carried out with 21 family
members / caregivers of patients aged 6 to 8 years old, with a diagnosis of ASD, who undergo
treatment at the Instituto Prado Reabilitação Integrada and 8 ABA psychologists who assist the
respective children. The results showed that when comparing the perceptions of parents and
professionals regarding the items described in the IAF scale, no significant differences were
found for any item in the questionnaire. When comparing the multinomial logistic regression
model, there was a significant difference in the answers to the items between children from
public and private schools, between children of different ages, and also between the skills
assessed. Public school children had more “No” than “Yes” answers compared to private school
children, and 8-year-olds had more “Yes” than “No” answers, as well as more “Sometimes”
answers. than “No", when compared to 6-year-old children. Regarding the areas assessed,
concentration skills, sensory perceptions, and daily tasks and demands had more “Yes” and
“Sometimes” answers than “No”, and concentration skills and daily tasks and demands had
more “Yes” than “No” answers, when compared to the application of knowledge. We can see
that the greatest difficulties encountered refer to tasks such as: reading, writing, performing
calculations, drawings. In view of what has been exposed, there is a need to expand this study
to the school environment, with the teachers' responses, for a better view of the students'
abilities and difficulties, in order to assist in the elaboration of drawings. the School Teaching
Plan.
1 INTRODUÇÃO…………….....……………………………………….…………….14
2 REFERENCIAL TEÓRICO……………………………….….....…………………19
.
2.1 DEFINIÇÃO E QUADRO CLÍNICO DO TEA……………………………….....…..19
3 OBJETIVOS................................................................................................................33
3.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................................33
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................33
4 MÉTODO.....................................................................................................................34
4.2 PARTICIPANTES……………………………………………………………………34
4.3 LOCAL……………………………………………………………………………….34
4.5 PROCEDIMENTOS………………………………………………………………….35
5 RESULTADOS……………………………….……….…………...…..................….38
6 DISCUSSÃO……………….....……………….....................................................…..54
7 CONCLUSÃO.............................................................................................................57
REFERÊNCIAS…………………………………………………………………......58
ANEXO A…………………………….…………………………………………….61
ANEXO B…………………….…………………….………………………………64
ANEXO C..................................................................................................................66
14
INTRODUÇÃO
Com os avanços concernentes ao melhor entendimento das facetas que compõem o TEA
e seu grau de complexidade, uma avaliação robusta da funcionalidade dos indivíduos torna-se
indispensável para uma intervenção efetiva. Se ter um recurso que traz uma linguagem comum
a todos os profissionais envolvidos com o paciente, facilita uma avaliação mais eficaz do
mesmo como um todo. É a tentativa de pensar o paciente como um todo e principalmente,
visando a saúde e qualidade de vida. Não mais apenas na doença de um indivíduo fragmentado.
No mundo todo, a CIF vem sendo cada vez mais utilizada e protocolos e instrumentos de
avaliação de funcionalidade têm sido elaborados ou adaptados, abarcando as dimensões de
corpo, atividade e participação e fatores contextuais e ambientais. Na literatura brasileira ainda
são escassos os estudos que utilizaram instrumentos que avaliem aspectos da funcionalidade
das crianças com TEA.
Nesse sentido, justifica-se o foco deste trabalho, que buscou realizar um perfil das
habilidades que se refere à atividade e à participação, proposta pela CIF, pela via de um
protocolo elaborado e sistematizado para esse fim, que é o Instrumento de Avaliação de
Funcionalidade de crianças com Transtorno do Espectro Autista (IAF). Esse instrumento pode
ser utilizado com um recurso para que terapeutas possam elaborar um Plano de Ensino mais
assertivo para as suas crianças com TEA, já que abarca áreas relacionadas as Percepções
18
1. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Definição e quadro clínico do TEA
O TEA se caracteriza pelo desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social
e na comunicação e pela presença de um repertório comportamental marcadamente restrito de
atividades e interesses. Os comprometimentos nessas áreas estão presentes antes dos 3 anos de
idade e podem acarretar dificuldades no funcionamento pessoal, social acadêmico e profissional
(APA, 2014).
Segundo o DSM-5, os critérios diagnósticos do TEA, abarcam: (1) Déficits na
comunicação e interação social e (2) Presença de padrões restritos e repetitivos. Esses critérios
podem ser melhor elucidados na tabela abaixo.
Conforme dados do CDC (Centers for Disease Control and Prevention — o Centro para
o Controle e a Prevenção de Doenças do governo dos EUA, 2022), a presença ou a ausência de
alguns comportamentos podem estar relacionados ao TEA, como: evitar ou não manter contato
visual; não responder quando chamado pelo nome; não apontar para mostrar algo de seu
20
interesse; não mostrar expressões faciais como alegria, tristeza, raiva e surpresa e/ou não
perceber os sentimentos dos outros; não jogar jogos interativos simples, e/ou jogos simbólicos;
não compartilhar interesses com outras pessoas; alinhar brinquedos e /ou brincar da mesma
maneira sempre; repetir palavras ou frases; focar em partes dos objetos; apresentar estereotipias
e sensibilidade a luz, sons, cheiros e texturas.
Ainda segundo o CDC, a maioria das pessoas com TEA tem outras características
relacionadas, como: Habilidades linguísticas, de movimentos e/ou cognitivas atrasadas;
comportamento hiperativo, impulsivo e/ou desatento; epilepsia ou transtorno convulsivo;
hábitos incomuns de comer e dormir; problemas gastrointestinais; humor incomum ou reações
emocionais; ansiedade, estresse ou preocupação excessiva; falta de medo ou mais medo do que
o esperado.
De acordo com o DSM-5 (APA, 2014), deixam de existir as categorias das edições
anteriores e, assim, qualquer pessoa que tenha recebido anteriormente o diagnóstico de
Transtorno Autístico, Síndrome de Asperger ou Transtorno Global do Desenvolvimento sem
Outra Especificação deve ser, agora, considerada com o diagnóstico de TEA. Excluem-se dos
TEA outras síndromes e transtornos, como a Síndrome de Rett.
Os dados publicados pelo CDC, referente ao estudo epidemiológico de 2018, aponta que
a prevalência de TEA em 11 locais dos EUA é de 1 para 44 crianças de 8 anos. Além disso,
enquanto a prevalência geral de TEA foi semelhante por raça e etnia, em certos locais as
crianças hispânicas eram menos propensas a serem identificadas como tendo TEA do que as
crianças brancas ou negras (MAENNER, 2021). O único estudo para população brasileira foi
realizado na cidade de Atibaia (SP) e foi estimado a prevalência de 1:300 da população infantil
(PAULA, et al, 2011). Ainda assim, esses valores podem estar muito abaixo da realidade,
necessitando de maiores estudos.
Segundo dados dos EUA, combinados de todos os sites pela Rede de Monitoramento de
Deficiências de Autismo e Desenvolvimento (ADDM), de 2000 a 2018 houve um aumento
considerável na prevalência de autismo, conforme a figura abaixo.
(MCLEOD, THREATS, 2008, apud ROSA, 2018). Na Reunião Anual da Rede da Família de
Classificações Internacionais da OMS, realizada em Toronto, em outubro de 2010, foi aprovada
a fusão entre a CIF e a CIF - CJ. No início de 2015 a CIF foi atualizada e reeditada e os itens
adicionais existentes na CIF-CJ passaram a fazer parte da CIF (CBCD, 2015, apud ROSA,
2018).
A CIF pode auxiliar identificando se o problema em questão está no ambiente que
produz uma barreira, na ausência de um facilitador, na limitação do próprio indivíduo ou numa
combinação de fatores. Com essas respostas, será possível orientar adequadamente as
intervenções (OMS, 2004).
dados referentes a inclusão, o perfil clínico e a funcionalidade de 102 alunos com TEA,
matriculados no município citado, em outubro de 2017. Além disso, pretendeu-se analisar o
perfil profissional de 23 professoras que atuavam nas salas de atendimento educacional
especializado. O principal instrumento utilizado foi o PAEDI, já citado acima. Outro
instrumento aplicado foi o Inventário de Comportamento da Criança Autista (Autism Behavior
Checklist ABC), com intuito de avaliar os riscos para o diagnóstico de TEA. Os resultados
apontaram para: os 102 alunos com TEA estão na Educação Infantil, Ensino Fundamental e na
escola especializada do município. A maioria é do sexo masculino, com idade média de 7 anos;
as piores pontuações ocorreram na educação Infantil; a média de idade do diagnóstico se deu
entre 3 e 4 anos. Como conclusão, podemos destacar que o modelo biopsicossocial da CIF pode
fornecer ao professor recursos para as intervenções, já que tem como foco a funcionalidade do
indivíduo, visando as possibilidades funcionais de participação e interação com o ambiente,
tendo um olhar nas potencialidades de cada criança.
Já a dissertação de mestrado da Silva J. (2020) teve como objetivo adaptar o PAEDI
para alunos com TEA e verificar evidência de validação do instrumento adaptado. Com a
adaptação do PAEDI foi elaborado o Instrumento de Avaliação de funcionalidade de alunos
com Transtorno do Espectro Autista (IAF – TEA). Este protocolo foi elaborado por Miccas e
D´Antino em 2011 e leva em consideração as seguintes áreas: percepções sensoriais, aplicação
do conhecimento, comunicação, concentração, comportamento e socialização, coordenação
motora, tarefas e demandas do cotidiano. As análises para a validação do Instrumento foram
feitas pelos cálculos do Coeficiente de Validação de Conteúdo (CVC), do Teste de Kruskal-
Wallis e Coeficiente de Correlação de Spearman e estes demonstraram resultados satisfatórios
quanto a avaliação de conteúdo.
A importância de se pensar na funcionalidade se dá pelo fato de poder ser utilizada nos
níveis primário, especializado e hospitalar dos serviços de saúde. Portanto, sua importância
pode ser vista:
“no micronível de atenção à saúde, os usuários podem se
beneficiar do fornecimento de apoio e orientação adequados à
reabilitação. Intervenções terapêuticas individualizadas
aplicáveis à realidade, independentemente do nível de atenção à
saúde (primário, secundário e terciário) e da fase do tratamento
(aguda, pós-aguda e crônica); no nível médio, pode ser usado
para descrever a análise da situação de um paciente para os
médicos multiprofissionais. No nível macro, as políticas de saúde
podem utilizar as informações sobre a funcionalidade para
monitorar os cuidados de saúde oferecidos, principalmente nos
serviços de reabilitação” (Dantas et al 2020).
30
2. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Avaliar as habilidades funcionais, por meio da aplicação do IAF em crianças com
TEA, de 6 a 8 anos e comparar os dados de terapeutas e familiares.
4. MÉTODO
4.1 Considerações éticas
O presente estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com
Humanos, da Universidade Presbiteriana Mackenzie sob o número do protocolo
58486222.8.0000.0084.
4.2 Participantes
Este estudo foi desenvolvido com uma amostra de conveniência proposital,
composta por famílias que possuíam filhos com TEA, que são atendidos no setor de
Psicologia ABA (Análise do Comportamento Aplicada) do Instituto Prado Reabilitação
Integrada e que tinham entre 6 a 8 anos.
A pesquisa foi realizada com 21 familiares (mãe ou avó) e 8 terapeutas, sendo que
cada supervisor psicólogo respondeu mais de uma vez o protocolo para crianças diferentes.
Critérios de inclusão
Pacientes com diagnósticos de TEA (CID 10 F.84), com laudo médico diagnosticado
por Psiquiatra ou Neurologista.
Pacientes com idade entre 6 a 8 anos,
Critérios de exclusão
4.3 Local
A pesquisa foi realizada no Instituto Prado Reabilitação Integrada, um local de
tratamento para pacientes com TEA e comorbidades.
Neste Instituto, a princípio, é realizada uma avaliação de triagem, que consta de
anamnese com os pais e 1 sessão avaliativa da criança, a fim de verificar as respostas iniciais
da mesma e os comportamentos problemas. Após esse rastreio, a criança é encaminhada ou
para abordagem da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) ou para psicoterapia
infantil.
A psicoterapia infantil é uma vertente psicológica, que auxilia a criança a conhecer
seu mundo interno, de modo a se fortalecer no enfrentamento de situações externas.
Trata-se de uma técnica psicológica que além da remissão de sintomas e comportamentos
35
4.5 Procedimentos
O instrumento foi aplicado em:
13 crianças com 6 anos de idade
4 crianças com 7 anos de idade
4 crianças com 8 anos de idade
do instrumento e as dúvidas que por ventura viessem a surgir. Também foi ressaltado que a
não participação nessa pesquisa, não influenciaria no tratamento de reabilitação da mesma.
No Instituto Prado, local que foi feito a coleta dos dados, cada paciente que está
enquadrado no tratamento ABA tem como parte da equipe um supervisor psicólogo,
especialista em Análise do Comportamento e que realiza a avaliação e o Plano de Ensino
Individualizado para sua criança. Todo supervisor atende semanalmente a criança e
supervisiona os acompanhantes terapêuticos que vão em ambiente clínico e/ou escolar.
O presente instrumento foi respondido pelo supervisor de cada criança selecionada
para o estudo, com os dados que já se tinha conhecimento a priori, devido ao tempo de
intervenção ABA que já realiza, por exemplo, crianças não verbais que o aplicador já saiba
que não tinha a habilidade de leitura. Antes da aplicação, foi feita uma explicação do projeto
da pesquisa e de como aplicar o IAF.
Cada familiar e cada supervisor, respondeu o instrumento posteriormente a
explanação, já que é autoaplicável. Todos os supervisores realizaram no próprio Instituto,
em horário fora de atendimento. Em relação aos familiares, alguns responderam enquanto
estavam à espera do término da terapia de sua criança e outros levaram para casa para
entregar em outro momento. Em média, tanto supervisores quanto familiares levaram 40 a
50 minutos para responder.
5. RESULTADOS
A coleta de dados foi realizada por meio de formulários impressos através das
respostas dos familiares e de cada supervisor psicólogo, entre os meses de setembro e
outubro de 2022. Em relação ao informante, em 21 famílias, 20 eram a mãe e em 1 caso foi
respondido pela avó paterna, com quem a criança reside.
Em apenas um caso o item 19 (Nomeia objetos comuns na sala de aula ou na escola.) não
foi respondido, pelo fato da avó não saber a resposta.
Dos 21 participantes, 13 tinham 6 anos, 4 tinham 7 anos e 4 com 8 anos no momento
da coleta.
Dentre os participantes da pesquisa, 81% são do sexo masculino (N=17) e 19% são
do sexo feminino (N=4).
A Tabela a seguir se refere as respostas obtidas a partir da aplicação do IAF com os
pais.
39
continuação
15 Entende e realiza ordens sequenciais, 0 0% 7 33% 14 67%
como, por exemplo, pegue o lápis e
traga aqui
16 Compreende o significado de gestos, 2 10% 8 38% 11 52%
como por exemplo, o gesto de fazer
silencio com o dedo
17 Consegue descrever o contexto de um 10 48% 9 43% 2 10%
desenho, fotografia ou de uma cena real
18 Se comunica utilizando-se de gestos. 6 29% 10 48% 5 24%
19 avó 7 33% 2 10% 11 52%
20 Faz perguntas 17 81% 0 0% 4 19%
21 Se comunica verbalmente com mais de 8 38% 3 14% 10 48%
10 palavras
22 Produz desenhos e lhes atribui 12 57% 7 33% 2 10%
significado
23 Produz desenhos com detalhes gráficos 17 81% 2 10% 2 10%
mais elaborados, diferente de garatujas
24 Inicia uma conversa, como por exemplo 11 52% 5 24% 5 24%
falando, oi, tudo bem?
25 Mantém uma conversa de maneira 15 71% 6 29% 0 0%
adequada, como por exemplo, faz e
responde perguntas; espera a sua vez.
26 Finaliza uma conversa de forma 9 43% 9 43% 3 14%
adequada, como exemplo dando Tchau
27 É capaz de permanecer sentado por 2 10% 11 52% 8 38%
tempo necessário para realizar uma
atividade
28 Tem dificuldade de alimentar -se em 4 19% 9 43% 8 38%
função da aparência, textura ou odor
dos alimentos, como por exemplo evita
algum alimento por ser gelatinoso ou
ter um cheiro forte.
29 Consegue garantir o próprio conforto 5 24% 9 43% 7 33%
físico, como, por exemplo, tirar uma
blusa se está com calor
30 Consegue participar de uma 10 48% 9 43% 2 10%
atividade/brincadeira com os amigos de
maneira adequada, como por exemplo,
pede a vez na brincadeira.
31 Relaciona-se de forma socialmente 11 52% 7 33% 3 14%
adequada com os adultos de seu meio,
como por exemplo, interage com
adultos conforme esperado para a
idade, responde perguntas, mantem
contato visual.
32 Brinca de faz de conta e de representar 15 71% 4 19% 2 10%
papeis como, por exemplo, polícia e
ladrão, família, casinha.
33 Demonstra entender e respeitar regras 6 29% 14 67% 1 5%
de jogos e brincadeiras
continua
41
continuação
34 Brinca de forma compartilhada, por 8 38% 10 48% 3 14%
exemplo, respeita alternância de fala,
espera sua vez no jogo ou a ação do
outro.
35 Apresenta falas repetitivas fora de 4 19% 7 33% 10 48%
contexto, repete de modo inadequado
palavras e/ou frases ouvidas
anteriormente em situações.
36 Insiste excessivamente em uma 6 29% 11 52% 4 19%
atividade, por exemplo, fica muito
tempo na mesma tarefa
37 Demonstra irritação ou sofrimento com 1 5% 14¨ 67% 6 29%
pequenas mudanças ou transições de
atividades
38 Demonstra interesse fixo em objetos, 3 14% 8 38% 10 48%
brinquedos ou assuntos específicos.
39 Apresenta aparente insensibilidade a 16 76% 3 14% 2 10%
dor, temperatura ou algum desconforto
como, por exemplo, puxa a pele da unha
chegando a sangrar e não demonstra
incômodo.
40 Demonstra interesse incomum ou 3 14% 13 62% 5 24%
incômodo a texturas, movimentos,
cheiros e/ou luzes do ambiente.
Escalas de Pontuação
N % N % N %
Já a tabela abaixo mostra os dados obtidos com a aplicação do IAF com os terapeutas
supervisores.
Tabela 6. Respostas dos terapeutas dos itens 1 a 44 do IAF TEA
ITENS ESCALAS DE PONTUAÇÃO
NÃO ÁS VEZES SIM
N % N % N %
1 A criança presta atenção e olha para 0 0% 11 52% 10 48%
os acontecimentos sociais ao seu
redor, como por exemplo crianças
brincando próxima a ela.
2 Responde ao ouvir seu nome. 1 5% 11 52% 9 43%
3 Imita gestos ou outras ações mais 4 19% 9 43% 8 38%
complexas, demonstrando aprender
por imitação, como reproduzir uma
coreografia
4 Concentra-se em uma atividade que 3 14% 2 10% 16 76%
seja de seu interesse
5 Demonstra ter capacidade para ler, 3 14% 6 29% 12 57%
como por exemplo identificar e
nomear letras e sílabas.
6 Demonstra ter capacidade para 1 5% 2 10% 18 86%
aprender a escrever, como por
exemplo, consegue segurar o lápis,
faz traçado no papel.
7 Demonstra ter capacidade para 3 14% 5 24% 13 62%
aprender a fazer cálculos simples, como
por exemplo, identifica e nomeia
algarismos, quantifica quantidades de 1
a 10
8 Pede ajuda para a professora ou algum 8 38% 9 43% 4 19%
adulto para resolver problemas
9 Resolve sozinho problemas simples de 11 52% 6 29% 4 19%
seu cotidiano em sala de aula como, por
exemplo, está sem lápis e consegue
pedir emprestado
10 Inicia e termina uma tarefa escolar 6 29% 7 33% 8 38%
sozinho, como por exemplo, pintar um
desenho
11 Inicia e termina uma tarefa em grupo, 8 38% 10 48% 3 14%
como por exemplo uma brincadeira ou
jogo
12 Compreende instruções verbais 0 0% 4 19% 17 81%
simples, com um comando direcionada
a ele, como por exemplo, pegue o lápis
no seu estojo
13 Reconhece expressões faciais, como 10 48% 4 19% 7 33%
tristeza, alegria, raiva diretamente em
pessoas, como por exemplo reconhece
que um amigo está bravo
continua
44
continuação
14 Entende e realiza ordens simples, como, 1 5% 4 19% 16 76%
por exemplo, pegue o lápis
15 Entende e realiza ordens sequenciais, 3 14% 8 38% 10 48%
como, por exemplo, pegue o lápis e
traga aqui
16 Compreende o significado de gestos, 7 33% 5 24% 9 43%
como por exemplo, o gesto de fazer
silencio com o dedo
17 Consegue descrever o contexto de um 14 67% 3 14% 4 19%
desenho, fotografia ou de uma cena real
18 Se comunica utilizando-se de gestos. 6 29% 5 24% 10 48%
19 Nomeia objetos comuns na sala de aula 4 19% 3 14% 14 67%
ou na escola.
20 Faz perguntas 15 71% 1 5% 5 24%
21 Se comunica verbalmente com mais de 7 33% 4 19% 10 48%
10 palavras
22 Produz desenhos e lhes atribui 13 62% 4 19% 4 19%
significado
23 Produz desenhos com detalhes gráficos 16 76% 3 14% 2 10%
mais elaborados, diferente de garatujas
24 Inicia uma conversa, como por exemplo 13 62% 6 29% 2 10%
falando, oi, tudo bem?
25 Mantém uma conversa de maneira 16 76% 3 14% 2 10%
adequada, como por exemplo, faz e
responde perguntas; espera a sua vez.
26 Finaliza uma conversa de forma 14 67% 5 24% 2 10%
adequada, como exemplo dando Tchau
27 É capaz de permanecer sentado por 0 0% 8 38% 13 62%
tempo necessário para realizar uma
atividade
28 Tem dificuldade de alimentar -se em 6 29% 10 48% 5 24%
função da aparência, textura ou odor
dos alimentos, como por exemplo evita
algum alimento por ser gelatinoso ou
ter um cheiro forte.
29 Consegue garantir o próprio conforto 3 14% 11 52% 7 33%
físico, como, por exemplo, tirar uma
blusa se está com calor
30 Consegue participar de uma 10 48% 8 38% 3 14%
atividade/brincadeira com os amigos de
maneira adequada, como por exemplo,
pede a vez na brincadeira.
31 Relaciona-se de forma socialmente 14 67% 6 29% 1 5%
adequada com os adultos de seu meio,
como por exemplo, interage com
adultos conforme esperado para a
idade, responde perguntas, mantem
contato visual.
32 Brinca de faz de conta e de representar 14 67% 3 14% 4 19%
papeis como, por exemplo, polícia e
ladrão, família, casinha.
continua
45
continuação
33 Demonstra entender e respeitar regras 7 33% 12 57% 2 10%
de jogos e brincadeiras
34 Brinca de forma compartilhada, por 4 19% 10 48% 7 33%
exemplo, respeita alternância de fala,
espera sua vez no jogo ou a ação do
outro.
35 Apresenta falas repetitivas fora de 8 38% 4 19% 9 43%
contexto, repete de modo inadequado
palavras e/ou frases ouvidas
anteriormente em situações.
36 Insiste excessivamente em uma 4 19% 6 29% 11 52%
atividade, por exemplo, fica muito
tempo na mesma tarefa
37 Demonstra irritação ou sofrimento com 3 14% 11 52% 7 33%
pequenas mudanças ou transições de
atividades
38 Demonstra interesse fixo em objetos, 3 14% 5 24% 13 62%
brinquedos ou assuntos específicos.
39 Apresenta aparente insensibilidade a 11 52% 4 19% 6 29%
dor, temperatura ou algum desconforto
como, por exemplo, puxa a pele da unha
chegando a sangrar e não demonstra
incômodo.
40 Demonstra interesse incomum ou 10 48% 9 43% 2 10%
incômodo a texturas, movimentos,
cheiros e/ou luzes do ambiente.
N % N % N %
continuação
18 Se comunica utilizando-se de gestos. COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
SOCIALIZAÇÃO
19 Nomeia objetos comuns na sala de aula ou na COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
escola. SOCIALIZAÇÃO
20 Faz perguntas COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
SOCIALIZAÇÃO
21 Se comunica verbalmente com mais de 10 COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
palavras SOCIALIZAÇÃO
22 Produz desenhos e lhes atribui significado APLICAÇÃO DE CONHECIMENTOS
23 Produz desenhos com detalhes gráficos mais APLICAÇÃO DE CONHECIMENTOS
elaborados, diferente de garatujas
24 Inicia uma conversa, como por exemplo COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
falando, oi, tudo bem? SOCIALIZAÇÃO
25 Mantém uma conversa de maneira adequada, COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
como por exemplo, faz e responde perguntas; SOCIALIZAÇÃO
espera a sua vez.
26 Finaliza uma conversa de forma adequada, COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
como exemplo dando Tchau SOCIALIZAÇÃO
27 É capaz de permanecer sentado por tempo COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
necessário para realizar uma atividade SOCIALIZAÇÃO
28 Tem dificuldade de alimentar -se em função da PERCEPÇÕES SENSORIAIS
aparência, textura ou odor dos alimentos, como
por exemplo evita algum alimento por ser
gelatinoso ou ter um cheiro forte.
29 Consegue garantir o próprio conforto físico, PERCEPÇÕES SENSORIAIS
como, por exemplo, tirar uma blusa se está com
calor
30 Consegue participar de uma COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
atividade/brincadeira com os amigos de SOCIALIZAÇÃO
maneira adequada, como por exemplo, pede a
vez na brincadeira.
31 Relaciona-se de forma socialmente adequada COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
com os adultos de seu meio, como por exemplo, SOCIALIZAÇÃO
interage com adultos conforme esperado para a
idade, responde perguntas, mantem contato
visual.
32 Brinca de faz de conta e de representar papeis COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
como, por exemplo, polícia e ladrão, família, SOCIALIZAÇÃO
casinha.
33 Demonstra entender e respeitar regras de jogos COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
e brincadeiras SOCIALIZAÇÃO
34 Brinca de forma compartilhada, por exemplo, COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
respeita alternância de fala, espera sua vez no SOCIALIZAÇÃO
jogo ou a ação do outro.
35 Apresenta falas repetitivas fora de contexto, COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
repete de modo inadequado palavras e/ou frases SOCIALIZAÇÃO
ouvidas anteriormente em situações.
36 Insiste excessivamente em uma atividade, por COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
exemplo, fica muito tempo na mesma tarefa SOCIALIZAÇÃO
continua
49
continuação
37 Demonstra irritação ou sofrimento com COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
pequenas mudanças ou transições de atividades SOCIALIZAÇÃO
38 Demonstra interesse fixo em objetos, COMUNICAÇÃO, COMPORTAMENTO,
brinquedos ou assuntos específicos. SOCIALIZAÇÃO
39 Apresenta aparente insensibilidade a dor, PERCEPÇÕES SENSORIAIS
temperatura ou algum desconforto como, por
exemplo, puxa a pele da unha chegando a
sangrar e não demonstra incômodo.
40 Demonstra interesse incomum ou incômodo a PERCEPÇÕES SENSORIAIS
texturas, movimentos, cheiros e/ou luzes do
ambiente.
56 Bebe, coordenando as várias ações como abrir, sugar TAREFAS E DEMANDAS DO COTIDIANO
ou tomar
Na comparação entre as percepções dos pais e dos profissionais quanto aos itens
descritos na escala IAF, não foram encontradas diferenças significativas para nenhum item
do questionário.
Na comparação do modelo de regressão logística multinomial, verificou-se uma
diferença significativa nas respostas dos itens entre crianças de escola pública e particular,
51
Realiza com ajuda/As vezes em relação à Não re- Realiza independente/Sim em relação à
aliza/Não Não/Não realiza
Adulto
Escola
Idade
Agrupamento de habilidades
Percepções sensoriais 1,63 1,05 – 2,53 0,031 0,84 0,52 – 1,35 0,470
Tarefas e demandas do cotidiano 20,60 11,3 – 37,7 <0,001 16,8 9,23 – 30,6 <0,001
Fonte: Elaborado pela autora
52
Figura 3. Efeitos marginais do modelo de regressão logístico com interação entre idade e
habilidades
Figura 4. Efeitos marginais do modelo de regressão logístico com interação entre tipo de
escola e habilidades
Figura 5. Efeitos marginais do modelo de regressão logística com interação entre tipo de
adulto e habilidades.
6. DISCUSSÃO
Diante da escassez de instrumentos que avaliem funcionamento adaptativo
traduzido e adaptado ao contexto brasileiro (MECCA et.al, 2015), surge a necessidade de se
pensar e elaborar instrumentos que avaliem a funcionalidade das crianças com TEA. Assim,
o IAF se faz de suma importância para esse fim. O presente estudo teve como objetivo
avaliar as habilidades funcionais, por meio da aplicação do IAF em crianças com TEA, de
6 a 8 anos e comparar os dados obtidos pelos profissionais e pelas famílias.
Através dos resultados, podemos verificar que não houve diferenças significativas, quando
comparamos as respostas dos terapeutas e das mães sobre a mesma criança. No entanto, na
investigação da influência do tipo respondente (terapeuta ou pais) sobre as áreas: Percepções
sensoriais, concentração, aplicação de conhecimentos (exigências pedagógicas),
comunicação, comportamento/socialização e tarefas e demandas do cotidiano, vê-se que os
profissionais têm maior probabilidade de responder “Sim” do que os pais na habilidade de
tarefas do cotidiano, como: subir e descer escadas, lavar e secar as mãos, escovar os dentes,
entre outros. Isso se deve porque os terapeutas treinam essas habilidades em terapia e em
casa, muitas vezes pela correria do dia a dia a família acaba não proporcionando essas
vivências. Acredita-se que intervenções parentais sejam fundamentais para que possam
acompanhar e, também, estimular os aspectos que estão sendo trabalhados na clínica por
terapeutas, utilizando as mesmas estratégias e abordagens, a fim de melhor superar as
dificuldades da criança. Sabe-se da importância de informar e orientar os pais sobre as
diversas opções educativas e comportamentais que visam contribuir com melhores práticas
para o desenvolvimento e aprendizagem dos filhos e filhas com TEA. Mostrar o significado
do que pedimos às crianças, explicando e demonstrando as atividades solicitadas costumam
produzir resultados concretos e mais rápidos de aprendizagem.
Em relação as idades, as crianças de 8 anos tiveram mais respostas “Sim” do que
“Não” e também mais respostas “Às vezes” do que “Não", quando comparadas às crianças
de 6 anos. Podemos explicar pelo fato de que 2 anos de diferença é um tempo relevante para
exposição a estímulos e aquisição de novas habilidades. Na investigação da influência da
idade sobre as habilidades, é possível distinguir uma diferença na habilidade de
comunicação, que se refere a pedir ajuda, resolver problemas, compreender instruções
verbais, entre outras, entre crianças de 8 anos quando comparado a crianças de 7 anos e
também uma diferença na aplicação de conhecimentos quando comparamos crianças de 8
anos a crianças de 7 anos e crianças de 7 anos a crianças de 6 anos. O contexto cultural
representa a estimulação ambiental, e a idade representa o desenvolvimento físico e
55
neurobiológico do indivíduo, dessa maneira podemos compreender que nas fases iniciais do
neurodesenvolvimento, as habilidades exigidas são menores e mais simples do que nas fases
posteriores que passam a ser mais complexas (MECCA et.al, 2015).
Outra comparação relevante se refere a diferença de crianças que estudam em escola pública
e particular. As crianças de escolas públicas tiveram mais respostas “Não” do que “Sim”,
quando comparadas às crianças de escolas particulares, bem como, mais respostas “Não” do
que “ás vezes”. Na investigação da influência do tipo de escola sobre as habilidades, vê-se
que alunos de escolas particulares têm maior probabilidade de responder “Sim” do que
alunos de escolas públicas na área de aplicação de conhecimentos, ou seja, nas áreas
relacionadas a capacidade de ler, escrever, realizar cálculos, etc. As outras habilidades não
foram diferentes entre crianças de idades diferentes. Corroborando esse achado, podemos
verificar o estudo de Moraes (2014), que também coloca que as escolas particulares têm
melhor desempenho do que as públicas, quando da comparação da distribuição de notas do
SAEB que é uma prova de matemática e língua portuguesa não obrigatória, realizada para a
quarta e a oitava séries do ensino fundamental, além da terceira série do ensino médio.
Podemos levantar aqui também a possibilidade de que devido ao achado de crianças mais
velhas pontuarem mais “sim” na comunicação e crianças de 7 anos terem mais habilidade
de aplicação de conhecimentos, pode-se ter uma correlação no sentido de se ter mais
crianças de 7 anos em escolas particulares. Outra explicação pode se dar pelo número de
crianças na sala de aula de uma escola particular tende a ser menor do que na pública, o que
facilita o direcionamento do professor ao aluno com TEA e oportuniza melhores condições
de aprendizagem; de modo geral, o ensino público ainda é inferior quando comparado ao da
escola particular.
Em relação às áreas avaliadas, as habilidades de concentração, percepções
sensoriais, e tarefas e demandas do cotidiano tiveram mais respostas “Sim” e “Às vezes” do
que “Não”, e as habilidades concentração e tarefas e demandas do cotidiano tiveram mais
respostas “Sim” do que “Não”, quando comparados à aplicação de conhecimentos. Podemos
verificar então que as maiores dificuldades encontradas se referem a tarefas do tipo: ler,
escrever, realizar cálculos, desenhos, etc. Já entre as áreas de comunicação e percepção
sensorial quando comparadas a aplicação de conhecimentos a diferença é quase nula.
Este trabalho apresenta algumas limitações como a dificuldade dos familiares em
responderem as questões voltadas a área escolar. Diante do que foi exposto, vê se a
necessidade de se ampliar esse estudo para o ambiente escolar, com as respostas dos
56
professores, para melhor visão das habilidades e dificuldades dos alunos, visando auxiliar
na elaboração do Plano de Ensino Escolar.
57
7. CONCLUSÕES
Frente ao exposto, podemos considerar que dentre as 56 questões do instrumento,
não houve diferenças significativas nas respostas quando da comparação entre mães / avó e
terapeutas. Isso leva a crer que a percepção desses dois públicos referente a mesma criança
se torna mais semelhante do que diferente, na maioria dos casos.
Outro ponto importante, é que o detalhamento de cada habilidade que ainda não foi
adquirida, tanto em ambiente clínico, quanto domiciliar, pode auxiliar o supervisor a
elaborar um Plano de Ensino mais funcional.
Espera-se que este instrumento venha a servir de base para que terapeutas possam
ter um melhor conhecimento acerca da funcionalidade de seus pacientes com TEA, posto
que a despeito das características próprias do transtorno, cada sujeito é único, com sua
história de vida, genética, aspectos socioambientais, familiares, etc.
58
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Márcia Cristina Maciel de; PONDÉ, Milena Pereira Autism: impact of the
diagnosis in the parents. Jornal Brasileiro de Psiquiatria [online]. 2020, v. 69, n. 3, pp. 149-
155. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0047-2085000000276>. Epub 22 June 2020.
ISSN 1982-0208. https://doi.org/10.1590/0047-2085000000276. Acesso em: 23 de
setembro de 2022.
BORILLI, Marcela Cesaretti et al. Family quality of life among families who have
children with mild intellectual disability associated with mild autism spectrum disorder.
Arquivos de Neuro-Psiquiatria [online]. 2022, v. 80, n. 4, pp. 360-367. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0004-282X-ANP-2020-0537>. Epub 14 Mar 2022. ISSN 1678-
4227. https://doi.org/10.1590/0004-282X-ANP-2020-0537. Acesso em: outubro de 2022.
LORD Catherine, et al. Autism from 2 to 9 years of age. Arch Gen. Psychiatry. Vol 63.
June, 2006.
SANDIN Sven et al. A. The familial risk of autism. JAMA, v.311, v. 17, p.1770-7, 2014
Declaro que li e entendi os objetivos deste estudo, e que as dúvidas que tive foram
esclarecidas pelo Pesquisador Responsável. Estou ciente de que a participação é
voluntária, e que, a qualquer momento tenho, o direito de obter outros esclarecimentos
sobre a pesquisa e dela retirar-me, sem qualquer penalidade ou prejuízo.
Gostaríamos muito de contar com você, mas você não é obrigado a participar e não tem
problema se desistir.
Outras crianças e/ou adolescentes participantes desta pesquisa tem de 6 anos de idade a
8 anos de idade.
Ele é considerado (a) seguro (a), mas é possível que você fique cansado. Caso aconteça,
você pode me falar ou seus pais ou responsáveis poderá(ão) nos procurar pelos contatos
que estão no final do texto.
As suas informações ficarão sob sigilo, ninguém saberá que você está participando da
pesquisa; não falaremos a outras pessoas, nem daremos a estranhos as informações que
você nos der. Os resultados da pesquisa serão publicados em eventos científicos, mas sem
identificar os participantes (crianças/adolescentes).
CONSENTIMENTO PÓS-INFORMADO
Eu
________________________________
aceito participar da pesquisa “Estudo comparativo da utilização do Instrumento de
Avaliação de Funcionalidade de crianças com Transtorno do Espectro Autista (IAF –
TEA) em contexto clínico e domiciliar”.
Entendi as coisas ruins e as coisas boas que podem acontecer. Entendi que posso dizer
“sim” e participar, mas que, a qualquer momento, posso dizer “não” e desistir e que
ninguém vai ficar com raiva/chateado comigo.
65
Pesquisadora executante: Josiane Keyla Yamada. Telefone 11 979972257. Rua professor Lins
e Silva 63 Vila Prado. SP. Email: josyamada@gmail.com
, de de 2022.
______________________________
Profª. Maria Eloisa Famá D’Antino
Pesquisador responsável
66
aumentativa ou alternativa
de forma independente.
44 Tem dificuldade em
estabelecer contato visual
durante as interações sociais
como por exemplo, não
olha, olha para o lado ou
para baixo
45 O aluno lê e escreve de
acordo com o esperado para
o ano escolar
46 O aluno realiza cálculos
simples, como por exemplo,
cálculos com um dígito
47 Sobe e desce escadas
48 Lava e seca as mãos
49 Escova os dentes
50 Veste roupas, como por
exemplo o uniforme, ou
uma fantasia durante uma
atividade na escola
51 Desveste (tira) roupas,
como por exemplo o
uniforme, ou uma fantasia
durante uma atividade na
escola.
52 Calça meias e sapatos
53 Vai ao banheiro para urinar
coordenando as várias
ações, como manipular as
roupas, adotar posição
correta e limpar se
54 Vai ao banheiro para
defecar coordenando as
várias ações, como
manipular as roupas, adotar
posição correta e limpar se
55 Come, coordenando as
várias ações, como cortar,
levar à boca, mastigar
56 Bebe, coordenando as várias
ações como abrir, sugar ou
tomar