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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA

MARIA JESSIANE PEREIRA

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA(TEA) SINAIS E


SINTOMAS NA INFÂNCIA

IPU – CEARÁ
2023
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TRANSTORNO DO ESPCTRO AUTISTA(TEA) SINAIS E


SINTOMAS NA INFÂNCIA

Artigo de Pesquisa apresentado à Faculdade


Educar da Ibiapaba – FAEDI como requisito parcial
para a obtenção do título de Especialista em
Neuropsicopedagogia.

ORIENTADORA: Professora Especialista Francisca


Clédina de Farias Paiva.

IPU – CEARÁ
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2023
TERMO DE APROVAÇÃO

MARIA JESSIANE PEREIRA

TRANSTORNO DO ESPCTRO AUTISTA(TEA) SINAIS E


SINTOMAS NA INFÂNCIA

Artigo de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora da Faculdade Educar da


Ibiapaba – FAEDI como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista
em Neuropsicopedagogia.

Artigo aprovado em: ___/___/_____ Nota: ______

_____________________________________
MARIA JESSIANE PEREIRA

Banca Examinadora:

_____________________________________
Orientadora Profa. Esp. Francisca Clédina de Farias Paiva

_____________________________________
Diretor Acadêmico da Faculdade Educar da Ibiapaba – FAEDI

IPU – CEARÁ
2023
4

Dedico este trabalho primeiramente a Deus


pela saúde, fé e perseverança que tem me
quedado.
5

AGRADECIMENTOS

A Deus, que permitiu que eu pudesse realizar este trabalho com saúde
e me deu força para superar quaisquer dificuldades que encontrei no
caminho. Hoje, com a sensação de dever cumprido, vejo quanto valeu a pena.
A minha Orientadora Professora Especialista Francisca Clédina de
Farias Paiva pelas orientações e dedicação.
A minha família por estarem comigo sempre, ajudando e torcendo pelo
meu sucesso. Meu filho que esta sendo minha maior motivação pelo curso, e
de onde tiro minhas determinações e forças. Meu esposo Henrique , que
sempre me apoia em tudo que faço, me apoiando e incentivando a buscar
mais conhecimentos.
A FAEDI por nos proporcionar essa pós incrível onde irá contribuir
muito como profissional e como acadêmicos. Pela acolhida , dedicação e
prestativos quando precisamos.
Aos amigos: Adriano, Beatriz, Marciana e Patricia pelo companheirismo
durante essa jornada que passamos juntos, a força que nos une na
determinação de juntos terminarmos essa pós com êxito.
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“Se a educação sozinha não transforma a


sociedade, sem ela tampouco a
sociedade muda.”

( PAULO FREIRE)
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TRANSTORNO DO ESPCTRO AUTISTA(TEA) SINAIS E


SINTOMAS NA INFÂNCIA

Maria Jessiane Pereira


Francisca Clédina de Farias Paiva 1
RESUMO
Dificuldades no desenvolvimento social são os indicadores mais prováveis futuro de
um diagnóstico de autismo(TEA). No entanto o atraso da fala, comunicação social, o
brincar não funcional são alguns dos motivos que mais mobiliza os pais na busca
por ajuda de profissionais como Neuropediatras. Muitas famílias ainda desconhecem
os primeiros sinais do autismo, pois é na infância onde os marcos do
desenvolvimento e percebido pelos pais que são as primeiras a notarem esses
sintomas. Ainda que existam sintomas comuns, é importante lembrar que cada
criança é única, dessa forma os sintomas variam muito de criança para criança. De
acordo com LORNA WING e MICHAEL RUTTER o conceito do autismo como
espectro afeta pessoas de diferentes níveis. Os resultados de muitas pesquisas
através desses teóricos médicos ajudaram a pavimentar o caminho das descobertas
que atualmente trazem melhor qualidade de vida para as pessoas autistas e suas
famílias. No entanto, é importante estar atento ao desenvolvimento pois muitas
vezes os sintomas podem prejudicar tantp o desenvolvimento como a qualidade de
vida dessa criança. Reconhecer os sinais nem sempre é fácil, uma vez que existem
graus de autismo é preciso uma avaliação para que seja feito um diagnóstico
preciso. Apesar do TEA ser uma condição sem cura, é possível realizar intervenções
para melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida dessa criança, e quanto o
mais cedo for feito esse diagnóstico, maiores são as chances de se obter bons
resultados, assim essa criança terá uma vida sem prejuízos na qualidade de vida
como na sua aprendizagem.

Palavras – chave: percepção dos pais, identificação precoce, diagnostico.

1
Orientadora. Graduada em Pedagogia pela UVA. Especialista em Psicopedagogia Institucional e
Clínica pela UVA. Especialista em Gestão, Coordenação, Planejamento e Avaliação Escolar pelo
INTA. Especialista em Neuropsicopedagogia pela FAEDI. cledinafariaspaiva@gmail.com
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ABSTRACT

Difficulties in social development are the most likely future indicators of an autism
diagnosis (ASD). However, speech delay, social communication, non-functional
playing are some of the reasons that most mobilize parents in the search for help
from professionals such as Pediatric Neurologists. Many families are still unaware of
the first signs of autism, as it is in childhood where the developmental milestones are
perceived by parents who are the first to notice these symptoms. While there are
common symptoms, it is important to remember that every child is unique, so
symptoms vary greatly from child to child. According to LORNA WING and MICHAEL
RUTTER the concept of autism as a spectrum affects people at different levels. The
results of much research by these medical theorists helped pave the way for
discoveries that are currently bringing a better quality of life for autistic people and
their families. However, it is important to pay attention to the development, as the
symptoms can often harm both the development and the quality of life of this child.
Recognizing the signs is not always easy, as there are degrees of autism, an
assessment is needed to make an accurate diagnosis. Although ASD is a condition
without cure, it is possible to carry out interventions to improve the development and
quality of life of this child, and the sooner this diagnosis is made, the greater the
chances of obtaining good results, so that child will have a life without harming their
quality of life and their learning.

Keywords: parents' perception, early identification, diagnosis.


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1. INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como principal objetivo aprimorar os nossos


conhecimentos sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) na infância. Um
distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico,
manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social
esses sinais podem ser notados em bebes de poucos meses.

É na observação que se consegue notar alguns sintomas que geralmente


surgem na primeira infância, causando atrasos em áreas básicas do
desenvolvimento, como aprender a falar, brincar e interagir com outras crianças..

Os sinais são muitos variáveis e geralmente se iniciam antes dos 3 anos de


idade. A criança com autismo traz consigo uma gama de tríade singular, a qual é
caracterizado pela dificuldade e prejuízos qualitativos da comunicação verbal e não
verbal, na interatividade social, e na restrição do seu ciclo de atividades e interesses.

Deste modo, frente a revelação do diagnósticos, muitas famílias passam por


uma sequencias de estágios, ao saber: impacto, negação, luto e todo um
preconceito da sociedade.

Tornando um momento delicado e desafiador para os pais, no quais estão


associadas a sentimentos difíceis e conflituosos. Quando o autismo é detectado
precocemente os pais é também os profissionais que trabalham com criança podem
aprender a melhor maneira de ajuda-las.

E importante que os pais saibam dos aspectos positivos, que o diagnostico não é
um sinônimo de impossibilidades. Assim a criança melhora seu desenvolvimento,
melhora as habilidades sociais, de comunicação permitindo que sejam mais
independentes ao longo da vida.

Por tanto, compreende se que quanto mais cedo for descoberto o diagnóstico, a
criança terá a chance de vivenciar na sociedades vivencias que antes seriam
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impossível e com o tratamento adequado com profissionais multidisciplinares


responsáveis por essa missão.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. INTERAÇÃO SOCIAL

No autismo o principal objetivo dentro do tratamento em crianças com TEA é a


interação social, para que seu desenvolvimento seja resgatado ela deve ter o
convívio e o compartimento de trocas de experiências com os outros pares.

Para Winnicott( 1975, p. 63) , “o brincar é mais que a simples satisfação de


desejos, é um fazer constituído de experiências culturais, universal e próprio
da saúde, porque facilita o crescimento, conduz a relacionamentos grupais,
podendo ser uma forma de comunicação”

Por tanto a importância do estimulo para que seja resgatado ainda


precocemente os atrasos tanto na linguagem como na interação. Então deve se
essa criança sempre está socializada em atividades sociais, em ambientes onde
possa ter contato com outras crianças. Outra principal medida é a criança frequenta
a escola, pois essa pode ajudar muito nesse processo, oferecendo atividades
lúdicas, momentos de recreação, compartilhamentos de tarefas e direcionamentos
para regras e rotinas.

A base do Autismo é a dificuldade social. Geralmente crianças com TEA estão


acometidas a terem dificuldades de alfabetização, porque exigem delas uma gama
de sentenças logicas, onde não haja interesses nas atividades escolares. A
interação social é fundamental para o desenvolvimento principalmente na infância,
que é onde a criança esta apta a adquirir habilidades cognitivas e adaptativas, e
quando lhe inserida no convívio com outras crianças cria se um ambiente de
compartilhamento de vivencias e experiências.

O desenvolvimento das habilidades social de uma criança com Autismo é um


fator muito importante, pois dentro desse aspecto a criança aprendera coisas que
são simples para uma criança “típica” como conversar com outras crianças, brincar
com os colegas na escola. Para uma criança atípica essas atividades tendem ser
mais difíceis para elas, mais quanto mais cedo ela estiver inserida no meio social,
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ela irá conseguir aos poucos se adaptar, para que essa criança crie laços, faca
amizades, se interesse por atividades que os pares estão envolvidas, ela terá maior
chance de quebrar essas barreiras da dificuldade de socialização.

Assim os pais, devem buscar apoio, para que o mais cedo possível essas
intervenções dirigidas, para que essa criança tenha uma vida com menos perdas
das suas habilidades adquiridas. Entretanto o apoio familiar é essencial para que o
cotidiano dessa criança não seja prejudicado.

Nesse contexto para que aja engajamento e menos prejuízo dessa criança na
sociedade, a escola e a família devem andar juntas, para que em conjunto possa se
ampliar as possibilidades de interação social, assim como a inclusão escolar, pois a
escola e os professores devem estar preparados para lidar com essa geração de
crianças, buscando sempre assuntos ou meios que os atraia. Esse tipo de auxilio é o
que os levarão a atingir novos patamares.

A criança atrasada abandonada a si mesma, não pode atingir


nenhuma forma revolucionada de pensamento abstrato, e,
precisamente, por isso, a tarefa concreta escola consiste em fazer
todos os esforços para encaminhar a criança nessa direção, para
desenvolver o que lhe falta (VIGOTSKI, LURIA, LEONTIEV,
1994, p.113).

Sabe se que o autismo tem um amplo espectro de níveis de suporte. Na ponta


de maior gravidade nível de suporte 3, está a criança que não fala, que habita em
um universo a parte e são incapazes de estabelecer contato visual com as pessoas.
No nível de suporte 2 autismo moderado apresentam comportamentos restritivos e
repetitivos, com nível de gravidade maior do que as com autismo leve. Da mesma
forma, gostam de manter rotinas ou hábitos que, se forem interrompidos, podem
causar desconforto e/ou perturbação. As que se enquadra, no nível de suporte 1
podem ser capazes de se comunicar verbalmente e de ter alguns relacionamentos.

No entanto, podem ter dificuldade em manter uma conversa, assim como para
fazer e manter amigos. Por tanto uma intervenção satisfatória deve ser realizada por
uma equipe multiprofissional, geralmente composta por psicólogo, fonoaudiólogo,
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terapeuta ocupacional, psicopedagogo, entre outros, para que os resultados sejam


positivos e possam melhorar a qualidade de vida da criança.

Entender que uma criança neurotipica precisar se socializar e explorar o meio


em que vive faz toda diferença em sua evolução. Conhecer lugares, ver pessoas,
passar por experiênciasfaz com que essas crianças coloquem o aprendizagem e
suas habilidades sociais na patrica. É muito importante acreditar que uma criança
dentro de espectro é capaz de aprender essas habilidades , estimular uma criança
com TEA a interagir socialmente , participar de brincadeiras ajuda a melhora sua
autoestima, as suas habilidades cognitivas , a controlar suas emoções e estimulara
a motivação para que essa criança queira estar no meio de seus pares.
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2.2. LINGUAGEM E COMUNIÇÃO

No Transtorno do Espectro Autista cada criança pode ou não ser capaz de se


comunicar usando ou não a fala funcional.

No entanto algumas crianças dentro do Espectro podem ter o vocabulário


bastante rico em assuntos específicos. Isso pode e não ser bom, pois muitas vezes
afeta a capacidade da criança em saber muito ou não compreender a linguagem de
forma significativa e acaba que lhes dificultando na interação especialmente com
seus pares da mesma idade.

Para kanner ( 1943, p.20) “ o traço fundamental da síndrome de autismo era


a incapacidade para relacionar-se com as pessoas e as situações”

Crianças com TEA geralmente são incapazes de usar gestos para apontar para
algo ou objeto, elas não sabem expressar ou falar de uma forma clara para isso é
importante os pais , ou cuidadores observarem o desenvolvimento da linguagem
como gestos, contato visual, imitações, movimentos corporais para que seja
reforçado nessa criança autonomia de ação.

A comunicação é um dos maiores desafios para as crianças com autismo. Pode


demorar um pouco de tempo para que se desenvolva a linguagem. Isso porque para
que uma criança possa se comunicar de forma expressiva ela precisa ter uma
linguagem perceptiva que é entender o que a outra está falando, caso isso não
aconteça ela irá se frustrar, pois ela não irá ser compreendida no que ela esteja
pedindo não sabendo se comunicar de forma expressiva.

Amy (2001) afirma “a importância de uma educação voltada para a


percepção, na imitação e na motricidade, que são ferramentas indispensáveis
a comunicação. Onde somente um método não é o bastante, mas sim a
mistura entre eles”.

A comunicação verbal, para as crianças que estão dentro do Espectro Autista é


um desafio muito grande. É muito importante entendermos que a linguagem é um
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processo difícil, e para que uma criança dentro do Transtorno do Espectro Autista
não verbal desenvolva uma linguagem falada, deve se primeiramente utilizar dos
termos de contato visual, expressões faciais, gestos. E preciso considerar todos
esses aspectos para que uma criança possa desenvolver suas habilidades
linguísticas. Geralmente crianças com TEA tem dificuldades em saber se comunicar
quando quer algo. Estas manifestações ocorrem por diversos motivos, como
dificuldade em comunicar algo que gostaria, alguma dor, algum incômodo sensorial,
entre outros. Nestes momentos é fundamental tentar compreender o motivo dos
comportamentos.

Diante do exposto, pode-se observar que as crianças com TEA


apresentam dificuldades de se expressar por meio da linguagem seja esta verbal ou
não-verbal, por isso é importante buscar mecanismos que sejam atraentes para
estas crianças, seja por meio de brinquedos, metodologias assistidas ou
recursos digitais, desde que contribuam para desenvolver a linguagem e
estabelecer a comunicação.

Segundo Leo Kanner “Os autistas não conseguem utilizar a linguagem


como uma forma de comunicação funcional, sendo as expressões orais
consideradas como meras repetições do que foi ouvido, em geral, das
últimas expressões ouvidas, fato conhecido como ecolalia.”

Ensinar as crianças com autismo a melhorar suas habilidades de comunicação


é essencial. Existem diversas abordagem diferentes para desenvolver sua
autonomia em seus interesses como utilizando sinais ou imagens para uma melhor
compreensão. Pais ou cuidadores e toda família devem sempre estar envolvidos
nesse processo, reforçando as ações positivas para que essa criança atinja seu
pleno potencial.

O diagnóstico precoce é de suma importância para buscar estratégias que


favoreçam a comunicação da criança ainda quando pequena, pois é nessas
abordagens que o desenvolvimento integrado desse indivíduo. Não há um método
ou estratégia única, a escolha depende do grau de comprometimento neurológico e
do nível em que a criança se encontra no Espectro Autismo.
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Carpenter e Tomasello (2000) afirma “as habilidades de linguagem parecem


emergir de atividades não linguísticas de atenção compartilhada. Para adquirir
um símbolo, a criança precisa ser capaz de determinar a intenção
comunicativa do outro e se engajar em imitação com inversão de papeis”

A maioria das crianças com autismo pode apresentar dificuldades na fala, isso
faz com que muitas vezes a criança com TEA não se comunique de forma funcional
o seu desejo por algo. Isso faz com que muitas vezes a criança tenha
comportamentos indesejáveis como agressão, a birra a autoagressão. Embora a
maioria das crianças com autismo a comunicação verbal seja o principal alvo nas
intervenções, pois apresentam falhas na habilidade de imitar que precisam ser
trabalhadas para que a comunicação não verbal seja revertida.

A comunicação é um desafio muito grande para crianças que apresentam


transtorno no neurodesenvolvimento, como o TEA. E preciso compreender que o
autismo vai fazer parte de toda a vida para sempre, portanto deve ser tratada de
forma adequada permitindo a elas que consigam viver em sociedade da melhor
forma possível.
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2.3. COMPORTAMENTO RESTRITO E REPETITIVOS

Uma das características mais marcantes do autismo é o comportamento


restritivos e repetitivos, interesses ou atividades em algo ou alguma coisa. Crianças
com autismo geralmente são propicias a rotinas. Uma mudança de rotina, pode
desencadear uma series de momentos difíceis para os pais e cuidadores.

Esses comportamentos podem ou não serem de intensidade, dependendo do


nivel em que se encontra essa criança. Muitas particularmente repete na mesma
sequência falada que é definida como “ ecolalia” que é quando a criança repete algo
que lhe é falado ou comportamentos que são as “esterotipias” ou “ esterotipados”
que são movimentos como agitar as mãos, pular ou correr de um lado para outro
sem função.

Segundo Lamônica (1992) “cerca de setenta e cinco por cento das crianças
autistas que falam, apresentam ecolalia.”

E muito importante não entender de forma negativa, esses comportamentos. O


que devemos ter em mente é que essas crianças não tem a consciência desses
movimentos na proporção que temos, pois para elas existem uma necessidade de
auto regulação onde fazendo esses movimentos, eles tem uma libertação de
sensações que ficam acumuladas no cérebro dessa criança.

As Esterotipias se expressa através do corpo, se distribuindo nos


diferentes sentidos humanos, por isso ela pode ser auditiva, tátil, olfativa, gustativa
ou mesmo visual.

E fundamental os pais ou cuidadores observarem o comportamento da criança, e


perceber se dentro desses comportamentos, há ou não a possibilidades de estar
prejudicando o cotidiano de forma que ela não queria estar em determinado lugar.
Muitas vezes, crianças que tem comportamentos de esterotipias ou esterotipados se
dá pela busca sensorial, onde a criança fica buscando contato de algo que lhe falta.

É muito importante cuidar desses fatores que estejam desorganizando e


estressando essa criança com autismo. Essa desregulação acontece muitas vezes,
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quando elas são expostas a ambientes alterados. A criança com TEA geralmente
possa ter “hipersensibilidade” que é quando tem maior potência nas sensações
sensitivas, que não gosta muito de contato físico, luzes, ou barulhos auditivos. Tudo
isso faz com que elas se desorganizem , muitas acabam tendo crises, que muitas
vezes são vistas como ‘birras”. Por isso é importante observar o que a criança gosta
ou rejeita, para que que as mesmas não sejam expostas a ambientes que elas não
se sintam bem em estarem, pois isso faz com que ela se desestabilize e tenha
algum comportamento desrupitivos.

Para trabalhar todas essas áreas Pereira (1996) “sugere um leque variado de
modelos de intervenção que são aplicados aos autistas como, por exemplo, o
Modelo Comportamentalista; o qual tem como base as teorias de
aprendizagem (condicionamento clássico e o condicionamento operante).
Esse modelo pressupõe eliminar os comportamentos desajustados e ensinar
os comportamentos adequados através de um estímulo que é o reforço
apreciado.”

Atualmente recorre-se a três métodos de intervenção para o desenvolvimento e a


estruturação do autista no mundo e que possui eficácia comprovados que são:

1) TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Comunication


Handcapped Children) : Esse programa combina diferentes materiais visuais para
organizar o ambiente físico através de rotinas e sistemas de trabalho de forma a
tornar o ambiente o mais compreensível e estruturado possível dentro das
dificuldades do aluno autista, visando sempre a independência e o aprendizado
espontâneo.

2) PECS (Picture Exchange Communication System): Esse método utiliza figuras e


adesivos para facilitar a comunicação e a compreensão na medida em que
estabelece uma associação entre a atividade e o símbolo.

3) ABA (Applied Behavior Analysis): Análise comportamental aplicada que se


embasa na aplicação dos princípios fundamentais da teoria do aprendizado que se
baseia no condicionamento operante e reforçadores para incrementar
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comportamentos socialmente significativos, reduzir comportamentos indesejados e


desenvolver habilidades.

E muito importante sabermos compreendermos, que é preciso ensinar


comportamentos que vão substituir esses comportamentos inapropriados. Muitas
vezes ignorar comportamentos inadequados é muito superficial, muitas vezes a
função do comportamento não e a atenção e acabar aumentando a frequência
desses comportamentos inapropriados. Entender que a criança com TEA não
processa informações da mesma maneira que uma criança que não é autista é o
primeiro passo, depois disso podemos fazer o uso de uma linguagem mais clara,
reforço positivo e outras formas de estimular a disciplina em seu dia a dia.

Cada criança com TEA tem seu próprio repertorio de estereotipias, que podem
ou não evoluir com tempo, mais nem sempre são consideradas nocivas ao autismo.
Muitas vezes podem estra ligadas a momentos de estresses, ansiedade, fadiga,
convívio social e outros estímulos ambientais .

Esses comportamentos pode afetar o desenvolvimento da criança ou a sua


capacidade de se adaptar ao ambiente onde vive. Comportamentos de agressão, de
autoagressão, bater, chorar, fugir de qualquer interação, cuspir no chão, jogar
objetos, controle excessivo de objetos. Algumas crianças com transtorno do
Espectro vão apresentar problemas significativos em comportamento e uma grande
parcela dessas crianças irão apresentar ao longa de sua vida um transtorno grave
de comportamento. Quando esses comportamentos são de um nível bastante
elevado eles afeta consideravelmente a qualidade de vida da família, a qualidade de
vida da criança e seu potencial de aprendizagem e desenvolvimento.

Cada criança tem características próprias e potenciais diferenciado. Conhecer


para compreender, acolher e desenvolver, em se tratando do TEA , o conhecimento
é uma das mais potentes armas que há para cuidar de quem está no espectro,
melhorando os desafios e possibilitando ao autista uma melhor condição de vida,
sem rótulos, sem estereótipos que possa limitar seu potencial enquanto ser humano.
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3. CONCLUSÃO

Esse pesquisa teve por objetivo apresentar e discutir as observações e


manifestações precoce dos sinais e sintomas de alerta para o TEA. A partir dos
resultados obtidos compreende se que o Autismo é um transtorno do
neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social,
comunicação e comportamentos repetitivos e restritos.

Do ponto de vista dos dobramentos desse estudo, foi possível entender como
o autismo se manifesta na infância e quais características e possível notar
quando há uma possível desconfiança enquanto ao diagnóstico. Esse aspecto é
fundamental porque é um gatilho na busca de um profissional para que mais
cedo possível para que não aja comprometimento para o desenvolvimento da
criança com autismo, permitindo avanços significativos no âmbito social e
educacional.

Se tratando do TEA podemos entender e compreender, a importância de


estarmos atento aos primeiros sinais do autismo. O TEA é um transtorno ainda
muito complexo, e sintomas como atraso no desenvolvimento da linguagem e da
comunicação. Dessa forma , é muito importante buscarmos informações sobre o
autismo, conhecer os sinais e sintomas na infância, para o quanto antes ser feito
o diagnóstico, melhores serão os resultados das intervenções precoce.

O presente estudo, contribuiu bastante para a construção profissional


acadêmica, enquanto aluna e educadora. Permitindo me assumir uma postura de
investigadora no cenário que engloba uma demanda de crianças com transtorno
no neurodesenvolvimento, que estão cada vez mais presentes na sociedade, e é
preciso que nos capacite, a buscarmos informações para melhor compreender e
ajudar essas crianças.

No que se refere há pesquisas, que se aprofundem mais sobre o Autismo que


sejam feitas futuras pesquisas a fim de melhorar e esclarecer algumas questões
como as primeiras manifestações sintomáticas, pois se sabe que ainda muitos
pais desconhecem os sinais do autismo nos filhos, e isso faz com que essas
crianças tenham prejuízos no seu desenvolvimento cognitivo.
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Nos resultados das minhas pesquisas , destaque três pontos importantes :


integração social, linguagem e comunicação e comportamentos restritivos que são
as principais características dentro do Espectro Autista, onde suas manifestações
são baseadas na comunicação e comportamentos e que para se ter bons resultados
é preciso estar em união: família, profissionais, educadores para que essas crianças
funcione adaptativamente em nossa cultura.
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REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Frases de Paulo Freire. Disponível em <


https://www.pensador.com/paulo_freire_frases_educacao/ Acesso em 08/02/2023 as
19hs
NEUROSABER, Eireli 2015 – 2019 Sintomas do Autismo na infância do 1 aos 5
anos de vida https://institutoneurosaber.com.br/sintomas-do-autismo-na-infancia-do-
1-aos-5-anos-de-vida/ Acesso em 08/02/2023 as 20hs
RODRIGUES, Fatima. Autismo e Realidade.
https://autismoerealidade.org.br/2019/11/27/quatro-medicos-que-mudaram-a-visao-
do-mundo-sobre-autismo/ Acesso em 08/02/2023 as 19hs
https://institutoneurosaber.com.br/como-e-o-desenvolvimento-da-linguagem-no-
autismo/ Acesso em 11/02/2023 as 13hs
https://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp-content/uploads/2014/07/UM-
OLHAR-SOBRE-O-AUTISMO-E-SUAS-ESPECIFICA/ Acesso em 11/02/2023 as
16hs
https://revistas.cesmac.edu.br/psicologia/article/view/1221/964/ Acesso em
12/02/2023 as 18hs

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