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ABA EM

CASA
E B OOK INT R OD U T ÓR IO P AR A P AIS ,
C U ID AD OR E S E E D U C AD OR E S

Hélida Valença
P S IC ÓL OGA
CRP-02/27368
Apresentação

Hélida Valença
Psicóloga Clínica Comportamental
Analista do Comportamento
Aplicadora ABA
Objetivo
Desejo transmitir o meu conhecimento, ajudando os pais,
familiares e profissionais a compreenderem melhor o
AUTISMO, o ABA e como fazer a aplicação dos programas
em casa com os seus filhos, sem precisar se estressar por
causa da questão financeira, que eu sei que é um dos
motivos que mais desesperam os pais.

De modo a levar os cuidadores a acreditarem que são


capazes, incentivando-os, encontrando maneiras de ajudá-
los a evidenciar objetivamente os progressos, desafiando-os
em momentos de desânimo ou descrença.

Existem muitos cursos na internet sobre o


Autismo e a terapia ABA, mas por já ter me inscrito em
muitos, sei que têm uma linguagem muito técnica, voltada
mais para profissionais.

Meu Objetivo é fazer o uso de uma linguagem mais simples


para todos poderem compreender, já que o meu intuito é
ensinar aos pais, aos cuidadores, principalmente.
Índice
1 MARCOS DO DESENVOLVIMENTO E ATRASOS NO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL

2 AVALIAÇÕES DE TRIAGEM

3 O QUE É AUTISMO? - IMPACTOS NO MUNDO E NA


ATUALIDADE

4 RECEBI O DIAGNÓSTICO DO MEU FILHO E AGORA?

5 TERAPIA ABA - PRINCÍPIOS E DESAFIOS PRÁTICOS

6 AVALIAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO

7 HABILIDADES BÁSICAS E O APRENDIZADO EM


CRIANÇAS COM AUTISMO

8 INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL INTENSIVA

9 COMPORTAMENTO E SUAS FUNÇÕES

10 REFORÇO X PUNIÇÃO

11 COMO EXTINGUIR UM COMPORTAMENTO


INADEQUADO?

12 COMO MOTIVAR O MEU FILHO COM AUTISMO?


E B OOK INT R OD U T ÓR IO P AR A
P AIS , C U ID AD OR E S E
E D U C AD OR E S

ABA EM
C ASA

Desenvolvido por Hélida Valença


1
MAR C OS D O
D E S E N VOL VIME NT O

Desenvolvimento Infantil

Como a criança se desenvolve


ao longo do tempo

Marcos do Desenvolvimento

São as habilidades esperadas para cada idade na


medida em que a criança se desenvolve.

A partir dos Marcos do Desenvolvimento


podemos perceber o que está dentro do
esperado para aquela determinada idade e o
que está em atraso na criança que você está
avaliando.

O nosso objetivo é estimular as crianças que


apresentam atraso, para que possam
aprender as mesmas habilidades que crianças
sem atrasos de desenvolvimento aprendem
com relativa facilidade.

Você sabe quais são as habilidades


esperadas do
1º aos 12 meses de idade?

Veremos a seguir!
1
MAR C OS D O
D E S E N VOL VIME NT O

Espera-se que a criança de

Agarre coisas
Segure brevemente no seio ou na mamadeira
Olhe para rostos
Leve objetos na boca
Brinque com as mãos
Olhe quando escutar algo
Pare de chorar ao escutar uma voz calma e conhecida
Sorria e Vocalize socialmente

Sente-se projetando para frente e apoie-se nas mãos


Vire de bruços
Tente pegar objetos pequenos e segure a mamadeira
Brinque com os pés, remove o paninho do rosto
Agite brinquedos
Reconheça o cuidador visualmente e começe a responder
quando o chamam pelo nome
Emita sons, gritos e expressa raiva
1
MAR C OS D O
D E S E N VOL VIME NT O

Espera-se que a criança de

Sente sem apoio, comece a engatinhar e


se sustente em pé por algum tempo
Sente de cócoras
Transfira objetos de uma mão para outra e
se esforce para pegar um objeto longe de seu
alcance
Responda a um não
Combine vogais e consoantes nos balbucios
Fale pequenas palavras como "mama, papa"

Ande se apoiando nos móveis ou nas mãos das pessoas


Consiga dar 1 ou 2 passos sem apoio
Fique de pé por pouco tempo
Beba no copinho
Bata palmas e dê tchau com a mão
Fale várias palavrinhas "dada", "papa", "água", sim,
não, quero.., mesmo que apresente erros, mas faz-se
entender..
2
AVAL IAÇ ÕE S D E
T R IAGE M

Avaliações de Triagem (M-Chat)

Questionário que serve para identificar


os sinais de Autismo, recomendado pela
Sociedade de Pediatria Brasileira.

A maioria das pesquisas sobre o autismo se


dedica ao Diagnóstico e Intervenção Precoce.

Pois o acompanhamento especializado e


qualificado desde os Primeiros anos da criança
pode amenizar significativamente os sintomas e
reduzir em até dois terços os custos dos cuidados
ao longo da vida.

O autismo é um transtorno caracterizado por


atraso no desenvolvimento e dificuldades na
aprendizagem, por isso se faz tão importante
estimular a criança de maneira organizada,
intensiva e consistente, muitas horas por dia e
todos os dias da semana.

Tentar insistir no Ensino Tradicional com crianças com


autismo pode ser frustrante, desgastante e nada
efetivo.
Por isso a Terapia ABA se faz tão importante.
3
AU T IS MO NA
AT U AL ID AD E

VOCÊ SABE DIZER


QUAL DESSAS CRIANÇAS TEM AUTISMO?

Gostaria de começar lembrando que o Transtorno do


Espectro Autista não tem cara e não conseguimos
através de uma Única foto saber se a criança tem
Autismo ou não.

Quantos de vocês já ouviram a afirmativa


"nossa, ele é tão lindo, nem parece que tem autismo"?

Por isso mesmo, lembrem-se e atentem-se que o


Diagnóstico é estritamente Clínico e fechado através
de observações do Neuropediatra juntamente com os
relatórios da Equipe Multidisciplinar
(Psicólogo, Fonoaudiólogo, Terapeuta Ocupacional,
Psicopedagogo..), além de relatos dos pais e
cuidadores, educadores, somando-se a vídeos e fotos
da criança em seu dia a dia.

Já sabemos que o Autismo não tem cara, mas


porque tanta gente tem falado sobre e tantas
crianças estão sendo diagnosticadas?
É uma doença?
3
AU T IS MO NA
AT U AL ID AD E

O QUE É AUTISMO?

É um transtorno que acomete o Desenvolvimento


Infantil, descoberto em 1943 por Leo Kanner

Caracterizado por prejuízos significativos na


comunicação, na interação social e presença de
interesses restritos e comportamentos repetitivos

Por ser um espectro, cada indivíduo apresenta as


características de forma individual e em graus
diferentes
1 a cada 54 crianças nos EUA tem Autismo (segundo o
Centro de Controle e Prevenção de Doenças –
CDC/2016)

A gravidade da sintomática dos Transtornos do


Espectro do Autismo (TEA) e sua incidência crescente
na população, que não discrimina nacionalidade nem
nível socioeconômico, tem preocupado famílias e
profissionais nas áreas de saÚde e educação.

A boa notícia é que o avanço científico tem


desenvolvido instrumentos para o diagnóstico
cada vez mais precoce do transtorno,
relacionado ao aumento da incidência de
casos não identificados em décadas passadas
são atualmente diagnosticados muito mais
cedo e, mais do que isso, tem mostrado como
lidar com as alterações comportamentais que
implicam desvios e atrasos no curso do
desenvolvimento infantil.
3
AU T IS MO NA
AT U AL ID AD E

AS TERAPIAS PARA O AUTISMO SÃO ACESSÍVEIS?

No Brasil a disponibilidade de profissionais


qualificados para oferecer os serviços
necessários ainda é muito reduzida, seja
como prática privada ou nos serviços
pÚblicos de educação e saÚde.

Os custos de serviços prestados por


profissionais, quando existem, são altos e
estão fora do alcance de grande parcela da
população.

Sabemos também que os Planos de SaÚde, infelizmente,


insistem muitas vezes em dificultar os tratamentos
adequados e o acesso à profissionais qualificados.

É preciso promover uma ponte entre os


centros de produção de conhecimento e as
famílias que podem se beneficiar deles,
ampliando a divulgação dos avanços
científicos, dos serviços disponíveis, dos
benefícios de se enfrentar o diagnóstico e
assegurar ao indivíduo com autismo a
melhor intervenção possível, na intensidade
necessária para produzir efeitos positivos.

É importante ressaltar que o autismo é um transtorno


complexo, com muitos aspectos a serem trabalhados,
e uma Única área do conhecimento não será suficiente
para atender a todas as demandas dessas pessoas.

Ressalto assim a necessidade do trabalho em equipe e


a importância de cada membro dessa equipe
juntamente com parceria da família e da escola.
4
R E C E B I O D I A G N Ó S T IC O
E AGOR A?

O AUTISMO TEM CURA?


Atualmente não há cura para o autismo e
os tratamentos que demonstraram
cientificamente os melhores efeitos no
desenvolvimento dessas crianças são
fundamentados em Análise do Comportamento
(ABA), que deve ser uma intervenção
comportamental, sistemática e intensiva, com
efeito muito significativo na melhora dos
comportamentos, tornando a pessoa com
autismo apta a participar e usufruir ao máximo
das oportunidades em seu ambiente familiar,
social e acadêmico.

Tanto os indivíduos no espectro quanto seus


familiares e cuidadores podem aprender muito uns
com os outros e alcançar excelentes níveis de
qualidade de vida quando o indivíduo é
plenamente incluído em todos os ambientes
significativos (na família, na escola, na
comunidade mais ampla) e tem acesso a uma
intervenção eficaz.

O QUE FAZER APÓS O RECEBIMENTO


DO DIAGNÓSTICO?

A maioria das famílias se sentem desamparadas, pois


muitos não sabem o que é Autismo e nem o tratamento
adequado. Existe uma falta de profissionais disponíveis
nos setores pÚblicos e privados, encarando-se assim uma
dificuldade de encontrar recursos disponíveis na
comunidade e os direitos assegurados para os Autistas.
5
AN Á L IS E D O
C OMP OR T AME NT O

O QUE É A TERAPIA ABA?

É uma ciência que se interessa pelo estudo das


variáveis que afetam os comportamentos

A aplicação dos princípios dessa ciência é chamada


de Análise do Comportamento Aplicada ou
simplesmente ABA (“Applied Behavior Analysis”)

Ao contrário do que muitos pensam, ABA não se aplica


apenas no Autismo, a sua aplicação ocorre em campos
variados, como na clínica psicológica, na educação, na
economia, no desempenho esportivo, entre outros

ABA não é uma Terapia tão nova quanto pensam,


os primeiros estudos são da Década de 60 e o estudo
mais importante da área, e talvez um dos mais
importantes da história do autismo, foi publicado por
Lovaas, na década de 80.

ANÁLISE APLICADA DO COMPORTAMENTO

É uma ciência e não um método


Como toda ciência, ABA está em constante
transformação e seus princípios servem para
fundamentar intervenções em formatos variados
A maneira como esses princípios do comportamento
serão aplicados vai depender do perfil da criança,
dos objetivos traçados, da equipe de intervenção e
da análise do profissional
Elaborada e supervisionada por um Analista do
Comportamento
5
AN Á L IS E D O
C OMP OR T AME NT O

FUNDAMENTOS ABA

Entender as consequências de um comportamento


e a relação com o aprendizado

Comprender que Comportamentos Inadequados


também são aprendidos

Ensinar comportamentos relevantes e significativos


para a Criança

Avaliação criteriosa dos Comportamentos da Criança

Protocolos de registro claros e bem estruturados

QUEM PODE APLICAR ABA?

Psicólogos com formação em Análise do


Comportamento
Pais, responsáveis, educadores e outros
profissionais, como terapeutas especializados e
orientados pela Supervisora ABA
Equipe Multidisciplinar

Afirmar que uma intervenção comportamental tem de


ser planejada e supervisionada por um analista do
comportamento não significa dizer que somente esse
profissional será responsável por toda a intervenção;
ao contrário, ele precisará de parcerias para realizá-la
e o resultado dependerá da Equipe Terapeutica.
5
AN Á L IS E D O
C OMP OR T AME NT O

ANALISTAS DO COMPORTAMENTO

São profissionais que conhecem as variáveis que afetam


a aprendizagem de comportamentos novos, que sabem
planejar o ensino, avaliam alternativas e medem a
efetividade de uma determinada intervenção.

Por isso, as contribuições são inÚmeras no tratamento do


autismo, que consiste basicamente no ensino de
habilidades para melhorar o desenvolvimento da
criança.

QUAIS OS PROBLEMAS NA PRÁTICA DA


APLICAÇÃO ABA?

NÚmero de crianças com autismo é maior do que


a quantidade de profissionais capacitados
Custo financeiro é alto, em função da quantidade
de horas semanais de terapia
A grande maioria das escolas ainda não buscou
se qualificar no tocante as questões
comportamentais

Percebe-se então uma inviabilidade, que é encontrada


na literatura, de nos apoiarmos no suporte apenas de
profissionais especializados para realizar todo o
tratamento.

A solução acessível para disponibilizar a


Intervenção Comportamental Intensiva tem sido
empregar pais, cuidadores, educadores e
estagiários para realizar a intervenção, com
orientação e supervisão de terapeutas
comportamentais capacitados.
6
A VA L IAÇ ÕE S D O
D E S E N VOL VI ME NT O

São avaliações que transmitem informações


a respeito do desenvolvimento da criança
que direcionará a intervenção para o ensino
das habilidades que são realmente
necessárias, sem perder tempo com o ensino
de habilidades que não são fundamentais ou
que a criança já é capaz de fazer e auxiliam
no planejamento da intervenção.

QUEM PODE REALIZAR AVALIAÇÕES?


Pode ser realizada por Profissionais especializados
como psicólogos, terapeutas ocupacionais,
fonoaudiólogos, entre outros, através de Instrumentos
mais adequados para cada criança.

QUAIS OS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO


MAIS USADOS?
Atualmente existem alguns instrumentos disponíveis,
adaptados e/ou validados para a população brasileira.
Os mais conhecidos e utilizados são:

VB MAPP PEP-R DENVER II


6
A VA L IAÇ ÕE S D O
D E S E N VOL VI ME NT O

PORQUE DEVEM SER REALIZADAS?


Como o autismo é um transtorno que afeta várias
áreas do desenvolvimento infantil, é importante ter
uma medida que indique quais áreas estão atrasadas,
qual é o tamanho do atraso em cada área e quais
áreas estão de acordo com o que é esperado para a
idade cronológica da criança.
Essa “fotografia” do desenvolvimento da criança vai
auxiliar no planejamento da Intervenção
comportamental Intensiva, que são as intervenções que
apresentam os melhores resultados cientificamente
comprovados, sugerindo quais áreas devem ser
estimuladas e em que proporção, já que o objetivo da
intervenção deve ser o de estimular ao máximo o
aprendizado da criança com autismo ao de crianças
típicas, sem autismo ou sem quaisquer
outros tipos de transtornos.

Há dezenas de estudos desde a década de 1980 que


demonstram os efeitos positivos da terapia
comportamental no desenvolvimento de crianças
com autismo. Por isso, não basta “fazer ABA”, deve-
se fazer Intervenção Comportamental Intensiva
para a obtenção de habilidades básicas para a vida.

IMPORTANTE LEMBRAR

Intervenção Precoce (a partir dos 18 meses)


Duração de 15 a 40 horas semanais
Ensino de habilidades variadas simultaneamente
Participação da família
Manutenção e Generalização das habilidades aprendidas
7
HAB IL ID AD E S
B ÁS IC AS

HABILIDADES BÁSICAS

ATENÇÃO
IMITAÇÃO

COORDENAÇÃO

LINGUAGEM PRÉ-ACADÊMICAS

As Habilidades básicas são constituídas por


comportamentos simples e iniciais, que por sua vez são
requisitos para aprendizagens mais complexas.

O contato visual é uma habilidade básica que é


requisito para comportamentos mais elaborados,
como falar ou interagir socialmente.
INT E R VE NÇ ÃO
8 C OMP OR T AME NT AL
INT E NS IVA

O comportamento observado nas duas crianças é o mesmo?

A resposta é Não!
As crianças estão fazendo a MESMA coisa, que é chorar,
mas o comportamento não é o mesmo.

Na primeira imagem a criança estava chorando porque


queria a chupeta e a mãe não lhe deu.

Na segunda imagem a criança estava chorando porque


estava se irritando facilmente por qualquer motivo, já
que estava com sono.

Por isso, ao falarmos de comportamento, não é suficiente


olharmos para aquilo que a pessoa está fazendo, mas é
fundamental considerar o CONTEXTO no qual a resposta
acontece.

Essa perspectiva a respeito do comportamento faz total


diferença na hora de realizar a intervenção terapêutica,
no qual chamamos de Análise Funcional do
Comportamento, para entedermos a sua função.
INT E R VE NÇ ÃO
8 C OMP OR T AME NT AL
INT E NS IVA
Na Análise do Ccomportamento temos alguns TERMOS
ESPECÍFICOS que facilitam o entendimento sobre
comportamento, suas funções e como devemos
manejá-lo da forma correta.
COMPORTAMENTO: é tudo aquilo que as
pessoas fazem em um determinado contexto
CONTINGÊNCIA: É o contexto em que o
comportamento ocorre
TRÍPLICE CONTINGENTE: é o Estímulo
Antecedente, a Resposta e a Consequência

Vamos Exemplificar com a imagem abaixo para


facilitar o entendimento

O estímulo antecedente foi o bebê ter visto a chupeta


em cima da mesa, a resposta, ou seja, o
comportamento emitido foi o choro e a consequência
foi, a mamãe ter lhe dado a chupeta.
9 C OMP OR T AME NT O
E S U AS F U NÇ ÕE S

ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO

É a análise dos aspectos da contingência vistos


anteriormente para saber o que está mantendo o
comportamento, seja ele funcional ou disfuncional.

FUNÇÕES DO COMPORTAMENTO
Vamos entender agora as funções do comportamento,
o porque dele existir e o que o mantem.

ATENÇÃO: quando a criança faz algo buscando


atenção do outro.

FUGA/ESQUIVA: quando a criança se comporta com o


objetivo de escapar de uma demanda. A fuga acontece
quando a demanda já está instaurada, enquanto na
Esquiva a demanda ainda vai ocorrer.

OBJETO TANGÍVEL: quando a criança busca obter algo,


seja um brinquedo, um tablet, um comestível.

REFORÇAMENTO AUTOMÁTICO: quando a criança


obtem prazer consigo mesma, pode ser através de
uma estereotipia, ecolalia, comportamentos
autolesivos.

Compreendendo as funções do comportamento que a


criança apresenta, podemos iniciar o processo de
modificação comportamental, ensinando a criança novos
comportamentos, mais adequados e motivadores.
10 R E F OR Ç O X
P U NIÇ ÃO

Os Estímulos Antecedentes não causam


automaticamente as respostas, esses estímulos
aumentam ou diminuem a probabilidade da resposta
ocorrer de acordo com a consequência.

Por isso em ABA falamos tanto dos conceitos de


Reforço e Punição.

REFORÇO: são consequências que aumentam a


probabilidade de uma resposta ocorrer novamente

PUNIÇÃO: são consequências que diminuem a


probabilidade de uma resposta ocorrer novamente.

Esta observação torna-se importantíssima para o


planejamento educacional, pois dependendo de como
a criança responder a determinada atividade,
aumentará ou diminuirá a probabilidade dela se
motivar em querer repetí-la e aprender mais.

É importante planejar o antecedente se voce já


conhece a criança e sabe que as respostas dela sempre
são as mesmas.

EXEMPLO: ativididade de brincar com a massinha e a


criança sempre leva a massinha a boca para chamar a
sua atenção. Sabendo disso, você já antecipa
segurando e conduzindo a mão da criança para o que
você quer que ela faça, impedindo-a de apresentar um
comportamento inadequado e dando atenção e
reforçando o comportamento correto.
10 R E F OR Ç O X
P U NIÇ ÃO

Toda contingencia é seguida por uma consequência,


que pode ter efeito sobre a futura resposta.

Se a pessoa emitir a mesma resposta, significa que ela


foi reforçada (reforço), caso ela não emita, significa
que aquilo foi aversivo e desmotivador (punição).

O QUE REFORÇA OU PUNE UMA RESPOSTA VARIA DE


PESSOA PARA PESSOA E DE UM CONTEXTO PARA
OUTRO.

EXEMPLO
A criança pode amar salgadinho durante um período,
mas depois pode enjoar e aquilo que antes a
motivava, passa a se tornar indiferente ou aversivo,
deixando de motivá-la.

É importante lembrar que


O COMPORTAMENTO SÓ EXISTE PORQUE É
REFORÇADO.

O reforço é fundamental no ensino de habilidades


porque esperamos que a criança aprenda a fazer
coisas que antes não sabia e que faça de maneira
consistente e repetida, que são as habilidades
básicas, como manter o olhar, imitar, falar, seguir
instruções.
10
R E F OR Ç O X
P U NIÇ ÃO

É importante o adulto perceber o que reforça


(motiva) a criança, pois consequência reforçadoras
positivas tendem a aprendizagens mais divertidas e
leves.

Lembrando sempre que o reforço precisa ser imediato


para que a criança associe o que ela fez a algo bom e
positivo, assim a criança associará e aprenderá mais
rápido.

EXEMPLO
A criança falou mama, e a mãe deu atenção imediata,
sorrindo, fazendo festa.. “isso ai, filha, é a mamãe”!!!
A criança associa o mama ao mamãe e tenderá a
repetir caso a atenção da mãe tenha sido reforçadora
para ela.

EXEMPLO
A criança falou mama, e a mãe gritou, fez festa,
pulou, mas isso assustou a criança e a criança não foi
reforçada. Logo, a criança dificilmente irá repetir o
"mama", pois foi algo aversivo para ela.

Por isso é IMPORTANTÍSSIMO CONHECER A SUA


CRIANÇA.
10 R E F OR Ç O X
P U NIÇ ÃO

TIPOS DE REFORÇAMENTO

Avaliação de Preferência: avaliar qual é o


reforçador master para a criança
Reforço Contínuo: reforçar todas as vezes que a
criança responder corretamente
Reforço Intermitente: reforçar a cada n vezes de
resposta correta
Economia de Fichas: trabalhar a espera, para a
criança visualizar quando irá ganhar o reforçador

Na Análise do Comportamento os termos "positivo” e


“negativo” existem para diferenciar os tipos de
consequências que podem ser reforçadoras e
punitivas.

Dessa maneira há reforço positivo e negativo,


assim como punição positiva e negativa.
10 R E F OR Ç O X
P U NIÇ ÃO

Na Análise do Comportamento
os termos Positivo e negativo não se referem
necessariamente a algo bom ou ruim.

POSITIVO NEGATIVO
é o acréscimo de um é a retirada de um
estímulo ao ambiente estímulo ao ambiente

Comestíveis
Atividades

Sociais Brinquedos

Eletrônicos
11 C OMO E XT INGU IR U M
C OMP OR T AME NT O

PROCEDIMENTO DE EXTINÇÃO

O efeito inicial da extinção pode ser o aumento da


frequência da resposta, variabilidade e respostas
emocionais, o que pode parecer que a criança está
piorando, pois estará fazendo mais birras, por isso é
preciso ter consistência.

Utilizado quando se deseja diminuir comportamentos se


equipara com o objetivo da punição com diferenças na
execução.

Processo que tem como efeito final a diminuição da


frequência da resposta comportamental.

Na Análise do Comportamento não utilizamos a


Punição porque a criança para de emitir o
comportamento de forma abrupta, apenas na
presença do agente punidor.
A criança não aprende o comportamento correto,
apenas passa sentir pânico e medo na ausência da
consequência punitiva, podendo voltar a emitir a
resposta inadequada, que acaba sendo reforçada por
outra consequência, ou seja, a punição não é eficaz.

Na EXTINÇÃO a criança deixa de fazer


gradativamente e pode demorar, aprendendo um
novo comportamento correto, a partir da retirada
do reforçador que mantinha a resposta
inadequada. Os resultados são lentos, porém
douradoros.
12 C OMO MOT I V A R O
ME U F IL HO?

Diante de tudo o que foi aprendido ao longo deste


Ebook, você tem conteÚdos suficientes para saber
como motivar seu filho ou filha e ensiná-lo novas
habilidades.

Após a compreensão destes conceitos básicos, você


estará preparada (o) para entender os
comportamentos que a sua criança apresenta, a
função do comportamento que o mantem e como
modificá-lo.

A partir deste conhecimento, você poderá ir em busca


de aprender a Aplicar o ABA em casa, como planejar
os programas de acordo com a idade da sua criança e
como fazer o passo a passo.

Importante lembrar que a Supervisão se faz


necessária para que o seu filho ou filha se desenvolva
da forma adequada.

Desta forma, mantenho-me à disposição para


orientá-los no desenvolvimento da sua criança.
C ONS ID E R AÇ ÕE S
F IN A I S

Parabéns pela decisão de iniciar a busca do


conhecimento que irá te permitir ensinar o seu
filho ou filha novas habilidades.

Fico muito feliz de poder contribuir neste


primeiro passo, lembrando que o importante é
começar e ser consistente, pois o nosso objetivo
é proporcionar autonomia e qualidade de vida
para a sua criança.

Conte comigo para o que precisar!!!

Vocês conseguem me encontrar nas redes


sociais abaixo

@psicologia.acolhimento_

psi.helidavalença@gmail.com

OBRIGADA E ATÉ A PRÓXIMA!!!

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