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4. ÉTICA NO TRÂNSITO........................................................................... 14
8. CTB ....................................................................................................... 25
Fonte: www.rondoniaovivo.com
1.1 ÉTICA
Certo ou errado; bom ou mau; bem ou mal; bonito ou feio. Quando se qualifica
um comportamento (seja ele qual for), tem-se em vista um critério definido no espaço
da moralidade.
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Conclusão: Ainda hoje, no Fórum de Bragança Paulista, está em vigor uma lei
que obriga os puxadores de carros de bois a untar os eixos com sebo, a fim de não
perturbar o silêncio da comunidade. Dessa forma, por várias décadas, o
descumprimento daquilo que foi acordado juridicamente entre os indivíduos e a
comunidade implicava sanções. Uma sanção é sempre a recompensa ou castigo em
face de um pedido, uma advertência ou uma lei. No caso do descumprimento da lei,
ela é punição (não apenas de “efeito moral”, como o castigo); punição legalizada.
Assim, na ordem hierárquica, um costume pode vir a ser uma norma e uma norma
virar lei.
Mas nem sempre uma norma ou regra precisa virar lei. Exemplo: “Não pise na
grama da praça”. Ou um costume precisa virar norma.
PEREIRA, Otaviano. O que é moral. São Paulo: Brasiliense, 1998.
É no espaço da moralidade que comportamentos são aprovados ou
reprovados. A grande maioria das pessoas acredita que, ao agir corretamente (de
acordo com as normas impostas pela sociedade) tem maiores possibilidades de
aceitação social.
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É nesse sentido que ela não se confunde com a moral. No terreno desta última,
os critérios utilizados para conduzir a ação são os mesmos que se usam para os juízos
sobre a ação, e estão indiscutivelmente ligados a interesses específicos de cada
organização social. No plano da ética, estamos numa perspectiva de um juízo crítico,
próprio da filosofia, que quer compreender, quer buscar o sentido da ação.
A moral, numa determinada sociedade, indica o comportamento que deve ser
considerado bom ou mau. A ética procura o fundamento do valor que norteia o
comportamento, partindo da historicidade presente nos valores.
RIOS, Terezinha Azeredo. Ética e competência. São Paulo: Cortez, 1995.
Falar sobre ética não é tão fácil quanto parece. Por exemplo: roubar comida
num supermercado para alimentar os filhos que passam fome. É ético? Nesta
situação: deve-se levar em conta o valor “vida” − alimentar os filhos para que não
morram − ou o valor “propriedade privada” − não roubar?
No espaço da moralidade, roubar é errado. Já no plano da ética...
Meu dilema não significa, em primeiro lugar, que se escolha entre o bem e o
mal; ele designa a escolha pela qual se exclui ou se escolhe o bem e o mal.
Kierkegaard, filósofo dinamarquês (1813-1855).
É possível dizer que a máxima da ética é o bem comum. As pessoas convivem
em sociedade e precisam se perguntar, por mais difícil que seja a resposta: “como
devo agir perante os outros?”. Pensar sobre nossa conduta e sobre a conduta dos
outros a partir de valores e não de receitas prontas pode ser um bom caminho. Porque
nem tudo na vida é certo ou errado, bom ou mau e ponto final. Conforme o momento
ou as circunstâncias, aquilo que parecia ser o certo (ou errado) pode mudar.
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No Brasil, nos anos 1800, era deselegante permanecer com chapéu no interior
dos veículos. A norma: tirar o chapéu, colocá-lo sobre os joelhos ou junto ao peito,
sempre com o forro de seda virado para dentro.
Se os costumes mudam, as sociedades mudam, as pessoas mudam, por que
alguns conceitos na educação de trânsito perduram por tantos anos em nosso país?
“Trânsito é a integração entre veículo, via e homem”.
“O acidente de trânsito é consequência de um comportamento inadequado do
usuário, produto de algum processo psicológico que não funciona bem”.
“O objetivo da educação de trânsito é formar motoristas do futuro”.
“Trânsito é um fenômeno dos grandes centros urbanos”.
É até curioso pensar que, num mundo em que os valores mudam com tanta
velocidade, alguns conceitos tratam o trânsito de forma extremamente simplista.
Parece que, nesta área, as verdades são eternas e as definições valem para sempre.
Mas no trânsito, como na vida, não existem verdades absolutas. E, como na
vida, é preciso estar preparado para aprender, mudar conceitos, evoluir. Esta nova
perspectiva permite pensar em trânsito como um DIREITO. Afinal, trânsito envolve o
direito fundamental de ir e vir.
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(...) Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta
o lápis, que vê a uva etc. etc.
Perdoai.
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
BARROS, Manoel. Retrato do artista quando coisa. Rio de Janeiro:
Record,1998.
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Agora, pensando por outro lado: agindo assim, uma pessoa daria o melhor
destino à sua vida? Ela teria valido a pena? Bem, certamente estaria em concordância
com Cecília Meireles, que escreveu: a vida só é possível reinventada.
Para a borboleta do poeta, a vida reinventou-se no momento em que deixou o
casulo e alçou voo com suas asas imensas. Mal sabem os homens que as asas que
possuem são muito maiores e, por isso mesmo, permitem voar muito mais alto: as
asas da imaginação. E para voar é preciso: romper com o “velho”, ousar e querer
mais, aceitar o desafio de mudar.
É muito mais difícil criar a moral da efetiva realização do homem, de nós
mesmos, de nossas entranhadas relações, de nossas heranças, e nela crescer, do
que continuar na conveniência da moral vigente, instalada. Da moral às vezes grudada
na pele como sujeira, fruto de nossa própria acomodação.
Se o profissional da educação de trânsito não for capaz de ser e de viver como
borboleta, jamais poderá exigir o mesmo dos outros. Ninguém será capaz de
transformar nada e ninguém se não for capaz de transformar a si mesmo. Será
possível elaborar um material educativo ou dar uma palestra sobre o perigo do uso do
celular no trânsito, por exemplo, se a pessoa dirige e fala ao celular? Falar sobre
álcool, se bebe e dirige? Que verdade esta pessoa transmite aos demais? Como
ensinar valores sem praticá-los? Talvez seja este o aprendizado mais difícil: manter o
movimento permanente, a renovação constante, a vida vivida como caminho e
mudança.
Depois dessas considerações, está claro que educação de trânsito não é uma
educação qualquer. Para torná-la realidade, são necessárias ações educativas
comprometidas com informações, mas, sobretudo, com valores ligados à cidadania.
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6. O QUE É O TRÂNSITO?
“O trânsito é uma disputa pelo espaço físico, que reflete uma disputa pelo tempo
e pelo acesso aos equipamentos urbanos - é uma negociação permanente do espaço,
coletiva e conflituosa. E essa negociação, dadas as características de nossa
sociedade, não se dá entre pessoas iguais: a disputa pelo espaço tem uma base
ideológica e política; depende de como as pessoas se veem na sociedade e de seu
acesso real ao poder. “ (Vasconcelos, 1985).
Nosso “modelo rodoviário” de mobilidade explica, em parte, porque temos uma
visão limitada do que é trânsito. É fundamental, para uma análise consistente deste
assunto, lembrar que tudo o que produzimos e consumimos, depende direta ou
indiretamente do trânsito, que todos somos pedestres em algum momento – mesmo
que apenas entre a casa e o carro, ou entre o carro e o escritório. Por isso mesmo
temos, sim, nossos DIREITOS. O difícil é mantermos em mente também, no mesmo
nível de importância, nossos DEVERES para com o trânsito.
“O dono do veículo julga-se com muito mais direito à circulação do que os
demais participantes do trânsito, o que está ligado às características autoritárias da
nossa sociedade e à falta de conscientização sobre os direitos do cidadão, que faz
com que os motoristas ocupem o espaço viário com violência. O pedestre, por sua
vez, assume o papel de cidadão de segunda classe, numa cidade que é cada vez
mais o habitat do veículo e o antihabitat do homem.” (Vasconcelos, 1985)
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Lei 9.503: desde 1998, o Código de Trânsito Brasileiro determinou (Art. 76) que
a Educação para o Trânsito é obrigatória nas escolas, em todos os níveis, desde a
pré-escola até a universidade.
Países que investiram em Educação para o Trânsito obtiveram excelentes
resultados. Bons exemplos disso são a Suécia e o Japão, que já amargaram
estatísticas tão lamentáveis como as nossas e hoje são referenciais de trânsito seguro
no mundo. A experiência de países que já passaram por situações críticas mostra que
a Educação para o Trânsito funciona.
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Campanhas curtas não funcionam ou funcionam mal, pois têm efeito efêmero,
assim como programas interrompidos. Estudos demonstram que as campanhas
pontuais de Educação para o Trânsito mais deseducam do que ensinam, pois passam
a ideia errônea, subliminarmente, de que existem alguns períodos do ano nos quais
se deve cumprir as regras de trânsito, tomar cuidado com os riscos ou se interessar
pelo assunto: fica parecendo que a segurança no trânsito não precisa ser uma tarefa
contínua.
A falta de material didático adequado já comprometeu muitas ideias boas e bem
intencionadas. Quando a aplicação do conteúdo depende de o professor confeccionar
o seu próprio material didático, tudo fica mais difícil, pois nem todos têm habilidade,
paciência ou mesmo tempo para fazê-lo. Materiais didáticos com informações erradas,
pouco atrativos ou pouco amigáveis para instrutores, professores e alunos
comprometem bons programas ou campanhas.
Outra situação que complica, limita e até inviabiliza a implantação ou a
continuidade de programas de Educação para o Trânsito é o custo por aluno atingido.
Métodos dependentes de distribuição de cartilhas geralmente apresentam este
problema.
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Fonte: www.garagem360.com.br
Fonte: www.doutormultas.com.br
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www.encrypted-tbn2.gstatic.com
2o Para preservar nossos recursos humanos: perder até 50 mil vidas por ano
e deixar outras 300 mil com sequelas permanentes é um quadro vergonhoso e indigno
da condição humana. Quantos talentos e personalidades brilhantes estão se
perdendo? Quantos filhos, maridos, esposas, pais, mães, sobrinhos ainda vamos
perder antes de reverter às estatísticas?
3o Porque é muito mais barato educar do que remediar. Por uma simples
análise econômica fica evidente que investir em educação, evitando acidentes, custa
muito menos do que se gasta com despesas hospitalares, indenizações,
aposentadorias precoces por invalidez, prejuízos materiais, etc.
4o Finalmente, porque se houvesse Educação para o Trânsito, consistente e
adequadamente, sozinha, ela resolveria a maioria dos problemas do trânsito
brasileiro, num efeito dominó positivo. Quando as pessoas entendem o que está
sendo exigido, compreendem a necessidade de proteger a vida e enxergam os
mecanismos todos criados para tornar o trânsito seguro: tornam-se colaboradores e
não críticos sem conhecimento de causa.
Fonte: www.rede.novaescolaclube.org.br
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www.educacaotransitoportalprofessor.files.wordpress.com
Fonte:
www.portalsj.com
Fonte: www.novotempo.com
É seu dever:
• Transitar sem constituir perigo ou obstáculo para os demais elementos do
trânsito. Todas as demais normas são derivadas deste preceito simples.
São seus direitos:
•. Utilizar vias seguras e sinalizadas. Em caso de sinalização deficiente ou
inexistente, a autoridade com jurisdição sobre a via deve responder e ser
responsabilizada.
• Sugerir alterações a qualquer Artigo ou norma do CTB e receber resposta,
bem como solicitar alterações em sinalização, fiscalização e equipamentos
de segurança e ser atendido ou receber resposta.
• Cobrar das autoridades a Educação para o Trânsito (Art. 74), que é
prioridade definida pelo CTB.
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14. ACIDENTES
Fonte:
www.agravo.blog.br
O CTB prevê penalidades e até pena de prisão para quem causar ferimentos
em outra pessoa, no trânsito, mesmo sem ter qualquer intenção.
• Deixar de prestar socorro imediato ou abandonar o local para fugir da
responsabilidade civil ou criminal (Art. 304 e 305).
Atenção: isto será considerado crime, mesmo se a vítima já estiver morta
ou se o atendimento tiver sido prestado por outra pessoa. (Art. 304)
• Dirigir sob influência do álcool ou de substâncias de efeitos similares (Art.
306).
• Participar de rachas ou competições não autorizadas (Art. 308).
• Transitar com velocidade incompatível com a segurança e as condições
locais (Art. 311).
Estes são considerados crimes dolosos, (Código Penal) nos quais o condutor
tinha a intenção, ou pelo menos sabia que seus atos poderiam ter consequências
prejudiciais. Por isso são mais graves, e preveem penalidades e penas mais severas.
•. Dirigir ou permitir que alguém dirija, sem ser habilitado, com a habilitação
suspensa ou cassada, embriagado ou sem condições físicas e mentais de
dirigir com segurança (Arts. 309 – 310).
• Prestar informações errôneas a policiais ou agentes de trânsito, sobre
qualquer aspecto de uma ocorrência (Art. 312).
Fonte:
www.sfnoticias.com.br
Está ficando cada vez mais difícil inventar desculpas para crimes como dirigir
embriagado, em alta velocidade, participar de rachas, etc. Já era hora: afinal, um país
não poderá ser considerado desenvolvido enquanto não civilizar e humanizar o seu
trânsito.
16. INFRAÇÕES DE TRÂNSITO
Fonte: www.gazetadopovo.com.br
Fonte: www.cidadesnanet.com
17. BIBLIOGRAFIA