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CURSO DE DIREITO
NARCISO
Recife
2014NARCISO
O BULLYING E O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Recife
2014
Narciso
BANCA EXAMINADORA
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Prof.
Orientador - Presidente
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Primeiro Membro
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Segundo Membro
“A DIGNIDADE HUMANA é a qualidade intrínseca e
distintiva reconhecida em cada ser humano que o faz
merecedor do mesmo respeito e consideração por parte
do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido,
um complexo de direitos e deveres fundamentais que
assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de
cunho degradante e desumano, como venham a lhe
garantir as condições existenciais mínimas para a vida
saudável, para que tenha bem-estar físico, mental e
social, além de propiciar e promover sua participação
ativa e co-responsável nos destinos da própria existência
e da vida em comunhão com os demais seres humanos.”
(Ingo Sarlet – Juiz e Jurista brasileiro)
AGRADECIMENTO
This study aims to analyze the military administrative process from the rules of
substantive law applied military corporations in the State of Pernambuco under
the Military Police of Pernambuco, more specifically the Law 11.817 of July 24,
2000, which provides for the Military Disciplinary Code of the State of
Pernambuco, with emphasis on its disagreement with the Federal Constitution
of 1988. The research was bibliographical nature, whence it follows that, the,
military must also be ensured the application of the principles of fundamental
rights and guarantees provided in the Constitution in force. And that strict
adherence to hierarchy and discipline dictated by the military authorities in
disciplinary regulations were imposed through state decrees, does not imply the
failure of the constitutional rights guaranteed to all citizens, including the
military.
ART. Artigo
CD Conselho de Disciplina
CDMEPE Código Disciplinar dos Militares do Estado de Pernambuco
CF Constituição Federal
CJ Conselho de Justificação
CRFB Constituição da República Federativa do Brasil
EC Emenda Constitucional
EM Estatuto dos Militares
RDE Regulamento Disciplinar do Exército
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................
..
1 O PROCESSO ADMINISTRATIVO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DE 1988 – CONSIDERAÇÕES
GERAIS.......................................................
1.1 • Processo e
Procedimento ................................................................
2.1 Conceituação
Há relatos que descrevem ser o bullying muito antigo, porém, não foi
constatada nenhuma informação sobre este fenômeno antes da década de
1970. As famílias somente começaram a perceber este tipo de violência nas
escolas nos anos de 1972 e 1973, na Escandinávia, tendo se alastrado pela
Noruega e Suécia, seguindo para Europa. Na escala global ainda é difícil
mensurar o bullying, contudo, forças governamentais e sociais de vários países
estimam que 35% de alunos em idade escolar do mundo todo estão inseridas
em algum tipo de violência escolar (CHALITA, 2008).
Diante disso, o autor relata que um dos precursores do estudo da
violência escolar foi o professor da Universidade de Bergen, Noruega, Dan
Olweus, que elaborou um questionário contendo 25 questões, entrevistando 84
mil alunos, 400 professores e mil pais. Todo o material coletado deu ao autor
da pesquisa a oportunidade de compreender o fenômeno bullying, sua
natureza, causas, formas de manifestação, características e extensão. O
pesquisador também verificou o impacto causado pelas intervenções que
haviam iniciado nas escolas da Noruega.
Apesar da pesquisa de Olweus não ter causado muito impacto na
época, seu estudo ganhou notoriedade no ano de 1983, quando três meninos,
com idades entre 10 e 14 anos, se suicidaram. Segundo informações secretas,
foram vítimas de bullying. Este fato deixou os pais e professores atormentados,
mas, para o pesquisador, foi um momento importante, pois demonstrou que
este fenômeno era um mal a ser combatido. Olweus acabou lançando um livro
com maneiras de combate do bullying, sendo seguido por várias camadas da
Noruega, como também se estendendo para outros países. Desse modo, o
autor ressalta que:
BULLYING
Para Ishida (1988, p. 38, 39): “Um dos direitos básicos assegurados
tanto à pessoa e em especial à criança e ao adolescente é o direito ao respeito,
visando à manutenção da integridade física, psíquica e moral”.
Insta destacar, que muitas vezes há uma linha muito tênue que
diferencia o ato infracional do ato indisciplinar na escola. Por exemplo, uma
ofensa verbal dirigida a um professor ou funcionário da escola. A depender do
contexto e do tipo de ofensa poderá ser assinalado por um simples ato
indisciplinar ou mesmo estar tipificado como ato infracional, no caso de
qualificar uma difamação ou injúria, crime previsto no Código Penal. No caso,
indicando mero ato de indisciplina, a penalidade prevista, dependerá única e
exclusivamente das normas e diretrizes fixadas pelo regimento escolar.
Não obstante, é imperioso que se esclareça que este não é o único viés deste
problema.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Entretanto, afora o art. 927, o Código Civil de 2002 traz ainda outros
preceitos relevantes sobre este ponto. Um deles é o do art. 928 que aborda a
responsabilidade civil do incapaz, in verbis:
Sob este ângulo, insta destacar que a CRFB de 1988 de acordo com o
art. 127, incumbe ao Ministério Público a proteção dos interesses sociais e
individuais indisponíveis. Trata-se de Instituição constitucionalmente incumbida
da defesa dos interesses da sociedade, sejam eles coletivos, difusos ou
individuais indisponíveis, e que, pelo texto estatutário, assumiu obrigações que
lhe colocam na qualidade de verdadeiro curador da infância e adolescência.