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5. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................15
1. INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
Partindo desse pressuposto, esse projeto busca investigar a atuação dos pais
frente queixas do transtorno, como conseguem lidar com a adaptação de seus filhos
na escola, se estão satisfeitos ou não com os processos desenvolvidos pela escola
e seus integrantes, para a aprendizagem escolar dos alunos disléxicos. Em um dos
artigos científicos que fomentam esse projeto destaca-se esse trecho de uma
pesquisa quantitativa e qualitativa presente no mesmo:
1
“Em relação à repercussão do diagnóstico de dislexia na vida do filho, 68%
dos pais responderam que era uma desvantagem pedagógica, 36%
disseram que isso interfere negativamente na autoestima do filho, 45%
referem insegurança, 32% disseram que os filhos desenvolveram outras
habilidades e 5% escreveram que não houve nenhum tipo de prejuízo;
[...]Sobre a necessidade de maiores informações a respeito da dislexia, 85%
dos pais responderam que gostariam de receber mais informações, desses
41% queriam conhecer novos tratamentos[...].” (ROCHA, Maria Angélica
Moreira. 2009. p. 242-253).
2
1.2 OBJETIVOS
1.3 HIPÓTESES
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projeto escolar proposto a essas crianças, participando e auxiliando no
desenvolvimento desses sujeitos. Que essa inter-relação possa ter promovido a
melhora no desenvolvimento educacional dessas crianças, trazendo melhores
resultado no combate aos malefícios da dislexia e corroborando para o maior
sucesso escolar no presente em contrapartida a estudos de anos passados.
1.4 JUSTIFICATIVA
2. MÉTODOS
2.1 SUJEITOS
Os sujeitos a serem tratados nessa pesquisa são os alunos, seus pais e/ou
responsáveis e professores. Tendo como objeto de pesquisa, a dislexia e como se
dá a inter-relação entre os sujeitos frente ao transtorno.
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Para a coleta de dados, utilizaremos um computador ou celular com internet,
buscaremos em sites de conteúdos acadêmicos científicos e fidedignos, a
bibliografia a respeito do tema. A proposta é selecionar a partir dos descritores e
palavras-chave (dislexia, escola e aprendizagem) artigos científicos originais escritos
em língua portuguesa, publicados na íntegra, no período entre janeiro/2009 e
dezembro/2021. Será feita uma comparação cronológica e a média do número de
artigos publicados por ano; e quantos deles se enquadram para essa pesquisa em
questão. Dentro desse período, apenas quatro artigos serão escolhidos para a
comparação, selecionados por título e resumo a ler os textos, após filtragem e
exclusão dos textos repetidos; não disponibilizados na íntegra; publicados em outras
línguas que não a língua portuguesa; textos publicados fora do período pré-
estabelecido; e textos do tipo revisão ou reflexão sobre os temas de interesse deste
estudo. Além do mais, os quatro artigos deverão conter os sentimentos e
concepções sobre o transtorno da dislexia na visão subjetiva dos alunos, pais e
professores dos acometidos pela mesma no ambiente escolar; ou pelo menos um
desses assuntos, não somente intervenções ou mais levantamentos de dados de
como a dislexia atua, mas como se sentem aqueles que sofrem ao lidar com o
transtorno.
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A ética é de extrema importância para a realização de qualquer ato, tanto no meio
acadêmico como na vida cotidiana. Com isso, tomaremos o cuidado de utilizar
somente documentos científicos postados em sites verificados e confiáveis, a fim de
avaliar e transmitir fatos verídicos. Além disso, todos os artigos serão referenciados
e estudados da forma adequada, evitando, assim, o plágio. É preciso ter o cuidado
com a coleta e análise de dados para que seja mantido o rigor científico necessário
a toda pesquisa científica.
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selecionamos um artigo também de 2016 que definimos útil e complementar a essa
pesquisa.
7
Número de artigos publicados por ano no site PEPSIC a partir do descritor
10
9
8
7
Nº de artigos
6
5
4
3
2
1
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Ano de publicação
“dislexia”:
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(57%), os quais esses podem ser incluídos nas classes de educação regular caso
forem realizadas adaptações e os professores tiverem suporte. Apesar disso, no que
se refere às deficiências múltiplas (50%) e transtornos invasivos do desenvolvimento
(43%), os professores ficaram divididos. Nos distúrbios emocionais graves (21%), a
maioria dos educadores não acredita na inclusão.
Diante disso, foi apresentado que há dificuldades encontradas no trabalho com os
alunos especiais, 64% pela falta de conhecimento dos professores, 43% falta de
projeto pedagógico individualizado, 36% indisciplina do aluno, 29% falta de
condições oferecidas pelas escolas, 29% quantidade de alunos em sala de aula,
21% dos alunos demandam de atendimento individualizado em sala e 7%, não
aceitação pela própria criança.
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algumas recomendações, que foram baseadas na proposta da International Dyslexia
Association1:
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respeito da dislexia entre professores de língua portuguesa do ensino fundamental.
Participaram 27 professores que ensinavam da 5 a 8 série, sendo 17 de escola
pública e 10 de escola particular.
Ao longo do estudo, ao questionar sobre as possíveis causas desencadeantes da
dislexia, 73,2% apontaram problemas emocionais, enquanto 37,6% apontaram falta
de motivação. Refletindo a respeito da desmotivação em atividades de leitura, 95%
concordaram que os textos se tornariam cansativos e dificultosos devido à
dificuldade no processamento fonológico, o que levaria ao menor interesse nesse
tipo de atividade.
Além da desmotivação, 50,6% dos professores apontaram também a desatenção,
77,5% (GI: 65%; GII: 90%) apontaram que o aluno disléxico apresenta
comportamento disperso, 21,7% indicaram baixo nível de inteligência, 83% (GI:
76%; GII: 90%) concordaram que o aluno disléxico apresenta inteligência na média,
35,6% se referiram a dislexia como decorrente da má alfabetização e 27,6%, às
condições socioeconômicas precárias.
Embora tenham sido observadas diferenças descritivas absolutas entre GI e GII, ao
ser realizada a correlação estatística por meio do Teste Exato de Fisher, não houve
associação significativa entre os achados em relação às variáveis estudadas.
A partir da amostra, 68% (GI: 76%; GII: 60%) dos professores entenderam a dislexia
como uma condição hereditária com alterações genéticas e de padrão neurológico,
mas 18,5% (GI: 17%; GII: 20%) não consideraram o parentesco de primeiro grau
como fator um predispotente. 89% (GI: 88%; GII: 90%) consideraram que os alunos
com dislexia apresentam maiores dificuldades em relação aos alunos sem
transtornos, o que acarreta graves prejuízos no desempenho acadêmico. 63% (GI:
76%; GII: 50%), afirmaram haver discrepância inesperada entre o potencial para
aprender a ler e o desempenho escolar do aluno dislexico.
A respeito das alterações fonológicas em alunos dislexicos, 29% dos professores
indicaram haver um bom reconhecimento de palavras, mas fraca compreensão
autditiva; 44% sinalizaram dificuldades na nomeação; 55% confusão na lateridade e
na nomeação de direita e esquerda; 33%, dificuldade em diferenciar forma, cor,
tamanho e posição. 22%, alteração na perecpção auditiva e na análise síntese de
fonêmas; 67%, dificuldades no reconhecimento de rimas e aliterações; 63%, lentidão
no processamento de palavras e no reconhecimento e no reconhecimento visual
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imediato de diferenças entre palavras similares, tanto na forma como no fonêma; e
78% reconheceram no aluno disléxico o uso de estratégias compensatórias, como
subvocalizar e mover os lábios para facilitar a compreensão das palavras. 74%
concordaram com a afirmativa de que alunos disléxicos fazem substituiçãos de
palavras por sinônimos.
Quando as informações dos grupos sobre a condição fonológica do aluno com
dislexia foram submetidas ao estudo estatístico para comparação dos achados
(Teste Exato de Fisher), verificou-se significância estatística (p=0,039) na
diferenciação de forma, cor, tamanho e posição (FCTP).
De acordo com 88% (GI: 76%; GII: 100%) da amostra, o aluno com dislexia, no ato
de escrever, apresentaria maior confusão na execução gráfica de símbolos com
diferentes orientações espaciais. No entanto, 54,5% (GI: 59%; GII: 50%) da amostra
acredita que o estudante disléxico teria melhor desempenho na leitura se o texto
estivesse invertido ou em espelho.
Quanto aos recursos da memória na dislexia, 84% dos professores afirmaram que
os alunos apresentam dificuldade em rememorar fonemas. No entanto, 72%
evidenciaram não possuir conhecimento de que alunos disléxicos relacionam
facilmente imagens ou figuras a palavras. Sobre a informação dos recursos de
memória de curto prazo ou operacional, vinculada a instruções e recados, 38,5%
(GI: 17%; GII: 60%) expressaram desconhecimento.
74% dos professores participantes (GI: 76%; GII: 70%) consideraram que o
transtorno acarreta um vocabulário pobre, uso de sentenças curtas e imaturas ou,
ainda, com sequências longas e vagas. 33% (GI: 24%; GII: 50%) responderam
negativamente sobre a possibilidade de um contingente de alunos disléxicos
apresentarem deficiência na percepção visual e na coordenação motora.
97% (GI: 94%; GII: 100%) discordaram da assertiva de que alunos com dislexia
aprendem facilmente um idioma estrangeiro. Em provas orais, 70,5% dos
professores (GI: 41%; GII: 100%) disseram que alunos disléxicos teriam um bom
desempenho, enquanto para 53% dos docentes de escola pública esses alunos
teriam baixo desempenho
O estudo mostra que das 30 assertivas formuladas sobre a dislexia, o protocolo
demonstrou 97,6% de respostas emitidas, sendo a assertiva número 12 (Alunos
disléxicos apresentam dificuldade em diferenciar forma, cor, tamanho e posição) a
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mais difícil para os participantes, havendo 7 professores que omitiram a resposta
(GI: 06; GII: 01).
O estudo pouco ou nada fala a respeito do que os alunos e seus pais pensam sobre
o transtorno disléxico. Os resultados demonstraram que um percentual significativo
de professores participantes da pesquisa, tanto do GI quanto do GII, desconhecia os
sintomas da dislexia. Nem todos os professores tiveram a percepção da
sintomatologia apresentada no protocolo, o que deixou à mostra o preocupante nível
de desinformação existente para um docente de língua portuguesa envolvido com a
leitura. A dislexia enquanto transtorno da aprendizagem consiste em um problema
complexo que envolve uma série de situações, algumas de difícil diagnóstico.
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tardiamente relataram que repetiram de ano em suas vidas acadêmicas. Os
participantes com diagnóstico na infância descreveram suas dificuldades de uma
maneira mais específica, destacando características típicas da dislexia, enquanto o
segundo grupo falou de suas dificuldades de uma maneira mais generalizada.
Os autores discutem que uma possível interpretação para esses resultados do
trabalho seria que o diagnóstico precoce permitiu uma melhor compreensão das
dificuldades e a uma busca por ajuda para auxiliar nos desenvolvimentos destes
indivíduos, os quais permitiram impacto mínimo da dislexia na vida acadêmica dos
participantes diagnosticados ainda na infância. O trabalho também aponta algumas
possíveis limitações que poderiam influenciar os resultados, como o apoio familiar
em diferentes graus e possíveis diferenças entre os grupos quanto à gravidade da
dislexia e do nível de habilidades cognitivas e aos recursos psicológicos individuais
para enfrentar as adversidades. A diferença de idade entre os grupos também é uma
variável importante, pois implica em que eles tenham frequentado o ambiente
escolar em períodos distintos, nos quais o nível de conhecimento dos professores e
o treinamento para lidar com crianças com transtornos de aprendizagem podem ter
variado.
O trabalho conclui que o diagnóstico precoce de dislexia se mostrou útil por
possibilitar uma melhor compreensão das dificuldades, a realização de intervenções
apropriadas e a implementação de estratégias para minimizar os problemas no dia a
dia. Quando o diagnóstico foi realizado na infância, houve a possibilidade de
melhorar o relacionamento do indivíduo com sua escola e de fazer uso de recursos e
apoios que permitiram uma avaliação mais apropriada do desempenho acadêmico e
quando o diagnóstico foi tardio, o impacto da dislexia foi maior sobre os fatores
socioemocionais. Nesse artigo, mais se apresentou sobre o benefício do diagnóstico
precoce, do que realmente como operam-se as mudanças e se surtem efeitos ou
não, para todos os envolvidos na luta contra a dislexia, não somente o próprio
disléxico.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos concluir que mesmo que o transtorno da dislexia está sendo diagnosticado
cada dia mais, por especialistas e tendo suas devidas intervenções, o assunto ainda
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se encontra em baixa, no quesito estudo, pois a média de artigos publicados sobre o
assunto é muito baixo, seis por ano.
Concluímos também que muito se estuda a questão do diagnóstico e intervenção
para o transtorno, mas pouco se fala sobre os resultados dessas intervenções e
como elas influenciam diretamente aqueles que estão ligados a quem utiliza essas
intervenções, conseguimos obter somente um artigo, de mais de 10 anos atrás
(2009), o único que trouxe uma pesquisa que se preocupou em obter dados
suficientes sobre como os pais, professores e a próprias crianças sabem e se
sentem diante do transtorno.
Deve–se retomar essa importância de estudos mais concretos a respeito não
somente de como se diagnosticar e intervir frente ao transtorno de dislexia, mas
pesquisar se os envolvidos e os responsáveis por essa intervenção estão aptos para
tal, além de trazer o saber sobre essas medidas estarem ou não fazendo efeito, o
que se pode melhorar ou adaptar, considerando todos desse âmbito; pais, alunos e
professores.
Esperamos que a ciência se volte mais para esse assunto que é de extrema
importância, investindo em pesquisas mais abrangentes e assim, publicando artigos
mais concretos a respeito, principalmente em língua portuguesa, acabando
gradualmente com a escassez encontrada nessa presente pesquisa. Assim, as
pessoas com transtorno de dislexia, podem se inserir de forma correta e saudável
nos meios de ensino, contando com profissionais qualificados não só para as
intervenções, mas para o seu dia a dia escolar em um ambiente adaptado para que
a aprendizagem seja realizada.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ROCHA, Maria Angélica Moreira et al. Dislexia: atitudes de inclusão. Rev.
psicopedag., São Paulo, v. 26, n. 80, p. 242-253, 2009 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
84862009000200009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 03 de set. 2022.
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