Você está na página 1de 30

1.

1 Índice
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 2
2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 3
2.1 Geral ....................................................................................................................... 3
2.2 Específicos .............................................................................................................. 3
3 METODOLOGIA .......................................................................................................... 4
3.1 Método comparativo ............................................................................................... 4
3.2 Método de observação direta ................................................................................... 4
3.3 Método Bibliográfico .............................................................................................. 4
4 BREVE HISTORIAL..................................................................................................... 5
5 ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO ......................................................................... 6
6 CLIMA .......................................................................................................................... 6
7 LEGISLAÇÃO OU REGULAMENTOS QUE REGEM OS PLANOS DO MUNICIPIO
DE PEMBA .......................................................................................................................... 7
8 DADOS DEMOGRÁFICOS DA CIDADE E SUA DISTRIBUIÇÃO POR BAIRROS
(CENSO 2007)...................................................................................................................... 7
9 PIRÂMIDE ETÁRIA ..................................................................................................... 9
10 SOLOS ....................................................................................................................... 9
11 TIPO DE HABITAÇÃO........................................................................................... 10
12 ANALISE FOFA...................................................................................................... 11
12.1 Forças ................................................................................................................... 11
12.2 Oportunidades ....................................................................................................... 11
12.3 Fraquezas .............................................................................................................. 11
12.4 Ameaças ............................................................................................................... 11
13 PROBLEMAS DO BAIRRO NATITE, MUNICÍPIO DE PEMBA .......................... 11
13.1 Desordenamento territorial .................................................................................... 12
13.2 Saneamento publico .............................................................................................. 12
13.3 Erosão ................................................................................................................... 13
13.4 Rede viária ............................................................................................................ 14
13.5 Fornecimento de água potável (furos de água) ....................................................... 14
13.6 Fornecimento de água potável (FIPAG) ................................................................ 15
13.7 Falta de emprego................................................................................................... 15
13.8 Educação .............................................................................................................. 15
13.9 Vias de acesso e Eletricidade................................................................................. 16
13.10 Infraestruturação................................................................................................ 17
14 MOBILIÁRIOS URBANOS .................................................................................... 18
15 EQUIPAMENTOS DE USO COLECTIVOS ........................................................... 18
16 POTENCIALIDADES ............................................................................................. 19
16.1 Comércio .............................................................................................................. 19
17 PROPOSTA DE PLANO DE ORDENAMENTO E REORDENAMENTO DO
BAIRRO BASEADO NA LEI DE ORDENAMENTO TERRITORIAL DE MOÇAMBIQUE
20
17.1 Área habitacional, educação, saúde e lazer ............................................................ 21
17.2 Rede Eléctrica ....................................................................................................... 22
17.3 Transporte ............................................................................................................. 23
17.4 Rede viária ............................................................................................................ 23
17.5 Fornecimento de água potável (FIPAG) ................................................................ 24
17.6 Rede de coleta de lixo ........................................................................................... 24
17.7 Rede de coleta de esgotos ...................................................................................... 25
18 PERFIL .................................................................................................................... 26
19 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 28
20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 29

1
2. INTRODUÇÃO
O planeamento surgiu como uma resposta aos problemas enfrentados pelos centros urbanos,
tanto aqueles não resolvidos pelo urbanismo moderno quanto aqueles causados por ele. A
expressão “planeamento urbano” vem da Inglaterra e dos Estados Unidos, e marca uma
mudança na forma de encarar a urbanização e seus problemas.

Uma modificação importante refere-se ao reconhecimento do fenômeno urbano como algo


dinâmico, o que leva a encarar os centros urbanos como resultado de sua própria história e
como algo que está, de alguma maneira, evoluindo no tempo. Portanto, o centro urbano passa
a ser vista como o produto de um determinado contexto histórico, e não só mais como um
modelo ideal a ser concebido pelos urbanistas (KOHLSDORF, 1985).

No bairro de Natite as habitações são construídas de forma desordenada sem seguir nenhum
plano urbanístico e parte delas são feitas de material de construção precário e com uma
densidade populacional elevada.

É no sentido da melhoria das condições da vida da população Urbana (Objetivo do


Planeamento Urbano) que, o presente trabalho aborda as principais informações relativas a
situação presente do Bairro de Natite no Município de Pemba bem como apresentar uma
proposta de ordenamento e requalificação do bairro com vista a resolução dos problemas que
impedem o seu desenvolvimento, através de ações que deverão ser implementados ligadas ao
planeamento e Gestão Urbano.

2
2 OBJETIVOS

2.1 Geral

• Elaborar um Plano de Ordenamento Territorial para o bairro de Natite.

2.2 Específicos

• Melhorar as condições da vida da população urbana;


• Identificar os principais problemas ligados ao planeamento urbano no bairro de Natite;
• Identificar as consequências desses problemas que impendem o desenvolvimento do
bairro de Natite;
• Analisar e propor possíveis ações de ordenamento e requalificação do bairro de
Natite;

3
3 METODOLOGIA

Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se ao uso e aplicação de diversos métodos


conhecimento científico e ferramentas que permitiram a pesquisa e posterior elaboração do
trabalho de investigação.

Durante o trabalho no campo, foi usado o GPS e recorreu-se ao uso dos aplicativos de
referenciamento geográfico (Google earth, QGis e o Gps trackmaker) e de desenho (Archicad).

Dos métodos existentes é importante enfatizar os que foram usados durante a execução do
trabalho, que são:

3.1 Método comparativo

Recorreu-se a este método para a comparação da situação do fenómeno de ocupação dos


espaços nos anos anteriores e a situação actual sobretudo das construções habitacionais.
Foi possível comparar o nível de organização do bairro nos anos passados e na atualidade.

3.2 Método de observação direta

Através deste método, visitou-se o bairro para a observação do fenómeno de organização


do Bairro em termos de infra-estruturas e posterior levantamentos dos problemas que
retardam o progresso do bairro em termos de planeamento e Gestão deste espaço Urbano.

3.3 Método Bibliográfico


A ampliação deste método consistiu principalmente na consulta das diversas literaturas que
abordam a questão de Planeamento e Gestão Urbana, dos problemas diretamente ligados
às cidades dos países em Desenvolvimento e as possíveis soluções. A pesquisa envolveu o
uso da internet.

No âmbito da recolha de dados não se optou na relação direta com os residentes, devido a
situação em que o pais se encontram de pandemia (Covid-19) e a regional (ameaças de ataques
terroristas).

4
4 BREVE HISTORIAL

A baía de Pemba constitui, por natureza, um porto natural bastante seguro e, apesar de tudo,
abrigado dos temporais regionais, tendo sido qualificado por Elton - Cônsul britânico em
Moçambique em finais de 1890- como "o melhor desde Lourenço Marques a Zanzibar”. Alguns
autores supõem que a baía de Pemba possa ter tido uma origem vulcânica, baseando-se no facto
de ali se encontrar com abundância a "pedra-pomes" própria de rocha vulcanizada.
Mas a sua constituição calcária e não basáltica vem a contradizer tal suposição.
De facto, a origem da cidade de Pemba é historicamente descrita de forma controversa. Uns
relatam que a Cidade de Pemba tem a sua origem a partir do bairro de Paquitiquete, de onde
uma senhora (a que localmente era alcunhada de “a nuno”) sobrevivente de um mortífero
naufrágio teria fixado a sua residência, tendo sido depois seguida por pescadores que também
fixaram as suas residências, por verem que a final a zona era habitável. Assim nascia o bairro
de Paquitiquete, do qual veio juntar-se a Cidade de Pemba. Contudo, outros relatos indicam
que a palavra “Pemba” vem de “Pembe” que em swahili significa “Mosca”. O nome derivou
dum grupo de indígenas que teriam desembarcado na baia provenientes de zanzibar,
transportados por um europeu, cujo nome não é revelado. Ao desembarcar na baia, os indígenas
foram assaltados por moscas, os quais passaram a gritar “Pembe…pembe…pembe…”. que em
Suaíli quer dizer “Mosca”. Dai em diante a baia passou a chamar se Pemba. Porém, seja num,
como noutro caso, há informações que indicam que já nas cartas inglesas aparecia escritos com
o nome “Pembe Bay”, ou seja, a baia de Pembe, hoje Pemba.
As suas águas ondeando tons, ora azuis ora verdes, apresentam-se mansas em dias de bom sol
e agradável tempo mas também escarpadas, rugindo de encontro aos rochedos ou regalando
pela areia quando os ventos sopram furiosos do Sul. Estes ventos mais conhecidos na região
por “kussi” originam, não raras vezes centros depressionários bastante fortes do tipo tropical
que arrasam quase por completo a cidade.
O mais antigo temporal que a documentação disponível nos pôde recordar data de 18 de
dezembro de 1904 que causou vários danos assim como levou ao afundamento de um pequeno
vapor e um iate. É feita referência nessa altura à falta de faróis ao largo da baía, sendo o único
o da ponta Said Ali que, para além de ter somente 6 milhas de alcance e não 9 como indicavam
as cartas de então, não era aconselhável aos navios que passassem no alto mar. (PEDMP, 2013).

5
5 ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO

Pemba é a capital da Província de Cabo Delgado, região norte de Moçambique. A cidade não
é antiga e sua história de assentamento tem alguns elementos de originalidade que não cabem
neste documento. Situada na baía que ostenta o mesmo nome, Pemba localiza-se a sul da
Província de Cabo Delgado, entre as latitudes de 10° 29’ norte e 14° 01’ sul e as longitudes de
35° 58’ oeste e 40° 35’ este. (PEDMP, 2013)
Com uma extensão territorial ou ocupando uma área aproximadamente de 1,1 km2 o bairro de
Natite, é limitada a sudeste pelo bairro de Cariaco a norte e este pelo oceano indico a oeste e
noroeste pelo bairro de Ngonani, a sudoeste e sul pelo bairro cimento, no norte de município
Pemba com superfície de 194 km2 e próximo ao litoral da Baia de Pemba entre os
perpendiculares 12°57'25.16"S e 40°29'57.97"E.

Figura 1: Enquadramento geográfico. Fonte: Elaborado pelo grupo

6 CLIMA

De um modo geral, o clima da cidade é tropical húmido, sujeito ao regime de monções,


responsável, em larga medida, pela existência de duas estações anuais, distintas, em que se
verifica uma desigual e irregular distribuição de chuvas ao longo do ano.
Como pode-se observar resumidamente na tabela a seguir:

6
2008 2009 2010 2011 2012
Temperatura 25.1 25.1 25.1 25.1 25.1
Média oC

Temperatura 33.5 33.5 33.5 33.5 33.5


Máxima
Absoluta oC
Temperatura 16.1 16.1 16.1 16.1 16.1

Minima
Absoluta oC
Humidade 74.1 74.1 74.1 74.1 74.1

Relativa (%)
Precipitação 84.2 84.2 84.2 84.2 84.2

Média
Mensal mm

Tabela 1: Variação da Temperatura. Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (2013)

7 LEGISLAÇÃO OU REGULAMENTOS QUE REGEM OS PLANOS DO


MUNICIPIO DE PEMBA

Como é sabido que para todo desnsenvolvimento ou plano de desenvolvilmento deve-se seguir
as normas e as leis que regem no determinado espaço em estudo.
O municipio de Pemba tem como plano de legislacao ou regulamentos a seguir, que são:
• Plano Estratégico de Desenvolvimento Municipal (PDM);
• Lei e Ordenamento territorial (LOT);
• Plano especial de Ordenamento Territorial (PEOT).

8 DADOS DEMOGRÁFICOS DA CIDADE E SUA DISTRIBUIÇÃO POR


BAIRROS (CENSO 2007)

O município de Pemba é composto por 10 unidades administrativas que correspondem a bairros


residenciais dos munícipes, designadamente: Alto Gingone, Cariacó, Cimento, Chuiba,
Eduardo Mondlane, Ingonane, Mahate, Muxara, Natite e Paquitequete. Segundo o Instituto

7
Nacional de Estatística, com suporte no recenseamento geral da população de 2007, a
população total da cidade em 2014 é estimada em 190.763 habitantes, sendo 49,58% mulheres.
A tabela a seguir mostra a distribuição da população do município pelas unidades de acordo
com o censo 2007 e projeção para 2014.

Unidade Administrativa Número de Número de


Habitantes 2007 Habitantes 2014
Alto Gingone 14.993 23.989
Cariacó 46.562 53.546
Cimento 4.304 7.532
Chiúba 4.238 7.417
Eduardo Mondlane 10.485 23.591
Ingonane 13.738 18.546
Mahate 5.400 12.150
Muxara 5.872 13.212
Natite 22.800 30.780
Paquitequete 13.314 16.643
Total 141.706 190.763
Tabela 2: Censo (2007) Fonte: INE, CMCP

8
9 PIRÂMIDE ETÁRIA

HOMENS MULHERES
85 e +
anos
80 - 84 anos
75 - 79 anos
70 - 74 anos
65 - 69 anos
60 - 64 anos
55 - 59 anos
50 - 54 anos
45 - 49 anos
40 - 44 anos
35 - 39 anos
30 - 34 anos
25 - 29 anos
20 - 24 anos
15 - 19 anos
10 - 14 anos
5-9
anos
0-4
anos
-16% -12% -8% -4% 0% 4% 8% 12% 16%

Figura 2: Pirâmide Etária. Fonte: INE, Projecções, Anuais, da População Total das Províncias e Distritos
2007

10 SOLOS

Solos são uma mistura de matéria inorgânica e de compostos orgânicos, esta composição
tem muita influência na sua função tanto como meio de circulação de fluidos assim como na
interacção com compostos químicos presentes nesses fluidos. A mesma composição define
largamente o potencial para o uso de solos para agricultura e outros fins.
Os solos são arenosos, lavados a moderadamente lavados, predominantemente amarelos a
castanho-acinzentados, quer seja os da cobertura arenosa do interior (Ferralic arenosols), quer
seja os das dunas arenosas costeiras (Haplic Arenosols), e ainda pelos solos da faixa do
rés costeiro, de textura arenosa e franco argilo arenosa de cor predominantemente alaranjada.
Os solos arenosos hidromórficos de depressões e baixas ocorrem alternados com as partes de
terreno mais elevadas (Gleryc Arenosols).
Pemba situa-se sobre terrenos do Cretácico médio e inferior com uma litologia diferenciada
marcada essencialmente por formações de argila, grés, calcários arenosos ou não e

9
conglomerados. A estas formações correspondem, segundo Gouveia e Azevedo (1955),
essencialmente solos da faixa arenosa costeira com ocorrência de alguns solos vermelhos de
textura variável. Estes solos, derivados de areias, grés ou calcários arenosos apresentam uma
textura ligeira e uma elevada permeabilidade. Podem ocorrer horizontes argilosos ou argilo-
arenosos de origem aluvial. A matéria orgânica abunda normalmente nos horizontes
superficiais numa forma muito pouco decomposta, decaindo rapidamente os teores em
profundidade, indiciando esta característica, associado as características texturais uma taxa de
mobilização e perda de nutrientes muito elevada e, uma reserva em nutrientes bastante
reduzida. Os solos predoinates em Natite são Eutric fluvisol.

11 TIPO DE HABITAÇÃO

No bairro de Natite predominam as construções de pau-a-pique e outras construções


melhoradas com cobertura em chapas. Grandes partes das casas são feitas com fundações de
pedra ou em blocos. As paredes das casas têm sido de blocos, de tijolos, bambu e pedra.
Na cobertura é mais usual as palhas de coqueiro e capim assim como a aplicação de chapas de
zinco e de lusalite, dependendo das condições de cada cidadão, estes materiais são geralmente
adquiridos no mercado local.

Figura 2: Habitação de pau-a-pique. Fonte: Fotografada pelo grupo

10
12 ANALISE FOFA

12.1 Forças

✓ O bairro desfruta de uma parte costeira muito produtiva no que concerne as


actividades pesqueiras e de lazer.

12.2 Oportunidades

✓ O nosso bairro esta próximo da estrada principal onde o comercio e mais abrangente e
também e a zona económica.

12.3 Fraquezas

✓ Falta de manutenção/limpeza das drenagens;


✓ Défice no abastecimento de água.

12.4 Ameaças

✓ Por localizar-se na região baixa da cidade o bairro e susceptível a erosão;


✓ Inundações das moradias;

13 PROBLEMAS DO BAIRRO NATITE, MUNICÍPIO DE PEMBA

✓ Desordenamento territorial;
✓ Saneamento público;
✓ Erosão;
✓ Fornecimento de água potável (FIPAG);
✓ Falta de emprego;
✓ Educação;
✓ Vias de acesso e energia;
✓ Degradação das vias de circulação
✓ Falta de sanitários públicos
✓ Lançamento de águas residuais no mar

11
13.1 Desordenamento territorial

Os problemas de desordenamento territorial que o bairro apresenta, resultam de certo modo da


maneira como o bairro foi se expandido isto é, da ocupação espontânea da terra (nas áreas não
ordenadas).

Figura 3: Desordenamento territorial. Fonte: Fotografada pelo grupo

13.2 Saneamento publico

Constatou se que o bairro de Natite apresenta graves problemas de saneamento no que tange
ao saneamento nomeadamente:

✓ Valas de drenagem

As valas de drenagem presentes no bairro carrecem de manutenção e/ou limpeza o que leva a
população a usar como deposito de resíduos ao em vez de desempenhar a função para qual
foram desenhadas. Salientar que somente efectuam-se limpezas a valas que demonstram
facilidades para limpeza, isto é, a aquelas que estão próximas das estradas principais.

12
Fig.4: Valas de drenagens usadas como deposito de lixo

✓ Balneários públicos

O bairro carece de balneários públicos, este problema agrava o fenómeno do “fecalismo a céu aberto”
no bairro.

✓ Recolha de resíduos sólidos

13.3 Erosão

Trata-se de uma região ligeiramente acentuada, este encontra-se susceptível ao arrastamento


de terra e erosão.

Figura 5: Deslizamento de terra. Fonte: Fotografada pelo grupo

13
13.4 Rede viária

A falta de asfaltagem das vias de acesso, e o não cumprimento da distância estrada-talhão


aumenta a quantidade de ruas sem saídas o que constitui um grande problema para o acesso e
circulação no bairro.

Figura 6: Estradas esburacadas. Fonte: Fotografada pelo grupo

13.5 Fornecimento de água potável (furos de água)

O bairro apresenta poucas fontes de água potável o que leva os residentes a percorrerem
distâncias acima de 1Km.

Figura 7: Pontos de abastecimento de água. Fonte: Fotografada pelo grupo

14
13.6 Fornecimento de água potável (FIPAG)

Durante o levantamento de dados na área verificou-se que a rede de abastecimento e os furos


de água não são suficientes para o abastecimento de água potável para toda a localidade de
Natite.

Figura 8: Tubos da Fipag ao relento. Fonte: Fotografada pelo grupo

13.7 Falta de emprego

O bairro de Natite apresenta muito desemprego local, os postos existentes de emprego são
ocupados por pessoas que não residem no bairro, isso devido a falta de formação profissional
local.

13.8 Educação

Este é um facto que preocupa a os residentes locais, pois o número de escolas secundarias e
primaria lá existente não reúne condições necessárias para uma boa qualidade de ensino
causando assim graves problemas para os jovens locais, aumentando assim o nível de
analfabetismo no bairro.
Contudo, o sector de educação no bairro de Natite apresenta vários desafios tais como:
✓ Insuficiência de salas de aulas para responder adequadamente a demanda escolar;
✓ Falta de carteiras para acomodar a população estudantil;

15
Figura 9: Escola secundaria e primaria. Fonte: Fotografada pelo grupo

13.9 Vias de acesso e Eletricidade

O bairro Natite apresenta os seguintes problemas nestas áreas:

✓ Poder de mobilidade interna de pessoas e veículos deficitário, devido a construção


aglomerada de casas o que faz com que a área de ruas seja estreita;

✓ Intransitabilidade intra-urbana sobretudo no período chuvoso pois, as ruas não estáo


pavimentadas.

✓ Deficientes sistemas de transporte de energia (postes dentro de casa) e a


subcarregaremos em que estão sujeitos o que poe em causa a segurança;

✓ O deficiente sistema de iluminação pública o que propicia o aumento de casos de


criminalidade em suas diversas especialidades ou categorias;

16
Figura 10: Poste de Transformação e vias de acesso. Fonte: Fotografada pelo grupo

13.10 Infraestruturação

A infraestrutura é uma área vital para o desenvolvimento socioeconômico de um país. Ela é


formada pelos serviços de saneamento, transporte, energia e telecomunicação todos
contribuindo para o progresso e evolução de uma determinada região. Qualificar a
infraestrutura reflete positivamente em muitas áreas. Assim como cria melhores condições para
a vida em sociedade, gera emprego e renda.

Figura 11: Coordenadas (Rede viária, Fontanários, PT’S Paragens, Recolha de resíduos sólidos).
Fonte: Elaborado pelo grupo.

17
14 MOBILIÁRIOS URBANOS

• Paragem (02) - P
• PT’S (08) - PT
• Semáforos (01) - SF
• Pontos de recolha de lixo (04) - LX
• Antenas (04) - ANT

15 EQUIPAMENTOS DE USO COLECTIVOS

O bairro de Natite tem os seguintes equipamentos de uso colectivos:

• Mercados (02) - M
• Lojas (04) - LOJA
• Supermercados (03) - SM
• Carpintarias (03) - CAR
• Serrilharias (02) - SER
• Postos de abastecimento de combustíveis (02) - BOMB
• Igrejas (03) - IG
• Mesquitas (02) - MQ
• Oficina para carros (05) - OFC
• Oficinas de motos (04) - OF
• Alfaitarias (03) - AF
• Rádio (01) - RM
• Salão de cabeleireiro (04) - SM
• Bottle store (01) - BS
• Talho (01) -
• Ferragens (03) - FER
• Fontenárias (04) - FT
• Ourivesaria (01) - OUR
• Centro de saúde (01) - H
• Centro de formação de saúde (01) - CFS
• Partido (01) - PAR
• Pensão (02) - PENSAO
• Escolas primarias e secundarias (03) - EP

18
• Universidades (01) - COLEGIO
• Moageiros (03) - MO
• Escritórios (04) - ES
• Tribunal (01) - TRB
• Condomínios (01) - CND
• Secretaria do bairro (01)- SB
• Posto policial (01)- PP
• Hotel (01)- HT
• Embondeiro(02)- EMB
• Deposito da handling (01)- DPH

16 POTENCIALIDADES

16.1 Comércio

Existem dois tipos de comércio no bairro que são os formais e informais, estes dois tipos de
comércio patentes ao longo da área de estudo, onde foi verificada a existência dos comércios
informais, situados ao longo das beiras da estrada no bairro, sem registo, como também
foram identificadas instalações autorizadas pelo governo local para a execução do comércio
formal designados mercados.
Pois destacou-se que o comércio é uma das actividades mais realizadas pela população sendo
esta uma das potencialidades não tão comummente, porém é necessário que o governo invista
no mesmo para que se alavanque a prática comercial daquele bairro, tornando numa potência
a nível local e da cidade.

19
Figura 12: Mercado Central de Pemba. Fonte: Fotografada pelo grupo

17 PROPOSTA DE PLANO DE ORDENAMENTO E REORDENAMENTO DO


BAIRRO BASEADO NA LEI DE ORDENAMENTO TERRITORIAL DE
MOÇAMBIQUE

O ordenamento do território visa assegurar a organização do espaço nacional e a sua utilização


sustentável dos seus recursos naturais, observando as condições legais, administrativas,
culturais e materiais favoráveis ao desenvolvimento social e económico do país, a promoção
da qualidade da vida das pessoas, a proteção e conservação do meio ambiente (BOLENTIM
DA REPÚBLICA, 2007).
A proposta de ordenamento do bairro, tem em conta princípios de sustentabilidade e
valorização do espaço físico, assegurando a transmissão as futuras gerações de um território e
espaço edificado e devidamente ordenado, o princípio de igualdade no acesso à terra e aos
recursos naturais, infraestruturas, serviços públicos (BOLETIM DA REPÚBLICA, 2007).
Reconhecendo a precariedade das condições do bairro na sua plenitude onde, há uma
segregação de habitações e atividades em geral, há uma necessidade de se ordenar o bairro
para, de forma clara e lógica se definir a forma como deverá se ocupar o solo, garantindo ou
reservando áreas para Habitação, estradas, recreação e desporto o que se existe no bairro, mas
de forma desordenada.
Tendo em conta o artigo 7 do capítulo I sobre disposições gerais e princípios da Lei do
Ordenamento Territorial publicada na 1ª série do Boletim da República 29 de 2009, o plano de

20
ordenamento do bairro, prevê a garantia da sua organização, a existência de estradas, caminhos
públicos e zona de proteção.
Baseando-se no Artigo 10 do Capítulo II sobre sistema de Gestão Territorial, da Lei de
Ordenamento Territorial, este plano, é de estrutura urbana e parcial de urbanização sendo do
nível autárquico e, estabelece a organização espacial duma parte do território do município de
Pemba, qualifica o solo urbano tendo em conta a ocupação atual, as infra-estruturas e os
equipamentos sociais existentes e o equilíbrio entre os diversos usos, definindo as redes de
transportes, comunicações, energia e saneamento, e com especial atenção das zonas de
ocupação espontânea.

17.1 Área habitacional, educação, saúde e lazer

✓ Parcelamento de talhões no bairro para permitir uma melhor organização das habitações
a serem construídas se baseando nas leis de ordenamento territorial.
✓ Tendo em conta que as casas comuns do bairro são de material precário, deste modo
propõe-se implementar dois modelos de casas que são habitações verticais e horizontais
de matérias convencionais;
✓ Para secção de lazer propõe-se a construção de parques, com áreas verdes em vários
pontos dos bairros de modo que esteja ao alcance de todos.
✓ Reserva de espaço para a construção de escolas tanto do ensino primário como
Secundário Geral de II ciclo, Técnico Profissional e nível superior se possível, para a
ocupação dos jovens desempregados.

✓ Fornecimento de carteiras e material escolar.

✓ Reserva de espaço para a construção de centro de saúde atendendo que a população


do bairro não dispõe desses serviços localmente

21
Figura 13: Proposta de Zoneamento. Fonte: Elaborada pelo grupo

17.2 Rede Eléctrica

✓ Melhoria da rede de distribuição de energia eléctrica;


✓ Mudanças de postes de transporte e tipos de ligações domiciliárias;
✓ Expansão da iluminação pública.

Figura 14: Proposta de rede elétrica. Fonte: Elaborada pelo grupo

22
17.3 Transporte

✓ Implementação de transportes públicos para facilitar a locomoção dos residentes, os


transportes públicos terão como o seu terminal a praia de Natite;
✓ Circulação de viaturas particulares no bairro.

17.4 Rede viária

Com o parcelamento do Bairro haverá novas ruas e avenidas e a requalificação das


antigas havendo a necessidade de pavimentação das principais que, permitem ligações
intra e Inter-bairros e reserva dum espaço de parqueamento de viaturas.
Construção de vias de acesso para facilitar a circulação dos transportes públicos e
privados no bairro.
Construção de pontecas com materiais convencionais.

Figura 15: Proposta da Rede Viaria. Fonte: Elaborada pelo grupo

23
17.5 Fornecimento de água potável (FIPAG)

✓ Construção de fontanários públicos em pontos estratégicos.

✓ Implementação de tubulações da FIPAG para o fornecimento de água potável em


residências e instituições.

Figura 16: Proposta de Rede Viária. Fonte: Elaborada pelo grupo

17.6 Rede de coleta de lixo

✓ Alocação de contentores de lixo no interior do bairro ao redor das vias de acesso


propostas, para facilitar o transporte do mesmo e evitar a proliferação do lixo.

24
Figura 17: Proposta de rede de coleta de lixo, Fonte:elaborada pelo grupo

17.7 Rede de coleta de esgotos

✓ Alocação de condutores de aguas residuais ao longo da Av. Eduardo Mondlane com


coletores predias para zona do comercio, de construcoes verticais e turismo ate ao
ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais).
✓ No interior do bairro as aguas residuais serao armazenadas em fossas septicas e
drenos, para posterior recolha das aguas negras por entidades competentes e
depositados no ETAR.

25
Figura 18: Proposta de rede de coleta de aguas residuais, Fonte:elaborada pelo grupo.

18 PERFIL

O perfil a seguir ilustra como se apresenta o corte da diagonal secundaria do bairro de natite
na qual possamos observar a altura media de 22m aproximadamente e uma elevação máxima
de 37m e mínima d e 7m.

26
Figura 18: Perfis na Diagonal em Natite. Fonte: Google Earth

Figura: Perfil de estrada. Fonte: Elaborado pelo grupo

27
19 CONCLUSÃO

O presente trabalho buscou discutir os caminhos que o Direito tem fornecido como respostas
para o problema urbano no bairro de Natite, verificou-se que a resolução dos problemas
urbanos implica a superação de velhos paradigmas, a diminuição das desigualdades sociais e
o questionamento do próprio modelo econômico vigente, não sendo suficiente adequar
normas em favor de uma política urbana mais participativa e inclusiva. Em outras palavras,
não bastaria utilizarmos os critérios postos nas normas de direito urbanístico e planejarmos o
bairro em sua totalidade para revertermos o cenário caótico em que a maioria dos bairros da
cidade de pemba se encontram.
O Município em geral incluindo certas e pequenas áreas, apresenta de forma segregada;
habitações, atividades comerciais, falta de áreas de laser o que significa que requer de um
plano de ordenamento e requalificação com vista a garantir a redução dos problemas que o
bairro apresenta e uma vida melhorada das populações locais. Sem esquecer que os habitos e
costumes da comunidade poderão ser um impasse, tendo que optar por incrementos de
consciencialização, atraves de palestras e outras formas.

28
20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Boletim da República. Lei de Ordenamento Territorial. Publicação


29.1ªsérie.Maputo.2007.
• Instituto Nacional de Estatística, censo 2007 e 2017.
• Kohlsdorf, M. E. (1985). Breve histórico do espaço urbano como campo disciplinar.
In O espaço da cidade – contribuição à análise urbana (pp. 15 –72). São Paulo:
Projeto.
• Conselho Municipal da Cidade de Pemba. 2014. Plano estratégico de desenvolvimento
2014-2018.

29

Você também pode gostar