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Amostragem

3. Amostragem

3.2. Técnicas de 3.3.


3.1. Introdução
amostragem Amostradores

3.4. Consequências 3.5. Qualidade


da amostragem das amostras
3.1. Introdução

A amostragem consiste na recolha de


amostras o mais inalteradas possível para
ensaios em laboratório…
3.1. Introdução

Etapas da amostragem
3.2. Técnicas de amostragem

Técnicas de
amostragem

Acesso directo Acesso indirecto


3.2.1. Amostragem de acesso directo

Amostras em bloco:

• São cortados blocos manualmente diretamente do maciço,


provocando baixo nivel de perturbações;
• Apenas é possível obter estas amostras se existir alguma
coesão e acima do nível da água;
• Requer operadores altamente qualificados/experimentados.
3.2.1. Amostragem de acesso directo
3.2.2. Amostragem de acesso indirecto

Amostragem de
acesso indirecto

Amostragem à Amostragem com Amostragem com


rotação cravação estática cravação dinâmica
3.2.2. Amostragem de acesso indirecto

Amostragem à rotação:

• Amostradores com parede dupla ou tripla que são introduzidos


através de perfuração;
• Amostragem contínua e baixos níveis de sucção desenvolvidos
durante a extracção;
• Apropriada para solos duros e rochas.
3.2.2. Amostragem de acesso indirecto

Amostragem com cravação estática:

• Os amostradores de tubo aberto com parede fina são cravados


estaticamente em solos moles/soltos, com elevados teores de
finos e grãos de maior tamanho com dimensão limitada, visto
que a parede fina pode ser facilmente danificada durante a
cravação.
3.2.2. Amostragem de acesso indirecto

Amostragem com cravação dinâmica:

• Amostradores de tubo aberto com parede grossa instalados


através de cravação dinâmica;
• As paredes do tubo são mais fortes, o que facilita a cravação
• Perturbação elevada das amostras;
• Apropriada para materiais duros/compactos.
3.3. Amostradores
Tipo de
Aplicação Vantagens Limitações
amostrador

Equipamento simples e robusto;


Solos duros a muito Índice de área elevada (30%).
Parede grossa permite cravação dinâmica;
duros Perturbação elevada da amostra
amostragem com camisa

Solos finos e
Índice de área de 10%; permite Base facilmente danificada por materiais
Shelby consistentes. Amostras
cravação estática grosseiros
de classe 1 e 2

Perturbação reduzida em
Argilas moles sensíveis
relação a todos os outros, Dispendioso; equipamento delicado;
e solos incoerentes
Pistão fixo incluindo o efeito do alívio das requer técnicos especializados para a
finos. Amostras de
tensões: controlo preciso da colheita
classe 1 e 2
penetração
3.3. Amostradores

Tipo de Aplicação Vantagens Limitações


amostrador
Permite a recolha
Amostragem em areias
de amostras abaixo Dispendioso; delicado para operação morosa com
e siltes abaixo do nível
do nível freático em capacidade de abortar; requer técnicos
Bishop freático. Amostras de
condições especializados para a colheita
classe 2 e 3
aceitáveis

Permite a obtenção
Quando são necessários de amostras
volumes representativas de São necessários cuidados extremos; operação
representativos das grandes dimensões, morosa; Requer técnicos especializados; obtenção
Amostragem em bloco
várias orientadas em complicada em profundidade
heterogeneidades condições de baixa
perfuração.
3.3.1. Shelby
3.3.2. Pistão fixo
3.3.3. Mazier
3.3.4. Amostrador de rocha
Equipamento de amostragem em rocha

1- Calibrador
2- Tubo de revestimento
3- Caixa porta molas
4- Mola

Cabeça de injecção,
permite introduzir
água no sistema
3.3.4. Amostrador de rocha
3.3.4. Amostrador de rocha
3.3.5. Geometria do amostrador

Hvorslev (1949) definiu os parâmetros índice de área, relação comprimento do


tubo amostrador/diâmetro e índice de folga interior como parâmetros críticos que
condicionam a qualidade das amostras.
3.3.5. Geometria do amostrador

O factor mais importante no controlo da perturbação das amostras diz respeito à


combinação do índice de área com o ângulo do bisel.
3.3.5. Geometria do amostrador

#1 #2 #3 #4 #5

A forma da boca cortante do tubo amostrador influencia a magnitude


das deformações máximas a que o solo fica sujeito durante o
processo de amostragem.
3.3.5. Geometria do amostrador

Máxima deformação
Diâmetro Relação Índice de Índice na linha central
Tipo Descrição interno B/t área (%) de folga
(mm) interior
(%) Compressão Extensão
(%) (%)
#1 U100- BS 105.4 18.1 26.4 1.10 1.51 -1.35
5930 *
#2 U100- BS 104.0 17.7 27.1 1.44 0.93 -0.67
5930 *

#3 U100- BS 101.9 11.2 47.7 1.35 2.62 -1.96


5930 *

#4 Paredes finas 97.5 50.0 8.5 0 0.85 0

#5 Paredes finas 97.5 48.8 8.4 0 0.61 0

* Parede grossa
3.3.5. Geometria do amostrador

• Quanto maior for a relação B/t, mais fina é a parede do tubo amostrador.
• A deformação máxima na linha central é tao mais pequena quanto maior for a relação B/t.
• Os tubos de parede fina não dão problemas em extensão.
3.3.5. Geometria do amostrador
Influência da relação diâmetro/espessura e índice de área
2 B

1
Localização do elemento vertical z/B

B/t = 10 20 40 Compressão
Deformação axial (%)

0
z

Extensão 40 20 B/t = 10
-1

-2

-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
Deformação axial (%)
3.4. Consequências da amostragem

Cravação no
terreno sem
rotação

Destruição da
Alterações Estados de tensão estrutura do solo,
Alteração do
volumétricas das distintos dos na fronteira da
estado de tensão
amostras originais parede do
amostrador
3.4. Consequências da amostragem
Trajetoria de tensões até ao ensaio laboratorial
3.4. Consequências da amostragem

Antes da amostragem Durante a amostragem Depois da amostragem

Alívio de tensões Alívio de tensões Alívio de tensões

Expansão Remoldagem Migração da água pela amostra

Compressão Deslocamento Variação do teor em água

Deslocamento Esmagamento Sobreaquecimento

Rotura do fundo do furo Seixos na boca cortante Vibração

“Piping” Mistura ou segregação Trocas químicas

Cavitação Rotura na recolha Perturbação durante a extrusão


3.4. Consequências da amostragem

Influência do método de cravação na qualidade das amostras

Qualidade da Tipo de transmissão Método de Movimento


amostra de energia aplicação
Pobre Pancadas sucessivas
Pilão por queda de um pilão Rápido e intermitente

Alavancas ou pequenos
Macaco macacos comerciais Lento e intermitente

Força constante sem


Cravação estática interrupções Contínuo e rápido

Pancada de um pilão de
Pancada única massa elevada Contínuo e rápido

Disparo ou detonação Explosivos Contínuo e muito rápido


Excelente
3.5. Qualidade das amostras

Classe da Descrição das amostras Parâmetros a


amostra determinar

Não sofreram distorção nem alteração do volume,


1 apresentam deformabilidade e características de corte Resistência, deformabilidade e
inalteradas- amostras indeformadas compressibilidade

O teor em água e a compacidade não sofreram Teor de humidade, índice de vazios,


2 alterações mas foram distorcidas apresentando densidade das partículas sólidas e
resistência e deformabilidade alteradas permeabilidade

A composição granulométrica e o teor em água não


3 sofreram alteração mas a compacidade foi alterada Teor de humidade e curva
granulométrica.

A composição granulométrica foi respeitada mas o teor


4 em água e a compacidade foram alterados Curva granulométrica

A composição granulométrica sofreu alterações Identificação de sequências dos


5 estratos (com reservas)
3.5. Qualidade das amostras
Critério de avaliação da qualidade da amostragem (Lunne et al,. 1997).

∆e/e0

Grau de Muito bom


sobreconsolidação a Bom a pobre Pobre Muito pobre
excelente
1-2 < 0.04 0.04 - 0.07 0.07 - 0.14 > 0.14
2-4 < 0.03 0.03 – 0.05 0.05 – 0.10 > 0.10

∆e - diferença entre o índice de vazios inicial presente "in situ"


(e0) - índice de vazios correspondente à reconsolidação para o mesmo nível de tensão efectiva
existente "in situ”

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