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CONSTRUÇÃO RODOVIÁRIA

CAMADAS DE REFORÇO E SUB-BASE


1. Camadas de Reforço

Muitos materiais e tecnologias regionais.

1.1 Em solo

• Materiais que apresentam CBR maior que o do subleito


• Expansibilidade menor 2 %
• Camadas com espessura menor que 20,0cm.

Execução segue o mesmo padrão da camada final de terraplenagem.

• Controle da umidade e Grau de Compactação

Compactação de camada em solo areno argiloso

Compactação de camada em solo arenoso


Controle do grau de compactação pelo método do Frasco de Areia

1.2 Em Seixo Rolado

• Parcialmente classificado
• Necessidade de pré-secagem ⇒ Evitar formação de “borrachudo”
• Controle visual

Exploração na calha do rio – Material para britagem.


Exploração em bancada – Necessário enleirar para pré secagem

Execução de aterro ou camada de reforço


Compactação da camada.

Para camadas de brita graduada e mistura asfãltica, pode ser necessário a lavação do seixo
antes da britagem.

1.3 Em Cascalho

Material de jazida (cascalheiras). Necessidade de ensaios tecnológicos sobre a qualidade do


material.
Empregada como camada de reforço. Compactação com rolo vibratório

1.4 Em Materiais Britados Diversos

Pedra detonada – Material vindo direto das bancadas de exploração da jazida. Camadas com
cerca de 60cm de espessura. Execução de uma camada de travamento entre camadas.

Dificuldade no controle tecnológico.


Rejeito de britagem

Material que passa pela grelha do alimentador do britador primário. Aplicado em loteamentos
e vias de baixo volume de tráfego.

Rachão/Pedra Pulmão
Material do britador primário com eliminação da fração fina (cortado na peneira de 2
polegadas, por exemplo).

Necessitam de camada de travamento entre as camadas para melhorar a estabilidade do


conjunto.
Rolo de grelha – equipamento apropriado para a Compactação como rolo liso vibratório
compactação de material grosseiro

A passagem de Rolo corrugado vibrando Sem camada de bloqueio, ocorre o


propicia um melhor arranjo da estrutura cravamento do agregado graúdo.
granular.
Camada de travamento com brita 3/4"(50%) e Espessura não superior a 5,0cm para facilitar
3/8”(50%). Espalhado com motoniveladora ou a penetração dos agregados miúdos nos
trator de lâmina. vazios intergranulares.

Camada de travamento em pó de pedra. Camada de travamento em areia

Compactação com rolo corrugado (para “quebrar” coesão aparente e efeito arco) e rolo liso.
Controle de compactação destas camadas é feito visualmente
2. Camada de Sub-Base
Pode ser empregado diferentes tipos de materiais que apresentam CBR >= 20%, porém com
baixo a moderado grau de resiliência.

2.1 Macadame Seco

Camada típica executada na região sul do Brasil. É uma sequência de uma camada de bloqueio,
uma camada de agregado graúdo e uma camada final de travamento. No total, tem-se uma
espessura de 15,0 a 20,0cm.

Aplicação
• Como reforço do subleito e sub-base em rodovias com leve e médio volume de tráfego;
• Como base em rodovias com tráfego leve.

Características
• Agregado Graúdo ⇒ Material passante na # 4" (ou 6") e cortado na # 2"

• Camada de Bloqueio – Serve para evitar o cravamento do agregado graúdo na camada


final de terraplenagem
- Espessura de 3 a 5cm, sem compactação
- Evitar cravamento do agregado graúdo
- 50% de agregado pass # 3/4" e retido na # 3/8"
- 50% de agregado pass # 3/8" ao fundo.

• Camada de travamento (fechamento)


- Travamento do agregado graúdo
- 50% de agregado pass # 3/4" e retido na # 3/8"
- 50% de agregado pass # 3/8" ao fundo.
- Espessura final de 2 a 4cm.

EXECUÇÃO
- Espalhamento da camada de bloqueio com motoniveladora
- Espalhamento da camada de agregado graúdo ⇒ Trator de esteira
⇒ Motoniveladora
- Verificação da espessura
- Compactação do agregado graúdo
- Espalhamento do agregado de travamento ⇒ motoniveladora
- Correção de pontos com deficiência no preenchimento dos vazios.
- Compactação do agregado de travamento

IMPORTANTE
⇒ Uso combinado de rolo de grelha e rolo liso para compactação do agregado graúdo
⇒ Uso combinado de rolo corrugado e rolo liso para compactação do agregado de
fechamento/travamento
⇒ Ação do tráfego de obra sobre a camada (controlado). Melhora o desempenho da camada.
CONTROLE
⇒ Dificuldade. Método empírico:
- Britas na frente do rolo de chapa. Enquanto cravar, significa que há muitos vazios
- Uso de cilindro de grande diâmetro ⇒ Avalia o Grau de Compactação
- Controle pela deflexão. Todavia, tem-se dispersão dos resultados. Coeficiente de
variação tende a ser maior que 30%.

Recomendação
- Se empregado como camada de base, executar camada de reperfilagem (mistura asfáltica
fina) antes da execução do revestimento
- A camada é drenante ⇒ Evitar confinamento com material do acostamento
⇒ Projetar drenos transversais em pontos baixos.

Seqüência de execução de uma camada de Macadame seco

Espalhamento da Camada de bloqueio Sem compactação

Espalhamento do Agregado graúdo


Conferência da espessura

Compactação com rolo liso vibratório

Espalhamento da camada de travamento


Execução sem camada de bloqueio. Agregado graúdo pode agulhar (cravar) na camada final
de terraplenagem. O solo, por extrusão, pode contaminar a camada.

Camada de sub-base sem bloqueio – Não se paga como macadame seco. Paga-se como
camada de pedra pulmão.
2.2 Camada de Sub-Base em Solo

• CBR > 20% PERIGO Solos Saprolíticos,


• Expansão < 1% Saibros, solos siltosos
⇒ Podem atender ao
Critério

Ensaio Triaxial
Dinâmico Grau de Resiliência
elevado ⇒ Sub-base
contribui muito para
Seleção da Jazida a deflexão

Seqüência de execução

De forma semelhante a uma camada de reforço em solo.

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