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Introdução
Dos meios de suporte á construção civil desde sempre mais utilizados na execução
de trabalhos em altura com intervenção do homem, são os chamados “Andaimes”.
Os andaimes podem ser constituídos no seu todo com materiais metálicos, com
materiais de madeira e ainda com partes metálicas e outras de madeira,
designando-se respectivamente de:
Andaimes de madeira
Andaimes metálicos
Andaimes mistos
Andaimes de Construção
Andaimes de Conservação
Andaimes de Construção
Quando que se destinam a possibilitar a construção de uma obra.
Andaimes de Conservação
Quando se destinam apenas a obras de conservação.
Por outro lado, estes dois tipos também podem ser destinguidos pela forma como se
relacionam com o ser humano, podendo ser:
Andaimes de Serviço
Quando se destinam a satisfazer as necessidades de circulação e trabalho do
pessoal.
Andaimes de Segurança
Quando se destinam a impedir ou minorar os efeitos das quedas de trabalhadores
ou de materiais de construção e ferramentas.
Andaimes de Torre
Formados por uma estrutura muito estreita, destinados ao acesso de lugares muito
elevados (como é o exemplo de construção de chaminés), tendo como principal
problema a estabilidade.
Do tipo de trabalho a realizar nas plataformas, das cargas a suportar, dos pontos
de fixação possíveis, dependem as dimensões e a estrutura base do andaime.
Em todo o caso, a primeira ancoragem deverá ser realizada a uma altura que não
exceda o limite de 6 vezes a menor distância entre prumos.
Por outro lado, a ancoragem deve ser feita de elementos resistentes, de preferência
betão, com solicitação à zona da armadura. Verificando-se a utilização de redes de
ráfia, deverão ser reforçadas as ancoragens, tendo em conta as solicitações
acidentais provocadas pelos ventos.
Queda de objectos
A energia cinética com que um objecto que ao cair de um andaime alto chega ao
solo é apreciável e daí, a gravidade das lesões que pode provocar, sem falar dos
eventuais danos ao património. A montagem de rodapés em todas as plataformas,
rampas e escadas permite minimizar a frequência destas ocorrências. Mas, em
qualquer caso, a medida de prevenção mais eficaz é a arrumação: ferramentas ou
materiais espalhados nos andaimes são factores de risco importantes.
Disposições Gerais
É obrigatório o emprego de andaimes nas obras de construção civil em que os
operários tenham de trabalhar a mais de 4 metros do solo, ou de qualquer
superfície continua que ofereça as necessárias condições de segurança.
Andaimes de Madeira
Disposições gerais
As madeiras a utilizar nos andaimes devem estar completamente descascadas e em
bom estado de conservação, ter arestas vivas e fibras direitas e paralelas ao eixo de
cada peça.
Não é permitido o uso de madeiras com nós que possam diminuir a resistência
mecânica das peças.
A união dos elementos que compõem o andaime só pode ser feita por parafusos de
ferro com anilhas e porcas (de preferência galvanizados).
Andaimes
Designação das peças Para construção Para conservação
Em centímetros
Prumos 16 X 8 10 X 8
Travessanhos 16 X 8 -
Tábuas de Travessanho 16 X 4 -
Polés - 16 X 2,5
Tábuas de pé 18 X 4 18 X 4
Travessas ou diagonais 18 X 2,5 16 X 2,5
Guarda-costas 14 X 2,5 14 X 2,5
Guarda-cabeças 14 X 2,5 14 X 2,5
Empalmes 16 X 4 10 X 4
Prumos
Elementos verticais destinados a suportar os esforços transmitidos pelas outras
peças do andaime e descarregá-los no solo.
Travessanhos
São elementos horizontais encarregues de travar os prumos na direcção
perpendicular ao plano do andaime ligando-os à parede ou a outra fiada de prumos.
Também servem de apoio às tábuas de pé.
Poleias ou polés
Conjunto de dois elementos em forma de esquadro que se ligam aos prumos e
servem tal como os travessanhos para assegurar o travamento em plano
perpendicular ao plano do andaime e servem também para o apoio de tábua de pé.
Guarda-costas
Elementos horizontais dispostos paralelamente às tábuas de pé e situadas a 0,90
metros acima delas, cuja principal função é proteger o trabalhador de queda do
andaime, mas que também serve para assegurar o travamento longitudinal do
andaime.
A legislação em vigor obriga a que exista apenas um elemento a 0,9 metros das
tábuas de pé, mas, é reconhecida que esta protecção é insuficiente, devendo existir
uma outra a 0,45 metros, oferecendo assim uma maior segurança aos
trabalhadores.
Guarda-cabeças
Elementos horizontais dispostos ao longo das tábuas de pé que se destinam a
impedir a queda de objectos colocados sobre as tábuas de pé.
Segundo a legislação em vigor devem ter como dimensões mínimas, 0,14 x 0,025
metros e devem ficar apoiadas (ou pregadas) na tábua de pé exterior.
Travessas diagonais
Fazem o principal travamento entre prumos dispondo-se em cruz.
São elementos cuja segurança deve ser vigiada com muita atenção. A legislação em
vigor exige que tenham uma espessura mínima de 0,04 metros e um mínimo 0,18
metros de largura.
Devem ser assentes a partir dos prumos e bem encostados a eles, bem unidas entre
si até cerca de 0,20 metros da parede do edifício (máximo permitido pela legislação
é 0,45 metros).
No sentido longitudinal as tábuas não devem ser sobrepostas a não ser nos
empalmes a realizar sobre os travessanhos, em que a sobreposição deve ser pelos
menos 0,35 metros, como mostra a figura 3.
Os acidentes que ocorrem com maior frequência nas tábuas de pé, são devidos a:
Na realidade peças que às vezes parecem ter uma adaptação perfeita, quando
submetidas a esforços, mostram, que não foram concebidas para trabalhar em
associação, e quando chegam a mostrar, fazem-no regra geral, sob a forma de
ACIDENTE.
Tubos
Os tubos são em geral de aço temperado e recozido sendo o diâmetro mais
utilizado 1 ½”, com um peso de 4Kg a 5 Kg/ml.
Nos andaimes de pés fixos nunca se deve improvisar qualquer tipo de apoio
para os pés do andaime.
As principais causas de acidentes nestes andaimes, para além das já referidas nos
andaimes de pés fixos, são devidas a:
Para utilização deste tipo de andaimes deve ser dada preferência aos pré-
fabricados, e são válidas as considerações efectuadas para os pés fixos, quanto à
característica dos elementos estruturais, plataformas e classes correspondentes.
Ao fabricante deve ser ainda exigida nota técnica com informação relativa a
ensaios realizados, altura máxima, carga total de utilização do andaime,
capacidade carga máxima de cada roda. Guia de utilização dos estabilizadores
e suportes, meios de acesso aos diversos níveis de condições de utilização
sob a acção do vento.
No entanto, muitas vezes o acesso aos andaimes têm de ser feitos pelo interior do
próprio andaime, ou recorrendo a passadiços, pranchadas e escadas.
A legislação exige que estes elementos sejam calculados, e quando para alturas
superiores a 2,00 m devem ser providos de todos os acessórios (guarda-cabeças,
corrimãos, etc.).
Estes alçapões devem ter as dimensões de mais ou menos 0,40 x 0,60 m, com
portinhola associada e ligada por dobradiças ou outro tipo de charneira, desde que
não permita a sua remoção fácil.
Nos andaimes com acessos de alçapão, este deve estar sempre fechado desde que
não esteja a ser utilizado.
Os passadiços aplicados em vãos até 2,5 metros, devem ser fixados solidamente
nos extremos e a partir da altura de 2,00 metros devem possuir guarda-costas e
corrimão nos moldes e com as secções já anteriormente referidas (andaimes de
madeira).
Para os vãos até 3,00 metros, a legislação obriga a que as tábuas de pé, devem ter
as secções já referidas (0,18 x 0,04 m) e serem ligadas entre si por travessas
pregadas na face inferior.
As escadas Não devem ser utilizadas para o transporte de cargas que ultrapassam
os 50 Kg.
Colocar a escada na posição de uso normal, sobre uma base plana e horizontal e
fixada por um dos seus extremos (superior ou inferior).
Os patins devem estar livres de qualquer apoio, submetendo-se a uma carga pontual
de 200 Kg, aplicada ao seu centro durante um (1) minuto, sem velocidade inicial (ver
figura 9).
Na sua inspecção, não deve apresentar sinais de rotura, gretas nem deformações
permanentes.
Transportar, sempre com a parte visível da escada (frente) inclinada para baixo.
Contudo, a aquisição deste tipo de escadas deve ser feita com critérios de qualidade
exigindo ao fabricante o respectivo certificado de garantia.
Aberturas em pavimentos
Parapeitos ou guarda-corpos
Para proteger o topo das lajes que dão para o vazio devem instalar-se parapeitos de
madeira, metálicos ou mistos, bem como guarda-cabeças
Montantes com dispositivos do tipo “pinça” para fixação por aperto ao bordo da
laje (figura 16)
Revestimentos de fibra
A trama do tecido tem que ser suficientemente larga para garantir o mínimo de
iluminação interior compatível com os trabalhos e não impedir a circulação de ar.
Palas protectoras
Acima de 6,00 a sua eficiência passa a não ser garantida. Assim sendo , as palas
protectoras devem ser instaladas de forma que a altura de queda não seja superior a
6,00 m. Havendo casos em que isto possa acontecer devem instalar-se mais que
uma pala protectora.
As palas rígidas – utilizáveis para as quedas até 3,00m, devem ter uma extensão
cuja projecção horizontal seja 2,15 m.
Cavaletes
São formados por tábuas horizontais (e = 0,04 m) assentes sobre duas estruturas
em forma de cavalete.
Na prática estas vigas em consola são encastradas numa estrutura formada por
vários prumos, travessanhos e diagonais que aproveitam em geral todo o pé direito
do piso, onde são construídos e equilibram o momento exterior.
Andaimes de carga
Designam-se “andaimes de carga”, estruturas provisórias destinadas a suportar o
peso e os impulsos transmitidos pela própria obra, ou seja, aquilo que vulgarmente
se chama cofragem. De facto, as cofragens suportam o peso do betão em fase de
construção e o peso dos trabalhadores durante a mesma. Além dos esforços
estáticos estas estruturas têm ainda que resistir a eventuais vibrações e às acções
do vento e chuva, quando se trata de cofragens expostas aos agentes atmosféricos.
Antes de uma destas estruturas ser edificada, há que ter especial atenção às
características do solo em que vai assentar a fim de prevenir quaisquer deformações
da estrutura.
Cimbres
Designam-se de cimbres os elementos verticais de apoio de uma cofragem que
transmitem as acções desta ao solo. Devem ser travados horizontalmente e na
diagonal para impedir a flambagem das peças (flexão em elementos esbeltos
sujeitos à compressão longitudinal).
Moldes
Estas operações devem ser efectuadas com cuidado, de forma a não provocarem
tensões indesejáveis, choques ou vibrações à massa betonada.
As tábuas descofradas não devem deixar-se cair, pois, podem atingir pessoas que
se encontram em plano inferior. Devem ser empilhadas em zona afastada para não
constituírem obstáculo depois de extraídos os pregos.