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SEGURANÇA

EM ANDAIMES

I .INTRODUÇÃO:

1 - ANDAIMES

Andaime: plataforma para trabalhos em alturas elevadas por estrutura provisória ou dispositivo de
sustentação.

Andaime Simplesmente Apoiado: é aquele andaime cujo estrado está simplesmente apoiado,
podendo ser fixo ou deslocar-se no sentido horizontal.

Andaime Em Balanço: é o andaime fixo, suportado por vigamento em balanço.

Andaime Suspenso Mecânico: é o andaime cujo estrado de trabalho é sustentado por travessas
suspensas por cabos de aço e movimentado por meio de guinchos.

Andaime Suspenso Mecânico Leve: é o andaime cuja estrutura e dimensões permitem suportar uma
carga total de trabalho de 300 kgf., respeitando-se os fatores de segurança de cada um de seus
componentes.

Andaime Suspenso Mecânico Pesado: é o andaime cuja estrutura e dimensões permitem suportar
carga de trabalho de 400 kgf./m2, respeitando-se os fatores de segurança de cada um de seus
componentes.

Cadeira Suspensa ou Balancim: É o equipamento cuja estrutura e dimensões permitem sua


utilização por apenas uma pessoa e o material necessário para realizar o serviço.

Andaime Fachadeiro: é o andaime metálico simplesmente apoiado, fixado à estrutura do prédio, na


extensão da fachada.

2 - ANTEPARO: designação genérica das peças (tapiques, biombos, guarda-corpos, pára-lamas etc.)
que servem para proteger ou resguardar alguém ou alguma coisa.

3 - CABO-GUIA OU CABO DE SEGURANÇA: é o cabo fixado à estrutura, onde são fixadas as ligações
dos cintos de segurança.

4 - CABOS DE ANCORAGEM: são os cabos de aço destinados à fixação de equipamentos, torres e


outros,à estrutura do prédio.

5 - CINTO DE SEGURANÇA TIPO PÁRA-QUEDISTA: É o que possui tiras de tórax e pernas, com
ajuste e presilhas, possuindo uma argola para fixação da corda de sustentação.

6 - CINTO DE SEGURANÇA TIPO ABDOMINAL: é o que possui fixação apenas na cintura, utilizado
para limitar a movimentação do trabalhador;

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7 - ANDAIME EM BALANÇO: são os andaimes sem apoio além da prumada, ou seja, que se
projetam para o exterior da construção, prédio ou edificação. São suportados por vigas em balanço,
as quais são amarradas ou fixadas à laje do piso ou estroncadas contra a laje do teto do pavimento
onde se localizam;

8 - ESTAIAMENTO: utilização dos tirantes, sob determinado ângulo, para fixação dos montantes da
torre dos andaimes apoiados ou torre de elevadores de obras à edificação, com vistas a evitar o
tombamento da torre no sentido contrário à edificação e também para evitar movimento da torre
em qualquer sentido. é uma amarração da torre à estrutura da edificação, de forma a mantê-la
rígida e fixa durante a realização dos serviços.

9 - ESTRADO: estrutura plana, em geral de madeira, colocada sobre o andaime. É piso do andaime,
sob o qual se realizam os trabalhos;

10 - ESTRONCA: peça de esbarro ou escoramento destinada a impedir o deslocamento da estrutura


de trabalho.

11 - SISTEMA GUARDA-CORPO-RODAPÉ: é um conjunto de travessões, instalados de forma a evitar


a queda de pessoas ou de materiais. Se constitui de guarda-corpo, travessão intermediário e
rodapé. Todo o vão entre o rodapé e o guarda-corpo deve ser fechado com tela, firmemente fixada
à estrutura e com malha e resistência necessárias a evitar a queda de materiais, ferramentas ou
pequenos equipamentos.

GUARDA-CORPO: travessa rígida, em madeira ou metálica colocada a uma altura de 1,20m (um
metro e vinte centímetros) do piso de trabalho, em locais onde haja risco de queda de
trabalhadores (periferias, aberturas no piso, vãos de escadas e andaimes), abrangendo todo o vão
aberto ou o comprimento do andaime, inclusive nas suas cabeceiras.

Travessão Intermediário: travessa rígida, em madeira ou metálica, colocada a uma altura de 0,70m
(setenta centímetros) do piso de trabalho, em locais onde haja risco de queda de trabalhadores
(periferias, aberturas no piso, vãos de escadas e andaimes), abrangendo todo o vão aberto ou o
comprimento do andaime, inclusive nas suas cabeceiras.

RODA-PÉ: travessa rígida, em madeira ou metálica, colocada junto ao piso de trabalho, com altura
não inferior 0,20m (vinte centímetros) em locais onde haja risco de queda de materiais,
ferramentas ou pequenos equipamentos (periferias, aberturas no piso, vãos de escadas e
andaimes), abrangendo todo o vão aberto ou o comprimento do andaime, inclusive nas suas
cabeceiras.

TELA DE PROTEÇÃO: tela de material resistente, que tem a finalidade de garantir o fechamento
seguro do vão entre o guarda-corpo e o rodapé.

12 - GUINCHO: equipamento mecânico utilizado no transporte ou suspensão vertical de cargas ou


de pessoas, mediante o enrolamento do cabo de tração no tambor, ou mediante sistema de

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elevação motorizado, ou ainda, sistema de mordentes no cabo de aço quando da sua passagem
pela máquina.

13 - PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO: profissional que possui formação e habilitação


exigida em lei para o exercício de profissão, tarefa ou ofício;

14 - MONTANTE: peça estrutural vertical de andaimes, torres e escadas.

15 - PRANCHA: peça de madeira com largura superior que 0,20m (vinte centímetros) e espessura
entre 0,04m(quatro centímetros) e 0,07m(sete centímetros). é também a denominação da
plataforma móvel do elevador de materiais, onde são transportadas as cargas.

16 - PRANCHÃO: peça de madeira com largura e espessura superiores às de uma prancha.

17 - TIRANTE: cabo de aço tracionado e fixado à estrutura da edificação ou ao solo;

18 - TRAVA-QUEDA: dispositivo automático de travamento destinado à ligação do cinto de


segurança ao cabo de segurança.

19 - VIGAS DE SUSTENTAÇÃO: vigas metálicas onde são presos os cabos de sustentação dos
andaimes suspensos ou em balanço.

II.CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A UTILIZAÇÃO DOS ANDAIMES

COMUNICAÇÃO PRÉVIA:

É obrigatória a comunicação, à Delegacia Regional do Trabalho, antes do início das atividades, das
seguintes informações:

 endereço correto da obra;


 endereço correto e qualificação do contratante, empregador ou condomínio (CEI,CGC ou CPF);
 tipo de obra;
 datas previstas do início e conclusão da obra;
 número máximo previsto de trabalhadores na obra.

Andaimes suspensos são, na linguagem dos operários de obra, conhecidos como, jaú ou balancim.

Os andaimes devem ser construídos ou montados sempre que for necessário executar tarefas em
locais elevados, onde não se alcance com segurança o local do serviço, com estrutura montada a
partir do piso, e cujo tempo de duração ou tipo de atividade, não exija uma estrutura permanente,
ou ainda, que não justifique o uso de uma escada de abrir ou escada de mão. Estas, têm uso
restrito, somente são permitidas como meio de acesso provisório ou para realização de pequenos
serviços (serviços de pequeno porte) e de forma temporária.

Os andaimes são estruturas utilizadas em serviços de demolição, construção, pintura, limpeza,

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manutenção e são classificados em:

- andaime apoiado ou andaime simplesmente apoiado; Podem ser fixos ou móveis. São móveis
quando dotados de rodízios que permitem a movimentação horizontal do andaime apoiado. Neste
caso, os rodízios deverão ser dotados de travas manuais a serem mantidas acionadas quando da
realização dos serviços;

- andaime fachadeiro;

- em balanço;

- andaime suspenso mecânico leve;

- andaime suspenso mecânico pesado;

- cadeira suspensa.

Os materiais utilizados na construção dos andaimes devem ser de boa qualidade, não sendo
permitido o uso de peças de madeira com nós, rachaduras ou deterioradas (aparas ou restos de
madeiras). As peças metálicas também devem apresentar adequadas condições de uso e
manutenção.

Os estrados devem ser planos e nivelados, permitindo-se uma inclinação máxima de 15% (quinze
por cento) em casos de extrema necessidade e por tempo limitado, ou seja, somente durante a
operação de elevação ou rebaixamento.

Nas ligações dos estrados (pisos) de andaimes, quando em madeira, não é permitido fixar pregos
sujeitos a sofrerem esforços de tração no sentido contrário da fixação do prego. Os pregos e
parafusos não devem ficar salientes em qualquer superfície do andaime.

Como geralmente são alugados para determinada obra ou fase de obra, é importante que seja
exigido do locador, o atendimento de todos os itens de segurança e que, permanentemente, seja
supervisionado o uso e a manutenção dos mesmos.

No caso de andaimes fixos, os estrados devem ser pregados nas travessas ou de outra forma,
fixados (estruturas retentoras) para que se evite o escorregamento ou movimentação horizontal dos
mesmos.

Os estrados não devem apresentar vãos ou intervalos por onde possam passar sobras de materiais,
pequenos equipamentos ou ferramentas.

Sempre que na montagem ou movimentação dos andaimes, existir rede de energia elétrica
próxima, cuidados especiais devem ser adotados.

Sempre cuidar a proximidade das linhas de energia elétrica

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DISTÂNCIAS MÍNIMAS A SEREM OBSERVADAS QUANDO DA PROXIMIDADE DE LINHAS AÉREAS DE
ENERGIA:

Não se deve sobrecarregar os andaimes além do limite previsto, sendo necessário manter a carga
de trabalho distribuída no estrado, de maneira uniforme, sem causar obstrução à circulação dos
trabalhadores no andaime.

Nos andaimes não se deve permitir a utilização de escadas ou outros meios para se atingir lugares
mais altos, de forma a que o trabalhador fique posicionado acima do guarda-corpo, e portanto,
sujeito à queda.

Antes da instalação de roldanas no andaime, ou qualquer outro equipamento de içar materiais para
o piso de trabalho, é necessário escolher um ponto de aplicação do equipamento, que não
comprometa a estabilidade e resistência do andaime.

Os rodízios nos andaimes tubulares móveis devem ter diâmetro míni- mo de 0,13m (treze
centímetros) e serem providos de trava, mantida acionada durante a realização dos serviços.

O dimensionamento de qualquer andaime, sua estrutura de sustentação e fixação, deve ser


realizado por profissional legalmente habilitado (engenheiro), devendo ser construído e
dimensionado de modo a suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que estarão sujeitos.
No local de realização dos serviços deve ser mantida a Anotação de Responsabilidade Técnica - ART
- emitida por engenheiro, acompanhada da especificação dos materiais e do sistema de fixação e
sustentação dos andaimes.

Nos andaimes pré-fabricados, é proibida a retirada de qualquer dispositivo de segurança dos


mesmos, ou improvisação que de qualquer forma, anule, ou diminua, a ação de proteção do
dispositivo de segurança.

O acesso aos andaimes deve ser feito de maneira segura: em se tratando de andaime apoiado, por
meio de escadas ou travessas firmemente fixadas à estrutura do andaime. em caso de andaime
suspenso o trabalhador não deverá acessar ao mesmo sem estar com o cinto de segurança tipo
pára-quedista ligado ao cabo de segurança.

III. ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO

Andaimes simplesmente apoiados, são aqueles cuja estrutura trabalha totalmente apoiada numa
base rígida, estável e regular, podendo ser fixos ou móveis (quando podem ser deslocados na
horizontal, por meio de rodízios).

Os montantes dos andaimes apoiados devem estar devidamente aprumados de acordo com sua
previsão de emprego.

Devem ser usadas bases sólidas para apoio dos andaimes.

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Quando apoiados diretamente no solo, deve-se usar placas (calços) capazes de resistir com
segurança aos esforços e com base de apoio suficiente para distribuir as cargas, sem que o solo
recalque.

Os acessórios que fixam os elementos horizontais aos montantes e às diagonais, devem ser
previstos especialmente para este uso e não podem se deslocar sob os esforços a que estão
submetidos durante a realização dos serviços ou durante o acesso dos trabalhadores.

Quando externos à construção, devem ser dotados de amarração e estroncamento que resistam à
ação dos ventos e, quando necessário, devem ser protegidos contra risco de impacto de
equipamentos móveis ou de veículos.

Os andaimes apoiados, quando instalados na periferia das edificações, devem ser fixados à
estrutura das mesmas, por meio de amarração ou estroncamento.

É proibido trabalhar em andaimes apoiados sob cavaletes quando possuam altura superior a 2,00m
(dois metros) e largura inferior a 0,90m (noventa centímetros).

Nos andaimes apoiados móveis, é proibido o seu deslocamento, quando os trabalhadores estiverem
executando atividades sobre os mesmos. Durante a execução das tarefas, os rodízios devem ser
mantidos travados.

Sempre que os pisos de trabalho estiverem situados a mais de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) devem ser providos de escadas ou rampas.

Os andaimes de madeira só podem ser usados em obras ou edificações com até 3(três)
pavimentos, ou altura equivalente, podendo ter seu lado interno apoiado na própria edificação.

As torres dos andaimes não podem exceder, em altura, 4 (quatro) vezes a menor dimensão da base
de apoio, quando não estaiadas.

No caso de apoio dos andaimes em degraus de escadas, os montantes devem ter comprimentos
variáveis, 2 a 2, de acordo com os degraus, de maneira que seu estrado fique sempre na horizontal.

Andaimes tubulares devem ser construídos com montantes, travessas e contraventos, unidos por
braçadeiras ou elementos pré-fabricados.Os montantes devem ser unidos por encaixe.

IV. ANDAIME FACHADEIRO

Os andaimes fachadeiros não devem receber cargas superiores às especificadas pelo fabricante. A
carga de trabalho deve ser distribuída de modo uniforme, sem obstruir a circulação de
trabalhadores e ser limitada à resistência da plataforma de trabalho.

Os acessos verticais devem ser feitos em escada incorporada à sua

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própria estrutura ou por meio de torre de acesso.

A movimentação vertical de componentes e acessórios para a montagem ou desmontagem dos


mesmos, deve ser feita por meio de cordas ou por sistema próprio de içamento.

Os montantes dos mesmos devem ter seus encaixes travados com parafusos, contrapinos,
braçadeiras ou outro meio similar que garanta a estabilidade do andaime.

Os painéis destinados a suportar os pisos e/ou funcionar como travamento, após encaixados nos
montantes, devem ser contrapinados, de modo a assegurar a estabilidade e a rigidez necessárias ao
andaime.

Devem dispor de proteção com tela de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade
equivalente, desde a primeira plataforma de trabalho até, pelo menos, 2m(dois metros) acima da
última plataforma de trabalho. Na plataforma de trabalho (posto de trabalho) deve haver proteção
contra queda de materiais e de pessoas do tipo sistema guarda-corpo-rodapé.

V. ANDAIME EM BALANÇO

Os andaimes em balanço, devem ter sistema de fixação à estrutura da edificação, capaz de suportar
3(três) vezes os esforços solicitantes. Sua estrutura deve ser convenientemente contraventada e
ancorada de tal forma que elimine qualquer risco de oscilação do andaime.

O comprimento não deve ser superior a 40% (quarenta por cento) do comprimento da viga e a
distância entre as vigas, não deve ultrapassar de 2m(dois metros).

As vigas podem ser fixadas à laje do piso por meio de ganchos chumbados, braçadeiras com porcas
e arruelas ou cabos de aço com clipes.

Devem ser providos de guarda-corpo fixo nas laterais, podendo ser móveis no lado frontal, de
maneira a facilitar o manejo de peças compridas. Quando o guarda-corpo for móvel, deve ser
recolocado logo após o término da operação que motivou sua retirada.

VI. ANDAIME SUSPENSO MECÂNICO

Também conhecido por jaú, ou balancim, os andaimes suspensos mecânicos, são aqueles em que o
estrado é elevado por cabos de aço, movimentando-se verticalmente por meio de guinchos que
podem ser manuais ou motorizados.

A montagem dos andaimes suspensos mecânicos deve ser feita somente por trabalhadores ou
pessoas habilitadas, sob orientação do engenheiro responsável por sua especificação técnica
(estrutura de sustentação e fixação).

Os trabalhadores que utilizam andaimes suspensos devem ter orientação e treinamento específicos

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quanto às medidas de segurança que devem ser utilizadas em cada situação e os meios seguros de
realização de suas tarefas.

Cuidados especiais devem ser tomados com relação à montagem de andaimes próximos às redes
elétricas, que deverão o tanto quanto possível ser desligadas, ou ainda, serem observados os
distanciamentos mínimos determinados pela concessionária de energia elétrica, ou a adoção de
estruturas de proteção, ou de isolamento, da rede de energia.

Em qualquer caso devem ser observadas as recomendações de segurança da concessionária de


energia elétrica. Não sendo possível a adoção das medidas preventivas deverá ser chamada a
concessionária para que adote as providências necessárias à realização dos serviços de forma
segura.

Em todo andaime suspenso mecânico deve existir uma placa fixada em seu guarda-corpo,
determinando a utilização de cinto de segurança, sempre que a altura de trabalho for superior a 2m
(dois metros) do piso ou solo, ligado a um cabo de segurança com sua extremidade superior fixada
em estrutura ou local independente da estrutura de fixação do andaime.

Não é permitida a amarração do cabo para fixação do cinto de segurança, no próprio andaime.

O cabo em que deve ser ligado o cinto de segurança deve ser protegido contra desgaste por atrito
na aresta de apoio. Deve passar por fora do andaime e ter a laçada, em caso de uso de corda,
localizada pouco acima do guarda-corpo.

Deve ter todas as laçadas feitas durante a descida do andaime, de maneira que a mesma não seja
encurtada, o que poderia impedir o seu uso nos pavimentos inferiores.

Deve ter a parte que sobra abaixo do andaime, enrolada num gancho, fixado em olhal de montante
externamente ao guarda-corpo, para que não se enrole em outra corda pendente, cabo de aço ou
caçamba suspensa.

Os dispositivos de sustentação dos andaimes suspensos mecânicos,

bem como as fixações das cordas pendentes, devem ser inspecionados diariamente, antes do início
dos trabalhos por trabalhador habilitado e treinado para tal.

O cinto de segurança a ser utilizado deve obedecer às seguintes características, quanto à


colocação:

ficar bem ajustado ao trabalhador;

o mosquetão deve passar pela outra argola do cinto, antes de ser fixado à corda pendente;
deve girar de modo que o ponto de saída de sua corda fique no meio das costas do trabalhador,
para evitar lesões em caso de queda;

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o mosquetão deve ser enganchado na laçada da corda e não se deve permitir o engate do mesmo
acima do nó da laçada, pois o mesmo pode se desfazer involuntariamente;

o engate do mosquetão na laçada deve ser feito antes do acesso ao andaime e, para que isso seja
possível, é necessário que a laçada esteja em condições de ser alcançada.

O desengate, por outro lado, só pode ser realizado após à saída do trabalhador do andaime.
A sustentação dos andaimes suspensos mecânicos deve ser feita por meio de vigas metálicas de
resistência equivalente a, no mínimo, 3 (três) vezes o maior valor de esforço solicitante.

É proibida a fixação das vigas de sustentação dos andaimes por meio de sacos de areia, latões com
concreto ou outros dispositivos similares. As vigas devem ser fixadas na laje por meio de
braçadeiras ou por ganchos chumba- dos na própria laje: devem ser de aço CA-24 ou 25 e ter
diâmetro mínimo de 5/8" (cinco oitavos de polegada).

É proibido o uso de cordas de fibras naturais ou artificiais para sustentação dos andaimes
suspensos mecânicos.

Os cabos de aço de sustentação devem trabalhar na vertical e o estrado na horizontal. O


comprimento dos cabos deve ser tal que, na posição mais baixa do estrado, restem, pelo menos,
6(seis) voltas sobre cada tambor.

A roldana do cabo de sustentação deve rodar livremente e o respectivo sulco deve ser mantido em
bom estado de limpeza e conservação.

Os quadros dos guinchos de elevação devem ser providos de dispositivos para fixação de sistema
de guarda-corpo e rodapé, como já descrito.

Os guinchos de elevação, do tipo catraca, devem satisfazer aos seguintes requisitos:

ter dispositivo que impeça o retrocesso do tambor;


ser acionado por meio de alavancas ou manivelas, ou automaticamente quer na subida, quer na
descida do andaime;
possuir uma segunda trava de segurança;
ser dotado de capa de proteção da catraca.

VII. ANDAIME SUSPENSO MECÂNICO PESADO

A largura mínima do andaime suspenso mecânico pesado, deve ser de 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros) e podem ter seus estrados interligados até o comprimento máximo de
8,00m (oito metros).

A fixação dos guinchos aos estrados, deve ser executada por meio de armações de aço, havendo
em cada armação 2 (dois) guinchos.

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Os perfis metálicos de sustentação (vigas I), devem atender aos seguintes requisitos:

ter altura mínima de 0,15m (quinze centímetros) e comprimento mínimo de 4m (quatro metros);
quando instaladas em prumadas de varandas ou quando suportarem guinchos de coluna, sua altura
deverá ser de 0,18 (dezoito centímetros) e seu comprimento de 4,50m (quatro metros e meio), no
mínimo;
devem ser instaladas perpendicularmente às fachadas;
devem manter afastamento máximo entre elas de 2,00m (dois metros);
devem ter o trecho em balanço de no máximo, 40% (quarenta por cento) do seu comprimento;
devem ser dotadas de parafuso de esbarro, para impedir o deslizamento da braçadeira que suporta
o cabo de tração;
devem estar com sua alma a prumo e com calços laterais, entre a viga e as braçadeiras ou grampos
de fixação, para que não sofra torção.
podem ter seus trechos internos superpostos e, no caso de haver interligação de andaimes em
arestas verticais, deve-se instalar uma viga I suplementar a 45° (quarenta e cinco graus) das
normais. Quando esta não for instalada, os andaimes devem ser independentes.
O cabo de aço deve ter resistência à tração de, no mínimo, 160 kgf./mm2 (quilogramas-força por
milímetro quadrado).

O estrado deve ser feito com tábuas de primeira qualidade com espessura mínima de 1" (uma
polegada), largura de 0,30m (trinta centímetros) e comprimento mínimo de 3,40m (três metros e
quarenta centímetros) que corresponde ao vão de 2m (dois metros) e 2 (dois) balanços de 0,70m
(setenta centímetros).

Em andaimes com mais de 2 (dois) estribos (travessas), o comprimento das tábuas deve ser tal,
que estas se apóiem em, pelo menos, 3 (três) estribos e, nas emendas por superposição, as tábuas
devem ter, no mínimo, 0,20m (vinte centímetros) para cada lado do estribo.

As emendas devem ser feitas com pregos cujo comprimento atravesse as 2 (duas) tábuas. As
pontas dos pregos devem ser rebatidas para evitar que os mesmos se soltem com a movimentação
dos andaimes.

Quando a distância entre os estribos for superior a 1,50m (um metro e meio), deve ser fixada, no
centro do vão, uma guia, ou tábua transversal, para unir as pranchas ou pranchões do estrado,
aumentando assim sua rigidez.

Os estrados não devem ter balanços nas cabeceiras superiores a 0,70m (centímetros), medidos a
partir dos estribos extremos.

Nas cabeceiras dos andaimes mecânicos suspensos pesados, nos trechos em balanço, onde não há
guinchos nem montantes, ainda assim, é obrigatória a instalação de guarda-corpo. Em caso de ser
feito em madeira, atenção especial deverá ser dada a esta estrutura, de maneira a ter uma rigidez
adequada e condizente com os esforços solicitantes e para o fim a que se destina: prevenir a queda
de trabalhadores.

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Com a finalidade de aumentar a segurança do andaime, deve-se fixar externamente ao guarda-
corpo, uma tela metálica ou de náilon, cuja parte inferior deve contornar o rodapé e a parte inferior
do estrado, sendo, também, neles, rigidamente fixada.

Não é permitido cortar o estrado do andaime já montado, pois podem

resultar balanços nas cabeceiras superiores a 0,70m (setenta centímetros).

As alavancas dos guinchos não podem ficar voltadas para o trecho em balanço.

Não é permitida a emenda de andaimes em ângulo reto (90º-noventa graus) através do acréscimo
de tábuas, pelas seguintes razões:

as tábuas acrescidas, não estarão apoiadas nos estribos e sim nos trechos em balanço, o que
resulta em situação de risco à integridade física dos trabalhadores;
os guarda-corpos, ainda que fixados rigidamente, não terão a mesma resistência;
neste trecho, o estrado, forçosamente, terá a largura reduzida.
Principais componentes do andaime suspenso mecânico pesado: gravura

VIII . ANDAIME SUSPENSO MECÂNICO LEVE

Os andaimes suspensos mecânicos leves, somente podem ser utilizados em serviços de reparos,
pintura, limpeza e manutenção, com a permanência, no máximo, de 2 (dois) trabalhadores.

Deve ser garantida a estabilidade dos andaimes suspensos mecânicos leves durante todo o período
de sua utilização, através de procedimentos operacionais e de dispositivos ou equipamentos
específicos.

Os andaimes suspensos mecânicos leves devem ter 2 (dois) guinchos em cada armação ou serem
dotados de duas armações, cada uma suspensa por um cabo de aço, ou ainda, de uma armação,
ou guincho, suspenso por um cabo de aço, estando este interligado a um outro cabo de aço
adicional por meio de sistema trava-quedas de segurança (dispositivo de bloqueio
mecânico/automático). Ou seja, em cada cabeceira do andaime deverá haver no mínimo dois cabos
de aço de sustentação.

Os guinchos de elevação dos andaimes suspensos mecânicos leves devem ser fixados às
extremidades das plataformas de trabalho, por meio de armações de aço, havendo em cada
armação 2 (dois) guinchos.

É proibida a interligação dos andaimes mecânicos suspensos leves, pois a passagem de um para
outro é dificultada pelas dimensões do estrado.

Não se deve permitir que trabalhadores executem reparos por sua própria conta, sem a orientação
e supervisão de profissional legalmente habilitado (engenheiro). Deve ser proibido qualquer
trabalho, especialmente quando se verificar anormalidade nos guinchos ou em seus acessórios na

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inspeção a ser feita antes de iniciados as atividades de trabalho.

IX . CADEIRA SUSPENSA

As cadeiras suspensas, ou balancim individual, podem ser utilizadas em qualquer atividade em que
não seja possível a instalação de andaime. A cadeira suspensa é indicada em serviços de limpeza de
vidraças e outros similares.

A sustentação da cadeira suspensa deve ser realizada por meio de cabo de aço.

A cadeira suspensa deve dispor de:

sistema dotado de dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança;


requisitos mínimos de conforto previstos pela ergonomia;
sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto de segurança tipo pára-quedista ligado a trava-
quedas de segurança em cabo-guia independente e fixado em estrutura, também independente ,da
estrutura de fixação da cadeira suspensa.
A cadeira deve apresentar em sua estrutura, em caracteres indeléveis e bem visíveis, a razão social
do fabricante e o número do registro no CGC.
Não é permitida a improvisação das cadeiras suspensas.
O sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser independente do cabo-guia do trava-quedas.

X . CABOS DE AÇO

É obrigatória a observância das condições de utilização, dimensionamento e conservação dos cabos


de aço utilizados em obras de construção,conforme o disposto na norma brasileira NBR 6327/83 -
Cabos de Aço/Usos Gerais da ABNT.

Os cabos de aço de tração não podem ter emendas nem pernas quebradas que possam vir a
comprometer sua segurança.

Os cabos de aço devem ter carga de ruptura equivalente, no mínimo,

5 (cinco) vezes a carga máxima de trabalho a que estiverem sujeitos e resistência à tração de seus
fios de, no mínimo, 160 kgf./mm2 (quilogramas-força por milímetro quadrado).

Os cabos de aço devem ser fixados por dispositivos que impeçam o seu deslizamento ou desgaste.

Os cabos de aço devem ser substituídos quando apresentarem condições que compromentam sua
integridade, em face da utilização a que estiverem submetidos.

Existem requisitos mínimos para a utilização dos cabos de aço que devem ser verificados
constantemente por profissional legalmente habilitado.

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XI . EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

São considerados equipamentos de proteção individual - EPI - Equipamento de Proteção Individual -


os dispositivos de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinados a proteger a
saúde e a integridade física dos trabalhadores.

O empregador é obrigado a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em


perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que existirem riscos de acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais que não possam ser evitadas por outros procedimentos.

Devem sempre ser priorizadas as medidas de proteção coletiva, ou seja, aquelas que mantém o
trabalhador em segurança, independentemente de sua vontade em fazer uso das mesmas, por que
são instaladas de forma permanente.

Em qualquer atividade, é proibido o trabalho com tamancos, chinelos e sandálias.

Os EPI devem apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa
fabricante ou importadora e o número de registro no Ministério do Trabalho.

Os EPI são:

a) Proteção Contra quedas de Altura:

cinto de segurança tipo pára-quedista, a ser obrigatoriamente utilizado em trabalhos realizados em


altura superior a 2m (dois metros) em que haja risco de queda, acoplado a trava-queda de
segurança, este ligado a um cabo de segurança independente. É também obrigatório para trabalhos
realizados com movimentação vertical em andaimes suspensos de qualquer tipo.

b) Proteção para a cabeça:

protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões ocasionadas por
partículas, respingos e vapores de produtos químicos;
óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos provenientes do
impacto de partículas;
óculos de segurança contra respingos, para trabalhos que possam causar irritações nos olhos e
outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos;
óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritações nos olhos provenientes de
poeiras;
capacetes de segurança para proteção do crânio nos trabalho sujeitos a impactos provenientes de
quedas e projeção de objetos ou outros;

c) Proteção para os membros superiores:

luvas e/ou mangas de proteção e/ou cremes de proteção devem ser usados em trabalhos em que

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haja perigo de lesão provocada por materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou
perfurantes, produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos,
solventes orgânicos e derivados do petróleo, materiais ou objetos aquecidos, choque elétrico, frio,
agentes biológicos e radiações.

d) Proteção para os membros inferiores:

calçados de proteção contra riscos de origem mecânica;


calçados impermeáveis, para trabalhos realizados em lugares úmidos;
calçados impermeáveis e resistentes para trabalho com produtos químicos agressivos;
calçados de proteção contra riscos da energia elétrica;
perneiras de proteção contra riscos mecânicos, térmicos e radiações.

e) Proteção contra quedas com diferença de nível:

cinto de segurança para trabalho em altura superior a 2m (dois metros) em que haja risco de
queda;
cadeira suspensa para trabalho em altura em que haja a necessidade deslocamento vertical,
quando a natureza do trabalho assim o indicar;
trava-queda de segurança acoplado ao cinto de segurança ligado ao cabo de segurança
independente, para trabalhos realizados com movimentação vertical de andaimes suspensos de
qualquer tipo.

f) Proteção auditiva:

Protetores auriculares para trabalhos realizados em locais em que o nível de ruído seja superior aos
limites estabelecidos na NR 15, Anexos I e II.

g) Proteção respiratória:

Para casos de exposição a agentes ambientais em concentrações prejudiciais á saúde do


trabalhador:

respiradores contra poeira;


máscaras para trabalho de limpeza por abrasão;
respiradores com máscaras de filtro químico, para exposições a agentes químicos;
aparelhos de isolamento, autônomos ou com adução do ar, para trabalhos onde o teor de oxigênio
seja inferior a 18% (dezoito por cento) em volume.

h) Proteção do tronco:

Aventais, jaquetas, capas ou outros similares para trabalhos em que haja risco de lesões
provocadas por agentes térmicos, radioativos, mecânicos, químicos, meteorológicos.

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