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ANDAIMES

UMA REFLEXÃO NA ÓPTICA DA INSPECÇÃO/APROVAÇÃO

INTRODUÇÃO HISTÓRICA

Desde sempre que os andaimes estão na origem da


maior parte dos chamados acidentes em trabalhos
em altura, tanto na construção como em trabalhos de
manutenção, sejam eles de construção civil ou de
metalomecânica, quer se tratem de meios de acesso,
de estruturas de suporte ou de trabalho.
Ao longo dos anos, temos vindo a assistir à
introdução de melhorias nos métodos ou processos
de trabalho, devido à evolução verificada tanto nas
ferramentas como nas máquinas e equipamentos,
como até nos próprios materiais, melhorias essas
resultantes do progresso técnico e do
acompanhamento por normalização ou até por
legislação que apontaram inicialmente para a
regularização dos produtores, certificação dos
produtos, uniformização da utilização, acabando
alguns documentos por especificar as competências,
critérios e métodos ou procedimentos para
instaladores, operadores ou utilizadores, nas
vertentes manutenção, inspecção e aprovação.
Infelizmente no tocante a andaimes as coisas não se
processaram da mesma forma...
Entre as décadas de 50 e de 60 os andaimes de
madeira começaram a ser substituídos pelos de aço.
Inicialmente foram os do tipo “tubo/braçadeira” e

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posteriormente os de montagem dita rápida e que
independentemente de serem os originais ou
réplicas, começaram a ser invariavelmente
conhecidos como “Kuick”.
Com o andar dos tempos, foram-se adoptando
diversos sistemas de acoplamento, mais fáceis e
eficientes, desde os multidireccionais da “Entrepose”
até aos mais recentes, como os dos tipos “Cup-lock”,
da “PERI”, da “Layher” e sucedâneos.
Nos multidireccionais, tornaram-se evidentes a
rapidez e uniformização na fase de montagem e a
melhoria das condições de segurança dos
utilizadores, pormenores que mais sobressaíram nos
móveis e nos suspensos.
A partir de determinada altura fabricantes houve que,
mercê de alguma investigação e do retorno de
experiências junto dos utilizadores, ampliaram a
gama dos seus produtos com a introdução dos
modulares, dos quais cedo se destacariam os
“Fachadeiros” para a Construção Civil e os andaimes
móveis tipo “Torre”.
Por arrastamento e pela inexistência de normas ou
regulamentos, outros seguiram as suas pisadas
aproveitando o trabalho base dos primeiros,
acabando por lançar produtos similares, por vezes
não compatíveis e em alguns casos até de menor
qualidade...
No entanto, por via da uniformização dimensional de
todos os seus componentes e em situações de
implementação ou de remate de andaimes,
essencialmente na indústria, somos por vezes

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confrontados com a falta de alguns componentes
ajustáveis, o que nos leva a ter ainda hoje que
recorrer ao tubo/braçadeira.
Por via disso e apesar das vantagens da adopção,
tanto dos andaimes de acoplamento rápido como dos
modulares, estamos convencidos que continuaremos
a utilizar o “velho” tubo/braçadeira por muito mais
tempo.
Propositadamente deixamos para o fim a referência
aos “Cai-Cai”, que entre outras designações também
são conhecidos por “Escadinhas”, “Amarelos” ou
“Espanhóis”.
Começaram a inundar o nosso mercado por ocasião
do aparecimento dos modulares, em apoio aos
trabalhos de interiores na construção civil.
Depressa expandiram a sua utilização aos trabalhos
de exterior e à própria indústria.
O seu baixo custo, a simplicidade na montagem e
variedade de aplicação, fizeram esquecer a muitos a
fragilidade dos materiais em que normalmente são
construídos, a má concepção de alguns dos seus
componentes e a sua instabilidade, pondo em risco a
segurança dos seus utilizadores, como vem
impunemente sucedendo em tantos casos de altos
andaimes de fachada…
No nosso país, a primeira alusão legislativa a
andaimes aparece no Regulamento de Segurança no
Trabalho da Construção Civil que foi decretado e
promulgado pelo Decreto-lei nº 41821 de 11 de
Agosto de 1958.

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Cerca de dez anos depois, quando iniciamos a nossa
actividade nesta área, ainda ouvimos quem
comentasse que o seu articulado era desajustado
para a época, pois exigia:
-A utilização de andaimes em trabalhos apenas
acima dos 4 metros;
-Que a sua construção, alteração ou desmontagem
só pudesse ser efectuada por operários
especializados e sob a orientação de técnico
responsável de reconhecida idoneidade;
-A obrigatoriedade de serem previamente calculados
por técnicos responsáveis, sempre que
ultrapassassem os 25 metros de altura;
-Inspecção a:
Qualidade e características dos materiais;
Pormenores construtivos;
-Verificações e ensaios de resistência, capacidades
mínimas, etc.,etc.
Para além do que cada um de nós foi conseguindo
apreender no contacto directo com os montadores, o
Decreto-lei 41.821, desajustado ou não, foi durante
anos, a única referência que nos serviu de ajuda, na
ingrata tarefa da inspecção de andaimes…
Quem, confrontado com a necessidade de acautelar
as condições de segurança, daqueles que em
andaimes de duvidosa concepção, tinham que
efectuar determinados trabalhos, não se questionou
sobre a suficiência dos seus conhecimentos, quando
da inspecção dos mesmos?

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A EVOLUÇÃO NO SENTIDO DA NORMALIZAÇÃO/REGULAMENTAÇÃO

Em 1988 pela HD 1000 e em 1992 pela HD 1004


foram harmonizados vários aspectos relacionados
com os andaimes de acesso ou de trabalho,
constituídos por elementos pré-fabricados.
A primeira referia-se aos andaimes de pés fixos,
enquanto que a segunda se dedicava aos andaimes
móveis tipo torre.
Ainda que com condicionantes específicas de cada
um deles, nos aspectos gerais essas harmonizações
visaram essencialmente:
-Tipos de utilização,
-Componentes;
-Dimensões;
-Número de plataformas de trabalho;
-Alturas de trabalho;
-Cargas;
-Acessos;
-Métodos de estabilização;
-Exigências de segurança;
-Testes; etc.
Com a transposição da Directiva nº 89/655/CEE,
(alterada posteriormente pelas directivas 95/63/CE e
2001/655/CE) para a ordem jurídica interna através
do Decreto-lei nº 50/2005 foram introduzidas as
prescrições mínimas de segurança e saúde, dos
trabalhadores na utilização de equipamentos.
Os Artigos 40, 41 e 42, do referido Decreto-lei,
referem sumariamente alguns aspectos relacionados

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com andaimes, nomeadamente com a sua utilização,
estabilidade e plataformas(estrados).
Para além disso apenas algumas referências de
carácter generalista nas alíneas f), g) e h) do Artº 2 e
nas alíneas a), b) e e) do Artº 3.
…………………………..
Ao que parece o Regulamento de Segurança da
Construção Civil está em revisão.
Como é que essa revisão irá ser feita?
Será lógico pensarmos que a questão dos andaimes
possa ser suficiente e correctamente abordada, de
forma a instituir requisitos mínimos, que estabeleçam
práticas correctas que garantam utilizações seguras?
E em relação aos outros sectores, como por exemplo
a metalomecânica?
O que é que está previsto?
Efectivamente há muito que fazer…
Há que distinguir entre instalações correntes (ex.
andaime de fachada de edifício para trabalhos de raiz
ou de manutenção) e instalações especiais (ex.
andaime suspenso numa torre para instalação de
equipamento vário, de pés fixos no interior de um
espaço confinado para manutenção, numa área
industrial entre variados equipamentos, etc.).
Vulgarmente só são requeridos cálculos de
resistência mecânica e estabilidade nas construções
correntes, quando a altura ultrapassa os 25 metros.
Há no entanto quem defenda que os cálculos de
resistência também devam ser exigidos quando se
trate de instalações especiais.

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Aos restantes aplicam-se as regras de boa arte no
que respeita à concepção, amarrações,
contraventamentos e protecções.
Continua a haver quem confunda contraventamento
com amarração...
Com o primeiro procura-se assegurar a estabilidade
enquanto que com a amarração se procura conseguir
a absorção dos esforços de tracção e de compressão
e simultaneamente impedir a deslocação lateral do
andaime.
Se as regras de boa arte não forem uniformemente
seguidas por todos os intervenientes, a situação
ainda será pior…
Há pois que acabar com esta triste realidade e
uniformizar, legislando.
……………………………..
O nosso contributo vai no sentido de divulgarmos o
procedimento habitual dos Técnicos de Segurança
que integram a Segurança de Estaleiros da Direcção
de Construções Mecânicas do ISQ.
A nossa actuação pode começar muito antes do
início dos trabalhos. Umas vezes com a elaboração
dos “Procedimentos para Empreiteiros”, outras pela
elaboração do “PSS” ou ainda, participando nas
reuniões preparatórias que normalmente antecedem
as adjudicações de diversos trabalhos.
Nos dois primeiros casos procuramos estabelecer
parâmetros que incluam o Pessoal, os materiais e as
fases de montagem, manutenção, desmontagem e
remoção.

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No tocante ao Pessoal exige-se que tenham
Passaporte de Segurança e que os Certificados de
Aptidão Médica refiram para além da categoria
profissional, a aptidão para os trabalhos em altura.
…………………………
Vai sendo tempo de se passar também a exigir a
evidência da frequência de acções de formação de
montadores de andaime.
Conhecemos Ajudantes há anos, que apesar de
desenvolverem uma actividade de Montador nunca
passam disso, o mesmo acontecendo a competentes
Chefes de Equipa que não passam de Montadores…
Há que pensar numa “Progressão de Carreiras”, o
que significa que os Sindicatos devem ser também
envolvidos nos trabalhos em curso para efeitos da
revisão a que antes nos referimos.
…………………………
Quanto aos materiais, são especificados os tipos,
estados de conservação e de limpeza admitidos,
sendo também preconizados os processos de
armazenagem, de movimentação e de transporte,
bem como a sinalização.
Outro pormenor desde logo indicado, refere-se à
obrigatoriedade na aplicação do sistema de
identificação e inspecção junto a todos os acessos.
.......................
Quando participamos nas reuniões preparatórias e se
analisam as listas de trabalho a realizar com vistas à
elaboração dos cronogramas, tentamos acautelar
colisões ou sobreposições na construção e na
desmontagem dos andaimes.

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Com esta atitude conseguem-se por vezes antecipar
montagens, evitar algumas sobrecargas de trabalho
nos meios de movimentação, diminuir armazenagens
intermédias e melhorar a fluidez da movimentação
geral de materiais, equipamentos e de trabalhadores.
…………………….
Todos os trabalhadores passam por uma acção de
formação inicial quando do “Acolhimento”.
Nessa acção é dada uma ênfase especial aos
trabalhos em altura, nomeadamente no tocante a
alguns aspectos sobre os andaimes, em que são
preferencialmente referidos os seguintes cuidados a
ter em conta:
-Só utilizar os aprovados;
-Utilizar como meios de acesso apenas as escadas
ou as plataformas;
-Mantê-los sempre limpos e desobstruídos;
-Nunca exceder as cargas previstas;
-Deposição correcta das cargas, distribuídas
sobre as travessas que servem de suporte aos
estrados.
………………………
Todos os materiais de andaime devem ser
descarregados e armazenados de acordo com as
instruções do Dono de Obra.
Porque dispomos de pouco tempo e não queremos
abusar da vossa presença, vamos fazer a abordagem
aos andaimes de pés fixos.
.............................

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Deverão ser inspeccionados todos os elementos
construtivos antes da sua montagem,
nomeadamente:
Tipo “Tubo/Braçadeira”:
-Bases
-Niveladores;
-Tubos;
-Elementos de ligação (braçadeiras e espigas de
empalme);
-Uniões;
-Espigas de braçadeira;
-Pranchas de madeira;
-Roda-pés;
-Escadas;
-Poleias;
-Ancoragens (ligantes, olhais, ganchos e
esticadores).
..........................
Nas pranchas em pinho para além de não poderem
ter nós à espessura, não os devem ter agrupados em
linha à largura ou com menos 20 cms de afastamento
para vãos máximos de 1,5 metros.
Não devem ter larguras inferiores a 16 cms nem
espessuras menores que 4 cms.
..........................
As limitações dos vãos em função das espessuras e
larguras das pranchas, poderão naturalmente ser
ultrapassadas se se criarem apoios intermédios ou se
variarmos essas condicionantes:
Espessura de 4 cms.:
16 cms. de largura para vão de 1,5 metros;

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18 cms. de largura para vão de 1,7 metros;
20 cms. de largura para vão de 1,9 metros;
22 cms. de largura para vão de 2,0 metros;
Espessura de 5 cms.:
22 cms. de largura para vão de 2,5 metros.
..........................
Quando os estrados forem constituídos por pranchas
de madeira, o seu prolongamento pode fazer-se de
duas maneiras, por sobreposição ou em
continuidade.
Em ambos os casos as pranchas têm que ultrapassar
as travessas de apoio em cerca de 10 cms.
No primeiro caso, um dos extremos das pranchas
apoia directamente na travessa de apoio e o outro é
apoiada na prancha que se lhe segue e assim
sucessivamente. No segundo, todas as extremidades
das pranchas se apoiam nas travessas, o que implica
a quase duplicação do número de travessas.

Tipo Tubulares de Elementos pré-fabricados:


-Bases;
-Niveladores;
-Prumos;
-Cavilhas de empalme;
-Braçadeiras;
-Uniões;
-Espigas de braçadeira;
-Pernos;
-Travessas;
-Longarinas;
-Diagonais;

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-Pranchas e Meias Pranchas (metálicas);
-Fixadores;
-Taipais simples;
-Taipais simples c/alçapão;
-Escadas;
-Taipais com escada embebida;
-Réguas de segurança;
-Róda-pés;
-Poleias/consolas;
-Ancoragens (ligantes, olhais, ganchos, escoras e
esticadores)

Tipo Meio Modular e Modulares:


-Bases;
-Niveladores;
-Prumos;
-Bastidores e meios bastidores;
-Cavilhas de empalme;
-Braçadeiras;
-Uniões;
-Pernos para travessas
-Travessas;
-Longarinas;
-Diagonais;
-Pranchas e Meias Pranchas (metálicas);
-Fixadores;
-Taipais simples;
-Taipais simples c/alçapão;
-Escadas;
-Taipais com escada embebida;
-Réguas de Segurança;

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-Róda-pés;
-Poleias/consolas;
-Ancoragens(ligantes, olhais, ganchos, escoramentos
e esticadores);
........................
Qualquer que seja o tipo de andaime, as amarrações
são feitas aos mais diversos pontos de aplicação, que
vão dos chumbadores às buchas químicas, passando
por pilares, vãos de janelas ou portas, colunas, vigas,
estruturas, etc.
Praticam-se vários tipos de ancoragem, salientando-
se os que são feitos por cabo e esticador, por barra
ou tubos e estes sob a forma simples, de forquilha ou
de gravata.
.........................
O número de ancoragens para efeito das amarrações
é normalmente indicado pelo fabricante ou fornecedor
do material.
Na sua falta costuma aplicar-se uma por cada 30 m2,
valor esse que aumenta para uma por cada 10 m2
sempre que o andaime seja revestido (protecção ou
publicidade).
………………………..
Ocasiões há em que por força das circunstâncias se
recorre também aos estabilizadores.
.........................
Antes de se iniciar a construção do andaime deve
fazer-se a verificação da documentação (esboço e/ou
cálculos).
…………………………
O início deve sempre ser sempre acompanhado.

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Tanto ao longo da sua montagem como no final,
devem ser feitas inspecções, culminando a
última com a afixação da indicação de
“aprovado”.
Para este efeito seria recomendável uma
etiquetagem que na “frente”, para além de identificar
o andaime, indique a carga máxima e a validade,
eventuais limitações, fim a que se destina, identifique
também o requisitante, e os responsáveis pela
montagem e pela inspecção.
No verso deverá permitir a anotação das inspecções
e/ou alterações, quem as ordena e efectua e apor o
visto do Tec. de Segurança. (semelhante ao sistema
“scafftag”).
…………………….
A montagem de qualquer andaime deve:
-Começar pela limpeza da superfície onde vai ser
implantado, seguida da selecção e movimentação do
material que vai ser utilizado na sua montagem;
-Obedecer ao esboço, desenho ou simplesmente à
memorização previamente feita para essa fim;
.............................
-Sempre que existam nas proximidades linhas aéreas
de electricidade, deverão ser guardadas distâncias
de protecção que variam entre 4 e 5 metros,
consoante as respectivas tensões sejam inferiores
ou superiores a 50.000 volts.
............................
-Iniciar-se pelo módulo de acesso (que inclui
escadas);
-Colocar pranchas de madeira sob todas as bases.

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Essas pranchas deverão ser suficientemente fortes
para não se deformarem e permitirem a distribuição
equitativa das cargas.
-A seguir às bases devem aplicar-se os afinadores.
Há fabricantes que possuem bases/afinadores em
peça única.
-Sobre os afinadores deverão colocar-se os
colarinhos que possibilitarão a instalação das
travessas e das longarinas, formando a base do
módulo.
-Feito isso, deverá nivelar-se o módulo base, fazendo
os ajustamentos através dos afinadores.
-Na base do módulo de acesso devem ser colocadas
pranchas que sirvam de apoio à escada de acesso e
facilitem o acesso aos trabalhadores;
-Nos colarinhos antes referidos, deverão aplicar-se
também os prumos, ligando-se entre si através de
novas travessas e longarinas, formando assim o 2º
módulo.
-Utilizar travessas em “U” reforçado para a fixação
simultânea de pranchas ou estrados para os dois
lados.
-As diagonais ligando o 1º ao 2º módulo devem ser
colocadas de imediato. Finda a sua aplicação
(módulo a módulo) e caso se esteja a trabalhar com
elementos pré-fabricados de cavilha, devem-se bater
as referidas cavilhas, tanto as das diagonais como
as dos elementos horizontais a fim de se conseguir
a continuidade do nivelamento.
-Proceder de seguida à montagem dos estrados e/ou
das pranchas.

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-Proceder da mesma forma para os módulos
seguintes.
-O andaime deve ser construído em largura e só
Depois progredir em altura.
-A partir do 2º módulo devem ser instalados os
rodapés (14 cms. de altura mínima) e os guarda-
corpos superior e intermédio (100 e 50 cms. de
altura, respectivamente);
-Tanto os rodapés como os guarda-corpos são
envolventes.
Nos casos em que o espaço livre entre os
estrados/plataformas e as superfícies de trabalho
sejam inferiores a 25 cms. podem ser dispensáveis
os rodapés e os guarda-corpos desde que daí não
advenham consequências para os trabalhadores que
circulem ou trabalhem a cotas inferiores;
-Fixar as pranchas metálicas, abrindo as cavilhas
de travamento. Quando as pranchas não tiverem
cavilhas devem ser obrigatoriamente aplicadas
réguas de segurança (como as que se usam com
os painéis).
-Nas pranchas de madeira deve ser proibido o uso
de tubo/braçadeira e pregos.
Em vez disso deverão ser utilizadas duplas barras de
ferro perfuradas, com parafusos e porcas de orelhas;
-Instalar sempre as réguas de segurança para
impedir o desencaixe dos estrados.
......................
-Fazer as amarrações à medida que o andaime for
progredindo, para que a sua estabilidade seja
mantida.

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-Ter sempre em consideração as grelhas de
amarrações, que variam em função do tipo do
material, tipo e envergadura do andaime e cargas a
suportar.

……………….
-Exigir que sejam efectuadas ligações “terra”;
……………….
-Estabelecer procedimentos para:
-Aplicação de rede envolvente protectora;
-Instalação de suportes e redes anti quedas;
-Instalação de suportes apara lixo;
-Instalação de condutas de lixo;
-Instalação de equipamentos de elevação.
………………
-Proceder a inspecções aos andaimes após
períodos de não utilização ou de chuva e
vento.
.....................
-Nomear um responsável pelos andaimes em obra,
que terá como função:
-Receber os pedidos;
-Identificar, numerar e etiquetar os andaimes;
-Elaborar lista que manterá actualizada.
Caso exista o cronograma a que anteriormente
fizemos alusão, os andaimes nele referidos, deverão
também fazer parte dessa lista.
-Servir de interlocutor entre os requisitantes e os
Chefes de Equipa ou Encarregados dos
Empreiteiros dos andaimes;
…………………………

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-Tanto as inspecções dos elementos construtivos,
como o acompanhamento do inicio das montagens,
bem como as inspecções e a aprovação final
deverão, ser efectuadas por Técnicos de Segurança
com competência para tal.
………………………….
-Instituir que os andaimes passem a ser obrigatórios
a partir dos 2,5 m. de altura.
………………………….
O assunto está longe de se esgotar.
Poderíamos continuar a referir uma série de aspectos
que para além dos que acabámos de referir,
gostaríamos de ver incluídos nessa revisão que
agora se anuncia.
A terminar fazemos votos para que a tarefa seja
levada a cabo por um grupo de interessados, não por
qualquer comissão de iluminados.

Pomo-nos agora à vossa disposição para uma


sempre vantajosa troca de experiências.

2007.03.08
José Maria Rosa
ISQ - Construções Mecânicas
Segurança de Estaleiros

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O QUE GOSTÁVAMOS DE VER CONTEMPLADO:

-A inclusão dos andaimes suspensos e móveis com


todas as suas especificidades;
-Altura mínima a partir da qual será obrigatória a
montagem de andaimes;
-Altura mínima a partir da qual será obrigatória a
apresentação prévia de cálculos de resistência
mecânica e de estabilidade, especificando a
pessoa com competência para a sua elaboração;
-Uniformização da denominação dos componentes;
-Uniformização da definição dos termos
usualmente empregues;
-Definição de uma programa de formação básica
a ministrar aos profissionais de montagem de
andaimes e enumeração das condições físicas
exigíveis;
-Esquematização da “progressão de carreira”;

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