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DENDEZEIROS

Operação de Equipamentos de
Movimentação de Cargas:

EMPILHADEIRA
DENDEZEIROS

Operação de Equipamentos de
Movimentação de Cargas:
EMPILHADEIRA

Salvador
2011
Copyright ©2011 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados

Área Tecnológica: Equipamentos Móveis Industriais

Elaboração: Rafael Barretto Arruda

Revisão Pedagógica: Mariglória Almeida Santos

Revisão Técnica: Sérgio da Silva Martins Júnior; e Rafael Barreto Arruda

Normalização: Núcleo de Documentação e Informação- NDI

Catalogação na fonte (NDI – Núcleo Documentação e Informação)


____________________________________________________

SENAI-DR BA. Empilhadeira. Salvador, 2011. 77 f. (Rev.03).

1 Carga 2 Empilhadeira 3 Máquina I Título

CDD 629.87
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SENAI DENDEZEIROS
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APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contínua do padrão de qualidade


e produtividade da indústria, o SENAI-BA desenvolve programas de educação profissional e
superior, além de prestar serviços técnicos e tecnológicos. Essas atividades, com conteúdos
tecnológicos são direcionadas para indústrias nos diversos segmentos, através de
programas de educação profissional, consultorias e informação tecnológica, para
profissionais da área industrial ou para pessoas que desejam profissionalizar-se visando
inserir-se no mercado de trabalho.

Este material didático foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.
Possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional,
apresentando uma linguagem simples e de fácil assimilação. É um meio que possibilita, de
forma eficiente, o aperfeiçoamento do aluno através do estudo do conteúdo apresentado no
módulo.
SUMÁRIO

1. NORMAS REGULAMENTADORAS 5

2. CONCEITO DE EMPILHADEIRA 7

3. OPERADOR DE EMPILHADEIRA 9

4. ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA EMPILHADEIRA 10

5. DIMENSIONAMENTO E APLICAÇÃO DAS EMPILHADEIRAS 13

6. TIPOS DE EMPILHADEIRAS E ACESSÓRIOS 15

7. COMPONENTES DA EMPILHADEIRA 24

8. PRINCIPIOS DE EQUILIBRIO E ESTABILIDADE DA EMPILHADEIRA 35

9. INSPEÇÃO DIÁRIA E CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO 43

10. REGRAS BÁSICAS PARA OPERAÇÃO DE EMPILHADEIRA 46

11. PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO DE EMPILHADEIRA 47

12. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE EMPILHADEIRA 60

REFERÊNCIAS 77

ANEXO A- MODELO DE FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO DIÁRIA (CHECK-LIST) 78


1 NORMAS REGULAMENTADORAS

As Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, regulamentam e fornecem


orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do
trabalho no Brasil. São as Normas Regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho que
foram aprovadas pela PORTARIA N.° 3.214, 08 DE JUNHO DE 1978. São de observância
obrigatória por todas as empresas regidas pela CLT.

11.1 NORMA REGULAMENTADORA – 11 (Transporte, Movimentação, Armazenagem e


Manuseio de Materiais).

Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que


se refere ao transporte e movimentação de cargas, tanto de forma mecânica quanto manual.
Tem sua existência jurídica assegurada pelos artigos 182 e 183 da CLT.

11.1 – Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores


industriais e máquinas transportadoras.

11.1.2 – Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores,


elevadores de cargas, guindastes, monta-cargas, pontes rolantes, talhas, empilhadeiras,
guinchos, esteiras rolantes e transportadores de diferentes tipos, serão calculados e
construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança,
e conservados em perfeitas condições de trabalho.

11.1.3.1 – Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e
ganchos que deverão ser inspecionados permanentemente, substituindo-se as suas partes
defeituosas.

11.1.3.2 – Em todo equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho
permitida.

11.1.3.3 – Para os equipamentos destinados à movimentação de pessoas, serão exigidas


condições especiais de segurança.

11.1.4 – Nos equipamentos de transportes com força motriz própria, o operador deverá
receber um treinamento específico, dado pela empresa que o habilitará nessa função.

11.1.5 – Os operadores de equipamentos de transporte motorizados deverão ser habilitados


e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação,
com nome e fotografia em lugar visível.

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11.15.1 – O cartão terá validade de (01) um ano, salvo imprevisto e, para revalidação o
empregado deverá passar pôr exame de saúde completo, por conta do empregador.

11.1.6 – Os equipamentos de transportes motorizados deverão possuir sinal de advertência


sonora (buzina).

11.1.7 – Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as


peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente
substituídas.

11.1.8 – Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por
máquinas transportadoras deverá ser controlada para evitar concentrações no ambiente de
trabalho, acima dos limites permissíveis.

11.1.9 – Em locais fechados e sem ventilação é proibida a utilização de máquinas


transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de
dispositivos neutralizadores adequados.

11.3 Armazenamento de Materiais.

11.3.1 - O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga


calculada para o piso.

1 1.3.2 - O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de


portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc.

11.3.3 - O material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma
distância de pelo menos (50) cinqüenta centímetros.

11.3.4 - A disposição de carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação e o acesso às


saídas de emergência.

11.3.5 - O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada


tipo de material.

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2. CONCEITO DE EMPILHADEIRA

A movimentação de cargas tem se tornado uma atividade cada vez mais estratégica
e importante nos diversos setores da indústria. De forma sistemática podemos dizer
que são duas as metodologias para executar esta atividade: movimentação manual
e movimentação mecanizada.
O sistema de movimentação manual é aplicado
para trabalhos com cargas mais leves, no
entanto, apresenta algumas restrições.
O problema está relacionado ao limite de peso e
a distância que uma pessoa pode percorrer,
carregando um determinado material. Para isso
a ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), a CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) e a OIT (Organização Internacional do
Trabalho) estabelecem uma série de normas e
procedimentos, que visam manter condições de saúde e segurança, para
profissionais que realizam este tipo de atividade. Contudo, a necessidade de
velocidade e eficiência na movimentação de cargas, com baixo custo operacional,
aliado a uma série de problemas ergonômicos e acidentes do trabalho, levou a
maioria das empresas a optarem por outro sistema de transporte de materiais, a
chamada movimentação mecanizada. O sistema de movimentação mecanizado
pode ser feito por meio de equipamentos simples, não motorizados, como carrinhos
de diversos tipos, garfos rodantes (paleteiras) e talhas manuais. Para cargas
maiores e mais pesadas, normalmente se usa equipamentos motorizados, que
suportam os materiais por meio de garfos ou operam por içamento.
Dentre estes equipamentos destacaremos neste modulo a empilhadeira - um
equipamento indispensável para todos os segmentos industriais. Trata-se de uma
máquina de força motriz própria, cuja função principal é movimentar cargas, por
meio de garfos ou outros dispositivos que facilitem essa atividade. O deslocamento
de materiais pode ser tanto no sentido horizontal como no sentido vertical,
compreende as atividades de içamento, transporte e
empilhamento de materiais.
O equipamento empilhadeira apresenta elevada
eficiência, quando a necessidade é movimentação de
cargas. É capaz de substituir com vantagens talhas,
pontes rolantes, pórticos (equipamentos conforme
imagem na pagina seguinte) e também o próprio
homem, já que realiza tarefas em poucos minutos,
que na verdade demandaria horas ou dias da força
de vários trabalhadores.
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Ponte Rolante Talha Elétrica

Pontes rolantes, Pórticos e Talhas são equipamentos de guindar, utilizados para


içamento de peças por meio de ganchos ou moitões. Requerem dispositivos auxiliares para
amarração e tem seu deslocamento limitado pelos trilhos de rolamento do ambiente
operacional. A empilhadeira atua como um equipamento auto-carregável dispensado cintas
e cabos de aço para operações normais, e contam com mobilidade superior a dos
equipamentos de guindar, já que podem acessar vários galpões e armazéns.

Pórtico Rolante

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3. OPERADOR DE EMPILHADEIRA
A categorização e as atribuições dos operadores de empilhadeira são definidas pela
classificação brasileira de ocupações – CBO.
A CBO define o operador de empilhadeira na classe de nº 7822-20 - Operadores de
equipamentos de movimentação de cargas (Operador de empilhadeira). Suas
principais atribuições são:
ƒ Preparar a movimentação de cargas e a movimentá-las;
ƒ Organizar carga, interpretando simbologia das embalagens, armazenando de
acordo com o prazo de validade dos produtos, identificando características da
carga para transporte e armazenamento, separando a carga que não esta em
conformidade;
ƒ Realizar manutenções básicas previstas em equipamentos para
movimentação de cargas;
ƒ Trabalhar seguindo normas de segurança, higiene, qualidade e proteção ao
meio ambiente.
Perfil de entrada - curso de operação de empilhadeira:
ƒ Ser maior de 18 anos;
ƒ (Desejável) Possuir carteira de habilitação no mínimo categoria B;
Perfil de saída - curso de operação de empilhadeira:
Este perfil é definido com base nas exigências do mercado de trabalho e conta com
as seguintes competências para operadores de empilhadeira:
ƒ Qualificado e certificado na operação do equipamento por instituição de
ensino conceituada;
ƒ Possuam habilidade e comprometimento (com qualidade, segurança,
preservação ambiental e conservação do equipamento) na operação de
empilhadeira;
ƒ Conheçam os princípios de manutenção
básica do equipamento;
ƒ Sejam capazes de compreender de forma
global o processo produtivo e contribuir para
sua otimização.
ƒ Dominem os procedimentos técnicos e as
recomendações dos fabricantes, de modo a
prover a operação de forma segura, eficaz e
produtiva.

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4. ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA EMPILHADEIRA

Carcaça ou Chassi - É a estrutura metálica,


geralmente de aço, que serve de suporte e
proteção para vários componentes da
empilhadeira.

Torre de Elevação ou Coluna - É um dispositivo empregado na movimentação de materiais


no sentido vertical. Na torre se encontra os cilindros e as correntes de elevação. Pode ser
inclinada para frente e para trás.

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Garfos ou Forquilha - São dispositivos utilizados para carregar, sustentar e empilhar
materiais. Podem ser deslocados manualmente no sentido horizontal e verticalmente pelos
controles da empilhadeira.

Grade Frontal de Proteção de Carga – Grade de aço que tem a


função de apoiar e dar estabilidade às cargas. Evita a projeção
dos materiais no sistema de elevação e na cabine.

Contrapeso – Carga fixa, geralmente constituída de ferro


fundido e que faz parte da própria carcaça do
equipamento. Está situada na parte traseira da
empilhadeira e serve para equilibrar o veículo quando
carregado.

Protetor do Operador - Estrutura de aço constituída de


chapas que permitem a visibilidade do operador. Tem
como função proteger o operador em caso de queda de
materiais e tombamento da empilhadeira.

Pneus - Componentes sobre os quais se movimenta o veículo, podendo ser maciços ou


pneumáticos (com câmaras de ar). Os pneus possuem características específicas para cada
empilhadeira, dependendo de onde esta irá operar. Considerando a garantia de vida útil do
equipamento a escolha correta é um fator importante, tanto para se obter a máxima
eficiência, como para a redução de custos operacionais.

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Os principais fatores a serem considerados na escolha dos pneus das empilhadeiras são as
condições de segurança, do ambiente de movimentação de cargas e capacidade do
equipamento. A escolha errada dos pneus pode influenciar no aumento do consumo de
combustível, danos ao equipamento e problemas ergonômicos ao operador.

Atualmente, existe disponível uma grande variedade de pneus, e o que difere um do outro
são as maneiras de construção, que pode ser dividida em quatro categorias:

Pneumáticos: são projetados com a finalidade de manter “uma almofada de ar” entre a
empilhadeira e o piso. Eles oferecem uma boa estabilidade e proteção contra furos. A
escolha entre um pneumático e um sólido se dá principalmente pelas condições de
operação (inclusive a condição ergonômica do operador) e a exposição potencial para o
dano da carga.

Sólidos Elásticos: atualmente, pode-se dizer que pelo menos 75% das empilhadeiras
novas utilizadas fora do Brasil são equipadas com os pneus sólidos, que também têm se
estendido para o mercado de substituição. O benefício principal oferecido pelo pneu sólido é
o fator resistência (100% a prova de furos). Neste tipo de pneu existe ainda uma vasta gama
de opções, como o de baixa rolagem, no marking (não marca o piso), resistente a óleo e
anti-abrasivo (resistência ao atrito).

Sólidos: os pneus sólidos são predominantemente usados em locais fechados. São


utilizados principalmente em empilhadeiras elétricas de alta capacidade de carga e
oferecem uma boa estabilidade. Frequentemente, sua escolha está limitada às máquinas
que foram projetadas especificamente para a utilização destes pneus.

Pneumáticos com enchimento de poliuretano: são pneus nos quais é injetado


poliuretano líquido pela válvula, e depois de um período de 24 a 48 horas, se transforma em
um material completamente sólido. O real benefício de se utilizar este tipo de pneu é quando
aplicado em máquinas caras que operam em locais difíceis e distantes de um pronto
serviço, além de que garantem menos interrupções devido a furos e consertos. A
desvantagem deste tipo de pneu, no entanto, é o fato de que uma vez que o produto é
pressurizado (pressão) não pode ser alterado para obter flutuação para mais ou menos.

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5. DIMENSIONAMENTO E APLICAÇÃO DE EMPILHADEIRAS
A escolha de uma determinada empilhadeira está condicionada não só a carga que ela
deverá transportar, mas também, as condições em que irá operar. Quando for destinada ao
uso interno em indústrias, armazéns, supermercados e demais ambientes de movimentação
de cargas, os corredores, altura do local e dos acessos são fatores determinantes na
escolha empilhadeira. Segue a recomendação dos principais critérios para seleção de uma
empilhadeira:

5.1. Tipo de carga a ser movimentada

Por prioridade, a primeira consideração a ser feita antes de se determinar qual a


empilhadeira mais adequada é quanto ao tipo de material a ser movimentado. Também é
importante definir se a empilhadeira será utilizada para transportar um ou mais tipos de
cargas. Estes fatores determinam não somente o tipo de empilhadeira que será
dimensionada para as operações, mas também os acessórios necessários para atividade.

5.2. Peso da carga a ser movimentada

A próxima consideração é com respeito ao peso da carga. Naturalmente o peso é um


aspecto determinante da capacidade do equipamento a ser adquirido. Porém, define
também os procedimentos e cuidados utilizados para executar a operação.

5.3. Dimensões da carga a ser movimentada

Como as dimensões variam, este é o próximo aspecto a ser considerado. Duas cargas com
mesmo peso, mas com dimensões distintas, podem requerer tipos de empilhadeiras
diferentes, já que suas dimensões alteram o centro de gravidade da carga e por
consequência, a capacidade da máquina.

4.4. Ciclo de movimentação de cargas

Ao analisar o local de trabalho onde a empilhadeira vai operar, é necessário considerar


primeiramente as distâncias a serem percorridas, para se determinar o ciclo de
movimentação de cargas. Esse fator é importante especialmente no caso das áreas
externas. Quando as distâncias a serem percorridas são grandes, são necessárias
empilhadeiras de maior velocidade.

5.5. Tipo de terreno a ser percorrido

Existem áreas externas pavimentadas e não pavimentadas. No caso das áreas


pavimentadas é necessário determinar o tipo de piso (concreto, asfalto, madeira, etc), já que
este piso suportará o peso da empilhadeira, juntamente com o peso da carga a ser
movimentada e o peso do operador da máquina. Este mesmo aspecto deve ser considerado

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ao analisar áreas externas. Em uso, as empilhadeiras criam cargas máximas momentâneas,
denominadas cargas dinâmicas, que ocorrem durante o deslocamento. Como regra geral as
cargas em movimento são aproximadamente 20% maiores do que as cargas estáticas.
No caso de terrenos não pavimentados é necessário considerar se o terreno é irregular.
Estes fatores podem afetar a estabilidade da empilhadeira e, portanto, determinam não
somente o modelo da empilhadeira, mas também o tipo e tamanho dos pneus a serem
utilizados.

5.6. No percurso existem rampas?

As rampas limitam a capacidade de tração disponível nas rodas e pela força


disponível para mover e empilhar a carga. É importante considerar o grau de
inclinação da rampa para definir uma empilhadeira capaz de vencê-la.

5.7. O percurso tem passarelas aéreas e pontes?

Estas considerações são importantes já que as empilhadeiras, com suas torres, têm
dimensões variadas, sendo necessário a escolha de um tipo que permita a
passagem sob os obstáculos aéreos (passarelas, pontes e túneis) contidos na área.

5.8. Qual a largura dos corredores?

Em locais internos de operação, um fator crítico é a largura do corredor onde a


empilhadeira se movimentará. Considerando que a empilhadeira precisa se
posicionar de frente para estruturas de estocagem é necessário que o corredor
permita tal manobra ou que o equipamento tenha as devidas dimensões e raio de
giro.

5.9. Qual o tipo de indústria?

Indústrias alimentícias e farmacêuticas apresentam um aspecto adicional a ser


considerado: contaminação dos seus produtos por gases. Da mesma forma, em
alguns ambientes fechados, não é permitido esse tipo de poluição que pode
prejudicar a saúde e produtividade dos funcionários. Estes fatores devem ser
cuidadosamente analisados para escolha do tipo de motor que acionará a
empilhadeira, seja a combustão ou elétrico.

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6. TIPOS DE EMPILHADEIRA E ACESSÓRIOS

6.1 TIPOS DE EMPILHADEIRA

As empilhadeiras podem ser classificadas quanto as suas características construtivas,


ao combustível, ao porte/capacidade e transmissão.

6.1.1 Características Construtivas - De acordo as características construtivas, as


empilhadeiras podem ser direcionadas a várias aplicações e atividades. Podendo
assim ser classificadas em:

1. Empilhadeiras de Deslocamento Manual

Utilizada para movimentação de cargas menores e mais simples, onde a velocidade não é fator
primordial. A elevação pode ser operada manualmente ou por sistema elétrico. O
deslocamento horizontal é sempre manual.

2. Empilhadeiras Frontais a Contrapeso


São as que mais se adaptam a pisos irregulares, cargas
pesadas, percursos longos e serviço externo. Podem ser
movidas a bateria (elétrica), gasolina, gás ou diesel.

3. Empilhadeiras Selecionadoras de Pedidos


Posicionam o operador numa plataforma elevatória
junto aos garfos. O próprio operador estoca /
seleciona os itens.

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4. Empilhadeiras Pantográficas
Operam em corredores estreitos. São equipadas com mecanismo pantográfico duplo, que
alcança a segunda profundidade da estrutura porta-paletes.

5. Empilhadeiras Trilaterais
São projetadas para estocar cargas unitizadas em
corredores muito estreitos. O mastro ou os garfos
são rotatórios, para permitir empilhar sem
manobras.

6. Empilhadeiras Trilaterais e Selecionadoras de Pedidos


São capazes de erguer o operador ao mesmo nível da carga. Estes veículos são capazes
de estocar cargas unitizadas em corredores muito estreitos, de ambos os lados.

7. Empilhadeiras Laterais
Movimentam cargas compridas em distâncias curtas e médias. Podem ser movidas a

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energia elétrica ou combustão interna e são empregadas em ambientes fechados ou
abertos.

8. Empilhadeiras para Contêineres

Normalmente possuem grande capacidade de carga e são acionadas por motores a diesel.
São usadas para empilhamento, carga e descarga de contêineres dos veículos de transporte
em terminais portuários.

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5.1.2 Combustível - De acordo ao combustível, as empilhadeiras podem ser aplicadas a
diferentes trabalhos e ambientes. Podendo assim ser classificadas em:

Gasolina

A empilhadeira funciona a base de gasolina, que é um


combustível constituído basicamente por hidrocarbonetos e
possui um alto poder calorífico. Proporciona alta emissão de
gases tóxicos.

Álcool

No Brasil normalmente o produto é derivado da cana


de açúcar e além de poluir menos que a gasolina, o
preço é mais acessível.

Diesel

Geralmente as empilhadeiras a diesel são de porte


maior, poluem menos que as outras e não são
aplicadas a ambientes fechados, devido ao espaço e
concentração de poluentes.

Gás

O gás utilizado nas empilhadeiras é o GLP devido ao


seu alto poder calorífico e baixa emissão de poluentes.

Elétrica

Dimensionadas para ambientes fechados, indústrias farmacêuticas e


alimentícias, já que seu funcionamento é isento de partículas e
gases nocivos ao homem.

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5.1.3 Porte - De acordo ao porte e capacidade, as empilhadeiras podem ser classificadas
em:

Pequeno Porte – Até 10.0 t Médio Porte entre 10.0 t e 20.0 t Grande Porte – acima de 20.0 t

5.1.4 De acordo a transmissão, as empilhadeiras


podem ser classificadas em:

ƒ Mecânica Normal - possui câmbio com conversor


de torque (espécie de embreagem hidráulica que
amplia o torque do equipamento);

ƒ Mecânica Normal com acoplamento fluido -


facilita as operações e diminui a quantidade de
mudanças de marcha ao sair e ao parar;

ƒ Sistema Monotrol – É composto pelo pedal de freio por controle de aproximação e pedal
monotrol. O pedal Monotrol controla o deslocamento da empilhadeira para frente e para
trás, por meio de transmissão hidrostática e a velocidade da máquina. Traz assim mais
eficiência nas operações de deslocamento e movimentação de cargas.

Obs.: Cada um dos tipos de empilhadeiras acima citados é escolhido pela empresa
de acordo com as suas necessidades.

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6.2 ACESSÓRIOS PARA EMPILHADEIRA

Diante da variedade de cargas com formatos e cuidados específicos pertinente a


cada processo produtivo, foram criados dispositivos de carregamento com
configuração e movimento que tornam possível o posicionamento e sujeição da
carga para as aplicações específicas. Estes acessórios podem ser standards ou
“especiais”. Todos são facilmente intercambiáveis com os garfos. Tais dispositivos
apesar de otimizarem o processo de movimentação de cargas, podem reduzir a
capacidade de carga da empilhadeira, fator este que deverá ser considerado pelo
operador.

Aparelho Giratório

Traz eficiência e segurança nas atividades


de despejo lateral de materiais. Tem
capacidade de girar o conjunto dos garfos
até 360º em qualquer direção. Utilizado
para despejar contentores de diversos
materiais (minérios, sucata e cargas
líquidas).

Alongador de Garfos

Utilizado para movimentação de cargas


compridas. Seu fácil acoplamento garante a
estabilidade da carga nos garfos, porém
reduz a capacidade de carga da
empilhadeira.

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Garra para Tambores:

Os garfos são substituídos por garras providas internamente de borracha para evitar
danos na carga. Podem transportar um ou mais tambores de forma simultânea e
ainda serem dotadas de dispositivo giratório para Basculamento.

Empurrador – Puxador de Cargas

Dispositivo provido de um sistema pantográfico que desliza sobre a plataforma de


apoio. Utilizado para posicionar cargas em estruturas de dupla profundidade ou
caminhões. Este acessório substitui o palete convencional por palete em folha –
(slipsheet) dispositivo que otimiza o espaço nos caminhões.

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Garra para Bobinas

Semelhante a garra para tambores, “abraçam”


as bobinas podendo movimentá-las sem o
recurso do palete, diretamente de pilhas ou do
próprio piso, geralmente são dotadas do sistema
de giro que facilitam seu manuseio.

Garra para Fardos

Duas placas verticais substituem os garfos


prensando os fardos entre si para fazer a
sujeição. Este dispositivo gera menos danos
aos materiais e proporcionam melhor
aproveitamento do espaço já que dispensam a
utilização de paletes.

Garra para Caixas

Tem garras de grande dimensão com


capacidade para “abraçar” toda a
superfície da caixa. Proporciona mais
estabilidade e segurança na
movimentação de materiais.

Tarugo

Os garfos são substituídos por um único


tubo. Usado para transportar bobinas e
rolos pelo centro, que seriam
amassados se transportados pelas
extremidades por meio de garras.

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Fixador de Toras

Acessório para empilhadeiras pesadas, sua


utilização torna possível a fixação,
movimentação e posicionamento de toras
de madeira com dimensões variáveis.

Lança Guindaste

Dispositivo utilizado para manusear cargas suspensas com total segurança. É


composto de uma viga e um gancho na parte terminal, que possibilita a amarração
de cargas. Podem ser adaptados nos garfos ou substituí-los.

Caçamba

Os garfos são substituídos ou sustentam uma


caçamba capaz de movimentar e bascular
materiais a granel.

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7. COMPONENTES DA EMPILHADEIRA

7.1 Dispositivos de comando

Volante - Dispositivo de controle de direção do veículo. As empilhadeiras que têm


três rodas podem dar uma volta completa sem sair do lugar. O volante deve ser mantido
limpo, evitando choques que possam danificá-lo, bem como tração desnecessária, como,
por exemplo: utilizá-lo como apoio para subir na empilhadeira.

Pedais - São dispositivos que auxiliam o comando do veículo para movimentar,


trocar de marcha, alterar velocidade e parar. Sempre que pisar no freio, aconselha-se pisar
na embreagem. A empilhadeira elétrica não tem pedal de embreagem e nesse caso, deve-
se deixar a alavanca de mudança em ponto neutro, quando for parar.

Alavanca de Freio de Estacionamento - Deve ser usada para estacionar a


empilhadeira ou para substituir o pedal de freio em caso de uma eventual falha no
sistema de frenagem (Apenas em situações emergências).

Alavancas de Comando da Torre ou Coluna - As operações de elevação e


inclinação da torre são controladas por alavancas de até quatro posições, munidas de
válvulas de controle posicionadas no circuito hidráulico principal da máquina, comandam a
ação dos atuadores do sistema de elevação. As alavancas de comando da coluna
encontram-se situadas ao lado direito do operador e à altura da borda superior da chapa-
suporte do assento ou do painel de instrumento.

Alavanca de Câmbio - Dispositivo que serve para mudanças de velocidades e


sentido de direção do veículo. As direções em que a alavanca deve ser mudada sempre

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constam em plaquetas fixadas na empilhadeira. Evite mudar a alavanca para a ré se a
empilhadeira (inclusive a elétrica) estiver em movimento.

Os dispositivos (alavancas, pedais, interruptores e etc.) permitem o operador


acionar diversas funções do equipamento de acordo com as necessidades das
atividades de movimentação de cargas. A imagem abaixo demonstra a localização
dos principais recursos operacionais da empilhadeira.

1 – Volante
2 – Buzina
3 – Fecho para Inclinar a Coluna de direção.
4 – Alavanca de Controle do Freio de estacionamento.
5 – Interruptor Afogador do GLP
6 – Interruptor dos Faróis Dianteiro
7 – Interruptor dos Faróis Traseiro
8 – Alavanca de Controle elevar e abaixar
9 – Alavanca de Controle de Inclinação
10 – Alavanca de deslocamento lateral dos garfos
11 – Alavanca de controle opcional
12 – Pedal de freio por Controle de aproximação.
13 – Pedal de freio de serviço.
14 – Pedal do acelerador
15 – Alavanca de sentido de direção (frente ou ré)

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Simbologia utilizada nas alavancas do sistema hidráulico da empilhadeira

Ao dominar estes símbolos, o operador será capaz de identificar as funções dos


comandos hidráulicos das empilhadeiras disponíveis no mercado. Vale ressaltar que o
manuseio destes comandos requer extrema habilidade e cautela durante o processo de
operação. Pois movimentos bruscos e indesejados podem causar acidentes de grande
proporção.

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7.2 Sistema de Monitoramento

São instrumentos que servem para indicar ao operador em tempo real as condições
do equipamento. Atenção e compreensão às informações expostas no painel de
instrumentos são de fundamental importância para a segurança da operação e o
bom funcionamento da empilhadeira.

1 – Instrumento do sistema elétrico – Tem como função, informar


ao operador quando o sistema elétrico não estiver gerando carga
para bateria;

2 – Instrumento de pressão do óleo do motor – Indica deficiência


na lubrificação interna do motor;

3 – Instrumento de temperatura do líquido de arrefecimento do


motor – Alerta quando existe uma falha no sistema de
arrefecimento e a temperatura do motor se eleva ultrapassando
dos níveis recomendados pelo fabricante.

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4 – Instrumento de pressão do fluido de transmissão – Indica
variação na pressão do sistema de transmissão fora dos níveis
recomendados pelo fabricante.

5 – Instrumento de temperatura do fluido de transmissão – Alerta


quando a temperatura do fluido de transmissão se eleva
ultrapassando os níveis recomendados pelo fabricante.

6 – Instrumento do freio de estacionamento – Indica quando o


freio de estacionamento está acionado.

7 – Instrumento de aviso do arranque frio (diesel) – Indica que o


motor de arranque está frio para a partida do motor;

8 – Instrumento do filtro de ar do motor – Alarma quando o filtro


de ar do motor está obstruído.

9 – Instrumento de nível do líquido de arrefecimento – Informa


quando o nível do líquido de arrefecimento do motor está abaixo
dos níveis recomendados pelo fabricante.

10 – Instrumento de alerta do cinto de segurança / alarme


sonoro – O instrumento alarma sempre que o equipamento
estiver ligado e o cinto de segurança não estiver travado;

28
11 – Instrumento de aviso - presença de água no filtro do
combustível (diesel). A água deverá ser drenada através de um
plug de dreno no filtro separador.

12 – Instrumento indicador de combustível na reserva - Alarma


quando a quantidade de combustível está em 10% da
capacidade total do reservatório.

13 – Instrumento STOP - Indica quando o motor está parado.

14 – Instrumento de pressão do freio - Alarma quando o sistema


de freio sofre uma queda de pressão.

15 – Instrumento de falha no sistema de freio - Indica a


presença de anomalia no sistema de freio. A depender do
modelo-fabricante do equipamento, pode indicar também o
acionamento do freio de estacionamento.

16 – Instrumento de falha no sistema de transmissão -


Indica a presença de anomalia no sistema de transmissão.

17 – Horímetro – O instrumento contabiliza as horas a partir do


momento que o motor é ligado. Tem a função de indicar a
quantidade de horas trabalhadas pela máquina, para facilitar o
controle de manutenção e produção do equipamento. O ultimo algarismo do
horímetro, informa os décimos de horas trabalhadas, o que significa que para cada
dígito devemos considerar seis minutos.

29
7.3 Componentes de funcionamento

Motor - O motor é a fonte de energia da empilhadeira. Converte a energia calorífica


produzida pela combustão da gasolina em energia mecânica, capaz de imprimir movimento
nas rodas e ao sistema hidráulico. O carburante, normalmente constituído por uma mistura
de gasolina e ar (a mistura gasosa), é queimado no interior dos cilindros do motor.

A mistura gasosa é formada no carburador ou calculada pela injeção eletrônica, nos motores
mais modernos, e admitida nas câmaras de explosão. Os pistões, que se deslocam dentro
dos cilindros, comprimem a mistura que é depois inflamada por uma vela de ignição. À
medida que a mistura se inflama, expande-se, empurrando o pistão para baixo.

O movimento dos pistões para cima e para baixo é convertido em movimento rotativo pelo
virabrequim ou eixo de manivelas o qual, por seu turno, o transmite às rodas através da
embreagem, da caixa de câmbio, do eixo de transmissão e do diferencial. Os pistões estão
ligados ao virabrequim pelas bielas. Uma árvore de cames, também conhecida por árvore
de comando de válvulas, movida pelo virabrequim, aciona as válvulas de admissão e
escapamento situadas geralmente na parte superior de cada cilindro.

A energia inicial necessária para por o motor em movimento é fornecida pelo motor de
arranque. Este engrena numa cremalheira que envolve o volante do motor, constituído por

30
um disco pesado, fixado à extremidade do virabrequim ou árvore de manivelas. Conjunto de
força motriz do veículo que também movimenta as bombas hidráulicas e o câmbio mecânico
ou hidramático.

Sistemas auxiliares do motor:

Para o perfeito funcionamento, o motor necessita de sistemas auxiliares. A necessidade de


se fazer chegar a câmara de combustão o ar e combustível, requer a utilização do sistema
de admissão e alimentação.

Devido ao calor gerado por um motor de combustão interna, as peças metálicas que estão
em contínuo atrito desgastariam se não houvesse um sistema de arrefecimento.

Para evitar desgastes e aquecimento excessivos, o motor inclui um sistema de


lubrificação. O óleo, armazenado no cárter sob o bloco do motor, é obrigado a circular sob
pressão através de todas as peças do motor que necessitam de lubrificação.

- Sistema Elétrico - É o conjunto formado pelo gerador, bateria, velas, platinado,


alguns instrumentos do painel, lâmpadas, etc. Qualquer avaria nesse sistema é indicado
pelos instrumentos de controle do painel. OBS.: Atualmente os sistemas modernos de ignição
são eletrônicos e assistidos por micro processadores.

- Sistema de Admissão – Tem a função de efetuar a filtragem e auxiliar na


aspiração do ar utilizado pelo motor. No filtro, o ar é purificado para depois ser enviado ao
carburador. O motor nunca deve trabalhar sem a mangueira do filtro de ar ou sem o filtro.

- Sistema de Arrefecimento – Atua na refrigeração e controle de temperatura, para


proteger o motor e manter seu perfeito funcionamento. É constituído de tanque de
expansão, bomba de água, válvula termostática, radiador e tubulações.

- Sistema de Lubrificação – Opera no controle de atrito entre as peças móveis do


motor, sendo assim responsável pelo perfeito fluxo de óleo lubrificante por todas as partes
críticas do motor. É constituído basicamente de cárter (reservatório de óleo), bomba de óleo,
pescador e filtros.

- Sistema de Alimentação - É o conjunto de peças (módulo, filtros, reservatório,


bomba de combustível, tubulações) que servem para fornecer e dosar o combustível
(gasolina, diesel, álcool ou GLP) utilizado na alimentação do motor à explosão.

31
- Sistema de Alimentação – GLP

O GLP é armazenado à pressão de até 12 bar no cilindro, sai do registro e percorre a


tubulação passando pelo filtro (onde é efetuada a limpeza), seguindo até a eletro válvula de
GLP, que quando aberta permite a passagem do gás para o redutor. No redutor (roda gás) o
gás é aquecido e dosado para o carburador, passa por 2 estágios para atingir a pressão
atmosférica antes de ser admitido pelo motor. Quando a empilhadeira é originalmente a
gasolina, a alimentação do motor com esse combustível é interrompida pela eletro-válvula
de gasolina ou por um registro. A seleção do combustível desejado é executada pela chave
comutadora.

O GLP é um combustível (mais limpo/menos sujo), mais econômico e rentável, sendo por
isso uma boa aposta para reduzir a poluição atmosférica. Diferentes testes comparativos
apontam consistentemente para emissões poluentes abaixo das emissões por motores a
gasolina ou óleo DIESEL.

A capacidade do botijão de GLP é expressa em quilos, existem


botijões com várias capacidades:

Volume Peso Norma da


Código Uso mais comum
líquido líquido Válvula
Exclusivo em empilhadeiras a
P-20 48,0 litros 20 kg NBR 14536
GLP

32
PROCEDIMENTO PARA TROCA DO CILINDRO DE GÁS

A autonomia media de um cilindro de gás GLP – 20l é de 12 horas, trabalhando em


um turno de 8 horas diárias observa se que o cilindro deverá ser substituído a cada
dois dias. A atividade de substituição do cilindro requer certos cuidados citados a
seguir:

ƒ Em caso de vazamento chame a assistência técnica imediatamente;

ƒ Pare o equipamento em local adequado e sinalizado;

ƒ Providencie e inspecione o cilindro cheio. Caso não disponha de


equipamentos auxiliares, evite instalar o cilindro sozinho na empilhadeira, pois
o Ministério do Trabalho (através da CLT) e as normas de segurança e saúde
no trabalho indicam excesso de peso e danos posturais na realização deste
trabalho. Peça ajuda a um companheiro, evitando assim acidentes.

ƒ Fechar o registro do gás e desconectar a mangueira do sistema. (Tomar o


cuidado de verificar se o anel de vedação não ficou preso do registro).

ƒ Destrave e retire o cilindro da máquina; coloque – o em local ventilado e longe


de fontes de calor;

ƒ Ao instalar o cilindro na máquina, certifique-se que o mesmo está


corretamente afixado, tendo como referência o pino de segurança e as travas
que o prendem.

ƒ Nunca atribua a pessoas sem a qualificação técnica e conhecimento


especifico em empilhadeiras a ação de trocar o cilindro (abastecimento), bem
como o seu enchimento nos casos de gás a granel.

ƒ O abastecimento do cilindro nas centrais


de GLP (pit stop) deverá ser executado
por profissional especializado. O operador
deverá permanecer afastado do local
durante a atividade.

33
Sistema Hidráulico - É o sistema que proporciona os movimentos aos cilindros de
elevação, inclinação e direção do equipamento. Seu funcionamento consiste no
acionamento da bomba hidráulica pelo motor diesel. A bomba é responsável pela sucção de
óleo hidráulico do reservatório, que por sua vez passa pelos filtros e é direcionado para o
comando de válvulas. De acordo o movimento do operador através de alavancas, as
válvulas do comando são abertas e o óleo é direcionado para o respectivo cilindro, fazendo
assim os movimentos elevação de garfos, inclinação de torre e direcionamento de rodas.

Caixa de Câmbio - Conjunto de engrenagens, que serve para mudar as velocidades e o


sentido de movimento do veículo, a partir do posicionamento que se dá a alavanca de
câmbio.

Transmissão Automática - É o conjunto que permite a mudança automática das marchas


de velocidade. Atualmente, nos modelos mais modernos, estão sendo utilizadas
transmissões banhadas a óleo (semi-automática) e transmissão hidrostática.

Diferencial - É o conjunto de engrenagens


que faz as rodas girarem e conserva o
veículo em equilíbrio nas curvas, permitindo
que as rodas traseiras se movimentem com
velocidades diferentes uma da outra. No
caso das empilhadeiras, esses movimentos
são realizados pelas rodas dianteiras (rodas
de tração).

34
8. PRINCÍPIOS DE EQUILÍBRIO E ESTABILIDADE DA EMPILHADEIRA

Equilíbrio Frontal da Empilhadeira

A empilhadeira foi construída de maneira tal que o seu princípio de operação é o


mesmo de uma "gangorra". Assim sendo, a carga colocada nos garfos deverá ser
equilibrada por um contrapeso.

Na empilhadeira, as rodas dianteiras funcionam como ponto de apoio e o contrapeso


traseiro promove a neutralização da força que a carga faz nos garfos. Sabemos que
o efeito gangorra penderá sempre para o lado mais pesado, portanto, se o peso da
carga for excessivo, ou se o seu formato for muito grande, mudará o centro de
gravidade da carga, promovendo o desequilíbrio de ambos, fazendo com que a
empilhadeira tombe.

Centro de gravidade da carga

35
No sistema representado na imagem anterior, as distâncias Y e X não podem variar,
pois estão de acordo ao projeto do fabricante da empilhadeira. Entretanto a distância
representada pela letra C pode variar conforme as dimensões e formato da carga.

A distância entre centro de gravidade da carga até a grade frontal da empilhadeira é


conceituada como Centro de carga e está representada pela letra C no sistema. O
centro de carga deve ser monitorado pelo operador, já que à medida que se
aumenta a distância C, ocorre uma redução da estabilidade e da capacidade de
carga da empilhadeira.

A imagem acima mostra a variação da estabilidade da empilhadeira, a partir da


mudança do centro de carga de 50 cm para 55 cm.

Os fatores que influem no equilíbrio de uma “gangorra” são pesos utilizados em seus
extremos e as distâncias desses pesos em relação ao “centro de apoio” ou “ponto de
equilíbrio”. Como não se pode variar o peso próprio de uma empilhadeira, nem a posição de
seu centro de gravidade, ficamos limitados a procurar o equilíbrio, somente escolhendo
adequadamente as dimensões, peso da carga e sua posição sobre os garfos. Pode-se
concluir que a capacidade da empilhadeira é dada pelo peso, altura de elevação da carga e
pela distância do centro de carga.

Para se manter as cargas bem


posicionadas em cima dos garfos é
preciso que a carga fique com 75% de
sua base sobre os garfos.

36
Conforme a inclinação da torre o centro de carga pode mudar:

37
Tabela e Gráfico de Cargas:

Todas as empilhadeiras já saem da fábrica com uma placa de identificação e especificação


que geralmente é localizada sobre o caput do motor, ao lado do assento do operador. Essa
placa além do modelo possui as especificações da capacidade nominativa da maquina, em
termos da distância do centro de carga. É importante que o operador tenha pleno
conhecimento dos valores indicados na placa ou no manual de operação do equipamento,
para que a manipulação da carga seja feita de forma segura.

Ao trabalhar com cargas cujo centro de carga está além do especificado, o operador
deverá conseqüentemente reduzir o peso da carga, em proporção ao aumento da distância
do centro de gravidade, para assim não comprometer o equilíbrio frontal do equipamento. As
referencias da capacidade do equipamento são disponibilizadas na plaqueta de identificação
a exemplo da imagem abaixo.

38
Equilíbrio Lateral da Empilhadeira

A estabilidade lateral da empilhadeira está em sua base que e feita em três pontos, dois
pontos frontais e um traseiro no eixo de direção formando um triangulo.

Toda empilhadeira possui somente um eixo traseiro, para que, caso passe por cima
de algo a roda traseira também não fique suspensa, permitindo que as rodas de direção
possam funcionar em terrenos irregulares, fazendo com que a roda sempre fique fixa no
chão. Algumas delas possuem um cilindro de estabilidade que funciona como uma
suspensão ativa.

Todas os corpos e objetos existentes possuem um centro de gravidade, este ponto é o que
proporciona o equilíbrio de um objeto, que garante um movimento seguro e estável.

Em uma empilhadeira, o seu ponto central de gravidade (representado na imagem abaixo


pela letra B) está localizado mais ou menos na altura do motor que fica abaixo do banco do
operador, agora, quando a mesma está carregada, o centro de gravidade se desloca para
frente e para cima mais nunca poderá ultrapassar qualquer um dos lados do triangulo de
estabilidade.

39
Esse deslocamento ocorre devido a combinação do centro de gravidade da máquina B e do
centro de carga A gerando um “centro de gravidade combinado” C. Ao movimentar a carga
no sentido vertical, esse centro combinado também se elevará verticalmente, mas, jamais
poderá fugir deste triângulo.

No momento em que a empilhadeira passa sobre uma pedra, ou um buraco e o fio


prumo do centro de gravidade cai fora da base, a empilhadeira tomba com a maior
facilidade. Por isso, se recomenda que a carga seja transportada com pouca elevação (15 a
20 cm do piso) e inclinada para trás, somente o suficiente para acomodar a carga nos
garfos.

Conforme o posicionamento da carga nos garfos e as manobras executadas pelo operador


durante a atividade de movimentação de cargas, o centro de gravidade combinado da
empilhadeira pode se deslocar. Caso este deslocamento ultrapasse os limites do triângulo
de estabilidade, a empilhadeira poderá vir a tombar. Carga mal distribuída, manobras
rápidas ou efetuadas em aclives e declives comprometem o equilíbrio lateral e a estabilidade
da empilhadeira. A seguir algumas imagens apontam o comportamento do centro de
gravidade combinado em função do posicionamento das cargas e das manobras executadas
na empilhadeira.

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41
42
9. INSPEÇÃO DIÁRIA E CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO

Inspeção diária

Antes de iniciar a jornada de trabalho, o operador deve fazer a inspeção diária da


empilhadeira. Para documentação e registro da inspeção é importante que seja
utilizada um formulário de verificação, contendo os seguintes dados: Todos os itens
de verificação, data, nome/assinatura do operador e do supervisor, número da
empilhadeira e espaço para observações:

1. Danos na estrutura (batidas, arranhões, amassados);


2. Pneus (cortes, desgastes, calibragem);
3. Rodas (parafusos, corrosão);
4. Correntes (lubrificação, tensionamento, elos, corrosão);
5. Garfos (empeno, travas, trincas, corrosão);
6. Cilindros de elevação, inclinação, direção, deslocamento (vazamentos,
mangueiras e conexão);
7. Extintor de Incêndio – PQS (lacre, data de validade, manômetro);
8. Faróis, lanternas, buzina e alarme sonoro;
9. Cilindro de G.L.P.(posição, vazamentos, abertura da válvula, travas);
10. Vazamentos de água e óleo em baixo do motor;
11. Nível de combustível, óleo do motor, óleo hidráulico, óleo de transmissão,
fluído de freio, água do radiador;
12. Bateria (nível de água e fixação dos cabos);
13. Tensionamento das correias;
14. Filtro de ar
15. Torre (articulação, lubrificação, rolamentos de encosto);
16. Direção, ruídos no motor;
17. Comandos e pedais de freio, aproximação, monotrol, embreagem, acelerador;
18. Instrumentos de controle do painel (funcionamento);
19. Cinto de segurança.
20. Combustível (gasolina, diesel, G.L.P.).
21. Capacidade da máquina (plaqueta de identificação).

Obs.: A inspeção diária quando realizada com


qualidade e comprometimento, garante segurança
durante a jornada de trabalho e aumento da vida útil
do equipamento. Qualquer irregularidade grave
encontrada durante a inspeção deve ser comunicada
imediatamente à manutenção mecânica. Não se deve
operar a máquina até que o problema seja sanado.

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Procedimentos para conservação da empilhadeira

A deficiência técnica e a falta de informação são fatores decisivos, que contribuem


para redução da vida útil da empilhadeira. Alguns procedimentos de conservação do
equipamento devem ser adotados a exemplo de:

1. Ler o Manual de Operação - Procure sempre ler o


manual do equipamento. O manual de operação e
manutenção fornece informações técnicas importantes,
para execução segura e eficaz dos trabalhos com a
empilhadeira.

2. Inspeção Diária - Realize a inspeção


sempre antes de ligar a empilhadeira.
Fique atento no preenchimento do
formulário de check-list. Acione a
manutenção quando houver presença de
qualquer anomalia.

3.Lubrificação - Fique atento quanto à lubrificação da empilhadeira. Lubrificação


é o processo ou técnica utilizada na aplicação de uma camada chamada lubrificante,
com a finalidade de reduzir o atrito e o desgaste entre duas superfícies sólidas em
movimento relativo, separando-as parcialmente ou completamente. Além de separar
as superfícies, a camada também tem a função de retirar do sistema o calor e
detritos gerados na interação das superfícies.

Esta camada lubrificante pode ser constituída por uma


variedade de líquidos, sólidos ou gases, puros ou em
misturas. Na empilhadeira o operador deverá estar atento a
aplicação dos seguintes itens:

- Graxa: nos “graxeiros”, pinos e buchas das articulações dos atuadores hidráulicos.

- Óleos: hidráulico, freio, motor e transmissão.


44
4. Contaminação de fluidos - Pesquisas realizadas pelos principais fornecedores
de equipamentos apontam que, de 65 a 75% das falhas do sistema hidráulico, se
devem à contaminação de fluidos. A contaminação representa qualquer partícula
que não faz parte do lubrificante. As partículas contaminadoras aumentam o efeito
abrasivo e por consequência o desgaste das peças são maiores. Selecionar flanelas
limpas e especificadas, pelo fabricante, durante a verificação de óleo e ter cuidado
no aspecto limpeza ao adicionar fluidos na empilhadeira, são procedimentos que
minimizam a possibilidade de contaminação dos sistemas da máquina.

5. Técnicas operacionais - Opere a empilhadeira com


técnica e cautela: evite movimentos bruscos e reversão
no deslocamento da empilhadeira, para não forçar o
sistema de transmissão nem prover desgaste
desnecessário aos freios. Evite movimentos agressivos
e impactos nos cilindros hidráulicos, isso pode danificar
componentes caros da empilhadeira, além de provocar
sérios acidentes.

6. Atenção aos símbolos do painel de instrumentos.

Ao alarmar pressão do óleo do


motor, pare o mais rápido possível a
empilhadeira.

Não opere a empilhadeira se acionar


o alarme - problema no sistema de freio.

Ao acender a lâmpada de alta temperatura do líquido de


arrefecimento do motor. Reduza a rotação do motor da
empilhadeira por um minuto e depois desligue o equipamento para
fazer as verificações.

45
10. REGRAS BÁSICAS PARA OPERAÇÃO DE EMPILHADEIRA
Antes de iniciar a operação de uma empilhadeira, o futuro profissional
operador deve conhecer as seguintes regras básicas:

1. Direção nas rodas traseiras - A empilhadeira é dirigida pelas rodas


traseiras, o conhecimento desta regra é fundamental na operação da
máquina, pois o fato de ter as rodas de direção na parte posterior faz da
empilhadeira um veículo que executa manobras com mais facilidade que os
outros. Por isso o operador nunca deve fazer uma curva em alta velocidade,
para não correr o risco de tombamento da máquina.

2. Manobras com e sem carga - A empilhadeira é mais fácil de manobrar com


carga que sem carga – lembrando do princípio de equilíbrio frontal da
empilhadeira, fica fácil entender esta regra, pois no momento que a
empilhadeira tem carga, corresponde a colocar peso na extremidade da
gangorra oposta ao contrapeso, equilibrando o sistema e aliviando o peso
sobre as rodas de direção, tornando mais fáceis às manobras.

3. Deslocamento frontal e traseiro - A empilhadeira trabalha tanto para frente


como para trás indistintamente – quando a carga a ser transportada não
permitir perfeita visibilidade do operador, o deslocamento deverá ser feito em
marcha ré, seja qual for a distancia a ser percorrida, exceto em rampas ou
plano inclinado (que a carga deve sempre apontar para o alto da rampa).

4. Dirigir com uma mão só no volante - A empilhadeira é dirigida com uma só


mão, ficando a outra para manejar os comandos e/ou controles – em outros
veículos de transporte e movimentação de cargas, o condutor só tira as duas
mãos do volante para passar a marcha.

46
11. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

11.1 Ajustes Iniciais


- Em se tratando de empilhadeira movida a G.L.P., a
primeira providência a ser tomada é abrir o registro
do botijão de gás (uma volta e meia), que deve ser
fechado em todo final de operação.

- Subir e descer sempre de frente para o


equipamento e utilizando três pontos de apoio. Evitar
se apoiar no volante da empilhadeira;

- Regular o banco e o volante, de acordo com a posição ergonômica do operador;

- Verificar se o freio de estacionamento está acionado;

- Verificar se as alavancas de sentido e/ou câmbio estão em ponto neutro;

- Ajustar os espelhos retrovisores;

- Travar o cinto de segurança;

- Girar a chave de partida para o primeiro estágio e efetuar a leitura do painel;

- Dar partida ao motor e aguardar de um a dois minutos, para a perfeita


lubrificação interna e aquecimento;

- Verificar se as luzes dos instrumentos de controle do painel se apagaram;

- Ligar os faróis e o dispositivo giroflex.

47
11.2 Deslocamento com a empilhadeira
- Elevar os garfos de 15 a 20 cm do piso e inclinar a torre ligeiramente para trás;
- Pisar no freio de aproximação e/ou de serviço;
- Liberar o freio de estacionamento (travão);
- Selecionar o sentido frente ou ré (se for câmbio mecânico, engrenar a primeira
marcha);
- Acelerar gradualmente, para evitar que a máquina saia cantando pneu e
patinando.
- Se tiver que subir uma rampa em vazio, preferencialmente desloque-se de ré. Se
estiver carregado, a carga deverá esta apontada para o lado mais alto da rampa.

Sempre que for iniciar uma operação em área desconhecida o operador deve
observar antes, se há existência dos obstáculos de percurso:

Obstáculos Terrestres – pedras, pedaços de madeira, cavacos, retalhos de


chapa, quebra-molas, pisos irregulares, valetas, aclives, declives, cruzamentos,
passagens sem visão, pessoas, outros equipamentos, etc.

Obstáculos Aéreos – altura de portas, arcos, vigas, pontes rolantes, talhas


elétricas, instalações elétricas, dutos de vapor, tubulações de água, ar comprimido
etc.

As técnicas de operação e direção defensiva que o operador deve conhecer,


desenvolver e praticar são: ter o conhecimento do seu equipamento, estar atento
aos obstáculos terrestres e aéreos durante o trajeto, prever o perigo nos pontos
críticos da operação, desenvolver habilidade nos treinamentos e jornadas diárias de
trabalho e agir em tempo, evitando ou reduzindo a gravidade dos acidentes.

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Durante o deslocamento é importante que o operador esteja atento as normas de
velocidade, estabelecidas pela empresa e as sinalizações regulamentadas pela
Norma Regulamentadora 26.

Sinalização cor vermelha:


Deverá ser usada para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e
combate a incêndio. Não deverá ser usada na indústria para assinalar perigo, por
ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o
alaranjado (que significa alerta).

É empregada para identificar: caixa de alarme de incêndio, hidrantes, bombas de


incêndio, saídas de emergência, sirene de alarme de incêndio, caixas com
cobertores para abafar chamas, extintores e sua localização.

Sinalização cor amarela:


É empregada para identificar: corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de
escadas que apresentem riscos, espelhos de degraus de escadas, bordos
desguarnecidos de aberturas no solo, plataformas que não possam ter corrimões,
equipamentos de transporte e manipulação de material, tais como empilhadeiras,
tratores industriais, pontes-rolantes, vagonetes, reboques, etc. Comandos e
equipamentos suspensos que ofereçam risco; pára-choques para veículos de
transporte pesados, com listras pretas; bordas de elevadores que se fecham
verticalmente, meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;

Sinalização cor branca:


É empregada para identificar: passarelas e corredores de circulação de pessoas, por
meio de faixas (localização e largura), direção e circulação por meio de sinais,
localização e coletores de resíduos, localização de bebedouros, áreas em torno dos
equipamentos de socorro de urgência, área destinada a armazenamento e em zonas
de segurança.

Sinalização cor laranja:


É empregada para identificar: canalizações contendo ácidos, partes móveis de
máquinas e equipamentos, partes internas das guardas de máquinas que possam
ser removidas ou abertas, faces internas de caixas protetoras de dispositivos
elétricos, faces externas de polias e engrenagens, botões de arranque de
segurança, dispositivos de corte, bordas de serras e prensa.

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Sinalização vertical:

O operador deve estar atento aos seguintes recursos de sinalização:

11.3 Planejamento Operacional

As operações com a empilhadeira compreendem as seguintes fases:

ƒ Elevação, retirada (ou carga);

ƒ Manobra (ou movimentação);

ƒ Empilhamento, assentamento,
carregamento (ou descarga).

Para executar tais atividades é necessário que


seja realizado um planejamento, respondendo às
seguintes perguntas:

O quê? - A carga a movimentar é estudada em todas as suas características que


devem incluir o nome do material constituinte, a sua composição química, estado
físico, forma, capacidade, textura, tipo de embalagem, dados de segurança,
etiquetas de aviso de perigo, número de embalagens e massa total.

Onde? - É necessário conhecer, com precisão, o local da carga e descarga.

Quando? - A data e a hora, assim como as condições meteorológicas nos locais de

carga e descarga.

Como? – É necessário que durante a operação, se tenham em conta os


documentos oficiais necessários, tais como, licenças para o transporte ou eventual

50
necessidade de acompanhamento de autoridades oficiais.

Durante? - Quanto tempo será necessário para efetuar o transporte e quais os


meios humanos e equipamentos necessários.

A maioria dos materiais transportados por empilhadeiras nos supermercados


e centros de distribuição encontram-se unitizados.

Unitização consiste no processo de agrupamento de volumes (cargas) por meio de


paletes, gaiolas ou container, tendo como principal objetivo facilitar e reduzir
custos nas atividades de manuseio, movimentação, armazenagem e transporte da
carga.

Dispositivos de armazenamento / unitização de cargas:

Palete – Paletes ou estrados são plataformas destinadas a suportar cargas


permitindo a movimentação por meio de garfo, onde os produtos podem ser
unitizados. Os paletes têm como função a movimentação de grande escala. A
palavra palete é uma adaptação do termo inglês "PALLET". Paletes são dispositivos
de unitização de cargas criados para dinamizar a movimentação mecânica na
produção industrial e nos depósitos tendem agilizar
os meios de transportes nas atividades de
carregamento e descarga.

Também chamados de estrados geralmente


confeccionados de madeira, plásticos ou ligas, onde
as cargas são arrumadas, embaladas e
armazenadas. Suas dimensões são em média 1,00 x
1,20m.

A Norma de Terminologia para paletes, NBR 8254 editada em novembro de 1983,


classifica os tipos de paletes da seguinte forma:

Paletes face simples são geralmente utilizados em


movimentações internas. Oferecem facilidade na
movimentação por paleteiras e necessitam de dispositivo
porta-paletes para seu acondicionamento verticalizado. Não
são indicados para cargas pesadas, pois seu desenho
possibilita menor resistência do palete a flexão. A falta de

51
travamento inferior, aumenta a possibilidade de colapso na pregagem do palete se houver
arraste das unidade de carga.

Paletes face dupla são aqueles que possuem uma face


superior para receber carga e outra inferior para apoio. São
os paletes mais utilizados pelo mercado. A resistência a
flexão é maior. No empilhamento blocado das cargas fere
menos a unidade de carga de suporte.

Paletes com abas são aqueles cuja face


superior (ou ambas) se projeta além dos apoios em
lados opostos, de forma a permitir a inserção de
barras ou cabos de içamento. São geralmente
utilizados para exportação, pois nos portos são
movimentados por “slings”. Depósitos que possuem
ponte rolante para movimentação dos materiais
também preferem utilizar paletes com asa ou abas,
pois possibilitam a utilização de barras de aço presas
a cabos de aço ou apenas cabos de aço que
abraçam os paletes pela lateral.

Palete de quatro entradas - são aqueles que permitem


a introdução de garfos pelos quatro lados. Podem ser do tipo
leve ou deixe que permite separar a carga do palete.

Gaiola – É uma estrutura metálica, cuja base é composta


quatro encaixes do tipo macho – fêmea. Utilizada no serviço de
acondicionamento de cargas embaladas. Podem ter formatos e
tamanhos diversos e proporcionam mais estabilidade e
segurança no armazenamento de materiais.

Container – O termo inglês container, conhecido em português como contêiner ou


contentor, é um equipamento utilizado para acondicionar cargas diversas. Trata-se
de um recipiente de metal, geralmente de grandes dimensões, destinado ao

52
acondicionamento e transporte de carga em navios, trens, etc. É também conhecido
como cofre de carga, pois é dotado de dispositivos de segurança previstos por
legislações nacionais e por convenções internacionais. Tem como característica
principal constituir hoje em dia uma unidade de carga independente, com dimensões
padrão em medidas inglesas (pés). Possui grandes vantagens de manuseio,
proteção e segurança da carga. O container tem uma capacidade media de peso de
24 toneladas e seu comprimento varia de 20 a 40 pés atendendo normas
internacionais.

Simbologia de materiais e cargas

A simbologia ajuda a orientar o operador de empilhadeira quanto ao tipo de produto,


a sua resistência, o seu estado físico, as condições de armazenagem e até a condição
e os cuidados para pegar a embalagem.

Proibido armazenar Material magnetizante Vazio Substância inflamável


próximo a alimento

Substancia oxidante Substancia tóxica Substancia Substância Frágil


Radioativa infectante

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Face superior Proteger Contra Centro de Substância Empilhamento
Umidade gravidade explosiva máximo

Proteger contra o calor Substância corrosiva Ponto de içamento

11.4 Carga - Retirada de materiais


– Quando for apanhar uma carga, o operador após a realização do planejamento,
deve seguir os seguintes procedimentos:

- Alinhar e centralizar a máquina com o material a ser transportado;

- Posicionar a empilhadeira frontal ou perpendicularmente ao material (40 a 50 cm)


de distância;
- Colocar a torre na vertical e os garfos na horizontal;

54
- Ajustar o espaçamento “abertura” dos garfos conforme o dispositivo de
unitização. Para empilhadeiras com ajuste manual é recomendado que o
equipamento esteja parado e com o freio de estacionamento acionado.

- Dividir o meio dos garfos de forma que coincida com o meio da carga. Assim, o
peso ficará distribuído igualmente para os dois lados, havendo o equilíbrio entre
empilhadeira/carga.

- Elevar os garfos até a altura da base da carga.

55
- Acionar a alavanca seletora de sentido para frente e lentamente introduzir os
garfos no vão (base) do palete, até que o mesmo encoste-se ao protetor de
cargas.

- Elevar o palete a uma altura de (5 a 10cm) e inclinar a torre para trás somente o
suficiente para estabilizar a carga.

- Deslocar a máquina em marcha ré a uma distância de (30 a 40cm) da pilha e


baixar a carga a uma altura de 15 a 20 cm do piso. Neste momento fique atento e
verifique se a carga não está presa na pilha ao lado.

56
11.5 Movimentação de Cargas

Certifique-se do funcionamento do giro flex. e dos faróis.

Conduza a empilhadeira com atenção e velocidade compatível ao ambiente e tipo de


carga. Evite reduções bruscas de velocidade, pois a carga poderá ser projetada dos
garfos e atingir pedestres.

Se a carga está obstruindo a visibilidade frontal da empilhadeira, reduza a


velocidade e trafegue de ré.

Ao transitar (subindo ou descendo) em uma rampa, a carga deverá sempre estar


posicionada para o lado mais alto da rampa. Caso não tenha visibilidade, solicitar
apoio para condução da empilhadeira.

11.6 Empilhamento – assentamento de Materiais

A última fase da operação com carga é o empilhamento, ou seja, a colocação de


cargas em pilhas ou prateleiras, e sua retirada. Quando o operador se aproxima do
ponto de empilhamento deverá adotar os seguintes procedimentos:

- Posicionar a empilhadeira frontal ou perpendicularmente a pilha (30 a 40cm) de


distancia.

57
- Colocar a torre na vertical.

- Elevar os garfos até a altura que o operador tenha visibilidade total da superfície
superior da pilha.

- Alinhar a carga, tanto no sentido vertical como na horizontal.

58
- Baixar a carga na pilha, até que os garfos fiquem flutuando no vão do palete.

- Retirar/ baixar os garfos e inclinar a torre para trás.

Obs.: Manter a mesma distância (30 a 40 cm) para a pilha de materiais, a fim de
evitar colisão ao baixar os garfos.

11.7 Parada e estacionamento – Quando for estacionar a empilhadeira, o operador


deve posicionar o equipamento em local seguro, sem obstruir passagens e saídas
de emergência. Posicionar a alavanca seletora de sentido na posição neutra e
acionar o freio de estacionamento.

Baixar os garfos até aliviar a tensão nas


correntes e mangueiras, tomando o cuidado de
inclinar a torre para frente, fazendo com que a
ponta dos garfos, que é chanfrada, fique
paralela ao piso e bem apoiada. Desativar
faróis e demais dispositivos elétricos, aguardar
de um a dois minutos e desligar o
equipamento. Fechar o registro de gás.

59
12. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE EMPILHADEIRA
Como não poderia ser diferente, a empilhadeira só será eficiente se conduzida - operada por
profissionais habilitados através de um treinamento, respeitando as regras de segurança e
sabendo aplicá-las com muita prudência e discernimento. Para que possamos alcançar este
nível será preciso seguir as normas regulamentadoras e recomendações de segurança.

Os profissionais que trabalham em ambientes de movimentação de cargas, contam com


recursos e dispositivos de proteção, que auxiliam a segurança das atividades.

12.1 Equipamentos de Proteção – Norma Regulamentadora 06

Equipamentos de Proteção Individual - EPC - São equipamentos instalados no posto de


trabalho, para dar proteção a todos que ali executam suas tarefas, tais como:

Exaustores, ventiladores, barreira de proteção contra luminosidade e radiação, extintores de


incêndio, hidrantes e mangueiras, sprinklers, detectores de fumaça, fusíveis e disjuntores,
oxicatalizadores, protetores de máquinas, etc.

Equipamentos de Proteção Individual – EPI

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na Norma Regulamentadora 06, da portaria


3.214, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto,
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. A Norma Regulamentadora NR 06 foi criada
para proteger os trabalhadores, tornando obrigatório o fornecimento e utilização de
equipamentos de proteção individual, diminuindo ou eliminando os agentes agressivos a
saúde do trabalhador. O empregador tem a responsabilidade de disponibilizar, treinar e
fiscalizar a utilização dos equipamentos de proteção. Ao funcionário cabe utilizar
corretamente, zelar e higienizar os EPI’s.

Proteção da Cabeça

Capacete: Protege contra impacto de objetos que podem ser


projetados acidentalmente. Somente estará completo e em
condições adequadas de uso se composto de:

- Casco: é o capacete propriamente dito;

- Carneira: armação plástica, semi-elástica, que separa o casco


do couro cabeludo e tem a finalidade de absorver a energia do
impacto;

- Jugular: presta-se à fixação do capacete à cabeça.

60
Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra
gases tóxicos, asfixiantes e contra aerodispersóides
(poeira). Elas protegem não somente de envenenamento e
asfixias, mas, também, da inalação de substâncias que
provocam doenças ocupacionais (silicose, siderose, etc.).

Protetor auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora


exercida pelo ruído, contra o aparelho auditivo. Existem dois tipos
básicos:

*Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de poliuretano ou PVC),


que é introduzido no canal auditivo.

*Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e protege também o sistema auxiliar de
audição (ósseo).

O protetor auricular não anula o som, mas reduz o ruído (que é o som indesejável a níveis
compatíveis com a saúde auditiva. Isso significa que, mesmo usando o protetor auricular,
ouve-se o som mais o ruído, sem que este afete o usuário.

Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos


cortantes e perfurantes, de calor, choques elétricos, abrasão
e radiações ionizantes.

Calçado de segurança: Protege os pés contra impactos


de objetos que caem ou são projetados, impactos objetos imóveis
e contra perfurações. Para atividades com a empilhadeira é
recomendado que o calçado possua biqueira de aço para proteção
dos dedos.

61
Cinto de segurança: Dispositivo designado para a proteção
do operador em caso de queda, ao subir nos equipamentos
de movimentação;

12.2 Recomendações de segurança na operação de


empilhadeiras
1. Operador treinado e qualificado deve ler as instruções do manual do operador da
máquina que ele opera.
2. Ao ligar a empilhadeira, verifique antes se a marcha está desengatada e o freio
de estacionamento acionado.
3. Verificar se o freio de mão está liberado ao deslocar a máquina.
4. Transitar sempre com os garfos um pouco acima do piso (1 5 a 20cm).
5. Se for andar em marcha ré: olhar com cuidado o piso, Pessoas e obstáculos que
estiverem nas proximidades.
6. Se for andar para frente, olhar sempre com cuidado para o piso e as pessoas à
sua frente.
7. Tirar o pé do freio e acelerar devagar para a saída.
8. Posicionar a empilhadeira frontalmente (perpendicularmente) à carga até que
esta se encoste à torre, e levantar os garfos.
9. Levantar os garfos o mínimo possível para o transporte. O suficiente para evitar
lombadas.
10. Inclinar a torre para o lado do motorista (p/ trás), sempre que tiver carga.
11. Fazer as manobras necessárias, sempre tomando cuidado com o que está às
suas costas e de ambos os lados, p/ evitar colisões e acidentes.
12. Em cruzamentos ou passagens sem visão, buzinar sempre.
13. Não fazer curvas em alta velocidade.
14. Diminuir a marcha quando o piso tiver ondulações ou estiver molhado.
15. Tomar cuidado ao levantar e abaixar os garfos sempre que tiver de ultrapassar
obstáculos.
16. Quando estiver transportando carga delicada, andar na menor velocidade
possível, para evitar a queda da mesma.
17. Quando estiver transportando tambores, evitar parar ao ultrapassar os
obstáculos, pois uma parada brusca pode causar movimento dos mesmos,
ocasionando a sua queda. Os tambores devem sempre ser amarrado entre si,
com cordas ou correntes.
18. Avaliar bem o local por onde irá passar, para não provocar colisões da máquina
ou da carga com o que estiver no caminho.
19. Procurar sempre os caminhos mais fáceis e seguros de serem percorridos.
20. Não provocar situações embaraçosas e perigosas.
21. Buzinar regularmente pelo (menos três vezes) sempre que se aproximar de
pessoas que estejam andando ou carregando algo.
22. Não andar em grande velocidade.
23. Não fumar enquanto estiver ao volante ou abastecendo a empilhadeira.
24. Não admitir brincadeiras em volta da empilhadeira.
25. Considerar sempre o tipo de material a ser transportado.
62
26. Verificar a maneira mais fácil de carregar e descarregar o material.
27. Verificar sempre o peso e o volume da carga.
28. Durante as descargas, não permitir pessoas em volta da empilhadeira.
29. Olhar sempre para trás na hora de dar marcha ré, após a descarga.
30. Tomar cuidados especiais com determinados materiais a serem transportados.
31. Ao iniciar o serviço, limpar a máquina por fora, tirar o óleo do piso, limpar o
volante, e as partes fixas da empilhadeira.
32. Não mexer no motor e acessórios da empilhadeira.
33. Comunicar imediatamente, ao Supervisor ou à Manutenção, qualquer defeito
verificado na empilhadeira.
34. Sempre que não tiver visão de frente, dirigir a máquina em marcha à ré.
35. Com a empilhadeira carregada, descer rampas em marcha à ré.
36. Com a empilhadeira descarregada, andar sempre de frente.
37. Quando estiver seguindo outra empilhadeira, não ultrapassá-la, a não ser que ela
pare e o operador seja avisado.
38. Nunca fazer reversão (p/ frente ou trás) com a máquina em movimento.
39. Para verificação dos níveis de óleo, deixar a máquina em lugar plano.
40. Encher o tanque de combustível sempre antes de iniciar o serviço.
41. Quando estiver operando a empilhadeira, nunca deixar de observar a pressão do
óleo, amperagem, temperatura e nível de combustível.
42. Não dirigir a empilhadeira com a perna esquerda para fora.
43. Nunca transportar pessoas na empilhadeira, qualquer que seja o local e o motivo
alegado.
44. Não deixar estopas, panos ou resíduos de óleo e graxa, em cima da
empilhadeira, o que pode ocasionar incêndios.
45. Observar rigorosamente todos os regulamentos e sinalizações de trânsito interno
estabelecida pela empresa.
46. Observar os regulamentos de trânsito, quando operando fora da propriedade da
Empresa.
47. Não efetuar meia volta em rampa ou plano inclinado, pois há possibilidade de
tombamento.
48. Certificar-se de que as rodas e as extremidades da carroceria do caminhão
estejam devidamente calçadas, antes de entrar com a empilhadeira.
49. Não transportar líquidos inflamáveis ou corrosivos, a não ser em recipientes
especiais.
50. Verificar o lacre do extintor de incêndio data de validade e o manômetro.
51. Usar luvas, sempre que possível, para manusear a carga.
52. Nunca ajustar a carga introduzindo o braço pela coluna.
53. Não utilizar o acelerador como buzina.
54. Nunca soltar os garfos totalmente no chão para chamar a atenção de pedestres.
55. Nunca utilizar garfos para empurrar, qualquer que seja o objeto.
56. Pessoas não autorizadas ou treinadas não devem dirigir empilhadeira.
57. Usar somente macaco do tipo “jacaré’ para troca de pneus da empilhadeira”.
58. Tomar cuidado ao passar embaixo de pontes rolantes, utilizando a faixa de
segurança.
59. Nunca colocar ou deixar a máquina em movimento estando fora dela.

63
60. Nenhuma carga deverá ser levantada ou transportada numa só lança do garfo de
empilhadeira.
61. Tambores somente devem ser transportados em estrados.
62. Ao transportar tubos de oxigênio ou acetileno, devem ser evitados choques
violentos e contatos da válvula com substâncias de graxas.
63. Iniciar o carregamento de caminhões da frente da carroceira para trás.
64. Carga colocada de um lado da carroceria do caminhão devera ser carregada e
descarregada por este mesmo lado.
65. Dirija-se sempre perpendicularmente à carroceria do caminhão.
66. Empilhar somente materiais iguais.
67. Pilhas de "tambores devem ser feita até o limite máximo de três camadas". Entre
as camada, recomenda-se utilizar chapas de madeira.
68. Empilhamento de amarrados de chapas devem ser feitos até o limite máximo de
dois metros de altura.
69. Observar sempre o alinhamento da pilha, na horizontal e na vertical.
70. Observar sempre uma distância de aproximadamente 5cm entre as pilhas.
71. Quando for empilhar estrados com sacos, observar que a pilha não fique
inclinada pôr má arrumação destes.
72. Ao empilhar estrados carregados com sacos, verifique se o estrado tem fundo
fechado se não tiver, não empilhe.
73. Se for pegar estrados no sentido longitudinal (lado maior), coloque luvas de
prolongamento nos garfos, pois somente o garfo não atinge o lado posterior da
palheta e isto provocará, ao levantar, a queda da carga.
74. Em se tratando de empilhamento a partir de 2 metros de altura, o operador deve
redobrar a atenção, pois o equilíbrio da máquina e da pilha se torna bastante
instáveis.
75. Nenhum equipamento deve ser colocado de forma a obstruir os corredores de
circulação.
76. Ao estacionar a empilhadeira, verificar se o local é plano e se não obstrui extintor
de Incêndio, passagem de pessoas ou equipamentos.
77. Evitar marchas à ré bruscas, principalmente se estiver transportando cargas.
78. Nunca deixar alguém embaixo de uma carga suspensa.
79. Nunca puxar ou empurrar carros, caminhões, empilhadeiras ou outros veículos
com a empilhadeira.
80. Permanecer a uma distância razoável de outros veículos. No mínimo uma
distância equivalente a três empilhadeiras.
81. Utilizar sempre na empilhadeira o "protetor do operador" e o "protetor de carga"
82. Antes de iniciar o serviço com a empilhadeira, verificar sempre a planilha
“Observações Diárias”, deixada pelo operador anterior.
83. Só se devem usar duas empilhadeiras para um mesmo serviço quando houver
um supervisor orientando a operação.
84. Verifique sempre a fixação e a resistência das pranchas de embarque.
85. Se a empilhadeira for utilizada para elevar uma pessoa deve-se usar uma
plataforma de segurança com piso sólido e protetores laterais. Presa firmemente
aos garfos. Manter os freios acionados e não deslocar a máquina com pessoas
na plataforma. O operador deve sempre se manter em seu posto.
86. O operador é responsável pelo bom funcionamento da máquina que lhe for
confiada e deverá responder pelos danos que causar.

64
87. A empilhadeira só deverá entrar em elevador de carga se para isso for
autorizada. Dentro do elevador o motor deve ser desligado, os garfos abaixados
e o freio de estacionamento aplicado.
12.3 Recomendações de segurança em caso de tombamento
As empilhadeiras podem tombar, se operadas de forma imprópria. As experiências
em acidentes têm mostrado que, um operador não pode reagir tão rápido o
suficiente para saltar de forma a ficar livre de ser atingido pela máquina ou pelo
protetor do operador, quando a máquina tomba. Para proteger o operador de
ferimentos graves e até a morte no caso de um tombamento, o melhor a fazer é
permanecer no assento. Os braços de segurança do assento servem para proteger
seu corpo e braços dentro dos limites da empilhadeira e do protetor do operador.
Então, por favor, sempre afivele o cinto de segurança quando estiver operando sua
empilhadeira.

65
12.4 Recomendações de segurança ilustradas

Somente o pessoal fisicamente


qualificado e treinado nos cursos
promovidos por instituições idôneas
deve ser autorizado a operar as
empilhadeiras.

É importante o uso de óculos de


segurança, capacete e botas. Use
roupas adequadas que não sejam
folgadas e soltas.

Observe sempre o espaço livre acima


do protetor do operador: pontes, avisos
e os limites de carga do piso onde a
máquina está trabalhando.

As empilhadeiras não foram projetadas


para levantar pessoas. Se for preciso
utilizá-la para isso use uma plataforma
adequada e segura, presa firmemente
aos garfos.

66
As empilhadeiras devem ser reabastecidas em
locais designados e com o motor desligado. É
proibido terminantemente fumar durante
o reabastecimento.
Os respingos de combustível devem ser limpos e
a tampa do reservatório recolocada antes
de funcionar novamente o motor.

Não ultrapasse outros veículos no mesmo


sentido se estiver com a visão bloqueada pelo
outro veículo, quando em cruzamentos
ou em locais que ofereçam perigo.

Inspecione sempre toda a área ao redor da


máquina antes de movimentá-la e lembre-se de
que as partidas e as paradas devem ser feitas
suavemente.

Buzine em todas as esquinas,


entradas, saídas, ou diante da
aproximação de pedestres.

67
Trabalhe com a máquina somente nas rotas
designadas para tal fim, e conserve
desobstruída a via.

Recomenda-se o tráfego em mão única,


ou se não for possível, conserve os
regulamentos rodoviários e dirija no lado
direito da via.

Obedeça toda a placa de sinalização de


tráfego ou avisos de precaução.

Tenha sempre a atenção voltada para


os pedestres, outros veículos ou
obstáculos no seu trajeto.

Não deixe ferramentas ou


outros equipamentos sobre
o assoalho da máquina.
Mantenha desobstruído o acesso para
os pedais, para maior segurança na
operação.

Não fume e não permita que outros


fumem nas áreas onde se carregam
baterias ou onde combustíveis e outros
inflamáveis são usados ou estocados.

68
Mantenha uma distância razoável
do veículo à sua frente durante
todo o percurso de modo à frear
com segurança, caso haja
necessidade.

Permaneça sentado todo o tempo


em que estiver operando a
empilhadeira e conserve a cabeça,
braços, mãos, pernas e pés dentro
dos limites do compartimento do
operador. Nunca suba na torre de
elevação, sob qualquer pretexto.

O protetor do operador foi


projetado para sua segurança.
Verifique se ele está firmemente
Instalado e sem qualquer dano
antes de operar a máquina.

Fique atento ao posicionamento


das pontas dos garfos, quando a
máquina está em movimento, para
que elas não atinjam objetos ou
pessoas.

69
Nunca use sua empilhadeira para empurrar
ou rebocar outra. Não permita também
que ela seja empurrada ou rebocada
por qualquer outra.

Se a máquina, por qualquer razão, parar de


funcionar repentinamente e precisar ser
deslocada, avise imediatamente a pessoa
encarregada pela sua manutenção.

Calce seguramente o veículo que está sendo


carregado ou descarregado para prevenir
deslizamento acidental.

Nunca transporte pessoas não autorizadas, a


pronta resposta dos comandos da
empilhadeira podem provocar a queda do
passageiro; além disso, ele pode distraí-lo, o
que é bastante perigoso.

Nunca permita acrobacias, corridas ou


brincadeiras de mau gosto, enquanto estiver
operando a empilhadeira.

70
Conheça todas as capacidades da empilhadeira
e dos acessórios se (houver) e nunca exceda
os limites especificados. Estude todos os
dados estampados na placa de identificação da
máquina.

Nunca opere a empilhadeira com os pés e


mãos molhados ou sujos de graxa.

Sobrecarga e falta de equilíbrio da carga devem


ser cuidadosamente verificados antes do
transporte.
Se a estabilidade da carga se mostra duvidosa,
não transporte-a.

Empurre a alavanca para frente para abaixar a


carga. Durante a descida da carga é possível
parar numa determinada altura, voltando a
alavanca para a posição NEUTRA.

71
Cargas instáveis representam sério perigo
para você e seus companheiros de
trabalho. Esteja sempre certo de que sua
carga está bem empilhada e balanceada
entre os dois garfos. Nunca tente levantar
cargas com apenas um dos garfos.

Viaje sempre com a carga próxima do solo


e a torre de elevação inclinada para trás
para proteger a carga. Nunca levante ou
abaixe a carga enquanto a máquina está
em movimento. Mantenha a carga nivelada
quando operando em rampas ou terreno
inclinado. Não tente fazer curvas nas
rampas ou terrenos inclinados.

Antes de levantar a carga verifique se o


ângulo visual acima do operador está
desobstruído.Puxe para trás a alavanca de
elevação, gradualmente com cuidado. Volte
a alavanca para a posição NEUTRO para
parar a carga na altura desejada,

Quando transportando cargas de grande


altura, pode ser necessária a manobra da
máquina com a carga elevada. Faça-o com
extremo cuidado e fique atento ao
movimento da carga nas curvas.

72
Conheça todo o funcionamento da sua
empilhadeira, bem como o funcionamento
dos dispositivos de segurança e dos
acessórios se (houver).

Antes de operar qualquer tipo de


empilhadeira teste a buzina, freios de serviço
e de estacionamento, direção, alavancas de
elevação e inclinação, alavancas direcionais
e da transmissão e acessórios.
Qualquer irregularidade no funcionamento
desses itens deve ser comunicado às
pessoas responsáveis pela manutenção da
máquina.

Conheça as características de construção


de sua máquina para saber se ela pode ser
operada em locais de dimensões restritas,
antes de entrar. Não tente entrar nesses
locais se as características de construção da
máquina não o permitirem.

Tenha bastante cuidado quando


empilhando materiais ou passando
próximo a canos d'água, sprinklers, fiações
elétricas, encanamentos de vapor e de
outros equipamentos ou materiais frágeis e
perigosos.

73
Reporte imediatamente qualquer anormalidade no
funcionamento da máquina ao
encarregado pela manutenção. Não
tente fazer reparos por sua própria
conta.

As empilhadeiras devem ser


estacionadas somente em áreas
designadas para tal fim.
Baixe os garfos até o solo,incline a
torre de elevação para frente,
coloque a alavanca direcional em
NEUTRO, aplique o freio de
estacionamento, retire a chave do
contato e calce as rodas motoras
para não acontecer qualquer deslize
acidental da máquina.

Siga um programa de manutenção e


lubrificação previamente planejado.
Todos os ajustes e reparos devem
ser efetuados por profissionais
treinados e autorizado.

Se tiver que abandonar


temporariamente a máquina, faça-o
de modo a não obstruir as vias de
tráfego.

As empilhadeiras podem tombar Se


não forem convenientemente
operadas. Diminua a velocidade
antes de fazer qualquer curva, ou
diante da aproximação de rampas,
cruzamentos, superfícies molhadas
ou escorregadias. Preste especial
atenção quando trabalhando em
terreno desnivelado ou mole.

74
Quando transportando cargas
volumosas que, em virtude do
tamanho possa restringir seu campo
visual, dirija em marcha ré para
melhor visibilidade.

Em local bem visível no cilindro de


elevação está colocada a placa de
advertência alertando para que
ninguém viaje sobre os garfos ou
passe por baixo deles, ou qualquer
outro acessório instalado na torre de
elevação.

Não transporte cargas dispostas em


estrados duplos. Elas se tomam
instáveis e difíceis de controlar. Nem
mesmo o protetor do operador pode
protegê-lo completamente contra
objetos pesados caídos do alto.

Assegure-se que os freios de


estacionamento do caminhão ou da
carreta está acionado e as rodas
traseiras devidamente calçadas.
Macacos fixos podem ser usados
para suportar a dianteira e traseira
de um semi-reboque (trailer).
Assegure-se que a plataforma está
travada e tem capacidade para
suportar a máquina.

Use sempre uma “gaiola” de


segurança para inflar os pneus após
a manutenção.

75
REFERÊNCIAS

CLARK. Manual de Instruções do Operador de Empilhadeira. Salvador: [s.n.],


1990.
HYSTER. Manual do Operador de Empilhadeira. Salvador: [s.n.], 1988.

_______. Manual de manutenção Operação e Segurança. Salvador: [s.n.], 1988.

MANUAL de Segurança e Medicina do Trabalho. NR-11. Salvador: Atlas, 1987.

SENAI – SP. Normas do Operador de Empilhadeira, Operação, Manutenção e


Segurança. São Paulo: [s.n.], 1995.
TOYOTA. Manual de Segurança e Operação de Empilhadeira. Salvador: [s.n.],
1999.
YALE. Curso de Operação e Manutenção Preventiva de Empilhadeira. Salvador:
[s.n.], 1996.

77
MODELO DE FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO DIÁRIA – (CHECK-LIST)

DATA DA INSPEÇÃO: ____/____/____ Supervisor: ___________________

EMPILHADEIRA n. ________ Operador: ____________________

Itens de Inspeção

ITEM VERIFICAR N A
01 DANOS NA ESTRUTURA (arranhões, batidas, amassados)
02 PNEUS (cortes, desgastes, calibragem)
03 RODAS (parafusos, corrosão)
04 CORRENTES (lubrificação, tensionamento, elos, corrosão)
05 GARFOS (empeno, travas, trincas, corrosão)
06 CILINDROS DE ELEVAÇÃO, INCLINAÇÃO E DIREÇÃO
(vazamentos, mangueiras e conexão)
07 EXTINTOR DE INCÊNDIO (lacre, data de validade, manômetro)
08 FARÓIS, LANTERNAS, BUZINA
09 CILINDRO DE G.L.P. (posição, vazamentos, abertura da
válvula)
10 NÍVEL DE COMBUSTÍVEL
11 BUZINA, FARÓIS, LANTERNAS
11 BATERIA (água, fixação dos cabos)
12 TENSIONAMENTO DAS CORREIAS
13 FILTRO DE AR
14 PEDAIS DE FREIO APROX./MONOTROL, ACEL. EMB.
15 TORRE (lubrificação, trincas, rolamentos de encosto)
16 DIREÇÃO, RUÍDO NO MOTOR
17 CINTO DE SEGURANÇA
18 INSTRUMENTOS DE CONTROLE DO PAINEL (funcionam.)
19 VAZAMENTOS DE ÁGUA/ÓLEO (em baixo do motor)
20 NIVEL DE OLEO DO MOTOR
21 NIVEL DE OLEO HIDRAULICO
22 NIVEL DE OLEO DE TRANSMISSÃO
23 NIVEL DE FLUIDO DE FREIO
24 NIVEL DE AGUA DO RADIADOR

OBS: Legenda: N – Normal A - Anormal

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