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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

DJALMA EMERENCIANO NETO

ACESSIBILIDADE E DOMÓTICA, SOLUÇÕES QUE AUXILIAM


NO COTIDIANO DA PESSOA IDOSA.

NATAL/RN

2022
1

DJALMA EMERENCIANO NETO

ACESSIBILIDADE E DOMÓTICA, SOLUÇÕES QUE AUXILIAM


NO COTIDIANO DA PESSOA IDOSA.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Centro Universitário
Facex (UNIFACEX), como parte das
exigências para obtenção de título de
bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador(a): Prof.: Dr.Felipe Ferreira


Monteiro

NATAL/RN

2022
2

DJALMA EMERENCIANO NETO

ACESSIBILIDADE E DOMÓTICA, SOLUÇÕES QUE AUXILIAM


NO COTIDIANO DA PESSOA IDOSA.

Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título
de “bacharel em arquitetura e urbanismo” e aprovado em sua forma final pelo
Curso de Arquitetura e Urbanismo.

Natal, __ de _______ de 202_.

Cargo/Nome/titulação.
Coordenador(a) do Curso

Banca Examinadora

Prof.(a) xxxx, titulação


Orientador(a)
Instituição xxxx

Prof.(a) xxxx, titulação


Avaliador(a) interno(a)
Instituição xxxx

Prof.(a) xxxx, titulação


Avaliador(a) externo(a)
Instituição xxxx
3

DEDICATÓRIA

Não iniciado.
4

AGRADECIMENTOS

Não iniciado.
5

RESUMO

(NÃO INICIADO).

Palavras-chave: Idosos , Acessibilidade, Domótica.


6

ABSTRACT

(Não iniciado).

Keywords:
7

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

(INICIADO - EM CONSTRUÇÃO – NÃO APRESENTADO PARA O


ORIENTADOR)

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

IBGE– Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica.

PNE– Pessoa com Necessidades Especiais.

PCD – Pessoa com Deficiência.


8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

(iniciado- Não concluido).

Figura 01: Envelhecimento da população nos anos de 2000 e 2010............................13


Figura 02: Projeção do envelhecimento da população nos anos de 2040 e
2050...............................................................................................................................13
Figura 03: Pirâmide etária do ano de 1980 ...................................................................24
Figura 04: Pirâmide etária projeção para o ano de 2015...............................................25
Figura 05: Pirâmide etária , projeção para o ano de 2050..............................................25
Figura 07: Pessoa idosa morando sozinho e desempenhando suas atividades...........29
Figura 08: Simbolos que representam as várias classificações de pessoas que
necessitam de acessibilidade.........................................................................................30
Figura 09: Série Americana os Jetsons, um desenho da década de 60, que se passa no
ano de 2062, com uma visão do que hoje conhecemos como domótica. .....................33
Figura 10: Sistema integrado que pode ser controlado por um celular ou por uma central
na residência. ................................................................................................................36
Figura 11: Idoso fazendo uso do sistema de automação residencial............................37
Figura 12: Conjunto de equipamentos para implementação da domótica......................43
Figura 13: Dispositivo Alexa na mesa de cabeceira da senhora Amália, equioamento
responsavel por parte da automação do quarto............................................................44
Figura 14: Dispositivo de balizamento, com sensor de presença, ligado diretamente no
ponto de tomada, sem necessidade de prévia instalação.............................................45
Figura 15: Logomarca da empresa................................................................................46
Figura 16: Evolução de um projeto de adaptação em acessibilidade para um banheiro
de um idoso....................................................................................................................48
Figura 17: Antes e depois de um projeto de execução de um projeto para um
idoso..............................................................................................................................49
Figura 18: Masterplan do primeiro empreendimento do Cidade Madura......................50
Figura 19: Fachada frontal da residência em que acolhem os idosos..........................51
Figura 20: Planta baixa das residencias que recebem os idosos que fazem parte deste
programa.......................................................................................................................52
9

LISTA DE QUADROS
(iniciado –não concluido).

Quadro 01 – Quadro metodológico ............................................................................. 20


10

SUMÁRIO – (EM ANDAMENTO)

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 12

1. ABORDAGEM TEÓRICA.................................................................................. 23
1.1 IDOSO ................................................................................................................... 23
1.1.1 PESSOA IDOSA...................................................................................................... 23
1.1.2 IDOSOS CARACTERISTICAS E NUMEROS .......................................................... 24
1.1.3 IDOSO MORANDO SOZINHO ................................................................................ 28
1.2 ACESSIBILIDADE ................................................................................................. 29
1.2.1 DESENHO UNIVERSAL (HISTÓRICO) ................................................................... 30
1.2.2 HISTÓRIA DA NBR 9050 ........................................................................................ 30
1.2.3 NBR 9050/1985 ....................................................................................................... 31
1.2.4 NBR 9050/1994 ....................................................................................................... 31
1.2.5 NBR 9050/2004 ....................................................................................................... 31
1.2.6 NBR 9050/2015 e NBR 9050/2020 .......................................................................... 31
1.2.7 NBR 9050 x LEI ....................................................................................................... 32
1.2.8 ACESSIBILIDADE EM RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR ............................................... 32
DOMÓTICA ................................................................................................................. 33
1.3.1 O QUE É DOMÓTICA ............................................................................................. 34
1.3.2 VANTÁGENS X DESVANTAGENS DO USO DA DOMÓTICA. ............................... 35
1.3.3 APLICAÇÃO DA DOMÓTICA PARA PESSOAS IDOSAS. ...................................... 36

2. METODOLOGIA DA PESQUISA ...................................................................... 39


2.1 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO MÉTODO........................................................... 39
2.2 APLICAÇÃO DE CHECK LIST DE ACESSIBILIDADE ......................................... 39
2.3MAPEAMENTO DOS PONTOS CRITICOS DE ACESSIBILIDADE....................... 40
2.4 OBJETIVOS A SER ATENDIDOS ......................................................................... 40
3.5 CONHECENDO FABRICANTES .......................................................................... 40

3. ESTUDOS DE REFERÊNCIA ........................................................................... 41


3.1 DOMÓTICA NO QUARTO DA DONA AMÁLIA. .................................................... 41
3.2 EMPRESA LAR.i ................................................................................................... 44
3.3 RESIDENCIAL CIDADE MADURA ....................................................................... 48
11

4. ESTUDOS DE CASO ........................................................................................ 52


4.1 ESTUDO DE CASO DIRETO ................................................................................ 52
4.1.1ESTUDO DE CASO 01 - .......................................................................................... 52
4.2 ESTUDO DE CASO INDIRETO ............................................................................ 52
4.2.1 ESTUDO DE CASO 02............................................................................................ 52
4.2.2 ESTUDO DE CASO 03............................................................................................ 52

5. ANÁLISES E RESULTADOS............................................................................ 53
5.1 RODAS DE CONVERSA....................................................................................... 53
5.2 APLICAÇÃO DE CHECK LIST .............................................................................. 53
5.3 ANÁLISE DO AMBIENTE ..................................................................................... 53
5.4 RESULTADOS OBTIDOS ..................................................................................... 53

6. CARTILHA DE RECOMENDAÇÕES................................................................ 54

7. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS ......................................................................... 55

REFERÊNCIAS........................................................................................................... 57

APÊNDICE .................................................................................................................. 59

ANEXOS ..................................................................................................................... 60
12

INTRODUÇÃO

(FEITO E CORRIGIDO PELO ORIENTADOR).

É bem verdade, que a população mundial vem sofrendo alterações quanto a


sua expectativa de vida, seja por mudanças na alimentação, por avanços da ciência,
medicina, ou outros motivos que ocasionam uma população mais idosa. O fato é, a taxa
de natalidade está menor que a taxa de mortalidade, ou seja, a população está vivendo
mais tempo e nascendo menos, isso é visível nas pirâmides etárias, onde mostram uma
base se estreitando e o ponto mais alto ficando mais largo. Esse fenômeno vem
acontecendo de forma tão acelerada, que as pessoas começaram a perceber a
necessidade de promover uma qualidade de vida maior a pessoa idosa.
O Brasil vem enfrentando esse fenômeno do envelhecimento de forma bastante
acelerada, onde no ano de 2017, segundo o IBGE (2010) a população idosa totalizava
cerca de 30 milhões de pessoas, representando 14,6% da população nacional. Estudos
elaborados pelo próprio órgão indica um grande aumento do contingente de pessoas
idosas no Brasil, aproximando em quantidade, da população de jovens e adultos, onde
com isso, modificará totalmente o desenho da pirâmide etária.
Ainda segundo a estimativa do IBGE, é que em 2050 a população brasileira de
idosos duplique a sua quantidade, chegando a 66,5 milhões, representando 29,3% do
total de pessoas. Esses indices ilustram o processo de migração da faixa etária da
população, e este fato é por causa da queda de fecundidade, e o aumento da longevidade
e a variação da idade mediana da população.

Com base em pesquisas e dados passados, o IBGE1 chegou à idade média da


população brasileira, que no ano de 1980 era de 20,2 anos, no ano de 2010 passou para
28,8 anos, e no ano de 2020 chegou a 33,5 anos. Um acréscimo de 13,3 anos de idade
média, ou seja, a população está vivendo mais anos que no ano de 1980. O Instituto de
Pesquisa chegou a uma estimativa da idade média da população no ano de 2050 de 46,2
anos, ou seja, um aumento na idade média de 26 anos.

1
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
13

Figura 01: Envelhecimento da população nos anos de 2000 e 2010.

Fonte: IBGE ano de 2010.


Figura 02: Projeção do envelhecimento da população nos anos de 2040 e 2050

Fonte: IBGE ano de 2010.

Conforme a Lei Federal 10.714 de 01 de Outubro de 2003, Estatuto do idoso,


em seu Art 1º define 60 anos como a idade a considerar pessoa idosa. “Art. 1° É instituído
o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade
igual ou superior a 60 (sessenta) anos”. O problema de chegar tão rápido a esses
números, é que se faz necessário uma preparação maior da estrutura física do meio em
que este idoso está inserido, para que o mesmo goze de autonomia e segurança pra
executar as mesmas atividades que executava quando jovem. Este direito é mencionado
no Estatuto do idoso em seu Art 2º:
14

Art. 2° O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa


humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-
se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.( Lei
10.714, 2003)

Sabe-se que o corpo humano vai sofrendo mudanças com o passar dos anos,
e é bem verdade que começamos a envelhecer a partir do momento em que nascemos,
e que nosso sistema motor, cognitivo, visual, fragilidade no sistema ósseo, dentre outras
patologias acometem o ser humano. O idoso com o passar dos anos perde um pouco
de sua força muscular, e com o avançar da idade isso só aumenta, tem sua agilidade
comprometida, sua coordenação motora também vai ficando comprometida, bem como
a flexibilidade, mobilidade articular e equilíbrio. E parte dessas limitações, dar-se pelo
enrijecimento das cartilagens, tendões e ligamentos.
Com esse cenário populacional de crescimento do número de pessoas acima
de 60 anos, e por esse processo ter um crescimento muito rápido, fica o questionamento:
Que essa população que está envelhecendo, como está a sua residência? Será que
está preparada para um idoso? Será que a residência precisa de alguma adaptação para
poder fornecer ao idoso autonomia e segurança em sua própria casa?
Por outro lado, observamos o avanço nos estudos quanto acessibilidade que
está presente no Brasil desde o ano de 1985, e vem obtendo constantes adaptações,
buscando melhorias constantes para que os usuários tenham maior autonomia e
segurança para executar tarefas do dia-a-dia. A norma de acessibilidade, NBR 9050, trás
sua última atualização no ano de 2020 e será essa versão utilizada neste estudo. No que
diz respeito com a legislação, temos a Lei Federal 10.098 de 19 de Dezembro de 2000,
estabelece normas gerais e critérios referente a acessibilidade das pessoas portadoras
de deficiências ou com mobilidade reduzida, seja ela permanente ou temporária. A
referida Lei define acessibilidade como:
Possibilidade e condições de alcance para utilização com segurança e
autonomia, dos espaços, mobiliário e equipamentos urbanos, das edificações,
dos transportes e dos sistemas e meio de comunicação, por pessoa portadora
de deficiência ou com mobilidade reduzida. (art 2º,I)
15

E para devolver a autonomia a esses usuários, atrelado a acessibilidade,


utilizaremos do conceito da ergonomia voltadas para a pessoa idosa. E levando em conta
o crescimento da domótica, onde, pensando em melhorias que podem auxiliar a pessoa
com mais idade, visto que, ela pode comandar os equipamentos eletrônicos por comando
de voz, por configurações do sistema, onde minimiza o esforço físico, sistema de
iluminação por sensor de presença, configurações de números de emergência para que,
em eventuais acidentes, o idoso por comando de voz acione o socorro. Porém um
questionamento vem à mente agora: Será que o idoso se adaptaria a essas novas
tecnologias? Será que o idoso faria o uso do comando de voz para controlar os
equipamentos? quais adaptações residenciais o idoso teria mais autonomia e
segurança?
Portanto, a motivação para o desenvolvimento deste trabalho entitulado como
“Estudo s obre a Acessibilidade no cotidiano da Pessoa Idosa com a utilização da
Automação Residencial." Que surgiu pela vontade de contribuir mais com tema da
Arquitetura Inclusiva, e promover reflexões a respeito do assunto tratado, com objetivo
de apresentar orientações de como a acessibilidade e a domótica podem auxiliar a
pessoa idosa, e percepções estabelecidas pelos usuários com esses espaços, e de que
forma podemos contribuir para melhoria dessas residências e promover a autonomia e
segurança aos idosos em suas casas.
Com isso, promover esse estudo é de grande relevância, pois através dele,
podemos possibilitar um referencial teórico que contribuirá com o idoso, e entender
melhor como esses ambientes são utilizados pelos idosos e como a domótica pode
contribuir para melhoria do mesmo, com isso, promovendo ambientes mais saudáveis
para os mesmos.

O referido estudo, tem como recorte temporal dados sobre o envelhecimento


populacional no Brasil entre 2010 e estimativas até 2050, acompanhando a taxa de
longevidade e natalidade da população. Adentrando no recorte espacial do universo de
estudo, em uma residência unifamiliar, situada na Grande Natal.
Contudo, este trabalho está disposto com 06 (seis) capítulos. No primeiro
capítulo será conceituado todo o referencial teórico com detalhamento quanto ao
envelhecimento populacional no Brasil, bem como tratará de um breve histórico referente
a acessibilidade, e para finalizar o primeiro capitulo, será contextualizado sobre a
domótica; no segundo capítulo trataremos da metodologia aplicada de forma detalhada,
16

no terceiro capitulo temos os referenciais teoricos, com 03 (três) referenciais indiretos,


onde o primeiro é o caso de uma senhora que teve soluções de domótica aplicadas em
seu quarto, o segundo é uma empresa em São Paulo que trabalha exatamente propondo
soluções de domótica e acessibilidade para idosos, e por fim, o estudo da Cidade
Madura, um programa habitacional na Paraíba. O quarto capítulo é referente aos 03
(três) estudos de caso, onde o primeiro será o estudo de caso direto, onde iremos nos
aprofundar bem mais neste caso, o segundo é uma idosa de 80 anos e o terceiro estudo
de caso será o de idosos numa casa de repouso. O quinto capítulo é na obtenção,
tratamento, análises e resultados das entrevistas e demais documentos levantados na
visita in loco.
Por fim, no sexto iremos recomendar soluções de acessibilidade e domótica na
residência do estudo de caso 01, onde as soluções recomendadas farão parte do
conteúdo de uma cartilha de recomendações de acessibilidade e domótica voltadas para
os idosos. A natureza desta monografia é enquadrada em natureza básica onde a
finalidade é elaborar novos conhecimentos relacionados com a utilização da domótica
em ambientes residenciais em concordância com princípios da acessibilidade com foco
no idoso, sem uma aplicação prática. Quanto a abordagem desta pesquisa, será
quantitativa e qualitativa, pois irá analisar quantitativo de dados sobre o envelhecimento
populacional no Brasil, bem como analisar indicadores para auxiliar no entendimento de
como é essa população está envelhecendo.

Este estudo justifica-se pelo fato dos índices de natalidade que estão menores
que os de mortalidade. Este fenômeno tem o impacto com o envelhecimento acelerado
que está presente em todas as partes do mundo, e nos últimos anos, vem acontecendo
de forma mais acelerada. Segundo o IBGE(2010), em 1960, a população idosa era de
4,7%, em 2000 o número de idosos chegou a marca dos 8,5%, e no ultimo senso de 2010,
verificou-se que a população com mais de 60 anos era de 10,8%, em sua grande maioria
formada por mulheres. Estima-se que no ano de 2050 esse número de idosos chegará a
29,3% da população, sendo mais de 66 milhões de pessoas, apenas no Brasil.
Com o avanço da idade, o nosso corpo vai sofrendo alterações, e em função do
tempo, algumas funções vão ficando comprometidas, tais como: a depender da qualidade
de vida do idoso, o mesmo vai sofrendo com a perda das forças, com o enfraquecimento
da massa muscular, com o enrijecimento da estrutura óssea, com o desaceleramento do
17

metabolismo, podendo levar ao aumento de peso, dificuldades no alcance manual,


dificuldades na locomoção, perda gradativa da função visual, uma possivel perda da
memória, onde muitas vezes vem de forma leve, como em casos de cansaço mental, ou
de forma mais severa.
O que é observado é um comportamento natural do ser humano, ao constituir
matrimônio e montar uma família, ou em sair de casa em busca de construir sua própria
história, as pessoas compram residencias padrões ou constroem a casa de seus sonhos,
onde por muitas as vezes atendem as suas necessidades momentâneas, como por
exemplo, para um jovem casal, recém casados, adquirem esse imóvel pensando apenas
na modificação, onde futuramente vão precisar de fazer ou montar um quarto para os
futuros filhos. Raramente a população adquire um imóvel com olhos voltados para o
envelhecimento. Os anos se passam, e o corpo começa apresentar sinais que a idade
está avançando, porém em sua maior parte, o layout do imóvel não sofreu alterações,
com isso, a casa ainda continua com tapetes, o piso do banheiro continua escorregadios,
os móveis continuam com quinas vivas, o quintal e a varanda da casa, continua cheia de
vasos de plantas, os armários continuam altos. Como consequência de tudo isso, o idoso
vira refém de sua própria casa, onde por muitas vezes, ficam limitados a determinados
cômodos e afazeres. Um outro agravante, é quando o idoso mora só, Preocupações com
acidentes, segurança, com a devolução da autonomia em sua residência ou o conforto no
seu imóvel, passam a ser mais frequentes.
Mediante a toda informação exposta, a presente pesquisa visa apresentar
melhorias acessibilidade dos imóveis, através de uma cartilha, onde apresentará soluções
de layout, com ou sem intervenções físicas na edificação, com adaptações simples ou
mais complexas de acessibilidade, para que o idoso tem há mais confiança ao transitar
pelo imóvel. Bem como também, apresentar soluções ergonômicas para o layout da
moradia, para que o usuário maior de 60 anos, volte a ter autonomia nos afazeres de
casa.
O material também abordará algumas modificações de mobiliário, ou adaptações
do mesmo, com a finalidade de minimizar os acidentes domésticos. Com o avanço da
tecnologia, será também proposto soluções em domótica totalmente voltado para a
pessoa idosa, que constará com sistema integrado por controle de voz, iluminação por
sensor de presença, sistema integrado de câmeras de segurança, tanto para segurança
voltada para a questão da violência, quanto para questões voltadas para a prevenção de
18

acidentes domésticos. A automação também contará com sistemas de controle da


iluminação, sistema de controle do gás de cozinha, sistema de controle tomadas, sistema
de travamento de janelas e portas, alarmes e sensores de quedas, com finalidade na
preservação da integridade física do usuário.
Com tudo, o presente estudo melhorará a qualidade de vida do usuário maior de
60 anos, bem como tranquilizará aos parentes dos mesmos, visto que em função soluções
em domótica, poderão ter acesso às informações do idoso em tempo real. Alguns usuários
podem até ter uma resistência quanto ao uso da automação residencial, seja por motivos
culturais ou inerentes a idade mesmo, porém atualmente, estamos vivendo em uma era,
onde as pessoas estão completamente conectadas as novas tecnologias. Esse estudo
beneficiará a pessoas de todas as idades, bem como a pessoas com necessidades
especiais também, pois o foco inicial é para idosos, porém o material oriundo desse
estudo, irá atender a pessoas portadoras de necessidades especiais, principalmente se a
mesma também for idosa.

Diante do exposto, coloca-se como objeto de estudo a pessoa idosa, a


aceeibilidade e a domótica, de onde surge a seguinte questão problema: Quais
recomendações contribuiriam para as necessidades das pessoas idosas em ambientes
residenciais, à luz da arquitetura inclusiva e da domótica?

Conforme o apresentado, o objetivo geral é apresentar orientações de como


aplicar acessibilidade e domotica para contribuir na melhor acessibilidade para pessoa
idosa. Para subsidiá-lo os objetivos específicos: a) entender o perfil da pessoa idosa; b)
Compreender os problemas enfrentados pelos idosos para realização das tarefas do
cotidiano em suas residências; c)identificar lacunas das tecnologias de automação
residencial que podem contribuir na solução dos problemas de acessibilidade vivido
pelos idosos; d) Aprofundar conhecimento em layout residencial com foco no idoso, para
que possamos promover mais autonomia e segurança em suas residências; Por fim, e)
Elaborar um cartilha que auxiliará ao layout da residência, com intuito a promover mais
autonomia e evitar acidentes com o idoso.

A pesquisa será natureza básica, descritiva, pois para propor intervenções,


19

inicialmente será proposto coleta de dados, aplicações de questionários, e observações


sistemáticas para obter parâmetros para as propostas de modificações. Bem como
também será exploratória, pois iremos estudar um caso real e propor aplicações.

Os procedimentos para a coleta de dados para embasar a pesquisa serão:


pesquisa bibliográfica, onde serão feitas pesquisas em literaturas que embasem o
desenvolvimento da pesquisa, buscando temas assemelhados. Bem como será feito um
levantamento arquitetônico, onde serão apontados os pontos de conflito referente a
acessibilidade, onde oferecem risco ao idoso. Esse levantamento será feito para servir de
base para as propostas da cartilha. O levantamento será feito na residência onde será o
estudo de caso, no qual mora uma idosa de 67 anos, em uma residência fruto da
autoconstrução.
Os dados coletados são quantitativos e qualitativos, pois eles se expressam em
forma de numeros, tabelas, graficos e afins, para que possamos interpretálos, bem como
as informações são de forma qualitativas, pois com elas teremos as informações da
qualidade de vida desse idoso, podendo com esses dados mensurar.

Método Científico é o fenomenológico e indutiva, pois relatará a o estudo de


caso exatamente como ele se apresenta, com dados extraídos e interpretado exatamente
como o observado, relatando “experiências vividas”, o cotidiano da idosa, contudo,
encontrando soluções para problemas vivenciados, que poderá ser replicado em outras
residências com situações similares.
Os procedimentos metodológicos, estão associados aos objetivos específicos,
da seguinte maneira: Promovendo pesquisas tanto das necessidades dos idosos,
quando nas soluções de domótica que poderão ser aplicados em cada caso. Os
procedimentos técnicos utilizados, foram pesquisa bibliográfica, levantamento de
dados, um Estudo de caso direto e dois Estudos de casos indiretos, experimentos.
Conforme apresentados no quadro 01
Quadro 01– Quadro metodológico
Pois ao final dela, gerará um novo avanço
para a ciência, porém não
Natureza Pesquisa básica necessariamente haverá uma aplicação
prática. Haverá uma sugestão de
aplicação através de uma cartilha, porém
não garantida a execução.
20

Pesquisa qualitativa: Pois atestará a


qualidade de vida da pessoa idosa, a
forma de moradia e como a intervenção
Forma de Pesquisa poderá melhorar a autonomia em sua
residência.
abordagem do
quali-quantitativa Pesquisa quantitativa: Pois trabalhará
problema com dados numéricos para entender a
necessidade deste trabalho, esses dados
coletados serão em
forma de datas, percentagem, quantidade
e classificações.
Pesquisa descritiva: pois para propor
Objetivos Pesquisa descritiva e intervenções, inicialmente será proposto
exploratória coleta de dados, aplicações de
questionários, e observações sistemáticas
para obter parâmetros para as propostas
de modificações.
Exploratória: Pois será aplicado a um
estudo de caso.
Fenomenológico: pois para propor
Método científico Método intervenções, inicialmente será proposto
fenomenológico e coleta de dados, aplicações de
indutivo questionários, e observações sistemáticas
para obter parâmetros para as propostas
de modificações.
Indutivo: Método que induz a algo, onde
através da observação do cotidiano do
idoso estudado, poderá se chegar a
alguma teoria.
21

Pesquisa bibliográfica: Inicialmente se


dará através de leituras de artigos,
Pesquisa dissertações e matérias sobre o idoso,
sobre acessibilidade para o idoso e sobre
bibliográfica
domótica. Além do mais, será necessário
a leitura de normativas, leis e decretos
referente a acessibilidade e a pessoa
idosa.

Levantamento de dados: Na etapa de


levantamento de dados, serão coletados
in loco, onde serão feitas visitas em um
grupo de pessoas idosas, com
características de moradias diferentes,
para que possamos ter um parâmetro de
Levantamento moradia diversificados. Inicialmente
de dados faremos uma breve conversa, para que
possamos coletar dados, e que de forma
bem descontraída, possamos obter
Procedimentos informações de como é o dia a dia desses
técnicos idosos. E somente após esse primeiro
contato, faremos um questionário para
obtenção de dados mais objetivos.

Experimental: A pesquisa terá um estudo


Experimental de caso com uma senhora de 67 anos,
após fazer levantamento arquitetônico da
sua residência, bem como levantar os
pontos críticos de acessibilidade, será
proposto as intervenções em
acessibilidade e as soluções em domótica,
com a finalidade de atender as
necessidades dessa senhora. As soluções
propostas estarão presentes na cartilha.

Estudo de casos Estudo direto: O estudo de caso 01 será o


estudo de caso direto. Será com uma
idosa de 67 anos, que mora no centro da
cidade de São José de Mipibu, em uma
22

residência que inicialmente era uma casa


padrão, modelo Caixa Econômica Federal,
no qual atualmente passou por reformas,
e com isso gerou algumas barreiras
arquitetônicas que comprometem a sua
segurança física, no que diz respeito a
acessibilidade. As modificações não foram
pensadas para o uso de uma pessoa idosa.
Neste estudo de caso iremos sugerir após
estudo da planta do imóvel, modificações
para melhora da acessibilidade, bem
como a inclusão da domótica, para
promover mais segurança e autonomia
para essa idosa em sua residência.
Estudo de casos indireto: Serão dois
estudos de caso indireto:
O segundo estudo de caso se dará na
residência de uma idosa de 80 anos, no
qual tem em seu histórico de vida, sempre
ter morado sozinha, com hábitos
individuais, com rotinas já definidas.
Atualmente mora em uma residência
alugada, no qual limita a usuária em fazer
alguma modificação física no imóvel.
Alguns outros parâmetros como:
disposição de mobiliário, iluminação, e
aplicação da domótica, será possível em
propor.

Por fim o terceiro estudo de caso indireto


é em uma casa de acolhimento de idosos.
Onde nela poderemos ver a necessidade
mais intensa de acessibilidade, pois
iremos estudar as limitações que o tempo
e as doenças crônicas impõem aos idosos,
pois de aproximadamente 21 usuários
dessa casa de repouso, apenas 05 deles
conseguem caminhar. Essa rotina de um
idoso acamado será bem diferente de
observar, do que a desses idosos
anteriormente citados.
Fonte: o autor, 2022
23

1. ABORDAGEM TEÓRICA

(FEITO E ENVIADO PARA O ORIENTADOR).

1.1 IDOSO

Neste capitulo iremos explanar caracteristicas que marcam o envelhecimento do


ser humano. Uma das ultimas etapas da vida do ser vivo, onde o mesmo já gozou de toda
uma vida, sendo ela ativa ou não, e conseguiu chegar em uma etapa delicada da vida,
onde por vezes são acometidos por doenças crônicas ou limitações do corpo pelo
processo natural do envelhecimento.
1.1.1 PESSOA IDOSA.
(FEITO E ENVIADO PARA O ORIENTADOR).
Todo ser vivente, que não tem a sua morte de forma prematura, passam por
etapas no decorrer de suas vidas. O ser humano inicia seu processo de envelhecimento
no momento da sua fecundação, onde o corpo com o tempo vai sofrendo maturações.
Esse processo de maturação somente se enverra, quando também se encerra a vida
desse ser humano. Como aprendemos na escola, o ser vivo nasce, cresce, reproduz (em
alguns casos), envelhece e morre. O processo de envelhecimento possui algumas
particularidades, que dependem de fatores genéticos e qualidade de vida. Boa
alimentação, noites de sono bem dormidas, hábitos como não consumir bebidas
alcoolicas, não fumar, e ter ritinas de exercicios, fazem com que os seres humanos
envelheçam de formas diferentes um dos outros.
Existe também o envelhecimento populacional/demográfico, ocorre quando o país
envelhece, ou seja, tem sua população idosa superior à população mais jovem. Faz
alguns anos que estamos observando esse fenômeno, onde o numero de pessoas que
chegam a idade idosa, está superando o numero de pessoas que nascem por ano.
A velhice é representada como a última fase do ciclo de vida do indivíduo, e é
caracterizada pela perda/redução da sua capacidade funcional. É dificil de definir quando
um ser humano começa a ser idoso ou não, pois algumas pessoas começam a sentir os
efeitos da passagem da idade com 50 anos, enquanto outras pessoas que não se sentem
idosas mesmo estando acima dos 70 anos por exemplo.

Sabe-se que o corpo humano vai sofrendo mudanças com o passar dos anos, e
que nosso sistema motor, cognitivo, visual, fragilidade no sistema ósseo, dentre outras
24

patologias acometem o ser humano. O idoso com o passar dos anos perde cerca de 10 a
20% de sua força muscular, e com o avançar da idade, esse percentual só aumenta, tem
sua agilidade comprometida, sua coordenação motora também vai ficando comprometida,
bem como a flexibilidade, mobilidade articular e equilíbrio. E parte dessas limitações, dar-
se pelo enrijecimento das cartilagens, tendões e ligamentos.
Conforme legislação Brasileira, define como idoso, pessoas que ultrapassaram
os 60 anos, independente de se enchergar como idoso ou não.

1.1.2 IDOSOS CARACTERISTICAS E NUMEROS

Conforme IBGE (2010), o processo de envelhecimento populacional se dá pelo


fato de com o passar dos anos, observou-se que a espectativa de vida do ser humano vai
ficando superior a espectativa de natalidade da população, ou seja, envelhece mais gente
do que o numero de nascimento da população, e esse crescimento da população idosa,
podemos observar anualmente. Em meados dos anos 1960, o Brasil deu início à queda
da taxa de fecundidade, ocasionando uma redução do número de crianças e jovens no
país. Tal fator desencadeou um processo de envelhecimento da população e mudança da
estrutura da pirâmide etária, com um estreitamento em sua base e alargamento a partir
da parte intermediária até o topo (figura 03, 04 e 05)

Figura 03: Pirâmide etária do ano de 1980.

Fonte: IBGE, 2010.

Figura 04: Pirâmide etária projeção para o ano de 2015.


25

Fonte: IBGE, 2010.

Figura 05: Pirâmide etária , projeção para o ano de 2050.

Fonte: IBGE, 2010.


O fenômeno do envelhecimento populacional se dá por vários motivos, que vão
desde uma mudança na alimentação , ou até com relação ao avanço da medicina e o
acesso a médicos e tratamentos.

Conforme a Lei Federal 10.098 de 19 de Dezembro de 2000, estabelece normas


gerais e critérios referente a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiências ou
com mobilidade reduzida, seja ela permanente ou temporária. A referida Lei define
acessibilidade como:

Possibilidade e condições de alcance para utilização com segurança e


autonomia, dos espaços, mobiliário e equipamentos urbanos, das edificações,
dos transportes e dos sistemas e meio de comunicação, por pessoa portadora
de deficiência ou com mobilidade reduzida. (art 2º,I). (Lei 10.098, 2000)

Já a Lei 10.714 de 01 de Outubro de 2003, Estatuto do idoso, em seu Art 1º


26

define 60 anos como a idade a considerar pessoa idosa. “Art. 1o É instituído o Estatuto
do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos.”

O Brasil vem enfrentando esse fenômeno do envelhecimento de forma bastante


acelerada, onde no ano de 2017, segundo o IBGE a população idosa totalizava cerca de
30 milhões de pessoas, representando 14,6% da população nacional. Estudos elaborados
pelo próprio IBGE, indica um grande aumento do contingente de pessoas idosas no Brasil,
aproximando em quantidade, da população de jovens e adultos, onde com isso, modificará
totalmente o desenho da pirâmide etária.

A estimativa é que em 2050 a população brasileira de idosos duplique a sua


quantidade, chegando a 66,5 milhões, representando 29,3% do total de pessoas. Esses
indices ilustram o processo de migração da faixa etária da população, e este fato é por
causa da queda de fecundidade, e o aumento da longevidade e a variação da idade
mediana da população.

Figura 12: Projeção da população nacional de pessoas acima de 65 anos a partir do ano 2000 até 2060.

Fonte: IBGE, 2018.

Com base em pesquisas e dados passados, o IBGE chegou à idade média da


população brasileira, que no ano de 1980 era de 20,2 anos, no ano de 2010 passou para
27

28,8 anos, e no ano de 2020 chegou a 33,5 anos. Um acréscimo de 13,3 anos de idade
média, ou seja, a população está vivendo mais anos que no ano de 1980. O Instituto de
Pesquisa chegou a uma estimativa da idade média da população no ano de 2050 de 46,2
anos, ou seja, um aumento na idade média de 26 anos, conforme visualizamos no gráfico
abaixo.

Figura 13: Projeção do envelhecimento da população até o ano de 2050.

Fonte: IBGE ano de 2010.

O problema de chegar tão rápido a esses números, é que se faz necessário uma
preparação maior da estrutura física do meio em que este idoso está inserido, para que o
mesmo goze de 10. 714 de 01 de Outubro de 2003, Estatuto do idoso em seu Art 2º:
Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-
se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e
dignidade.(Lei10.714, 2003)
É bem verdade que o processo de envelhecimento é esperimentado de forma
bem diferente entre pessoas idosas de classes sociais diferenciadas, pois considera-se
uma velhice bem sucedida a pessoa que tem acesso a alimentação de qualidade, de
forma orientada por profissionais capacitados, acesso a medicos e medicamentos, como
forma de minimizar efeitos do envelhecimento, bem como uma boa pratica de exercicios,
com finalidade de minimizar impactos da idade em seu sistema motor. E por sua vez,
considera como uma velhice mais fragilizada aquela que, seu acesso a uma boa
28

alimentação e a orientação de profissionais para melhoria de sua saúde, seja feita de


forma comprometida, ou até mesmo a a ausencia desse cuidado com alimentação e
acesso a profissionais, em decorrencia de problemas financeiros.

1.1.3 IDOSO MORANDO SOZINHO

Durante o decorrer dos anos, observa-se que a população idosa, em sua maioria
das vezes, por opção, aderem a morar sozinhos. Seja por que sempre moraram só e não
se enchergam morando com mais ninguém, ou pelo fato de ter perdido o parceiro ou
parceira de vida e optarem por não ter outro relacionamento, e quando os tem, os
parceiros ou parceiras moram em casas separadas. E por fim, pelo fato dos filhos
constituirem matrimônio ou optarem por morar fora da casa dos pais. Dessa forma o idoso
se ver a situação que ou passam a morar só, ou vão morar nas residências dos filhos, ou
contratam alguém para residir com eles, e até mesmo morar em residência de repouso
para idosos.
Expostos a essa realidade, alguns idosos se negam a morar com os filhos,
contratar pessoas para morar com os mesmos, ou até mesmo ir para uma residência de
repouso de idosos, alegando querer ter sua privacidade mantida e não querer desapegar
do imóvel ou rotina no qual já está acostumado. Entre homens e mulheres, verifica-se que
o numero de mulher idosa morando só, é muito maior que o numero de homens, esse fato
se dá por verificar que a população feminina tem uma espectativa de vida muito maior que
a dos homens, bem como também, a probabilidade de um homem constituir
relacionamento após ficar viúvo ou divorciado, é muito maior que no público feminino.

Figura 07: Pessoa idosa morando sozinho e desempenhando suas atividades.

Fonte: https://acvida.com.br/familias/quando-o-idoso-nao-deve-morar-sozinho/ , 2022


29

Outro fato interessante é que, com o passar do tempo, vai ficando mais perigoso
para o idoso morar só, porém o mesmo se recusa a morar com familiares, ou em casa de
repouso, sendo assim, como opção, esse idoso ou idosa passam a morar proximo aos
filhos, ou té mesmo passam a morar com os filhos, porém com residência separada, para
que seja mantida a sua provacidade. e muitos filhos já não residem mais na cidade dos
pais (BRASIL, 2012).Diante desta perspectiva, é importante salientar o quão indispensável
é incorporar a questão do envelhecimento aos programas mundiais voltados à
população idosa. Faz-se necessário um esforço acordado para adotar umenfoque amplo
e equitativo para a integração de políticas públicas de moradia
para idosos (NERI, 2005).

O processo de envelhecimento populacional que ocorre, atualmente, no Brasil,


evidencia que em áreas metropolitanas residem proporcionalmente maisidosos do que em
áreas rurais. Alguns dos principais fatores que contribuíram para essa mudança foram:
a melhoria da qualidade de vida, resultante de

mudanças na sociedade e melhorias na saúde, controle de doenças, tecnologias,


oportunidades desenvolvidas no mercado de trabalho, dentre outros, favorecendo maior
longevidade da população ( IBGE, 2012).

1.2 ACESSIBILIDADE
(FEITO E CORRIGIDO PELO ORIENTADOR).
É interessante pensar que como foi o surgimento da acessibilidade, para que fins ela foi
pensada e qual a importância nos dias de hoje. Pensa-se em minorias que necessitam da
acessibilidade, pensam que é “exigência demais” quando algum órgão solicita que a acessibilidade
tem que ser aplicada em determinada edificação, e esquecem que a acessibilidade não é somente
para o cadeirante, e esquecem que a acessibilidade ela acoberta o anão, o gigante, a grávida, o
idoso, o cego, o que tem problema de locomoção (seja permanente ou temporário), o autista.
Segundo o IBGE, 24% da população brasileira possui uma ou mais necessidade especial, sendo
a deficiência visual a mais comum dentre esse público. Com essas informações iniciais, me fica a
seguinte pergunta: Como eu penso que a acessibilidade é minoria se quase ¼ (um quarto) da
população nacional possui uma ou mais necessidades, seja física ou mental? Esse número só
aumenta, onde se, além dos PNE, levarmos em consideração os idosos, pois esse número elevaria
e muito esse índice.

Figura 08: Simbolos que representam as várias classificações de pessoas que necessitam de
30

acessibilidade.

Fonte: google, 2022.

O que ocorre é que a acessibilidade ainda é vista como uma exigência, ela é vista como
uma obrigação. Infelizmente não se ver muitos deficientes visuais ou pessoa com baixa visão, não
se ver tantos cadeirantes andando por aí, em nosso cotidiano, pois a grande maioria das
edificações, sejam públicas ou privadas, estão pouco preparadas para recebe-los, fazendo com
que os mesmos se limitem em suas residências e com o convívio apenas de pessoas próximas.

1.2.1 DESENHO UNIVERSAL (HISTÓRICO)

Interessante saber como se deu o surgimento do Desenho Universal e consequentemente


da acessibilidade. A década é de 1930, o evento é o pós guerra, o fato é o recebimento dos
combatentes sobreviventes da guerra. Aos que voltaram com vida da guerra, alguns deles, ou até
mesmo em sua grande maioria, tiveram sequelas, sejam físicas ou mentais, com relação ao pós
combate. Algumas pessoas tiveram sua visão comprometida por estilhaço de bomba, por algum
impacto, tiveram partes de seu corpo amputadas, audições comprometidas por altos barulhos.
Imagina no ano de 1930 como foi difícil acolher essas pessoas, como foi complicado conseguir
com que eles executassem as suas atividades do cotidiano em suas casas de forma autônoma e
segura. Foi com essa realidade, que o Governo Americano criou o Design for all ou “Desenho livre
de barreiras”. Tal conceito se fortaleceu com os princípios do Universal Design – Desenho
Universal.

1.2.2 HISTÓRIA DA NBR 9050

No ano de 1980, a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT começa a


promover discursões referentes ao que tangem a Acessibilidade. Em sua primeira versão
publicada no ano de 1985, a norma veio cheia de ilustrações, porém trouxe o foco principal áreas
31

externas, como a questão de sinalização, estacionamento e afins, onde trás em seu texto poucas
exigências quanto a parte interna da edificação, pois o conhecimento antropológico naquela época
também era pouco. A norma foi criada com intuito de ser “recomendações” mínimas, não sendo
entendida como obrigações, regras.

1.2.3 NBR 9050/1985

As Normas Técnicas, tem por regras revisões periódicas, onde em um ciclo de 10 anos,
apresenta-se outra versão com dados atualizados. Com a NBR 9050 não poderia ser diferente,
até por que os estudos vão evoluindo, e mais informações sobre as regras do desenho universal
também vão sendo modificados ou apenas melhorado. O objetivo principal da NBR de
acessibilidade é promover ao usuário que ele execute atividades do cotidiano com maior
autonomia e maior segurança, e que suas atividades sejam desempenhadas com baixo impacto
físico.

1.2.4 NBR 9050/1994

Após 11 anos da primeira edição da Norma Técnica, a ABNT lançou no ano de 1994 a
primeira atualização desta norma. Com 56 páginas, 19 paginas a mais que a primeira versão, ela
começou a trazer mais para dentro da edificação uma preocupação maior com o usuário podendo
desfrutar com mais autonomia e segurança, os afazeres mais cotidianos. Foi nessa norma, que
pudemos começar a observar com mais clareza o desenho universal dentro da vida de um PNE.

1.2.5 NBR 9050/2004

Com 105 páginas e exatos 10 anos depois, no ano de 2004 a NBR trouxe a atualização
mais conhecida da Norma, onde com essa versão, com muito mais ilustrações consultiva, a norma
trouxe mais parâmetros do desenho universal e medidas mínimas tanto para ambientes internos
das residências, como alcance manual, abertura de portas, obstáculos (todas essas informações
que já continham nas versões anteriores), porém nessa atualização, a norma trouxe muito mais
informações de acessibilidade em ambientes públicos.

1.2.6 NBR 9050/2015 e NBR 9050/2020

Basicamente essas duas ultimas atualizações, as de 2015 e 2020 são versões que
32

tiveram menos atualizações em sua estrutura, com relação a norma de 2004, observamos uma
atualização em medidas mínimas para banheiros acessíveis e acréscimo de equipamentos de
apoio nos banheiros, mas o corpo da norma segue o mesmo formato que a norma da versão de
2004.

1.2.7 NBR 9050 x LEI

A norma de acessibilidade, é uma literatura consultiva, e como todas as normas, ela


oferece parâmetros mínimos de segurança para desempenhar determinada função. Mas a norma
de acessibilidade tem poder de lei? Sim! A norma 9050/2020 tem poder de lei e para que isso
fosse possível, se fez necessário um Decreto que dá a obrigatoriedade de seguir as diretrizes da
norma em edificações públicas ou privadas. O DECRETO que dá poder a esta lei é o de Nº 9.296
de Março de 2018.

1.2.8 ACESSIBILIDADE EM RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR

A norma de acessibilidade ela é cobrada para edificações de uso público ou privado, para
edificações multifamiliar e afins. Não é cobrado que a acessibilidade seja atendida em residências
unifamiliares, no qual essas edificações não precisarão atender seus parâmetros. Isso faz com
que as edificações não sejam pensadas no futuro, pois algumas das necessidades especiais
podem e vão ser adquiridas com o tempo. O indivíduo poderá em decorrência de eventos da vida,
perder a visão, perder a audição, perder total ou parcial os movimentos, seja de forma temporária
ou perante, ou simplesmente passar pela vida sem ser acometido por nenhuma das
eventualidades. Porém, se o mesmo não tiver uma morte prematura, ele envelhecerá, com isso, a
depender da qualidade de vida que levou, ele terá possivelmente uma perda óssea, perda
muscular, que limitará um pouco seus movimentos, uma vista cansada, poderá desenvolver
algumas doenças crônicas, dentre outras situações que poderá ser vivenciada por um idoso. A
norma de acessibilidade quando prever vãos de portas de 80cm, não somente para um obeso
passar, mas também para uma cadeira de rodas passar, quando ela prever um assento no
chuveiro, não é somente para um cadeirante se banhar, e sim para que um idoso que tenha suas
pernas cansadas, possa fazer sua higienização de forma independente e segura. Esses são
apenas algumas situações que a norma de acessibilidade pode trazer de segurança para
residências unifamiliares, e a importância que seus parâmetros sejam atendidos em todas as
edificações, independentemente de seu uso.
33

DOMÓTICA
(FEITO – CORRIGIDO PELO ORIENTADOR).
Na década de 60 foi criado um serie de desenho animado chamado “Os Jetsons”.
Mais tarde, na década de 80, essa mesma série foi lançada pela extinta TV Excelsior. Em
seu enredo conta a história de uma família que vive no ano de 2062, onde a era espacial
é posta em pauta. É possível observar que todas as atividades da família, como fazer a
alimentação, trocar de roupa, arrumar a casa, tarefas simples, do cotidiano, são feitas por
programação, comando de voz, ou por comando simples.

Figura 09: Série Americana os Jetsons, um desenho da década de 60, que se passa no ano de 2062, com
uma visão do que hoje conhecemos como domótica.

Fonte:https://m.leiaja.com/tecnologia/2013/11/11/quase-todo-o-impossivel-em-os-jetsons-ja-tem-versao-
real/ , 2022
O conhecimento e utilização da automação, teve seu inicio nas industrias, onde
serviços inicialmente executados pelo humano passam a ser executados por máquinas, e
por muitas vezes, com apenas um toque de botão, executa trabalho, que antes eram
necessários dezenas de operários. Com a evolução da tecnologia, a automação deixou
de ser apenas industrial, e começou a entrar nos lares das pessoas.
A automação está presente na vida das pessoas a tanto tempo, que não é dado
conta deste fato. Em pensar em um fato simples, como assistir tv, onde antigamente a
mesma era acionada através de um botão, para aumentar seu volume, alguém teria que
ir na tv e apertar outro botão, para que esse volume seja aumentado, e para trocar de
canal, da mesma forma.
Os anos passam, e a tv ganha um acessório, que mesmo o usuário sentado no
34

sofá ou deitado na sua cama, ele aciona o comando da tv, para ligar e desligar, aumentar
volume, baixar volume, trocar de canal, dentre outras configurações. Com esse mesmo
acessório da tv, pode-se fazer configurações, desde qualidade do som, ou até mesmo
configurar para desligar com determinado tempo. Foi citado um item da casa, no qual a
automação está presente a muitos anos, e não nos damos conta deste fato.

1.3.1 O QUE É DOMÓTICA

A domótica pode ser definida como a integração de alguns mecanismos de um


determinado espaço. Essa é uma tecnologia relativamente recente, e seu uso é para
promover a integração de todos os recursos tecnológicos habitacionais. É de promover
soluções para as nossas necessidades, de modo prático, onde seja promovido o mínimo
de esforço possível para a sua execução.
O termo domótica surgiu por volta do século 20, na França, trata-se da fusão das
palavras “Domus” que significa casa, e a palavra Robótica, onde historicamente podemos
dizer que se refere a automação, que teve seu inicio com a automação residencial,
portanto a Domótica, em poucas palavras, significa “Casa Automatizada” ou Automação
Residencial.
A domótica, ela pode ser aplicada em uma residência em várias partes, como por
exemplo, automatizar a iluminação, os ar-condicionados, os aquecedores, as TV’s, o
sistema de som, câmeras, equipamentos eletrônicos, e muitos outros. O uso dessa
tecnologia, pode facilitar ou até mesmo promover a autonomia para pessoas que
eventualmente tenha perdido ou nunca teve autonomia de execução em serviços do
cotidiano em suas casas.
A definição de domótica, é a utilização simultânea da eletricidade e das
tecnologias da informação no ambiente residencial, permitindo realizar a sua gestão, local
ou remota, e oferecer uma vasta gama de aplicações nas áreas de segurança, conforto,
comunicação e gestão de energia. (MARIOTONI et al., 2007).
Para Nunes(2002) entende-se que as características fundamentais de um sistema
inteligente, é de ter memória, noção temporal, fácil de interagir com o usuário e interagir
com todos os sistemas presentes no ambiente, bem como facilidade de reprogramação e
a capacidade de autocorreção.
35

A domótica ela não é pura e simplesmente um sistema integrado de tecnologias


dentro de uma residência. A domótica vai além disso, pois ela age como a residência
tivesse vida própria, onde ela é capaz de interagir, e gravar em sua memória essa
interação que tem com o usuário, tudo isso através de um sistema integrado inteligente,
onde faz com que o sistema entenda o comportamento dos usuários e interaja dentro
deles.

1.3.2 VANTÁGENS X DESVANTAGENS DO USO DA DOMÓTICA.

Segundo Teixeira (2015), na domótica é possível notar inúmeras vantagens e


poucas desvantagens, pois a tecnologia vem nos trazendo sempre inovação nas
atividades do nosso dia a dia, desde as mais simples como até as mais complexas, tais
quais os próprios seres humanos quem os faz, não tem a capacidade de fazer a atividade
do mesmo. Sair de casa e não ter a dúvida se deixou a luz da sala ligada, não ter a
preocupação de o gás da cozinha está vazando, é poder abrir e fechar janelas e cortinas
ao comando de sua voz, é ser notificado casa haja alguma atividade fora do normal em
sua casa. Essas são apenas algumas das vantagens da Domótica, é ter a certeza que ao
chegar em casa, terei a casa climatizada ao meu gosto, com o cheiro do café recém feito,
e ter acesso a minha residência através da minha digital ou de senha numérica, eliminando
a utilização de chaves.

Figura 10: Sistema integrado que pode ser controlado por um celular ou por uma central na residência.

Fonte:https://www.eztec.com.br/blog/domotica-o-que-e-e-como-ele-ajuda-no-conforto-e-seguranca-de-sua-
casa/ , 2022
36

Para a implantação da Domótica, o principal fato de ser considerado como


desvantagens é o alto valor para sua implantação.Maior parte de seus equipamentos são
de valores muito altos. Como forma de mitigar essa desvantagem, é implementar essa
nova tecnologia de forma parcial, podendo ser aplicado da forma em que o financeiro
permitir.

1.3.3 APLICAÇÃO DA DOMÓTICA PARA PESSOAS IDOSAS.

O ser vivo tem como ciclo de vida o nascer, o crescer, o amadurecer, em alguns
casos a procriação, e se tiver sorte, o ser vivo ele envelhece e morre. Por mudanças
alimentares, por mudanças de hábito de vida, um fenômeno vem acontecendo de impacto
mundial. Pois a expectativa de vida da população mundial está ficando mais velha, e esse
processo de longevidade não é mais um futuro, e sim um presente, uma realidade.
Com a elevação da longevindade da população, percebe-se que as pessoas não
se prepararam para esse fenômeno, por exemplo, não se constrói residências pensando
no envelhecer, atualmente as residências são pensadas com o perfil de um casal, com um
ou dois filhos, onde a disposição dos cômodos por muitas vezes é de circulações limitadas.
O mercado imobiliário vinha em uma crescente de condomínios clubes, onde os
apartamentos eram menores, porém com vastas possibilidade de lazer.
Quando a opção é de comprar um lote e construir uma residência, pensa-se logo
em uma casa bonita, com um designer chamativo, e por muitas vezes esquecem da função
principal: “o morar”. Poucas são as construções que inicialmente são pensadas no idoso,
ou na idade idosa, pois no ato da construção, parece ser algo muito distante, e por muitas
vezes negligenciam o fato de envelhecer.
Porém a idade chega, e com ela as mudanças, as reformas, coisas simples, como
uma porta com vão livre maior, que poderia ser pensado a mais tempo, ela agora se torna
necessário um banheiro com a circulação mais limitada, poderia ter pensado em uma
circulação melhor no passado. As reformas tornam o processo de envelhecer mais caro.
37

Figura 11: Idoso fazendo uso do sistema de automação residencial.

Fonte: https://www.smartouch.com.br/beneficios-da-automacao-residencial-para-idosos/ , 2022


O processo de implementação da domótica ele vem trazer de volta, ou em alguns
casos, trazer pela primeira vez a autonomia de executar determinadas funções, que
pareciam ser de tão simples execução no passado. Levando em consideração que cada
pessoa leva um estilo de vida diferentes uns dos outros, e que o que um idoso pode vir a
passar, não serve de regra para que outro idoso tenha a mesma problemática, vamos
pensar o que naturalmente acontece com o corpo do ser humano com o passar dos anos.
Com o avançar da idade, o idoso vai ficando mais limitado de executar determinadas
tarefas. Outro agravante é o surgimento de doenças crônicas, que podem acometer o
idoso com o passar da idade.
É interessante ressaltar que quedas entre idosos é atualmente a maior causa de
acidentes domésticos, e que com o passar dos anos, esse risco de quedas aumenta muito
mais. Um fator importante é que, idosos que já sofreram uma queda, tem mais
probabilidade de cair novamente no período de um ano do acidente inicial, e esse fato se
dá pelo medo de se acidentar novamente. Por ter medo de sofrer outra queda, o idoso
passa a andar de forma mais lenta, onde por muitas vezes envergando o corpo, e com o
passar do tempo, a postura envergada passa a fazer parte da vida do idoso, no qual
compromete a coluna, e prejudica a locomoção, com isso, aumenta mais ainda a
possibilidade de outra queda nesse idoso. Isso se torna um ciclo, onde ao sofrer a primeira
queda, o idoso busca artifícios para impedir a queda novamente.
O dado acima citado é interessante, pois com o auxilio da domótica, o idoso pode
ter de volta a segurança do caminhar, pois nos cômodos de maior permanência deles,
podem ser instalados detectores de queda, onde caso o idoso caia, ele pode acionar um
38

equipamento que emitir sinais sonoros para um receptor. Esse dispositivo pode está no
ambiente, ou até mesmo no pulso do usuário. Também existe relógios “smart watch”, onde
podem além de informar a hora, pode informar a pressão e o batimento cardíaco do idoso,
como também através do gps, caso o idoso mude de direção bruscamente, ou até mesmo
modifique a altura bruscamente, o relógio entrará em contato com um número de
emergência, onde pode ser um parente próximo, informando que o idoso se acidentou.
O ato de levantar a noite e ir ao banheiro, pode oferecer um risco de queda muito
grande, principalmente se tiver barreiras físicas no caminho, com isso, utilizar balizadores
ou rodapés iluminados atualmente podem deixar de ser um item de decoração e passar a
ser um item de acessibilidade. Para tal função, a domótica pode auxiliar ao idoso com
balizadores acionados por detector de presença, onde ao perceber a movimentação do
usuário, o acionador ligará os balizadores que iluminará o caminho até ao banheiro. Esse
processo pode ser executado também com dispositivos de acionamento por voz, onde o
idoso aciona as luzes para ser ligadas. Em caso do idoso ser deficiente auditivo ou tenha
sua voz comprometida, parcial ou totalmente, esse acionamento por voz pode ser
substituído por sensor de presença, se for o caso.
A domótica pode auxiliar muito na vida do idoso, trazendo muito mais segurança
no imóvel em que mora. Para a implementação de alguns equipamentos, em sua maioria
das vezes, não necessita de reformas físicas muito grandes, por vezes, essas reformas
são nenhuma. Para a inteligência da casa, podemos aliar o acionamento por interações
com o auxilio da internet, como por vezes esse acionamento não necessitara de nenhuma
conexão, utilizando acionadores por movimento, se for o caso. O importante é entender
que as automações não são executadas de forma padrão, cada caso é um caso, cada
necessidade responde com uma automação. Primeiro é importante conhecer a rotina do
usuário e conhecer a sua interação com o ambiente, para que assim a domótica seja
moldada para sua necessidade.
39

2. METODOLOGIA DA PESQUISA
(FEITO E ENVIADO PARA O ORIENTADOR).
2.1 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO MÉTODO

O estudo desenvolvido pode ser caracterizado como descritivo e exploratório.


Para levantamento de dados quantitativos e qualitativos, inicialmente traçaremos o perfil
de usuário a ser estudado. Como estamos tratando de pessoas idosas, a primeira
característica que os usuários terão, é o fato de ter mais de 60 anos. Inicialmente as
informações serão extraídas em uma roda de conversa, o referido método de extração de
informações foi escolhido para coletar de forma mais dinâmica informações dos usuários,
de como é a relação com suas residências.
Uma segunda etapa será aplicada, um questionário que busca entender como
os usuários desempenham as funções do cotidiano, se eles encontram dificuldade de
desempenhar alguma atividade que executavam antes e em função da nova idade, eles
encontram determinada dificuldade em executar. Com essa base de dados, teremos
informações suficiente para verificar propor adequações de acessibilidade fisica e em que
a domotica poderá auxiliar nas tarefas do cotidiano do idoso.
Para o estudo de caso direto, a primeira etapa será a roda de conversa com a
usuária do imóvel, para conhecer um pouco de sua rotina no imóvel e quais áreas da
residência possui maior uso da mesma. Após essa conversa, será feito o levantamento
arquitetônico do imóvel, onde com o projeto em mãos, será feito uma análise criteriosa na
edificação para que possamos ver quais são as maiores áreas de risco para o usuário e
quais intervenções (com um olhar inicialmente voltado para a acessibilidade) serão
necessárias para promover mais segurança e autonomia para a proprietária do imóvel.

2.2 APLICAÇÃO DE CHECK LIST DE ACESSIBILIDADE

Será necessário a aplicação de check-list no imóvel para observar questões de


acessibilidade, como acessos, desníveis, mobiliário que possa comprometer a
movimentação da usuária pelo imóvel, composição do banheiro, altura dos equipamentos
sanitários, como estão dispostos os móveis na cozinha, se oferecem risco para a usuária,
dos móveis soltos, se existe algum que ofereça risco de queda.
Com base em todos esses dados acima citados, e com base no levantamento
da planta do imóvel, iremos apontar quais pontos são mais críticos para o usuário, e com
40

base nessas informações, propor intervenções mitigadoras referentes a esse ponto


crítico, e nesse momento, o olhar é todo voltado para a acessibilidade e o conforto
ergonômico do usufrutuário. Após esta etapa, iremos observar quais modificações do
mobiliário existente se faz necessário para que o morador não corra nenhum risco de
acidentes.
Como última intervenção na residência, será proposto algumas soluções em
domótica para que seja aplicado diretamente no imóvel, utilizando de controle por
comando de voz para executar determinadas atividades, utilização de sensor de presença
para evitar acidentes do escuro, acionar equipamentos a distância, sistema de
monitoramento inteligente, dentre outras automações.

2.3MAPEAMENTO DOS PONTOS CRITICOS DE


ACESSIBILIDADE

Em acordo com a pesquisa descritiva, este levantamento buscará a


descrição das características das tecnologias para automação residencial. Paraisto,
realizou-se pesquisa eletrônica para levantamento dos dados. Essa pesquisa se deu
através de sites de fabricantes e home page de lojas revendedoras

2.4 OBJETIVOS A SER ATENDIDOS

Nesta pesquisa o mapeamento foi realizado tendo como foco estratégico:

 Conhecer e identificar quais tecnologias podemos aplicar na


domótica co foco principal na pessoa idosa;
 Conhecer e identificar as principais áreas que essas tecnologias
podem ser aplicadas;
 Comparar os dados obtidos aos dados dos questionários.

3.5 CONHECENDO FABRICANTES

Nesta pesquisa eletrônica, pesquisaremos os ítens necessários para a


aplicação da domótica, sem destinção de custos ou marcas, onde o objetivo á o
resultado obtido. Conhecer a fundo os equipamentos que possamos propor como
soluções em domótica, e analisar quanto ao funcionamento dele se está dentro das
espectativas iniciais para o projeto.
41

3. ESTUDOS DE REFERÊNCIA
(FEITO – CORRIGIDO PELO ORIENTADOR).

O seguinte trabalho possuí três projetos como estudos de referências indiretas.


Todos os três estudos são a níveis nacionais, onde o primeiro, o estudo de caso é o caso
de uma senhora idosa, onde a domótica foi implementada e obteve resultados positivos.
O segundo estudo de caso é de uma empresa que já trabalha com a implementação da
domótica, cujo público alvo são os maiores de 60 anos. O terceiro estudo de caso é de um
projeto de residências voltados para o público maior de 60 anos, onde acolhe idosos que
tenham renda menor de 02 salários mínimos.

3.1 DOMÓTICA NO QUARTO DA DONA AMÁLIA.


(FEITO – CORRIGIDO PELO ORIENTADOR).

Dona Amália é uma senhora de 92 anos, que com o passar dos anos foi
diagnosticada com algumas doenças crônicas, dentre essas doenças, o Alzheimer2, que
é uma doença que compromete memórias recentes do portador. Memórias do passado,
como nome, algumas informações de infância, adolescência, inicio de vida adulta são
presentes na memoria do portador dessa doença, porém lembrar de coisas do cotidiano,
tais como o que almoçou ou jantou, isso fica comprometido a depender do estado da
doença, o acometido não reconhece a sua imagem refletida no espelho.
Por essas condições de saúde, dona Amália passou a morar na residência de um
dos seus filhos, na cidade de Campinas/SP. A residência não estava preparada para o
recebimento de uma idosa, muito menos com as condições de memória de dona Amália,
onde pela idade, possui o seu físico pouco comprometido pela idade, e uma locomoção
lenta. Algumas adaptações tiveram que ser feitas, como cobrir a piscina, que a dona
Amália carinhosamente chama de cisterna e não deixa ninguém entrar.
Dona Amália dorme no quarto com seu neto o Raul Junior, onde o mesmo teve
que se adaptar a essa nova realidade. Em um relato feito em forma de video produzido
em seu canal, em uma rede de videos na interner, pelo seu neto, o Raul mostra como era
a rotina da idosa ao acordar e como ela é atualmente, após ter executado algumas das
soluções em domótica. Como grande parte dos idosos, dona Amália tem hábitos muito

2
A doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo. Dito de forma mais
simples, é a morte de células cerebrais, que leva a um tipo de demência com redução da
capacidade cognitiva.
42

diurnos, pois ela acorda muito cedo, por volta das 5:00 da manhã a idosa despertava,
ficava falando só, muitas vezes cantando, chamando a atenção do seu neto e
consequentemente acordava ele também. Diariamente ele tinha essa rotina de acordar
cedo, mesmo tendo a obrigação de acordar apenas as 7 horas da manhã pra ir trabalhar.
Para sanar essa situação, a família da dona Amália buscou na domótica a solução,
pois, após a utilização da automação do quarto no qual ela dorme, a idosa passou a ter
um sono mais tranquilo e acordar de forma mais agradável. Um dispositivo de comando
de voz foi instalado ao lado da cama da dona Amália, por tanto, caso necessite de alguma
iluminação mais baixa para que ela vá ao banheiro, caso necessite, por comando de voz
ela pode ser acionada. Balizadores com sensor de presença pode ser acionado cada vez
que ela se levante para ir no banheiro, com isso, o trajeto até lá será clareado, impedindo
que a idosa venha a bater em algum outro móvel.
Outras rotinas foram integradas no quarto, quando está próximo da hora de
despertar, o ar condicionado do quarto vai aumentando a temperatura, para que fique
agradável ao acordar. Outra rotina que foi criada é o acender das lâmpadas, as 5:00hs as
lâmpadas do quarto acendem de forma bem leve, onde clareia o quarto bem pouco, e com
o passar de alguns minutos pré-programado, a iluminação ela vai aumentando, até ficar
em sua totalidade antes das 7 da manhã. No mesmo momento que as lâmpadas ligam
fraquinho as 5:00 horas da manhã, também bem baixinho é ligado a musica que a dona
Amália mais gosta, e com isso, vai tocando uma playlist de musicas de seu tempo
adolescente. Por volta das 6:00hs da manhã, a tv do quarto liga, e sintoniza exatamente
no canal preferido da idosa, onde ela gosta de assistir suas missas, visto que grande parte
dos idosos são muito religiosos.

Figura 12: Conjunto de equipamentos para implementação da domótica.

Fonte: google, 2022.


43

Todas essas rotinas de aumentar a temperatura do quarto em horário programado,


acionar luzes em horário programados para ligar e dimerizar, de forma fraquinha e ir
ganhando potência com passar dos minutos, tocar a musica preferida para agradar a
usuária e por fim ainda ligar a tv no horário do terço rezado pela tv, faz com que dona
Amália desperte de forma menos agitada, e que seu dia seja mais tranquilo, e seu neto
poder usufruir um pouco mais alguns minutos de sono e a idosa não se sentir só.

Figura 13: Dispositivo Alexa na mesa de cabeceira da senhora Amália, equioamento responsavel por parte
da automação do quarto.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ZS_Z72JHLhY&t=359s

Com isso, podemos observar que a domótica pode auxiliar na melhoria da


qualidade de vida do idoso, bem como observar a importância para a integridade física da
dona Amália para o momento que ela necessita de ir ao banheiro, para isso, o auxilio de
balizadores são importantes, principalmente que as 92 anos a vista já está bem cansada
e comprometida, e essa claridade no caminho do banheiro, faz com que o idoso tenha
mais segurança em caminhar e não prenda a vontade de ir no banheiro, que pode
desencadear algum problema futuro.
44

Figura 14: Dispositivo de balizamento, com sensor de presença, ligado diretamente no ponto de tomada,
sem necessidade de prévia instalação.

Fonte: https://www.larpontoi.com/, 2022

Além do mais, foram instaladas câmeras que podem ser observadas através de
aparelhos móveis, mesmo remotamente, e em caso de necessidade, as câmeras também
enviam mensagens de voz, onde o usuário do sistema pode conversar com o idoso por
chamada de voz, mesmo estando em lugares diferentes, com o auxílio da internet.
Com isso, todos esses equipamentos instalados, todas essas programações feitas
foram necessárias para que houvesse uma melhoria na vida tanto do idoso, que tem suas
tarefas do dia a dia facilitada, quanto da família do idoso que tem mais tranquilidade em
sempre está de olho no que o mesmo anda fazendo, se ele está bem, cuidar de sua
integridade física e mental.

3.2 EMPRESA LAR.i


(EM ANDAMENTO – CORRIGIDO PELO ORIENTADOR)

“Enxergamos um mundo onde as pessoas podem escolher o melhor ligar


onde querem envelhecer”. Essa é a Visão da empresa LAR.i, uma empresa que
criada no ano de 2020, no qual é sediada na cidade de São Paulo, e o foco do
trabalho deles é a adaptações de residência com ênfase no público da longevidade,
devolvendo o prazer e segurança na sua morada.
O imóvel tem o seu valor para o proprietário, e não é um valor financeiro, é
a lembrança dos filhos pequenos correndo pela casa, são as risadas e momentos
felizes vivenciados no imóvel. Esse é o principal motivo para os idosos se recusarem
por muitas vezes, de sair de casa para ir morar em imóveis mais adaptados. São em
45

situações como esta que a LAR.i é chamada. Eles são uma empresa voltada para o
público idoso, no qual oferece serviços de adaptações e adequações dos imóveis,
para que o idoso que ali reside, tenha mais autonomia e segurança para
desempenhar atividades do dia a dia.
A proprietária da empresa teve seus pais simultaneamente diagnosticados
com câncer, onde enfrentaram juntos o tratamento ao longo de 14 meses, e enfrentar
esse momento com os pais, que tinham uma vida bastante ativa, e experenciar os
mesmos em uma forma mais fragilizada e dependente em função do tratamento, fez
a sócia visualizar o idoso de forma diferenciada, pois ela estava vendo a dependência
de seus pais para executar tarefas simples do cotidiano. Sua mãe está livre dessa
doença, seu pai não resistiu, porém toda essa experiencia vivenciada serviram para
que a mesma destinasse toda a sua dedicação para melhoria na qualidade de vida
do idoso.

Figura 15: Logomarca da empresa.

fonte: https://www.larpontoi.com/

Os sócios são um casal de engenheiro, a sócia é mais voltada para os


assuntos recorrentes a acessibilidade, e o sócio, onde por mais que sua formação
seja em engenharia civil, ele tem uma experiência em TI., automação. Uma junção
perfeita, que une a acessibilidade e a automação residencial.
O foco principal da empresa, é trazer soluções de automação residencial,
junto com acessibilidade, para devolver ao idoso a segurança muitas vezes de
circular pela sua própria casa. Seu serviço vai de análise e adaptação da residência,
no que diz respeito a acessibilidade, onde eliminará com reformas, ou até mesmo
com algumas adaptações a residência, para minimizar riscos de acidentes entre os
idosos.
46

Essas adaptações estão por muitas vezes na organização do layout interno


do imóvel, eliminando obstáculos físicos para o idoso, desde a fixação de tapetes
(quando o idoso faz muita questão de que o item permaneça no imóvel), quando o
piso é muito liso, a colocação de fitas antiderrapantes, eliminação de quinas vivas,
regular altura de camas, TVs, prateleiras, bancadas, dentre outros móveis. Também
é promovido adaptações, e uma das principais mudanças que os idosos buscam, é
a do banheiro adaptados, onde dependendo da necessidade do idoso, ele terá uma
adequação diferenciada.
Vale salientar que a Norma de Acessibilidade, a NBR 9050, em todas as
suas versões, ela é obrigatória a sua plena execução em ambientes de uso coletivo,
independentemente de ser público ou privado. Quando se utiliza a NBR 9050 em
ambientes domésticos, podemos adaptar a necessidade do usuário. A empresa foi
solicitada para fazer a adaptação de um banheiro de uma idosa de mais de 90 anos,
a mesma solicitou que o banheiro tivesse box, porém que ela futuramente pudesse
entrar com uma cadeira de banho móvel.
Pela necessidade da usuária, foram utilizadas mais barras de apoio que os
solicitados por norma, porém na parte do banho, foi dispensada a cadeira articulado,
item que para banheiro de uso coletivo seria obrigatório, para uso doméstico nesse
caso foi dispensado. Para que a usuária pudesse adentrar com uma cadeira de
rodas, o box teve sua calha embutida no piso. Com esse exemplo pode-se ver que
os projetos de acessibilidade para idoso tem que ser avalizado caso a caso, onde
em algumas situações podem utilizar conceitos da norma adaptando ao idoso.
Com relação a algumas adaptações, elas podem ser executadas sem
quebra, quebra. Com o auxílio da domótica, a LAR.i consegue deixar o ambiente
mais inteligente, onde por muitas vezes sem impacto de obras, utilizando apenas
itens e equipamentos eletrônicos que promovam mais autonomia aos idosos.
Controle de iluminação, controle de temperatura, controle de abertura de janelas e
persianas por comando de voz, bem como acionar equipamentos eletrônicos
também por comando de voz, trazem ao idoso um conforto muito grande, pois
eliminam muitas vezes a dependência desse usuário em terceiros.

O serviço ofertado é executado da seguinte forma


47

ENTREVISTA: nessa etapa, é feito uma entrevista bem detalhada com o


cliente, para entender toda sua jornada dentro do imóvel, e após coletar todas as
informações do usuário, a etapa seguinte é conhecer o ambiente a ser adaptado, ver
quais implicações esse ambiente tem e começar a pensar como será a adaptação
do mesmo.

ENTREGA DO PROJETO: na etapa de entrega do projeto, é entregue para


o cliente um texto explicando toda e qualquer modificação feita, e qual o seu motivo,
vale salientar que as modificações são sugeridas. Junto ao texto, é entregue o
desenho com os materiais a ser empregado na adaptação. Nessa etapa de projeto,
a empresa também entrega um orçamento para a obra, caso seja executada por
eles.

Figura 16: Evolução de um projeto de adaptação em acessibilidade para um banheiro de um idoso

Fonte: https://www.larpontoi.com/ , 2022

EXECUÇÃO: após a aprovação do projeto, é o momento da execução, onde


a empresa vai no cliente e executa as modificações, adaptações ou implantação.
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Vale salientar que essas adaptações podem ser física, modificando a estrutura
original do imóvel, ou ela pode ser implantação de sistema de automação, onde por
muitas vezes pode ser uma adaptação sem obra ou com pouca obra.

Figura 17: Antes e depois de um projeto de execução de um projeto para um idoso.

Fonte: https://www.larpontoi.com/ , 2022.


As etapas de entrevistas e projetos podem ser feitas para toda a parte do
Brasil, pois podem ser feito de forma virtual. Com isso, caso o idoso de outro estado
sem ser o de origem da empresa, pode contratar para que o projeto seja adaptado
na sua realidade.

3.3 RESIDENCIAL CIDADE MADURA

(EM ANDAMENTO – CORRIGIDO PELO ORIENTADOR).

O estudo de referência indireto consiste em uma análise de forma não


presencial. O principal objetivo é ánalisar um projeto de politicas habitacionais, voltada
para o público de renda de até dois salários minimos, Projeto apresenta casas
adaptadas de acordo a NBR 9050 com um olhar voltado para o idoso.
O envelhecer não é algo barato, não são muitos Brasileiros que tem a
49

oportunidade de ter um envelhecimento confortável e tranquilo. Com o passar da idade


muitas doenças crônicas acometem o idoso, que, quando aposentado, tem parte de sua
renda fixa comprometida. Para agravar a situação do idoso, a moradia dos mesmos, por
muitas vezes não estão preparadas para atender as necessidades ambientais de uma
pessoa idosa. Nem todos os idosos podem ou querem viver em casas de acolhimento ao
idoso, abrigos de idosos ou moradias similares.
O que falta em partes das cidades dos Brasil é uma politica pública voltada para
a pessoa idosa, que garantam atendimento médico, moradia e lazer, ao mesmo tempo
que promovam acolhimento, segurança e autonomia. O governo do estado da Paraíba,
pensando na população idosa, por meio de um programa social, criou um programa
habitacional voltado apenas para o público idoso chamado “Cidade Madura”.

Figura 18: Masterplan do primeiro empreendimento do Cidade Madura.

Fonte: https://revistas.pucsp.br/kairos/article/view/47294, 2019

O Cidade Madura surgiu com a necessidade de acolher uma população idosa,


inicialmente da cidade de João Pessoa, onde através de um terreno cedido pelo governo
do estado, fizeram um condomínio onde abriga apenas pessoas idosas, dando moradia
segura e adaptadas para receber pessoas maiores de 60 anos. Todo o condomínio foi
criado com o olhar voltado para pessoa idosa. Inicialmente foi criado na cidade de João
Pessoa, e depois replicados em cidades como Campina Grande e Patos, por exemplo. O
projeto já se tornou modelo para que seja replicado em outros estados
Para poder residir em uma das casas do condomínio, o idoso tem que atender a
alguns requisitos: Ser maior de 60 anos, ter cônjuge ou não, com renda familiar não
50

superior a dois salários mínimos, não morar com a família, e ter condições de residir
sozinho. Ao atender todos esses pré-requisitos, o idoso teria a conceção de morar
enquanto vivo, em uma residência adaptada conforme a NBR 9050, e ter em seu convivo
pessoas com a mesma característica. Em caso de seu falecimento, o imóvel no qual o
idoso ocupava será repassado para outro idoso que atendam todos os pré-requisitos
acima citados. Em caso do idoso ou idosa ser casado, se seu cônjuge for igualmente
idoso, será mantido a conceção da residência, porém, caso o cônjuge for menor que 60
anos, terá que deixar a residência que será concedida para outro idoso que atendam os
requisitos.

Figura 19: Fachada frontal da residência em que acolhem os idosos.

Fonte: https://revistas.pucsp.br/kairos/article/view/47294 , 2019

As casas estão situadas em um condomínio todo pensado no idoso, com serviços


essenciais próximos, calçadas regulares, livre de trepidações, com altura adequada,
centros de convivência, e praças com academia ao ar livre. Os acessos as residências
possuem barras e rampas, que facilitam ao idoso de acessar as residências. Por ser um
condomínio de regime fechado, o idoso pode promover a interação com seus vizinhos
que são igualmente idosos, e ficar na calçada de sua residência conversando, tomando
um café da tarde, ou interagindo de forma satisfatória.
As residências são geminadas, com plantas imediatamente espelhadas. Como a
moradia será para um idoso ou no máximo um casal de idosos, a mesma possui apenas
um quarto, banheiro adaptado, uma sala de estar e jantar, cozinha e área de serviço,
conforme imagemm XX. Na parte frontal da casa possui uma área (antes da entrada da
residência) e um acesso principal. No acesso principal, para vencer o desnível para
51

acessar a residência, o mesmo é rampado.

Figura 20: Planta baixa das residencias que recebem os idosos que fazem parte deste programa.

Fonte: https://revistas.pucsp.br/kairos/article/view/47294 , 2019

As residências são padronizadas, com as mesmas características, independente


de qual é a condição física do idoso, os banheiros possuem barras e acento para banho,
conforme a NBR 9050. As adaptações podem atender a necessidade de alguns idosos,
porém para outros moradores poderiam ser necessário outras adaptações, porém como
o imóvel é uma conceção, os mesmos ficam impossibilitados de modificar o imóvel.
Com isso observamos que é possível promover politicas públicas voltadas para
os idosos, e principalmente ter uma moradia que pense em todas as suas necessidades,
desde as do ato de morar, lazer e interação com pessoas da mesma faixa etária, acesso
a serviços de saúde no próprio condomínio, bem como poder gozar de um envelhecer de
forma prazerosa.
52

4. ESTUDOS DE CASO

(NÃO INICIADO).

4.1 ESTUDO DE CASO DIRETO

4.1.1ESTUDO DE CASO 01 -

(NÃO INICIADO).

4.2 ESTUDO DE CASO INDIRETO

4.2.1 ESTUDO DE CASO 02

(NÃO INICIADO).

4.2.2 ESTUDO DE CASO 03

(NÃO INICIADO).
53

5. ANÁLISES E RESULTADOS

(NÃO INICIADO)

5.1 RODAS DE CONVERSA


(NÃO INICIADO)

5.2 APLICAÇÃO DE CHECK LIST


(NÃO INICIADO)

5.3 ANÁLISE DO AMBIENTE


(NÃO INICIADO)

5.4 RESULTADOS OBTIDOS


(NÃO INICIADO)
54

6. CARTILHA DE RECOMENDAÇÕES

(INICIADO – CARTILHA QUE SERÁ RECOMENDADO SOLUÇÕES EM


ACESSIBILIDADE E DOMÓTICA PARA OS IDOSOS, VISANDO OFERECER AOS
MESMOS, MAIS SEGURANÇA E AUTONOMIA EM SUA PROPRIA RESIDÊNCIA –
INICIADO O ESBOÇO DA CARTILHA).
55

7. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS

(INICIADO – ENVIADO PARA O ORIENTADOR)

A elaboração deste Trabalho de Conclusão de Curso iniciou com a escolha do


tema, onde observei que uma idosa bem proxim a mim, reclamava de dores no corpo,
onde acreditava ser em função da altura da TV. Ao chegar em sua residência, observei
que com o passar dos anos, nada havia mudado, mesma mobilia, no mesmo canto,
muita mobilia com quina viva, muitas vezes dispostas em locais que dificultavam a sua
locomoção e oferecem grandes riscos de cair. Quanto a situação do corpo doer, é que
ela perdeu um pouco da capacidade auditiva, por tanto, para assistir a TV, ela deslocava
o corpo para frente, ficando sem uma postura adequada.
Com essa situação eu consegui observar que uma modificação no layour de
sua residência, faria minimizar os riscos de acidentes, que pequenas intervenções no
mobiliario, como a proteção das quinas vivas, evitariam da idosa de se machucar, que
recomendar soluções em domótica, além de trazer mais autonomia, ainda promoveria
mais segurança em sua residência.
A pesquisa foi iniciada com a busca de literaturas acadêmicas relacionadas ao
tema, onde foi aprofundado mais as informações a respeito dos temas: Idosos,
Acessibilidade e Domótica, que são as 03 (três) palavras chaves desse trabalho de
conclusão. Foram encontradas literaturas com referência aos temas de forma individual,
onde um artigo falava de idosos e envelhecimento populacional, outro artigo falava do
uso da acessibilidade, e assim sucessivamente. É bem mais comum encontrar temas
co-relacionados tais como: acessibilidade e idosos, o tema domótica foi estudado de
forma separada, onde o maior desafio encontrado é visualizar co-relações entre os três
temas. Mediante todo o conhecimento adquitido, através da pesquisa bibliográfica, está
sendo possivel fazer com que as três palavras chaves conversem entre si, para isso, foi
necessário um olhar amplo e multidisciplinar com relação ao tema.

Como, o objetivo geral é conseguir apresentar orientações de como aplicar


acessibilidade e domotica para contribuir na melhor acessibilidade para pessoa idosa.
Para embasar o objetigo geral deste trabalho, tivemos alguns objetivos específicos: a)
entender o perfil da pessoa idosa; b) Compreender os problemas enfrentados pelos
idosos para realização das tarefas do cotidiano em suas residências; c)identificar
lacunas das tecnologias de automação residencial que podem contribuir na solução
dos problemas de acessibilidade vivido pelos idosos; d) Aprofundar conhecimento em
56

layout residencial com foco no idoso, para que possamos promover mais autonomia e
segurança em suas residências; Por fim, e) Elaborar um cartilha que auxiliará ao layout
da residência, com intuito a promover mais autonomia e evitar acidentes com o idoso.

O referido trabalho encontra-se em processo de construção, sendo parte da


etapa avaliativa da primeira unidade, o mesmo ainda passará por uma maturação de
seu conteúdo. Para embasar os resultados esperados, teremos 03 (três) estudos de
caso, onde iremos conhecer as necessidades dos idosos, os estudos serão na reigão
metropolitana de Natal. Serão idosos em faixas etárias diferentes, com necessidades
bem diversificadas, que dará um conhecimento mais aprofundado do envelhecer. E
com esses resultados obtidos é que serão propostas soluções de acessibilidade e
domótica para mitigar as necessidades especificas.

Contudo, espero que esse trabalho venha enriquecer ainda mais o meu
conhecimento em acessibilidade, bem como com relação a domótica, onde é um campo
de conhecimento muito novo e fascinante para mim. Porém o que mais busco ao
estudar mais o tema e até mesmo espero que ao concluir esse trabalho, o meu olhar
com relação a arquitetura seja mais humanizado e não somente técnico, que eu
continue projetando com carinho e atenção, visando a segurança e o bem estar do
meu cliente.

Espero que com os resultados obtidos ao final dessa pesquisa, venha


contribuir para comunidade acadêmica, e que seja dispertado o interesse em projetar
não somente para atender as necessidades do presente, e sim, projetar olhando para
o futuro, visualizar que o imóvel envelhece junto com o morador, com isso, desde já,
projetar pensando em vãos de circulação mais livres, portas mais adequadas, evitar
desníveis, escolher cor e texturas de revestimentos adequados para cada tipor de
ambiente, dentre outras soluções, isso é projetar pensando no futuro. Espero que com
esse trabalho, a comunidade acadêmica possa beber mais desse campo de
conhecimento.

Por fim, espero que o referido trabalho venha auxiliar futuramente a muitas
pessoas, para que elas possam usufruir mais de suas residências, sem medos: sem
medo de escorregar e cair, sem medo de passar por uma mobilia e se machucar, sem
medo de subir ou descer algum degrau, enfim, espero que com todas as
recomendações apresentadas, o idoso possa se sentir mais seguro e executar suas
atividades de forma mais autônoma.
57

REFERÊNCIAS

(FEITO E ENVIADO PARA O ORIENTADOR).


ABNT. Associação Brasileia de Normas Técnicas. NBR 9050: Acessibilidade a
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Associação Brasileira de
Normas Técnicas Rio de Janeiro: ABNT, 2020, 161p.

______. Lei n. 10.098 de 19 de dezembro de 2.000. Estabelece normas gerais e


critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida, e da outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10098.htm>. Acesso em: 22 jul. 2022.

______. Lei n. 10.741 de 1º de outubro de 2.003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e


da outras providencias. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm>. Acesso em: 22
jul. 2002.

PARAÍBA (Estado). Lei nº. 11.260, de 30 de dez. de 2018: Dispõe sobre o Programa
Habitacional Cidade Madura, João Pessoa, PB, dez 2018. Disponível em: <
http://static.paraiba.pb.gov.br/2019/01/Diario-Oficial-30-12-2018-Total.pdf> Acesso em
15 Ago. 2022

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Brasileiro


de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.

TEIXEIRA, Álvaro José Carvalho. Casas inteligentes: adaptação desta tecnologia para
deficientes e idosos, Universidade do Porto Faculdade de Engenharia Departamento de
Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Tese de Mestrado em Engenharia
Eletrotécnica e de Computadores, 4 de agosto de 2015

DANTAS FILHO, Carlos Alberto. Et al. Domótica como auxílio para pessoas com
deficiência e idosos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano
06, Ed. 04, Vol. 02, pp. 118-131. Abril de 2021.
58

AURESIDE, Associação Brasileira de Automação Residencial. Relatório Especial: O


Mercado de Automação Residencial, 2012.

SILVA, Amália Tereza. NOSSA CASA É INTELIGENTE! QUE INCRÍVEL! Cuidado


com idosos!. YouTube, 2020 em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZS_Z72JHLhY&t=359s . Acesso em: 05 de
setembro de 2022.

TECNOBLOG. LAR.i: Sua independência em casa, c2020. Página inicial. Disponível


em: < https://www.larpontoi.com/ >. Acesso em: 05 de set. de 2022
59

APÊNDICE

(INICIADO – ENVIADO PARA O ORIENTADOR).

APÊNDICE 01 - ESBOÇO DA CARTILHA DE RECOMENDAÇÕES DE ACESSIBILIDADE E


SOLUÇÕES EM DOMÓTICA.
60

ANEXOS

(NÃO INICIADO).

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