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IES – INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

JESSICA ANTONIOLI MORARI

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO EDUCACIONAL E CLINICA

VOTUPORANGA - SP
2023
JESSICA ANTONIOLI MORARI

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO EDUCACIONAL E CLINICA

Monografia apresentada à Instituição de ensino superior


como requisito parcial para obtenção título de
Especialista do Programa de Pós-graduação em
Psicopedagogia Institucional e Clinica.

Orientadora: Profª Karen Karolina Pereira Kuhn

VOTUPORANGA - SP
2023
Catalogação na publicação
Serviço de Documentação Universitária

MORARI. Jessica Antonioli - O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO

EDUCACIONAL E CLINICA / Jessica Antonioli Morari


–– Votuporanga – SP, 2023. 40 p.; 30 cm. Monografia – Instituição
de ensino superior, Pós em Psicopedagogia Institucional e Clinica.

Orientador: Prof.ª Karen Karolina Pereira Kuhn

1.Ensino.2. Aprendizagem.3. Psicopedagogo.


FOLHA DE APROVAÇÃO

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO EDUCACIONAL E CLINICA

JESSICA ANTONIOLI MORARI

Monografia apresentada à Instituição de ensino superior


como requisito parcial para obtenção título de
Especialista em Psicopedagogia Institucional e Clinica.

Aprovada em: ___/___/2023

Examinadores:

___________________________________________
Prof. Coordenador

___________________________________________
Prof. Orientador

___________________________________________
Prof. Co-Orientador
5

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, a minha família que me apoiou


em todos os momentos de minha jornada, na busca
pelo aprimoramento do meu conhecimento.
6

AGRADECIMENTOS

A Deus, pela minha vida, e por me ajudar a


ultrapassar todos os obstáculos encontrados ao
longo do curso. Aos meus familiares, que me
incentivaram nos momentos difíceis e
compreenderam a minha ausência enquanto
dedicava aos estudos. Os professores, pelos
ensinamentos.
7

EPÍGRAFE

Eduque-o como quiser; de qualquer maneira há-de


educá-lo mal.
Sigmund Freud...
8

RESUMO

MORARI. Jessica Antonioli. O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO EDUCACIONAL E


CLINICA. 2023, 40 f. Monografia – em Psicopedagogia Institucional e Clinica – IES –
Instituição de ensino superior –, 2023.

Este artigo tem por objetivo verificar a participação do psicopedagogo na educação


dentro da escola. A partir da pesquisa descritiva e exploratória buscou-se maior
familiaridade com o problema para aprofundar a descrição de determinada realidade
e as peculiaridades sobre alunos com dificuldades dentro das escolas, com base na
confiabilidade do autor e ano de publicações mais atuais. O estudo relaciona em seu
desenvolvimento considerações sobre a inclusão do aluno com dificuldades
educacionais e a prática pedagógica com este aluno a partir da bibliografia
selecionada. O psicopedagogo orienta alunos que possuem dificuldades nos
processos de desenvolvimento e aprendizagem que demandam na investigação e
discussão que levam a repensar no processo de sua educação sob intervenção
pedagógica. Nesse ínterim, o estudo destaca a contribuição do psicopedagogo que
está capacitado para desenvolver atividades que estimulem as funções cognitivas
desses alunos trabalhando sua questão afetiva e social que resultam na construção
de sua independência e autonomia.

Palavras-chave: Ensino; Aprendizagem; Psicopedagogo


9

ABSTRACT

Morari. Jessica Antonioli.THE ROLE OF THE EDUCATIONAL


PSYCHOPEDAGOGY IS CLINIC. 2023, 40f. Monograph – in Institutional
Psychopedagogy – IES – Higher Education Institution –, 2023.

This article aims to verify the participation of the psychopedagogist in education


within the school. From the descriptive and exploratory research, a greater familiarity
with the problem was sought to deepen the description of a certain reality and the
peculiarities of students with difficulties in schools, based on the author's reliability
and the year of most current publications. The study relates in its development
considerations about the inclusion of the student with educational difficulties and the
pedagogical practice with this student from the selected bibliography. The
psychopedagogist guides students who have difficulties in the development and
learning processes that demand research and discussion that lead to rethinking the
process of their education under pedagogical intervention. In the meantime, the study
highlights the contribution of the psychopedagogist who is able to develop activities
that stimulate the cognitive functions of these students working on their affective and
social issues that result in the construction of their independence and autonomy.

Keywords: Teaching; Learning; Psychopedagogue


10

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 11
CAPITULO I PSICOPEDAGOGIA NA ESCOLA ......................................................14
1.1 A prática psicopedagógica................................................................................17
CAPITULO II O PROFESSOR E O PSICOPEDAGOGO NA INCLUSÃO
ESCOLAR..................................................................................................................20
CAPITULO III-PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL: O PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO DA ESCOLA....................................................................................23
3.1 Necessidades educativas .................................................................................26
CAPITULO I V -TECNOLOGIAS ASSISTIVAS & PSICOPEDAGOGA....................28
5.1 Psicopedagogia institucional, integração e inclusão.....................................35
CONCLUSÃO.............................................................................................................38
REFERÊNCIAS...........................................................................................................39
11

INTRODUÇÃO

Presentes nas discussões atuais dos psicopedagogos a questão da inclusão


escolar está presente no cotidiano das escolas, no âmbito das políticas públicas e
dos estudos acadêmicos.
De forma geral, os psicopedagogos devem se preocupar muito com o nível
de aprendizagem destes seus alunos. A preocupação não acontece com todos os
alunos, somente aqueles que dão retorno a instituição em questão.
Assim, é possível dizer que, pesquisadores, educadores e psicopedagogos
buscam concentrar seus esforços na procura de alternativas para um ensino
significativo, especialmente aos alunos de inclusão, onde percebe-se a falha
educacional.
A parir daí toma-se como pressuposto estudos pedagógicos, a fim de
observar atividades de ensino e aprendizagem oferecidas ao aluno com dificuldades
educacionais. Deste modo, ponderam-se estimuladores de aprendizagem que
atendam a todos, independentemente de serem ou não alunos de inclusão.
Observa-se que muitas vezes o processo de aprendizagem não é
desenvolvido de forma adequada no contexto escolar, sendo conduzido sem
compromisso, sem regras, apenas como um cronograma a ser cumprido.
No momento buscam-se formas da atuação da equipe docente, a fim de
oferecer possibilidades de ensino e aprendizagem aos alunos que precisa da
orientação dos psicopedagogos. As características específicas dos alunos precisam
da imprescindibilidade de um atendimento que a investigue ao máximo seu potencial
para assegurar o acesso e à permanência na rede regular de ensino.
Nesse sentido, é importante que se estabeleçam atividades escolares que
tenham sentido, com o intuito de despertar o interesse dos alunos pelo
conhecimento. A realidade é que muitas tarefas escolares, do modo como são
propostas, são ineficientes e algumas razões para isso é que o tempo de sua
realização é excessivo ou insuficiente.
Os conteúdos são repetitivos e a formulação é irregular e sem sentido para o
aluno, sendo fáceis ou difíceis demais, ou seja, não condizem com o nível de
interesse do aluno em questão.
12

A escolha tem que ser motivada pelo entendimento da importância da


dinâmica e acompanhamento efetivo na aprendizagem de crianças através do
psicopedagogo em nível escolar.
Nesse interim, é de suma importância que a escola tenha informações sobre
a necessidade do aluno e tenha uma preparação prévia, experiência e recursos a
sua disposição para promover o processo de ensino e aprendizagem.
Parte-se então da seguinte pergunta problema: quem é o aluno que precisa
de um psicopedagogo? Para responder a este questionamento, o presente estudo
relaciona em seu desenvolvimento considerações sobre o trabalho do
psicopedagogo, inclusão do aluno e a prática pedagógica com este aluno a partir da
bibliografia selecionada.
O tema central visa potencializar o processo de construção da aprendizagem
dos alunos a partir do entendimento de que cabe à escola oportunizar um
aprendizado mais significativo, onde eles possam aprender pelas próprias
experiências, explorar os próprios limites, ampliar o domínio corporal e de seus
conhecimentos, desenvolvendo assim uma autonomia significativa, a compreensão
do relacionamento, exercitando a sua comunicação.
Destarte, o principal objetivo do estudo é verificar a participação da
psicopedagogos na educação de alunos com dificuldade.
Sendo assim, o trabalho utiliza como orientação a pesquisa descritiva sendo
fundamentado em pesquisa bibliográfica.
Para a elaboração da revisão bibliográfica as seguintes etapas foram
percorridas: estabelecimento da hipótese; objetivo da revisão; estabelecimento de
critérios de inclusão e exclusão de artigos; definição das informações a serem
extraídas dos artigos e trabalhos selecionados; análise dos resultados; discussão e
apresentação dos resultados.
O estudo classifica-se por pesquisa descritiva na medida em que se
analisam, registram-se e interpretam-se os fatos vistos na literatura. A fim de
contextualizar este estudo foi utilizada uma pesquisa teórica a partir de
levantamentos bibliográficos de formas a aprofundar mais ainda o conhecimento
sobre o tema.
A pesquisa teórica tem como objetivo atribuir maior familiaridade com o
problema, com o intuito de torná-lo mais claro ao entendimento. A coleta de dados
13

deu-se por meio de consultas a fontes direta ou indiretamente relacionadas ao tema


a ser tratado.
A partir daí, e visando à interação mais direta com outros grupos que atuavam
ou atuam em trabalhos semelhantes, elegeu-se os trabalhos mais atuais e as obras
de Diretrizes Curriculares1988, ORRÚ, 2012) entre outros que enfatiza a importancia
da psicopedagoga no ambiente escolar.
14

CAPITULO I – O PSICOPEDAGOGO DENTRO DA ESCOLA

Receber um aluno com dificuldade educacional, se torna um desafio e a

escola precisa do Psicopedagogo para atuar em conjunto com o educador


promovendo com esta união um ambiente saudável para a criança portadora de
deficiências, além de auxiliar no desenvolvimento de métodos e atividades que
estejam dentro das possibilidades da criança para aprender, pois se o professor não
tem informação, preparação prévia, conhecimentos sobre a síndrome, e recursos a
sua disposição para facilitar o trabalho escolar, o seu processo de ensino e
aprendizagem se torna insatisfatório, sendo necessário conhecimento e o respeito do
trabalho do psicopedagogo.
Receber um aluno com deficiência nas escolas comum, se torna um desafio,
pois se o professor não tem informação, preparação prévia, conhecimentos sobre a
síndrome, e recursos a sua disposição para facilitar o trabalho escolar, o seu processo
de ensino e aprendizagem se torna insatisfatório, sendo o conhecimento e o respeito
quanto às características do aluno com autismo primordial para sua escolarização.
Considerado como um grave distúrbio do desenvolvimento e do
comportamento, a inclusão exibe um alto nível de complexidade, com rigorosos
transtornos manifestados na infância, porém tendo o psicopedagogo junto com o
educador facilita que estas crianças, convivam e realizem atividades dentro de suas
possibilidades e habilidades.
O funcionamento adequado para sucesso de um planejamento pedagógico
requer uma gestão escolar compromissada em dispor de recursos e tempo necessário
para manter o ensino sempre atualizados, através da revisão periódica, de acordo
com a realidade individual do aluno, a fim de proporcionar a aprendizagem
significativa.
A equipe escolar tem o dever de buscar recursos necessários para atender o
aluno com dificuldades, onde o sistema de ensino atue no sentido de possibilitar um
trabalho pedagógico de qualidade.
A partir de três principais elos de comunicação do indivíduo com o mundo
social as manifestações do aluno incluídos interferem diretamente na linguagem,
15

imaginação e aos e interesses que se tornam restritos e o distancia contato externo e


com o auxílio da psicopedagogia tem-se a possibilidade de contribuições não apenas
para os alunos com dificuldades mas principalmente para a escola, uma vez que
oferecem ajuda e um trabalho coletivo que prioriza o ensino, a inclusão e interação
dos professores com seus alunos, com métodos que facilitam e permitem que as
crianças sejam alfabetizadas e realizem suas atividades escolares.
Os indivíduos com dificuldades costumam retrair-se e isolar-se das outras
pessoas, não mantendo contato visual, resistindo ao contato físico e aprendizado. O
aluno incluído não demonstra medo diante de perigos reais, agem como surdo, fazem
birras, não aceitar mudança de rotina, usam as pessoas para pegar objetos, são
hiperativos e agitados. Muitos demonstram calma excessiva, apego e manuseio não
apropriado de objetos, movimentos circulares com o corpo, sensibilidade a barulhos,
estereotipias, ecolalias, não manifestam interesse por brincadeira de faz-de-conta
(BIANCHI, 2017).
A equipe escolar tem o dever de buscar recursos necessários para atender o
aluno com dificuldades em aprender, onde o sistema de ensino atue no sentido de
possibilitar um trabalho pedagógico de qualidade. As Diretrizes Curriculares para a
Educação Especial (BRASIL, 2001) em seu artigo 15 citam:

A organização e a operacionalização dos currículos escolares são de


competência e responsabilidade dos estabelecimentos de ensino, devendo
constar de seus projetos pedagógicos as disposições necessárias para o
atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos,
respeitadas, além das diretrizes curriculares nacionais de todas as etapas e
modalidades da Educação Básica, as normas dos respectivos sistemas de
ensino (BRASIL, 2001, p. 78).

Em observações em uma instituição de ensino público, nota-se que uma boa


parte do corpo docente fala de seus alunos em cima de um diagnóstico, usando
sempre: tadinho, ou aquele aluno com problemas, esse tipo de fala mostra como
uma deficiência é compreendida e o sujeito esquecido.
O aluno com dificuldade de aprendizagem percebe essa manifestação
docente, onde seu comportamento é manifesto e as características e sintomas
aparecem, sendo o professor incapaz de entender, colocando como “birra”. O
despreparo é evidente (BIANCHI, 2017).
Quando a escola olha para um aluno como um problema, ela anula as
possibilidades de um desenvolvimento, sendo ele apenas mais um incluído, sem ser
16

parte dele. Especificamente sobre a inclusão destes alunos é comum pensar que
basta colocar esta criança em uma escola regular para que ela comece a imitar as
crianças normais.
Para que se possa promover a inclusão da criança deficiente deve-se buscar
conhecer a fundo a dificuldade o aluno através de um trabalho envolvendo o
psicopedagogo. No entanto, não basta que o professor aposte somente em uma
especialização se, depois não souber como colocá-la em prática.
Para que seja eficiente a especialização deve vir acompanhada de uma
atuação eficaz, que transpasse os muros da teoria (MANTOAN, 2006).
A partir da integração perfeita do aluno no ambiente escolar é que se inicia o
desenvolvimento deste a partir da criação de mecanismos de adaptação onde a
escola não muda para receber o aluno, mas o aluno precisa mudar para conseguir
permanecer na escola. A isto se dá a compreensão da educação especial que
sobrepõe o ensino o regular (MANTOAN, 2006).
A aprendizagem do aluno com dificuldade educacional pode ser limitada ou
desestimulada quando este encontra barreiras impostas por aqueles que participam
do processo de inclusão, 9 sejam professores, funcionários, pais dos demais alunos
e a própria família do educando (BIANCHI, 2017).
Por isso estes alunos devem ser o agente de sua aprendizagem através de
um planejamento do docente que privilegie atividades que estimulem o
desenvolvimento da autonomia da criança. Os recursos didáticos materiais da
escola por si só não bastam se não houver planejamento didático para utilizá-los
com objetivos específicos de alcançar o sucesso na atuação docente (CUNHA,
2009).
Sendo assim, a inclusão do aluno na escola regular deve estar associada à
métodos clínicos e psicoeducacionais para a compreensão de suas necessidades
educacionais que aliados aos benefícios da convivência social representam uma
diversidade de conhecimentos e relações, que são essenciais para que o aluno
autista se liberte de seu mundo isolado e perceba as vantagens de viver em
sociedade (CUNHA, 2009).
São polêmicas as opiniões sobre os alunos com deficiências que permeiam
entre causas psicológicas, disfunções cerebrais e alterações de neurotransmissores,
de natureza genética ou ainda fatores ambientais causadores de doenças (ORRÚ,
2012).
17

Para um diagnóstico de um psicopedagogo são necessários vários exames,


avaliações e análises que relacionem suficiente de informações para uma conclusão
satisfatória (SILVA, 2015). O grau de comprometimento é de intensidade variável: vai
desde quadros mais leves até formas mais graves em que o paciente se mostra
incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal.
A deficiência se manifesta-se diferentemente em cada pessoa e pode ou não
estar associado a atrasos no desenvolvimento cognitivo ou a outros transtornos
(ARAÚJO; ROSADO, 2018).
Nos alunos com deficiências os sinais e sintomas são heterogêneos,
complexos, multifacetados, e de etiologia desconhecida. Os sintomas variam de leve a
grave e em intensidade, também há mudanças periódicas, que são imprevisíveis no
prognóstico dos casos.
Por isso, visamos a necessidade de uma parceria entre a família com os
profissionais da educação para atuar sobre o problema, tendo o apoio da
psicopedagogos e conhecendo a fundo as crianças podem conseguir progressos
positivos em suas atividades escolares e particulares.
Por este motivo existe a necessidade de conhecimento sobre suas
dificuldades que possibilite a intervenção precoce para que o desenvolvimento não
seja comprometido de forma que este aluno tenha qualidade de vida, participação e
inclusão na sociedade. Para isso, os profissionais devem tornar-se pesquisadores e
focar na observação do aluno, criando uma relação entre os dois, lenta em avanços
ao longo da convivência, mas estável (TREVARTHEN, 1996).

1.1 A prática psicopedagógica

O trabalho com o aluno com deficiência permeia a visão behaviorista que se


caracteriza, sob a ótica da psicologia, propor o comportamento publicamente
observável. No entanto, o que prevalece na maioria dos métodos é a abordagem
comportamental.
Portanto, a aprendizagem é compreendida através da observação dos
comportamentos do indivíduo que envolve recompensa e controle, planejamento a
partir de critérios estabelecidos, do estabelecimento e observação da sequência das
atividades para modelar o comportamento humano (ORRÚ, 2012).
18

Sob a égide deste entendimento é possível observar o aluno através das


respostas emitidas. É quando o psicopedagogo assume o papel de receptor do
conhecimento manipulando as condições do ambiente do aluno e avaliando as
metas de ensino a partir da média das respostas do aluno, destacadas pelas
mudanças ocorridas em seu comportamento (ORRÚ, 2012).
No âmbito da Educação Especial, o modelo comportamental ampara-se na
intervenção e avaliação feita primeiramente através de um diagnóstico das
competências e dificuldades apresentadas embasado na observação do
comportamento do aluno (ORRÚ, 2012)
Em relação ao aluno se tomada a análise do comportamento pode-se dizer
que deve adotar um procedimento de ensino-aprendizagem mais abrangente e
estruturado que deve ser trabalhado conjuntamente com terapias médicas sob
critérios funcionais e sociais para que rótulos, diagnósticos ou resultados
psicométricos devam ser superados (ORRÚ, 2012).
A terapia comportamental trabalha com três fases que se dividem em:
avaliação comportamental, seleção de metas e objetivos, elaboração de programas
de tratamento e intervenção (ORRÚ, 2012).
O trabalho do pedagogo inicia-se normalmente com a avaliação para a
detecção da necessidade estabelecendo uma reflexão profissional que ajude a
pensar nas estratégias didáticas mais eficazes para cada situação encontrada e nas
técnicas deficitárias que deverão ser alteradas para a melhor aprendizagem do
aluno.
O próximo passo consiste na intervenção psicopedagógica com a finalidade
de buscar melhorias da situação colocada embasada nas informações coletadas
anteriormente (SOUZA; SOUZA, 2017).
Dentre as estratégias adotadas pelo pedagogo para a aprendizagem do aluno
está a atividade lúdica que é:

O berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. [...] são meios


que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. O jogo é,
portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório motor e
de simbolismo, uma assimilação real à atividade própria, fornecendo a este
seu alimento necessário e transformando o real em função das
necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das
crianças exigem todos que se forneça as crianças um material conveniente,
a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades que, sem
isso, permanecem exteriores à inteligência infantil (PIAGET, 1976, p. 205).
19

Com base neste conceito percebe-se a importância do jogo para o processo


de aprendizagem da criança, pois os programas lúdicos promovem experiências
inteligentes e desenvolvem a aprendizagem intelectual.
Portanto, cabe aos envolvidos no processo de desenvolvimento da criança,
promover ambientes que desenvolvam nelas múltiplas inteligências, para isso, o
jogo, bem como as brincadeiras se revelam eficazes para promover a
aprendizagem.
Neste cenário faz-se a inclusão do educador, pois ele é capaz de elaborar
situações significativas, estimulando a aprendizagem.
A exposição do aluno a estímulos sem a intervenção do professor irá torná-lo
“estressado pela saturação de informações, que podem lhe parecer sem função,
uma vez que poderá registrar tais estímulos e interagir com eles”.
Mesmo que ocorram modificações em seu processo cognitivo, notar-se-á
insuficiência na aprendizagem no tocante a modelos mais complexos de
desenvolvimento cognitivo (ORRÚ, 2012, p. 32).
Neste contexto, cabe ao professor criar estratégias pedagógicas
diversificadas, implantá-las, monitoras e avaliar os resultados para atender o
comportamento do aluno. Caso seja necessário, a prática pedagógica deve ser
reajustada sempre com orientação, integração do conhecimento e suporte
transdisciplinar (MISSAGLIA; FERNÁNDEZ, 2013).
O sucesso do planejamento pedagógico e sua aplicabilidade depende do
sincronismo da equipe educacional e clínica compromissada em dispor recursos
diversos para manter os planos de ensino sempre atualizados, através da revisão
periódica, de acordo com a realidade individual de cada aluno (MISSAGLIA;
FERNÁNDEZ, 2013).
Diante disso, destaca-se a importância do trabalho do psicopedagogo no
contexto escolar na medida em que sua intervenção vai além do aluno em sala de
aula, sendo essencial para a orientação dos pais e auxílio dos educadores na
elaboração de projetos e na participação de implementação de propostas
pedagógicas.
20

CAPITULO II O PROFESSOR E O PSICOPEDAGOGO NA INCLUSÃO


ESCOLAR

Para que ocorra a perfeita inclusão do aluno existe a necessidade do trabalho


de uma equipe multidisciplinar. Nesta equipe é fundamental a presença do
professor. Para isso os rótulos devem ser eliminados a ações de qualidade devem
ser tomadas.
As possibilidades do aluno devem ser aproveitadas em seu todo (CUNHA,
2009). Para que o professor tenha sucesso no ensino-aprendizagem do aluno é
necessário que entenda primeiramente que não obterá resultados imediatos e, os
objetivos, não são sempre atingidos mais a persistência deve imperar.
O autista involuntariamente resiste à aprendizagem tornando o trabalho do
professor desafiador, exigindo o desenvolvimento de uma forma de comunicação
eficaz para se conquistar um mínimo de atenção. Para tanto, técnicas devem ser
adaptadas às necessidades do aluno autista para que este consiga ensinar a todos
os alunos em sala de aula no mesmo ritmo (BIANCHI, 2017).
As técnicas de ensino usada por muitos psicopedagogos era de maneira onde
o aluno decorava a matéria e não aprendia, ou seja, o conhecimento chegava ao
aluno pronto, onde o aluno registrar o conteúdo no caderno, absorvia a explicação
repassada pelo professor, responder ao professor, mas as respostas deveriam ser
tal qual estava no conteúdo fazendo com que o aluno não tivesse o trabalho de
pensar e refletir sobre o assunto.
Os alunos eram avaliados com prova escrita que para estarem correta
deveriam ter decorado a matérias trabalhadas.
Atualmente a educação estruturada, em sua técnica alcançou mudanças
relevantes no trabalho do professor com o apoio da psicopedagoga educacional.
Ao vermos a educação estruturadas convém determinar e mostrar o objetivo
que deve adotar em relação às demais metodologias educativas que acontecem,
21

também, na vivência cotidiana, de acordo com a Introdução aos Parâmetros


Curriculares Nacionais:

A prática escolar distingue-se de outras práticas educativas, como as que


acontecem na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nas demais formas
de convívio social, por constituir-se uma ação intencional, sistematizada,
planejada e continuada para crianças e jovens durante um período contínuo
e extenso de tempo. A escola, ao tomar para si o objetivo de formar
cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade,
buscará eleger, como objeto de ensino, conteúdos que estejam em
consonância com as questões sociais que marcaram cada momento
histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as consideradas essenciais
para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres. (BRASIL, 1997,
p.34).

Como demonstra o Parâmetros Curriculares Nacionais em consonância com


a BNCC, podemos notar os avanços na área educacional com propostas de um
ensino aprendizagem com qualidade, porém um dos meios para alcançar foi
promovendo a construção do conhecimento e estimulando a aprendizagem da
criança, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular – BNCC onde relata que
aprendizagem deve se transformar em ferramenta a serviço de um discernimento
maior sobre as experiências humanas e as sociedades em que se vive”, estimulando
o aluno a averiguar as características do tempo em relação a sociedade em que vive
com outras experiências históricas.
Ao buscar uma aprendizagem significativa, faz-se necessário definir o termo,
visto que é comum a utilização, mas nem sempre é possível saber se é uma
expressão consciente do que seja ou simplesmente uma repetição de palavras que
caem no modismo, sem buscar saber o que, de fato, se trata.
Compreende-se por construção ou apropriação do conhecimento pelo aluno,
aquele em que o psicopedagogo é o facilitador do processo de aprendizagem. E
sendo o professor mediador, o aluno passar a ser construtor do conhecimento, o que
implica em uma aprendizagem significativa por parte do educando.
Entretanto, uma aprendizagem que venha ser um diferencial positivo na
formação do aluno precisa superar alguns impasses que ainda estão atrelados na
educação, dentre os quais se destaca aqui a metodologia tradicional que em pouco
ou nada contribui na construção de uma aprendizagem significativa.
Observa-se os avanços na metodologia que usam os psicopedagogos que
através de um ensino descritivo do espaço que o separava do professor, passou a
22

compreensão da construção do espaço pela relação homem e aprendizado, no qual


requer um estudo analítico de suas práticas de ensino.
Na realidade muitos professores não conseguem realizar por falta de
recursos, e a maioria das escolas públicas não tem um suporte necessário e nem
materiais didáticos, para que os professores realizem uma aula com qualidade que
os alunos merecem.
É necessário ressaltar que embora o psicopedagogo observa o
desenvolvimento da criança através de seu mundo certamente entraremos em sua
realidade. Fazer uma abordagem histórica da construção do ensino é demonstrar
como é benéfica suas aplicações desde antigamente até os dias atuais.
23

CAPITULO III-PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL: O PROJETO POLÍTICO


PEDAGÓGICO DA ESCOLA

Quando chegamos em uma unidade escolar notamos que o Projeto Político


Pedagógico é o Norte que rege a escola é também o eixo de toda e qualquer ação a
ser desenvolvida na instituição de ensino, o Projeto Político pedagógico é a identidade
da escola e por finalidade um comprometimento democrático, e o objetivo de torna o
aluno como ser social.
Atualmente vivemos em uma sociedade moderna, através de suas inúmeras
conquistas tecnológica, criando sistemas cada vez mais integrados em nível mundial,
ao mesmo tempo mais complexos e diversificados, frente a essa realidade urge a
necessidade de se repensar o papel do conhecimento e da escola numa sociedade
que sofre em seu dia-a-dia, rápidas transformações.
Pelos estudos apresentados, podemos observar que a escola inclusiva para
não ser exclusiva ela tem que ensinar seus alunos a viver em uma sociedade que
exige interação, cooperação e trabalho em equipe, a escola é o lugar de criar ideias,
realizações, uma vez que precisa ser organizado um trabalho pedagógico com base e
em seus alunos.
Nessa perspectiva, é fundamental que a escola ao constituir seu PPP cria a
responsabilidades perante a gestão administrativas tornando iniciativa, de melhoras
na escola dando condições necessárias para um aprendizado adequado, fortaleçam
assim as relações entre escola e sistema de ensino.
Ao construirmos os projetos de ensino para turmas com deficiência intelectual é
verídico planejar o que temos intenção de fazer e de realizar. Lançamos para adiante,
com base no que temos, buscando o possível. “É antever um futuro diferente do
presente”. (VEIGA, 2005)
24

Foi averiguado que é de suma importância, fazer várias reflexões sobre as


finalidades da escola antes de desenvolver o projeto político pedagógico da sala de
recurso para deixar claro os caminhos que será traçado e suas finalidades perante os
alunos.
Considerando a hipótese construída para a realização e avaliação do Projeto
Político-Pedagógico necessita de uma união entre os professores da educação
comum e do professor do atendimento educacional especializado, para realizar
revisões em como foi ou serão realizadas com atividades e propostas a serem
realizadas durante o início do ano letivo, no encerramento do ano letivo que estes
momentos são pensados e previstos pelas escolas.
É importante entendermos o Projeto Político Pedagógico como um instrumento
norteador das ações educacionais, que direciona as função e necessidades também
as dificuldades que surgem no enlace das relações que se travam no cotidiano
escolar, visto a necessidade de ser dinâmico e flexível, ajustando-se ao tempo, ao
espaço e às pessoas que constituem o ambiente escolar.
Percebemos a importância de defender que as professoras de atendimento
educacional especializado junto com as professoras de sala comum têm que se unir
para contribuir para o fortalecimento e qualificação do processo de educação, pois se
sabe que a tendência atual é que as ações educativas da educação especial se
movimentem de forma a promover condições aos estudantes com deficiência ter uma
escolarização adequada a alunos especiais, quebrando obstáculos existente em sala
de aula , proporcionando ao aluno incentivo a permanência nas salas de aula comuns.
Foi averiguado que é de suma importância que o educando com deficiência
tenha acesso a um conjunto de apoios e de recursos que minimizem as dificuldades
enfrentadas com base em sua deficiência, e para que isso aconteça escola e
professores tem que trabalharem em conjunto, pois, com auxílio de um bom
profissional da educação o aluno consegue uma boa convivência com o meio físico e
social.
Verificamos que com a Política nacional, no Brasil o atendimento tornou
obrigatório podendo ser oferecido tanto na sala de aula comum, ou na sala de recuso
da própria escola ou em outro espaço em conta turno com a sala de aula do ensino
regular, com o intuito de oferecer aos alunos com deficiência conhecimentos que não
são próprios dos currículos da base nacional comum em consonância com a Base
Nacional Comum Curricular.
25

. Afinal, o processo de escolaridade compete às escolas, tornando as salas de


recurso um benefício capas de integrar professores, gestores e equipe pedagógica
para um melhor currículo dentro da educação especial. Isso significa que os
estudantes e os profissionais das salas de recursos, e família devem participar do
processo de construção do projeto político pedagógico (PPP) da escola.
Nesse sentido, a sobre a característica da educação especial na perspectiva da
educação inclusiva entende-se que o desafio maior se encontra frente à necessidade
de construção parceria com os pais para que pais e professore possam participar do
processo educativo do aluno, para isso o atendimento educacional especializado tem
que fazer parte do PPP das escolas precisando ser estudado e debatido
coletivamente, com objetivo de cumprir sua finalidade educacional.
Verificamos, portanto que ao enfrentar dificuldades para garantir a plena
participação social e pedagógica dos educandos com deficiência, busca-se destacar o
que foi proposto pelo decreto Nº 6.57, de 17 de setembro de 2008, indica que é lei a
implantação de serviços que fornecem atendimento as necessidades dos profissionais
da educação que trabalharão com estudante com deficiência declarando que:
Ao entender que o aluno com deficiência intelectual consegue aprender o
professor da sala de recurso tem o dever de auxiliar suas necessidades e garantir
ações que aumente os recursos dos educandos para que possa usufruir da escola
regular acessando seu direito à educação.
Diante de todas as informações contidas nesse estudo podemos perceber que
as ações que tem como objetivo mudanças significativas junto ao processo
educacional inclusivo, e sala comum é só mais uma das ações que precisam ser
mudadas partindo do projeto político pedagógico, com a necessidade e a importância
de investimentos no processo de formação de seus professores, e melhoria nos
materiais didáticos e acessibilidade. Para que isso ocorra o Projeto político
Pedagógicos tem sempre que está em parceria, com o professor de sala comum, da
Educação Especial, família com o objetivo de demonstrar estratégias que podem ser
utilizados com todos.
Sendo assim, o projeto político e o pedagógico é considerado o elemento de
mais importância na escola tendo que realizar uma constante discussão e reflexão
dos problemas vivenciados pela comunidade escolar, possibilitando uma melhoria na
escola e busca de alternativas para efetivar a educação com qualidade a alunos com
deficiência intelectual.
26

Nesses casos, a responsabilidade pelo planejamento pedagógico é tanto do


professor de sala comum quanto do docente da sala de recursos multifuncionais, os
dois devem contar com o apoio da coordenação pedagógica.
Na realidade, verifica-se que as escolas recebem os alunos com
necessidades especiais na tentativa de inclusão, mas não realizam as adequações
necessárias para que ocorre de forma eficaz. Sem estímulos na comunicação dificulta
que os alunos se desenvolvem em sala de aula, pois não fazem pergunta e nem se
pronunciam na hora de dúvidas, por isso é papel do psicopedagogo, o
acompanhamento de pessoas autistas para que seu desenvolvimento se concretize.
3.1 Necessidades educativas

Percebemos que a educação tem como prioridade discutir alguns padrões de


ensino para entender a inclusão dos indivíduos com necessidades educativas
especiais dentro da escola.
Com isso percebe -se que:

A educação inclusiva tem sido conceituada como um processo de educar


conjuntamente de maneira incondicional, nas classes do ensino regular,
alunos ditos normais com alunos deficientes ou não, que apresentam
necessidades educativas especiais. A inclusão beneficia a todos, uma vez
que sadios sentimentos de respeito à diferença, de cooperação e de
solidariedade podem se desenvolver. (BRASIL, 1999, p.38).

Atualmente as necessidades educativas especiais se tornou um marco amplo


que implica não apenas a alunos com deficiências profundas, mas, todos que
possam vir um dia precisar de apoio.
Para que ocorra a inclusão, tem -se a necessidade de um método educativo
complementar e diferenciado, assim promovendo o seu desenvolvimento e a sua
aprendizagem.
De acordo com (REIS, 1999, p.35) são alunos com necessidades educativas
especiais, aqueles que:

1. SÃO CONSEQUÊNCIA DA DEFICIÊNCIA


1.1- Atraso de desenvolvimento global: Quando se verifique em relação à
idade, um atraso na maturação e aquisição das capacidades básicas no
Domínio Psicomotor, expressão oral, intelectual, emocional/relacional. Esta
categoria só se refere a crianças abaixo dos 6 anos de idade.
1.2- Deficiência mental: - Quando se verifique um funcionamento intelectual
geral significativamente abaixo da média. Devem excluir-se desta categoria
27

cujo atraso mental seja devido a incapacidades visuais, auditivas e motoras.


1.3- Deficiência visual: Quando se verifica um déficit de visão que ainda que
corrigido, afeta a aprendizagem.
1.4- Deficiência auditiva: Quando se verifica uma incapacidade total ou
parcial e processar a informação linguística através da audição.
1.5- Deficiência motor: Quando se verifica um problema grave na
motricidade provocado por lesões congênitas, doenças e outras causas
traumáticas ou infecciosas.
1.6- Problemas de comunicação: Refere-se a problemas de comunicação
que afetam a aprendizagem de criança/aluno.
1.7- Multideficiências: Quando a criança/aluno apresenta sobre forma
associada, mais do que um tipo de deficiência.
1.8- Doença crônica: - Quando a criança/aluno apresenta problemas
crônicos e/ou graves de saúde que afetam significativamente a sua
aprendizagem.
2. NÃO SÃO CONSEQUENCIA DA DEFICIÊNCIA:
2.1- Distúrbio funcional: - Quando a criança/aluno apresenta um dos
seguintes quadros:
a) Imaturidade/desadaptação- Quando o aluno apresenta dificuldades
significativas em comportar-se e/ou relacionar-se de acordo com o esperado
para a sua idade cronológica, refletindo-se na sua aprendizagem.
b) Hiperatividade - Quando a criança/aluno apresenta uma atividade motora
exagerada, baixos níveis de concentração e atenção nas tarefas
(especialmente as escolares), alto nível de impulsividade.
c) Alteração de conduta - Quando o aluno apresenta comportamentos
sistemáticos de agressividade e/ou de inadaptação às normas sociais.
d) Alteração da personalidade - Quando o aluno apresenta alterações
graves no seu comportamento, implicando, por vezes, uma perda da sua
noção de identidade e do real.
2.2- Dificuldades específicas de aprendizagem: Quando se verificam
problemas em um ou mais dos processos básicos implicados na
compreensão ou utilização da linguagem falada ou escrita, resultando em
incapacidades na compreensão auditiva, pensamento, fala, leitura, escrita,
cálculo matemático e nos aspectos da aprendizagem escolar geral. Incluem-
se nesta categoria os casos de alunos com problemas de percepção
disfunção cerebral mínima, dislexia e afasia. Esta categoria só se refere a
aluno acima dos 6 anos de idade.
2.3- Sobre dotação: é considerada (o) criança/aluno sobredotada (o) ou
talentosa(o), quando manifesta uma capacidade intelectual superior à
média, apresentando desempenho com elevada potencialidade em qualquer
dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: aptidão acadêmica
específica; pensamento criador ou produtivo; talento especial para artes
visuais, dramática e música; capacidade psicomotora; elevado nível
motivacional; Capacidade de Liderança.

Determinando-se, portanto, a ampliação dos conhecimentos e especialização


da equipe pedagógica, sobre as diferentes necessidades especiais, suas
características e modalidades, diferenciando-se os problemas físicos, emocionais,
intelectuais ou sensoriais que atingiriam as crianças, além dos diferentes tipos de
necessidades especiais que poderiam ser de natureza permanente ou temporária,
situações que exigiriam diferentes abordagens do currículo e estratégias
pedagógicas.
28

CAPITULO I V -TECNOLOGIAS ASSISTIVAS & PSICOPEDAGOGA


Atualmente as Tecnologias Assistivas foram determinadas como um conjunto
de soluções e serviços utilizados para aumentar o acesso de pessoas com
deficiências, promovendo a sua autonomia e inclusão. (BARRETO, 2014).
Todo tipo de meio de comunicação ou equipamento que proporcione maior
independência à pessoa com deficiência, pode ser considerada como uma
Tecnologias Assistivas, desde um objeto simples como uma colher ou um lápis
adequado para ser manuseado até rede sociais ou sistema de computação, o
importante é facilitar o aprendizado promovendo recursos didáticos, para melhorar a
qualidade de vida de pessoas com as mais variadas formas de deficiências.
Já Bersch (2005 apud GALVÃO Filho, 2009) relata que a palavra TA,
apareceu em 1988:
O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como TA, foi criado
oficialmente em 1988 como importante elemento jurídico dentro da
legislação norte-americana, conhecida como Public Law 100-407, que
compõe, com outras leis, o ADA - American withDisabilitiesAct. Este
conjunto de leis regula os direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA,
além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos
que estes necessitam. Houve a necessidade de regulamentação legal deste
tipo de tecnologia, a TA, e, a partir desta definição e do suporte legal, a
população norte-americana, de pessoas com deficiência, passa a ter
garantido pelo seu governo o benefício de serviços especializados e o
acesso a todo o arsenal de recursos que necessitam e que venham
favorecer uma vida mais independente, produtiva e incluída no contexto
social geral. (BERSCH, 2005, apud GALVÃO FILHO, 2009, p. 2).

Por existir muitas probabilidades de aprendizagem com a ajuda das


Tecnologias Assistivas podemos considerar muito importante para os deficientes,
29

pois a tecnologia ultrapassa as barreiras do ambiente escolar, porém são


necessários o apoio do professor, pois existe uma grande rejeição da educação

quando o assunto é tecnologia. Outros ficam com medo quando precisa aprender a
fazer alguma coisa nova no computador.
Porém está oposição à tecnologia está mudando, pelo menos no que diz
respeito a Educação Inclusiva.
Atualmente nas salas de recursos multifuncional é o local adequado para o
aluno aprender a utilizar os dispositivos da tecnologia assistiva, assim podendo
desenvolver sua autonomia.
Mas não poderemos reter o recurso de tecnologia assistiva tão somente na
sala multifuncional é preciso que a tecnologia siga com o aluno no âmbito escolar
aprimorando a sua escolarização. Portanto, é necessário que o psicopedagogo
avalie melhor essa possibilidade de tecnologia assistiva, elaborando material para o
aluno se desenvolver para que este material novo sirva para o aluno na escola, com
a família e no seu meio social.
Betiatto (2010, apud OLIVEIRA, 2011) enfatiza que:

Os professores devem ensinar conhecimentos, habilidades e competências


que sejam de acordo com as habilidades e acompanhamento dos alunos.
Ao planejar os professores devem estabelecer expectativas altas e criar
oportunidades para todos os alunos aprenderem com sucesso, incluindo
meninos e meninas, alunos com necessidades especiais, alunos com
deficiência, alunos de todos os níveis sociais e culturais. Os professores
devem buscar trabalhar com os alunos atividades diversas através da
criação de ambientes de aprendizagem efetivos; desenvolver a motivação e
concentração dos alunos; promover a igualdade de oportunidades através
de abordagens de ensino e estabelecer metas de ensino. (BETIATTO, 2010,
p.06 apud OLIVEIRA, 2011, p. 3079)

Sua oferta de tecnologia assistiva é obrigatória pelos sistemas de ensino,


sendo realizada de preferência nas escolas, devendo acontecer em Sala de
Recursos Multifuncionais e dependendo da necessidade de recursos e
desenvolvimento de habilidades em outros espaços escolares. Essa tecnologia é
efetivada junto ao ensino regular sem quaisquer fins lucrativos.
O seu público alvo são alunos com deficiência, com transtornos globais do
desenvolvimento, e alunos com altas habilidades/superdotação.
30

As grandes e mais importantes barreiras estão, muitas vezes, na falta de


conhecimentos, de recursos tecnológicos, na não aplicação da legislação vigente, na
forma como a sociedade está organizada de forma a ignorar as diferentes demandas
de sua população.

Porém em muitas escolares da Rede Pública muitos fatores influenciam está


exclusão do ensino da tecnologia, como a falta de recursos e serviços adequados,
além de pouca responsabilidade e interesse por parte dos professores. Somente
com a associação da teoria da inclusão e da prática principalmente pode-se alcançar
efetivamente a inclusão e a cidadania para todos.
Segundo Fácion (2005) os professores devem ter uma postura crítica e
reflexiva, revisando sua prática com base em sua pedagogia usando novos métodos
através do uso das tecnologias. Com esses conhecimentos os docentes terão
condições de oferecerem melhores oportunidades para uma aprendizagem efetiva
há seus alunos, formando alunos críticos e democráticos.
O professor não deve realizar um discurso contrário à sua realidade, tais
conteúdos devem estar fundamentados as suas práticas cotidianas principalmente
em sala de recurso. Escolas de ensino regular têm recebido cada vez mais alunos
com necessidades especiais sendo necessário que a inclusão escolar se efetive
com a prática, algo ainda a se construir através de métodos tecnológicos.
Hoje em dia devido a pandemia do covid19, a prática da tecnologia assistiva
também progrediram saindo dos conceitos médicos ou clínicos para todos que
buscam um embasamento tecnológico que consiga resolver um problema de ordem
pessoal e funcional.
Observamos, portanto, existe um grande conjunto de recursos para
possibilitar aos deficientes físicos e portadores de necessidades especiais que
através do uso tecnológicos consigam mais acessibilidade, autonomia, tanto no meio
social quanto na escola.
Segundo Eustat, (1999 apud GALVÃO FILHO, 2009):

Considerando como objetivo principal das Tecnologias de Apoio o uso de


tecnologias que ajudem a ultrapassar as limitações funcionais 9 dos seres
humanos num contexto social, é de extrema importância identificar não só
os aspectos puramente tecnológicos, mas também os aspectos
relacionados com os fatores humanos e sócio econômicos.[...] Um modelo
de formação e treino em tecnologias de apoio deve ser baseado num
modelo de desenvolvimento humano que tenha em consideração os
31

problemas que as pessoas com deficiência apresentam quando tentam


adaptar-se a um

Para que haja inclusão é preciso primeiramente que os professores


acreditam que uma pessoa com deficiência pode aprender e frequentar lugares
públicos e realizar qualquer atividade, como passear, se divertir, namorar. Porém
hoje em dia fazendo uso da tecnologia o conhecimento os auxílios se modernizaram
e estão cada vez mais eficientes.

Por existir muitas probabilidades, de aprendizagem com a ajuda das


Tecnologias Assistivas podemos considerar muito importante, pois a tecnologia
ultrapassa as barreiras do ambiente escolar, porém são necessários o apoio do
professor, pois a uma grande rejeição da educação quando o assunto é tecnologia.
Outros ficam com medo quando precisa aprender a fazer alguma coisa nova
no computador. Porém está oposição à tecnologia está mudando, pelo menos no
que diz respeito a Educação Inclusiva.
Foi constatado através do estudo realizado que com o uso ne tecnologias as
adaptações curriculares para crianças com necessidades especiais estão mais
eficazes pois maioria dos professores estão acreditando que os alunos incluídos no
ensino regular acabam sendo beneficiados.
Porém percebemos que não é só os professores que estão despreparados e
sim a escola em si, pois o processo de inclusão das tecnologias assistivas não
depende apenas do docente, mais sim de todos, este despreparo pode sim,
acarretar prejuízos para a criança especial.
Uma criança com deficiência precisa de uma avaliação diferenciada por
parte dos professores e da gestão escolar, porque ela não vai acompanhar o ritmo
de seus colegas, e o uso de tecnologias podem buscar alterativas pedagógicas de
apoio sempre que verificado que o objetivo proposto para aquela criança não foi
alcançado.
Diante de toda a tecnologia que atualmente usamos a nosso favor criando mais
oportunidades de estudo, a escola em parceria com os professores tem a
possibilidade de colaborar fundamentalmente para o desenvolvimento do aluno ao
proporcionar para os mesmo a inserção das disciplinas no seu currículo escolar.
32

Atualmente com o prestigio das tecnologias que permite o desenvolvimento


com soluções inovadoras voltadas para a área de geografia permitindo visualizar, ler
ou ouvir a informação em tempo real, com isso trazendo conhecimentos sociais e
histórico através de novas ferramentas e saberes, possibilitando seu uso para os mais
diversos fins.
De acordo com Maria Lúcia de Arruda Aranha;

O importante é que os novos recursos, como o computador, a televisão, o


cinema, os vídeos, não sejam usados apenas como instrumentos, mas se
tornem capazes de desencadear transformações estruturais na velha
escola. Só assim a função do professor pode ser revitalizada, libertando-o
da aula de saliva e giz e estimulando o aluno a uma posição menos passiva
e mais dinâmica. Como fazer, é um desafio para a imaginação. [...]
(ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, 1996, p. 239)

Com o uso da tecnologia a sociedade exige dos alunos que estejam


preparados para desempenhar diferentes papéis perante a sociedade, quer seja o
modo de ensinar ou de aprender através de novas metodologias didático pedagógico
utilizado pela educação estruturada que esteja em acordo com o modelo que exige a
sociedade.
No entanto se a educação não acompanhar ou aproveitar esses aprendizados
com frequência nas salas de aula, pode provocar em adversidade, das estruturas
empregues, resultando diretamente no contentamento e aprendizagem dos alunos,
pautadas nas estratégias de trabalho do professor a qual antecipa o desenvolvimento
da autossuficiência do aluno através da intermediação, do professor e dos métodos
de ensino que promovam essa autonomia.
Segundo Freire (1996) :

Não se lê criticamente como se fazê-lo fosse a mesma coisa que comprar


mercadoria por atacado, ler vinte livros, trinta livros. A leitura verdadeira
compromete de imediato com o texto que a mim se dá e a que me dou e de
cuja compreensão fundamental me vou tornando também sujeito. Ao ler não
me acho no puro encalço da inteligência do texto como se fosse ela produção
apenas de seu autor ou de sua autora. Esta forma viciada de ler não tem
nada que ver, por isso mesmo, com o pensar certo e com o ensinar certo.
(FREIRE, 1996, p. 27).

Entende-se então que, o psicopedagogo tem que está sempre pesquisando


novos métodos de incentivar o aluno em suas aulas e deve utilizar sua leitura e
33

pesquisa de modo que seu aluno entenda, compreenda e sinta o gosto pelo
aprender.
Os prejuízos que definem um professor sedentário representam um desvio
em relação ao nível de desenvolvimento deste indivíduo, o que afeta a sua
adaptação educacional. Em geral as alterações se manifestam nos primeiros anos
de vida e podem aparecer associadas a alterações neurológicas estas situações
exigem comunicação é necessária uma compatibilidade de linguagem entre os
professor e alunos.
As informações recebidas podem ser absorvidas através de técnicas de
ensino que vão se desenvolvendo como uma engrenagem e para que o aprendizado
ocorra com sucesso é necessário motivação, pois ninguém aprende se não estiver
motivado, o professor deve estar sempre atento ao processo.
A escola pode colaborar fundamentalmente para o desenvolvimento global –
cognitivo motor e social da pessoa e também pode contribuir, para torná-la
independente e apta a viver, a desenvolver seus projetos pessoais, a partir de uma
inserção social plena, criativa, democrática e produtiva.
O psicopedagogo que trabalha fazendo uso das tecnologias em suas aulas,
também deve ser um pesquisador, porém, atento para não transformar seus
aprendizados em verdades absolutas impostas ao seu aluno. Com a ajuda
tecnológicas os discentes devem proporcionar para que o aluno aderi as informações
de que é portador aos conhecimentos científicos adquiridos, que adaptado formarão
baseada resultando em maiores aceitação, satisfação e aprendizado.
Portanto, a escola, como contexto social, tem um duplo papel em relação aos
alunos. Ela deve constituir-se em uma opção de ambiente social em que este aluno
possa se inserir e estabelecer inter-relações sociais que fortaleçam e enriqueçam
sua identidade sociocultural.
1) Ela deve propiciar uma formação escolar diversificada e completa a
esse aluno, de modo a capacitá-lo a realizar uma inserção social adequada nos
outros ambientes pelos quais circula.
2) Visto que o prognóstico e o desenvolvimento da capacidade das
crianças são influenciados pela forma como vive, dos cuidados e estímulos que
recebe e a estrutura da rede de apoio.
Na prática, as instituições de ensino devem ou deveriam desenvolver estudos,
levantamentos, debates e práticas pedagógicas bem como promover cursos,
34

simpósios, seminários e outros eventos buscando a formação e atualização de


recursos humanos para atuar com crianças e adolescentes, só assim garantindo a
habilitação de seus profissionais.
É fato que a escola nunca recebe um aluno igual ao outro, dessa forma, todos
dentro da escola, principalmente o professor, devem estar preparados para a
atendê-lo em suas diversas praticas pedagógicas.
Para Freire (1996) a formação continuada dos discentes é necessário para o
desenvolvimento do aluno;

O intelectual memorizador, que lê horas a fio, domesticando-se ao texto,


temeroso de arriscar-se, fala de suas leituras quase como se estivesse
recitando-as de memória – não percebe, quando realmente existe, nenhuma
relação entre o que leu e o que vem ocorrendo no seu país, na sua cidade, no
seu bairro. Repete o lido com precisão, mas raramente ensaia algo pessoal.
Fala bonito de dialética, mas pensa mecanicista mente. Pensa errado. É
como se os livros todos, a cuja leitura dedica tempo farto, nada devessem ter
com a realidade de seu mundo. Freire (1996, pag44)

O papel do psicopedagogo é proporcionar uma estratégia educacional precoce


para atender as necessidades do educando. Para conseguir sucesso em suas aulas
de história o profissional precisa procurar ser bem claro, explicando tudo de uma
forma que a criança entenda, com muita paciência, em poucas palavras, entonação
de voz moderada, com expressões faciais exageradas e amor sem medidas.
De acordo com Segundo Kuenzer (1999 apud DOCUMENTO SÍNTESE PDE,
p. 12),

em face da complexificação da ação docente o educador precisará ser um


profundo conhecedor da sociedade de seu tempo, das relações entre
educação, economia e sociedade, dos conteúdos específicos, das formas
de ensinar, e daquele que é a razão do seu trabalho: o aluno.

O psicopedagogo deverá criar um ambiente acolhedor com novas ideia,


aumentando assim o foco de visão dos seus alunos, abrindo novos caminhos,
ensinando, analisando e ensinando o aluno a criticar, levando o aluno, a pensar
sobreo assunto dando-lhes oportunidades para tomar decisões. Pois a história é uma
ciência composta de técnicas e métodos que pode ser aplicada para adultos e
crianças, tanto em escola, como em casa.
Segundo CARVALHO, KRUGER, BASTOS;
35

A educação em suas relações com a Tecnologia pressupõe uma


rediscussão de seus fundamentos em termos de desenvolvimento curricular
e formação de professores, assim como a exploração de novas formas de
incrementar o processo ensino-aprendizagem. (CARVALHO, KRUGER,
BASTOS, 2000, p. 15).

Atualmente nos futuros psicopedagogos temos que despertar uma nova visão
ente a relação ao ensino, tendo uma forma nova visão para que o aprendizado
através da internet se realize e ocupe um lugar de destaque nas metodologias de

ensino, dentro da própria escola e também na sala de aula. Portanto temos que
verificar como a internet é usada pelos alunos do ensino médio, fazendo um estudo
dos seus costumes e como a internet é importante na sua vida.
Esses acessórios tecnológicos usados em sala de aula tornam-se fortes
aliadas do psicopedagogo, pois permitem, que através de filmes e imagens seja
trabalhados conteúdos de modo mais vivo e dinâmico.
Porém na maioria das escolas o que se vê dentro da sala de aula é o uso
desses recursos eletrônicos como entretenimentos, forma de ignorar a aula do
professor que alguns alunos consideram desinteressante, isso se evidencia pelo uso
desses aparelhos eletrônicos para colarem nas provas, ou mandar mensagens, para
ouvir música e para telefonar e minoria dos alunos usam para estudar ou fazer
pesquisa.

5.1 Psicopedagogia institucional, integração e inclusão.

Sassaki (1997), as fases de desenvolvimento da educação de pessoas com


deficiências, são as fases da exclusão, segregação institucional, integração e
inclusão.
Na fase da exclusão de pessoas que possuem deficiência, estes indivíduos
eram ignorados e perseguidos, sendo consideradas vítimas de maus espíritos.
A fase da psicopedagogia institucional, surge com os primeiros atendimentos
aos indivíduos que possuíam deficiências nas instituições religiosas ou filantrópicas.
Já nesse período, em alguns países, surgia a “educação especial”, porém sem
nenhum auxílio por parte do governo.
A integração, é a fase em que consistiu as classes especiais dentro das
escolas comuns, com o objetivo de que as crianças que possuíam deficiências, não
36

interferirem no ensino das crianças consideradas ‘normais’, ou seja, sem


deficiências.
Em 1981, por meio do Ano Internacional de Pessoas Deficientes deu-se início
ao conceito de inclusão.
Com a fase da inclusão, há a implantação de classes e de escolas inclusivas
pelos países desenvolvidos, assim como as primeiras obras com relatos de
experiências ainda na década de 19.
Segundo Sassaki (1997) a escola deve se preparar para incluir o aluno
portador de deficiência desde cedo, contando com a sensibilização dos funcionários,
pais, e de toda comunidade.
Segundo a teoria de Bardin (2011), tem como natureza a metodologia
qualitativa, pois tem o procedimento a análise de obras bibliográficas sobre o tema,
que versa as estratégias e adequações de ensino e inclusão de alunos com
transtorno do espectro e o Atendimento Educacional Especializado para esse aluno.
Hoje no Brasil também é assegurado à criança o direito a integração de alunos
com necessidades educativas especiais, porém atualmente está mais forte, pois
existem leis que incluem estas crianças na escola e na sociedade rompendo os
preconceitos existente, temos que deixar claro que para ocorrer uma educação
inclusiva ela tem que ser de qualidade, uma escola para todos.
No estudo de Bosa (2000, p.32) sobre a percepção dos professores sobre a
questão da inclusão, foram detectadas noções não reais sobre esses indivíduos e
aspectos relacionados aos sentimentos do professor frente à questão da inclusão.
Uma educação inclusiva proporcionará aos estudantes sendo estes
portadores de deficiência ou não envolvimento e experiência com a diversidade
individual, responsabilidade, e uma preparação melhor a vida adulta.
Art. 2º: São objetivos do atendimento educacional especializado:

I – prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino


regular […]
II – Garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino
regular
III – fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que
eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem […]

Diante de uma escola que garanta a inclusão de forma adequada favorecendo o


aprendizado, mesmo que apresente dificuldades em aprender os conteúdo do currículo
da escola comum, como o caso de aluno incluídos, a educadora tem que ensinar
37

usando experiências da vida social do aluno, pois o aprendizado também acontece


através de coisas simples do dia a dia, como, conhecer e estabelecer relações com os
amigos da sala, trabalhar a autonomia e a independência, assim como conquistar seu
lugar na família na escola e na sociedade.
Atualmente nas salas de recursos multifuncional é o local adequado para o
aluno aprender a utilizar as diferentes metodologias, assim podendo desenvolver a
autonomia, e concentração do aluno. Portanto, é necessário que o professor avalie
melhor essa possibilidade, elaborando material diferenciado para cada
particularidade do aluno especial.
Fazer uma abordagem através do psicopedagogo é proporcionar a crianças
atividades práticas e prazerosas mostrando a importância de, desenvolvendo as
habilidades para que percebam o espaço a partir atividades que dão prazer em
aprender, proporcionando condição concreta para que a aprendizagem seja
significativa.
Pois acredita-se que o desenvolvimento da capacidade da criança é
influenciado pela forma como vive, dos cuidados e estímulos que recebe e a
estrutura da rede de apoio é essencial para que sua aprendizagem.
38

CONCLUSÂO

Ao término desta pesquisa, conclui-se que a inclusão é realizada com a ajuda


da psicopedagoga, pois a maioria destas escolas não dão suporte a professora
diante desta inclusão pois vimos que falta apoio pedagógico e material para se
trabalhar com alunos incluídos na escola comum.
Há a necessidade também que os psicopedagogos façam treinamento
constantemente podendo assim realizar mudança no ensino aprendizagem das
crianças com autismo, com habilidades sociais mais duradouras.
Considerando-se a atual política educacional inspirada no paradigma da
inclusão, foram apresentados argumentos com novas tecnologias visando o
favorecimento do aprendizado do aluno incluído, mas para isso acontecer precisa
que aconteça especialização por parte dos docentes, para que consigam obter dos
alunos bons resultados. Mudanças expressivas nas concepções sobre a inclusão
foram observadas nas últimas décadas.
Nesse sentido, notamos que o psicopedagogo é indispensável e favorecendo
o processo de inclusão ao possibilitar um curriculo adequado em sua rotina diária
fortalecendo os conteúdos, melhorando a capacidade de aprendizado e absorção de
conteúdo, aumentando o tempo de concentração, trabalhando a coordenação
motora e a oralidade, além de reforçar os comportamentos positivos e valorizar os
avanços obtidos pelos alunos.
39

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