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A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEGAGOGO EM UM AMBIENTE ESCOLAR

Sílvia Rosana Oliveira da Silva1


1Faculdade Cruz Azul. Professora da Rede Particular de Ensino. Pós – Graduada em LIBRAS,

Psicopedagogia e Educação especial , Gestão escolar e Coordenação Pedagógica – FACUMINAS,


Alfabetização e Letramento, Neuropsicopedagogia e psicomotricidade,*Especialização em Novas
Tecnologias Aplicadas em Ambientes da Educação Básica.
Faculdade de Sistemas de Informação / UFPA. *Em andamento e*Pós graduação em ABA – análise
comportamental aplicada ao autismo – FACUMINAS.
*Em andamento
s-rosana.oliveira@hotmail.com

Resumo- O presente artigo objetiva refletir sobre a importância do psicopedagogo dentro da Instituição
Escolar. A psicopedagogia tem como objeto de estudo o processo de aprendizagem, por meio de
intervenção no processo de ensino utilizando técnicas específicas. Cada vez mais é evidente o quanto é
importante à presença deste profissional dentro das escolas já que o seu trabalho fará com que a escola
possa desenvolver ações na formação do ser humano. A partir de uma análise do psicopedagogo que
ocorre nos três eixos que envolvem o processo ensino aprendizagem como: a escola, família e a própria
criança, consegue-se ter uma visão mais ampla de onde poderá haver uma intervenção psicopedagógica.
Com uma visão que promova uma educação crítica e reflexiva, passando a construir uma educação
formadora fazendo do aluno um agente capaz de socializar-se e participar da construção do conhecimento
interagindo com autonomia no seu meio social. O método caracteriza-se como descritiva e qualitativa
permitindo explorar um conjunto de opiniões a respeito do trabalho do psicopedagogo . Desta forma as
análises feitas para a pesquisa bibliográfica, basearam-se em várias fontes de leitura para dá base ao
estudo.

Palavras-chave: Psicopedagogia. Escola. Ensino. Aprendizagem. Educação.

Abstract- This article aims to reflect on the importance of the psychopedagogue within the School
Institution. Psychopedagogy aims to study the learning process, through intervention in the teaching process
using specific techniques. It is increasingly evident how important it is to the presence of this professional
within the schools since their work will enable the school to develop actions in the formation of the human
being. From a psycho-pedagogical analysis that occurs in the three axes that involve the teaching-learning
process as: the school, the family and the child itself, we have a broader view of where there may be a
psychopedagogical intervention. With a vision that promotes a critical and reflexive education, starting to
build a formative education making the student an agent capable of socializing and participating in the
construction of knowledge interacting with autonomy in their social environment. The method is
characterized as descriptive and qualitative, allowing the exploration of a set of opinions about the work of
psychopedagogues. In this way the analyzes made for the bibliographic research, were based on several
sources of reading to base the study.

Keyword: Psychopedagogy. School. Teaching. Learning. Education.

1 INTRODUÇÃO

O interesse pelo tema de pesquisa surgiu devido a área de psicopedagogia ser


bastante procurada pelos profissionais da pedagogia, pois esta aponta, dentre outras
questões, onde se pode atuar nos problemas de aprendizagens.
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O tema apresentado se torna relevante, porque interfere na forma de relação da


criança com o meio influenciador e intelectuais, esse meio, exige da criança um ambiente
físico facilitador de sua aprendizagem, assim como cuidar e desenvolver o seu lado
intelectual, prevenindo ou intervindo para eventuais dificuldades de aprendizagem.
Sabe-se que crianças quando entram na escola, entram em contato com novos
conhecimentos, nesse momento podem surgir as dificuldades de aprendizagem, que
podem ser tratadas, solucionadas, com recursos e diagnósticos. Fazendo com que o
sujeito possa sim aprender.
A finalidade da pesquisa é abordar a relevância do psicopedagogo na ação preventiva
e diagnóstica do educando no ambiente escolar, visando auxiliar a comunidade escolar,
no sentido de sempre resgatar de modo prazeroso o ato de aprender.

2 MÉTODO

A realização desse artigo, partiu de coletas de dados de materiais impressos, artigos e


livros, sites visando fundamentar teoricamente o trabalho e subsidiar a análise dos
estudos. Utilizando-se de pesquisa bibliográfica, dará oportunidade de analisar a
importância do psicopedagogo no ambiente escolar.
Caracteriza-se como descritiva e qualitativa permitindo explorar um conjunto de
opiniões a respeito do trabalho do psicopedagogo. A respeito do tema e seu significado, o
presente estudo está baseado em obras de autores que estudam o trabalho do
psicopedagogo em campo, tais como: Moriningo (2011), Zumpano (2013), Juver e Santos
(2014).
Segundo Cervo (1996,p.27)
A pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência, uma vez que é feita
com o intuito de recolher informações e conhecimentos prévios sobre um
determinado problema para o qual se procura resposta ou acerca de uma hipótese
que se quer experimentar.
Desta forma as análises feitas para a pesquisa bibliográfica, basearam-se em várias
fontes de literaturas referente ao assunto em questão para que o estudo fosse bem
fundamentado.

3 RESULTADOS

O tema proposto é centrado nas contribuições do psicopedagogo na instituição escolar


direcionando suas contribuições no fazer pedagógico dos envolvidos no processo de
construção do conhecimento, o que contribui significativamente para uma escola capaz de
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cumprir o seu importante papel de executar um ensino de qualidade. Sendo que seu
objetivo de trabalho é identificar e encontrar soluções para as dificuldades de
aprendizagem.

3.1 O surgimento da Psicopedagogia

A psicopedagogia surgiu na Europa, século XIX. No intuito de cuidar das pessoas que
possuíam dificuldades de aprendizagem.
Os primeiros estudos sobre tais dificuldades começaram a ser desenvolvidos em
laboratórios e hospícios, onde os pacientes eram tidos como anormais. Esses
estudos se iniciaram na Europa, principalmente na França, no século XIX, e
receberam contribuições da Medicina, Psicologia e Psicanálise. (ZUMPANO,2013,
p.6)
No início do século XX, os problemas de aprendizagem detectados em pacientes tidos
como anormais, nos primeiros estudos, as dificuldades eram trabalhadas em laboratórios
e hospícios e eram tratados como distúrbios, assim surgindo os primeiros centros de
orientações para crianças. Como afirma Zumpano, 2013, p. 06 apud Bossa, 2000
No início do século XX, surgiram os centros de reeducação para delinquentes
infantis. Os estudos sobre os processos de aprendizagem receberam um enfoque
orgânico, que orientou médicos, educadores e terapeutas.

Com a influência europeia, a psicopedagogia surgiu no Brasil nos meados dos anos 70,
pelos argentinos. Dando ênfase, no âmbito educacional, esclarecendo, resolvendo os
diversos fatores que dificultavam o desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem.
Os argentinos sob influência dos europeus passaram a cuidar de pessoas
portadoras de dificuldades de aprendizagem por mais de 30 anos. Assim, o
trabalho de reeducação passou a ser objeto de estudo com base nos
conhecimentos da Psicanálise e da Psicologia Genética, além do conhecimento da
Linguagem, e da Psicomotricidade, no sentido de melhor entender o
comportamento das pessoas com esse tipo de dificuldades. (GRAÇA, 2015, p.7)

No início a psicopedagogia começou seus estudos, atendendo as crianças em


laboratórios e hospícios. Recebendo apoio da medicina, psicologia e psicanálise.
A partir do séc. XXI, o MEC autorizou a formação do psicopedagogo, na área de pós-
graduação. Dando aos profissionais a oportunidade de se especializar. Como afirma
Graça (2015, p. 09)
A formação em nível de especialização, em programas Lato Sensu
regulamentados pelas resoluções 12/83, 03/99 e 01/2001 formavam os
especialistas em Psicopedagogia ou Psicopedagogos. O curso contava com
profissionais de diferentes graduações: Pedagogia, Psicologia, Fonoaudiólogo,
letras dentre outros.

Com a participação de vários especialistas, a psicopedagogia, surgiu para atender


esses sujeitos, a reintegrar á sua vida escolar, em forma de intervenção ou preventiva.
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Inicialmente a Psicopedagogia considerou as teorias de aprendizagem, a humanista em


que toda pessoa tem capacidade de crescimento e desenvolvimento normais e a
behaviorista em que estuda o comportamento através de estímulos e respostas.
Como afirma Moriningo (2011,p.15) “inicialmente, a Psicopedagogia recebeu influência
das abordagens behaviorista e humanista, que concebiam o processo pedagógico como
uma consequência das potencialidades do sujeito.”
A Psicopedagogia surgiu devido as necessidades que a criança demonstrava na
escola, o profissional prevenia, se o problema no início era detectado ou intervia, quando
se percebia que a metodologia da escola não era bem-aceita pelo aluno. Fazendo com
que ele não rendesse na escola e suas notas estivessem sempre baixas.
Segundo Moriningo (2011,p.18)
A princípio, a psicopedagogia nasceu para atender a patologia da aprendizagem.
Porém, está voltada cada vez mais para uma ação preventiva, acreditando que
muitas dificuldades de aprendizagem decorrem da inadequação da pedagogia
institucional e familiar.

Assim, a psicopedagogia foi ganhando espaço, se tornando um campo de


conhecimento, onde o seu principal objeto de estudo é a aprendizagem humana.
Considerando, por meios científicos, que o desenvolvimento da aprendizagem recebe
influência de vários fatores, como na família, na escola, na sociedade ou até mesmo na
criança, e assim as dificuldades vão surgindo.
Como afirma Moriningo (2011, p. 127) “Em relação a família e a escola são as
responsáveis pela construção no indivíduo, da autoestima, confiança, emoções,
sentimentos e atributos.” Assim, o individuo depende do meio em que vive para
desenvolver seu cognitivo. A família é muito importante para esse desenvolvimento, ela é
provedora do bem estar da criança. Também como acompanhar a criança em seu
desenvolvimento escolar.
A escola, será outro ambiente transformador. Que terá o acompanhamento da família
para atingir os objetivos de aprendizagem. Como Moriningo (2011, p. 127) afirma. “A
escola e a família jamais poderão estar dissociadas uma da outra. Os processos de
aprendizagem precisa de colaboração de ambas as partes.” Assim a família e a escola se
ocupa no papel de desenvolver o cognitivo e emocional da criança.
Já na parte social, há problemas de ensino, sendo que é um dos principais motivos que
o aluno apresenta dificuldade.
De acordo com Zumpano (2013, p. 14) apud Fini (2000)
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Se faz necessária a análise dessas situações de forma mais crítica e abrangente,


atentando para as poucas verbas destinadas à Educação, condições precárias
das escolas, a desvalorização do professor, a deficiente formação de alguns
docentes, entre outros tantos problemas.

Deste modo, considerando todas as variáveis, o trabalho do psicopedagogo pode


auxiliar o aluno, o professor e a escola contribuindo para a melhoria do trabalho docente.
Organizando o meio social ao qual a criança interage, facilitando a sua aprendizagem e
seu desenvolvimento.
A Psicopedagogia surgiu para dá voz e expressão e as práticas diversas no âmbito
educacional, em face da complexa rede de fatores que interferem no processo ensino -
aprendizagem, no qual as crianças resistem em aprender. Com intuito de ajudar com
atendimento individualizados.
Nesse sentido, a psicopedagogia surge como nova área do conhecimento na busca de
compreender e solucionar os problemas de aprendizagem, tendo em sua configuração
institucional a função de pensar e refazer o trabalho no cotidiano da escola, e auxiliando
professores e toda a comunidade escolar envolvidas na questão do aprender.

3.2 A importância da psicopedagogia para a educação


A importância da Psicopedagogia Institucional consolida-se no momento em que o
profissional dessa área consegue observar e escutar dando uma atenção especial ao
aluno que necessidade de uma educação especial. Dessa forma, por meio da avaliação
Psicopedagógica, é possível compreender quais as necessidades dessa criança, qual a
melhor forma para que ele aprenda e se desenvolva de forma ampla.
o trabalho psicopedagógico institucional é realizado com base na análise das
redes de relações que se estabelecem em instituições que atuam, direta ou
indiretamente, em processos de ensino e aprendizagem. Logo, seu objeto de
estudo é a instituição, seja ela uma escola, um hospital ou uma empresa, onde
pessoas se relacionam, ensinam e aprendem (TEIXEIRA, 2015, p. 06 apud
GRASSI, 2009, p. 146)

Como o Psicopedagogo possui a contribuição de várias áreas do conhecimento, como


psicologia, linguística, sociologia... Possui o dever de prevenir e intervir para não
acontecer o fracasso escolar. Prevenir, como afirma Juver e Santos (2014, p.4)
“Identificando fatores que contribuem ou que dificultam a aprendizagem dos sujeitos.”
E continuando o autor afirmar como intervir. “Busca compreender o ato de aprender e
de ensinar, considerando os fatores internos e externos que de uma maneira ou de outra
influenciam no processo de aprender.”
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Pode-se dizer que Psicopedagogia dedica-se ao estudo da aprendizagem com a


finalidade de prevenir ou curar os seus problemas, ou intervir, buscando uma melhor
metodologia, facilitando a aprendizagem da criança. Capacitando o aluno a torna-se mais
ativo e independente no seu processo de aprendizagem. Desse modo, de acordo com
Moriningo (2011, p. 04)
“O psicopedagogo é a mão, que levanta, que arremessa, que impulsiona, que lança;
mão que ajuda a unir a realidade e prazer, sentir e agir, ter e poder ser.” O psicopedagogo
minimiza ou soluciona os problemas de aprendizagem, considerando as realidades
internas e externas em relação ao ambiente escolar.
O trabalho do psicopedagogo é de suma importância no ambiente escolar. Ele tem o
objetivo de instruir a criança de acordo com suas dificuldades e a reintegrar á vida
escolar. Como afirma Moriningo (2011, p. 17) “O objetivo do psicopedagogo, como
específica, é reintegrar o sujeito à vida escolar normal, respeitando suas possibilidades e
interesses.”
Ainda, Moriningo (2011, p. 18) “É importante que o sistema escolar respeite o ritmo de
aprender década criança, pois cada uma apresenta uma maneira particular de lidar com o
conhecimento”. Sendo que o profissional não imponha atividades para criança, a criança
deve ser orientada e auxiliada, sempre respeitando o limite de aprendizagem do aluno.
Como afirma Zumpano, 2013, p. 13 (apud Bossa 2000) “Como o sujeito aprende, como
a aprendizagem varia e depende de vários fatores, como acontece as alterações, como
reconhece-las, tratá-las e preveni-las. Assim objeto de estudo consiste num sujeito que
será estudado por outro sujeito.” O autor defende que a aprendizagem varia devido a
vários fatores, como ambiente escolar, ou familiar, ou mesmo a criança, pois cada uma
possui o seu tempo e sua maneira de aprender.
Assim que o profissional detectar a dificuldade na criança, essa dificuldade será tratada
e trabalhada, sendo desmitificada do fracasso escolar, solucionando o problema
apresentado.
Como afirma Almeida (2009, p.03)
O Psicopedagogo na instituição assumirá o compromisso com a transformação da
realidade escolar, à medida que se propõe a fazer uma reorientação do processo
de ensino-aprendizagem refletindo os métodos educativos e numa atitude
investigativa descobrir as causas dos problemas de aprendizagem que se
apresenta na instituição e que se depara em sala de aula.

É importante o trabalho desse profissional, ele não vai trabalhar as disciplinas em si,
em sim o trabalho será constituído do desenvolvimento do cognitivo do aprendente, de
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uma forma singular. A aprendizagem será desenvolvida de uma forma lúdica e prazerosa.
E podendo auxiliar o professor nas atividades para dar continuidade nas atividades.
Segundo Lima (2016, p.23) afirma que “O psicopedagogo, através de discussões e
atividades lúdicas, contribui para o esclarecimento das dificuldades escolares que podem
ser decorrentes da organização administrativa do sistema escolar e familiar.” Além de
orientar o aluno e auxiliá-lo nas atividades, o profissional, também poderá auxiliar o
professor, para dar continuidade nas práticas pedagógicas para aquele aluno com
dificuldade.
Para Galvão (2014, p. 09 apud Bossa, 2007), “o trabalho do Psicopedagogo aqui é
tratado no âmbito da instituição escolar, trabalho este de extrema relevância para os
sujeitos envolvidos na dinâmica ensino-aprendizagem.” Esse trabalho não é somente
voltado para tratar os educandos com dificuldades de aprendizagem, mas também
redimensionado para o ensino-aprendizagem, colaborando no desenvolvimento do
aprender.
Os objetivos do Psicopedagogo somente será atingindo quando ele compreender as
necessidades de aprendizagem da criança, que está com dificuldades, assim os métodos
e recursos serão trabalhados, atendendo as necessidades do sujeito. Tornando assim o
profissional uma ferramenta importante no ambiente escolar, com vista no apoio da
aprendizagem.
Segundo Lima (2006, p.16)
A Psicopedagogia é a ciência nova que se destina a buscar as causas dos
fracassos escolares e resgatar o prazer de aprender numa visão multidisciplinar,
podendo orientar as instituições escolares e seus professores a atender a pais e
alunos na perspectiva de transformar as relações com o aprendizado.

Pode-se compreender a amplitude de abordagem dessa área que não se detém


apenas ao ambiente escolar. A psicopedagogia no espaço escolar tem um papel
importante no auxílio nas relações de ensino e aprendizagem. Dedica atenção não
somente as crianças com dificuldades, como também auxilia os professores no ensino
aprendizagem, de forma preventiva e de intervenção.
Ressalta-se o que é destacado por Teixeira, 2015, p. 06 apud Oliveira 2009, p.39) que
diz: “a psicopedagogia institucional se propõe, portanto a estar atenta às inúmeras
possibilidades de construção do conhecimento e valorizar o imenso universo de
informações que nos circunda”.
O profissional da área busca contribuir de forma com que a instituição melhore no
processo de ensino, e que isso aconteça por meio de trabalhos envolvendo
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aprendizagens cooperativas, contribuindo no processo interpessoal com a comunidade


escolar, entre outros.
Com isso se pode afirmar que a relevância do trabalho do psicopedagogo no âmbito
escolar, é para um maior aprimoramento de qualidade de aprendizagem das crianças e
aperfeiçoar os recursos pedagógicos. Assim como diagnosticando e dando suporte para
as intervenções no educando, se subsidiando de diversos recursos que dão suportes para
as intervenções, auxiliando e coordenando o trabalho pedagógico da equipe visando
sempre resgatar de modo prazeroso o ato de aprender.

3.3 Atuação do psicopedagogo dentro da escola

O profissional atua no ambiente escolar atendendo aqueles que apresentam alguma


dificuldade de aprender, contribuindo para solucionar casos de fracasso escolar,
desenvolvendo um trabalho de intervenção para o sucesso escolar. A psicopedagogia
atua onde os processos de aprendizagens e dificuldades estão interligadas, com isso o
papel do psicopedagogo é imprescindível na escola.
Segundo Moriningo (2011, p. 4) “a função do psicopedagogo, é similar à de um jogador
de vôlei ou de basquete, em que ambos deverão desenvolver a concentração, a disciplina
para que o lance seja certeiro e a partida obtenha sucesso.”
Ainda de acordo com autora, “na instituição o profissional integra a equipe
multidisciplinar, colaborando nos diagnósticos e tratamentos dos distúrbios relacionados
com a aprendizagem.” O profissional precisa trabalhar em conjunto com a comunidade
escolar, unindo a equipe para uma melhor avaliação, para poder desenvolver um trabalho
minucioso e preciso, para que aquela criança com dificuldade possa desenvolver-se no
aspecto cognitivo, aprendendo sem problemas na escola.
Segundo Almeida (2009, p. 02)
A intervenção psicopedagógica, exercida por um profissional habilitado na área da
Psicopedagogia institucional fará um trabalho de prevenção a fim de perceber
possíveis falhas no sistema educativo que dificulta a aprendizagem dos alunos
participando do processo de reorientação metodológica da escola.

Psicopedagogo é o profissional que contribui para facilitar a aprendizagem, para


realizar este trabalho de intervenção, elabora técnicas que irá realizar uma hipótese
diagnóstica e encaminhar para o profissional especializado.
Para Teixeira,2015 p. 08 apud Oliveira, 2009 p.64)
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[...], o diagnóstico é muito mais do que uma coleta de dados, sobre a qual se
organiza um raciocínio. Ele é um momento de transição, como um passaporte
para a intervenção posterior. Usa de aproximação sucessiva para entrar em
contato com seu objeto de estudo.
Para que se possa entender o processo de ensinar e aprender, é preciso ter uma
compreensão das causas do sintoma apresentado, como também é preciso um olhar
psicopedagógico direcionado a dificuldade. Para compreender essa dificuldade, é
importante que se conheça a vivência da criança, com a finalidade de melhor avaliar e
direcionar a ação psicopedagógica. Ao propor intervenção, o psicopedagogo precisa
antes analisar sobre as necessidades da escola para que sua atuação venha a contribuir
de forma qualitativa para a solução dessas demandas.
De acordo com Moriningo (2011, p.17) o profissional nessa área, além de buscar
soluções para as dificuldades de aprendizagem, ele também “presta assistência aos
professores e outros profissionais da instituição de ensino, buscando a melhoria das
condições do processo de ensino e aprendizagem, prevenindo eventuais problemas de
aprendizagem.”
Ao mesmo tempo em que realiza o trabalho preventivo poderá diagnosticar
perturbações na aprendizagem do aluno numa ação educativa que envolva a
escola, a família e outros profissionais na busca de soluções para o problema de
aprendizagem que o aluno apresenta. (ALMEIDA, 2009, p.02)

O Psicopedagogo auxilia outros profissionais da escola, principalmente o professor,


com quem terá maior contato com seu aluno que apresenta dificuldade de aprendizado.
Contribuindo para a continuidade das atividades lúdicas, prevenindo o insucesso do
aluno. Para isso, logo de início, cabe o professor perceber que seu aluno não está indo
bem e buscar orientações e auxílio do Psicopedagogo, para que a criança receba uma
intervenção psicopedagógica.
Como cita Moriningo (2011, p.18) “a intervenção psicopedagógica no sentido de
resgatar o potencial cognitivo latente de cada um, independentemente do estágio de
desenvolvimento intelectual em que se encontra.” Quanto mais cedo se diagnostica essa
dificuldade, mais cedo será tratada e solucionada.
Ainda Moriningo (2011, p.18) “cabe, portando, avaliar o educando e identificar os
problemas decorrentes de seu processo de aprender, buscando conhecê-lo em seus
potenciais e em suas dificuldades.” Aquilo que responde a percepção social sobre o papel
profissional do Psicopedagogo, buscando o desenvolvimento da aprendizagem do aluno,
avaliar e identificar essa dificuldade, solucionando o caso para a vida escolar, mas
sempre respeitando seus limites.
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A atuação do Psicopedagogo de acordo com Moriningo 2011, p.19 apud Bossa, op. Cit.
p.24)
O Psicopedagogo, no Brasil, ocupa-se das seguintes atividades.
Orientação de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da criança quando
esta não sabe fazê-lo espontaneamente
Apropriação dos conteúdos escolares – O psicopedagogo visa propiciar o domínio
de disciplinas escolares em que a criança não vem tendo um bom aproveitamento.
Desenvolvimento de raciocínio – Trabalho feito com processos de pensamento
necessários ao ato de aprender.
Atendimento a criança – Presta-se a atender crianças com necessidades
especiais, ou com simples dificuldade de aprendizagem.

A Psicopedagogia assumiu o papel de organização de ensino-aprendizagem,


desenvolvendo um trabalho, prevenindo as dificuldades de aprendizagem. Dessa forma,
inclui alunos e professores nessas orientações.
Independente dos campos de atuação, cabe ao psicopedagogo ajudar a criança a
desenvolver e a expandir a personalidade, favorecendo as suas iniciativas
pessoais suscitando os seus interesses, respeitando seus gostos, propondo e não
impondo atividades. ( MORININGO,2011 p.20)

O profissional, propõe, uma ação psicopedagógica voltada para o ensino também.


Onde o professor irá propor atividades com intuito de evitar a evolução das dificuldades
de aprendizado.
Segundo Juver e Santos (2014,p.6)
A Psicopedagogia atua primeiramente na elaboração de uma avaliação
diagnóstica e a partir dela e de sua análise passa-se para o trabalho de
intervenção com aplicação de um projeto que apresenta o processo corretor
elaborado pelo psicopedagogo. O processo de avaliação e de intervenção leva em
consideração a dinâmica individual e grupal vivenciada pelos sujeitos presentes na
instituição escolar.

O psicopedagogo com análise de dados busca investigar, diagnosticar dificuldades que


por via das vezes parecem inexistentes. A contribuição do psicopedagogo na escola
diante dos dados se mostrou claramente significativa e emergencial. Se tratando de sua
ação preventiva e de intervenção seu trabalho nesse contexto soma aos demais
professionais da educação, objetivando a orientação pedagógica em todos os setores
educacionais.
O conceito de aprendizagem com o qual trabalha a psicopedagogia remete a uma
visão de homem como sujeito ativo em um processo de interação com o meio
físico e social. Nesse processo interfere o seu equipamento biológico, as suas
condições afetivas - emocionais e as suas condições intelectuais. (Almeida,2009
p.03)

Além disso, o trabalho em parceria entre os professores da classe comum e


psicopedagogo poderão auxiliar os professores a elaborarem seus métodos de
diferenciação de ensino para os alunos com necessidades educacionais especiais:
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... para garantir o êxito dos trabalhos na escola inclusiva, algumas considerações
devem ser consideras: apoio de especialistas, unificando os dois sistemas e
adaptando-os às necessidades de todos os alunos; potencialização das formas de
intervenção, isto é, aplicação dos sistemas consultivos e de intervenção direta em
sala de aula comum por meio do ensino cooperativo; adoção de uma nova
organização escolar, propondo a colaboração, o ajuste mútuo, as formas
interdisciplinares e o profissionalismo docente. ( VELTRONE E MENDES, 2007
p.06 apud DENARI, 2006, p.36)

Assim, o psicopedagogo capacitará os professores a perceberem a diversidade de


seus alunos, fazendo com que tenham um outro olhar para essas crianças. Valorizando a
educação inclusiva. Vão poder identificar alguma necessidade educacional do aluno e
com isso trabalhar junto com o psicopedagogo, implementando juntos as adaptações
curriculares, para o seu melhor desenvolvimento da aprendizagem.
A formação psicopedagógica constitui-se para os professores como uma
oportunidade para entender o sujeito em suas múltiplas dimensões e refazer suas
concepções e atitudes frente ao processo de ensino-aprendizagem, dando-lhes
instrumentalização necessária para atender as demandas da escola
especialmente no que concerne aos alunos com dificuldades de aprendizagem,
foco principal do estudo da psicopedagogia (ALMEIDA, 2009 p.02)

Para Teixeira(2015, p.10 apud Soares e Sena s/d, p. 2) ressaltam a respeito da


atuação do psicopedagogo na instituição promovendo formações e orientações, dizendo
que:
o psicopedagogo pode desempenhar uma prática docente, envolvendo a
preparação de profissionais da educação, ou atuar dentro da própria escola. Cabe
também ao profissional detectar possíveis perturbações no processo de
aprendizagem; participar da dinâmica das relações da comunidade educativa a fim
de favorecer o processo de integração e troca; promover orientações
metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos; realizar
processo de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma
individual quanto em grupo.

Com essas medidas, espera-se que o objetivo seja alcançado. De que o professor
esteja mais apto e sensível para trabalhar em sala com seu aluno que esteja com
dificuldade de aprender, no qual devem buscar caminhos planejar e agir com todos
envolvidos na educação para um melhor processo ensino-aprendizagem.
Com esse profissional pode-se contar com a colaboração e contribuição nas decisões e
práticas a serem realizadas com sucesso com uma estratégia bem elaborada,
oportunizando, dessa maneira que os reflexos obtidos sejam positivos e duradores.

4 CONCLUSÃO

A Psicopedagogia surgiu na Europa, século XIX. No intuito de cuidar das pessoas que
possuíam dificuldades de aprendizagem. Suprindo essa necessidade de evitar os
problemas de aprendizagem. Foi necessário a contribuição de vários profissionais que
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atuam nas áreas do conhecimento, com essa fusão de profissionais, surgiu a formação
específica para tratar essa dificuldade de aprendizagem.
No Brasil, a Psicopedagogia surgiu por influência da Argentina. Unindo as áreas da
saúde e educação. A necessidade surgiu com a preocupação de evitar o surgimento de
dificuldades de aprendizagem. Sobre a formação do Psicopedagogo. De acordo com
Graça (2015, p. 09) Surgiu.
No início do século XXI, a formação do psicopedagogo foi autorizada pelo MEC.
Contudo, esta pós – graduação não adquiria credibilidade no mercado de trabalho
na medida em que não havia o percurso da formação de uma identidade
profissional, ou seja, o Brasil não reconhecia ainda, como uma profissão do ponto
de vista legal. A formação em nível de especialização, em programas Lato Sensu
regulamentados pelas resoluções 12/83, 03/99 e 01/2001 formavam os
especialistas em Psicopedagogia ou Psicopedagogos. O curso contava com
profissionais de diferentes graduações: Pedagogia, Psicologia, Fonoaudiólogo,
letras dentre outros.

O curso de formação é orfertado na modalidade de Pós-Graduação. Ainda, autora


continua a especialização (p.09) “Lato Senso e Strito Senso, nos quais possuem carga
horária de 360 a 720 horas, com 75% de aulas teóricas e 25% de estágio supervisionado,
conforme determina o Ministério da Educação (MEC).”
Ainda autora afirma, que há “cursos de Educação à Distância (EAD), regulamentados
pelo MEC, na qual a mediação didática - pedagógica ocorrem por meio de mídia
educacional sob o credenciamento do SESU. A carga horária deve compor pelo menos
20% de atividades presenciais.”
Um curso que está muito procurado no mercado, a Psicopedagogia é visada por
profissionais da área de psicologia, psiquiatria, neurologia e pedagogia, para atender uma
educação voltada para a higiene mental. Pois a realidade do insucesso escolar preocupa
esses profissionais. Que visam o sucesso educacional, que as crianças além de aprender,
obtenham o acesso á cidadania.
A Psicopedagogia busca fatores, elementos que fazem parte do ensino-aprendizado,
para serem analisados e trabalhados, elementos esses que dificultam esse
desenvolvimento do cognitivo do sujeito. O profissional assessora, a equipe escolar, e o
aluno, contribuindo para um melhor rendimento escolar.
O profissional habilitado, realiza seus atendimentos, adotando técnicas, dinâmicas e
métodos estudados. Um profissional habilitado em um ambiente escolar, é de suma
importância, pois sempre vai haver uma criança com dificuldades de aprendizagem, e
esse profissional estará lá para atender essas necessidades, intervindo, solucionando
esses problemas.
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O psicopedagogo enfrenta de forma significativa muitos desafios, assim como ele


atende o aluno, atende professores, auxiliando-os em novos métodos, técnicas ou mesmo
dinâmicas, orienta as famílias envolvidas.
Como seria uma a escola sem esse profissional? Ou como era a escola antes de surgir
esse profissional? O Psicopedagogo.
Segundo Luchese (2009,p.02)
A escola assume sozinha, hoje muitos papéis que antes ela somente contribuía,
entrava como parceira. Atualmente ela não é mais parceira e sim seu papel se
inverteu; é a escola quem tem que correr atrás da família da criança para ver se
essa família tem ou não tempo de contribuir, quase sempre de maneira insistente
e taxativa, para conseguir por em prática a ação ou a contribuição dos
responsáveis pelos seus filhos.

A família, considerava a escola como a única responsável com deveres para as


crianças, tirando de si a responsabilidade de ensinar e até mesmo de educar. Sempre
alegando a falta de tempo para acompanhar seus filhos nas tarefas da escola. E o
professor? Sem um Psicopedagogo para lhe auxiliar. Como se encontrava?
De acordo com Luchese (2009, p.03) “O professor muitas vezes se encontra a beira do
descaso. Sem incentivo e estímulo, dentre inúmeras razões de seu cotidiano, também
acaba caindo na rotina de seu trabalho e sem saída.” Sabe-se que os educadores
exerciam múltiplas funções dentro ou fora de sala. Distanciando-se de sua verdadeira
função.
Com o surgimento da psicopedagogia, foi possível organizar a escola e o atendimento.
Tanto para as famílias, como para comunidade escolar. O psicopedagogo, pôde auxiliar
os professores no atendimento as crianças com dificuldades de aprendizado, assim
também como orientar os pais.
Considera-se dessa forma a importância do papel que o psicopedagogo tem na
escola. Faz-se necessário que o psicopedagogo tenha um olhar clínico; esteja
sempre disposto em contribuir junto ao professor e sua família, estando presente
sempre com intuito de verificar e compreender ambas as partes, tanto a escola
quanto a família. (LUCHESE, 2009, p.03)

Conclui-se que é possível promover uma relação entre escola e a família. E o estudo
indica que o trabalho do psicopedagogo no ambiente escolar é de suma importância para
o aluno que necessita de cuidados educacionais especiais, a família e a comunidade
escolar, como fonte de prevenção e intervenção, para tratar as dificuldades de
aprendizagem.
A escola não pode ignorar a dificuldade de aprendizagem da criança. Não pode faltar
solução dos problemas de aprendizagem que surgem no ambiente escolar. O profissional
14

precisa entender como cada sujeito aprende e encontrar uma metodologia que facilite o
seu aprender.
Compreender e estimular suas estruturas cognitivas e os aspectos sociais e
emocionais que interferem na aprendizagem. Para uma melhor aprendizagem. Voltando
sempre o olhar para a necessidade da melhoria dos rendimentos escolares e no
aprendizado efetivo da criança.
Conclui-se que o profissional da Psicopedagogia possui uma extrema importância no
ambiente escolar, pois além de estimular o desenvolvimento de relações interpessoais,
estabelece vínculos, atualiza métodos de ensino com qualidade, em forma relevante
daqueles que necessitam de um mediador das novas práticas de apresentar e despertar o
aprender.

REFERÊNCIAS

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CONTEXTO ESCOLAR. 2009. Disponível em
https://www.webartigos.com/artigos/contribuicoes-da-psicopedagogia-no-contexto-
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Universidade do estado do Rio Grande do Norte – 2014. Ericapsgm@hotmail.com
Disponível em
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- JUVER, Carla Andréa. SANTOS, Kelen Conrado de Souza. A contribuição da


Psicopedagogia nas instituição escolares. 2014
Disponível em https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-contribuicao-da-
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- LIMA. Marcelle Gomes de. A importância do trabalho do psicopedagogo.


Universidade Cândido Mendes. Instituto a Vez do Mestre. Rio de Janeiro- RJ. 2016
15

- LUCHESE, Marciane Luchese. Relação família e escola e as contribuições da


psicopedagogia. Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai – IDEAU. v.4
- n.8 - Janeiro - Junho 2009
Disponível em https://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/188_1.pdf
acesso em 18/03/2018

- MORININGO. Andréia Reis Bacha. Práticas psicopedagógicas aplicadas à


educação. – 2 ed. – São Paulo: KNOW how,2011.

- VELTRONE, Aline Aparecida; MENDES, Enicéia Gonçalves (UFScar). Diretrizes e


desafios na formação inicial e continuada de professores para a inclusão escolar. UNESP
- Universidade Estadual Paulista - Pro-reitoria de graduação - SP. 2007

- TEIXEIRA, Carolina Terribile. A atuação psicopedagógica na Instituição escolar em


colaboração à Gestão educacional. 2015. UFSM - RS – Santa Maria. Disponível em
http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/20002_9371.pdf acesso em 25/03/2018

- ZUMPANO, Gabriela. Psicopedagogia: processo histórico, ambientes e técnicas de


atuação. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Instituto de
Biociências. UNESP- Rio Claro- SP. 2013

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