Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SÃO PAULO
2022
JOSÉ MUNIZ JUNIOR
SÃO PAULO
2022
JOSÉ MUNIZ JÚNIOR
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
Prof. Dr. Elizeu Coutinho de Macedo
Universidade Presbiteriana Mackenzie
___________________________________________________________________
Prof. Dr. José Salomão Schwartzman
___________________________________________________________________
Profa. Dra. Alessandra Gotuzo Seabra
Universidade Presbiteriana Mackenzie
___________________________________________________________________
Profa. Dra. Ceres Alves de Araújo
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Para Zia e PAM,
Minha maior riqueza.
AGRADECIMENTOS
Para ser justo, agradeço primeiro a todos aqueles que vêm desbravando o
longo caminho em busca da compreensão do fenômeno savant observado em muitos
casos de TEA. Parafraseando Wilfred Ruprecht Bion, o desafio é desenvolver um
aparato para pensar os pensamentos pois só assim as ideias poderão ser alcançadas
e nos levar a uma aproximação maior do verdadeiro significado das coisas.
Sendo assim, é hora de agradecer primeiro ao Professor Dr. José Salomão
Schwartzman que me instigou a pensar sobre o tema, alimentando minha curiosidade
na primeira metade do desenvolvimento deste estudo.
Em segundo lugar, ao Professor Dr. Elizeu Coutinho Macedo, que para muito
além de sua expertise, mostrou toda sua humildade e generosidade ao me adotar no
momento mais difícil do estudo, além de dar sustentação e alimentar a fé para que eu
me mantivesse na penosa trilha de aquisição deste conhecimento.
Também gostaria de agradecer a Jucineide Silva Xavier, que no período de
organização do projeto gentilmente ajudou nas primeiras explorações sobre
psicometria do TEA.
Agradeço a Pamela Carvalho Muniz, mestre e companheira de jornada, farol
no meu caminho, que gentilmente doou parte do seu precioso tempo para ser revisora
parceira neste estudo.
Justiça seja feita, muita gratidão para com Silvia, minha esposa, alicerce e
companheira de todas as horas e a “Vó Carma” e ao “Cândido” que amorosamente
também deram suporte a esta jornada. Sem eles, nada disto seria possível.
E por último, aos meus pais, que me presentearam com a luz do mundo e que
generosamente me deram oportunidade de crescer e construir meu próprio caminho.
Caminho se conhece andando
Então vez em quando é bom se perder
Perdido fica perguntando
Vai só procurando
E acha sem saber
Perigo é se encontrar perdido
Deixar sem ter sido
Não olhar, não ver
Bom mesmo é ter sexto sentido
Sair distraído espalhar bem-querer
(Chico César, Dominguinho)
RESUMO
The aim of this study is to conduct a literature scoping review on savant syndrome
associated to Autism Spectrum Disorder (ASD), focusing on: definitions (review A),
theoretical etiopathogenic factors (review B) and savant syndrome psychometric
measures (mental math and calendar calculation, music, drawing and painting,
hyperlexia and mechanical skills (review C). For this purpose, a scoping review was
elaborated based on Joanna Briggs methodology, by which a literature survey is
performed in three stages. Database consult on MEDLINE, EMBASE, Scopus,
ScinceDirect, Cochrane Lybrary, LILACS, Google Scholar, Gray Literature and also
indirect search databases, without time or language limit for studies selection. The
articles were selected and information extraction was performed by a pair of
independent blinded researchers. As results, 24 studies were selected for review A,
40 studies for review B and 30 studies for review C. Review “A” discussed historical
evolution of savant syndrome associated with ASD concept and concluded that
conceptual literature imprecision results in studies heterogeneity. Review “B” found 12
distinct theories describing etiopathogenesis of savant syndrome associated with ASD.
A brief discussion of each one of those theories was performed. Review “C” provides
examples of assessment tools used for savant syndrome associated with ASD
evaluation. Lack of standardized tools, especially for high skills assessments in music
and drawing/painting leads to high subjectivity bias in studies. In conclusion, despite
more than 100 years of reports of savant syndrome, the vast majority reveals
subjectives opinions or qualitative analysis. From the last three decades, we found a
few structured studies with pertinent methodology. There are still large gaps in
knowledge regarding concept, etiopathogenic theories and psychometric assessment
of savant syndrome associated with ASD. Those unfulfilled gaps turns this subject into
a very interesting and challenging research field.
Pág.
Pág.
Pág.
Tabela 1 Relação e características dos estudos selecionados para
a revisão “A” sobre o conceito de síndrome de savant 30
associada ao TEA
3D Tridimensional
Ms Milissegundo
VM Veridical Mapping
LISTA DE SÍMBOLOS
= Igual
> Maior
< Menor
+ Adição
- Subtração
* Multiplicação
/ Divisão
∫ Integral
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 16
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 19
3 MÉTODO ......................................................................................................... 25
3.1 Desenho do estudo ....................................................................................... 25
3.2 Estratégia de busca ...................................................................................... 25
3.3 Estudo/fonte de seleção de evidência ........................................................ 26
3.4 Extração de dados ........................................................................................ 28
APRESENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
2 PROTOCOLO DA REVISÃO
2.2 Palavras-chave
2.3.1 Participantes
2.3.2 Conceito
considerados para que, na síntese dos resultados, seja possível buscar uma unidade
conceitual.
2.3.3 Contexto
3 MÉTODO
recebeu uma cópia das planilhas brutas, contendo todo o resultado da busca,
discriminando apenas os autores, ano e título do estudo. Essas informações foram
apresentadas separadamente em cada uma das bases de dados a fim de se realizar
a seleção preliminar, a partir da análise do título do estudo. Assim chegou-se aos
seguintes números de estudos selecionados: 175 relacionados com o objetivo “A”; 180
relacionados com o objetivo “B”; e 177 relacionados com o objetivo “C”.
Estas fontes potencialmente relevantes e seus detalhes de citação foram
importados para o Sistema JBI para o Unified Management, Assessment and Review
of Information (JBI SUMARI) (JBI, 2022; TRICCO et al., 2018). Para cada uma das
perguntas de revisão construiu-se nesta plataforma uma estrutura de revisão de
escopo (Revisão “A”, Revisão “B” e Revisão “C”).
Na plataforma JBI SUMARI foi realizada uma nova seleção após leitura dos
resumos dos trabalhos para cada uma das três revisões. Novamente, este processo
envolveu os dois revisores ainda cegados como na primeira fase da seleção conforme
exigido pelo protocolo. Após a seleção pela leitura dos resumos, procedeu-se a
recuperação das fontes selecionadas para leitura dos textos completos visando a
seleção final. Assim como nas etapas anteriores, os dois revisores permaneceram
cegados para a leitura completa dos artigos recuperados e seleção dos estudos
pertinentes. Os estudos indisponíveis (11 para a Revisão “A” sendo 1 da busca
indireta, 10 para a revisão “B” e 11 da Revisão “C”) constam na lista de exclusão de
cada uma das revisões (APÊNDICES III, IV e V), bem como dos fluxogramas do
processo de busca e seleção para cada uma das três revisões. Dessa forma, chegou-
se ao número de estudos selecionados por busca direta para cada uma das revisões.
Por último, foram acrescentadas as referências encontradas por busca indireta para
cada uma das três revisões. Um fluxograma completo do processo de seleção dos
estudos para cada uma das revisões será encontrado na sessão específica de cada
uma delas.
Os estudos excluídos e os motivos de sua exclusão, estão relatados nos
APÊNDICES III, IV e V.
28
Os dados foram extraídos dos artigos incluídos na revisão de escopo por dois
revisores, sendo um deles especialista na área, usando uma ferramenta de extração
de dados desenvolvida pelos revisores (APÊNDICE II). Os dados extraídos incluíram
detalhes específicos sobre os participantes, conceito, contexto, métodos de estudo e
achados-chave relevantes para a(s) questão(s) de revisão. As divergências entre os
revisores foram resolvidas por meio de discussão.
A seguir são descritas as três revisões relacionadas com os três problemas
analisados na presente dissertação.
29
4.1 Processo de busca e seleção dos estudos para a revisão “A” sobre o
conceito de síndrome de savant associada ao TEA
Tabela 1 – Relação e características dos estudos selecionados para a revisão “A” sobre
o conceito de síndrome de savant associada ao TEA
Desenho do País de
Autor Ano Título Idioma
estudo origem
New Facts and Remarks
concerning Idiocy: being a
Texto/Estudo
Sèguin 1869 Lecture delivered before the EUA inglês
de opinião
New York Medical Journal
Association, October 15, 1869.
On Some of the Mental
Affections of Childhood and
Youth: Being the Lettsomian
Texto/Estudo Reino
Down 1887 Lectures Delivered Before the inglês
de opinião Unido
Medical Society of London in
1887, Together with Other
Papers
1908
Texto/Estudo
Tredgold (Ed. XIV - Idiots savants EUA inglês
de opinião
1914)
Horwitz, et 1964/ Identical twin - "Idiot savants" -
Relato de caso EUA inglês
al. p1965 Calendar calculators
Desenho do País de
Autor Ano Título Idioma
estudo origem
Annotation: the savant Reino
Heaton et al. 2004 Coorte inglês
syndrome Unido
Revisão Reino
Pring 2005 Savant talent inglês
narrativa Unido
The savant syndrome: an
Texto/Estudo
Treffert 2009 extraordinary condition. A EUA inglês
de opinião
synopsis: past, present, future
Texto/Estudo Reino
Happé et al. 2012 Savant Syndrome inglês
de opinião Unido
Veridical mapping in the
Texto/Estudo
Mottron et al. 2013 development of exceptional Canadá inglês
de opinião
autistic abilities
Chapter 6 - Savant Skills,
Texto/Estudo
Waterhouse 2013 Special Skills, and Intelligence EUA inglês
de opinião
Vary Widely in Autism
Prevalence of Clinically and
Estudo de
Meilleur et al. 2015 Empirically Defined Talents Canadá inglês
prevalência
and Strengths in Autism
Texto/Estudo Reino
Heaton 2018 Autistic Savants inglês
de opinião Unido
Savant syndrome has a
Reino
Hughes et al. 2018 distinct psychological profile in Experimental inglês
Unido
autism
Belteczki et [Savant-syndrome - something Texto/Estudo
2020 Hungria húngaro
al. for something?] de opinião
Kawamura et [Savant Syndrome and an Texto/Estudo
2020 Japão japonês
al. "Oshikuramanju Hypothesis"] de opinião
Fonte: Próprio autor (2022).
O termo “Idiot savant” foi usado pela primeira vez em 1869 e é de autoria
de Edward Sèguin, conforme comprovado por sua publicação de 1870, e assim
ele se expressa sobre a condição:
Hill (1978) em sua revisão constatou que, desde Down em 1887 até
1968, os estudos encontrados são de relatos de casos e, muitos deles, de caráter
“anedótico”, sem critérios científicos bem definidos. Podemos também dizer que
o conceito da condição, nesta fase, também é pouco preciso embora continue
despertando interesse e curiosidade, em virtude da contradição que encerra em
sua própria essência: altas habilidades em áreas circunscritas ao lado de
deficiência cognitiva.
A partir de 1968 começaram a aparecer na literatura estudos mais
sistemáticos, versando sobre mecanismos e habilidades subjacentes às
habilidades especiais. Com a preocupação do aprimoramento metodológico,
começou a crescer também a necessidade de buscar maior precisão conceitual,
visto que esta se faz necessária para a descrição precisa de casos e
principalmente para definir e recrutar amostras para estudos.
Em 1964 foi lido durante a 120ª reunião anual da American Psychiatric
Association (HORWITZ et al., 1964), o relato de um caso de fenômeno de savant
em gêmeos idênticos. O trabalho foi publicado no ano seguinte e refere-se ao
termo “Idiot savant” como descrevendo:
Horwitz et al. (1965) cita o termo síndrome em seu estudo, mas não
propõe este como uma nomenclatura a ser adotada. Vale ressaltar que o termo
“síndrome de savant” foi usado pela primeira vez 23 anos depois da publicação
do trabalho de Horwitz. Assim, Treffert (1988) foi o primeiro a usar a expressão
em 1988, fazendo referência à uma síndrome. A proposta de Treffert ao utilizar
o termo “síndrome” ocorreu dentro de um contexto genérico:
Tabela 2 – Relação e características dos estudos selecionados para a revisão “B” sobre
teorias etiopatogênicas da síndrome de savant associada ao TEA.
Desenho do País de
Autor Ano Título Idioma
estudo origem
Identical twin - “Idiot
Horwitz 1965 savant”- calendar Estudo de caso EUA inglês
calculators
Cerebral Lateralization:
Biological Mechanisms,
Geschwind 1985 Revisão EUA inglês
Associations, and
Pathology
The idiot savant: a
Treffert 1988 Revisão EUA inglês
review of the syndrome
Autism: Explaining the Reino
Frith 1989 Livro inglês
Enigma. Unido
Talents and Experimental com
Reino
O’Connor et al. 1991 preoccupations in idiots- grupo controle (4 inglês
Unido
savants grupos)
Autism: beyond “theory Reino
Frith 1994 Revisão inglês
of mind” Unido
Savant syndrome:
Young 1995 processes underlying Tese Austrália inglês
extraordinary abilities
Proper name
Mottron et al. 1996 hypermnesia in an Estudo de caso Canadá inglês
autistic subject
Atypical memory Experimental (1
Mottron et al. 1998 performance in an TEA savant X 8 Canadá inglês
autistic savant controles)
Local and global
processing of music in
high-functioning
Mottron et al. 2000 Experimental Canadá inglês
persons with autism:
Beyond central
coherence?
Annotation:
Anderson, M 2001 Conceptions of Teoria Austrália inglês
Intelligence
The Essential
Baron Cohen 2003 Livro inglês
Difference
Exploratory subsetting
of autism families based
on savant skills
Nurmi et al. 2003 Descritivo EUA inglês
improves evidence of
genetic linkage to
15q11-q13
48
Desenho do País de
Autor Ano Título Idioma
estudo origem
Non-algorithmic access Estudo de um Inglês
to calendar information caso submetido a
Mottron et al. 2006 Canadá
in a calendar calculator três testes
with autism específicos
Enhanced perceptual
functioning in autism: an
Mottron et al. 2006 update, and eight Revisão Canadá inglês
principles of autistic
perception
Savant memory for
digits in a case of
synesthesia and
Reino
Bor et al. 2007 Asperger syndrome is Estudo de caso inglês
Unido
related to hyperativity in
the lateral prefrontal
cortex
Neuropsychological
Studies of Savant Skills:
Wallace 2008 Can They Inform the Revisão narrativa EUA inglês
Neuroscience of
Giftedness?
What aspects of autism Reino
Happé et al. 2009 Revisão inglês
predispose to talent? Unido
Relationship between
special abilities and
Reino
Vital et al. 2009 autistic-like traits in a Epidemiológico inglês
Unido
large population-based
sample of 8-year-olds
The savant syndrome:
an extraordinary
Treffert 2009 Revisão EUA inglês
condition. A synopsis:
past, present, future
Explaining and inducing
savant skills: Priviliged
Snyder 2009 acces to lower level, Revisão Austrália inglês
less processed
information
A foundation for
10 casos
savantism? Visuo-
pareados com Reino
Simner et al. 2009 spatial synaesthetes inglês
controles em dois Unido
present with cognitive
experimentos
benefits
Enhanced perception in
savant syndrome:
Mottron et al. 2009 Revisão Canadá inglês
patterns, structure and
creativity
49
Desenho do País de
Autor Ano Título Idioma
estudo origem
The savant hypothesis:
Fabricius 2010 is a autismo a signal- Revisão EUA inglês
processing problem?
A review of Savant
Syndrome and its
Hughes 2010 Revisão EUA inglês
possible relationship to
epilepsy
Can the existence of
highly accessible
concrete
Reino
Murray 2010 representations explain Revisão Inglês
Unido
savant skills? Some
insights from
synaesthesia
The mind of the
mnemonists: an MEG
Experimental com Alemanha
Neumann et al. 2010 and neuropsychological inglês
controles Itália
study of autistic memory
savants
The paradox of autism:
why does disability Reino
Baron-Cohen 2011 Capítulo de livro inglês
sometimes give rise to Unido
talent?
Local and global
Reino
Pring et al. 2010 processing in savant Experimental inglês
Unido
artists with autism
Nadia Revisited – A
Selfe 2011 longitudinal Study of an Livro EUA inglês
Autistic Savant
Experimental (4
Creativity in savant Reino
Pring et al. 2012 grupos c/ inglês
artists with autism Unido
controles)
Interdisciplinary
implications on autism,
Hungria e
savantism, Asperger
Teórico: revisão / autores de
Bókkon et al. 2013 syndrome and the inglês
hipótese vários
biophysical picture
países
representation: Thinking
in pictures
Veridical mapping in the
development of
Mottron et al. 2013 Teórico/Hipótese Canadá inglês
exceptional autistic
abilities
Astrocyt mega-domain
Mitterauer 2013 hypothesis of the Hipótese Áustria inglês
autistic savantism
50
Desenho do País de
Autor Ano Título Idioma
estudo origem
Intuition in autistic
savantism: A
Mitterauer 2013 hypothetical model Hipótese Áustria inglês
based on glial–neuronal
interactions
Savant skils, specials
Waterhouse 2013 skils, and intelligence Revisão EUA inglês
vary widely in autism
Savant syndrome has a
distinct psychological Quase- Reino
Hughes et al. 2018 inglês
profile in autismo experimental Unido
Fonte: Próprio autor, com base nos estudos citados nesta revisão (2022).
53
área ainda são escassos para referendar de forma convincente esta hipótese e
permanece um campo em aberto para estudo.
1
“Redintegration”, ou redeintegração ou recuperação: o conceito refere-se a recuperação do
todo a partir de uma parte como por exemplo recordar de uma música a partir de uma ou mais
notas (SCHWEICKERT, 1993).
64
A hipótese das imagens biofísicas foi proposta por Bókkon et al. (2013)
que defendem a ideia de que a memória visual de longo prazo não é armazenada
como imagem, mas no formato de um código epigenético. Quando vemos um
objeto novamente, este código é ativado e é isto que nos permite reconhecer o
objeto.
Na origem deste processo, os sinais fotônicos de um objeto são
convertidos primeiro em sinais elétricos na retina. Esses sinais elétricos são
então transportados para a área visual V1 onde são transformados em biofótons
regulados por processos redox mitocondriais dentro dos neurônios desta área.
Assim, pequenos grupos de neurônios podem funcionar como “pixels visuais”
apropriados a distribuição topológica dos sinais fotônicos da retina. Bókkon e
colaboradores destacam que é desta forma que podemos obter uma imagem
biofísica computacional inerente do objeto criado por biofótons no retinotópico
V1 (BÓKKON et al., 2013, p. 73). Os autores consideram que sua hipótese das
imagens biofísicas nada mais é do que uma tentativa de dar substrato molecular
e biofísico a teoria pictórica de Kosslyn (1994) apud (BÓKKON et al., 2013).
Para vincular a hipótese da imagem biofísica ao TEA e ao savantismo,
I. Bókkon e colaboradores citam três argumentos:
1º) TEA, savantismo e Síndrome de Asperger têm em comum a função
visual aprimorada nas áreas visuais iniciais além de habilidade mais
desenvolvida para acessar e manipular representações visuais mentais;
69
Mittereur (2013) propôs uma teoria com base na análise de células glias,
mais especificamente dos astrócitos. Nesta teoria, um aumento geneticamente
determinado do número médio de processos2 por astrócitos (estima-se que
normalmente este número médio é de 40 processos por astrócito) leva estes
astrócitos a operarem em mega domínio o que pode suportar uma explicação
para o fenômeno savant. Se numa situação normal, 40 processos por astrócitos
entram em contato com milhares de sinapses desenhando área determinada de
processamento, num mega-domínio, onde muito mais do que 40 processos por
astrócitos são possíveis, temos a possibilidade de contato com dezenas, ou
mais, de milhares de sinapses, determinando uma área de processamento
proporcionalmente muito maior.
2
“Processos” aqui deve ser compreendido num primeiro momento como as expansões da
membrana do astrócito promovida pelos filamentos proteicos do citoplasma, especialmente os
astrócitos fibrosos. Nesse sentido podem ser compreendidos então como “pés” ou
prolongamentos que se projetam do corpo dos astrócitos e que vão se ligar a sinapses entre dois
neurônios. Note-se que agora introduzimos o conceito de uma sinapse tripartite (neurônio-
neurônio-astrócito) e aqui temos também o “processo astrocítico”, onde o astrócito não só
interage, mas modula estas sinapses. Quando o autor se refere a “aumento de processos
geneticamente determinado”, está falando de aumento de “pés” dos astrócitos, ou seja, aumento
de possibilidades de conexão em sinapses neurônio-neurônio (nota do autor).
74
aquela habilidade como foi sustentado por alguns autores como vimos nas
descrições das teorias anteriores.
Young (1995) em seu extenso estudo, mostrou que em indivíduos TEA
savant os índices de QI podem estar mais próximos do limite de 70 ou mesmo
da normalidade. Não obstante ela ressalta a rigidez e inflexibilidade destes
indivíduos, como características limitantes para o conceito amplo de inteligência.
Pring et al. (2012) refere que os indivíduos TEA geralmente apresentam
prejuízo na criatividade, mas existem relatos de que indivíduos TEA savants
podem ser capazes de produções artísticas novas e originais. Para investigar
esta possibilidade, ela levou a cabo um estudo com nove indivíduos TEA
savants, nove estudantes de arte talentosos, nove indivíduos TEA sem talentos
artísticos e nove indivíduos com dificuldades de aprendizagem de leve a
moderadas. Esses grupos foram submetidos a prova dentro e fora de seus
domínios e seus resultados apontaram que os indivíduos artistas talentosos
foram mais criativos do que os demais grupos, incluindo os savants. Por outro
lado, os savants produziram respostas mais elaboradas que os indivíduos TEA
não savants e os com dificuldades de aprendizagem de leves a moderadas.
Explicar as habilidades savant com base na teoria da inteligência é mais
uma das tentativas de compreender o processo, como também foi tentado por
outros autores descritos nas teorias específicas, mas lacunas persistem e
continuam campo fértil para pesquisas.
5.4.3. Sinestesia
uma determinada cor. Uma nota musical pode, além da sensação sonora, levar
o sujeito a experimentar determinado sabor, cheiro ou cor, p. ex.
Nessa amostra de estudos selecionados para esta revisão, a associação
entre sinestesia e TEA e entre sinestesia e fenômenos savant foi encontrada
(BOR; BILLINGTON; BARON-COHEN, 2007; MURRAY, 2010; SIMNER; MAYO;
SPILLER, 2009; VAN LEEUWEN et al, 2020; WATERHOUSE, 2013).
Embora estas associações sejam relatadas nas últimas décadas, a
natureza real desses achados, permanecem por esclarecer e é um campo
promissor de pesquisa. Se existe uma relação causal entre sinestesia e
savantismo, permanece uma questão em aberto, bem como a possibilidade de
um mecanismo de base em comum entre TEA e sinestesia, visto que ambos
também têm em comum a hiperconectividade (MURRAY, 2010).
Para Mottron et al. (2013), como já foi descrito na secção de teorias
etiopatogênicas, a sinestesia é por si só uma modalidade savant. Sinestesia e
TEA cursam com sensibilidade sensorial alterada e ambos apontam para
desempenho em tarefas perceptivas que sugerem um estilo mais focado em
detalhes (VAN LEEUWEN et al. 2020). De qualquer forma, as relações de
causalidade e sobreposição desses fenômenos, permanece por esclarecer e é
um campo rico de possibilidades para pesquisas futuras.
Música e Ouvido O caso foi avaliado entre janeiro de 1997 e agosto (MOTTRON;
absoluto de 1998, quando ela tinha entre 17 e 18 anos, PERETZ;
umm adolescente com TEA e altas habilidades BELLEVILLE;
para ouvido absoluto. ROULEAU, 1999)
)/)+ (2+ ! − 2+ + 2)
)/)+ Cos +.
((x+y) * k)
3
NEUBÄCKER, P., & GEHLE, C. (2003). Melodyne Cre8, version 2.0. Munich: Celemony
Software GmbH.
99
estão associados ao autismo. Outro aspecto importante desta escala é que ela
contempla a operacionalização das diretrizes clínicas da CID-10.
A ADO-S foi mencionada em 9 estudos de nossa amostra (34,6%) para
esta revisão (BENNETT; HEATON, 2017; BÖLTE; POUSTKA, 2004; DANIEL;
MENASHE, 2020; DUBISCHAR-KRIVEC et al., 2009; FINOCCHIARO et al.,
2015; KENNEDY; SQUIRE, 2007; MEILLEUR; JELENIC; MOTTRON, 2015;
MOTTRON et al., 2006; MOTTRON et al., 1999).
A ADI-R é uma escala de entrevista que é aplicada aos pais e pode ser
utilizada a partir dos 18 meses e tem como foco de investigação os padrões de
comportamento até os 5 anos de idade. Esta escala compreende cinco seções:
introdutória; comunicação social pregressa e atual; desenvolvimento social e
brincar; comportamentos repetitivos e restritos; e problemas de comportamento).
A ADI-R foi mencionada em 13 (50%) dos estudos de nossa amostra (BÖLTE;
POUSTKA, 2004; DANIEL; MENASHE, 2020; DUBISCHAR-KRIVEC et al.,
2009; FINOCCHIARO et al., 2015; KENNEDY; SQUIRE, 2007; MEILLEUR;
JELENIC; MOTTRON, 2015; MOTTRON et al., 2006; MOTTRON et al., 1999;
MOTTRON; PERETZ; MÉNARD, 2000; NEUMANN; DUBISCHAR-KRIVEC et
al., 2010; SCHINARDI, 2014; THIOUX; STARK; KLAIMAN; SCHULTZ, 2006).
Já a ADI (Autism Diagnostic Interview) foi utilizada em um dos estudos
selecionados (3,8%) (HOWLIN et al., 2009). Vale destacar que esse instrumento
é um precursor da ADI-R. Um outro aspecto interessante desta escala que foi
utilizado por alguns autores (BENNETT; HEATON, 2017; NEUMANN et al.,
2010) é a utilização da secção especial que possibilita a identificação de
habilidades especiais, como a savant. Essa seção é composta por 6 itens que
avaliam as seguintes habilidades: viso-espacial, memória, música, desenho,
leitura e cálculo. Dessa forma, Bölte e colaboradores (BÖLTE; POUSTKA, 2004)
usaram os itens de 106-111 da ADI-R para acessar as habilidades excepcionais
isoladas dos pacientes incluídos no seu estudo. De forma similar, Meilleur et al.
(2015) usaram outra versão da mesma escala (itens 88-93) para identificar a
presença de habilidades excepcionais isoladas.
Outro instrumento mencionado uma vez (3,8%) em nossa amostra de
estudos para esta revisão (BENNETT; HEATON, 2017) é o Social
Communication Questionnaire (SCQ). Esta é mais uma ferramenta de triagem
105
Ravens Colored Progressive Matrices 12 Steel et al. (1984), Stevens & Moffitt (1988),
O'Connor et al. (1991), Hermelin et al. (1995),
(19,35) Young (1995), Kelly et al. (1997), Hermelin et al.
(1999), Mottron et al. (1999) Iavarone et al.
(2007), Dubischar-Krivec et al. (2009), Pring et al.
(2012), Meilleur et al. (2015)
Wechsler Adult Intelligence Scale 9 Mottron & Belleville (1993), Mottron et al. (1995),
(WAIS) Hermelin et al. (1999), Howlin, et al. (2009),
Mottron et al. (2006), Thioux (2006), Iavarone et
107
Peabody Individual Achievement Test 7 Steel et al. (1984), O'Connor et al. (1991), Kelly
et al. (1997), Hermelin et al. (1999), Mottron et al.
(11,29) (1999), Neumann et al. (2010), Pring et al. (2012)
Wechsler Memory Scale (WMS) 7 Stevens & Moffitt (1988), Kennedy et al. (2007),
Meilleur et al. (2015), Finocchiaro et al. (2015),
(11,29) Bennett (2017)
Wechsler Intelligence Scale for 5 Stevens & Moffitt (1988), Kennedy et al. (2007),
Children (WISC) Meilleur et al. (2015), Finocchiaro et al. (2015),
(8,06) Bennett ( 2017)
Wechsler Intelligence Scale for 3 Young (1995), Bölte (2004), Neumann et al.
Children Revised (WISC-R) (2010)
(4,83)
(3,22)
Wisconsin Card Sorting Test 2 Steel et al. (1984), Iavarone et al. (2007)
(3,22)
Vineland Social Maturity Scale 2 Steel et al. (1984), Finocchiaro et al. (2015)
(3,22)
indivíduos com deficiência intelectual. Pode ser útil para avaliar suficiência social
para indivíduos desde o nascimento até a vida adulta (MCKINLAY, 2011).
Por fim, foram encontrados nos estudos diversos instrumentos utilizados
uma única vez. Tais instrumentos tinham por finalidade avaliar uma situação
específica do caso ou por escolha pessoal do autor. A tabela 8 apresenta os
instrumentos que foram citados uma única vez.
Autor/ano Instrumento
Bennett (2017) Escala de Memória Infantil
virtude do não preenchimento dos critérios de inclusão. Dessa forma, não foi
possível conduzir análises e considerações sobre os instrumentos para
avaliação de hiperlexia em savant. Sendo assim, é possível que outros
instrumentos importantes para avaliar habilidades específicas não tenham sido
localizados pelo critério de inclusão dos estudos adotado na presente revisão de
escopo.
Considerando que a área de altas habilidades é ampla e envolvem
conhecimentos em diferentes campos como cálculo, música, artes etc. parece
ser uma boa prática incluir profissionais destas áreas na elaboração destes
instrumentos de avaliação.
114
7.3 Agradecimentos
7.4 Financiamento
REFERÊNCIAS
AMAN, Michael G. et al. The aberrant behavior checklist: a behavior rating scale for the
assessment of treatment effects. American journal of mental deficiency, 1985.
AROMATARIS, E., MUNN, Z., (Editors). JBI Manual for Evidence Syntesis, 2020.
Disponível em: https://synthesismanual.jbi.global. Acessado em 01, jul 2022.
BARON-COHEN, Simon. The pattern seekers: How autism drives human invention.
Basic Books, 2020.
BARON-COHEN, S. et al. The paradox of autism: why does disability sometimes give
rise to talent? In: KAPUR, N. (Ed.). The Paradoxical Brain. [s.l.] Cambridge University
Press, 2011. p. 274–288.KAPUR, N. et al. The paradoxical brain – so what? In: KAPUR,
N. (Ed.). The Paradoxical Brain. [s.l.] Cambridge University Press, 2011. p. 418–434.
BENNETT, Emily; HEATON, Pam F. Defining the clinical and cognitive phenotype of
child savants with autism spectrum disorder. Current Pediatric Research, v. 21, n. 1,
p. 140-147, 2017.
BÖLTE, Sven; POUSTKA, Fritz. Comparing the intelligence profiles of savant and
nonsavant individuals with autistic disorder. Intelligence, v. 32, n. 2, p. 121-131, 2004.
BÖLTE, S.; UHLIG, N.; POUSTKA, F. The savant syndrome: A review. Zeitschrift fur
Klinische Psychologie und Psychotherapie, v. 31, n. 4, p. 291-297, 2002.
118
BOR, D.; BILLINGTON, J.; BARON-COHEN, S. Savant memory for digits in a case of
synaesthesia and Asperger syndrome is related to hyperactivity in the lateral prefrontal
cortex. Neurocase, v. 13, n. 5-6, p. 311-319, 2008.
BOUVET, Lucie et al. Synesthesia & autistic features in a large family: Evidence for
spatial imagery as a common factor. Behavioural Brain Research, v. 362, p. 266-272,
2019.
DAWSON, M. The idiot savant story.The autism crisis: Science & ethics in the era
of autism advocacy, 9 abr. 2012. Disponível em:
<https://autismcrisis.blogspot.com/2012/04/idiot-savant-story.html>. Acesso em: abr.
2022
DOTTA, B. T.; PERSINGER, M. A. Increased photon emissions from the right but not
the left hemisphere while imagining white light in the dark: The potential connection
between consciousness and cerebral light. Journal of Consciousness Exploration &
Research, v. 2, n. 10, p. 1463-1473, 2011.
DOTTA, B. T.; SAROKA, K. S.; PERSINGER, M. A. Increased photon emission from the
head while imagining light in the dark is correlated with changes in
electroencephalographic power: Support for Bókkon's Biophoton Hypothesis.
Neuroscience letters, v. 513, n. 2, p. 151-154, 2012.
119
DOWN, J. L. H. On Some of the Mental Affections of Childhood and Youth: Being the
Lettsomian Lectures Delivered Before the Medical Society of London in 1887. Together
with Other Papers,1887.
FAUVEL, J.; GERDES, P. African slave and calculating prodigy: Bicentenary of the death
of Thomas Fuller. Historia Mathematica, v. 17, n. 2, p. 141-151, 1990.
FRITH, U.; HAPPÉ, F. Autism: Beyond “theory of mind”. Cognition, v. 50, n. 1-3, p. 115-
132, 1994.
HEATON, P.; DAVIS, R. E.; HAPPÉ, F. G. E. Research note: Exceptional absolute pitch
perception for spoken words in an able adult with autism. Neuropsychologia, v. 46, n.
7, p. 2095-2098, 2008.
HERMELIN, B.; PRING, L.; HEAVEY, L. Savants, segments, art and autism. Journal of
child psychology and psychiatry, v. 36, n. 6, p. 1065-1076, 1995.
HERMELIN, B. et al. A visually impaired savant artist: Interacting perceptual and memory
representations. The Journal of Child Psychology and Psychiatry and Allied
Disciplines, v. 40, n. 7, p. 1129-1139, 1999.
120
HILL, A. Lewis. Savants: Mentally retarded individuals with special skills. In:
International review of research in mental retardation. Academic press, 1978. p. 277-
298.
HOWE, M. J. A. Fragments of genius: The strange feats of idiots savants. Taylor &
Frances/Routledge, 1989.
IAVARONE, A. et al. Brief report: error pattern in an autistic savant calendar calculator.
Journal of autism and developmental disorders, v. 37, n. 4, p. 775-779, 2007.
JBI. JBI System for the Unified Management, Assessment and Review of Information
(JBI SUMARI), Australia: JBI, 2022.
KOSSLYN, S. M. Image and brain: The resolution of the imagery debate. MIT press,
1996.
LITTELL, J. H.; WHITE, H. The Campbell Collaboration: Providing better evidence for a
better world. Research on Social Work Practice, v. 28, n. 1, p. 6-12, 2018.
MARR, D.; VISION, A. A computational investigation into the human representation and
processing of visual information. WH San Francisco: Freeman and Company, San
Francisco, 1982.
MILLER, B. L. et al. Enhanced artistic creativity with temporal lobe degeneration. Lancet
(London, England), v. 348, n. 9043, p. 1744-1745, 1996.
MOTTRON, L.; BELLEVILLE, S.; STIP, E.; MORASSE, K. Atypical memory performance
in an autistic savant. Memory, v. 6, n. 6, p. 593-607, 1998.
MOTTRON, L.; PERETZ, Isabelle; MENARD, Etienne. Local and global processing of
music in high-functioning persons with autism: beyond central coherence?. The Journal
of Child Psychology and Psychiatry and Allied Disciplines, v. 41, n. 8, p. 1057-1065,
2000.
NAVON, D. Forest before trees: The precedence of global features in visual perception.
Cognitive psychology, v. 9, n. 3, p. 353-383, 1977.
O'CONNOR, N.; HERMELIN, B. Visual memory and motor programmes: Their use by
idiot-savant artists and controls. British Journal of Psychology, v. 78, n. 3, p. 307-323,
1987.
O'CONNOR, N.; HERMELIN, B. The recognition failure and graphic success of idiot-
savant artists. Journal of Child Psychology and Psychiatry, v. 31, n. 2, p. 203-215,
1990.
PRING, L. et al. Local and global processing in savant artists with autism. Perception,
v. 39, n. 8, p. 1094-1103, 2010.
PRING, L. et al. Creativity in savant artists with autism. Autism, v. 16, n. 1, p. 45-57,
2012.
RIMLAND, B. Inside the mind of the autistic savant. Psychology Today, v. 12, n. 3 p.
69-80, 1978.
SCHINARDI, A. Case report of a 5-year-old child with Savant Syndrome (Savant autism).
Swiss Archives of Neurology, Psychiatry and Psychotherapy, 165, n. 1, p. 25-30,
2014.
124
SEGUIN, E. New Facts and Remarks Concerning Idiocy: Being a Lecture Delivered
Before the New York Medical Journal Association, October 15, 1869. Wm. Wood &
Company, Publishers, 1870.
SNYDER, A. Explaining and inducing savant skills: privileged access to lower level, less-
processed information. Philosophical Transactions of the Royal Society B:
Biological Sciences, v. 364, n. 1522, p. 1399-1405, 2009.
STERN, S. C.; BARNES, J. L. Brief report: Does watching the good doctor affect
knowledge of and attitudes toward autism?. Journal of autism and developmental
disorders, v. 49, n. 6, p. 2581-2588, 2019.
THIOUX, M. et al. The day of the week when you were born in 700 ms: calendar
computation in an Autistic savant. Journal of Experimental Psychology: Human
Perception and Performance, v. 32, n. 5, p. 1155, 2006.
TREDGOLD, A. CHAPTER XIV Idiots Savants. In: Mental Deficiency (Amentia). New
York: William Wood & Company, 1914.
TREFFERT, D. A. The idiot savant: a review of the syndrome. The American journal of
psychiatry, v. 145, n. 5, p.563-572, 1988.
VITAL, P. M. et al. Relationship between special abilities and autistic-like traits in a large
population-based sample of 8-year-olds. Journal of Child Psychology and
Psychiatry, v. 50, n. 9, p. 1093-1101, 2009.
WATERHOUSE, L. Chapter 6 - Savant Skills, Special Skills, and Intelligence Vary Widely
in Autism. In: WATERHOUSE, L. (Ed.). Rethinking Autism. San Diego: Academic
Press, 2013. p. 281-344.
8
126
APÊNDICES
Detalhada:
Para literatura cinzenta: Busca livre com os termos utilizados nas demais
buscas.
Busca indireta: Foi realizada busca indireta nas referências bibliográficas dos
trabalhos selecionados com vistas a captar artigos que não constassem das
estratégias de busca nas bases de dados selecionadas.
128
Características dos estudos encontrados no processo de busca, organizados por bases de dados:
Autor Ano Title Desenho do Desfechos Idioma Population Observações Seleção
estudo Sim Não ?
APÊNDICE III: RELAÇÃO DOS ESTUDOS EXCLUÍDO DA REVISÃO “A” E
MOTIVOS DA EXCLUSÃO
BAL, V. H.; WILKINSON, E.; FOK, M. Cognitive profiles of children with autism
spectrum disorder with parent-reported extraordinary talents and personal strengths.
Autism, v. 26, n. 1, p. 62-74, 2022.
BENNETT, E.; HEATON, P. F. Defining the clinical and cognitive phenotype of child
savants with autism spectrum disorder. Current Pediatric Research, v. 21, n. 1, p.
140-147, 2017.
BIEVER, C. The makings of a savant. New Scientist, v. 202, n. 2711, p. 30-33, 2009.
BÖLTE, S.; POUSTKA, F. Comparing the intelligence profiles of savant and nonsavant
individuals with autistic disorder. Intelligence, v. 32, n. 2, p. 121-131, 2004.
BÖLTE, S.; UHLIG, N.; POUSTKA, F. The savant syndrome: A review. Zeitschrift fur
Klinische Psychologie und Psychotherapie, 31, n. 4, p. 291-297, 2002.
BOR, D.; BILLINGTON, J.; BARON-COHEN, S. Savant memory for digits in a case of
synaesthesia and Asperger syndrome is related to hyperactivity in the lateral prefrontal
cortex. Neurocase, v. 13, n. 5-6, p. 311-319, 2008.
BOUVET, Lucie et al. Synesthesia & autistic features in a large family: Evidence for
spatial imagery as a common factor. Behavioural Brain Research, v. 362, p. 266-
272, 2019.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
COWAN, R.; O'CONNOR, N.; SAMELLA, K. Why and how people of limited
intelligence become calendrical calculators. Infancia y Aprendizaje, v. 24, n. 1, p. 53-
65, 2001.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
COWAN, R.; O'CONNOR, Neil; SAMELLA, Katerina. The skills and methods of
calendrical savants. Intelligence, v. 31, n. 1, p. 51-65, 2003.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
132
DE MARCO, Matteo et al. Brief report: Two day-date processing methods in an autistic
savant calendar calculator. Journal of autism and developmental disorders, v. 46,
n. 3, p. 1096-1102, 2016.
FEHR, Thorsten et al. The neural architecture of expert calendar calculation: a matter
of strategy?. Neurocase, v. 17, n. 4, p. 360-371, 2011.
FINOCCHIARO, Maria et al. A case of savant syndrome in a child with autism spectrum
disorder. International Journal on Disability and Human Development, v. 14, n. 2,
p. 167-174, 2015.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
GEDDES, L. Are autistic savants made not born?. New Scientist, 198, n. 2659, p. 10,
2008.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
HEAVEY, L.; PRING, L.; HERMELIN, B. A date to remember: The nature of memory
in savant calendrical calculators. Psychological Medicine, v. 29, n. 1, p. 145-160,
1999.
Motivo da exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo critério
de inclusão desta revisão.
HERMELIN, B.; HEAVEY, L. Savants, segments, art and autism. Journal of child
psychology and psychiatry, v. 36, n. 6, p. 1065-1076, 1995.
HERMELIN, B.; PRING, L.; HEAVEY, L. Visual and motor functions in graphically
gifted savants. Psychological Medicine, v. 24, n. 3, p. 673-680, 1994.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
HOOPER, R. Do animals think like autistic savants?. New Scientist, v.197, n. 2644,
p. 8, 2008.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
HOWLIN, Patricia et al. Savant skills in autism: psychometric approaches and parental
reports. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences,
v. 364, n. 1522, p. 1359-1367, 2009.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
HUGHES, J.E.A. et al. Savant syndrome has a distinct psychological profile in autismo.
Molecular Autism, v. 9, n 53, p.1-18, 2018.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
KELLEHER III, R. J.; BEAR, M. F. The autistic neuron: troubled translation?. Cell, v.
135, n. 3, p. 401-406, 2008.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
LEWIS, Michael. Gifted or dysfunctional: The child savant. Pediatric Annals, v. 14, n.
10, p. 733-742, 1985.
Motivo para exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo
critério de inclusão desta revisão.
MOTTRON, L.; PERETZ, Isabelle; MENARD, Etienne. Local and global processing of
music in high-functioning persons with autism: beyond central coherence?. The
Journal of Child Psychology and Psychiatry and Allied Disciplines, v. 41, n. 8, p.
1057-1065, 2000.
Motivo para exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo
critério de inclusão desta revisão.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
NETTELBECK, T.; YOUNG, R. Intelligence and savant syndrome: Is the whole greater
than the sum of the fragments?. Intelligence, v. 22, n. 1, p. 49-68, 1996.
Motivo para exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico para TEA segundo
critério de inclusão dessa revisão.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
O'CONNOR, N.; HERMELIN, B. The recognition failure and graphic success of idiot-
savant artists. Journal of Child Psychology and Psychiatry, v. 31, n. 2, p. 203-215,
1990.
Motivo para exclusão: Não cumpre critérios para diagnóstico de TEA segundo
critério de inclusão desta revisão.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
PLOEGER, Annemie et al. Why did the savant syndrome not spread in the population?
A psychiatric example of a developmental constraint. Psychiatry research, v. 166, n.
1, p. 85-90, 2009.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
PRING, L.; HERMELIN, B. Bottle, Tulip and wineglass: semantic and structural picture
processing by savant artists. Journal of Child Psychology and Psychiatry, v. 34, n.
8, p. 1365-1385, 1993.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
PRING, L. et al. Local and global processing in savant artists with autism. Perception,
v. 39, n. 8, p. 1094-1103, 2010.
PRING, L. et al. Creativity in savant artists with autism. Autism, v. 16, n. 1, p. 45-57,
2012.
PRING, L.; WOOLF, K.; TADIC, V. Melody and pitch processing in five musical savants
with congenital blindness. Perception, v. 37, n. 2, p. 290-307, 2008.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
RIMLAND, B. Inside the mind of the autistic savant. Psychology Today, v. 12, n. 3 p.
69-80, 1978.
ROTHEN, N.; MEIER, B.; WARD, J. Enhanced memory ability: Insights from
synaesthesia. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, v. 36, n. 8, p. 1952-1963,
2012.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
ŞEVIK, Ali Emre et al. Asperger syndrome with highly exceptional calendar memory:
A case report. Turk Psikiyatri Dergisi, v. 21, n. 3, 2010.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
SIPOWICZ, K.; PIETRAS, T. The case of an adult man with savant syndrome in the
course of autism spectrum disorder. Polski merkuriusz lekarski: organ Polskiego
Towarzystwa Lekarskiego, v. 43, n. 253, p. 32-34, 2017.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
SPITZ, H. H. Calendar calculating idiots savants and the smart unconscious. New
Ideas in Psychology, v. 13, n. 2, p. 167-182, 1995.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente o conceito. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
TAKAHATA, K.; KATO, M. Neural mechanism underlying autistic savant and acquired
savant syndrome. Brain and nerve, v. 60, n. 7, p. 861-869, 2008.
THIOUX, M. et al. The day of the week when you were born in 700 ms: calendar
computation in an Autistic savant. Journal of Experimental Psychology: Human
Perception and Performance, v. 32, n. 5, p. 1155, 2006.
TILOT, A. K. et al. Rare variants in axonogenesis genes connect three families with
sound–color synesthesia. Proceedings of the National Academy of Sciences, v.
115, n. 12, p. 3168-3173, 2018.
Motivo para exclusão: O conceito já foi discutido de forma mais concisa e extensa
em outro artigo do mesmo autor.
WALLACE, G. L.; HAPPÉ, F.; GIEDD, J. N. A case study of a multiply talented savant
with an autism spectrum disorder: neuropsychological functioning and brain
morphometry. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological
Sciences, v. 364, n. 1522, p. 1425-1432, 2009.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente teorias. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente teorias. Não cumpre critérios
para diagnóstico de TEA segundo critério de inclusão desta revisão.
Motivo para exclusão: O conceito já foi discutido de forma mais concisa e extensa
em outro artigo do mesmo autor.
BAL, V. H.; WILKINSON, E.; FOK, M. Cognitive profiles of children with autism
spectrum disorder with parent-reported extraordinary talents and personal strengths.
Autism, v. 26, n. 1, p. 62-74, 2022.
BENNETT, E.; HEATON, P. F. Defining the clinical and cognitive phenotype of child
savants with autism spectrum disorder. Current Pediatric Research, v. 21, n. 1, p.
140-147, 2017.
BIEVER, C. The makings of a savant. New Scientist, v. 202, n. 2711, p. 30-33, 2009.
BÖLTE, S.; POUSTKA, F. Comparing the intelligence profiles of savant and nonsavant
individuals with autistic disorder. Intelligence, v. 32, n. 2, p. 121-131, 2004.
145
BÖLTE, S.; UHLIG, N.; POUSTKA, F. The savant syndrome: A review. Zeitschrift fur
Klinische Psychologie und Psychotherapie, 31, n. 4, p. 291-297, 2002.
BOR, D.; BILLINGTON, J.; BARON-COHEN, S. Savant memory for digits in a case of
synaesthesia and Asperger syndrome is related to hyperactivity in the lateral prefrontal
cortex. Neurocase, v. 13, n. 5-6, p. 311-319, 2008.
COWAN, R.; O'CONNOR, N.; SAMELLA, K. Why and how people of limited
intelligence become calendrical calculators. Infancia y Aprendizaje, v. 24, n. 1, p. 53-
65, 2001.
COWAN, R.; O'CONNOR, Neil; SAMELLA, Katerina. The skills and methods of
calendrical savants. Intelligence, v. 31, n. 1, p. 51-65, 2003.
DE MARCO, Matteo et al. Brief report: Two day-date processing methods in an autistic
savant calendar calculator. Journal of autism and developmental disorders, v. 46,
n. 3, p. 1096-1102, 2016.
FEHR, Thorsten et al. The neural architecture of expert calendar calculation: a matter
of strategy?. Neurocase, v. 17, n. 4, p. 360-371, 2011.
FINOCCHIARO, Maria et al. A case of savant syndrome in a child with autism spectrum
disorder. International Journal on Disability and Human Development, v. 14, n. 2,
p. 167-174, 2015.
GEDDES, L. Are autistic savants made not born?. New Scientist, 198, n. 2659, p. 10,
2008.
HEAVEY, L.; PRING, L.; HERMELIN, B. A date to remember: The nature of memory
in savant calendrical calculators. Psychological Medicine, v. 29, n. 1, p. 145-160,
1999.
HERMELIN, B.; HEAVEY, L. Savants, segments, art and autism. Journal of child
psychology and psychiatry, v. 36, n. 6, p. 1065-1076, 1995.
HERMELIN, B.; PRING, L.; HEAVEY, L. Visual and motor functions in graphically
gifted savants. Psychological Medicine, v. 24, n. 3, p. 673-680, 1994.
149
HOOPER, R. Do animals think like autistic savants?. New Scientist, v.197, n. 2644,
p. 8, 2008.
Motivo para exclusão: Não preenche critérios específicos de inclusão para esta
revisão.
HOWLIN, Patricia et al. Savant skills in autism: psychometric approaches and parental
reports. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences,
v. 364, n. 1522, p. 1359-1367, 2009.
Motivo para exclusão: Não preenche critérios específicos de inclusão para esta
revisão.
KELLEHER III, R. J.; BEAR, M. F. The autistic neuron: troubled translation?. Cell, v.
135, n. 3, p. 401-406, 2008.
LEWIS, Michael. Gifted or dysfunctional: The child savant. Pediatric Annals, v. 14, n.
10, p. 733-742, 1985.
LODDO, S. Echo and savant abilities versus central coherence in autism. Autism: the
International Journal of Research and Practice, v. 7, n. 2, p. 226-227, 2003.
O’CONNOR, N.; HERMELIN, B. Visual Memory and motor programmes: their use by
idiot.-savant artist and controls. Br J Psychol, v. 78, Pt 3, p. 307-23, 1987.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente teorias. Não cita critérios
diagnóstico para TEA.
O'CONNOR, N.; HERMELIN, B. The recognition failure and graphic success of idiot-
savant artists. Journal of Child Psychology and Psychiatry, v. 31, n. 2, p. 203-215,
1990.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente teorias. Não cita critérios
diagnóstico para TEA.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente teorias. Não cita critérios
diagnóstico para TEA.
PRING, L.; HERMELIN, B. Bottle, Tulip and wineglass: semantic and structural picture
processing by savant artists. Journal of Child Psychology and Psychiatry, v. 34, n.
8, p. 1365-1385, 1993.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente teorias. Não cita critérios
diagnóstico para TEA.
PRING, L.; WOOLF, K.; TADIC, V. Melody and pitch processing in five musical savants
with congenital blindness. Perception, v. 37, n. 2, p. 290-307, 2008.
Motivo para exclusão: Revisão. Já discutido de forma mais abrangente por outros
autores.
ROTHEN, N.; MEIER, B.; WARD, J. Enhanced memory ability: Insights from
synaesthesia. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, v. 36, n. 8, p. 1952-1963,
2012.
SIPOWICZ, K.; PIETRAS, T. The case of an adult man with savant syndrome in the
course of autism spectrum disorder. Polski merkuriusz lekarski: organ Polskiego
Towarzystwa Lekarskiego, v. 43, n. 253, p. 32-34, 2017.
Motivo para exclusão: Levanta uma questão importante, mas não é uma teoria.
SPITZ, H. H. Calendar calculating idiots savants and the smart unconscious. New
Ideas in Psychology, v. 13, n. 2, p. 167-182, 1995.
TAKAHATA, K.; KATO, M. Neural mechanism underlying autistic savant and acquired
savant syndrome. Brain and nerve, v. 60, n. 7, p. 861-869, 2008.
Motivo para exclusão: Não cita critérios específicos para esta revisão.
THIOUX, M. et al. The day of the week when you were born in 700 ms: calendar
computation in an Autistic savant. Journal of Experimental Psychology: Human
Perception and Performance, v. 32, n. 5, p. 1155, 2006.
TILOT, A. K. et al. Rare variants in axonogenesis genes connect three families with
sound–color synesthesia. Proceedings of the National Academy of Sciences, v.
115, n. 12, p. 3168-3173, 2018.
Motivo para exclusão: Não preenche critérios específicos para esta revisão.
WALLACE, G. L.; HAPPÉ, F.; GIEDD, J. N. A case study of a multiply talented savant
with an autism spectrum disorder: neuropsychological functioning and brain
morphometry. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological
Sciences, v. 364, n. 1522, p. 1425-1432, 2009.
Motivo para exclusão: Não preenche critérios específicos para esta revisão.
Motivo para exclusão: Não preenche critérios específicos para esta revisão.
Motivo para exclusão: Não preenche critérios específicos para esta revisão.
APÊNDICE V: RELAÇÃO DOS ESTUDOS EXCLUÍDO DA REVISÃO “C” E
MOTIVOS DA EXCLUSÃO
ATKIN, Keith; LORCH, Marjorie Perlman. Hyperlexia in a 4-year-old boy with autistic
spectrum disorder. Journal of Neurolinguistics, v. 19, n. 4, p. 253-269, 2006.
BAL, V. H.; WILKINSON, E.; FOK, M. Cognitive profiles of children with autism
spectrum disorder with parent-reported extraordinary talents and personal
strengths. Autism, v. 26, n. 1, p. 62-74, 2022.
Motivo para exclusão: Fala em altas habilidades, mas não exclusivamente savants.
BIEVER, C. The makings of a savant. New Scientist, v. 202, n. 2711, p. 30-33, 2009.
Motivo para exclusão: Não atende aos critérios de inclusão para esta revisão
BÖLTE, S.; POUSTKA, F. Comparing the intelligence profiles of savant and nonsavant
individuals with autistic disorder. Intelligence, v. 32, n. 2, p. 121-131, 2004.
BOR, D.; BILLINGTON, J.; BARON-COHEN, S. Savant memory for digits in a case of
synaesthesia and Asperger syndrome is related to hyperactivity in the lateral prefrontal
cortex. Neurocase, v. 13, n. 5-6, p. 311-319, 2008.
COWAN, R.; O'CONNOR, N.; SAMELLA, K. Why and how people of limited
intelligence become calendrical calculators. Infancia y Aprendizaje, v. 24, n. 1, p. 53-
65, 2001.
COWAN, R.; O'CONNOR, Neil; SAMELLA, Katerina. The skills and methods of
calendrical savants. Intelligence, v. 31, n. 1, p. 51-65, 2003.
FEHR, Thorsten et al. The neural architecture of expert calendar calculation: a matter
of strategy?. Neurocase, v. 17, n. 4, p. 360-371, 2011.
GEDDES, L. Are autistic savants made not born?. New Scientist, 198, n. 2659, p. 10,
2008.
HEAVEY, L.; PRING, L.; HERMELIN, B. A date to remember: The nature of memory
in savant calendrical calculators. Psychological Medicine, v. 29, n. 1, p. 145-160,
1999.
HERMELIN, B.; PRING, L.; HEAVEY, L. Visual and motor functions in graphically
gifted savants. Psychological Medicine, v. 24, n. 3, p. 673-680, 1994.
HOWE, Michael John Anthony. Fragments of genius: The strange feats of idiots
savants. Taylor & Frances/Routledge, 1989.
Motivo para exclusão: Não atende aos critérios de inclusão para esta revisão.
KELLEHER III, R. J.; BEAR, M. F. The autistic neuron: troubled translation?. Cell, v.
135, n. 3, p. 401-406, 2008.
LEWIS, Michael. Gifted or dysfunctional: The child savant. Pediatric Annals, v. 14, n.
10, p. 733-742, 1985.
LODDO, S. Echo and savant abilities versus central coherence in autism. Autism: the
International Journal of Research and Practice, v. 7, n. 2, p. 226-227, 2003.
NETTELBECK, Ted; YOUNG, Robyn. Intelligence and savant syndrome: Is the whole
greater than the sum of the fragments?. Intelligence, v. 22, n. 1, p. 49-68, 1996.
O'CONNOR, N.; HERMELIN, B. Visual memory and motor programmes: Their use by
idiot-savant artists and controls. British Journal of Psychology, v. 78, n. 3, p. 307-
323, 1987.
164
Motivo para exclusão: Não discute especificamente teorias. Não cita critérios
diagnóstico para TEA.
O'CONNOR, N.; HERMELIN, B. The recognition failure and graphic success of idiot-
savant artists. Journal of Child Psychology and Psychiatry, v. 31, n. 2, p. 203-215,
1990.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente teorias. Não cita critérios
diagnóstico para TEA.
Motivo para exclusão: Não discute especificamente teorias. Não cita critérios
diagnóstico para TEA.
PRING, L.; HERMELIN, Beate. Bottle, tulip and wineglass: semantic and structural
picture processing by savant artists. Journal of Child Psychology and Psychiatry,
v. 34, n. 8, p. 1365-1385, 1993.
PRING, L.; WOOLF, K.; TADIC, V. Melody and pitch processing in five musical savants
with congenital blindness. Perception, v. 37, n. 2, p. 290-307, 2008.
Motivo para exclusão: Não atende aos critérios de inclusão para esta revisão.
ROTHEN, N.; MEIER, B.; WARD, J. Enhanced memory ability: Insights from
synaesthesia. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, v. 36, n. 8, p. 1952-1963,
2012.
SIPOWICZ, K.; PIETRAS, T. The case of an adult man with savant syndrome in the
course of autism spectrum disorder. Polski merkuriusz lekarski: organ Polskiego
Towarzystwa Lekarskiego, v. 43, n. 253, p. 32-34, 2017.
SPITZ, H. H. Calendar calculating idiots savants and the smart unconscious. New
Ideas in Psychology, v. 13, n. 2, p. 167-182, 1995.
Motivo para exclusão: Não atende aos critérios de inclusão para esta revisão.
TAKAHATA, K.; KATO, M. Neural mechanism underlying autistic savant and acquired
savant syndrome. Brain and nerve, v. 60, n. 7, p. 861-869, 2008.
Motivo para exclusão: Não atende aos critérios de inclusão para esta revisão.
VITAL, Pedro M. et al. Relationship between special abilities and autistic-like traits in
a large population-based sample of 8-year-olds. Journal of Child Psychology and
Psychiatry, v. 50, n. 9, p. 1093-1101, 2009.
WALLACE, G. L.; HAPPÉ, F.; GIEDD, J. N. A case study of a multiply talented savant
with an autism spectrum disorder: neuropsychological functioning and brain
morphometry. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological
Sciences, v. 364, n. 1522, p. 1425-1432, 2009.
ANEXOS
ANEXO I (PRISMA-SCR)
Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for
Scoping Reviews (PRISMA-ScR) Checklist.
REPORTED
SECTION ITEM PRISMA-ScR CHECKLIST ITEM
ON PAGE #
TITLE
Click here to
Title 1 Identify the report as a scoping review.
enter text.
ABSTRACT
Provide a structured summary that includes (as applicable): background,
Click here to
Structured summary 2 objectives, eligibility criteria, sources of evidence, charting methods,
enter text.
results, and conclusions that relate to the review questions and objectives.
INTRODUCTION
Describe the rationale for the review in the context of what is already
Click here to
Rationale 3 known. Explain why the review questions/objectives lend themselves to a
enter text.
scoping review approach.
Provide an explicit statement of the questions and objectives being
addressed with reference to their key elements (e.g., population or Click here to
Objectives 4
participants, concepts, and context) or other relevant key elements used enter text.
to conceptualize the review questions and/or objectives.
METHODS
Indicate whether a review protocol exists; state if and where it can be
Protocol and Click here to
5 accessed (e.g., a Web address); and if available, provide registration
registration enter text.
information, including the registration number.
Specify characteristics of the sources of evidence used as eligibility criteria
Click here to
Eligibility criteria 6 (e.g., years considered, language, and publication status), and provide a
enter text.
rationale.
Describe all information sources in the search (e.g., databases with dates
Click here to
Information sources* 7 of coverage and contact with authors to identify additional sources), as well
enter text.
as the date the most recent search was executed.
Present the full electronic search strategy for at least 1 database, including Click here to
Search 8
any limits used, such that it could be repeated. enter text.
Selection of sources State the process for selecting sources of evidence (i.e., screening and Click here to
9
of evidence† eligibility) included in the scoping review. enter text.
Describe the methods of charting data from the included sources of
evidence (e.g., calibrated forms or forms that have been tested by the team
Data charting Click here to
10 before their use, and whether data charting was done independently or in
process‡ enter text.
duplicate) and any processes for obtaining and confirming data from
investigators.
172
REPORTED
SECTION ITEM PRISMA-ScR CHECKLIST ITEM
ON PAGE #
List and define all variables for which data were sought and any Click here to
Data items 11
assumptions and simplifications made. enter text.
Critical appraisal of If done, provide a rationale for conducting a critical appraisal of included
Click here to
individual sources of 12 sources of evidence; describe the methods used and how this information
enter text.
evidence§ was used in any data synthesis (if appropriate).
Describe the methods of handling and summarizing the data that were Click here to
Synthesis of results 13
charted. enter text.
RESULTS
Give numbers of sources of evidence screened, assessed for eligibility,
Selection of sources Click here to
14 and included in the review, with reasons for exclusions at each stage,
of evidence enter text.
ideally using a flow diagram.
Characteristics of For each source of evidence, present characteristics for which data were Click here to
15
sources of evidence charted and provide the citations. enter text.
Critical appraisal
If done, present data on critical appraisal of included sources of evidence Click here to
within sources of 16
(see item 12). enter text.
evidence
Results of individual For each included source of evidence, present the relevant data that were Click here to
17
sources of evidence charted that relate to the review questions and objectives. enter text.
Summarize and/or present the charting results as they relate to the review Click here to
Synthesis of results 18
questions and objectives. enter text.
DISCUSSION
Summarize the main results (including an overview of concepts, themes,
Click here to
Summary of evidence 19 and types of evidence available), link to the review questions and
enter text.
objectives, and consider the relevance to key groups.
Click here to
Limitations 20 Discuss the limitations of the scoping review process.
enter text.
Provide a general interpretation of the results with respect to the review
Click here to
Conclusions 21 questions and objectives, as well as potential implications and/or next
enter text.
steps.
FUNDING
Describe sources of funding for the included sources of evidence, as well
Click here to
Funding 22 as sources of funding for the scoping review. Describe the role of the
enter text.
funders of the scoping review.
* Where sources of evidence (see second footnote) are compiled from, such as
bibliographic databases, social media platforms, and Web sites.
and policy documents) that may be eligible in a scoping review as opposed to only
studies. This is not to be confused with information sources (see first footnote).
‡ The frameworks by Arksey and O’Malley (6) and Levac and colleagues (7) and the
JBI guidance (4, 5) refer to the process of data extraction in a scoping review as data
charting.
From: TRICCO, Andrea C. et al. PRISMA extension for scoping reviews (PRISMA-
ScR): checklist and explanation. Annals of internal medicine, v. 169, n. 7, p. 467-
473, 2018.