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Exercícios de

Parasitologia

Profa Dra Daisy C. B. da Hora

Profa Dra Rosana Catisti

Nome RA Curso

2017
i
Queridos alunos

Sejam bem-vindos à disciplina de Parasitologia!!!

Esta apostila foi preparada com o objetivo de auxiliá-los na

melhor compreensão e aprendizagem da disciplina.

A grande maioria das atividades será realizada em sala,

portanto vocês deverão trazê-la consigo em todas as aulas.

Servirá como objeto de avaliação e comporá parte da nota

docente (20%). Trate-a com muito carinho e capricho!

Para que possamos atingir o objetivo proposto é importante e

fundamental que todos os alunos tenham este material em

mãos, permanentemente, em aula para rápida consulta e

dúvidas que forem surgindo ao longo do semestre.

Além dos exercícios, a apostila apresenta o Plano de Ensino,

que deverá ser lido e assinado, com todas as informações

referentes à disciplina no decorrer de todo o semestre.

Lembrando, o Plano de Ensino também pode ser encontrado

no SchoolNet.

Estaremos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Bons estudos!!!!!!

ii
SUMÁRIO
Plano de ensino.............................................................................................................01

Normas de biossegurança no laboratório de parasitologia...........................................03

Microscopia ótica...........................................................................................................04

Aula Prática 1 ...............................................................................................................06

Aula Pratica 2................................................................................................................07

Aula Pratica 3 ...............................................................................................................08

Aula Pratica 4 ...............................................................................................................09

Resenha do filme “Parasitos”........................................................................................10

Conceito ecológico e bioquímico de parasitismo..........................................................11

Os ciclos parasitários....................................................................................................12

Principais tipos de hábitat dos parasitos.......................................................................13

Trematódeos: Schistosoma mansoni............................................................................14

Cestóides: Taenia solium e Taenia saginata.................................................................16

Nematóides: Ascaris lumbricoides................................................................................18

Nematóides: Enterobius vermicularis............................................................................20

Nematóides: Strongyloides stercoralis..........................................................................21

Nematóides: Ancilostomídeos.......................................................................................22

Nematóides: Filarídeos..................................................................................................24

Amebas comensais e patogênicas................................................................................25

Amebas de vida livre.....................................................................................................26

Toxoplasmose e Toxoplasma gondii.............................................................................27

Plasmódios e malária....................................................................................................29

Tripanossomatídeos: gênero Leishmania.....................................................................31

Tripanossomatídeos: Trypanosoma cruzi ....................................................................33

Flagelados das vias digestivas e geniturinárias............................................................35

Atividades Extraclasse..................................................................................................37

Casos clínicos...............................................................................................................42

Referências bibliográficas.............................................................................................47

iii
Plano de ensino Disciplina de Parasitologia do NCS
Profa Dra Daisy C.B. da Hora
Profa Dra Rosana Catisti
Ementa
Introdução à parasitologia; associação entre organismos vivos; ciclos biológicos dos parasitos;
principais parasitoses humanas; condições sociais e parasitoses; distribuição geográfica dos
parasitos.

Objetivos gerais

O aluno deverá estar apto a:


- definir conceitos tanto específicos à disciplina e em comum a outras disciplinas básicas e
específicas dos cursos;
- correlacionar os ciclos biológicos dos parasitos à condição social, estilo de vida e saúde
populacional;
- prever alterações bioquímicas e fisiológicas provocadas por parasitos;
- atuar junto à população e aos órgãos de saúde pública e vigilância sanitária para o controle, a
prevenção e a erradicação de doenças parasitárias e zoonoses;
- criar hipóteses voltadas ao desenvolvimento de protocolos de pesquisa científica.

Objetivos específicos

O profissional da saúde deverá reconhecer helmintos e protozoários, quanto às características


morfológicas, ciclo biológico, patogenia, modos de transmissão, medidas profiláticas e
tratamento das doenças de maior interesse. O aluno deve ser orientado a atuar na pesquisa, na
proteção e promoção da saúde e bem estar da humanidade, garantindo boa qualidade sanitária
de produtos e serviços.

Conteúdo
Conceito ecológico e bioquímico de parasitismo
Os ciclos parasitários
Principais tipos de hábitat dos parasitos
Trematódeos: Morfologia, Biologia, Sistemática de Schistosoma mansoni. Transmissão, ciclo
evolutivo, patogenia, sintomatologia, epidemiologia, diagnóstico, tratamento e profilaxia.
Cestóides: Morfologia, Biologia, Sistemática de Taenia solium e Taenia saginata. Transmissão,
ciclo evolutivo, patogenia, sintomatologia, epidemiologia, diagnóstico, tratamento e profilaxia.
Nematóides: Morfologia, Biologia, Sistemática de Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis,
Strongyloides stercoralis, ancilostomídeos e filarídeos. Transmissão, ciclo biológico, patogenia,
sintomatologia, epidemiologia, diagnóstico, tratamento e profilaxia.
Amebas parasitas do homem: Gênero Entamoeba. Amebas de vida livre, eventualmente
patogênicas. Morfologia, biologia e sistemática, transmissão, ciclo de vida, epidemiologia e
profilaxia.
Toxoplasmose: morfologia, biologia e sistemática de Toxoplasma gondii. Transmissão, ciclo
biológico, patogenia, sintomatologia, epidemiologia, diagnóstico, tratamento e profilaxia.
Plasmódios e malária: morfologia, biologia e sistemática, transmissão, ciclo de vida, patogenia,
sintomatologia, epidemiologia, diagnóstico, tratamento e profilaxia.
Tripanossomatídeos: morfologia, biologia e sistemática de Leishmania brazilienzis, Leishmania
chagasi, Trypanosoma cruzi, Transmissão, ciclo biológico, patogenia, sintomatologia,
diagnóstico, tratamento e profilaxia.
Flagelados das vias digestivas e geniturinárias: morfologia, biologia e sistemática de Giardia
duodenalis e Trichomonas vaginalis. Transmissão, ciclo biológico, patogenia, sintomatologia,
epidemiologia, diagnóstico, tratamento e profilaxia.

Procedimento de ensino

Aulas expositivas dialogadas utilizando-se de diferentes recursos e linguagens (imagens e


vídeos). Aulas práticas de laminário preparado. A aula expositiva dialogada consiste em
apresentar os conteúdos aos alunos considerando o que podem saber ou conhecer a respeito
do assunto da aula, questionando-os sobre considerações teóricas apresentadas nas leituras
solicitadas previamente ou sobre o que pensam a respeito do que foi apresentado pelo
professor. As aulas serão realizadas com metodologia de processo formativo e ocorrerão em 3

1
momentos: O inicial, com revisão do conteúdo oferecido; o conteúdo a ser desenvolvido na
aula em questão e ao final, o processo de síntese dos assuntos abordados. Os alunos poderão
ser divididos em grupos ou trabalhar individualmente. Tanto o período de revisão quanto o de
síntese, serão oferecidas variadas formas de aplicação do conhecimento: apostila preparada
com perguntas relativas ao conteúdo ministrado, realizações de jogos (baralhos), quizz, filmes,
solicitação de redações de texto, que servirão de instrumento para avaliação.

Avaliação

Os alunos serão avaliados em todas as aulas: no momento inicial, com revisão do conteúdo
oferecido (testes de múltipla escolha, construção de pequenos textos, uma pergunta
dissertativa, etc) ou ao final, no processo de síntese da aula (exercícios da apostila, resumo de
segmento de filme, etc). A entrega da apostila na data estipulada dará ao aluno direito de
receber nota de 0 até 2 pontos (20%) conforme seu desempenho: serão avaliados o
comportamento do aluno em sala, frequência, participação, exposição de trabalhos, etc. A nota
da 1ª e da 2ª Avaliação Docente será composta por 80% da nota da prova dissertativa (P1 ou
P2) acrescida de 20% da nota da apostila. As Avaliações Docentes versarão sobre os
conteúdos trabalhados nas aulas até o momento de sua realização. Serão compostas por
questões dissertativas e tipo teste. Para alguns cursos, existe uma avaliação institucional,
denominada Sistema Programado de Avaliação (SPA). A média final será a nota da 1ª
Avaliação (peso 1) + a nota do SPA (peso 1) + a nota da 2ªAvaliação 2 (peso 2) divididas por 4.

Para cursos sem SPA, o aluno que conseguir média semestral superior a 5, 0 será aprovado.
A média para aprovação do aluno é 5 (cinco), obtida de acordo com a seguinte fórmula: Média
= (A1x1+A2x2) / 3

A1 = 1ª Avaliação do Professor (peso 1); A2 = 2ª Avaliação do Professor (peso 2).

Os alunos que não obtiverem a média final 5,0 (cinco), necessária para aprovação em cada
disciplina, têm direito ao Regime Especial - RE, desde que seu aproveitamento seja superior a
3,0 (três) e seu índice de frequência seja igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento).

Bibliografia Básica:
NEVES, D. P. Parasitologia Dinâmica, 2a ed. Livraria Atheneu, São Paulo, 2006.
NEVES, D. P. Parasitologia Humana, 11a ed. Livraria Atheneu. São Paulo. 2005.
REY, L. Parasitologia: parasitos e doenças parasitárias do homem nos trópicos ocidentais. 4a. ed. RJ,
Guanabara Koogan, 2008.
Bibliografia Complementar:
CIMERMAN, B. Atlas de parasitologia: artrópodes, protozoários e helmintos. São Paulo: Atheneu, 2001.
HINRICHSEN, S.L. DIP: doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
NEVES, D.P. Parasitologia humana. 10.ed. São Paulo: Atheneu, 2000.
Periódicos
Brazilian Journal of Infectious Diseases
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Declaração de Ciência
Eu, (nome do aluno)___________________________________________________R.A.______________,
declaro que li e estou ciente do Plano de Ensino apresentado.

________________________________________________________

Araras, de de 2017.

2
NORMAS DE BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA

As aulas práticas de Parasitologia têm como objetivo ensinar ao acadêmico


reconhecer helmintos e protozoários, quanto às características morfológicas. Nestas
aulas utilizaremos uma variedade de espécimes, sendo alguns patogênicos para o
homem, portanto é essencial que as normas sejam seguidas, a fim de se evitar
contaminações acidentais.

01- O uso do jaleco, sapato fechado e EPIs é obrigatório.


02- Cabelos longos devem ser amarrados de forma a não interferir com reagentes e
equipamentos.
03- Limpar e desinfetar a superfície das bancadas antes e depois de cada aula
prática.
04- Lavar as mãos e calçar luvas de procedimento ao iniciar a análise, lavar as mãos
antes de sair do laboratório e sempre que for necessário. Se for portador de algum
ferimento nas mãos, procurar não tocar no material.
05- Identificar as amostras, bem como o material a ser utilizado antes de iniciar a
análise.
06- No caso de derramamento do material contaminado, proceder imediatamente
desinfecção e esterilização. O mesmo procedimento deverá ser repetido se ocorrer
ferimentos ou cortes.
07- Não usar o telefone celular, comer ou beber no laboratório.
08- Não deixar seus pertences sobre os balcões onde os experimentos serão
realizados
09- Manter canetas, dedos e outros longe da boca.
10- Não utilizar material de uso pessoal para limpar os objetos de trabalho.
11- Avisar ao professor em caso de contaminação acidental.
12- Depositar todo o material utilizado em recipiente adequado, jamais os deixando
sobre a bancada.
14- Colocar os materiais contaminados (pipetas, lâminas, etc) em recipientes
apropriados colocados na bancada.
15- Desinfetar a bancada de trabalho com hipoclorito de sódio, ao início e término
de cada aula prática. Isto removerá micro-organismos que possam contaminar a
área de trabalho.
16- Seguir as normas de uso de aparelhos. O microscópio deve ser manuseado
cuidadosamente e após o seu uso, desligá-lo, limpá-lo, e colocar a capa.

3
Microscopia Ótica

O Microscópio ótico é um instrumento usado para ampliar, com uma série de lentes,
estruturas pequenas impossíveis de visualizar a olho nu. É constituído por um
componente mecânico que suporta e permite controlar um componente ótico que amplia
as imagens.
A porção mecânica é composta por:
1. Pé ou base – serve de apoio dos restantes componentes do microscópio.
2. Coluna ou braço – fixo à base, serve de suporte a outros elementos.
3. Platina – onde se fixa a reparação a observar; tem uma janela por onde passam os
raios luminosos e também parafusos dentados que permitem deslocar a preparação.
4. Tubo ou canhão – suporta a ocular na extremidade superior.
5. Revólver – peça giratória portadora de objetivas de diferentes ampliações.
6. Parafuso macrométrico – a sua rotação é responsável por movimentos verticais da
platina, rápidos e de grande amplitude.
7. Parafuso micrométrico – a sua rotação é responsável por movimentos verticais da
platina, lentos e de pequena amplitude, permitem aperfeiçoar a focagem.
Na parte óptica temos:
1. Condensador – conjunto de duas ou mais lentes convergentes que orientam e
espalham regularmente a luz emitida pela fonte luminosa sobre o campo de visão do
microscópio.
2. Diafragma – é constituído por palhetas que podem ser aproximadas ou afastadas do
centro através de uma alavanca ou parafuso, permitindo regular a intensidade da luz
que incide no campo de visão do microscópio.
3. Objetivas – permitem ampliar a imagem do objeto 10x, 40x ou 100x.
o As objetivas de 10x e 40x são designadas objetivas secas pois entre a preparação e
a objetiva existe somente ar.
o A objetiva de 100x é designada objetiva de imersão, uma vez que, para as utilizar, é
necessário colocar uma gota de óleo de imersão entre elas e a preparação, a qual,
por ter um índice de refracção semelhante ao do vidro, evita o desvio do feixe
luminoso para fora da objetiva.
4. Oculares – sistema de lentes que permite ampliarem a imagem real fornecida pela
objetiva, formando uma imagem virtual que se situa a aproximadamente 25 cm dos
olhos do observador. As oculares mais utilizadas são as de ampliação 10x, mas nos
microscópios binoculares também existem oculares de 12,5, 8x e 6x.

4
5. Fonte luminosa – a mais utilizada atualmente é a luz artificial, fornecida por uma
lâmpada de tungstênio ou de halogênio, incluída no aparelho juntamente com um
interruptor com reostato, que permite regular a intensidade da luz emitida.
Operação
A intensidade luminosa é regulável: aumenta-se a intensidade luminosa subindo-se o
condensador e abre-se o diafragma ou diminui-se a intensidade luminosa descendo
o condensador e fecha-se o diafragma.
A ampliação consiste no grau de aumento da imagem em relação ao objeto. A ampliação
total obtida com o microscópio óptico consiste no produto da ampliação da objetiva
pela ampliação da ocular. Esta, sem distorção, não ultrapassa as 1200x.
O fator mais significativo para a obtenção de uma boa imagem é, contudo, o poder de
resolução, que corresponde à distância mínima que é necessário existir entre dois
pontos para que possam ser distinguidos ao microscópio. Para o microscópio óptico
essa distância é de 0,2 µm devido ao comprimento de onda das radiações visíveis.
Com efeito, a propriedade da ampliação só tem interesse prático se for acompanhada
de um aumento do poder de resolução.
Existem dois métodos fundamentais de observação, de acordo com o tipo de
preparação a observar:
• Se a lâmina não está corada (exame a fresco): a observação é feita com objetivas
secas, do seguinte modo:
1. Desce-se o condensador e sobe-se o diafragma para que a iluminação não seja muito
intensa, já que as lâminas não estão coradas.
2. Com a objetiva de 10x escolhe-se o pormenor a observar.
3. Seguidamente foca-se com a objetiva de 40x, fazendo uma primeira aproximação da
objetiva à lâmina por controle visual externo, e só depois a focagem por afastamento
usando o parafuso macrométrico e posteriormente o micrométrico para focagem final.
• Se a lâmina está corada: a observação é feita com objetivas de imersão,
procedendo do seguinte modo.
1. Sobe-se o condensador, abre-se o diafragma e regula-se a iluminação da fonte
luminosa no máximo, de modo a conseguir-se uma iluminação intensa, apropriada à
observação de lâminas coradas.
2. Coloca-se na lâmina uma gota de óleo de imersão e procede-se à focagem. Primeiro
aproximando a objetiva à lâmina com controle visual externo, seguidamente a
focagem propriamente dita com o parafuso macrométrico e finalmente o
aperfeiçoamento da focagem com o parafuso micrométrico.

5
Aula Prática 1

Microscopia - Observação de lâminas preparadas

OBJETIVO Familiarização com o microscópio ótico: reconhecimento dos componentes e


manipulação correta, através da observação de laminário preparado.

PROCEDIMENTO

a) Lavar as mãos e calçar luvas.


b) Antes de iniciar o procedimento, desinfetar a bancada de trabalho, usando desinfetante (solução
de hipoclorito).
c) Escolher uma lâmina para observar.
d) Ligar o microscópio e focalizar corretamente.
e) Observar o material nas diversas objetivas (4x, 10x, 40x).
f) Desenhar objeto visualizado.
g) Desligar microscópio, deixando com a objetiva de menor aumento.
h) Colocar a capa de proteção.
RESULTADOS

Entregar desenho do material da lâmina, em aumento de 40, 100 e 400 vezes.

40x 100x 400x


Microscópio ótico - Estrutura
1-Ocular;
2-Revólver;
3-Platina;
4- Charriot;
5- Parafuso Macrométrico;
6- Parafuso Micrométrico;
7- Diafragma;
8- Condensador;
9- Parafuso do condensador;
10- Controle do diafragma;
11- Interruptor;
12- Reostato;
13, 14 e 15- controle de iluminação.

6
Aula Prática 2

Microscopia - Observação de lâminas preparadas


Helmintos

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Aula Prática 3

Microscopia - Observação de lâminas preparadas


Protozoários

8
Aula Prática 4

Microscopia - Observação de material fecal contaminado

9
RESENHA DO FILME: PARASITOS, DEVORANDO-NOS VIVOS

10
CONCEITO ECOLÓGICO E BIOQUÍMICO DE PARASITISMO

1 - Observe as imagens abaixo e associe o tipo de associação entre seres


vivos.

A – relação intra-específica

B – relação inter-específica

1 – comensalismo

2 – forésia

3 – mutualismo

4 – simbiose

5 - parasitismo

2 - Parasitismo é sinônimo de doença? Explique.

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11
OS CICLOS PARASITÁRIOS

Observe as figuras abaixo e classifique o parasito e seu ciclo biológico,


de acordo com a especificidade parasitária.

12
PRINCIPAIS TIPOS DE HÁBITAT DOS PARASITOS

1 - Complete a figura com o nome dos parasitos

2 - Dê exemplos de parasitos que habitam:

Tecido conjuntivo _______________________________________________

Sistema Fagocítico Mononuclear (SFM)______________________________

Sangue (helminto)________________________________________________

Sangue (protozoário)_____________________________________________

Sistema linfático ________________________________________________

13
TREMATÓDEOS: Schistosoma mansoni

1 - Observe as imagens e denomine a respectiva forma evolutiva e seu habitat

A B C D

A _________________________________________________

B _________________________________________________

C _________________________________________________

D _________________________________________________

2 – Porque crianças com esquistossomose mansônica apresentam hepato-


esplenomegalia?

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3 – Como ocorre a transmissão da esquistossomose?

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4 - Escreva 4 medidas profiláticas adequadas para a doença parasitária
estudada.

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5 – Na figura abaixo temos a distribuição geográfica dos três principais vetores
da esquistossomose no Brasil. Qual sua relação com endemicidade da
doença?

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Biomphalaria glabrata
B. straminea
B. tenagophila

6 – Na imagem abaixo temos os três principais vetores da esquistossomose do


gênero Biomphalaria no Brasil. Pesquise qual a espécie de cada um deles e
complete a legenda.

A__________________________________
___________________________________
___________________________________
B__________________________________
___________________________________
___________________________________
C__________________________________
___________________________________
___________________________________

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CESTÓIDES: Taenia solium e Taenia saginata

1 - Observe as imagens e denomine a respectiva forma evolutiva e espécie

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2 – Complete a figura abaixo, indicando tipos de hospedeiro, espécie do
parasito e sua respectiva forma evolutiva.

3 – Explique como adquirir teniose e complete o desenho.


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
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3 – Explique como adquirir cisticercose e complete o desenho.

___________________________________
___________________________________
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4 – Dê exemplos de profilaxia para teniose e para cisticercose.

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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17
NEMATÓIDES: Ascaris lumbricoides

1 - Desenhe na figura abaixo, o percurso do parasito em seu ciclo biológico;


indique as respectivas formas evolutivas, desde a entrada até sua eliminação
do organismo.

18
2 – Explique quais são os fatores responsáveis pela diferença na taxa de
prevalência da ascaridiose no Brasil, por região geográfica, conforme figura
abaixo.

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

3 – Abaixo, as imagens de A a J representam ovos de Ascaris lumbricoides


encontrados em material fecal. Classifique-os.
A__________________________________

B__________________________________

C__________________________________

D__________________________________

E__________________________________

F__________________________________

G__________________________________

H__________________________________

I___________________________________

J___________________________________

19
NEMATÓIDES: Enterobius vermicularis

1 – Nomeie as figuras abaixo conforme classificação e complete o ciclo


biológico do parasito

2 – O que entende por:

Heteroinfecção___________________________________________________
_______________________________________________________________

Transmissão Indireta______________________________________________

_______________________________________________________________

Auto infecção externa______________________________________________

_______________________________________________________________

Auto infecção interna______________________________________________

_______________________________________________________________

Retroinfecção ___________________________________________________

_______________________________________________________________

20
NEMATÓIDES: Strongyloides stercoralis

1 – Nomeie a respectiva forma evolutiva de cada espécime representado na


figura

2 – Complete o ciclo evolutivo abaixo e escreva qual melhor método


diagnóstico.

21
NEMATÓIDES: Ancilostomídeos

1 – Complete o ciclo biológico do parasito

2 – Classifique as formas evolutivas do parasito nas imagens abaixo.

A B C

A_____________________________________________________________

B_____________________________________________________________

C_____________________________________________________________

3 – Como acontece a transmissão para essa doença?

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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22
4 – Por que a ancilostomose era denominada de “amarelão”?

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5 – Descreva medidas profiláticas para ancilostomose.

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6 – Como a ancilostomose pode ser diagnosticada?

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_______________________________________________________________
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7 – Qual a diferença morfológica entre um verme adulto de Ancylostoma


duodenale e de Necatur americanus?

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8 – Como o Ancylostoma brasiliensis pode ser patogênico para humanos?

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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23
NEMATÓIDES: Filarídeos

1 – Como é denominado o quadro clínico da paciente abaixo? Por que isso


acontece?
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__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
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2 – Observe a distribuição geográfica mundial da filariose linfática. O que se


pode concluir sobre a doença? O que ocorre no Brasil?
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_____________________________
3 – Como acontece a transmissão para essa doença?
_____________________________
Qual forma é infectante?
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4 – Como a filariose linfática pode ser diagnosticada? E a profilaxia?

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24
Amebas comensais e patogênicas

1 – Explique a diferença entre a forma evolutiva trofozoítica e cística.

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_______________________________________________________________
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2 – Classifique o gênero e espécie dos cistos da figura abaixo.

A_________________________________________

B_________________________________________

C_________________________________________

D_________________________________________

E_________________________________________

F_________________________________________

3 – O que é ameba comensal? E uma patogênica? Classifique os cistos do


exercício anterior (2) como comensal ou patogênico.

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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4 – A imagem mostra um parasito fagocitando hemácias. Que parasito é este?


Por quê? Qual sua forma evolutiva?

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_____________________________________________
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_____________________________________________
_____________________________________________
__________
25
4 – Complete o quadro da história natural da amebíase

Amebas de vida livre.

1 – Quais as principais doenças que podem ser desenvolvidas por amebas de


vida livre?

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2 – Quais são as principais de amebas de vida livre que são parasitos


facultativos?

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_______________________________________________________________

3 – Como pode acontecer a transmissão dessas doenças?

_______________________________________________________________
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26
Toxoplasmose e Toxoplasma gondii

1 – Observe as figuras abaixo. Classifique-as quanto a sua forma evolutiva,


localização e fase da doença.

2 – Complete o ciclo biológico abaixo:

3 – Explique quais são as formas de transmissão da toxoplasmose em


humanos
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4 – Descreva as principais medidas profiláticas para a toxoplasmose.

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5 - O Toxoplasma gondii pode atingir o feto, via placenta, a partir da


parasitemia materna. A probabilidade de infecção aumenta proporcionalmente
com a maturidade placentária, 1 a 2% no primeiro mês, cerca de 10% no
primeiro trimestre, podendo atingir valores de até 70% no terceiro trimestre.
Paralelamente, as lesões fetais são tanto graves quanto mais precocemente o
feto for atingido. Com a instituição precoce da terapêutica antiparasitária,
observa-se sensível decréscimo desses índices percentuais, assim como da
gravidade das lesões. O diagnóstico precoce da toxoplasmose em gestantes e
nos fetos deve ser sensível e específico, devido à possibilidade do feto
apresentar lesões. O diagnóstico de toxoplasmose ativa em gestantes e no feto
é realizado, respectivamente, por
a) detecção de anticorpos anti-toxoplasmose e demonstração do parasito em
pesquisa no líquido amniótico ou no sangue obtido por cordocentese.
b) pesquisa do parasito no sangue periférico e demonstração do parasito em
pesquisa no líquido amniótico ou no sangue obtido por cordocentese.
c) demonstração do parasito em pesquisa no sangue periférico e detecção de
anticorpos anti-toxoplasmose.
d) demonstração do parasito em pesquisa nas fezes e detecção de anticorpos
anti-toxoplasmose.
e) detecção de anticorpos anti-toxoplasmose.
6 – Como diagnosticar a toxoplasmose.

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Plasmódios e malária

1- Complete o ciclo biológico do plasmódio.

2 – O que entende por ataque paroxístico agudo? O que acontece nesta fase da
doença?

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3 - (ENADE, 2010) A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada pelo
protozoário do gênero Plasmodium, e sua distribuição pelo mundo é ilustrada na figura
abaixo (em cinza, área de incidência da malária, em branco, área livre de malária).

Disponível em: < http://www.cienciaviva.org.br/arquivo/cdebate/002dengue/malaria.html>Acesso em: 01abril 2015.

Com relação à malária e a sua distribuição, assinale a opção correta.

29
a) Os criadouros preferenciais do mosquito transmissor são depósitos de água parada
que contenham matéria orgânica em decomposição e exalem mau cheiro, como os
esgotos. A carência de sistemas de esgotamento sanitário capazes de coletar e
transportar os esgotos gerados nas áreas urbanas, e deles tratar e dispor favorece a
expansão dos casos de malária na região.

b) O mosquito da malária sobrevive em áreas que apresentem médias de


temperaturas mínimas superiores a 15 °C, e sua população só atinge número de
indivíduos suficiente para a transmissão da doença em regiões de umidade alta em
que as temperaturas médias fiquem entre 20°C e 30°C.

c) Apesar de os investimentos constantes na oferta de sistemas de abastecimento de


água terem contribuído para diminuir o número de casos da doença, países em
desenvolvimento não conseguem ainda oferecer aos seus cidadãos infraestrutura e
serviços de abastecimento de água potável capazes de evitar o consumo da água
bruta contaminada pelo protozoário do gênero Plasmodium.

d) A malária é uma doença associada à floresta estacional semidecidual, localizada


em faixa limite próximo da linha do Equador, em que os altos índices de pluviosidade
permitem que a água se acumule nas folhas das copas das árvores, onde as moscas
depositam seus ovos. A alta insolação característica dessa faixa equatoriana favorece
o crescimento das larvas e o aumento das populações desse vetor.

e) A malária é uma doença característica de países em desenvolvimento, onde há


carência na oferta de serviços de limpeza e no manejo dos resíduos sólidos urbanos.
Nesses países, proliferam lixões a céu aberto, nos quais moscas transmissoras da
malária encontram as condições apropriadas para sua existência.

4 – Descreva as principais medidas profiláticas para a malária.

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5 – Qual o diagnóstico laboratorial para a malária?

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Tripanossomatídeos: gênero Leishmania

1 – Classifique os quadros clínicos das imagens abaixo e indique os


respectivos agentes etiológicos.

A B C D

A______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
B______________________________________________________________
_______________________________________________________________
C______________________________________________________________
_______________________________________________________________
D______________________________________________________________
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2 – Complete o ciclo biológico abaixo:

3 - (ENADE 2008) Em 1985, foram contabilizados 8.959 registros de


leishmaniose visceral desde os primeiros casos identificados por Henrique
Penna em 1932. No entanto, esse quadro se agravou. O Ministério da Saúde
registrou, no período compreendido entre 1990 e 2007, 53.480 casos e 1.750

31
mortes. A leishmaniose visceral está mais agressiva. Matava três de cada cem
pessoas que a contraíam em 2000. Hoje mata sete. Além disso, foi
considerado por muito tempo um problema exclusivamente silvestre ou restrito
às áreas rurais do Brasil. Não é mais. Nas últimas três décadas, desde que as
autoridades da saúde começaram a identificar casos contraídos nas cidades, a
leishmaniose visceral urbanizou-se e se espalhou por quase todo o território
nacional. A chegada do mosquito-palha às cidades foi acompanhada de um
complicador. Com a sombra e a terra fresca dos quintais, o inseto encontrou
uma formidável fonte de sangue que as pessoas gostam de manter ao seu
lado: o cão, que contrai a infecção facilmente e se torna tão debilitado quanto
seus donos. Uma doença anunciada. In: Pesquisa FAPESP, n.o 151, set./2008 (com adaptações).
A prefeitura de um município composto por uma cidade de médio porte, zona
rural e áreas de mata nativa, solicitou a um biólogo que elaborasse um plano
de ação para evitar o avanço da leishmaniose visceral em sua região. O plano
elaborado sugeria várias ações.
Considerando o texto e a situação hipotética acima apresentada, seria
inadequada a ação que propusesse
a) adotar medidas de proteção contra as picadas do mosquito para
trabalhadores que adentrem áreas de floresta próxima da cidade.
b) controlar a população de cães domésticos, incluindo a eutanásia de animais
infectados em áreas com alta incidência de casos.
c) implementar sistema de coleta e tratamento de esgotos nas áreas em que
houvesse alta incidência de casos.
d) controlar o desmatamento em áreas naturais próximas da área urbana da
cidade em questão.
e) promover medidas educativas da população, principalmente em relação aos
hábitos do mosquito transmissor.
4 – Como ocorre a transmissão da leishmaniose tegumentar? E da visceral?

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_______________________________________________________________
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5 – Quais as principais medidas profiláticas para a leishmaniose?

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_______________________________________________________________
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Tripanossomatídeos: Trypanosoma cruzi

1 – Descreva o ciclo biológico: etapas de 1 a 10, e nomeie as formas evolutivas

1______________________________________________________________
2______________________________________________________________
3______________________________________________________________
4______________________________________________________________
5______________________________________________________________
6______________________________________________________________
7______________________________________________________________
8______________________________________________________________
9______________________________________________________________
10_____________________________________________________________

2 - O que você observa nas imagens abaixo? O que elas representam?

A B

A___________________________________
_____________________________________
_____________________________________
B____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
3 – Explique como pode ser realizado o diagnóstico laboratorial para
_______________________
tripanossomíase americana na fase aguda e na fase crônica. Justifique.

_______________________________________________________________
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

4 - Observe a figura abaixo. O que se pode depreender nela?

(Fonte: Antônio Carlos Silveira; João Carlos Pinto Dias. The control of vectorial transmission
Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.44 supl.2; 2011 http://dx.doi.org/10.1590/S0037-
86822011000800009 )

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_______________________________________________________________
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5 – Quais são os principais vetores para a doença de Chagas encontrados no


Brasil?

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_______________________________________________________________

Flagelados das vias digestivas e geniturinárias

1 – Complete o ciclo biológico abaixo.

2 – Por que a consistência do material fecal é importante para o diagnóstico da


giardíase? Justifique.

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3 – Descreva medidas profiláticas para a giardíase.

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4 – Por que a doença é conhecida como a “diarreia dos viajantes”?

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5 – Complete o ciclo biológico abaixo.

6 – Quais são as principais formas de transmissão para esse parasito?

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7 – Descreva medidas profiláticas para a tricomoníase.

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8 – Quais cuidados são necessários para um correto diagnóstico desta


doença?

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Atividades extraclasse

Caso tenha interesse em aprofundar seus estudos, resolva as atividades


propostas a seguir. Elas deverão ser feitas em casa, fora da sala de aula.

Você poderá testar seus conhecimentos e se apaixonar ainda mais pela


disciplina! Bom trabalho!!!!

1 – Aplicação de conceitos básicos em parasitologia

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2 – Observe o desenho ao lado. Você, quando olha, reconhece
um cachorro, não é? Observe os desenhos abaixo. Você
reconhece algum? Você saberá Parasitologia quando
reconhecer todos os desenhos abaixo. Tente fazer isso! Se você
não conseguir, utilize o livro de Parasitologia do Prof. Dr. Neves
e resolva o exercício!!!

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3 – Tente agora reconhecer estes desenhos!!!

4 - (ENADE, 2010) Considere que um profissional da área da saúde seja


responsável pela elaboração dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP) do
setor de parasitologia de seu laboratório. Observando as diversas técnicas
usadas para triagem de enteroparasitos e o perfil epidemiológico da população
que usufrui os serviços do laboratório, ele chegou aos seguintes dados:
- alta prevalência de Ascaris lumbricoides;
- alta prevalência de Schistosoma mansoni;
- baixa prevalência de Enterobius vermicularis.

40
Levando-se em conta a característica das formas imaturas desses helmintos
observadas nas fezes, por qual método o profissional deve optar para aumentar
a sensibilidade dos exames parasitológicos fecais em seu laboratório?
a) Técnica de Faust, que se baseia na flutuação em sulfato de zinco de
formas imaturas leves de alguns parasitos.
b) Técnica de Lutz, que se baseia no processo de sedimentação de ovos
pesados.
c) Exame direto que é feito a fresco e indicado para pesquisa de formas
imaturas em fezes diarréicas ou disentéricas de forma rápida e fácil.
d) Método de Baermann-Moraes, que utiliza o princípio de termotropismo em
cálice de sedimentação para detecção de formas imaturas larvais.
e) Coloração das amostras de fezes por hematoxilina férrica, que é usada
para detalhar a morfologia de trofozoítos e cistos de protozoários
intestinais.

4 – Com o objetivo de treinar seu inglês e conhecer um artigo científico


realizado pelos alunos da Uniararas, procure na WEB o artigo abaixo (grátis),
leio-o e faça um pequeno comentário a respeito. Escreva com suas palavras e,
por favor, não empreste para o seu colega apenas copiar. Isto é corrupção!!!!!

High occurrence of giardiasis in children living on a ‘landless farm


workers’ settlement in Araras, São Paulo, Brazil.
Lima Junior SÃO, Kaiser J, Catisti R.
Inst Med Trop São Paulo. 2013;55(3). Pii: S0036-46652013000300185. Doi: 10.1590/S0036-
46652013000300008.
PMID:23740012 Free Article

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5 – Enumere a primeira coluna (agentes etiológicos) de acordo com a segunda (doenças)

(1) Plasmodium malariae ( ) amebíase

(2) Toxoplasma gondii ( ) malária quartã

(3) Entamoeba coli ( ) malária terçã

(4) Entamoeba histolytica ( ) toxoplasmose

(5) Plasmodium falciparum ( ) comensal

6 – Coloque Verdadeiro (V) ou Falso (F) nas sentenças abaixo.

a) A toxoplasmose, em grávidas, é diagnosticada pela detecção de anticorpos no sangue da


mãe ( )

b) No feto, a toxoplasmose é diagnosticada pela pesquisa de parasitos no sangue do cordão


umbilical ( )

c) Dentre as diferentes formas clínicas da malária, a que apresenta ruptura de hemácias é


somente a denominada malária quartã ( )

d) Vacinação é medida eficaz para reduzir a incidência de malária na população ( )

e) Podemos adquirir toxoplasmose pela ingestão de carne crua ou mal cozida contaminada
com bradizoítos ( )

f) A toxoplasmose só pode ser adquirida pela ingestão de oocistos maduros, em água e


alimentos contaminados ( )

g) A toxoplasmose pode ser diagnosticada no homem, pela pesquisa, nas fezes, de formas
taquizoítas ( )

h) Calafrio e febre caracterizam o quadro clínico apresentado por pacientes infectados por
plasmódios ( )

i) Um paciente portador de Entamoeba coli possui uma parasitose denominada amebíase ( )

j) Na amebíase extra-intestinal, a forma cística de Entamoeba histolytica pode se localizar no


cérebro ( )

l) Carnes de vaca, cruas ou mal cozidas, podem estar contaminadas e transmitir toxoplasmose
( )

m) Uma medida eficaz para reduzir a incidência de malária é combater o maior número
possível de caramujos ( )

n) O ataque paroxístico agudo é uma manifestação característica da doença parasitária


denominada amebíase ( )

o) Dentre as várias formas evolutivas de Plasmodium sp, as infectantes inoculadas pela fêmea
do inseto Anopheles denominam-se merozoítos ( )

p) A malária pode ser diagnosticada no homem, pela pesquisa, no sangue, de formas


eritrocíticas ( )

q) Ataque paroxístico agudo é um quadro clínico apresentado por pacientes infectados por
plasmódios ( )

r) Portadores assintomáticos que manipulam alimentos são os principais disseminadores da


parasitose denominada amebíase ( )

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Casos clínicos

1 - Um paciente do sexo masculino, 30 anos, residente em região carente de


saneamento básico, soropositivo para o HIV, procurou o serviço de emergência de um
Hospital da rede pública apresentando tosse produtiva e relatando febre diária nos
últimos cinco dias. O paciente apresentava-se desnutrido e desidratado, estando
bastante debilitado. A investigação laboratorial apresentou resultado positivo para
doença parasitária. Qual, dentre os parasitos estudados, poderia ser o causador,
responsável pelo quadro clínico? Justifique.

Responda as seguintes questões sobre os casos 2 a 6:

a – Quais são as hipóteses diagnósticas para esses pacientes? b – Quais exames


deveriam ser solicitados? c – Como pode ter sido adquirido o parasito? d – Qual a
melhor técnica diagnóstica para cada hipótese? d – Quais as principais medidas
profiláticas para essas doenças parasitárias? e – Quais as principais medidas
profiláticas para essa doença parasitária?

2 - Paciente masculino, de 5 anos, com quadro de desconforto em região epigástrica,


diarréia com fezes amolecidas e de aspecto gorduroso, flatulência, cólicas, distensão
abdominal e emagrecimento.

3 - Paciente feminina, 3 anos , com quadro de prurido anal mais intenso à noite e
vulvovaginite refratária à higiene. Relata insônia, queda do rendimento escolar e
enurese noturna eventual.

4 - Paciente masculino, 7 anos, com quadros de broncoespasmo de repetição. Os


exames evidenciaram eosinofilia importante e infiltrado pulmonar em regiões
diferentes a cada radiografia. Relata dor abdominal, diarréia, náuseas, vômitos,
anorexia, insônia e eliminação de vermes pela boca.

5 - A.L.S., 32 anos, masculino, lavrador, natural e residente cem Governador


Valadares, casado. Relata que sua doença iniciou há 2 semanas, quando foi
acometido repentinamente de violenta hematêmese , vomitando ± 2 litros de sangue
vermelho rutilante e uma certa porção de sangue escuro coagulado, seguido de
tonteira e sudorese. Internado, imediatamente recebeu 2 litros de sangue. No dia
seguinte ao internamento, surgiu-lhe melena, que durou de 3 a 4 dias. Sete dias após
recebeu alta hospitalar. Já em bom estado de saúde e foi-lhe recomendado procurar
recursos em Belo Horizonte para submeter-se a tratamento cirúrgico. Relata contato
permanente com águas naturais da região.

EXAME FÍSICO:Paciente em bom estado de nutrição, mucosas hipocoradas, PA


120/70, pulso 72 pulsações/minuto, com hepatoesplenomegalia e circulação colateral
abdominal tipo porta. O fígado era palpável a 3 dedos(5,5cm) do rebordo costal direito,
de consistência aumentada, liso indolor.

6 - Uma mulher de 20 anos de idade, de Brasília, procurou o serviço ambulatorial do


Hospital Universitário de Brasília (HUB), em 2006, após a expulsão de um parasita
intestinal branco, semelhante a uma grande fita. Em sua consulta com o médico, ela
relatou que ela vinha sofrendo de distúrbios gastrointestinais, como cólicas
abdominais, flatulência, diarreia esporádica, polifagia e outros sintomas inespecíficos
como coceira intensa e irritabilidade geral, nos últimos dois anos. Ela revelou que
muitas vezes ela comia produtos de carne de porco e bacon, e que ela comeu peixe
cru no sushi e sashimi em três locais restaurantes japoneses, duas vezes por semana.
Ela tinha um histórico familiar de cisticercose e teniose, sem nunca ter recebido

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tratamento. Seus resultados de testes laboratoriais não mostraram qualquer
anormalidade notável. A morfologia e histologia do parasito foram investigadas.

7- A.J.S., 30 anos, solteiro, procura o serviço médico queixando-se de diarreia, gases,


vômito e dor abdominal. Após o tratamento com antibiótico por uma semana, seu
quadro não apresentou melhora, retornando ao consultório. Neste momento, informou
ao clínico que se alimentava diariamente fora de sua casa e ingeria quantidades
significativas de salada verde. O profissional solicitou a realização de exame
parasitológico de fezes e prescreveu um antiparasitário de amplo espectro. O
resultado do exame revelou a presença de uma ameba contendo 08 núcleos com
cariossoma deslocado para a periferia, porém o clínico afirmou que este
microrganismo não seria capaz de causar o desenvolvimento destes sintomas. Frente
a estes dados, responda:

a- Qual o microrganismo em questão? b- Justifique a resposta “a”. c- Qual a forma


evolutiva observada no exame de fezes? d- Por que o clínico pode afirmar que o
quadro clínico não é devido à presença desta ameba?

8- V.M., 25 anos, deu entrada no Pronto Socorro local apresentando cefaleia, vômito,
convulsão e mudanças de comportamento mental. Por meio de exames de imagem
observou-se a presença de um abscesso encefálico. Seus familiares relataram que, há
aproximadamente 20 dias o paciente apresentava dores abdominais, problemas
digestivos, anorexia e perda de peso. Associaram estes sintomas ao fato de tratar-se
de um indivíduo alcoólatra. Os exames de hemocultura e LCR deram negativos, assim
como o exame de urina e fezes. A terapia com antibióticos não surtiu efeito,
observando-se a evolução rápida do quadro clínico, resultando na morte do indivíduo
poucos dias depois. A necropsia revelou a presença de uma ameba no encéfalo do
indivíduo. Frente a estes dados, responda:

a- Qual o agente etiológico? b- Qual a forma evolutiva encontrada no encéfalo do


indivíduo? c- Trata-se de um parasito cuja forma de infecção é a ingestão de cistos.
Justifique a ausência de formas evolutivas no exame de fezes. d- Qual a associação
entre o abscesso hepático e o encefálico?

9- Há15 dias paciente iniciou quadro de febre alta (39oC), associado a adinamia,
anorexia, sonolência e aumento progressivo do volume abdominal. No mesmo período
apresentou tosse produtiva porém sem expectoração. Nega viroses da infância,
tuberculose, hepatites, cardiopatias, hemotransfusões, intervenções cirúrgicas e
alergia medicamentosa. Reside em casa com infraestrutura sanitária adequada, onde
moram 10 pessoas. O exame clínico revelou esplenomegalia acentuada, com baço
indolor, hepatomegalia discreta e febre de longa duração, com picos elevados e
diários. Seu hemograma foi caracterizado por pancitopenia. Os familiares revelaram
que possuem cães e gatos, sendo que dois, dos cinco cachorros, desenvolveram
lesões próximas aos olhos – que acreditaram tratar-se de sarna – perda de peso e
acentuado crescimento das unhas. Frente a estes dados, responda:

a- Qual a suspeita diagnóstica? b- Qual(is) exame(s) pode(m) confirmar tal suspeita?

c- Em caso positivo, qual(is) forma(s) evolutiva(s) observada(s)? d- Associe a


importância dos cães no desenvolvimento deste quadro clínico.

10- A.M.R., 15 anos, veio ao serviço médico apresentando feridas indolores no nariz e
boca, acometendo mucosas e cartilagem. Sua mãe relata que, meses passados, seu
filho apresentou o desenvolvimento de uma ferida que se curou sem qualquer
tratamento. Associou o desenvolvimento desta lesão a picada de um mosquito. Frente
a estes dados, responda:

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a- Qual a suspeita clínica? b- Quais as formas evolutivas do parasito envolvidas neste
processo? c- Qual a relação entre as lesões atuais com a desenvolvida meses
passados? d- Descreva o processo da cura clínica e parasitológica

11- Um bebê de 5 meses deu entrada em um P.S. local devido a fratura decorrente de
queda acidental. O clínico observa o desenvolvimento de hepatoesplenomegalia sem
diagnóstico definitivo. Os pais, aparentemente saudáveis, são procedente há 8 anos
de zona rural de Minas Gerais. No quarto dia de internação apresentou quadro clínico
de choque séptico, recebendo antibioticoterapia. Dias após o início da terapia, a
criança apresentou alterações cardíacas, diminuição na diurese, aumento do fígado e
edema generalizado. Em um hemograma, observou-se a presença de um parasito
flagelado. Iniciou-se tratamento específico, porém o paciente apresentou deterioração
do estado geral, indo a óbito dois dias depois. Frente a estes dados, responda:

a- Qual o agente etiológico? b- Como a criança foi infectada? c- Quais as formas


evolutivas do parasito envolvidas? d- Como se justifica a ausência de sinais de porta
de entrada?

12- J.M.S., 45 anos, HIV+ doença ativa, procura o serviço médico alegando cansaço,
pesos nos membros inferiores, mal estar generalizado e sentindo o “coração
disparado”. O clinico constata que o indivíduo está febril, apresentando edema nos
membros inferiores e na face. O paciente relata que faz uso dos medicamentos para o
controle da AIDS diariamente, porém seu hemograma mostra queda acentuada no
número de linfócitos. Informa que mora em SP há 20 anos, vindo de uma cidade do
interior da Bahia. Morava em uma casa precária na zona rural. Relata que, 10 anos
atrás, ao visitar sua família, amanheceu com um dos olhos inchados de tal forma que
não conseguia abri-lo e que nos dias seguintes lembra ter passado muito mal, com
febre, dores no corpo e indisposição. Estes sintomas passaram após um período de
aproximadamente 15 dias e não procurou o serviço médico. Frente a estes dados,
responda:

a- Qual a suspeita clínica? b- Qual a relevância do edema uniocular e bipalpebral


relatado pelo paciente? c- Quais as características gerais de um coração no período
crônico deste processo infeccioso? d- No período crônico do processo infeccioso
existe chance de cura clínica e parasitológica? Justifique

13- Paciente relata que há 12 dias iniciou quadro de febre constante, variando de 38ºC
a 39ºC. A febre era acompanhada de cefaleia, anorexia, mal-estar, mialgia e artralgia
e persistiu por 8 dias. Achando tratar-se de um resfriado, não buscou auxílio médico.
Há 4 dias, porém, apresentou novo quadro febril com 39,5ºC, duração de 1 hora, não
responsivo a antipiréticos (dipirona), tendo como característica a presença de tremores
e calafrios, seguido por vermelhidão do corpo e cefaleia, culminado com sudorese
profusa e extrema fadiga. Como os sintomas se repetiram ontem, apesar da ausência
de febre por dois dias, procurou o Hospital de Base. Nega vômitos, diarreia e sintomas
urinários. Vive em casa de alvenaria com a esposa e dois filhos, com água encanada e
sistema de esgoto, luz elétrica. Possui boas condições sócio-econômicas. Apresenta-
se ictérico, aumento no volume hepático e esplênico e anemia. Frente a estes dados,
responda:

a- Qual a suspeita clínica? b- Qual o provável agente etiológico? c- Justifique a


resposta “b”. d- Qual a importância do comprometimento hepático em quadros de
recidiva?

14- Doente admitida no Serviço de Urgência por febre e adinamia com vários dias de
evolução. Havia referência a emagrecimento não quantificado nos últimos dois anos.
Era natural de Moçambique de onde regressara sete dias antes da internação.

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Apresentava anemia grave (3,6 g/dL) e insuficiência renal aguda. O teste para o vírus
da imunodeficiência humana (HIV) foi positivo. Após identificação de um protozoário
no esfregaço do sangue periférico, iniciou terapêutica com dicloridrato de quinina
endovenoso com rápida melhoria clínica. Ao segundo dia de internação constata-se
reaparecimento da febre, crises convulsivas e depressão do estado de consciência,
tendo a doente sido admitida na UTI. Associou-se à terapêutica em curso doxiciclina.
Assistiu-se a melhoria clínica e laboratorial, sem necessidade de quaisquer medidas
de suporte de órgão sendo transferida para a enfermaria ao quarto dia de internação.
Frente a estes dados, responda:

a- Qual a suspeita clínica? b- Devido ao quadro neurológico, qual o provável agente


etiológico envolvido? Justifique. c- Justifique o diagnóstico laboratorial ser realizado
utilizando-se sangue periférico. d- Quais as formas evolutivas encontradas no exame
realizado?

15- M.I.S., 9 anos , chegou ao hospital com fortes dores de cabeça, vômitos
constantes. O médico fez o procedimento padrão, com a análise de LCR, mas não
encontrou um agente etiológico, liberando-a para retornar a sua casa. Dois dias depois
ela retorna ao hospital, com convulsões agudas, febre (39,9 ºC), rigidez na nuca, as
medições respiratórias e cardiovasculares apresentavam alterações. Os índices
glicêmicos estavam elevados (203 mg/dl). Após a realização de uma tomografia
computadorizada, notou-se um edema cerebral. Foi identificada uma migração de
linfócitos para a região cerebral e meníngea, caracterizando infecção por algum
microrganismo. A patologia clínica não conseguiu identificar cistos, nódulos ou
necrose na área afetada. A mãe afirmou que, poucos dias antes da menina apresentar
os primeiros sintomas, havia participado de um pic-nic às margens de uma lagoa com
um grupo da escola, onde nadaram por um longo tempo. Poucos dias após a
internação, o quadro neurológico se agravou, causando o obito da paciente. A
necropsia acusou meningite hemorrágica e necrose dos bulbos olfatórios e tronco
cerebral. Observou-se também a presença da forma parasitária de um protozoário.
Pergunta-se:

a- Qual o provável agente etiológico? b- Quais as principais características deste


parasito? c- Qual a porta de entrada? d- Descreva as principais dificuldades
diagnóstica?

16- M. K., 27 anos, brasileira, solteira, analista de sistemas, natural e procedente de


São Paulo, usuária de lente de contato descartável (LC) fazendo uso da LC há 30 dias
e conservando e lavando em solução fisiológica a 0,9% (SF). Procurou o serviço de
oftalmologia com dor intensa no olho esquerdo. Logo após o início dos sintomas,
procurou um oftalmologista, sendo tratada com pomada antibiótica por 10 dias, sem
melhora clínica. Após consultar um outro especialista, este prescreveu outro
antibiótico, também sem melhora. Foi a um terceiro oftalmologista, que recomendou o
uso de um terceiro antibiótico, sem resultados. A paciente foi então orientada a
procurar nosso serviço. Quanto à manutenção das lentes, a limpeza era feita com
xampu para lentes e o enxágüe e a conservação em soro fisiológico (sem
conservante). Ela apresentava edema bipalpebral de olho direito, hiperemia
conjuntival, lesão ulcerada, com epitélio corneal totalmente irregular além de
inflamação. Optamos no momento por colher cultura em ágar enriquecido e a
realização de exame direto, iniciando tratamento com anti-fúngico durante 15 dias.
Como a córnea evoluiu para perfuração, a paciente foi submetida a transplante com
urgência. O exame direto revelou a presença de um protozoário em sua forma
parasitária. Após 30 dias, a paciente apresentava um olho calmo, entretanto uma
grande área central permaneceu com leucoma corneal que não regrediu, quando foi
indicado transplante de córnea pelos sinais de recidiva do processo infeccioso na
córnea transplantada. Foi então realizado segundo transplante, mantendo-a com

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colírios e pomadas direcionadas a eliminação de protozoários. Atualmente o olho
apresenta-se calmo, sem sinais de recidiva da infecção. Frente a estes dados,
responda:

a- Qual o provável agente etiológico? b- Como o microrganismo entrou em contato


com o hospedeiro? c- Quais as principais características deste microrganismo? d-
Quais as principais dificuldades de diagnóstico?

17 - Há alguns anos atrás, vários indivíduos apresentaram quadros agudos de Doença


de Chagas ao ingerir caldo de cana contaminado pois, ao serem moídas, barbeiros ali
presentes foram triturados liberando formas evolutivas de T. cruzi. Muitos destes
indivíduos foram à óbito em curto espaço de tempo. Frente a estes dados, responda:

a- Estes indivíduos apresentaram sinais de porta de entrada? Justifique. b- Quais as


formas evolutivas do parasito encontradas no caldo de cana? c- Uma das formas
liberadas não é capaz de causar infecção nos seres humanos, porém pode ter
agravado o quadro dos indivíduos. Qual é esta forma evolutiva? Qual agravo pode ter
causado? d- Quais as principais características do quadro agudo desenvolvido pelos
indivíduos?

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Referências Bibliográficas

NEVES, D. P. Parasitologia Dinâmica, 2a ed. Livraria Atheneu, São Paulo,


2006.
NEVES, D. P. Parasitologia Humana, 11a ed. Livraria Atheneu. São Paulo.
2005.
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (SCIELO)

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SCIELO)

REY, L. Parasitologia: parasitos e doenças parasitárias do homem nos trópicos


ocidentais, 4a ed. RJ, Guanabara Koogan, 2008.

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