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Santos
2023
JESSICA RAYANNE DA SILVA
KAROLAINY BRITO DOS SANTOS
NÁDIA FERNANDA GRABOWSKI
SABRINA SILVA ALVES
Santos
2023
JESSICA RAYANNE DA SILVA
KAROLAINY BRITO DOS SANTOS
NÁDIA FERNANDA GRABOWSKI
SABRINA SILVA ALVES
BANCA EXAMINADORA
__________________________________
Prof. e Orientador: Vanessa Monteiro Bizzo Lobo, Me
Centro Universitário São Judas – Campus Unimonte
__________________________________
Prof. (Ana Maria Melo e Souza, Doutora)
Centro Universitário São Judas – Campus Unimonte
__________________________________
Prof. (Roseine Fortes Patella, Mestre)
Centro Universitário São Judas – Campus Unimonte
Dedicamos este trabalho a todas as pessoas que têm coragem
de olhar para dentro de si, enfrentar seus medos e buscar o
crescimento pessoal. A vocês, que compreendem a importância
da Psicologia como uma ferramenta para a autodescoberta e
transformação, meu sincero reconhecimento. Que este trabalho
possa contribuir para a ampliação do conhecimento em
psicologia e trazer luz e esperança para aqueles que
buscam uma vida mais plena e significativa. Esta dedicação é
para todos nós, que acreditamos no poder da mente e no
potencial de crescimento humano.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, а Deus, que fez com que os objetivos fossem alcançados, durante
todos os meus anos de estudos.
Aos nossos pais, que nos incentivaram nos momentos difíceis, por todo o apoio e
ajuda, que muitos contribuíram para a realização deste trabalho.
Aos nossos amigos, que sempre estiveram ao nosso lado, pelo apoio demonstrado
ao longo de todo o período de tempo em que nos dedicamos a este trabalho.
Nossos colegas de turma, por compartilharem conosco tantos momentos de
descobertas e aprendizado e por todo o companheirismo ao longo deste percurso.
A todos os professores, em especial a Vanessa Lobo, Ana Melo, Danilo Briscese e
Roseine Patella que foram essenciais e nos permitiram apresentar um melhor
desempenho no nosso processo de formação profissional ao longo do curso.
Aos professores que compõem a banca examinadora, que dedicaram tempo e
conhecimentos durante toda nossa jornada acadêmica, mas, principalmente nessa
crucial etapa de conclusão. Este trabalho é o resultado de um esforço coletivo, e o
apoio oferecido por todos vocês foram fundamentais para o seu êxito.
Em memoria professor Marcão, cujo seus ensinamentos continuarão a guiar nosso
caminho no futuro.
A instituição, que foi essencial no nosso processo de formação profissional, pela
dedicação, e por tudo o que aprendemos ao longo dos anos do curso.
A todos aqueles que contribuíram, de alguma forma, para a realização deste trabalho.
RESUMO
The early diagnosis of Autism dysmorphology measure has been widely recognized
as a fundamental part of providing appropriate support and interventions to autistic
individuals. However, late diagnosis of autism, during childhood or after adolescence,
it can cause a series of challenges and significant impacts on the lives of those
affected. Understanding and exploring the impact of late autism diagnosis is essential
to improving the quality of life and support offered to these individuals. The present
research aimed to study and identify the impacts caused by a late diagnosis of autism,
and through the data collected, contribute to professionals involved in the diagnosis of
ASD. To prepare this research, the qualitative research method was used, with the
collection of non-quantitative data as a support tool, such as document analysis,
bibliographic research and observations. From the selected studies, it is noted that, as
it is associated with childhood, there is little research on ASD aimed at the adult
population. Thus, many people spend a large part of their lives with symptoms of the
disorder, but without receiving a diagnosis. This triggers losses and makes it
impossible for the individual to seek interventions to improve their quality of life. After
this review, the importance of early diagnosis of ASD and the creation of new studies
on the subject is highlighted, with the aim of improving the quality of life of the
population with the disorder, as well as relieving symptoms that, often, are worsen due
to the lack of specific treatments.
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 8
2 OBJETIVOS ............................................................................................ 10
2.1 OBJETIVO GERAL.................................................................................. 10
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................... 10
3 METODOLOGIA ..................................................................................... 11
3.1 TIPO DE PESQUISA ............................................................................... 11
3.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS ........................................ 11
3.3 PRCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS .......................................... 11
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................. 15
4.1 CONSEQUÊNCIAS DO DIAGÓSTICO TARDIO ..................................... 15
4.2 DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO TARDIO DO TEA ......................... 17
4.3 VANTAGENS DO DIAGNÓSTICO PRECOCE ....................................... 22
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 26
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 28
8
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
A análise relatada, foi levantada por meio de pesquisa bibliográfica com busca
em livros, artigos científicos e meios eletrônicos, trazendo como tema norteador deste
trabalho, um estudo sobre as consequências do diagnóstico tardio do autismo.
Por se tratar de um assunto recente, há poucos estudos sobre o tema. Mas
após a análise dos estudos foi identificado que as diferenças de gênero também
têm influência no diagnóstico visto que as mulheres o recebem em idade mais
avançada, tal fato pode ser explicado por comportamentos sociais do gênero feminino,
como melhor comunicação, comportamento mais ativo e interesses menos
excêntricos (NALIN, MATOS, VIEIRA 2022).
Além disso, um diagnóstico do transtorno pode ser perdido se os médicos
ignorarem os sintomas e não conseguirem diagnosticar um indivíduo ainda na fase
infantil.
Dessa forma, o diagnóstico do autismo é uma situação que desencadeia
alterações na vida da família e do indivíduo, constituindo uma situação que repercute
na mudança da rotina diária, na readaptação de papéis e ocasiona efeitos diversos no
âmbito ocupacional, financeiro e das relações familiares. Porém, a ausência desse
momento impactará ainda mais o paciente ao decorrer dos anos, visto que ao receber
o diagnóstico precoce do TEA ampliam-se as chances de desenvolvimento dos
aspectos motores, cognitivos e sociais.
Quadro 01 – artigos selecionados
Tipo de Ano de
Nome do Autor Publicação Publicação Título Assunto Tratado
Tipo de Ano de
Nome do Autor Publicação Publicação Título Assunto Tratado
Manual Diagnóstico e
Associação Estatístico de Manual de
Psiquiátrica Americana Transtornos Mentais (5ª diagnóstico para
(APA) Livro 2013 ed.) transtornos mentais
Impactos do diagnóstico
NALIN, L. M.; MATOS, tardio do transtorno do As consequências do
B. A. de.; VIEIRA, G. espectro autista em diagnóstico tardio do
G. .; ORSOLIN, P. C. Artigo 2022 adultos TEA em adultos
Transtorno do espectro
autista: impactos do
diagnóstico e suas As consequências do
repercussões no diagnóstico tardio do
Catarros, J., & contexto das relações TEA nas relações
Soldera, P. E. S. Artigo 2022 familiares familiares
Estimulação
Estimulação cognitiva cognitiva em
TAVARES, G. Livro 2020 no TEA crianças com TEA
História da
BIANCHI, V. A; A Construção Histórica construção do
ABRÃO, J. L. F. Artigo 2023 do Autismo conceito de autismo
14
Tipo de Ano de
Nome do Autor Publicação Publicação Título Assunto Tratado
Transtorno do Espectro
Autista – História da História da
Construção de um construção do
MAS, N. A. Livro 2018 Diagnóstico diagnóstico do TEA
Autismo: Descoberta
tardia, importância da As consequências do
Terapia Cognitivo diagnóstico tardio do
Comportamental na TEA e terapia
LOBATO, M. F; Intervenção cognitivo-
MARTINSM, M. G. T. Artigo 2020 Psicoterapêutica comportamental
da mãe, irmãos, e familiares próximos que formam uma rede de apoio que sempre
fortalece as dificuldades, em junção ao processo terapêutico.
Quanto mais velho for o indivíduo, mais vínculos ele terá desfeito devido a não
compreensão de suas peculiaridades pelas demais pessoas, como a
hipersensibilidade a sons altos, movimentos repetitivos, ou a linguagem direta sem
rodeios, características muitos presentes em pessoas com TEA. E quando o
diagnóstico é recebido e o adulto aceita e contribui para seu acompanhamento e
tratamento da maneira mais eficaz possível, ainda existem pessoas que não aceitam
o fato de uma pessoa próxima a eles ter o diagnóstico do TEA. Segundo Garcia, K;
Oliveira, J; Menegat, C e Oliveira, D (2022) é necessário o início de reflexões para
entender a partir de suas experiências e o conhecimento sobre as características do
autismo, para assim ressignificar sua história.
Quando o adulto com autismo chega com o diagnóstico formado para a família,
em algumas felizmente ocorre o acolhimento e incentivo ao tratamento e
acompanhamento mais adequado, porém, existe o outro viés de quando a família
insiste em provar que ela não é uma pessoa com autismo, e sim somente alguém
mais reservada, tímida e reclusa, e ainda usando a justificativa de que pessoas com
TEA não conseguem casar, constituir família e gerenciar empresas, como se tivessem
que ter uma característica físicas que a denomina como uma pessoa com autismo.
Seria como se fosse uma espécie de invalidação que vai de confronto com a validação
que aquele adulto tanto precisava para entender e justificar o porquê de tantas
peculiaridades e incômodos durante toda a sua infância e parte da vida adulta.
Segundo Bittencourt (2018), em um dos relatos coletados em sua pesquisa sobre o
tema, um jovem com TEA aponta a obsessão pelo sucesso o esforço para enfrentar
o TEA, alegando sempre perceber desde a escola a diferença perante o mesmo e
seus colegas, e dificuldade de socialização e amizades. Receber o diagnóstico de
autismo pode ser chocante, mas, é em contrapartida, libertador, pois, o adulto entende
que toda aquela incerteza que viveu por anos agora poderá ser justificada,
compreendida e tratada através do diagnóstico, é como se a incerteza de uma vida
de privações emocionais e físicas fossem solucionadas, trazendo de volta à vida
dessas pessoas a dignidade humana.
A descoberta tardia do autismo traz uma série de descobertas, justificativas,
validações e invalidações, mas, muito maior do que o julgamento e a compreensão
17
ou não da sociedade com esse adulto recém descoberto com o TEA, é ele ter a
oportunidade de poder explorar sua vida agora com uma nova paleta de cores, é
compreender que possuir limitações não o retira do convívio promissor e equilibrado
em sociedade, é ter em mente que mesmo possuindo o transtorno, é possível
trabalhar, se relacionar afetivamente com outras pessoas, progredir em sua carreira,
praticar esportes, ter momentos de lazer, como pessoas que não apresentam
sintomas do TEA. O diagnóstico tardio mantém a pessoa presa por anos em
questionamentos e incertezas de quem ela realmente é, se suas atitudes estão de
acordo com o que ela realmente sente, em situações que são forçadas para que se
enquadre no padrão de sociedade ideal, e com o diagnóstico preciso um mundo de
possibilidades surge, mundo esse que haverá obstáculos, mas, com certeza a
perseverança de ter uma vida livre de medos e limitações falará mais alto.
Segundo Abraão e Bianchi (2023) a partir deste marco, até meados do século
XX, a clínica psiquiátrica se transforma em um local de trabalho com adultos ou
crianças, entendendo que o transtorno do espectro autista, antes visto como loucura,
poderia ser acompanhado e oferecidas maneiras de tratamentos e controle,
analisando os graus a que a pessoa pertencia.
É possível observar a mudança na maneira de analisar e diagnosticar a criança
e adolescente que apresente sintomas de algum tipo de transtorno com a
diferenciação entre as formas congênitas observadas nos primeiros anos de vida,
conforme menciona Abraão e Bianchi a seguir (2023, p.8):
Mas, isso não quer dizer que as crianças e adultos passaram a receber
acompanhamento adequado e toda essa questão se resolveu, e sim que foi um
pontapé inicial para compreender que aquelas pessoas que possuíam características
diferentes do habitual, psicológica e neurologicamente falando, e passariam a serem
reconhecidas como pessoas com doença mental e não histéricos.
No Brasil, entre as décadas de 1970 e 1980 o diagnóstico do autismo era raro
entre os profissionais da área, os poucos que reconheciam o autismo como
diagnóstico, o associavam à má maternidade (ABPEE, 2020).
Permanecendo na linha de raciocínio de 1845 de Abraão e Bianchi (2023), com
essa primeira barreira sendo ultrapassada, isto é, entendendo-se que crianças e
adultos têm o Transtorno do Espectro Autista, uma nova longa caminhada estava
prestes a iniciar e essa estender-se-ia até os dias atuais: Segundo Linhares (2012
apud autor Lobato, M, Martins, Maria, 2005 p.5) o termo autismo foi utilizado pela
primeira vez pelo psiquiatra austríaco Eugen Bleuler em 1911 para referir a um dos
critérios adotados em sua época para a realização de um diagnóstico de
Esquizofrenia. Dessa forma, entende-se a dificuldade em identificar, diagnosticar, e
buscar compreensão e tratamento de pessoas que possuem o TEA, mas, que o
descobrem somente na fase já adulta. Como seria a aceitação desses adultos em
receber o diagnóstico do TEA, se aceitariam o tratamento e acompanhamento
adequado, se estariam dispostos a entender e aceitar que possuem o TEA, se eles
entenderam que necessitam de atenção e cuidados específicos de acordo com a
categoria que estão, como explica Bianchi e Abrão (2023, p.15):
Trazendo para os dias atuais, no ano de 2023 foi divulgado até nos canais
televisivos artistas se descobrindo e falando publicamente sobre ter descoberto o TEA
já na fase adulta, e isso não deixa de ser uma forma de incentivo às pessoas o qual
desconfiam que possam ter o transtorno, busquem ajuda clínica necessária com
Psicólogos, Psiquiatras e Neurologistas da área para que seja avaliada a sua situação.
Compreendendo de maneira breve e concisa como foi o contexto histórico com
ênfase no Brasil desde a quebra de paradigmas entre a demência e histeria e
posteriormente o reconhecimento do TEA, é possível aprofundar as consequências
que a descoberta tardia do autismo causa na vida dos adultos.
O autismo é um transtorno que necessita de estudo e acompanhamento
constante, pois, os graus existentes podem alternar-se e fundir-se, por isso, não há e
nunca existirá um diagnóstico concreto de um único tipo de autismo, pois, mesmo os
diagnosticados, apresentam comportamentos diferentes dependendo da situação que
são expostos, como menciona Abrão e Bianchi (2023 p.16):
um exame específico que faça o diagnóstico, e sim uma série de análises de testes e
mapeamentos.
Pensando numa situação hipotética: Um homem, por volta de 40 anos, que, em
mais da metade de sua vida, sempre foi uma pessoa reservada, discreta, não teve
muitos amigos. Esse mesmo adulto nunca gostou de frequentar festas. Só que esse
adulto quando era criança ia obrigado pelos pais a festas com muitas pessoas e
música muito alta, ele sentia um medo, um desconforto, uma angústia que o fazia
querer se isolar daquele lugar, procurando abrigo num canto onde tivesse
tranquilidade e estivesse longe de todas aquelas pessoas e barulho ensurdecedor. A
vida dessa criança foi passando, as baladas da adolescência, regadas à música e
pessoas dançando próximas umas das outras eram desesperadoras. Mas ele ia
porque era “tímido e tinha que enfrentar seus desafios”. Já na fase adulta ele arruma
bom emprego, mas, não consegue se relacionar com a equipe de maneira natural e
tranquila, os almoços com turmas grandes eram devastadores. Ele tem “manias”
repetitivas que seus colegas de trabalho não entendem e fazem chacota, por que você
faz sempre esse movimento com os dedos? Perguntavam. É mania, respondia,
sempre sem graça. Um dia, esse adulto lê um artigo que relata o depoimento de
pessoas com autismo que descobriram o transtorno após a fase adulta e uma
explosão de dúvidas e questionamentos aflora em sua mente. Essa pessoa decide
procurar ajuda neurológica e psicológica para avaliação do seu caso. Conclusão: Ele
era um homem com Transtorno do Espectro Autista.
Uma situação como essa é mais comum do que imaginam, as consequências
de um adulto que recebe o diagnóstico do transtorno do espectro autista é uma linha
tênue entre o alívio de saber que seus amedrontantes, suas limitações e inseguranças
se davam pelo transtorno, ou, a revolta de ter o diagnóstico de que possui um
transtorno e agora precisará de cuidados e tratamentos específicos.
O adulto que recebe o diagnóstico tardio do autismo necessita de apoio
psicológico específico para além de compreender a necessidade da iniciação de seu
tratamento em específico, ele possa aceitar que possui o transtorno e que com o
tratamento adequado de acordo o grau que possui, poderá exercer suas atividades
sem prejuízo psicológico ou laborativa. Segundo Santos, Fusari, Thomes e Rios
(2023) a demora no processo de diagnóstico é prejudicial ao tratamento.
22
Quando uma criança com autismo tem o diagnóstico logo na primeira infância,
o tratamento é iniciado de maneira precoce, o organismo se adapta a medicamentos
e terapias necessárias, proporcionando ao chegar na vida adulta, um reconhecimento
dos seus próprios limites emocionais em determinadas situações. Segundo
Bittencourt (2018) os indivíduos na infância podem em grande maioria possuir
processos de escolarização interrompidos, permeados por esperança, sonhos e
desejos, devido a suas limitações não diagnosticadas. Ainda segundo Bittencourt
(2018) existe a necessidade de reflexão sobre a necessidade de aprofundamento de
pesquisas com os indivíduos na fase adulta. Quanto mais tardio o diagnóstico, o
organismo tem menos tempo para adaptar-se aos tratamentos adequados, com a
junção de uma pessoa adulta que já possui sua própria rotina, seus vícios e suas
privações. Porém, cumpre ressaltar que a pesquisa profunda sobre o autismo é algo
relativamente recente. Analisando, segundo Abraão e Bianchi (2023) que a antiga
demência e histeria foi dando lugar à transtornos mentais, e posteriormente entre
23
De acordo com Lobato, Martins e Teles (2020) como forma de tratamento eficaz
para o TEA a terapia tem destaque, na qual no contato com o psicólogo o paciente
pode expressar suas frustrações, medos, descobertas de antes e após o diagnóstico
tardio do autismo. A terapia borda de maneira clara e flexível as diversas nuances de
convivência do adulto em sociedade, buscando em suas raízes da infância seus
traumas por ser uma pessoa com autismo e não ter o autoconhecimento, e de sua
vida após a descoberta do diagnóstico e como o tratamento tem influenciado em
melhorias significativas para a melhor convivência do paciente em sociedade.
Outro parâmetro observado é até que ponto toda e qualquer medida lançada
com o intuito de ajuda é real e significativamente válida para o tratamento e estudo do
TEA. De que forma é possível legitimar um estudo de forma eficaz ou julgá-lo como
teorias de senso comum que visam somente lucros rentáveis para seu próprio capital
utilizando de um tema ainda não explorado em sua totalidade, com a imagem de
solução única e final para os “problemas” do transtorno, como menciona a seguir, Mas
(2018, p.99)
compreensão. Detalhes, porque são eles que, em junção com todos os exames
necessários poderão determinar qual o grau do autismo que o adulto possui e qual
será o tratamento mais eficaz. Paciência porque são dias, meses e anos de
acompanhamento, a pessoa com autismo, principalmente o adulto, viveu grande parte
da sua vida sem saber o que tinha, sendo rotulado como uma pessoa que se excluía,
que não conversava direito, que era rude, falava o que pensava sem se preocupar,
que tinha picos de explosão emocional, e uma vez descoberto o seu transtorno, é um
acompanhamento diário para que aquele adulto compreenda que ele pode e deve ter
uma vida normal, desde que receba todo o tratamento e cuidado profissional
necessário para isso. E, por fim, a compreensão do profissional da psicologia que
atuará com esse paciente único, afinal, cada pessoa com autismo tem sua
individualidade, alguns são mais quietos, outros possuem movimentos repetitivos, uns
falam mais, outros não são verbais, alguns se isolam, e outros mostram-se mais
sociáveis, e através do estudo e aprimoramento na área, embasado aos exames
necessários realizados, a psicologia consegue fazer o acompanhamento deste adulto
diagnosticado com autismo tardiamente de maneira eficaz e natural.
26
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS