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CENTRO UNIVERSITÁRIO AGES

CURSO DE FISIOTERAPIA BACHARELADO


CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

MARIANA COSTA DOS SANTOS


RITA DE CÁSSIA PEREIRA
WESLEY DOS SANTOS SOUZA

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO TRANSTORNO DO


ESPECTRO AUTISTA (TEA): REVISÃO INTEGRATIVA

PARIPIRANGA-BA
2023
MARIANA COSTA DOS SANTOS
RITA DE CÁSSIA PEREIRA
WESLEY DOS SANTOS SOUZA

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO TRANSTORNO DO


ESPECTRO AUTISTA (TEA): REVISÃO INTEGRATIVA

Artigo científico apresentado como trabalho de


conclusão de curso do Centro Universitário
AGES, como pré-requisito parcial para a
obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia,
sob orientação dos professores Fabio Luiz
Oliveira de Carvalho e Dalmo de Moura Costa.

PARIPIRANGA-BA
2023
MARIANA COSTA DOS SANTOS
RITA DE CÁSSIA PEREIRA
WESLEY DOS SANTOS SOUZA

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO TRANSTORNO DO


ESPECTRO AUTISTA (TEA): REVISÃO INTEGRATIVA

Artigo apresentado no curso de graduação do


Centro Universitário AGES, como um dos pré-
requisitos para a obtenção do título de bacharel
em Fisioterapia. Paripiranga, 19 de Junho de
2023

BANCA EXAMINADORA

Prof. Fernando José Santana Carregosa


UniAGES

Profa. Dra. Giselle Santana Dosea UniAGES


RESUMO

O transtorno do espectro autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta o


desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo-emocional e social da pessoa autista. A criança
com o supracitado distúrbio apresenta, quando comparada a outras da mesma faixa etária,
atrasos no desenvolvimento desde o nascimento. Para um tratamento eficaz, todos,
incluindo, os familiares, devem estar cientes do autismo e de seus sinais de alerta, para
que o diagnóstico precoce e a fisioterapia possam ser iniciados, amenizando possíveis
perdas de habilidades e atrasos no neurodesenvolvimento. O principal objetivo da pesquisa
é apontar as possíveis intervenções fisioterapêuticas ao paciente com TEA, destacando
seus déficits no desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo-emocional e social e como a
fisioterapia poderia influenciar na avaliação de pacientes neurológicos e no plano de
tratamento adequado. O trabalho é uma revisão integrada realizada através de artigos com
as seguintes descrições: “etiologia do autismo”, “fisiopatologia do autismo”, “aspectos do
transtorno do espectro do autismo”, “diagnóstico do transtorno do autismo”, “sinais de alerta
do autismo”, "avaliação neurológica", "tratamento de TEA" e "importância da fisioterapia".
Os déficits no autismo incluem aquisição autônoma, desenvolvimento motor, interação
social e comunicação. Para a pesquisa foram utilizados estudos entre o ano de publicação
2016 a 2021 nas bases de dados: SciELO, PubMed, FioCruz, Research, PEDro, Lume
repositório digital de UFRGS e Google Acadêmico. Esses estudos relatam que quanto mais
precoce o diagnóstico e o suporte fisioterapêutico, melhor o resultado e a qualidade de vida
dessas crianças, embora seja necessária uma discussão mais aprofundada sobre o tema
e sobre o TEA. Entende-se que a fisioterapia tem consequências positivas ao combater o
atraso no desenvolvimento e a incapacidade, possibilitando uma maior independência e
autonomia do paciente. Portanto, é importante estabelecer o diagnóstico nos primeiros
anos de vida, para que o tratamento fisioterapêutico possa ser iniciado.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Avaliação neurológica. Sinais de alerta.


Fisioterapeuta. Déficits no desenvolvimento. Tratamento e diagnóstico.
ABSTRACT

The autism spectrum disorder is a neurodevelopmental disorder that affects the


cognitive, motor, affective-emotional and social development of the autistic child.
Children with the disorder have developmental delays from birth compared to other
children in the same age group. To get effective treatment as quickly as possible,
everyone, including family members, must be aware of autism and its warning signs,
so that early diagnosis and early physical therapy can be started. So the child does not
lose skills and does not gain more delays in neurodevelopment. The main objective of
the research is to point out the possible physical therapy interventions for patients with
ASD, highlighting their deficits in cognitive, motor, affective-emotional and social
development and how physical therapy could influence the evaluation of neurological
patients and the appropriate treatment plan for each patient. . With your needs after
the diagnosis of ASD, in addition to having different techniques and practices in
physiotherapy. The work is an integrated review where research is carried out through
articles with the following descriptions: “autism etiology”, “autism pathophysiology”,
“aspects of autism spectrum disorder”, “autism disorder diagnosis”, “warning signs of
autism", "neurological assessment", "ASD treatment" and "importance of
physiotherapy". Deficits in autism include autonomous acquisition, motor development,
social interaction, and communication. For the research, studies between the year of
publication 2016-2021 were used in the databases: SciELO, PubMed, FioCruz,
Research, PEDro, Lume digital repository of UFRGS, Google Scholar. These studies
report that the earlier the diagnosis and physiotherapy, the better the outcome and
quality of life for these children, although a more in-depth discussion on the subject
and on ASD is needed. It is understood that physical therapy has positive
consequences for developmental delay and disability in children with autism and
promotes greater independence and autonomy. Therefore, it is important to establish
the diagnosis in the first years of life so that physical therapy treatment can be initiated.

Keywords: Autism Spectrum Disorder. Neurological Assessment. Warning Signs.


Physiotherapist. Deficits in Development. Treatment and diagnosis.
LISTAS

LISTA DE FIGURAS

1: Fluxograma das etapas de seleção dos artigos .................................................... 20

LISTA DE QUADROS

1: Principais intervenções para o Transtorno do Espectro Autista ............................ 18


2: Informações dos artigos incluídos na revisão integrativa ...................................... 21

LISTA DE ABREVIAÇÕES

ABA Análise do Comportamento Aplicado


AVD’s Atividades de Vida Diária
DMS-V Diagnóstico de Transtornos Mentais
MIF Medida de Independência Funcional
PubMed/MEDLINE Web of Science e National Library of Medicine
SciELO Scientific Electronic Library Online
TEA Transtorno do Espectro Autista
UTI Unidade de Terapia Intensiva
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6

2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 7

2.1 Objetivo geral ........................................................................................................ 7

2.2 Objetivos específicos............................................................................................. 7

3 MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 7

4 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................... 8

4.1 Etiologia/fisiopatologia/epidemiologia .................................................................... 8

4.2 Diagnóstico e sinais de alerta do autismo ........................................................... 11

4.3 Desenvolvimento cognitivo/motor ........................................................................ 12

4.4 Desenvolvimento social/afetivo/emocional .......................................................... 13

4.5 Intervenções fisioterapêuticas no tratamento de TEA ......................................... 15

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 20

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 26

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 28

AGRADECIMENTOS ................................................................................................ 30
1 INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do


neurodesenvolvimento, o qual tem em seu entorno aspectos de alterações de grande
impacto no desenvolvimento motor, cognitivo, social, afetivo, emocional e déficits
sensoriais, caracterizados como ordens de movimentos de estereotipagem. Essas
alterações provocam o aparecimento de: ansiedade, hiperatividade e problemas
gastrointestinais (ALMEIDA, 2018).
O diagnóstico do TEA é realizado através de exames clínicos, portanto, é
possível identificar o grau de complexidade e causas comportamentais. Nesse
aspecto, torna-se possível identificar nos primeiros 2 anos de vida. Para facilitar este
processo, é de suma importância o papel da família na busca de informações sobre o
TEA, incluindo suas alterações e manifestações, para que se obtenha um diagnóstico
precoce (ALMEIDA, 2018).
Nota-se que é indispensável o acompanhamento com uma equipe
interdisciplinar para determinar o fechamento do diagnóstico, bem como, agregar uma
integração de variados profissionais, como: médicos especializados em
neuropediatria, psicólogo, fisioterapeuta, educadores e a família que, especialmente,
observa todas as manifestações de déficits no cotidiano (AZEVEDO; GUSMÃO,
2016).
Diante de um diagnóstico confirmado, espera-se a atuação de uma equipe
multiprofissional que tenha um embasamento de conhecimento na área para oferecer
o melhor prognóstico possível, o qual vai prosseguir com o tratamento idealizado; o
papel do fisioterapeuta em conjunto com a equipe é de suma importância já que
contribui para o desenvolvimento da autonomia e qualidade de vida dos pacientes
(GARCÍA-PARRA; COSTA; ROLIM, 2016).
Com o maior número de casos diagnosticados nos últimos anos, o TEA tornou-
se um assunto comentado mais frequentemente, porém, pela falta de pesquisas nessa
área, gera uma maior dificuldade para a sociedade compreender sobre o respectivo
assunto. Com isso, torna-se necessário mais projetos e pesquisas abordando o
referente tema, além de divulgação para conscientizar a população sobre as
alterações e, assim, obter diagnósticos precoces juntamente com evidências,

6
apresentando a importância do tratamento fisioterapêutico no TEA (ALMEIDA, 2018;
SILVA; VILARINHO, 2022).
Para obter uma maior evolução, a intervenção fisioterapêutica deve ser
estabelecida de forma precoce, assim, evita-se atingir manifestações drásticas, o que
resulta em uma evolução ainda maior nos aspectos do desenvolvimento comunicativo
e nos demais já citados, melhorando a qualidade de vida de pacientes diagnosticados
com TEA (GARCÍA-PARRA; COSTA; ROLIM, 2021; SILVA; VILARINHO, 2022).
Dessa forma, o presente artigo tem o objetivo de discutir as possíveis
intervenções fisioterapêuticas no transtorno do espectro autista (TEA) através de uma
revisão integrativa.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Discutir as possíveis intervenções fisioterapêuticas no Transtorno do Espectro


Autista (TEA).

2.2 Objetivos específicos

Descrever as principais dificuldades enfrentadas pelos portadores de autismo


diante da sociedade.
Salientar a relevância do trabalho da equipe multidisciplinar na vida de
portadores de TEA, objetivando promover mais autonomia.
Realçar a importância da fisioterapia neurofuncional na vida do paciente com
TEA.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Constitui-se em uma revisão integrativa de maneira sistemática, ordenada e


abrangente, fornecendo conhecimento científico para uma pertinente discussão, a fim
de contribuir academica e socialmente, com a supracitada temática. Este estudo foi
construído através de pesquisas por artigos científicos e em bases de dados como:

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“Scientific Electonic Library Online - SCIELO”, “Fiocruz”, “Google Academico”,
“PubMed”, “Lume Repositório Digital de UFRGS”. Nesse trabalho, foram utilizadas as
seguintes palavras-chave: “Fisioterapia”, “TEA”, “tratamento”, “habilidades motoras” e
“relações sociais”. Foram utilizados 4 artigos científicos para a montagem do trabalho
e aproveitados 3, com o propósito de chegar à discussão. Para ter resultados mais
exatos na pesquisa, iniciou-se a busca com os seguintes filtros: busca avançada com
os itens e período específico, selecionando os últimos 10 anos.
Os descritores em Ciência da Saúde (DeCS) utilizados foram: tratamento
fisioterapêutico no TEA; Transtorno no Espectro Autista (TEA); e fisioterapia
neurofuncional no TEA. Assim, os critérios estabelecidos fomentaram a busca por
artigos que concediam uma maior compreensão do assunto, bem como,
relacionassem-se, diretamente, com os objetivos da temática, com datas de
publicação entre 2015 a 2023. Deu-se maior ênfase a artigos mais recentes;
disponíveis on-line nos idiomas português, inglês e espanhol; e com textos claros que
trouxessem entendimento, englobando relatos, experiências sociais, diagnósticos,
tratamentos, papel multidisciplinar e abordagem fisioterapêutica direcionados ao TEA.
Em suma, como critério de exclusão houve a desconsideração de artigos publicados
antes de 2015, assim como, de textos que não trouxeram clareza e que divergiam dos
objetivos propostos.

4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Etiologia/fisiopatologia/epidemiologia

Conforme definido pela Associação Psiquiátrica Estado-Unidense em 2013, o


Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma síndrome caraterizada por distúrbios
persistentes na interação social, na comunicação e nos padrões de interesse ou
comportamentos restritos, repetitivos e estereotipados. O distúrbio foi identificado pela
primeira vez em 1943, por León Kanner, e, desde então, milhares de crianças e
adolescentes foram diagnosticados. O TEA pode se apresentar como um único
fenótipo de síndrome, mas muitas vezes se apresenta com outros distúrbios, como
síndrome de Rett, síndrome do X frágil, síndrome de Down, síndrome de Angelman e
síndrome de Prader-Willi (VIANA, 2020).

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Alguns cientistas como Kanner, Asperger, Rutter e Wing, sabem que a genética
é uma das principais causas do autismo desde que descobriram através de uma
publicação no Journal of Child Psychology and Psychiatry que gêmeos idênticos
apresentavam a mesma condição na década de 1970. Desde então, tem-se estudado
amplamente a relação entre os genes e o autismo com auxílio dos processos
tecnológicos modernos, para que assim, sejam determinadas as características
genéticas.
Com o tempo, os cientistas concluíram que vários genes estão envolvidos na
condição e, quanto mais investigam a questão, mais clara se torna a contribuição
genética para o autismo, bem como, os fatores ambientais que podem desempenhar
um papel nas possíveis causas do TEA. Os pesquisadores estão investigando a
possibilidade de que fatores como infecções virais, medicamentos ou complicações
durante a gravidez ou poluentes do ar, possam desempenhar um papel nos
transtornos do espectro do autismo. Portanto, existem vários genes que podem alterar
a forma como o cérebro se desenvolve ou as células se comunicam. Por exemplo,
algumas mutações podem ser herdadas, enquanto outras podem ocorrer
espontaneamente (DOS REIS; PINTO, 2021).
Desde o primeiro estudo de gêmeos autistas em 1977, várias equipes de
pesquisa compararam a incidência de TEA em gêmeos e concluíram que a genética
é a principal responsável pelo distúrbio. Quando gêmeos idênticos são diagnosticados
com autismo, há cerca de 80% de chance de que o outro gêmeo também seja autista.
A incidência de gêmeos fraternos é de 40%. Em geral, descobriu-se que ter um
membro da família com autismo aumenta a probabilidade de um casal ter filhos com
o mesmo transtorno, esse risco também aumenta quando o casal tem mais de 40
anos, apresentando maior índice de erros e defeitos no material genético.
No entanto, cuidados excessivos ou negligentes com a criança, questões como
a idade dos pais no momento da concepção, uso de medicamentos durante o período
pré-natal e nascimento prematuro podem estar envolvidos, assim como, os fatores
ambientais. Com o desenvolvimento da ciência médica, o número de sobreviventes
prematuros em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal também aumentou,
assim, descobrimos que os bebês prematuros também são mais propensos a ter
sintomas do TEA (ARAÚJO, 2019).

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A etiologia do TEA é considerada multifatorial, visto que é marcada por
influências ambientais, maternas e genéticas, contribuindo para a patogênese. Apesar
do crescente número de casos, muitas crianças permanecem sem diagnóstico.
Acredita-se que novos achados nessa área possam contribuir para o aumento dos
diagnósticos. Sabe-se que sua etiologia é primariamente genética e ambiental, com
distúrbios moleculares extremamente relacionados (GRIESI-OLIVEIRA; SERTIÉ,
2017).
Além dos fatores etiológicos, vários riscos foram observados em indivíduos
com autismo do que em indivíduos não autistas. Quanto à ponderação de cada fator,
a literatura é bastante dividida, com algumas revisões afirmando que as exposições
ambientais e os fatores intrínsecos maternos são muito importantes, enquanto outras
defendem que as causas genéticas são predominantes. Um estudo mostrou uma
prevalência de 35% de causas genéticas e 60% a 65% de causas ambientais pré-
natais, perinatais e pós-natais (GRIESI-OLIVEIRA; SERTIÉ, 2017).
Esses distúrbios consistem em déficits persistentes em áreas-chave, como
comunicação e interação social, padrões restritos e comportamentos repetitivos.
Pode-se dizer que essas características são notadas em níveis como: leve, moderado
e severo. Essa diversidade de condições levou ao uso do termo espectro do autismo
(RAMOS; LEMOS; SALOMÃO, 2019). Os portadores de TEA apresentam sintomas
evidentes antes dos três anos de idade, mas o diagnóstico tardio pode prejudicar
gravemente o desenvolvimento da criança.
Mesmo antes do primeiro ano de vida, os seguintes sinais sugestivos tornam-
se perceptíveis: contato visual ruim, sem resposta a nomes, perda de algumas
habilidades previamente adquiridas, preferência por objetos em vez de pessoas, baixa
reciprocidade no contato social, baixo interesse em movimentos de objetos e
brinquedos, distúrbios do sono, desconforto a ruídos altos, hipersensibilidade no colo
e falta de resposta durante a amamentação e contato com a mãe. A avaliação do
desenvolvimento neuropsicomotor é essencial para uma intervenção precoce, que
pode levar diretamente a melhorias significativas na cognição infantil e redução da
gravidade do TEA (ARAÚJO, 2019).
O TEA normalmente inicia-se na infância e tende a persistir na adolescência e
na fase adulta. O transtorno autista é significativamente 3-5 vezes mais comum em
homens. Entre as razões para explicar o porquê de o TEA ser mais difícil de explicar

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nas meninas está o fato de que elas apresentam menores fatores de estereótipos do
espectro, disfarçando o seu déficit de comportamento social, pois apresentam a
capacidade de imitar comportamentos de outras meninas de mesma idade, tem
menos atitudes repetitivas e restritas que os meninos. E por haver essa ausência de
estereótipos bem demarcados pode contribuir para dificultar uma suspeita do TEA.
A detecção tardia de meninas pode resultar em oportunidades perdidas de
desenvolvimento precoce de habilidades e melhoria de sua condição. Portanto,
devemos aprender a apreciar a complexidade do espectro feminino, aprofundando
mais sobre o transtorno e entendendo quais intervenções estão disponíveis, pois ao
fornecermos às famílias as orientações corretas encurtará o caminho para o
diagnóstico e a intervenção. Hoje, o diagnóstico após o terceiro ano de vida é
considerado tardio. Cada criança não tem seu tempo, ou seja, existem marcos de
desenvolvimento que precisam ser alcançados no momento certo. Os atrasos
cumulativos acabam, infelizmente, virando uma bola de neve. Existem
comportamentos que uma criança precisa aprender para alcançar os outros e, quanto
mais cedo iniciar o processo de intervenção, melhor será os resultados (MAGALHÃES
et al., 2019).

4.2 Diagnóstico e sinais de alerta do autismo

Eventualmente, é possível identificar 3 níveis de autismo, os quais é preciso


avaliar a necessidade de todo um suporte. Nesse ínterim, para realizar um diagnóstico
assertivo, é necessária a participação familiar para que o profissional qualificado
identifique todo o histórico, observando quaisquer sinais e sintomas que dificultem a
funcionalidade diária do indivíduo, bem como, examinando e utilizando um guia
chamado de DMS-V para o diagnóstico de transtornos mentais, criado por American
Psychiatric Association (DE CARVALHO MANSUR et al., 2017).
Com relação aos sinais e sintomas podem ocorrer em variadas intensidades,
impactando nas AVD’s dos indivíduos, sendo classificado uma síndrome
comportamental. É crucial avaliar também o desenvolvimento cognitivo do autista a
partir desses sinais, uma vez que, são habilidades fundamentais para o cotidiano do
indivíduo, ou seja, habilidades como de percepção, memória, linguagem, raciocínio,
atenção e entre outras, que quando comprometidas podem impactar diretamente na

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autonomia do sujeito, de modo que, existem alguns padrões como o de raciocínio
repetitivo que prejudica a aprendizagem, fazendo com que ocorra de forma
fragmentada (DE CARVALHO MANSUR et al., 2017).

4.3 Desenvolvimento cognitivo/motor

Os comportamentos da criança ou adulto com TEA são estereotipados, de


forma involuntária e bem característicos, tais como: birras excessivas, hábitos
agressivos de morder, chutar, arranhar a si próprio ou aos outros, bater com a cabeça,
obsessão por determinados objetos por um longo período de tempo, utilizando os
mesmos de forma repetitiva. Já em relação ao convívio social, não ocorre a partilha
de objetos e há dificuldade em mudar a atividade que está sendo realizada; pouca
habilidade afetiva; muitas vezes não distingue ou percebe emoções (distúrbios de
atenção); pouco ou nulo contato visual, assim como interação; muitas vezes não
atende ao ser chamado pelo nome, ou não consegue memorizar nomes de outras
pessoas (ZANON; BACKES; BOSA, 2017).
A respeito da fala, ocorre alterações na entonação, na velocidade, utilizando
frases fora de contexto, com dificuldade na compreensão da linguagem;
singularizando uma variação de linguagem; não utiliza de forma correta a linguagem
não verbal, para apontar objetos desejados; não inicia e mantém uma conversa por
determinado tempo. Tais sintomas podem variar de acordo com o grau de severidade,
em alguns casos, o indivíduo pode não realizar a fala (ZANON; BACKES; BOSA,
2017).
Não obstante, embora o desenvolvimento motor não seja um aspecto para
diagnóstico clínico, certamente, está diretamente relacionado com o desenvolvimento
cognitivo e as habilidades envolvidas, ou seja, o desenvolvimento neuropsicomotor é
alterado, de acordo com o grau de severidade do TEA. Os primeiros sintomas iniciam-
se ainda na infância, podendo se prolongar (ZANON, BACKES, BOSA, 2017).
Em geral, as principais alterações apresentadas são: cardiovascular,
cardiorrespiratória, sensibilidade, coordenação motora, equilíbrio, tônus e força
muscular. Alterações motoras são inicialmente perceptíveis, como o baixo controle
postural, ausência de reflexos primitivos, assim sendo, já visíveis nos primeiros meses
de vida do autista. É indiscutível que indiretamente essas alterações motoras sejam

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também sinais de alerta e agreguem para o diagnóstico clínico precoce (ZANON,
BACKES, BOSA, 2017).
O desenvolvimento motor e suas alterações são de suma importância para o
tratamento fisioterapêutico. Em virtude do que foi mencionado, algumas alterações
frequentemente encontradas no indivíduo portador de TEA são baixa coordenação
motora, grossa e fina, impactando em atividades diárias como escovar os dentes,
pentear os cabelos, escrever; dificuldades para realizar atividades que necessitam de
memória em relação a sequências motoras; alterações em controle postural, para
posicionamentos como sedestação sem apoio; hipotonia e fraqueza muscular ou
excesso de força muscular para determinada função, fazendo com que a mesma seja
realizada de forma imprecisa.
Alguns indivíduos adotam padrões como o de deambular na ponta dos pés;
dificuldade em pular, em passar por obstáculos; alterações de equilíbrio, nas quais
impossibilita pular de um pé só; dificuldades proprioceptivas, em relação ao indivíduo
ter baixa percepção do seu corpo no espaço. Além de alterações sensoriais, como a
hipersensibilidade ou hipossensibilidade a estímulos como texturas, sons, luzes e
cores (SILVA SANTOS; MASCARENHAS; OLIVEIRA, 2021).

4.4 Desenvolvimento social/afetivo/emocional

O processo de desenvolvimento social da criança com TEA é caracterizado por


seu comportamento repetitivo e sociocomunicativo, que segundo Zanon et al. (2017)
é possível já ser observado durante os primeiros traços da sua infância, entretanto,
estudos científicos identificaram que grande parte das crianças portadoras de TEA
tem esse diagnóstico quando começam a frequentar a escola.
Os portadores de TEA apresentam dificuldades a partir das interações sociais,
contribuindo para formas de isolamento social, mudanças nas emoções e apatia
afetiva, obtendo, assim, dificuldades de interações no geral. Esse impacto no
comportamento social é um dos primeiros aspectos identificados pela forma
indiferente de interação social, a falta dessa, inclusive, é um dos principais sinais já
que é uma característica natural humana (MICCAS et al., 2014).
Socialmente é perceptível falhas nas suas interações do dia a dia, tendo déficit
de organização para acionar os estímulos sociais já nos primeiros meses de vida,

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como a falta de estímulos simples, ao ser chamada ela inibe o ato de virar a cabeça,
diferente de bebês que não possuem o transtorno do espectro autista. Com o decorrer
do tempo apresentam dificuldades nas suas expressões faciais e na fala (CARVALHO
et al., 2013).
Segundo Bertoldi e Brzozowski (2020) a integração do portador de TEA em
grupos escolares é muito importante para a melhora do desenvolvimento do seu
aspecto social, sabendo e observando as particularidades de cada paciente para
propor uma forma simplificada de introdução no meio social, com ajuda de
profissionais que facilitem o desenvolvimento desse processo.
Bertoldi e Brzozowski (2020) dizem que nessa fase de desenvolvimento os
autistas tendem a apresentar-se e expressar-se com uma série de comportamentos
repetitivos, diferenciando-se dos outros que estão na mesma faixa etária de idade,
seu comportamento sociocomunicativo é bem peculiar, dificultando as interações
sociais, emocionais e afetivas. A sua atenção não é fixada por muito tempo,
desprende-se muito rápido e assim se diferencia de um padrão da sociedade no qual
ele não interage de forma espontânea, por exemplo: não espere de uma pessoa com
autismo cumprimentar alguém ou se despedir, eles possuem um déficit considerável
de atenção. Entendendo esses fatos é de uma importância imensurável a inclusão de
uma equipe multidisciplinar para acompanhar o processo de desenvolvimento do
paciente com transtorno do espectro autista.
Segundo Vilani e Port (2018) os autistas têm uma maior dificuldade em
relacionamentos com outras pessoas que estão presentes no seu cotidiano. Segundo
Borges e Moreira (2018), Leo kanner destaca o TEA como um distúrbio artístico de
contato afetivo, já Eugene Bleuler diz que o autista tem dificuldade de lidar com a
realidade por questões comportamentais, afetivas e emocionais. Bertoldi e
Bzzozowski (2020) dizem que por conta do autismo as emoções apresentam
inconsistências/alterações, e no processo de aprendizagem essas emoções são de
grande significância. Devido às alterações supracitadas os mesmos apresentam uma
dificuldade de formar vínculos com os outros, sendo mais inconstantes em alguns
casos e menos em outros.
De acordo com Borges e Moreira (2018) existe uma relação de autistas, por
exemplo: o comum, que apresenta características clássicas como déficits intelectuais,
na comunicação e até a ausência de forma verbal; e o outro, demonstração de um

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autista com desenvoltura e habilidades verbais e mais inteligente, no entanto, ainda
assim com falhas nas interações sociais.
Para Vilani e Port (2018) o desenvolvimento afetivo-emocional está
diretamente conectado com as disfunções da região dos temporais que estão
interligadas aos sistemas dos frontais, parietais e límbicos. Por envolver diretamente
esses sistemas é explicado o sintoma clínico de déficits emocionais dos autistas.
Santos et al. (2021) afirmam que o aspecto afetivo dos portadores de autismo
apresenta um bloqueio de se envolver em relacionamentos, não compartilhamento
desejos e sentimentos. Nota-se também que não são atenciosos nem em trocas de
olhares espontâneos, com isso tudo vem a dificuldade de convívio com grupos. Dentre
todos esses fatos, a fisioterapia tem muito a contribuir sendo um suporte para o melhor
convívio em suas relações familiares ou quaisquer outras, melhorando a sua
capacidade de raciocínio e estimulando melhorias em seus déficits e, alcançando,
uma maior independência das suas avd´s.
Ferreira et al. (2016) dizem que nos adultos com TEA os aspectos emocionais
podem surgir com características que não se adaptam aos seus relacionamentos,
ocorrendo, assim, uma sequência de decepções, pois eles não veem seus pares como
uma fonte de afeto, com esse comportamento, geralmente, fracassam nesse tipo de
relacionamento, mas isso é relativo.
Portanto, faz-se necessário compreender esses padrões, para assim, buscar
e apresentar formas de tratamentos para indivíduos com TEA.

4.5 Intervenções fisioterapêuticas no tratamento de TEA

Para obter um tratamento ideal para a funcionalidade nos diversos aspectos


que compõem os portadores de autismo é um processo que envolve uma equipe
multidisciplinar, desde o fisioterapeuta, pedagogo, terapeuta ocupacional, psiquiatra,
psicólogo e fonoaudiólogo. Para então, em conjunto, desenvolvam um tratamento
justo e eficaz que comporte todas as dificuldades apresentadas, juntamente com o
apoio da família. O fisioterapeuta deve orientar e treinar os familiares para
incentivarem e estimularem o desenvolvimento sensório-motor do paciente em seu
cotidiano (GONZALEZ; CANALS, 2016). Segundo Silva e Vilarinho (2022) para
desenvolver as condutas fisioterapêuticas ideais é importante entender sobre os graus

15
de dificuldades das funcionalidades motoras, sensoriais e cognitivas. O profissional
deve demonstrar domínio de suas habilidades e conhecimentos práticos e teóricos,
estimulando a coordenação, o equilíbrio, a propriocepção e a lateralidade do paciente.
Segundo Ferreira et al., (2016) as crianças autistas conseguem ser avaliadas
através de um questionário a medida de sua independência funcional (MIF), o qual
analisa as particularidades motoras e cognitivas, força muscular, habilidades de
memória, comunicação, autocuidado, interação social e comportamento, mudanças
posturais, marcha e avd´s. Sua pontuação vai de 1 (assistência total) até o 7
(independência completa). Com isso, é possível adequar as intervenções posturais e
biomecânicas, que se referem a posicionamentos adequados através de dispositivos,
ou seja, de órteses para fazer ajustes posturais enquanto realiza atividades diárias,
ou simples modificações em cadeiras e suportes para melhorar posições, associando
a exercícios que sejam específicos para o fortalecimento dos músculos posturais,
vinculado ao treinamento de equilíbrio.
Dessa forma, favorece, também, a evolução da concentração, comunicação e
através dos atendimentos é estimulada a interação social, com a terapia de integração
sensorial, buscando melhorar o padrão sensorial com respostas ao ambiente, sempre
estimulando diversas sensações de texturas, movimentos e propriocepção,
associando a terapia lúdica que vai ajudar no engajamento do paciente nas
intervenções (GONZALEZ; CANALS, 2016).
Segundo Silva e Vilarinho (2021) a estimulação durante os atendimentos com
olhares e toques favorecem a evolução dos pacientes com TEA, possibilitando
entender mais sobre suas dificuldades, o próprio corpo e sua mente como realmente
funciona, a sensibilidade, portanto, é um fator importante. O profissional deve buscar
entender todos os fatores que favorecem esses estímulos e entender as suas
alterações, prevenindo que essas ocorram a ponto de prejudicar o desenvolvimento.
Segundo Araújo (2021), o método de extrema influência é o Applied Behavior
Analysis (ABA), ou seja, traduzindo para o português é chamado de Análise do
Comportamento Aplicado, o qual é mais do que observar os comportamentos dos
autistas, mas direcionar a extinção daqueles inapropriados. Assim, buscando no seu
processo de neurodesenvolvimento adequar novos comportamentos para que os
comportamentos característicos dos autistas não se desenvolvam com maior
incidência.

16
Cabe ao fisioterapeuta analisar e realizar o seu plano de tratamento, o qual
consiste em buscar técnicas para melhorar a coordenação motora grossa e fina, tônus
muscular, fortalecer musculatura global, melhorar propriocepção, equilíbrio e
promover estímulos cognitivos, dessa forma, sempre incentivando e mostrando a
importância de cada plano para ajudar o paciente nas suas atividades diárias,
promovendo uma maior funcionalidade do indivíduo.
Dessa forma, faz com que ele se encaixe em outros meios, compreendendo,
assim, a funcionalidade do próprio corpo e adequando os seus comportamentos,
comunicação, interação social e expressões faciais. Nota-se que a musicoterapia é
pertinente para a obtenção dos supracitados resultados, reduzindo estresse e
ansiedade, sendo planejada especificamente, buscando atingir as particularidades de
cada paciente (SILVA; VILARINHO, 2022); (BERTOLDI; BRZOZOWSKI, 2020).
A fisioterapia abrange várias áreas que atinge os objetivos do tratamento,
beneficiando o desenvolvimento neuropsicomotor do TEA, as várias modalidades de
tratamento dão oportunidade e possibilidades, beneficiando o plano de tratamento. O
fisioterapeuta deve explorar em pacientes autistas seu lado criativo, o método de
gameterapia se baseia na interação com jogos virtuais, facilitando o processo de
terapia, nesse viés, a tecnologia é uma ferramenta facilitadora e de grande
importância, sendo benéfica aos portadores de TEA.
A introdução de musicoterapia associada à dança nesse processo de
tratamento é fundamental, com ritmos e sons que sejam adequados para obter um
maior nível de concentração para a realização de movimentos da dança em sintonia
com a música, contribuindo para a melhora da funcionalidade do corpo, psicológico e
no seu desenvolvimento físico. Essas atividades planejadas pelo fisioterapeuta vão
atingir os objetivos propostos de melhorar o desenvolvimento motor, equilíbrio estático
e dinâmico, melhorando a marcha do paciente (SILVA; VILARINHO, 2022).
Em pacientes autistas com hiperatividade o método da equoterapia é
fundamental, trazendo muitos pontos positivos, nele, é adquirida a parte sensorial,
motora e cognitiva do paciente, através dos movimentos do cavalo (CORREIA;
BARBOSA, 2018). No método da hidroterapia, ou seja, fisioterapia aquática são
executadas atividades dentro da água, em uma piscina de temperatura aquecida, para
os autistas essa terapia é proveitosa, pois promove relaxamento, melhora do sono,

17
fortalecimento da musculatura global, melhora de equilíbrio, interação e atenção do
portador do TEA (SILVA; VILARINHO, 2022).

Quadro 1: Principais intervenções para o Transtorno do Espectro Autista.


Intervenções Objetivos
direcionada a excluir comportamentos
inapropriados e fazer com que o sujeito
Applied Behavior Analysis (ABA), ou entenda o seu comportamento,
Análise do Comportamento Aplicado desenvolvendo, também, as adequações
de novos comportamentos no processo de
neurodesenvolvimento (ARAÚJO, 2021).
Melhorar a padronização sensorial e a
resposta a sensações do ambiente,
envolvendo atividades e estímulos
Terapia de integração sensorial
sensoriais, ou seja, usando diferentes tipos
de texturas e estímulos proprioceptivos
(GONZALEZ; CANALS, 2016).
Desenvolver habilidades motoras,
realizando exercícios de fortalecimento
muscular, equilíbrio, marcha, coordenação
Cinesioterapia e habilidades motoras finas, que sejam
exercícios adaptados com as demandas
individuais de cada paciente (SILVA;
VILARINHO, 2022).
Promover um melhor condicionamento
físico, muscular, cognitivo, motor,
Hidroterapia
socioafetivo e na relação social do paciente
(SILVA; VILARINHO, 2022).
Melhorar habilidades sociais, sensoriais,
cognitivas e motoras, favorecendo o
fortalecimento muscular, ajustes posturais,
Equoterapia
equilíbrio, diminuição de padrões
estereotipados e coordenação motora
(CORREIA; BARBOSA, 2018).
Orientar e adaptar posturas e
posicionamentos, favorecendo a
Intervenções posturais e biomecânica, podendo envolver uso de
biomecânicas órteses para a realização de atividades
diárias (FERREIRA et al., 2016).
Melhorar o desenvolvimento de habilidades
motoras e sensoriais, ajudando a envolver o
Atividades lúdicas paciente no tratamento, motivando e

18
engajando nas atividades (GONZALEZ;
CANALS, 2016).
Desenvolver as habilidades sociais,
cognitivas e motoras, os jogos terapêuticos
Gameterapia podem simular situações do nosso
cotidiano, em um ambiente seguro para
desenvolver suas habilidades (SILVA;
VILARINHO, 2022).
Aprimorar a comunicação, interação social,
expressão emocional, habilidades motoras
e o cognitivo, favorecendo a redução da
ansiedade e estresse. Essa intervenção
Musicoterapia deve ser trabalhada de forma
personalizada, atendendo a cada
individualidade, adaptando as atividades à
necessidade do paciente (BERTOLDI;
BRZOZOWSKI, 2020).
Orientar e treinar a família ou cuidadores
para envolver-se no principal objetivo que é
proporcionar uma vida de qualidade,
Orientação e treinamento familiar
apoiando e estimulando o desenvolvimento
motor em casa e nas suas atividades diárias
(GONZALEZ; CANALS, 2016).
Fonte: elaborado pelos autores da pesquisa (2023).

Diante do exposto, para o tratamento avançar com sucesso o fisioterapeuta tem


que adequar suas condutas, visualizando as particularidades de cada paciente com
intervenções precoces, para ser estimulada a plasticidade cerebral. Tal ação deve
ocorrer de forma conjunta com a equipe multiprofissional e familiar, pois é a família
que está presente desde os primeiros dias de vida, observando movimentos,
comportamentos, dificuldades e prejuízos na evolução do autista, dessa maneira, com
o apoio da família e um diagnóstico precoce o tratamento tende a ser eficaz. Logo, é
evidenciado que o fisioterapeuta tem papel fundamental na intervenção do transtorno
do espectro autista, pois promove uma adequação dos movimentos estereotipados e
repetitivos, um destravamento cognitivo e uma sensibilidade, tornando o paciente
mais funcional e, como consequência, melhorando sua qualidade de vida.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

19
Diante das pesquisas nas bases de dados, 49 artigos foram identificados nas
seguintes plataformas: Scielo (n=6), PubMed (n= 2), Fiocruz (n=1), Research (n=3),
PEDro (n=5), Lume repositório digital de UFRGS (n=1) e Google Acadêmico (n=31).
Durante a análise dos artigos foram excluídos estudos antigos e textos incompletos
(n=39). Após exclusão, o restante dos artigos foi selecionado para a construção do
estudo (n=10), o que pode ser evidenciado no fluxograma abaixo (figura 1).

Figura 1: Fluxograma das etapas de seleção dos artigos.

Total de artigos encontrados nas bases de


Identificação

dados (Scielo, PubMed, Fiocruz, Research,


PEDro, Lume repositório digital de UFRGS, e
Google Acadêmico)
(n=49)

Artigos excluídos
duplicados pelo título
(n=39)

Artigos excluídos após a


Elegibilidade

Artigos identificados (n=10) análise dos resumos


(n=0)

Artigos avaliados na Artigos excluídos avaliados


íntegra (n=10) na íntegra (n=0)

Artigos incluídos na revisão


integrativa (n=10)

Fonte: Elaborado pelos autores da pesquisa (2023).


No Quadro 1 são descritos os resultados da pesquisa bibliográfica, cuja
estruturação se dá conforme: título do artigo, autores/ano, objetivos de pesquisa, tipo
de estudo e conclusões.

Quadro 2: Informações dos artigos incluídos na revisão integrativa.


Título Autores/ano Objetivos Tipo de conclusões
estudo

20
Perfil ALVIM et al., Apresentar DissertaçãÉ necessário e de
epidemiológico 2020. dados e o grande
do Transtorno informações importância a
do Espectro sobre o inclusão de
Autista na assunto com políticas públicas
população intuito de para a população
pediátrica em discutir a autista,
um hospital importância do oferecendo todo
terciário do tema e a o suporte e
estado do Rio de inclusão social atenção e, assim,
Janeiro. e de políticas assegurando
públicas. todo apoio de
inclusão social,
favorecendo um
ótimo
prognóstico.
A importância da AZEVEDO; Manifestar a Revisão A abordagem
fisioterapia GUSMÃO, importância da sistemática fisioterapêutica
motora no 2016. fisioterapia de vai propor ao
acompanhamen motora para a literatura. autista uma
to qualidade de melhor
de crianças vida do autista. convivência em
autistas. relação as suas
atividades
perante o mundo,
auxiliando em
uma descoberta
do que o seu
corpo é capaz de
realizar.

21
O Autismo no ARAÚJO, Relatar o Pesquisa A educação
Brasil: no 2021 processo Bibliográfic inclusiva para
processo histórico, a pessoas com
histórico, inclusivo e autismo deve ser
inclusivo e terapêutico do vista como uma
terapêutico autismo no oportunidade
Brasil para novas
atitudes
profissionais em
relação à
deficiência. As
diferenças que
cada um oferece
são valorizadas e
respeitadas de
acordo com suas
necessidades e
capacidades,
bem como suas
limitações
A contribuição SANTOS; Mostrar a Revisão O tratamento
da fisioterapia MASCARENH contribuição da Bibliográfic fisioterapêutico
no AS, fisioterapia no a contribui para o
desenvolviment OLIVEIRA, desenvolvimen aperfeiçoamento
o motor de 2021. to motor em das habilidades
crianças com autistas motoras de
transtorno do crianças com
espectro autista autismo,
auxiliando nas
capacidades
coordenativas e
prevenindo
limitações na
execução das
atividades
funcionais.

22
Efeitos da FERREIRA et Analisar Estudo de A fisioterapia
fisioterapia em al., 2016 crianças Caso contribui bastante
crianças autistas pré e no tratamento de
autistas: estudo pós tratamento crianças autistas
de séries de fisioterapêutico independenteme
casos. nte do nível de
suporte da
criança,
proporcionando
autonomia e
funcionalidade

O impacto da SILVA; Descrever os Revisão Evidentemente


intervenção VILARINHO, benefícios da Bibliográfic com um
fisioterapêutica 2020. intervenção a tratamento
em crianças fisioterapêutica adequado,
com autismo na qualidade visando às
de vida do necessidades da
paciente pessoa com TEA
trazendo uma e utilizando
melhor protocolos
qualidade de voltados à função
vida. motora, há uma
grande evolução
e melhora
significativa.

Reabilitação de CORREIA; Demonstrar Revisão A equoterapia é


crianças BARBOSA, como a narrativa de fundamental no
autistas com 2018 literatura literatura fortalecimento
auxílio da brasileira muscular,
equoterapia: apresenta a evolução da
uma revisão equoterapia marcha e
narrativa de como método também no
literatura terapêutico. sistema neural da
criança autista,
promovendo,
assim, bem-estar
e qualidade de
vida.

23
Diagnóstico do ZANON; Investigar a Revisão Há um intervalo
autismo: relação BACKES et al., idade de narrativa de de
entre fatores 2017. realização do literatura aproximadament
contextuais, diagnóstico do e três anos entre
familiares e da TEA em os primeiros
criança. participantes sinais de alerta
brasileiros e a identificados
sua relação pelos pais e a
com variáveis confirmação
contextuais, formal do
familiares e da diagnóstico,
criança. apontando para a
necessidade
urgente de
redução desse
tempo pelas
implicações da
intervenção
precoce para o
desenvolvimento
da criança

O papel da BERTOLDI; Integrar a Revisão de Os indivíduos


psicopedagogia BRZOZOWSK, equipe, Literatura dentro do
na inclusão e na 2020. ocupando o espectro autista
aprendizagem espaço de apresentam
da pessoa mediador entre características
autista a escola, o únicas e
educando e a necessitam,
equipe impreterivelment
terapêutica. e, de tratamento
e atenção
individualizada.

24
A relação do DOS REIS; Analisar a Pesquisa É possível
espectro PINTO, 2021. relação da Documenta concluir que o
autismo com a genética com o l TEA tem uma
genética transtorno e os forte base
genes genética, o que
envolvidos no contribui e explica
espectro. todo o seu
comportamento e
características.

Fonte: banco de dados dos autores (2023).

A partir da análise dos artigos, pode-se compreender a dificuldade de se obter


um diagnóstico precoce, sendo frequentes diagnósticos tardios quando o autista já
está na escola, no entanto, para melhorar essa identificação/diagnóstico é
fundamental a associação de mais políticas públicas de inclusão para a população
autista, com isso, devem ser iniciadas o quanto antes as intervenções fisioterapêuticas
em conjunto com a equipe multidisciplinar, para um melhor prognóstico terapêutico,
melhorando a relação do sujeito com o meio social, elevando suas capacidades
(ALVIM et al., 2020; AZEVEDO; GUSMÃO, 2016; ARAÚJO, 2021).
A intervenção fisioterapêutica em diagnósticos tardios tem extrema importância
no desenvolvimento do indivíduo com TEA, pois busca contribuir na evolução do
quadro clínico, melhorando a postura e, consequentemente, a marcha, objetivando
uma maior independência funcional. Tal contribuição também traz o autista para a
realidade do mundo, impossibilitando uma regressão do quadro clínico. Diante dos
fatos supracitados, é fundamental dar a devida importância para a fisioterapia no
tratamento do autismo, pois vai promover uma maior qualidade de vida, intervindo nos
sinais clínicos e nos déficits do TEA (SANTOS; MASCARENHAS; OLIVEIRA, 2021;
FERREIRA et al., 2016; REIS; PINTO, 2021).
Os primeiros sinais clínicos são identificados por volta dos três anos, por isso,
é de suma importância uma observação pormenorizada dos sinais, pois quanto mais
precoce o diagnóstico, mais efetiva é a abordagem fisioterapêutica. O fisioterapeuta é
o responsável por introduzir o autista dentro do seu plano de tratamento, fazendo com
que ele se envolva nas condutas, adaptando cada intervenção e procurando atender
todas as suas necessidades, principalmente, as relacionadas ao cotidiano.
(FERREIRA et al., 2016; ZANON; BACKES et al., 2017; SILVA; VILARINHO, 2020).
25
Diante disso, quando é iniciado a intervenção fisioterapêutica de preferência de
forma precoce, o fisioterapeuta deve considerar as habilidades motoras, equilíbrio,
força, coordenação e postura, ou seja, deve avaliar de maneira individual as
necessidades do paciente para atingir os objetivos do tratamento. A inclusão da
integração sensorial é um fator exponencial, pois envolve/convida o autista a realizar
atividades e estímulos sensoriais, associando com exercícios e treinamentos de
habilidades motoras.
Percebe-se também a relevância da estimulação na água através da
hidroterapia, pois oferece enormes benefícios sendo um ambiente seguro para o
autista e de grandeza estimulante, interligado a melhora das habilidades motoras,
assim como, a equoterapia, todavia, essa última é através dos movimentos do cavalo.
Todas as supracitadas estratégias melhoram a interação e funcionalidade do sujeito.
Nota-se que o fisioterapeuta tem o papel de orientar a família para que se envolva nas
intervenções, para, assim, apoiar e estimular cada vez mais o autista, sendo crucial
também, o apoio de uma equipe multidisciplinar sempre colaborativa (CORREIA;
BARBOSA, 2018; BERTOLDI; BRZOZOWSKI, 2020; SILVA; VILARINHO, 2020).

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluiu-se que para se obter um diagnóstico preciso, inicialmente, é


necessário contar com a participação de pessoas do convívio do autista, que possam
observar seu desenvolvimento nas habilidades cotidianas, considerando as
alterações relevantes, as quais serão passadas para uma equipe qualificada que irá
observar e compreender quando essas alterações se classificam em determinado
grau de autismo, para que se chegue a um diagnóstico.
Foi possível concluir também que dentre os sinais e sintomas de alerta para o
autismo, destacam-se com maior relevância: padrões estereotipados que sejam
involuntários como as birras excessivas; obsessão por um mesmo objeto;
comportamentos agressivos como de bater a cabeça na parede; com relação a fala,
alterações a todo tempo na velocidade utilizada para a comunicação, utilização de
frases fora de contexto que pode também caracterizar uma variação de linguagem;
optar por não usar linguagem verbal para comunicar um objeto desejado.

26
No desenvolvimento motor, alguns sinais de alerta são: a dificuldade em
realizar atividades básicas como escovar os dentes sozinho, escrever, pentear os
cabelos; quedas frequentes por fraqueza ou hipotonia; uso desordenado de força,
pode-se observar também padrões como o de deambular com a ponta dos pés. Em
relação ao desenvolvimento social, os portadores de TEA podem sinalizar de modo
que sua interação social é dificultada, gerando isolamento social, apatia afetiva,
quadros de mudança de humor, pouca ou nula resposta ao chamado, dificuldade de
manter ou realizar contato visual e déficit de atenção que prejudica a interação com o
outro, gerando, assim, dificuldade em criar vínculos.
Em suma, diante de tais alterações, é preciso que haja a intervenção de uma
equipe multidisciplinar, composta por variados profissionais qualificados e dentre eles,
destaca-se o trabalho da fisioterapia, que irá traçar um plano de tratamento específico
e completamente individual para cada paciente portador de TEA, uma vez que,
ocorrem variações de alterações para cada caso, mas o objetivo nesse plano de
tratamento é baseado no geral, ou seja, em ganhar funcionalidade, bem como,
independência, além de promover qualidade de vida nas atividades diárias e também
nas laborais.
Tendo em vista os aspectos analisados, é possível destacar objetivos cruciais
para o tratamento fisioterapêutico de pessoas com TEA. É importante que o estímulo
sensório-motor seja a base para a criação e execução de condutas, as quais podem
e devem estimular a interação social, com um mínimo contato físico e contato visual
sendo mantido, para que haja uma troca e, assim, possibilite ao autista entender o
funcionamento do seu próprio corpo e mente.
Outrossim, é preciso agregar ao tratamento técnicas que visem melhorar a
coordenação motora, em virtude da funcionalidade, de igual modo, é importante
também trabalhar o equilíbrio, a propriocepção e a força muscular de maneira global,
visando benefícios com a marcha; é interessante combinar tais técnicas motoras com
estímulos cognitivos, e a fisioterapia também pode usufruir de recursos como a
musicoterapia e gameterapia com a mesma finalidade, além de poder utilizar de
recursos como a equoterapia e a hidroterapia.

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AGRADECIMENTOS

29
A Deus, pela nossa vida, e por ter nos permitido ter saúde е determinação para
não desanimar e não desistir ao longo da graduação e durante a realização desse
trabalho. “Seja forte e corajoso, não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu,
o Senhor, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você for.”
A minha mãe, Elisângela, meu maior agradecimento, por sempre me incentivar
e nunca me deixar desistir mesmo depois de tantos obstáculos enfrentados. Ao meu
pai, Pedro, que sempre me apoiou, desde pequena, queria que sua filha fosse doutora.
Ao meu noivo, Bruno, que é o meu melhor amigo, por ser paciente durante todo o
processo, motivando-me durante toda a formação.
Aos meus pais, Josefa Carvalho Costa e Genival dos Santos, por todo apoio e
por acreditarem que eu conseguiria, aos meus irmãos, Juliana Costa dos Santos e
Josiê Costa dos Santos, por estarem comigo sempre que eu precisei. Meu maior
agradecimento a Deus, por ter me sustentado a todo o tempo, contigo Senhor, eu sei
que tudo vai dar certo.
Aos meus avós, Dona Maria e Seu José; a minha mãe, dona Fatima; a minha
tia Elaine, por toda força e incentivo; ao meu pai, que devido a problemas de saúde
não esteve muito presente nesse processo, mas sei que está muito orgulhoso; aos
meus irmãos, Maisa, Mailson, Ketli e Lorrany, que sempre me ajudaram com todo
apoio e carinho; e a minha namorada, Denivalda, a qual conheci durante o curso,
sendo a minha confidente de bons e maus momentos, aprendemos juntos e
suportamos o processo saindo, sem dúvida, mais fortalecidos. Meu muito obrigado a
todos vocês.
Aos amigos, que sempre estiveram ao nosso lado, pela amizade incondicional
e pelo apoio demonstrado ao longo de todo o período do curso.
Aos colegas de curso, cоm quem convivemos intensamente durante os últimos
anos, pelo companheirismo e pela troca de experiências que nos permitiram crescer
humana e profissionalmente.
Aos professores, pelas correções e ensinamentos que nos permitiram
apresentar melhores desempenhos no decorrer do processo acadêmico.

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