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PARIPIRANGA-BA
2023
MARIANA COSTA DOS SANTOS
RITA DE CÁSSIA PEREIRA
WESLEY DOS SANTOS SOUZA
PARIPIRANGA-BA
2023
MARIANA COSTA DOS SANTOS
RITA DE CÁSSIA PEREIRA
WESLEY DOS SANTOS SOUZA
BANCA EXAMINADORA
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE ABREVIAÇÕES
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6
2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 7
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 28
AGRADECIMENTOS ................................................................................................ 30
1 INTRODUÇÃO
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apresentando a importância do tratamento fisioterapêutico no TEA (ALMEIDA, 2018;
SILVA; VILARINHO, 2022).
Para obter uma maior evolução, a intervenção fisioterapêutica deve ser
estabelecida de forma precoce, assim, evita-se atingir manifestações drásticas, o que
resulta em uma evolução ainda maior nos aspectos do desenvolvimento comunicativo
e nos demais já citados, melhorando a qualidade de vida de pacientes diagnosticados
com TEA (GARCÍA-PARRA; COSTA; ROLIM, 2021; SILVA; VILARINHO, 2022).
Dessa forma, o presente artigo tem o objetivo de discutir as possíveis
intervenções fisioterapêuticas no transtorno do espectro autista (TEA) através de uma
revisão integrativa.
2 OBJETIVOS
3 MATERIAIS E MÉTODOS
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“Scientific Electonic Library Online - SCIELO”, “Fiocruz”, “Google Academico”,
“PubMed”, “Lume Repositório Digital de UFRGS”. Nesse trabalho, foram utilizadas as
seguintes palavras-chave: “Fisioterapia”, “TEA”, “tratamento”, “habilidades motoras” e
“relações sociais”. Foram utilizados 4 artigos científicos para a montagem do trabalho
e aproveitados 3, com o propósito de chegar à discussão. Para ter resultados mais
exatos na pesquisa, iniciou-se a busca com os seguintes filtros: busca avançada com
os itens e período específico, selecionando os últimos 10 anos.
Os descritores em Ciência da Saúde (DeCS) utilizados foram: tratamento
fisioterapêutico no TEA; Transtorno no Espectro Autista (TEA); e fisioterapia
neurofuncional no TEA. Assim, os critérios estabelecidos fomentaram a busca por
artigos que concediam uma maior compreensão do assunto, bem como,
relacionassem-se, diretamente, com os objetivos da temática, com datas de
publicação entre 2015 a 2023. Deu-se maior ênfase a artigos mais recentes;
disponíveis on-line nos idiomas português, inglês e espanhol; e com textos claros que
trouxessem entendimento, englobando relatos, experiências sociais, diagnósticos,
tratamentos, papel multidisciplinar e abordagem fisioterapêutica direcionados ao TEA.
Em suma, como critério de exclusão houve a desconsideração de artigos publicados
antes de 2015, assim como, de textos que não trouxeram clareza e que divergiam dos
objetivos propostos.
4 REVISÃO DE LITERATURA
4.1 Etiologia/fisiopatologia/epidemiologia
8
Alguns cientistas como Kanner, Asperger, Rutter e Wing, sabem que a genética
é uma das principais causas do autismo desde que descobriram através de uma
publicação no Journal of Child Psychology and Psychiatry que gêmeos idênticos
apresentavam a mesma condição na década de 1970. Desde então, tem-se estudado
amplamente a relação entre os genes e o autismo com auxílio dos processos
tecnológicos modernos, para que assim, sejam determinadas as características
genéticas.
Com o tempo, os cientistas concluíram que vários genes estão envolvidos na
condição e, quanto mais investigam a questão, mais clara se torna a contribuição
genética para o autismo, bem como, os fatores ambientais que podem desempenhar
um papel nas possíveis causas do TEA. Os pesquisadores estão investigando a
possibilidade de que fatores como infecções virais, medicamentos ou complicações
durante a gravidez ou poluentes do ar, possam desempenhar um papel nos
transtornos do espectro do autismo. Portanto, existem vários genes que podem alterar
a forma como o cérebro se desenvolve ou as células se comunicam. Por exemplo,
algumas mutações podem ser herdadas, enquanto outras podem ocorrer
espontaneamente (DOS REIS; PINTO, 2021).
Desde o primeiro estudo de gêmeos autistas em 1977, várias equipes de
pesquisa compararam a incidência de TEA em gêmeos e concluíram que a genética
é a principal responsável pelo distúrbio. Quando gêmeos idênticos são diagnosticados
com autismo, há cerca de 80% de chance de que o outro gêmeo também seja autista.
A incidência de gêmeos fraternos é de 40%. Em geral, descobriu-se que ter um
membro da família com autismo aumenta a probabilidade de um casal ter filhos com
o mesmo transtorno, esse risco também aumenta quando o casal tem mais de 40
anos, apresentando maior índice de erros e defeitos no material genético.
No entanto, cuidados excessivos ou negligentes com a criança, questões como
a idade dos pais no momento da concepção, uso de medicamentos durante o período
pré-natal e nascimento prematuro podem estar envolvidos, assim como, os fatores
ambientais. Com o desenvolvimento da ciência médica, o número de sobreviventes
prematuros em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal também aumentou,
assim, descobrimos que os bebês prematuros também são mais propensos a ter
sintomas do TEA (ARAÚJO, 2019).
9
A etiologia do TEA é considerada multifatorial, visto que é marcada por
influências ambientais, maternas e genéticas, contribuindo para a patogênese. Apesar
do crescente número de casos, muitas crianças permanecem sem diagnóstico.
Acredita-se que novos achados nessa área possam contribuir para o aumento dos
diagnósticos. Sabe-se que sua etiologia é primariamente genética e ambiental, com
distúrbios moleculares extremamente relacionados (GRIESI-OLIVEIRA; SERTIÉ,
2017).
Além dos fatores etiológicos, vários riscos foram observados em indivíduos
com autismo do que em indivíduos não autistas. Quanto à ponderação de cada fator,
a literatura é bastante dividida, com algumas revisões afirmando que as exposições
ambientais e os fatores intrínsecos maternos são muito importantes, enquanto outras
defendem que as causas genéticas são predominantes. Um estudo mostrou uma
prevalência de 35% de causas genéticas e 60% a 65% de causas ambientais pré-
natais, perinatais e pós-natais (GRIESI-OLIVEIRA; SERTIÉ, 2017).
Esses distúrbios consistem em déficits persistentes em áreas-chave, como
comunicação e interação social, padrões restritos e comportamentos repetitivos.
Pode-se dizer que essas características são notadas em níveis como: leve, moderado
e severo. Essa diversidade de condições levou ao uso do termo espectro do autismo
(RAMOS; LEMOS; SALOMÃO, 2019). Os portadores de TEA apresentam sintomas
evidentes antes dos três anos de idade, mas o diagnóstico tardio pode prejudicar
gravemente o desenvolvimento da criança.
Mesmo antes do primeiro ano de vida, os seguintes sinais sugestivos tornam-
se perceptíveis: contato visual ruim, sem resposta a nomes, perda de algumas
habilidades previamente adquiridas, preferência por objetos em vez de pessoas, baixa
reciprocidade no contato social, baixo interesse em movimentos de objetos e
brinquedos, distúrbios do sono, desconforto a ruídos altos, hipersensibilidade no colo
e falta de resposta durante a amamentação e contato com a mãe. A avaliação do
desenvolvimento neuropsicomotor é essencial para uma intervenção precoce, que
pode levar diretamente a melhorias significativas na cognição infantil e redução da
gravidade do TEA (ARAÚJO, 2019).
O TEA normalmente inicia-se na infância e tende a persistir na adolescência e
na fase adulta. O transtorno autista é significativamente 3-5 vezes mais comum em
homens. Entre as razões para explicar o porquê de o TEA ser mais difícil de explicar
10
nas meninas está o fato de que elas apresentam menores fatores de estereótipos do
espectro, disfarçando o seu déficit de comportamento social, pois apresentam a
capacidade de imitar comportamentos de outras meninas de mesma idade, tem
menos atitudes repetitivas e restritas que os meninos. E por haver essa ausência de
estereótipos bem demarcados pode contribuir para dificultar uma suspeita do TEA.
A detecção tardia de meninas pode resultar em oportunidades perdidas de
desenvolvimento precoce de habilidades e melhoria de sua condição. Portanto,
devemos aprender a apreciar a complexidade do espectro feminino, aprofundando
mais sobre o transtorno e entendendo quais intervenções estão disponíveis, pois ao
fornecermos às famílias as orientações corretas encurtará o caminho para o
diagnóstico e a intervenção. Hoje, o diagnóstico após o terceiro ano de vida é
considerado tardio. Cada criança não tem seu tempo, ou seja, existem marcos de
desenvolvimento que precisam ser alcançados no momento certo. Os atrasos
cumulativos acabam, infelizmente, virando uma bola de neve. Existem
comportamentos que uma criança precisa aprender para alcançar os outros e, quanto
mais cedo iniciar o processo de intervenção, melhor será os resultados (MAGALHÃES
et al., 2019).
11
autonomia do sujeito, de modo que, existem alguns padrões como o de raciocínio
repetitivo que prejudica a aprendizagem, fazendo com que ocorra de forma
fragmentada (DE CARVALHO MANSUR et al., 2017).
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também sinais de alerta e agreguem para o diagnóstico clínico precoce (ZANON,
BACKES, BOSA, 2017).
O desenvolvimento motor e suas alterações são de suma importância para o
tratamento fisioterapêutico. Em virtude do que foi mencionado, algumas alterações
frequentemente encontradas no indivíduo portador de TEA são baixa coordenação
motora, grossa e fina, impactando em atividades diárias como escovar os dentes,
pentear os cabelos, escrever; dificuldades para realizar atividades que necessitam de
memória em relação a sequências motoras; alterações em controle postural, para
posicionamentos como sedestação sem apoio; hipotonia e fraqueza muscular ou
excesso de força muscular para determinada função, fazendo com que a mesma seja
realizada de forma imprecisa.
Alguns indivíduos adotam padrões como o de deambular na ponta dos pés;
dificuldade em pular, em passar por obstáculos; alterações de equilíbrio, nas quais
impossibilita pular de um pé só; dificuldades proprioceptivas, em relação ao indivíduo
ter baixa percepção do seu corpo no espaço. Além de alterações sensoriais, como a
hipersensibilidade ou hipossensibilidade a estímulos como texturas, sons, luzes e
cores (SILVA SANTOS; MASCARENHAS; OLIVEIRA, 2021).
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como a falta de estímulos simples, ao ser chamada ela inibe o ato de virar a cabeça,
diferente de bebês que não possuem o transtorno do espectro autista. Com o decorrer
do tempo apresentam dificuldades nas suas expressões faciais e na fala (CARVALHO
et al., 2013).
Segundo Bertoldi e Brzozowski (2020) a integração do portador de TEA em
grupos escolares é muito importante para a melhora do desenvolvimento do seu
aspecto social, sabendo e observando as particularidades de cada paciente para
propor uma forma simplificada de introdução no meio social, com ajuda de
profissionais que facilitem o desenvolvimento desse processo.
Bertoldi e Brzozowski (2020) dizem que nessa fase de desenvolvimento os
autistas tendem a apresentar-se e expressar-se com uma série de comportamentos
repetitivos, diferenciando-se dos outros que estão na mesma faixa etária de idade,
seu comportamento sociocomunicativo é bem peculiar, dificultando as interações
sociais, emocionais e afetivas. A sua atenção não é fixada por muito tempo,
desprende-se muito rápido e assim se diferencia de um padrão da sociedade no qual
ele não interage de forma espontânea, por exemplo: não espere de uma pessoa com
autismo cumprimentar alguém ou se despedir, eles possuem um déficit considerável
de atenção. Entendendo esses fatos é de uma importância imensurável a inclusão de
uma equipe multidisciplinar para acompanhar o processo de desenvolvimento do
paciente com transtorno do espectro autista.
Segundo Vilani e Port (2018) os autistas têm uma maior dificuldade em
relacionamentos com outras pessoas que estão presentes no seu cotidiano. Segundo
Borges e Moreira (2018), Leo kanner destaca o TEA como um distúrbio artístico de
contato afetivo, já Eugene Bleuler diz que o autista tem dificuldade de lidar com a
realidade por questões comportamentais, afetivas e emocionais. Bertoldi e
Bzzozowski (2020) dizem que por conta do autismo as emoções apresentam
inconsistências/alterações, e no processo de aprendizagem essas emoções são de
grande significância. Devido às alterações supracitadas os mesmos apresentam uma
dificuldade de formar vínculos com os outros, sendo mais inconstantes em alguns
casos e menos em outros.
De acordo com Borges e Moreira (2018) existe uma relação de autistas, por
exemplo: o comum, que apresenta características clássicas como déficits intelectuais,
na comunicação e até a ausência de forma verbal; e o outro, demonstração de um
14
autista com desenvoltura e habilidades verbais e mais inteligente, no entanto, ainda
assim com falhas nas interações sociais.
Para Vilani e Port (2018) o desenvolvimento afetivo-emocional está
diretamente conectado com as disfunções da região dos temporais que estão
interligadas aos sistemas dos frontais, parietais e límbicos. Por envolver diretamente
esses sistemas é explicado o sintoma clínico de déficits emocionais dos autistas.
Santos et al. (2021) afirmam que o aspecto afetivo dos portadores de autismo
apresenta um bloqueio de se envolver em relacionamentos, não compartilhamento
desejos e sentimentos. Nota-se também que não são atenciosos nem em trocas de
olhares espontâneos, com isso tudo vem a dificuldade de convívio com grupos. Dentre
todos esses fatos, a fisioterapia tem muito a contribuir sendo um suporte para o melhor
convívio em suas relações familiares ou quaisquer outras, melhorando a sua
capacidade de raciocínio e estimulando melhorias em seus déficits e, alcançando,
uma maior independência das suas avd´s.
Ferreira et al. (2016) dizem que nos adultos com TEA os aspectos emocionais
podem surgir com características que não se adaptam aos seus relacionamentos,
ocorrendo, assim, uma sequência de decepções, pois eles não veem seus pares como
uma fonte de afeto, com esse comportamento, geralmente, fracassam nesse tipo de
relacionamento, mas isso é relativo.
Portanto, faz-se necessário compreender esses padrões, para assim, buscar
e apresentar formas de tratamentos para indivíduos com TEA.
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de dificuldades das funcionalidades motoras, sensoriais e cognitivas. O profissional
deve demonstrar domínio de suas habilidades e conhecimentos práticos e teóricos,
estimulando a coordenação, o equilíbrio, a propriocepção e a lateralidade do paciente.
Segundo Ferreira et al., (2016) as crianças autistas conseguem ser avaliadas
através de um questionário a medida de sua independência funcional (MIF), o qual
analisa as particularidades motoras e cognitivas, força muscular, habilidades de
memória, comunicação, autocuidado, interação social e comportamento, mudanças
posturais, marcha e avd´s. Sua pontuação vai de 1 (assistência total) até o 7
(independência completa). Com isso, é possível adequar as intervenções posturais e
biomecânicas, que se referem a posicionamentos adequados através de dispositivos,
ou seja, de órteses para fazer ajustes posturais enquanto realiza atividades diárias,
ou simples modificações em cadeiras e suportes para melhorar posições, associando
a exercícios que sejam específicos para o fortalecimento dos músculos posturais,
vinculado ao treinamento de equilíbrio.
Dessa forma, favorece, também, a evolução da concentração, comunicação e
através dos atendimentos é estimulada a interação social, com a terapia de integração
sensorial, buscando melhorar o padrão sensorial com respostas ao ambiente, sempre
estimulando diversas sensações de texturas, movimentos e propriocepção,
associando a terapia lúdica que vai ajudar no engajamento do paciente nas
intervenções (GONZALEZ; CANALS, 2016).
Segundo Silva e Vilarinho (2021) a estimulação durante os atendimentos com
olhares e toques favorecem a evolução dos pacientes com TEA, possibilitando
entender mais sobre suas dificuldades, o próprio corpo e sua mente como realmente
funciona, a sensibilidade, portanto, é um fator importante. O profissional deve buscar
entender todos os fatores que favorecem esses estímulos e entender as suas
alterações, prevenindo que essas ocorram a ponto de prejudicar o desenvolvimento.
Segundo Araújo (2021), o método de extrema influência é o Applied Behavior
Analysis (ABA), ou seja, traduzindo para o português é chamado de Análise do
Comportamento Aplicado, o qual é mais do que observar os comportamentos dos
autistas, mas direcionar a extinção daqueles inapropriados. Assim, buscando no seu
processo de neurodesenvolvimento adequar novos comportamentos para que os
comportamentos característicos dos autistas não se desenvolvam com maior
incidência.
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Cabe ao fisioterapeuta analisar e realizar o seu plano de tratamento, o qual
consiste em buscar técnicas para melhorar a coordenação motora grossa e fina, tônus
muscular, fortalecer musculatura global, melhorar propriocepção, equilíbrio e
promover estímulos cognitivos, dessa forma, sempre incentivando e mostrando a
importância de cada plano para ajudar o paciente nas suas atividades diárias,
promovendo uma maior funcionalidade do indivíduo.
Dessa forma, faz com que ele se encaixe em outros meios, compreendendo,
assim, a funcionalidade do próprio corpo e adequando os seus comportamentos,
comunicação, interação social e expressões faciais. Nota-se que a musicoterapia é
pertinente para a obtenção dos supracitados resultados, reduzindo estresse e
ansiedade, sendo planejada especificamente, buscando atingir as particularidades de
cada paciente (SILVA; VILARINHO, 2022); (BERTOLDI; BRZOZOWSKI, 2020).
A fisioterapia abrange várias áreas que atinge os objetivos do tratamento,
beneficiando o desenvolvimento neuropsicomotor do TEA, as várias modalidades de
tratamento dão oportunidade e possibilidades, beneficiando o plano de tratamento. O
fisioterapeuta deve explorar em pacientes autistas seu lado criativo, o método de
gameterapia se baseia na interação com jogos virtuais, facilitando o processo de
terapia, nesse viés, a tecnologia é uma ferramenta facilitadora e de grande
importância, sendo benéfica aos portadores de TEA.
A introdução de musicoterapia associada à dança nesse processo de
tratamento é fundamental, com ritmos e sons que sejam adequados para obter um
maior nível de concentração para a realização de movimentos da dança em sintonia
com a música, contribuindo para a melhora da funcionalidade do corpo, psicológico e
no seu desenvolvimento físico. Essas atividades planejadas pelo fisioterapeuta vão
atingir os objetivos propostos de melhorar o desenvolvimento motor, equilíbrio estático
e dinâmico, melhorando a marcha do paciente (SILVA; VILARINHO, 2022).
Em pacientes autistas com hiperatividade o método da equoterapia é
fundamental, trazendo muitos pontos positivos, nele, é adquirida a parte sensorial,
motora e cognitiva do paciente, através dos movimentos do cavalo (CORREIA;
BARBOSA, 2018). No método da hidroterapia, ou seja, fisioterapia aquática são
executadas atividades dentro da água, em uma piscina de temperatura aquecida, para
os autistas essa terapia é proveitosa, pois promove relaxamento, melhora do sono,
17
fortalecimento da musculatura global, melhora de equilíbrio, interação e atenção do
portador do TEA (SILVA; VILARINHO, 2022).
18
engajando nas atividades (GONZALEZ;
CANALS, 2016).
Desenvolver as habilidades sociais,
cognitivas e motoras, os jogos terapêuticos
Gameterapia podem simular situações do nosso
cotidiano, em um ambiente seguro para
desenvolver suas habilidades (SILVA;
VILARINHO, 2022).
Aprimorar a comunicação, interação social,
expressão emocional, habilidades motoras
e o cognitivo, favorecendo a redução da
ansiedade e estresse. Essa intervenção
Musicoterapia deve ser trabalhada de forma
personalizada, atendendo a cada
individualidade, adaptando as atividades à
necessidade do paciente (BERTOLDI;
BRZOZOWSKI, 2020).
Orientar e treinar a família ou cuidadores
para envolver-se no principal objetivo que é
proporcionar uma vida de qualidade,
Orientação e treinamento familiar
apoiando e estimulando o desenvolvimento
motor em casa e nas suas atividades diárias
(GONZALEZ; CANALS, 2016).
Fonte: elaborado pelos autores da pesquisa (2023).
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Diante das pesquisas nas bases de dados, 49 artigos foram identificados nas
seguintes plataformas: Scielo (n=6), PubMed (n= 2), Fiocruz (n=1), Research (n=3),
PEDro (n=5), Lume repositório digital de UFRGS (n=1) e Google Acadêmico (n=31).
Durante a análise dos artigos foram excluídos estudos antigos e textos incompletos
(n=39). Após exclusão, o restante dos artigos foi selecionado para a construção do
estudo (n=10), o que pode ser evidenciado no fluxograma abaixo (figura 1).
Artigos excluídos
duplicados pelo título
(n=39)
20
Perfil ALVIM et al., Apresentar DissertaçãÉ necessário e de
epidemiológico 2020. dados e o grande
do Transtorno informações importância a
do Espectro sobre o inclusão de
Autista na assunto com políticas públicas
população intuito de para a população
pediátrica em discutir a autista,
um hospital importância do oferecendo todo
terciário do tema e a o suporte e
estado do Rio de inclusão social atenção e, assim,
Janeiro. e de políticas assegurando
públicas. todo apoio de
inclusão social,
favorecendo um
ótimo
prognóstico.
A importância da AZEVEDO; Manifestar a Revisão A abordagem
fisioterapia GUSMÃO, importância da sistemática fisioterapêutica
motora no 2016. fisioterapia de vai propor ao
acompanhamen motora para a literatura. autista uma
to qualidade de melhor
de crianças vida do autista. convivência em
autistas. relação as suas
atividades
perante o mundo,
auxiliando em
uma descoberta
do que o seu
corpo é capaz de
realizar.
21
O Autismo no ARAÚJO, Relatar o Pesquisa A educação
Brasil: no 2021 processo Bibliográfic inclusiva para
processo histórico, a pessoas com
histórico, inclusivo e autismo deve ser
inclusivo e terapêutico do vista como uma
terapêutico autismo no oportunidade
Brasil para novas
atitudes
profissionais em
relação à
deficiência. As
diferenças que
cada um oferece
são valorizadas e
respeitadas de
acordo com suas
necessidades e
capacidades,
bem como suas
limitações
A contribuição SANTOS; Mostrar a Revisão O tratamento
da fisioterapia MASCARENH contribuição da Bibliográfic fisioterapêutico
no AS, fisioterapia no a contribui para o
desenvolviment OLIVEIRA, desenvolvimen aperfeiçoamento
o motor de 2021. to motor em das habilidades
crianças com autistas motoras de
transtorno do crianças com
espectro autista autismo,
auxiliando nas
capacidades
coordenativas e
prevenindo
limitações na
execução das
atividades
funcionais.
22
Efeitos da FERREIRA et Analisar Estudo de A fisioterapia
fisioterapia em al., 2016 crianças Caso contribui bastante
crianças autistas pré e no tratamento de
autistas: estudo pós tratamento crianças autistas
de séries de fisioterapêutico independenteme
casos. nte do nível de
suporte da
criança,
proporcionando
autonomia e
funcionalidade
23
Diagnóstico do ZANON; Investigar a Revisão Há um intervalo
autismo: relação BACKES et al., idade de narrativa de de
entre fatores 2017. realização do literatura aproximadament
contextuais, diagnóstico do e três anos entre
familiares e da TEA em os primeiros
criança. participantes sinais de alerta
brasileiros e a identificados
sua relação pelos pais e a
com variáveis confirmação
contextuais, formal do
familiares e da diagnóstico,
criança. apontando para a
necessidade
urgente de
redução desse
tempo pelas
implicações da
intervenção
precoce para o
desenvolvimento
da criança
24
A relação do DOS REIS; Analisar a Pesquisa É possível
espectro PINTO, 2021. relação da Documenta concluir que o
autismo com a genética com o l TEA tem uma
genética transtorno e os forte base
genes genética, o que
envolvidos no contribui e explica
espectro. todo o seu
comportamento e
características.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
26
No desenvolvimento motor, alguns sinais de alerta são: a dificuldade em
realizar atividades básicas como escovar os dentes sozinho, escrever, pentear os
cabelos; quedas frequentes por fraqueza ou hipotonia; uso desordenado de força,
pode-se observar também padrões como o de deambular com a ponta dos pés. Em
relação ao desenvolvimento social, os portadores de TEA podem sinalizar de modo
que sua interação social é dificultada, gerando isolamento social, apatia afetiva,
quadros de mudança de humor, pouca ou nula resposta ao chamado, dificuldade de
manter ou realizar contato visual e déficit de atenção que prejudica a interação com o
outro, gerando, assim, dificuldade em criar vínculos.
Em suma, diante de tais alterações, é preciso que haja a intervenção de uma
equipe multidisciplinar, composta por variados profissionais qualificados e dentre eles,
destaca-se o trabalho da fisioterapia, que irá traçar um plano de tratamento específico
e completamente individual para cada paciente portador de TEA, uma vez que,
ocorrem variações de alterações para cada caso, mas o objetivo nesse plano de
tratamento é baseado no geral, ou seja, em ganhar funcionalidade, bem como,
independência, além de promover qualidade de vida nas atividades diárias e também
nas laborais.
Tendo em vista os aspectos analisados, é possível destacar objetivos cruciais
para o tratamento fisioterapêutico de pessoas com TEA. É importante que o estímulo
sensório-motor seja a base para a criação e execução de condutas, as quais podem
e devem estimular a interação social, com um mínimo contato físico e contato visual
sendo mantido, para que haja uma troca e, assim, possibilite ao autista entender o
funcionamento do seu próprio corpo e mente.
Outrossim, é preciso agregar ao tratamento técnicas que visem melhorar a
coordenação motora, em virtude da funcionalidade, de igual modo, é importante
também trabalhar o equilíbrio, a propriocepção e a força muscular de maneira global,
visando benefícios com a marcha; é interessante combinar tais técnicas motoras com
estímulos cognitivos, e a fisioterapia também pode usufruir de recursos como a
musicoterapia e gameterapia com a mesma finalidade, além de poder utilizar de
recursos como a equoterapia e a hidroterapia.
REFERÊNCIAS
27
ARAÚJO, José Bruno de. O Autismo no Brasil: No Processo Histórico, Inclusivo e
Terapêutico. Educação em Foco, p. 29-40, 2021.
DOS REIS, Raysa Damasceno Cortes; PINTO, Isabella Silvestre Barreto. A relação
do transtorno espectro autismo com a genética. Biológica-Caderno do Curso de
Ciências Biológicas, v. 4, n. 1, 2021.
VIANA, Ana Clara Vieira et al. Autismo. Saúde Dinâmica, v. 2, n. 3, p. 1-18, 2020.
AGRADECIMENTOS
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A Deus, pela nossa vida, e por ter nos permitido ter saúde е determinação para
não desanimar e não desistir ao longo da graduação e durante a realização desse
trabalho. “Seja forte e corajoso, não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu,
o Senhor, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você for.”
A minha mãe, Elisângela, meu maior agradecimento, por sempre me incentivar
e nunca me deixar desistir mesmo depois de tantos obstáculos enfrentados. Ao meu
pai, Pedro, que sempre me apoiou, desde pequena, queria que sua filha fosse doutora.
Ao meu noivo, Bruno, que é o meu melhor amigo, por ser paciente durante todo o
processo, motivando-me durante toda a formação.
Aos meus pais, Josefa Carvalho Costa e Genival dos Santos, por todo apoio e
por acreditarem que eu conseguiria, aos meus irmãos, Juliana Costa dos Santos e
Josiê Costa dos Santos, por estarem comigo sempre que eu precisei. Meu maior
agradecimento a Deus, por ter me sustentado a todo o tempo, contigo Senhor, eu sei
que tudo vai dar certo.
Aos meus avós, Dona Maria e Seu José; a minha mãe, dona Fatima; a minha
tia Elaine, por toda força e incentivo; ao meu pai, que devido a problemas de saúde
não esteve muito presente nesse processo, mas sei que está muito orgulhoso; aos
meus irmãos, Maisa, Mailson, Ketli e Lorrany, que sempre me ajudaram com todo
apoio e carinho; e a minha namorada, Denivalda, a qual conheci durante o curso,
sendo a minha confidente de bons e maus momentos, aprendemos juntos e
suportamos o processo saindo, sem dúvida, mais fortalecidos. Meu muito obrigado a
todos vocês.
Aos amigos, que sempre estiveram ao nosso lado, pela amizade incondicional
e pelo apoio demonstrado ao longo de todo o período do curso.
Aos colegas de curso, cоm quem convivemos intensamente durante os últimos
anos, pelo companheirismo e pela troca de experiências que nos permitiram crescer
humana e profissionalmente.
Aos professores, pelas correções e ensinamentos que nos permitiram
apresentar melhores desempenhos no decorrer do processo acadêmico.
30