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FISIOTERAPIA NA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

(TEA): UMA REVISÃO LITERÁRIA

¹ Geovana Beatriz Guilherme de Freitas Silva; ¹ Ranna Kelly de Sousa Castro Oliveira; ¹Saulo
Emanoel Pinto de Andrade; ² Ivanna Trícia Gonçalves Fernandes; ² Maria Eliza Nunes Solano
Silvestre

¹ Discentes do curso de Fisioterapia da Uninassau Mossoró; ² Docentes do curso de


Fisioterapia da Uninassau Mossoró.

INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com Ministério da


Saúde, é caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, que
pode interferir na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento.
O diagnóstico precoce possibilita a implementação de estímulos que promovem a
independência e melhoram a qualidade de vida. Estima-se que o TEA tenha uma prevalência
de uma para cada 160 crianças, sendo notório que os sintomas e sinais aparecem na infância
antes dos três anos e como consequência persiste na adolescência e na idade adulta. No
desenvolvimento motor do autista as habilidades motoras globais e finas podem, de certa
forma, atrapalhar trazendo déficits quanto as habilidades de comunicação e sociais. O
tratamento fisioterapêutico tem como objetivo um maior controle postural, desenvolvimento
de coordenação, modular comportamento motor para favorecer as atividades de vida diária,
ganho de equilíbrio, além de habilidades motoras. Objetivo: Analisar a eficácia e os
benefícios da fisioterapia como intervenção terapêutica no desenvolvimento motor, funcional
e comportamental de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Metodologia: A pesquisa
se deu em setembro de 2023, nas seguintes bases de dados: Portal Scielo, BVS e PubMed
priorizando os últimos cinco anos (2018 a 2023). Foram utilizados como critérios de inclusão
estudos que apresentassem os termos “autism spectrum disorder” and “physiotherapy” em
qualquer um dos campos (título, resumo, palavras-chave ou corpo do texto). Foram
encontrados mais de 100 estudos e, a partir disso, exclui-se artigos publicados abaixo de 2018,
bem como os que se apresentavam em formato de resumos e editoriais. Utilizou-se a análise
de conteúdo para verificação dos artigos selecionados. Resultados e Discussões: A partir do
diagnóstico de TEA ser definido é importante implementar o tratamento multidisciplinar ao
indivíduo, dado que são aspectos variados que atingem o paciente e, portanto, a atuação de
uma equipe multiprofissional pode melhorar o desempenho e qualidade de vida dos
portadores. O profissional fisioterapeuta consegue com inúmeras formas, atuar na prevenção e
melhoria de situações patológicas. O tratamento terá intervenções com atividades lúdicas
através de bolas, arcos, brinquedos, tudo muito colorido, dinâmicas de integração,
brincadeiras que trabalham o lado cognitivo, movimentos corporais e danças, trabalho da
motricidade fina, exercícios que mantenham o relaxamento com a associação ou não de
música e brincadeira que aumentam o equilíbrio. A equoterapia tem por vez a conjunção de
técnicas de reeducação que atuam para suprir os danos sensoriais, cognitivos e
comportamentais por meio de atividades classificadas como lúdico-esportivas, utilizam do
cavalo como terapia. Considerações finais: Durante este estudo, ficou evidente que a
fisioterapia desempenha um papel significativo no suporte ao desenvolvimento motor,
funcional e comportamental das crianças com TEA. Identificamos que a fisioterapia pode
contribuir para melhorar a qualidade de vida dessas crianças, promovendo o desenvolvimento
de habilidades motoras, a postura, equilíbrio e cognição. É importante destacar que, embora
haja evidências promissoras sobre a eficácia da fisioterapia no tratamento do TEA, são
necessárias mais pesquisas e estudos clínicos para compreender completamente os
mecanismos subjacentes e desenvolver diretrizes terapêuticas mais específicas.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista; Fisioterapia.

REFERÊNCIAS:

Governo do Brasil. Ministério da Saúde. 25 set. 2023. Disponível em:


https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/setembro/pela-primeira-vez-
ministerio-da-saude-inclui-tratamento-do-transtorno-do-espectro-autista-na-politica-nacional-
da-pessoa-com-deficiencia. Acesso em: 28/09/2023.

MARCIÃO, Lucas Gabriel de Araújo et al. A importância da fisioterapia no atendimento de


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10, n. 5, p. 1-6, 5 maio 2021. Research, Society and Development.
http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14952.

SANTOS, Aline Franciele dos Reis. Aspectos do desenvolvimento do portador de


transtorno do espectro autista e as contribuições da fisioterapia: revisão integrativa.
Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/18044. Acesso em:
28/09/2023.
SANTOS, Gislainne Thaice da Silva; MASCARENHAS, Millena Santana e OLIVEIRA, Erik Cunha de. A
contribuição da fisioterapia no desenvolvimento motor de crianças com transtorno de espectro autista. Vol.21,
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script=sci_abstract&pid=S1519-03072021000100008

SOUZA, Schirley Joaquim. Efeitos da fisioterapia convencional e da equoterapia no tratamento de crianças


autistas: uma revisão integrativa. Disponível em:
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/28740. Acesso em: 28/09/2023.

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